Latinidades 2012 Program

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O FESTIVAL Criado em 2008, Latinidades é um espaço de celebração, debate e visibilidade para a cultura afro. Tem como foco a questão racial, com recorte de gênero, buscando debates relacionados aos desafios atuais e ao resgate do histórico de lutas e resistência da mulher negra na América Latina e Caribe. A programação reúne shows, performances, feira de afro-negócios, debates e palestras, cada ano com abordagem em um tema específico. Como resultado de cada edição, é organizada uma publicação, a partir dos debates realizados, bem como artigos e textos complementares. A publicação é distribuída gratuitamente impressa e para download no site, www.afrolatinas.com.br

EDIÇÃO 2012 Em 2012 o festival trará debates em torno da Juventude Negra. A escolha do tema vem da necessidade de discutir os desafios enfrentados por esta parcela vulnerabilizada da sociedade que, infelizmente, constitui a principal vítima da violência urbana e tem sido alvo predileto dos homicidas e dos excessos policiais. No Brasil a juventude negra encabeça o ranking dos que vivem em famílias consideradas pobres e recebem os salários mais baixos do mercado. Encabeçam, também, a lista dos desempregados, analfabetos, dos que abandonam a escola antes de tempo e dos que têm maior defasagem escolar. De junho a novembro de 2012 serão realizadas ações em Brasília, no Complexo Cultural da República de 23 a 29 de julho, nas Regiões Administrativas do Paranoá, Varjão, Itapuã, Cidade Estrutural e no Presídio Femino Colméia. Este ano uma grande novidade vem com a parceria com o Cena Contemporânea Festival Internacional de Teatro de Brasília - que, juntos, vão realizar uma semana de grande shows no Museu Nacional de Brasília, de 23 a 29 de julho. Além do Cena Contemporânea, outra parceira é a Feira Preta SP, que acontecerá nos dias 28 e 29 de julho, dentro da programação do Cena e Latinidades.

Em 2012 mais quatro grandes mulheres serão homenageadas no Latinidades. Anualmente reverenciamos negras rainhas que nos inspiram a continuar pontuando o 25 de julho como marco de luta e resistência na América Latina e Caribe.


23 a 27 de julho : Debates no Auditório da Biblioteca Nacional de Brasília. Inscrições: www.afrolatinas.com.br

23 DE JULHO (segunda) 10h Diáspora Africana na América Latina e Caribe Mediação: Renato Barbieri Deputado Luiz Alberto (BA) Representante da União Africana Professora Ângela Figueiredo - UFRB/UFBA Isabel Santiago - Secretária Executiva de Etnia Negra no Ministério da Presidência do Panamá Tanya Saunders – professora do departamento de antropologia e sociologia da Lehigh University, em Bethlehem, Pensilvânia – EUA

16h Políticas Públicas para a Juventude Negra Mediação: Thaís Zimbwe Janete Pietá (SP) Paulo Ramos - Mestrando em Sociologia, Especialista em Análise Política e Relações Institucionais Raquel Turci Pedroso – Programa Saúde na Escola, Ministério da Saúde José Geraldo Machado – Políticas para a Juventude, Ministério do Trabalho Gustavo Pérez – Subsecretário da Secretaria Executiva da Etnia Negra do Panamá Severine Macedo - Secretaria Nacional de Juventude ( a confirmar)

24 DE JULHO (terça) 14h Emprego e Renda Mediação: Paula Balduíno Rosana Sousa de Deus - Secretária Nacional de Juventude da CUT João Paulo Cunha – Data Popular Makota Kizandembu - Mestra em Indumentária Africana, GT de Moda Afro do CNPC Nilva Schroder - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, Pronatec, do Ministério da Educação

16h Saúde Integral da Mulher Negra Mediação: Cecília Bizerra Cidinha da Silva - Escritora Claudia Araújo de Lima - Ministério da Saúde Fernanda Lopes - Oficial de Programa em Saúde Reprodutiva e Direitos da UNFPA Crisfanny Souza – Rede de Controle Social e Saúde da População Negra


