Gestão da Educação (Pública e Privada)

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GESTÃO DA EDUCAÇÃO (PÚBLICA E PRIVADA)


GESTÃO DA EDUCAÇÃO (PÚBLICA E PRIVADA)


Gestão da Educação Apresentação (Pública e Privada)

Apresentação Um conteúdo objetivo, conciso, didático e que atenda às expectativas de quem leva a vida em constante movimento: este parece ser o sonho de todo leitor que enxerga o estudo como fonte inesgotável de conhecimento. Pensando na imensa necessidade de atender o desejo desse exigente leitor é que foi criado este produto voltado para os anseios de quem busca informação e conhecimento com o dinamismo dos dias atuais. Com esses ideais em mente, nasceram os livros eletrônicos da Cengage Learning, com conteúdos de qualidade, dentro de uma roupagem criativa e arrojada. Em cada título é possível encontrar a abordagem de temas de forma abrangente, associada a uma leitura agradável e organizada, visando facilitar o aprendizado e a memorização de cada disciplina. A linguagem dialógica aproxima o estudante dos temas explorados, promovendo a interação com o assunto tratado. Ao longo do conteúdo, o leitor terá acesso a recursos inovadores, como os tópicos Atenção, que o alertam sobre a importância do assunto abordado, e o Para saber mais, que apresenta dicas interessantíssimas de leitura complementar e curiosidades bem bacanas, para aprofundar a apreensão do assunto, além de recursos ilustrativos, que permitem a associação de cada ponto a ser estudado. Ao clicar nas palavras-chave em negrito, o leitor será levado ao Glossário, para ter acesso à definição da palavra. Para voltar ao texto, no ponto em que parou, o leitor deve clicar na própria palavra-chave do Glossário, em negrito. Esperamos que você encontre neste livro a materialização de um desejo: o alcance do conhecimento de maneira objetiva, concisa, didática e eficaz. Boa leitura!

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Gestão da Educação Prefácio (Pública e Privada)

Prefácio A sociedade, por si, estabeleceu diversos critérios e métodos a fim de se organizar. Tudo o que a cerca, em tese, possui uma gestão que administra e orquestra o funcionamento dos serviços e atividades essenciais ao cidadão. O mesmo acontece, inclusive, com o sistema educacional. E qual é a importância da gestão da educação no nosso cotidiano e organização? A resposta a essa e a outras perguntas são a essência do debate proposto neste material. Na Unidade 1, o leitor vai encontrar a abordagem de alguns conceitos como o próprio concernente à Gestão da Educação; conhecerá, também, os princípios básicos e funções da gestão, do plano de ação da direção, da governança, entre outros assuntos. A Unidade 2 trata da função administrativa e pedagógica do cotidiano da escola pública e privada e o papel do gestor escolar. O projeto político pedagógico é o foco de estudo da Unidade 3 e, finalmente, na Unidade 4, o leitor vai entender um pouco mais sobre o plano de ação docente, planejamento administrativo, órgãos colegiados e órgãos colegiados da gestão democrática (os Conselhos de Escola), e as funções dos conselhos de escola: consultiva, deliberativa, fiscal, mobilizadora e pedagógica. Esperamos que o estudo seja produtivo. Boa leitura.

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Unidade 1 – Gestão educacional: conceitos e funções

UNIDADE 1 GESTÃO EDUCACIONAL: CONCEITOS E FUNÇÕES Capítulo 1

Introdução, 10

Capítulo 2

Conceitos: administração e gestão , 10

Capítulo 3

Administração na visão clássica de Fayol, 10

Capítulo 4

Gestão, 14

Capítulo 5

Princípios básicos e funções da gestão, 15

Capítulo 6

Plano de ação da direção, 17

Capítulo 7

Alguns diferenciais na escola privada, 21

Capítulo 8

Governança, 21

Glossário, 24

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Gestão da Educação (Pública e Privada)

1. Introdução Esta Unidade tem por objetivo conceituar a gestão educacional e apresentar seus princípios e funções. Para tanto, iniciamos com uma diferenciação entre gestão e administração, bem como uma discussão sobre o conceito de governança e suas relações com a gestão educacional. Finalizamos com uma apresentação das funções exercidas pelo gestor educacional.

2. Conceitos: administração e gestão Ao revisar a literatura a respeito dos conceitos de gestão e administração, não é possível traçar, exatamente, um divisor de águas entre ambos. Podemos dizer, inclusive, que há certa confusão semântica no emprego dos dois termos, pois é possível encontrar tanto um quanto o outro em caracterizações muito semelhantes no campo empresarial. O mesmo vale para o campo educacional.

