Projeto de "São Jorge Menino"

sobre

Dentro da comemoração dos 15 anos de existência da Cia. São Jorge de Variedades, o grupo apresenta seu primeiro espetáculo infantil com dramaturgia de Ilo Krugli (Teatro VentoForte) e direção de Rogério Tarifa.

A Cia.São Jorge de Variedades , comemorando 15 anos de existência se aventura, pela primeira vez, numa experiência artística voltada para o público infantil e seus familiares. Com esta montagem, a Cia. concretiza o sonho antigo de criar uma peça em que as crianças e seus familiares participam ativamente da apresentação, festejando a possibilidade de encontro e sonho que o teatro proporciona.

A convite da Cia, o dramaturgo e diretor Ilo Krugli, fundador do Teatro VentoForte, elaborou uma dramaturgia inédita a partir da figura legendária do cavaleiro São Jorge. llo Krugli ao falar de seus trabalhos infantis – inúmeros e de excelência incontestável – diz que trata-se de um teatro feito para crianças de até 80 anos. Ilo é um dos maiores artistas do teatro brasileiro, que tem em sua trajetória larga experiência em movimentar o imaginário de todas as idades.

O cenário do espetáculo é assinado pelo Ateliê La Tintota e os figurinos por Anahí Santos. Todo o cenário e os figurinos são confeccionados com diferentes tipos de papéis. Já que no espetáculo são prestadas homenagens aos pintores Candido Portinari e Di Cavalcanti, a ideia é que esses corifeus junto com seu coro (público), literalmente pintem o cenário. Como a encenação acontece em uma “rua” feita de papel, ela é construída diariamente junto com o público e ao final de cada apresentação temos uma rua diferente confeccionada, numa grande instalação construída por todos. Nessa via, as crianças podem pintar trechos da peça juntos com os pintores Dica e Candinho, construir suas próprias dobraduras e também participar conjuntamente com os atores da apresentação.

São Jorge Menino foi criado em parceria com Sesc Belenzinho e cumpriu temporada de 10 apresentações entre março e abril de 2014, atingindo um público de aproximadamente 1000 pessoas.

Além da temporada de estreia, o espetáculo já esteve presente em diversas ruas: Festival de Inverno Sesc Rio. 3 apresentações, nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis – Rio de Janeiro, em agosto de 2014.

Festival Mirada do Sesc. 3 apresentações nas cidades de Cubatão, Bertioga e Santos - São Paulo, em setembro de 2014.

VIII Festival Internacional Paidéia de Teatro para Infância e Juventude, da Paidéia Associação cultural, no bairro de Santo Amaro – São Paulo, em setembro de 2014.

Sesc Interlagos. 2 apresentações dentro da programação especial para o mês das crianças, em outubro de 2014.

Assista o espetáculo na íntegra aqui!

vimeo.com/95892537

Assistimos emocionados a essas crianças descobrirem que o teatro é invenção de mundo, é jogo, é uma relação criativa com a vida.

A peça São Jorge Menino, que estreou em março de 2014, é a primeira experiência artística da Cia.São Jorge de Variedades voltada para o público infantil e seus familiares e criada especialmente para apresentações em espaços abertos.

Ao longo de nossa história temos procurado tornar cada vez mais pública nossa existência e ações artísticas o que trouxe como resultado a criação de peças que continuamente têm buscado uma relação mais direta com a rua e com o entorno onde elas acontecem.

O espetáculo anterior da Cia, Barafonda, é uma radicalização desse processo e propôs uma itinerância pelo bairro. Um espetáculo de quatro horas, com dezenas de atores e técnicos envolvidos, em total relação com a história, a arquitetura e os moradores da Barra Funda.

Atualmente colhemos os frutos de uma presença artística que é reconhecida no bairro, onde estamos sediados há 7 anos. Nossa sede, “Casa de São Jorge”, recebe visitas dos nossos vizinhos: moradores, comerciantes, estudantes... e CRIANÇAS.

A relação das crianças conosco sempre nos chamou atenção – ainda que nossas peças não fossem voltadas especificamente para sua faixa etária, elas sempre conviveram em nossos espaços: assistindo ensaios, interagindo durante as apresentações, tornando-se um público atento, demonstrando encantamento com as possibilidades que o universo do teatro oferece.