25 DE JULHO (quarta) 10h Cultura Mediadora: Jaqueline Fernandes Renata Felinto - Educadora, artista plástica, pesquisadora Cristiane Sobral – Escritora e atriz, fará intervenções poéticas sobre identidade negra Makota Valdina – Representante da religiosidade de matriz africana Verônica Nairobi – Fundação Cultural Palmares, representante regional Bahia/Sergipe Margot Ribeiro – Instituto Cultural Congo Nya

14h Genocídio da juventude afro-latina Mediação: Daniela Luciana Lio Nzumbi – Reaja ou Será Morto/Reaja ou será morta Fernanda Papa – Secretaria Nacional de Juventude Débora Maria - Mães de maio MC Leonardo – APA Funk Marta Alves da Silva – Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde

16h Novas perspectivas para a militância feminista e os rumos do feminismo negro na América Latina Mediação: Larissa Borges Giselle Cristina - Pesquisadora, autora da publicação Somos Todas Rainhas Bruna Pereira - Pesquisadora da Unb na linha de Feminismo, Relações de Gênero e de raça Sueli Carneiro - Doutora em Educação pela USP e Diretora do Geledés - Instituto da Mulher Negra Jaqueline Lima Santos – Pesquisadora com recorte geracional, racial e de gênero

26 JULHO (quinta) 10h Identidade e comunicação Mediação: Claúdia Maciel – Ação Periferia Vanda Ferreira - Mestra Griô, apresentadora do programa REconhecer Gildean Panikinho – Wap Brasil Nêga Gizza – Cantora e Coordenadora da CUFA, apresentadora do programa Aglomerado, TV Brasil Enderson Araújo - Mídia Periférica


14h Orientação sexual e identidade de gênero Mediação: Luana Ferreira Tiely Queen – Atriz, cineasta, cantora/rapper escritora virtual Verônica Lourenço – Membra da Coordenação Colegiada Nacional da Sapatá Ana Cristina dos Santos – Pesquisadora Associada do Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade Tábata Alves – Grupo de Ativistas Travestis e Transexuais de São Paulo - Gata

27 JULHO (sexta) 14h Educação Mediação: Vera Verônika Maria Auxiliadora Lopes - Secretaria de eEucação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, SECADI Denise Botelho – Pesquisadora na linha em Educação e Políticas Públicas: Gênero, Raça, Etnia e Juventude, professora da UFRPE Kabengele Munanga – Antropólogo congolês, professor titular da USP Wania Sant’anna - Historiadora, membro da Articulação de Mulheres Brasileiras, consultora do projeto A Cor da Cultura

16h Racismo Ambiental na América Latina Mediação: Ionara Talita – Coordenadoria de Juventude do Distrito Federal Aida Feitosa – Comissão de Jornalista pela Igualdade Racial Taneska Santos de Santana – Pesquisadora UFBA Benildo Rodrigues de Moraes (Biko) - Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, Conaq Ministério do Meio Ambiente – a confirmar

FEIRA PRETA - 28 e 29 de julho, 14h às 21h A Griô Produções consolidou em 2012 uma parceria com o Instituto Feira Preta para a realização da 1ª. Franquia Social da maior feira de afro-negócios da América Latina. A parceria resultou na participação da Feira Preta dentro da programação do Festival Latinidades, trazendo vinte stands de moda, cabelo, artesanato, acessórios e decoração. É a primeira edição da Feira Preta fora do Estado de São Paulo! Acesse Feira Preta: www.feirapreta.com.br


25 a 29 de julho – Shows na Praça do Museu Nacional da República, Brasília

25/07, à partir das 21h30 PAULA LIMA (SP)