3. Administração na visão clássica de Fayol O termo administração tem sua origem na teoria de Taylor e Fayol, ao apresentar a administração como uma das seis funções desempenhadas em uma empresa:

• funções

técnicas – relacionadas com a produção de bens ou de serviços da empresa;

• funções comerciais – relacionadas com a compra, venda e permutação; • funções financeiras – relacionadas com a procura e gerência de capitais; • funções de segurança – relacionadas com a proteção e preservação de bens; • funções

contábeis – relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas; e

• funções

administrativas – relacionadas com a integração da cúpula das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções da empresa, pairando sempre acima delas.

A Teoria de Fayol se assenta sobre o paradigma teórico da era moderna, ou seja, alicerçado sobre o iluminismo, que defendia como verdade toda a explicação sobre a realidade que tivesse como base a racionalidade. Tal movimento impulsionou a criação do método científico, de base positivista, primeiramente aplicado às ciências físicas e biológicas e, posteriormente, estendido às ciências humanas. Segundo os autores, nessa teoria clássica, a administração, por sua vez, carrega algumas funções:


Unidade 1 – Gestão educacional: conceitos e funções

I. previsão: envolve avaliação do futuro e aprovisionamento em função dele. Unidade, continuidade, flexibilidade e previsão são os aspectos principais de um bom plano de ação; II. organização: proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa; III. comando: leva a organização a funcionar. Seu objetivo é alcançar o máximo retorno de todos os empregados no interesse dos aspectos globais; IV. coordenação: harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando a sua operação e seu sucesso. Ela sincroniza coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos fins; V. controle: consiste na verificação para se certificar se todas as coisas ocorrem em conformidade com o plano adotado, as instruções transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é localizar as fraquezas e erros no sentido de retificá-los e prevenir a ocorrência. É importante salientar que a escola, por séculos, se organizou a partir do modelo industrial de produção. Nesse sentido, é possível encontrar eco de cada uma dessas funções do modelo da administração clássica na escola tradicional, que oferecia a todos um modelo único de ensino, cujo produto também deveria corresponder a um único modelo. Esquema 1: uma escola em que a hierarquia se perpetuava em cada instância, em um modelo piramidal:

Direção Técnicos Docentes Alunos

Nesse modelo, é possível localizar na figura do diretor cada uma das sete funções da administração, o que nos leva a afirmar que esse modelo de poder centralizador

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Gestão da Educação (Pública e Privada)

não se presta mais às demandas da escola pública no Brasil, organizada sobre o princípio da gestão democrática. Vejamos, então, no quadro a seguir, cada um dos princípios da administração clássica manifestos tanto no modelo de escola industrial, na era moderna, quanto no modelo de escola de gestão participativa, na era pós-moderna: Escola no modelo industrial na era moderna: 1750

Escola no modelo da gestão participativa da era pós-moderna: final do séc. XX

Presente

As formações altamente especializadas começam a ceder espaço para formações holísticas, com maior visão do todo.

Presente

Autoridade se conquista por competência e conhecimento. A responsabilidade é compartilhada na medida em que as decisões são coletivas: responsabilidade compartilhada.

3. Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos estabelecidos.

Presente

Disciplina aqui é resignificada: da obediência cega à adequação da conduta para o bom convívio social.

4. Unidade de comando: uma cabeça é um plano para cada grupo de atividades que tenham o mesmo objetivo.

Presente

Comando cede lugar à coordenação de ações.

5. Unidade de direção: uma cabeça é um plano para cada grupo de atividades que tenham o mesmo objetivo.

Presente

Idem

6. Subordinação de interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares.

Presente

Presente

Princípios da administração clássica: 1916

1. Divisão do trabalho: Consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência.

2. Autoridade e responsabilidade: A autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência, a responsabilidade é uma consequência natural da autoridade. Ambas devem estar equilibradas.


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Unidade 1 – Gestão educacional: conceitos e funções

Escola no modelo industrial na era moderna: 1750

Escola no modelo da gestão participativa da era pós-moderna: final do séc. XX

Presente

Ampliada: a satisfação não se dá apenas pela remuneração. Condições de trabalho e benefícios compõem esse “pacote”.

Presente

A autoridade deve ser diluída entre os responsáveis pelos processos.