São Jorge Menino é fruto dessa relação. Essa aproximação praticamente nos exigiu uma resposta artística que fosse em direção a esse encontro. Assistimos essas crianças perceberem que a Cia reúne pessoas para ouvir uma história e ao mesmo tempo descobrirem que o teatro acontece como invenção de mundo, como um jogo, numa relação criativa com a vida.

Dessa forma, criamos um espetáculo em que elas podem participar integralmente, desde os ensaios, até as apresentações, festejando com seus familiares e com o público de fora do bairro, essa possibilidade de encontro que é o teatro.

Quero contar pra você porque eu fiz esse teatro.

Porque eu conto essa história.

Sabe quando você fica sozinho e vem aquele frio na barriga?

Sabe aquela sensação que dá no corpo quando a gente fica com medo?

Já sentiu aquele nó na garganta quando você tem que se despedir de alguém que você gosta muito?

E quando você vê o mundo do jeito que está, e fica angustiado porque queria que tudo fosse completamente diferente?

E aí você pensa: Ai... O mundo é tão grande... E eu pequeno demais...

Mas, então, de repente, alguém te conta uma história... Uma bela história...

E essa história faz com que você acredite que existem forças dentro de você grandes, que são capazes de triplicar, quadruplicar seu tamanho!

Histórias de coragem, de amor, de liberdade e sonho.

Uma boa história, uma história bem contada, é muito poderosa. Mexe com a gente.

Acho que é por isso que o Ilo – um homem muito especial que conheço – vive escrevendo histórias, e vive fazendo teatro delas. Porque é isso que mantém ele forte, belo e grande. Eu acho que ele tem mais de 300 anos, embora pareça criança na maioria das vezes.

Se você um dia encontrar com ele e ouvir uma de suas histórias, vai sentir como se um vento forte atravessasse seu coração.

Suas histórias são como espadas mágicas que nos dão coragem para enfrentar dragões.

Bom, de tanto eu ouvir o Ilo, eu pedi um presente pra ele: Uma história pra eu contar, pra eu fazer um teatro dela.

E ele fez...Chama-se SÃO JORGE MENINO. E tem uma parte dessa história que não sai da minha cabeça. Diz assim: “Existe uma vidraça entre o pão e a fome. Existe uma vidraça entre a liberdade e o amor.”

Essa frase tem a cor azul claro bem bonito e cinza triste ao mesmo tempo. O Ilo diz que a poesia é que faz isso.

Bom, vim aqui pra mostrar essa história pra vocês. Espero que ela seja um vento forte capaz de atravessar essas vidraças ou uma espada mágica de coragem e sonho.

Tomara que gostem.

Podemos ser amigos.

Jorginho

Texto do programa da peça São Jorge Menino

São Jorge Menino propõe investigar o tempo e espaço rituais das festas. Uma manifestação artística em que a platéia, longe de ser um espectador passivo pode interagir celebrando o encontro. Em que as crianças e seus familiares são protagonistas da obra tanto quanto os atores.

Se em Barafonda trabalhamos com um coro de 30 atores e músicos pelo bairro, em São Jorge Menino, nosso grande coro é o próprio público.

Ao imaginar essa peça-festa não nos coube outra alternativa do que convidar Ilo Krugli (Teatro VentoForte) para escrever esse texto (para crianças de até 99 anos).

“Por que chamar as crianças para participarem do espetáculo?

São vivências, uma experiência de comunicação... Aí é que está. É dar muita importância a criança brincar, ao ser humano brincando, fabulando, inventando, sem dúvida o que deixa um rastro de vivência muito positivo para ela poder sempre brincando descobrir. Brincando para mim, é que rejeito a palavra faz de conta, não é o faz de conta, fazendo vivência mesmo, não é? Fazendo vivências. Não é à toa, nem automaticamente, nem conduzindo, nem manipulando, viramos para a direita, viramos para a esquerda e não sei que mais, é dar espaço para a afetividade na comunicação.”