Como diz a grande Dona Ivone Lara: “o samba precisa dela”. Paula Lima pode ser considerada um dos grandes nomes da música negra brasileira, incitando a mistura provocante do soul com o samba no samba-rock. Formada em Direito e piano clássico, começou a cantar profissionalmente como backing vocal, em discos de Jorge Ben Jor e Thaíde e DJ Hum. Logo migrou para o grupo Funk como Le Gusta, com o qual ficou conhecida em todo o Brasil. Sua carreira solo começou em 2001, com a elogiada canção “É isso aí”. Paula já cantou ao lado de Jorge Benjor, D. Ivone Lara, Milton Nascimento, Luiz Melodia, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Leci Brandão, entre outros. YLÊ AIYÊ (BA) Mais uma grande honra para o Latinidades 2012. Patrimônio da cultura baiana e irmãs/ irmãos de militância, o Ilê Aiyê é mais que bloco carnavalesco: sua atuação em nome da expansão e valorização da cultura afro-brasileira tem sido determinante na elevação da autoestima e da identidade étnica do negro brasileiro. Atualmente, arrasta milhares de integrantes pelas ruas no carnaval de Salvador. A batida inconfundível do Ilê foi criada por mestre Bafo em 1975, herdada do candomblé com influências também do samba duro e do ijexá.

26/07, à partir das 21h30 BATALHA DE RIMAS CALANGO PENSANTE (DF) A batalha de rimas Calango Pensante, puxada pelo MC Ahoto e Flowgados, promete surpreender o público com criatividade e acidez e esquentar a Praça do Museu Nacional da República convidando MCs do DF e do Rio de Janeiro. A batalha será temática, então, meninos, rimas machistas, homofóbicas e afins, serão desclassificadas. MC JÚNIOR E LEONARDO (RJ) MC Leonardo é o apelido do funkeiro Leonardo Pereira Mota, famoso desde a popularização do ritmo no Rio de Janeiro, na década de 1990, com músicas como o “Rap do Centenário”. Ficou conhecido no Brasil todo em 2007 pela trilha do filme “Tropa de Elite”. Militante e bem articulado com movimentos sociais, estudantes e políticos, luta para fazer do funk um movimento cultural reconhecido por lei. É presidente da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (APA Funk). GOG (DF) Iso 9000 do Gueto, novo show do Poeta do Rap Nacional, envolve audiovisual, dança afro contemporânea, capoeira e poesia. GOG deseja promover o intercâmbio dessas linguagens, mesclando dança negra, percussão, mixagens e projeções animadas. Um dos artistas de maior prestígio na cultura Hip hop brasileira, GOG foi o primeiro rapper brasileiro a lançar o próprio selo e, com 30 anos de carreira, lançou nove discos e um DVD, com participação de artistas como Lenine e Maria Rita, entre outros. O show tem patrocínio do FAC, Secretaria de Cultura e Espaço Mosaico.


27/07, à partir das 22h30 *Shows realizados em parceria com o projeto Cena Contemporânea * PUERTO CANDELARIA (COLÔMBIA) Fundador de ritmos pouco convencionais como Cumbia Underground e Jazz a lo colombiano, o grupo inseriu a Colômbia no cenário do jazz internacional e destacou-se como nome de ponta da música experimental no continente. Baseia sua sonoridade nos ritmos colombianos populares e injeta imaginação e realismo fantástico às composições. Já fez mais de 20 turnês internacionais, apresentando-se em cerca de 50 cidades da Europa, Ásia e Américas. Sem som atrevido e encenações cheias de humor e alegria já foram vistos por mais de um milhão de espectadores. A banda já lançou quatro discos: Kolombian Jazz (2002), Llegó la banda (2006), Vuelta Canela (2010) e Cumbia Rebelde (2011). BerlinLOOPBrasil (Alemanha) Coletivo de artistas alemães e brasileiros que apresenta um show multimídia que rompe paradigmas, trazendo novas tecnologias, como o Loop Station, e inova com técnicas como o stop motion e mapping em um espetáculo visual único. Em parceria desde 2006, os músicos, dançarinos, artistas audiovisual, artistas de animação e cineastas formam um diálogo interdisciplinar contemporâneo e inovador e trazem para o palco a cativante música da cena urbana underground da Alemanha, em uma fusão musical progressiva e provocante.