Presente

O princípio de comando é substituído pelas relações horizontais.

Presente

Esse modelo positivista cede lugar ao movimento e flexibilidade, inerentes aos processos de ensino/aprendizagem.

Presente

A lealdade ao superior cede lugar ao compromisso com as decisões coletivas, com a instituição.

12. Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal: a rotação tem um impacto negativo sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer num cargo, melhor.

Presente

Há o questionamento sobre uma possível acomodação: propostas de oxigenação nas ações do grupo são bem vindas.

13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso.

Presente

Presente

Presente

Presente, com mudança de foco: união a partir de objetivos traçados pelo grupo e não apenas para execução pelo grupo.

Princípios da administração clássica: 1916

7. Remuneração do pessoal: em termos de retribuição, deve haver uma satisfação justa e garantida para os empregados e para a organização. 8. Centralização: refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização. 9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo. É o princípio de comando.

10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana.

11. Equidade: amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pessoal.

14. Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a organização.


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4. Gestão A opção pelo emprego do termo gestão, invariavelmente acompanhada do adjetivo “participativa”, em textos na área da educação, aparece no texto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, inciso VIII do artigo 3º, que versa sobre os princípios do ensino em território nacional: gestão democrática do ensino público, na forma da lei. Embora o texto legal não faça nenhum esclarecimento sobre a opção pelo termo, seu emprego pela Lei impulsiona sua recorrência na literatura educacional a partir de então.

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ARA SABER MAIS! Para conhecer a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, basta acessar o site do Planalto, através do endereço http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/Leis/L9394.htm.

Embora na década de 1980 os autores ainda não utilizassem o termo gestão, já havia certa preocupação em conceber a Administração como uma atividade política, comprometida com questões sociais e a não dissociação entre o pensar e o agir. É importante contextualizar que nessa época fervilhavam na sociedade as discussões a respeito da redemocratização do país, que veio a cabo com a Constituição Federal de 1988, conhecida como a constituição da redemocratização. Nesse quadro, a educação ganha uma abordagem cultural, em que busca conhecer a cultura institucional, a fim de se delinear uma administração para a emancipação. Cresce a preocupação com a não neutralidade da administração educacional, com o seu comprometimento político para a transformação da sociedade, através de uma estrutura administrativa adequada à realização de objetivos educacionais, de acordo com os interesses das camadas populares. Crescem as produções acadêmicas relacionadas a essa perspectiva cultural, que apontam como elementos constituintes a eleição de diretores e a instalação de colegiados para enfrentamento concreto e objetivo da questão da exclusão. Delineia-se, então, uma gestão democrática, que ressalta o sentido político do ser social, promovendo ações democráticas para o acesso e permanência de todos os alunos na escola, situando o homem como centro e prioridade da gerência. Embora haja uma ausência de regulamentação mais precisa do princípio constitucional da gestão democrática, a maioria dos


Unidade 1 – Gestão educacional: conceitos e funções

artigos que utilizam o termo gestão parece se aproximar de ideias como a importância dos diversos atores nas organizações constituírem seus próprios processos de gestão, a necessidade das organizações escolares serem consideradas construções humanas que apresentem conflitos e a importância de se constituírem processos informais de participação de toda comunidade escolar. Enfim, da segunda metade dos anos 80 em diante, o termo gestão esteve associado às formas democráticas de organização da escola, enquanto a palavra administração foi acompanhada de termos com sentido negativo como hierárquico, autoritário e centralizador.

5. Princípios básicos e funções da gestão A mudança de paradigma ocasionada pela substituição do conceito de administração pelo conceito de gestão implica em colocar em prática o princípio constitucional da gestão democrática do ensino público, reiterada pela LDBEN nº 9.394/96. Contudo, essa não é uma tarefa simples, haja vista que o processo de redemocratização ainda é recente no país. Trata-se de uma cultura de autoritarismo cristalizada, que não se extingue a partir do texto legal da Constituição de 1988, pois está impregnada nas relações sociais e, portanto, nas relações na escola. Reflete-se na insegurança da direção ao delegar e na inexperiência em abrir e coordenar espaços de discussões e decisões coletivas, o que muitas vezes se traduz em com medo da perda de poder. A própria normatização legal não contribui para a efetivação do princípio da gestão democrática na medida em que atribui aos Conselhos de Escola responsabilidades menores, quase que tarefeiras, em detrimento de decisões que, de fato, possam constituir mudanças qualitativas na escola. É quase como se houvesse uma visão infantilizada desses órgãos: de um lado o diretor, aquele que detém o conhecimento técnico, o “saber” e do outro a comunidade escolar, com quase nenhuma experiência em participar, de fato, com medo de causar conflitos com o diretor ao discordar, não levando adiante enfrentamentos. Soma-se a esse quadro o descrédito em que caem muitos espaços de discussão coletiva.