Trecho de entrevista com Ilo Krugli dada a Andrea Cavinato publicada em seu mestrado “Uma experiência em Teatro e Educação: a história de Ilo Krugli e seu indomável Vento Forte” (ECA USP-2003).

“Desde os anos 70 o Ventoforte contraria valores estereotipados da sociedade como o de que a criança gosta de coisas alegres, ou de que a produção precisa ser de fácil compreensão e linear. Muitas vezes o teatro infantil produz discursos moralizantes em que a participação da criança é a mesma dos programas de auditório.” “ Uma experiência em Teatro e Educação: a história de Ilo Krugli e seu indomável Vento Forte” (ECA USP-2003). de Andrea Cavinato.

De início, lançamos o tema de São Jorge como um pontapé inicial para os seus primeiros escritos. E como espaço de acontecimento artístico, a rua/ passarela. A partir de sua longa e fascinante experiência de vida, Ilo nos contou que sua primeira fronteira foi a rua. Filho de uma família de imigrantes morava num bairro periférico na cidade Buenos Aires convivendo com outros estrangeiros, na Argentina. Sua mãe o protegia e quase nunca o deixava sair sozinho. E como lembrança, atravessar a rua foi o primeiro desafio para ir de encontro ao desconhecido, a outros estrangeiros de culturas diversas, com outras comidas e costumes que enriqueceram para sempre o seu olhar de criança e o seu olhar de artista.

Para nós, a rua e o festejar na rua, para além de propiciar espaços de convivência e partilha de nossas criações, representa também um ato de resistência, por preservar o espaço público como lugar de liberdade e manifestação.

Trata-se de uma celebração que agrega os moradores da região em torno de uma troca de experiências e, ao mesmo tempo, dá oportunidade aos habitantes do bairro e a nós, artistas da cidade, de ocupar a via pública, assistir pequenos shows, dançar, comer, brincar, como antigamente.

São Jorge Menino é uma peça em evolução pela rua. Propõe a festa de inauguração de uma estátua e também o encontro com o outro, na figura de Jorginho. Nosso desejo em levá-la para outras regiões é também o nosso desejo de ir ao encontro dos outros.

São Jorge Menino é o primeiro espetáculo infantil da Cia, que tive o prazer de dirigir, criar e apresentar junto com minha mulher Patrícia Gifford e meu filho Martim de 07 anos, que na peça trabalha como ele mesmo diz como “cenostécnico”. Todos os ensaios foram impulsionados pelas nossas crianças, Tiê, Iberê, Mariana e Francisco puxaram a fila do coro São Jorgeano, liderados por Marcelo Reis nosso eterno Dom Quixote.

por Rogério Tarifa

diretor do espetáculo

São Jorge Menino foi escrito especialmente pra São Jorge pelo querido mestre e amigo Ilo Krugli. Autor de uma poesia profundamente humana e universal e que não se dobra frente as vidraças que nos impõe esse mundo aprisionado que vivemos. Caminha com seu teatro sempre na direção do amor, da liberdade e da utopia sabendo que é preciso ultrapassar e quebrar as vidraças.

Em muitos momentos dos ensaios nos perguntávamos se as crianças saberiam o significado da palavra utopia usada por Ilo no texto. Mas ao transformarmos a peça num grande cortejo, onde atores e público dialogam o tempo todo numa quebra constante entre platéia e espectadores, percebemos que esse movimento em direção a vida, ao coletivo, é um diálogo franco e um caminho potente rumo ao mundo que desejamos.

E que mesmo sem entenderem o significado da palavra utopia naquele momento, a força da poesia do Ilo com a potência do coletivo instaurada, trazia-nos um momento utópico-teatral durante as apresentações. Que bom termos um autor que não escreve só para uma classe social, que não escreve só para a classe média. Não busca o final feliz, o figurino de princesa e nem os dramas superficiais da família burguesa. Seus textos e suas encenações querem sempre tocar a poesia, aquilo que pertence a todos os humanos e a todas as crianças, é como se as suas peças fossem um bordado inacabado, onde cada público terá o direito de bordar um trecho a partir das suas histórias e dos seus olhares.

