Guia do professor para o material "Vulcões - O lado positivo"

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

APRESENTAÇÃO O conjunto de diapositivos apresentados pretende motivar os alunos para o estudo dos vulcões, exibindo os aspetos positivos resultantes da atividade vulcânica.

Sugere-se que, ao nível do 10º ano, seja explorado no início do estudo do vulcanismo, permitindo rever conteúdos lecionados no 7º ano e destacar os benefícios que os vulcões oferecem às populações que vivem em regiões vulcânicas.

Ao nível do 7º ano, sugere-se que seja explorado como síntese do estudo dos vulcões, permitindo rever conteúdos lecionados e mostrar o lado positivo da atividade vulcânica.

A exploração do diaporama deve ser encarada como uma viagem pelo lado positivo dos vulcões, criando nos alunos um sentimento de «paixão» e não de «medo».

Os vulcões são uma das forças mais espetaculares e poderosas do nosso planeta.

Criam novas paisagens, modificam outras, as 1

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erupções podem destruir cidades inteiras e provocar muitas mortes. No entanto, há mais de dois mil milhões de anos, os vulcões também deram vida ao nosso planeta.

Neste guia, para cada diapositivo, apresentam-se breves notas, com carácter meramente informativo, permitindo ao docente a sua exploração. São meras sugestões.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES

“A vulcanologia deve ser motivo de paixão e não motivo de medo” Victor-Hugo Forjaz Filomena Rebelo

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http:// www.fotosbonitas.com.br/fotos-de-vulcoes/vulcao-entrando-em-erupcao/

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Diapositivo 1 Os vulcões podem tornar-se realmente perigosos, uma vez que anualmente continuam a vitimar pessoas e a destruir e danificar construções.

Como não podemos controlá-los, resta ao Homem minimizar os seus efeitos negativos e aprender a beneficiar das vantagens.

O vulcanismo teve papel determinante nos primórdios da formação do nosso planeta. Além disso, ele também é responsável pelo aparecimento de novas terras e pela subsistência de milhares de pessoas que vivem e cultivam as terras férteis existentes nas suas proximidades.

Sem a poeira e as cinzas vulcânicas, os solos seriam bem mais pobres e menos férteis, e, sem fumarolas sulfurosas, existiriam menos jazidas metalíferas, como as de cobre, zinco, magnésio, chumbo, mercúrio e outros metais de que a humanidade beneficia.

O conjunto de diapositivos que se apresenta, pretende olhar os vulcões pelo lado positivo e mostrar os seus benefícios e as vantagens para quem vive em regiões vulcânicas.

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A exploração do diapositivo permite rever a noção de vulcão, o tipo de erupção e os materiais expelidos pelos vulcões.

A frase do vulcanólogo Victor-Hugo Forjaz pode ser analisada no sentido de levar os alunos a pensarem nos benefícios dos vulcões, sendo o fio condutor para a exploração do diaporama.

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES Os vulcões criam terra firme no meio dos oceanos.

http://www.radiolajes.pt/contrato-para-a-2a-fase-do-projeto-corvo-sustentavel-jafoi-publicado/corvo-vista-aerea

Diapositivo 2 O diaposito apresenta uma ilha em pleno Oceano Atlântico, a ilha do Corvo, a mais pequena do Arquipélago dos Açores.

A ilha corresponde a um vulcão poligenético com caldeira, denominada Caldeirão. A história eruptiva deste vulcão compreende a atividade submarina emergente, assinalada pelas formações constituídas por piroclastos submarinos (tufos).A fase subaérea iniciada há cerca de 710 000 ± 490 000 anos, marcada por vulcanismo basáltico (s.l.), passando a erupções mais explosivas, algumas relacionadas com a fase de formação da caldeira. Após esta fase a atividade eruptiva volta a ser principalmente de natureza basáltica, do tipo havaiana a estromboliana. Os cones de escórias existentes 5

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no interior da caldeira e o cone de escórias da Coroinha, materializam os episódios mais recentes. O colapso da cratera terá ocorrido há 430 000 anos. Antes da formação da cratera, estima-se que o cone central teria cerca de 1 000 metros de altitude (Zbyszewsky et al., (1967);Dias, (2001) e Silva et al., (2006).

Características do vulcão informações baseadas em elementos do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos Dias, (2001) e Silva et al., (2006)).

Tipo de Estratovulcão, vulcão central, vulcão vulcão poligenético com caldeira.

Latitude 39º42`39``N Longitude 31º 06`35``W Altitude 718 Extensão 0,21 km Área 17,1 km2 Caldeira Diâmetro -2,3 km e Profundidade – 298 m

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES Como se forma um ponto quente?