28/07, à partir das 22h30 GABY AMARANTOS (PA) Gabriela Amaral dos Santos ou simplesmente Gaby Amarantos já foi apresentada ao mundo como “a Beyoncé do Pará” e “rainha do tecnobrega”. A cantora e compositora paraense tem sido responsável por colocar o Pará no mapa musical internacional. Gaby lota os clubes onde se apresenta, seja no Brasil ou na Europa. Sua música Ex Mai Love, tema da novela global Cheias de Charme, está na boca do povo. Gaby Amarantos nasceu no bairro de Jurunas, periferia de Belém, no Pará. Começou a cantar aos 15 anos de idade, na Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, e aos 18 anos teve permissão para se apresentar em bares cantando clássicos da MPB. Gaby consegue fundir, em sua música, ritmos tradicionais como o carimbó, a lambada e o lundu ao tecnobrega. Em 2012, lança seu primeiro disco solo, Treme.


*Show realizado em parceria com o projeto Cena Contemporânea* SISTEMA CRIOLINA - LIVE (DF) O coletivo apresenta seu formato live, com DJ e instrumentistas fazendo a mistura de música eletrônica e orgânica, em composições autorais, envolvendo os ritmos dançantes do mundo. Nesse show, uma prévia do primeiro disco, a ser lançado em 2012. 29/07, à partir das 17h

TODOS OS SONS - DOMINGO CCBB QUARTETO MARAKAMUNDI (DF) - O quarteto de música instrumental de Brasília apresenta o novo trabalho,Rota Brasil, construído a partir das identidades musicais de diversos lugares do País. No show, o grupo procura acentuar as influências das culturas ameríndias, africanas, europeias, e outras. Conhecido até 2006 como Tex Quarteto, Marakamundi assumiu este nome para reforçar o perfil do grupo: explorar os horizontes da música com uma perspectiva brasileira – “maraka” significa “música”, em Tupi-guarani; Marakamundi, portanto, pode ser traduzido como “Música do mundo”. É formado por Tex (guitarra, violão e cavaquinho), Daniel Baker (pianos, teclados e escaleta), Ticho Lavenère (bateria e percussão) e Gê Mendonça (contrabaixo elétrico e baixo fretless). ELLEN OLÉRIA (DF) - Repertório do disco de estreia de Ellen, o show Peça fala sobre origem, apresentando desde as primeiras influências da infância da cantora até o encontro com a banda pret.utu e a afirmação de seu estilo. Repleto de canções próprias, apresenta muito funk, balanço, samba e hip hop, além da interpretação de canções de compositores como Gilberto Gil, Jorge Bem, Sandra de Sá, Tim Maia, Jovelina Pérola Negra. No show, Ellen Oléria estará acompanhada da banda pret.utu: Célio Maciel (bateria), Paula Zimbres (baixo), Pedro Martins (guitarra) e Felipe Viegas (teclado). Um dos maiores expoentes do cenário musical brasiliense, Ellen é atriz formada pela Universidade de Brasília e desde o ano 2000 atua como cantora, compositora e instrumentista. Ganhou várias edições do FINCA – Festival Interno de Música Candanga, da UnB, e é a maior vencedora em todos os tempos do Festival de Música Tom Jobim, do SESC. YUSA (CUBA) - “Yusa é uma nova forma de escutar Cuba”. Assim o jornalista britânico Jan Fairley apresentou a cantora, compositora e instrumentista cubana Yusa, uma das mais prestigiadas artistas da nova cena musical da ilha. Yusa tem na bagagem múltiplas linguagens musicais: dos trovadores tradicionais de seu país ao rock, dos ritmos tradicionais como son e filin ao jazz e a ritmos de outras terras, como o flamenco. A artista faz uma fusão da tradição musical cubana com o som do resto do mundo. Yusa toca violão desde os seis anos de idade. É a primeira mulher especializada em tocar “tresera”, instrumento típico da música cubana camponesa. Desde 2001, faz turnês pela Europa, Ásia e Américas. Foi indicada para alguns dos principais prêmios do universo da música no mundo. Acaba de lançar o selo independente Yusa-records, com seu quinto disco: Libro de cabecera, en tardes de café. Vive entre Havana e Buenos Aires. Em Brasília, se apresenta em companhia de Quique Ferrari (baixo elétrico) e Cris Faiad (bateria).

Mais informações e inscrições para debates: www.afrolatinas.com.br 61- 3233 6230 | grioproducoes@gmail.com




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