Me lembro sempre do nascimento de meu filho e da beleza profunda e inimaginável que é o nascimento de uma criança. A vida pulsando, o sangue escorrendo, as lágrimas do pequeno que se juntam com as dos pais, a vida nos mostrando que o mais incrível da vida é a própria vida. Ao assistir as peças do Ventoforte, tenho a sensação de estar sempre renascendo, voltando aos pilares da criação humana e da arte. São Jorge Menino caminha nessa direção, buscando um teatro em defesa da liberdade e do amor. Ter dirigido um texto escrito pelo Ilo, foi um grande aprendizado, continuar a caminhada apresentando agora esse espetáculo tem sido muito emocionante e um grande presente.

m poste grafitado Nessa rua tem u Skatista tatuado inho no meio do cam vizinho Ipê amarelo, bem do o quintal do en nd co es / to al ssarinho E um muro bem um monte de pa e a h on m pa de Tem vendedor ro eiro e motoquei Nessa rua tem lix eiro Vira lata, perdigu carteiro rrendo atrás do co , ço ro vo al o Fazend verdureiro e um histérico ca fa de or ad ol m A e na feira Vendendo espinafr gia, segurança Nessa rua tem vi criança Quase não se vê ais festa e que não tem m as qu a ru sa es N tem conversa Quase que não dio lidão e muito té so ão iç ol m de Tem prédio e nasce um novo Todo dia, sempr nte, dez faróis Todo dia uma po nós i o que será de se o nã eu a, lh O inha sa rua fosse m es se a, ru sa ante es Se m pedrinha e barb co , ar ilh dr la va ssar, Eu manda ra o meu avô pa pa , ar ss pa or Para o meu am inha mãe... o meu pai e a m inha sa rua fosse m es se a, ru sa es Se itar Eu mandava enfe ouro e prata de Com pedrinhas e lata Com papel crepom lilás E no poste luz grande Essa vida é tão demais...

Eu sou pequeno demais...”

Eu sou pequeno o São Jorge Menin Música da peça

O texto de Ilo Krugli, São Jorge Menino, conta a história de Jorge, um menino de rua, que dorme em cima de uma estátua de São Jorge no momento de sua inauguração. Ao retirar os panos que cobrem a estátua, todos ficam em dúvida sobre o verdadeiro santo, o menino ou a estátua. E assim, Jorge começa a caminhar e a levar o público por uma verdadeira saga de São Jorge.

Já na saída, a grande mãe, a nossa mãe da rua, o batiza de São Jorge e o menino segue a sua trajetória por uma imensa rua de papel que surge aos olhos do público. Jorge conhece os pintores Candinho e Dica, que pintarão o futuro e o passado dentro do espetáculo, uma homenagem clara aos pintores Candido Portinari e Di Cavalcanti.

Uma imensa Lua traz o descanso, os momentos onde Jorge dorme e pode sonhar. O menino conhece também os habitantes de um muro, onde estão presos como escravos, índios, e trabalhadores. Jorginho conversa com o muro e com as pessoas que estão presas atrás dele, sonhando um dia poder libertá-las.

Das lágrimas de Jorge surge Glauber, uma referência ao cineasta Glauber Rocha, que o ajuda a enfrentar os dragões da Maldade e o ensina sobre utopia.

Por fim - após perder a visão na luta com os dragões ao tentar libertar sua amiga, Mariela do Campo Limpo, que estava presa num arranha-céu moderno, espelhado e muito alto - Jorge volta à estátua de São Jorge, se encaixando na mesma posição do início da história. Nesse momento, Mariela do Campo Limpo retorna após fugir da Torre e de suas lágrimas Jorge volta a enxergar.

A peça termina com a festa de casamento de Mariela e Jorge.