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4 Formação de um arquipélago oceânico por deslocamento de uma placa oceânica sobre um ponto quente. http://cienciasdavidaedaterra25.blogspot.pt/2011/12/vulcanismo-intraplaca.html

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Diapositivo 3 A exploração do diapositivo permite explicar a formação das ilhas à luz da teoria dos pontos quentes (hotspots).

1 – Emissão de lava na crusta sobre um ponto quente.

2 – Deslocação da placa litosférica, arrastando o vulcão formado, que se extingue. No local deixado «vago» pelo vulcão forma-se uma nova ilha sobre o ponto quente.

3 – A placa litosférica movimenta-se novamente arrastando o vulcão formado.

4 – Com os movimentos sucessivos da placa litosférica, obtém-se um cordão de ilhas, sendo as ilhas que se encontram mais afastadas do ponto quente as mais antigas, pois foram as primeiras a formarem-se.

O geofísico canadiano J. Tuzo Wilson apresentou a teoria dos pontos quentes (hotspots) que, inicialmente, não foi bem aceite pela comunidade 8

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científica, ao ponto de o artigo ter sido recusado pelas revistas internacionais mais credenciadas.

A sua publicação só ocorreu em 1963, no Canadian Jounal of Physics. Apesar deste facto, a teoria dos pontos quentes (hotspots) tornou-se um dos aspetos mais importantes da tectónica de placas (Hsü, 1982; Windey,1984;Condie, 1989).

De acordo com a teoria de Wilson, os alinhamentos de ilhas vulcânicas não associadas a fronteiras de placas são explicados pela existência de zonas, relativamente pequenas, persistentes e excecionalmente quentes, sob a litosfera, que foram designadas por hotspots (pontos quentes).

Um ponto quente (hotspot) é uma zona do manto, próxima da litosfera, que se encontra a uma temperatura mais elevada, o que permite aquecer a crosta sobrejacente e produzir atividade vulcânica.

A distribuição dos pontos quentes ao nível do globo terrestre não assume uma forma aleatória, ocorrendo preferencialmente em zonas de enorme arqueamento do geoide terrestre, quer ao nível do Pacífico Ocidental quer do Atlântico 9

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(Vogt, 1974).

Estes pontos quentes podem ser referenciados quer em zonas situadas entre placas, quer em zonas de dorsais, como no caso da Islândia, Açores e Tristão da Cunha, ou mesmo numa zona de formação de riftes continentais (rifting), como no caso do Afar (“Rift” Este Africano). Os pontos quentes podem estar também localizados em zonas intraplaca do tipo continental (Yellowstone) ou numa zona de intraplaca do tipo oceânica, como no caso do Havai.

OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar para que apareçam sucessivamente as figuras (1 a 4) que permitem explicar a formação de um arquipélago oceânico por deslocamento de uma placa oceânica sobre um ponto quente.

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES As ilhas Havai são o exemplo típico de vulcanismo associado à Teoria do Ponte Quente .

http://unpo13minionu.files.wordpress.com/2012/07/mapa-ilhas-hawaii.gif

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Diapositivo 4 As ilhas Havai são o exemplo típico de arquipélago oceânico. Este arquipélago formouse pelo deslocamento da placa pacífica sobre um ponto quente. À medida que a placa se desloca, nas zonas que se encontram sobre o ponto quente, vão-se formando vulcões, que arrefecem e se extinguem à medida que se afastam da zona de altas temperaturas. Por esta razão, as ilhas do arquipélago são formadas por vulcões extintos, exceto uma delas, que hoje em dia se encontra sobre um ponto quente e que ainda tem uma grande atividade vulcânica, o vulcão Kilauea.

Este arquipélago é constituído por 19 ilhas, numerosos pequenos ilhéus, e montes submarinos no norte do Oceano Pacífico.

Constitui o grupo de ilhas mais isolado da Terra.

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES Observa o mapa e indica o nome dos arquipélagos representados pelos números.

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http://www.adegadogato.com/acores.htm

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http://www.mapadeportugal.net/indicedistritos.asp

http://portimar.de/roteiros.php?lang=es&file=23

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Diapositivo 5 O diapositivo destaca os arquipélagos portugueses, Açores e Madeira, no Oceano Atlântico.