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Gestão da Educação (Pública e Privada)

Cabe, portanto, ao diretor, a adoção de uma nova postura, que esteja alinhada com práticas democráticas na escola. Não se trata de negar a existência do poder, na medida em que ele flui nas relações humanas. O poder não é, necessariamente, despótico. Trata-se de discutir de que forma esse poder é exercido pela direção e pela comunidade escolar. O poder é colocado a serviço de quê e de quem? Essa seria uma tentativa de evitar a polarização entre o autoritarismo e o espontaneísmo ou a ausência de direção na escola. Finalmente, cabe ao diretor estar atento para evitar uma postura paternalista, que também é uma forma de autoritarismo, ao julgar que precisa decidir pelo outro que não tem capacidade para fazê-lo. O diretor deve estar junto, compartilhar, criar condições, mas não fazer pelo outro.

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ARA SABER MAIS! O filme UM DIRETOR CONTRA TODOS, de 1987, retrata como um diretor lutou pelos interesses da escola (The Principal – EUA – 1987). Este filme conta a história de Rick Latimer (James Belushi), um professor que consegue um emprego de diretor em uma escola de péssima reputação. Como os alunos eram, na sua maioria, de origem afro-americana e latina, além de vários com histórico de expulsão de outros colégios, Rick enfrenta diversos problemas para tentar reverter a cultura da escola. O filme traduz o comportamento de um diretor que se aproxima dos problemas para ajudar a saná-los ao lado do corpo discente e docente.

Nesse contexto, cabe ao diretor gerenciar o funcionamento da escola, a partir do desempenho de várias funções, sempre tendo em vista o Projeto PolíticoPedagógico (doravante denominado PPP) da instituição. Assim, não basta fazer com que a escola simplesmente “funcione”: professores a alunos presentes, espaços asseados, merenda bem servida, índices satisfatórios de aprendizagem, baixos índices de indisciplina, boa relação com a comunidade. O PPP, enquanto indicador da intencionalidade educativa da escola, é o norteador das ações de toda a equipe escolar e, em especial, do diretor, o que faz com que cada aspecto do funcionamento da escola não se dê apenas ao nível da execução, da tarefa cumprida, mas, sobretudo, ao nível da reflexão sobre as consequências de seus resultados para a formação dos alunos. Assim, a forma como os alunos são acolhidos ao chegarem à escola, a forma como se coordena o recreio, a organização dos horários e dos espaços, a acolhida dos responsáveis pela secretaria, enfim, cada ação rotineira pode fazer a diferença na qualidade do trabalho educacional. Nesse sentido, as funções exercidas pelo diretor não podem se transformar apenas num cumprimento de tarefas rotineiras. Ao contrário, devem refletir as opções educacionais feitas pela escola no seu PPP. Contudo, a título didático nesta formação, julgamos importante apresentar um quadro que exemplifica ações desenvolvidas pelo diretor na escola pública, em periodicidades previsíveis, intitulado plano de ação da direção.


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Unidade 1 – Gestão educacional: conceitos e funções