Antes de terminar, Jorge, quer dizer São Jorge, diz que os escravos, índios e trabalhadores serão um dia libertados, mas que esse dia infelizmente ainda não chegou!

sinopse

Lá vai o menino abrindo os caminhos Pedindo licença Lá vai o menino abrindo os caminhos Pedindo licença Se ele vai de branco Se é gente ou se é Santo Não faz diferença Um menino só Não dá conta não É preciso três, dezesseis, vinte três Um montão de uma vez Pra derrubar o dragão Vista sua roupa Pegue sua espada E vamos embora Vista sua roupa Pegue sua espada Tem muita vida lá fora Música de Jonathan Silva para a peça São Jorge Menino

ficha técnica dramaturgia_Ilo Krugli direção_Rogério Tarifa direção musical_Lincoln Antonio composições musicais_Jonathan Silva elenco_ Adriana Aragão Daniela Biancardi Jonathan Silva Lincoln Antonio Marcelo Reis Mauricio Damasceno Patrícia Gifford Rodrigo Ramos Rogério Tarifa Vera Lamy cenário_Ateliê La Tintota figurinos_Anahí Santos produção_Isabel Soares cenotécnicos_João Attuy e Edson Luna projeto sonoro_Ernani Napolitano técnico de som_Lucas Silva classificação indicativa_LIVRE duração_120 minutos

necessidades técnicas ESPAÇO DE APRESENTAÇÃO Espaço aberto, ao ar livre.

Medidas: 40 metros de comprimento por 6 metros de largura.

Piso uniforme.

RIDER DE SOM P.A.: 04 un. – Sistema estéreo de caixas acústica (Indica-se sistema KArray KR202) 04 un. – Sistema de sub-graves mono de caixas acústicas (Indica-se sistema KArray KR202) 04 un. – Sistema de monitores ( indica-se Meyer-Sound - PM1P) House Mix: 01 un. – Console de Mixagem Digital, contendendo 48 Canais, 8 Sub-Grupos, 16 Auxiliares, 8 máquinas de efeito internas e controladores dinâmicos por canal (Indica-se Yamaha M7CL-ES).

01 un. – Roteador Wi-Fi para ser conectado ao console de mixagem.

01 un. – Ipad Apple (com Stage Mix instalado), para controle remoto do console de mixagem.

02 un. – Compressor analógico DBX 160.

02 un. – Equalizadores gráficos de 31 bandas de freqüência (Klark Technics / DBX / BSS) 01 un. – CD Player.

MICROFONES 03 un. – AKG C 418 (com Wind screen, para conexão em bodypack sem fio); 01 un. – AKG C 411 (com cola original AKG, para conexão em bodypack sem fio); 10 un. – DPA 4088 (com Wind screen, para conexão em bodypack sem fio); 04 un. – Shure SM 81; 02 un. – Shure SM 58; 02 un. – Shure SM 58 (handheld) OBS: Todos os microfones deverão estar com seus respectivos cachimbos e acessórios.

SISTEMA DE TRANSMISSÃO SEM-FIO 19 un. – Sistema de Transmissão sem fio com Transmissor (Body Pack) e Receptor (Indica-se Sennheiser EM 2000 / SK 2000).

04 un. – Cabos de Instrumentos para Body Pack Sennheiser (P2 / P10) PEDESTAIS 02 un. – Pedestais de microfone de tamanho médio.

04 un. – Garras Tipo Claw (LP Percussion).

SUB SNAKE 01 un. – Sub-Snake de 6 Vias com 30 metros BACK LINE 01 un. – Tenda de proteção para House Mix (aprox. 2m x 2m).

03 un. – Praticáveis pantográficos (rosco) acarpetados para House Mix. ENERGIA ELÉTRICA O Consumo de energia elétrica para o sistema de som é de aproximadamente 100A, em 220v / 60Hz. No sistema de som será necessário um Transformador Regulador de Voltagem (Mais Power), para adequação da voltagem dos equipamentos de áudio.

EQUIPE Dois técnicos para a montagem.

TEMPO DE MONTAGEM 5 horas

LUZ

O espetáculo está previsto para iniciar até às 16h, com isso não há necessidade de equipamento de iluminação. Para apresentações em outros horários, rider a combinar.

APOIO DE CAMARIM

Necessitamos de um camarim com chuveiro, ferro e tábua de passar roupa, cadeiras, mesas, e espelho.

Solicitamos também água, café, suco, frutas e lanche para equipe de 14 pessoas.

TRANSPORTE DE CARGA VIA AÉREO:

Cubagem: 4m³. Peso: 1500kg.