O arquipélago da Madeira está situado na placa Africana. A ilha da Madeira localiza-se no extremo sudoeste da crista Madeira-Tore, que constitui um relevo submarino alongado NE-SO e que se estende por cerca de 1 400 km (Moreira, 1991; Carvalho &Brandão, 1991). Considera-se que o grupo de vulcões que originou esta cadeia montanhosa submarina possa representar um trilho de ponto quente. Resumidamente, o arquipélago tem a sua génese durante a abertura do Atlântico Norte, a partir do período Cretácico, há aproximadamente 130 milhões de anos. A ilha do Porto Santo foi a primeira a formar-se, há cerca de 14 milhões de anos, durante o Miocénico.

A ilha da Madeira é a mais recente das ilhas do arquipélago. Emergiu durante a transição do Miocénico para o Pliocénico, há aproximadamente 5 milhões de anos. Fazem ainda parte deste arquipélago, as ilhas Desertas 14

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e as Selvagens, que não são habitadas. As ilhas Selvagens preservam rochas magmáticas originadas entre o Oligocénico e o Pliocénico (Ferreira,1985; Gelmacher et.al., 2001).

O arquipélago dos Açores foi formado por atividade vulcânica durante o final do Terciário. A primeira ilha a surgir acima da linha média da água do mar foi Santa Maria, há cerca de 8,1 milhões de anos (Ma).Seguiram-se, por ordem cronológica, São Miguel (4,1 Ma), Terceira (3,52 Ma), Graciosa (2,5 Ma), Flores (2,16 Ma), Faial (0,7 Ma), São Jorge (0,55 Ma), Corvo (0,7 Ma) e, a mais jovem, o Pico (0,27 Ma) (Ferreira, 2005).

O arquipélago dos Açores está situado em pleno Atlântico Norte, entre as latitudes 37º e 40ºN e as longitudes 25º e 31ºW, na junção tripla das placas Euroasiática, Africana e Norte Americana.

As ilhas, dispostas ao longo de importantes acidentes tectónicos de orientação geral WNWESE, emergem de uma vasta zona submarina pouco profunda e de topografia irregular, o “Plateau” dos Açores (Needham e Francheteau,1974).

As ilhas que compõem o arquipélago distribuem15

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se por três grupos distintos. O Grupo Ocidental (ilhas de Flores e Corvo) está localizado para Oeste da Crista Médio-Atlântica (CMA), enquanto que os grupos Central (ilhas Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial) e Oriental (ilhas de São Miguel e Santa Maria e os Ilhéus das Formigas) estão localizados na designada “microplaca dos Açores”, uma região de forma grosseiramente triangular, de vulcanismo ativo e de elevada sismicidade. Genericamente, a microplaca dos Açores está limitada a Oeste pela CMA, a Sul pela Zona de Fratura Leste dos Açores-Falha da GLORIA e pelo Rifte da Terceira, a Norte (Machado,1959;Krause e Watkins, 1970; Searle, 1980); Nunes et al., 1999).

OBSERVAÇÃO: O docente, após os alunos terem identificado os arquipélagos numerados (1 e 2) no mapa, deve clicar para que os respetivos mapas surjam.

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Muitas das regiões onde existe vulcanismo ativo exploram ativamente o turismo.

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Diapositivo 6 A paisagem vulcânica apresenta um vasto e diversificado conjunto de formas e de caraterísticas muito peculiares, que estão dependentes de fatores como o tipo de atividade vulcânica, a sua dinâmica e a atuação dos agentes externos.

As regiões vulcânicas oferecem paisagens deslumbrantes, atraindo assim o turismo. Além das manifestações de vulcanismo secundário (geiseres, fontes termais e fumarolas), os vulcões desenham um relevo muito especial. Cones, crateras, lagoas, grutas, ilhéus (cones de tufos), deltas lávicos (fajãs), “coullées”, chaminés vulcânicas e agulhas, são formas muito peculiares, que se tornam atrativas para os turistas, contribuindo para o desenvolvimento dessas regiões.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES PAISAGENS VULCÂNICAS

Lagoa do Fogo, S. Miguel, Açores. http://diariodeunturista.com/islas-azores-escapada-a-cinco-maravillas/8446

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Diapositivo 7 O Vulcão de Água de Pau fica situado na zona central da ilha de S. Miguel e corresponde a um vulcão poligenético com caldeira, no interior da qual se destaca a Lagoa do Fogo.

A caldeira apresenta uma evolução complexa, sendo a sua forma mais recente o resultado da conjugação de diversas fases de explosão e colapso, a mais significativa das quais está associada a uma erupção paroxismal ocorrida há cerca de 15000 anos (Booth, et al., 1978).