6. Plano de ação da direção Objetivos gerais e específico

Ações propostas

• Orientar a equipe escolar no que tange aos cuidados com os alunos pertinentes à rotina escolar; • Coordenar a rotina escolar, corresponsabilizando-se pelas ações pedagógicas da U.E.; • Coordenar a U.E., favorecendo o desenvolvimento de uma prática pedagógica dinâmica e sua organização administrativa; • Garantir a tomada de decisões coletivas diante da implementação do PPP, através do gerenciamento de reuniões pedagógicas e co-gerenciamento dos HTPC; • Promover condições para a reflexão (frequente e regular) das ações pedagógicas, adequando-as aos princípios educacionais e bases teóricas que sustentam o currículo e à compreensão do desenvolvimento do educando; • Gerenciar e supervisionar as ações docentes, bem como das equipes técnico-administrativas, no sentido de fazer valer os acordos coletivos refletidos no PPP; • Manter atualizados os documentos e registros escolares, tendo como base as diretrizes e normas da SE e legislação que regulamentam o ensino; • Atualizar-se profissionalmente, participando de congressos, simpósios, encontros, seminários e grupos de estudo relativos à Educação; • Subsidiar a ação docente quanto aos conhecimentos pedagógicos e recursos materiais disponíveis na U.E.; • Presidir e subsidiar o funcionamento da APM e Conselho de Escola, objetivando o equilíbrio entre a atuação dessas instituições e demais atividades na unidade escolar; • Coordenar e controlar os serviços administrativos da U.E.; • Cuidar para que o prédio escolar e suas instalações sejam mantidos em boas condições, tomando as providências necessárias junto aos órgãos competentes, inclusive quanto ao provimento de material necessário ao bom funcionamento; • Zelar pelo cumprimento do horário escolar e controlar a frequência e assiduidade dos funcionários da U.E.; • Pesquisar e implementar ações para formação continuada dos funcionários da U.E.; • Desenvolver ações visando a participação e o conhecimento da comunidade, objetivando integrá-la aos diferentes programas/projetos desenvolvidos na U.E.

• Planejar ações voltadas à formação da equipe escolar; • Coordenar reuniões de avaliação e planejamento do desenvolvimento do PPP; • Redigir o PPP; • Coordenar ações para matrícula e rematrícula de alunos; • Atribuir classes; • Organizar horários de trabalho com funcionários da equipe técnico-administrativa; • Convocar e presidir a Assembleia Geral da APM e Conselho de Escola; • Redigir as atas da APM e Conselho de escola e encaminhar para registro em cartório; • Aplicar avaliações da U.E. feitas pela comunidade e sistematizar seus resultados; • Elaborar relatório de gestão à chefia imediata; • Implementar a aplicação de avaliações institucionais; • Demais atividades correlatas.

Periodicidade • Anual


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Gestão da Educação (Pública e Privada)

Objetivos gerais e específico

Ações propostas • Presidir reuniões ordinárias do Conselho de Escola e assembleia da APM; • Demais atividades correlatas. • Elaborar relatórios circunstanciados relativos ao desembolso de verbasconvênio; • Coletar assinaturas nas prestações de contas da APM; • Encaminhar prestação de contas da APM aos setores competentes; • Elaborar avaliação de estagiários; • Participar dos conselhos de ano/ciclo; • Coordenar a organização das reuniões de pais e mestres; • Coordenar reuniões pedagógicas; • Coordenar os eventos da U.E.; • Implementar ações voltadas à formação da equipe escolar; • Demais atividades correlatas. • Implementar ações voltadas à formação da equipe escolar; • Subsidiar os membros da APM na implementação do plano de trabalho da APM; • Coordenar as reuniões ordinárias de APM; • Reunir-se com a diretoria executiva da APM a fim de acompanhar balancetes; • Conferir e fechar as folhas de frequência, mapa da merenda, solicitação de material básico ao almoxarifado; • Efetuar um levantamento de faltas de alunos, analisar os motivos e tomar as providências cabíveis; • Participar de reuniões com a chefia imediata; • Acompanhar o andamento das ações pedagógicas da escola; • Discutir questões voltadas à carreira docente; • Coordenar encontros reflexivos com as famílias; • Demais atividades correlatas

Periodicidade

• Semestral

• Trimestral

• Mensal


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Unidade 1 – Gestão educacional: conceitos e funções

Objetivos gerais e específico

Ações propostas • Coordenar as reuniões de trio gestor para encaminhamentos das tarefas da semana na escola; • Acompanhar serviços de manutenção e limpeza da U.E.; • Atender aos responsáveis agendados pela secretaria; • Participar de reunião com equipe técnica da SEC na U.E.; • Checar entrada e saída de alunos, bem como atendimento pelo transporte escolar; • Intervir em questões disciplinares dos alunos quando necessário; • Investir em formação continuada; • Acompanhar registros feitos pelos alunos por amostragem; • Participar de reuniões a partir das convocações da SE; • Acompanhar saldos das contas de APM; • Executar decisões tomadas em reunião de APM quanto a pesquisar orçamentos, efetivar compras e pagamentos, conferir documentos fiscais e encaminhá-los à contabilidade, elaborar planilhas das despesas, fazer serviços bancários para APM; • Demais atividades correlatas. • Despachar com a Secretaria; • Checar a frequência e pontualidade de funcionários; • Organizar a substituição de docente em sala de aula; • Supervisionar os serviços de merenda, limpeza, secretaria, inspeção, pedagógico, zeladoria; • Supervisionar horários de recreio; • Redigir documentos da rotina escolar (memorandos, relatórios etc.). • Demais atividades correlatas.