VIA TERRESTRE

01 caminhão médio- motorista + 01 ajudante . Tipo baú, fechado, medidas aprox.. 5,0m prof x 2,30m lar x 2,20m de alt.

CENÁRIO

2 praticáveis reguláveis 2mX1,5mX 1m (comprimento, largura, altura) 30 cadeiras, para público com mobilidade reduzida, terceira idade e mães com crianças de colo.

TRANSPORTE DE EQUIPE

Aéreo , para 14 pessoas.

Hospedagem – Room list 1

Rogerio Tarifa e Patricia Gifford

UM QUARTO DUPLO (CASAL)

2

Adriana Aragão e Isabel Soares

UM QUARTO DUPLO (SOLTEIRAS)

3

Daniela Biancardi e Vera Lamy

UM QUARTO DUPLO (SOLTEIRAS)

4

Jonathan Silva e Lincoln Antonio

UM QUARTO DUPLO (SOLTEIROS)

5

Marcelo Reis e Rodrigo Ramos

UM QUARTO DUPLO (SOLTEIROS)

6

Mauricio Damasceno e Lucas Silva

UM QUARTO DUPLO (SOLTEIROS)

7

Edson Luna e João Attuy

UM QUARTO DUPLO (SOLTEIROS)

mapa de palco

& A RUA

A POSSIBILIDADE DA UTOPIA NO TEMPO E ESPAÇO PRESENTE

Nesses 15 anos de existência a Cia.São Jorge de Variedades de Variedades tem se dedicado a pensar seus projetos – seus 9 espetáculos e todas as atividades que se desdobram a partir deles – a partir de alguns eixos: a construção coletiva de um projeto artístico, a dimensão critica e reflexiva (produção de pensamento) desse projeto em relação ao pensamento hegemônico que se impõe, e a dimensão pública que esse projeto pode e deve ter.

Assim aos quinze anos de idade – debutando na nossa dimensão privada e intensamente tentando afirmar o sentido PÚBLICO do nosso trabalho – a Cia.São Jorge de Variedades tem se interessado em tornar cada vez mais pública nossa sede e cada vez mais participar do espaço público do bairro e da nossa cidade.

Esse interesse em tornar dinâmica e permeável a relação casa teatro e o espaço público ao redor vem desde nossos primeiros trabalhos.

AS BASTIANAS, O SANTO GUERREIRO E O HERÓI DESAJUSTADO, QUEM NÃO SABE MAIS QUEM É, O QUE É E ONDE ESTÁ PRECISA SE MEXER , BARAFONDA e agora SÃO JORGE MENINO – são obras que retratam essa busca e propõem um olhar ético e estético do teatro com o espaço da casa e da rua.

Em busca de uma quebra de fronteiras, de um sentido público de acontecimento artístico reconfigurado, disputando territórios do imaginário, aos poucos a Cia foi assumindo nos seus últimos três trabalhos a rua como espaço de atuação.

Alguns pilares e questionamentos vêm encaminhando essa pesquisa nesses últimos anos: o espaço como mais uma textura dramatúrgica, radicalizando cada vez mais o papel que ele tem dentro das narrativas o espaço como desnaturalizador da relação ator – platéia, propondo outras relações a partir de diferentes perspectivas a obra como um espaço público permeável a interferências é a partir da relação da obra com o que a cerca que se completa a dramaturgia – para o ator interessa a relação e não a apresentação de algo já concluído Nessa trajetória de pesquisa de linguagem o que mais tem nos interessado na rua é criar um campo de experiência estético e humano aberto.

A busca é por radicalizar cada vez mais uma linguagem que provoque a fricção entre arte e vida. Essa coexistência no momento da cena, essa cena que se propõe ser relação, tem nos mostrado um caminho muito potente de construção de uma experiência poética que encarna a arte na vida e a vida na arte, de quem faz e quem assiste.

Não se trata apenas de debater, escrever, representar sobre o mundo que sonhamos. Mas que nossa obra, desde sua construção seja essa experiência.

Cada apresentação é o intento de experienciar com nosso público a instauração no tempo presente de uma possibilidade utópica de mundo.

