Catarse #02

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ARTES PLÁSTICAS

É

difícil explicar as origens das forças que nos conduzem a assumir determinados caminhos. Como dirá todo bom pensamento existencialista, viver é fazer escolhas. E não é possível deixar de considerar as incertezas que nos acometem nos momentos de tomar decisões. “Não é possível que não

exista certa angústia na decisão tomada.”, anunciou Jean-Paul

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Sartre em meados do séc.XX. As adversidades presentes em todos os percursos de uma vivência são grandes, e as histórias da vida do artista plástico Gedley Braga, nascido em Divinopólis, cidade do interior mineiro, nos

permitem perceber fortemente tal caráter, que permeia não só seu trabalho acadêmico como toda sua carreira artística. Mesmo tendo nascido em uma família sem tradição artística, e que acreditava que viver da arte era um tarefa praticamente impossível, Gedley Braga decidiu se aventurar no mundo da pintura, o que o moveu, posteriomente, para estudo de Belas Artes na capital mineira. Foi na década de 80, vivendo em Belo Horizonte, que conheceu um dos artista que mais admirava e que o apadrinhou em seu atelier: o pintor Inimá de Paula. Este foi, segundo Gedley, o grande

responsável por lhe fornecer uma visão diferenciada da arte e, além disso, a pessoa que o encorajou a assumir, perante a sua família, a vontade de ser artista. Após a graduação, o artista foi convidado a trabalhar como assistente de conservação e restauração, o que o levou a participar da restauração do Palácio da Liberdade em Belo Horizonte. Posteriormente, voltou pra sua cidade natal, onde sua vida oscilava entre trabalhar como artista plástico e restaurador. Em 1997, surge a ele a oportunidade de continuar seus estudos em Belas Artes em Londres, durantes alguns


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