Periodicidade

• Semanal

• Diária


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Gestão da Educação (Pública e Privada)

Uma breve análise do quadro nos permite afirmar que as funções exercidas pelo gestor escolar não são poucas, além de representarem atividades de natureza diversas. As atividades relacionadas à área educacional, como acompanhamento de matrículas e documentação da vida escolar, índices de aproveitamento, participação em conselhos de classe, organização de aulas de apoio, organização de horários, escalas de professores, dinâmica de recreios e intervalos, organização pedagógica dos espaços, entre outros, representam apenas uma pequena parte das atribuições do diretor. Assim, constatamos que o cargo de diretor escolar abarca funções que, se comparadas à outra instituição na área comercial ou industrial, seriam da responsabilidade de diversos outros cargos. O quadro a seguir ilustra a questão: Esquema 2 – Funções exercidas pelo diretor escolar em comparação com profissionais de outras instituições.

Instituição ecolar: atribuições do diretor

Instituição comercial/ industrial, atribuições de:

planejamento e desenvolvimento de formação em serviço de funcionários, acompanhar e validar a frequência e pontualidade dos colaboradores, bem como providenciar sua substituição, quando necessário

profissional de recursos humanos

planejamento e gerenciamento organizacional

profissional da adminsitração

documentação contábil, tomadas de preço, compras, contas a pagar, documentação fiscal, prestação de contas

profissional contábil

supervisionar a manutenção predial e a limpeza

profissional de zeladoria

acompanhar, supervisionar o controle e providenciar o abastecimento de materiais

profissional de almoxarifado

acompanhar e avaliar a qualidade do serviço prestado pela merenda escolar

profissional da área de saúde alimentar

acompanhar casos de alunos com deficiências, no que tange à assistência realizada fora da escola (fonoaudiologia, psicologia, fisioterapia, psiquiatria etc.)

profissional da área da saúde

acompanhar e supervisionar a abertura de portões, entrada e saída de alunos

portaria


Unidade 1 – Gestão educacional: conceitos e funções

7. Alguns diferenciais na escola privada Embora a legislação que regulamenta o ensino seja a mesma tanto para o setor público quanto para o privado, é importante considerar que a escola particular conta com autonomia para compor seu organograma institucional. Isto significa que alguns cargos são imprescindíveis para que a escola obtenha autorização de funcionamento pelo Município ou Estado, porém há possibilidade de ampliar o quadro de profissionais que compõe cada setor da escola. No caso de escolas de educação infantil, a autorização de funcionamento, bem como a supervisão, são realizadas pelo município (desde que este conte com sistema próprio); já as escolas de ensino fundamental e médio são autorizadas e supervisionadas pelo Estado. Nesse sentido, é possível que uma equipe de gestão que, via de regra, na escola pública, é composta pelo diretor e coordenador pedagógico, na escola privada seja composta por:

mantenedor

diretor acadêmico

coordenador pedagógico por nível de ensino

coordenador pedagógico por áreas de conhecimento

orientador edicacional

A exemplo desse fluxograma, há escolas privadas que contam, ainda, com enfermaria, setor de transporte, reprografia, departamento de esportes, entre outros.

8. Governança Por via de regra, o contexto histórico influencia as instituições e a sociedade. Então, no atual contexto, o modelo de sociedade implica no modelo de escola, ou seja, a sociedade da informação modela, também, a instituição. O formato atual de sociedade se desenvolve em um cenário em que as grandes verdades, receitas, bulas, cedem lugar às incertezas contextuais. Tanto o conhecimento erudito quanto o científico não são mais suficientes para explicar a atualidade. Perdem força as

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GESTÃO DA EDUCAÇÃO (PÚBLICA E PRIVADA)

Nesta obra vamos conhecer a gestão educacional e seus conceitos, funções e princípios básicos. O livro mostra a função administrativa da unidade escolar e do gestor, sua contextualização teórica e tendências atuais, além da dimensão pedagógica do cotidiano da escola pública e privada e o papel do administrador escolar. Ao longo da leitura, você terá contato com levantamento e análise da realidade escolar, o projeto político pedagógico, o regimento escolar, o plano de direção, o planejamento administrativo e os órgãos colegiados.


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