A tentativa de uma experiência socializante de viver no momento da cena nosso sonho de relações no mundo.

O desafio sempre será a presentificação do que se diz inatingível, a cena/a vida como laboratório de mundos possíveis vivenciados em coro.

Assim com nosso novo espetáculo de rua São Jorge Menino queremos afirmar o tempo PRESENTE. A arte e seu poder de encarnar a utopia.

HISTÓRICO DA CIA.SÃO JORGE DE VARIEDADES Projeto coletivo, fundado em 1998, com integrantes da Escola de Arte Dramática e da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. O grupo visa estabelecer, por meio de investigações permanentes, um processo de lapidação da cena bruta, se utilizando de artifícios e procedimentos simples e artesanais. A base estética da companhia se apóia em referências múltiplas, de acordo com as necessidades de cada espetáculo, mas principalmente nas manifestações ritualísticas de canto e dança, mantendo como referência paralela as religiões afro-brasileiras. A dramaturgia tem como tema principal a discussão de questões éticas inerentes à diversidade e os paradoxos da cultura brasileira, desde sua formação, da colonização à contemporaneidade.

PEDRO O CRU, de 1998, uma montagem do poema dramático do escritor português António Patrício, é o primeiro espetáculo da Cia. Em 1999, monta UM CREDOR DA FAZENDA NACIONAL, resgatando a obra do autor José Joaquim de Campos Leão Qorpo-Santo.

A partir de 2001, o grupo reforça seu vínculo com a cidade, ocupando por dois anos o Teatro de Arena, local em que, em parceria com o Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, o Grupo Teatral Isla Madrasta e a Companhia Bonecos Urbanos, desenvolve o projeto Harmonia na Diversidade. Nesse ano, encena BIEDERMANN E OS INCENDIÁRIOS, de Max Frisch.

O grupo se preocupa com a função social da arte e suas possibilidades, e se envolve com iniciativas públicas para pessoas em situação de rua, como a Oficina Boracea e o Albergue Canindé, entre 2002 e 2004. Nesse contexto, nasce AS BASTIANAS, a partir da coletânea de contos de Gero Camilo, sob direção de Luís Mármora.

Em 2007 realiza a montagem do primeiro espetáculo de rua, O SANTO GUERREIRO E O HERÓI DESAJUSTADO (vencedor do Prêmio Shell de melhor figurino) com direção de Rogério Tarifa e 20 atores em cena.

Em 2009 cria o espetáculo QUEM NÃO SABE MAIS QUEM É, O QUE É E ONDE ESTÁ, PRECISA SE MEXER, ganhador da categoria especial do Prêmio Shell de Teatro pela pesquisa e criação.

Em 2010, apoiada pela Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, a Cia. inicia uma pesquisa sobre o bairro da Barra Funda com o PROJETO BARAFONDA, continuando em 2011 com patrocínio do Programa Petrobras Cultural no PROJETO AO CORO RETORNARÁS, no qual viajou até diversas cidades do Brasil com presença festas populares tradicionais.

Finalmente, estreou em junho de 2012 o espetáculo de rua itinerante BARAFONDA, indicado ao Prêmio Shell na Categoria Especial. BARAFONDA realizou 30 apresentações ao longo dos anos de 2012 e 2013, atingindo um público de aproximadamente 3 mil pessoas em cada uma de suas temporadas.

Em 2014, a Cia. São Jorge de Variedades estréia SÃO JORGE MENINO, seu primeiro espetáculo infantil, com dramaturgia do diretor Ilo Krugli e direção de Rogério Tarifa.

Paralelamente, inicia seus ensaios para a montagem do FAUSTO, baseado na obra de Goethe. Com direção e dramaturgia de Georgette Fadel e Claudia Schapira, Fausto realizou em maio e junho desse ano 10 ensaios abertos e tem estréia prevista para setembro de 2014.

A Cia. também produz, desde 2003, o FANZINE SÃO JORGES - canal de interlocução com uma geração mais jovem, procurando estimulá-la a contracenar com a cidade de outras maneiras.

Clipping

(Matérias sobre a Cia e sobre a peça São Jorge MENINO)