Nos últimos 5000 anos, o Vulcão de Água de Pau foi palco de 5 erupções do tipo explosivo, com materiais de composição traquítica. A erupção pliniana datada de há 4520±90 anos (Wallenstein,1999), o método de datação usado foi C14, corresponde à maior erupção ocorrida no arquipélago dos Açores durante o Holocénico, tendo dado origem a um espesso depósito de pedra-pomes denominado Fogo-A (Bursik et.al., 1992; Carey e Sparks, 1986; Carey e Sirgudsson, 1989; Hayashi-Smith et al.,1988;Pyle, 1989). A atividade histórica é marcada por uma erupção explosiva intra-caldeira freatopliniana, em 1563, 19

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seguida de uma erupção basáltica do tipo havaiano, localizada no flanco NO do vulcão, mais concretamente no Pico Queimado. Em 1564, deu-se uma explosão freática no interior da caldeira (Friedlander, 1929).

Presentemente, as manifestações secundárias mais relevantes localizam-se no flanco norte do aparelho, incluindo campos fumarólicos (Caldeira Velha, Caldeiras da Ribeira Grande e Pico Vermelho), nascentes minerais frias ricas em CO2 (Lombadas), nascentes termais (Ladeira da Velha) e áreas de desgaseificação difusa (Ferreira, 2000). Os reservatórios hidrotermais associados ao Vulcão de Água de Pau são alvo de exploração geotérmica, existindo duas centrais em funcionamento (Pico Vermelho e Cachaço-Lombadas).

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES PAISAGENS VULCÂNICAS

Lagoa do Caldeirão, ilha do Corvo

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http://www.leme.pt/imagens/portugal/acores/corvo/caldeirao/0001.html

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Diapositivo 8

O Vulcão do Corvo compreende a totalidade emersa da ilha com o mesmo nome, e corresponde a um vulcão poligenético com caldeira, denominada Caldeirão. Com uma forma original quase circular, esta caldeira apresenta atualmente o seu bordo ocidental truncado pela erosão marinha e o seu interior ocupado por alguns cones de escória e corpos filonianos, duas lagoas permanentes e vários charcos efémeros (Wallenstein et al., 2003).

A história eruptiva deste vulcão encontra-se traçada desde a atividade submarina emergente, registada pelas formações constituídas por piroclastos submarinos (tufos). A fase subaérea é marcada inicialmente por vulcanismo basáltico (s.l.), iniciado há cerca de 710 000± 490 000anos (Azevedo, 1998; Dias, 2001),as idades radiométricas foram calculadas pelos métodos de «Spike» duplo (38Ar,39Ar), (os erros associados às idades radiométricas referem-se à probabilidade de 0,95 e combinam as diversas fontes de variação, associadas à análise do potássio, da pesagem, da determinação das relações isotópicas do árgon e da calibração do «Spike») passando posteriormente a erupções 22

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mais explosivas, de natureza traquítica, algumas associadas à fase de formação da caldeira (Dias, 2001). Após esta fase a atividade eruptiva volta a ser essencialmente basáltica, do tipo havaiana a estromboliana. Os episódios mais recentes correspondem aos cones de escórias presentes no interior da caldeira e ao cone de escórias da Coroinha. Alguns destes centros emissores apresentam ainda formas bem preservadas sugerindo uma atividade eruptiva recente, não sendo certo que a mesma tenha ocorrido há menos de 10 000 anos (Zbyszewsky et al., 1967;Dias,2001;Silva et al.,2006).

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES COMO SE FORMA UMA LAGOA? Esvaziamento da câmara magmática.

O cone vulcânico torna-se instável e colapsa.

Surge uma depressão na parte superior do vulcão, muito maior do que a cratera – CALDEIRA. A caldeira retém a água das chuvas formando uma LAGOA.

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Diapositivo 9 A exploração do diapositivo permite relembrar alguns conceitos já lecionados, explicando a formação das lagoas.

Câmara magmática – Reservatório de magma na crusta terrestre.

Cone vulcânico - elevação de forma cónica, resultante da acumulação de materiais libertados durante as erupções vulcânicas.

Chaminé vulcânica – canal no interior do aparelho vulcânico, que estabelece a comunicação entre a câmara magmática e o exterior.

Cratera – depressão circular que se localiza no topo da chaminé vulcânica, através da qual são expelidos para o exterior os diferentes materiais.

Caldeira – depressão circular com mais de 1 km de diâmetro, formada por abatimento do aparelho vulcânico, devido ao esvaziamento da câmara magmática.

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OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar, para que surjam, sucessivamente os esquemas que permitem explicar a formação de uma lagoa.

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES PAISAGENS VULCÂNICAS COMO SE FORMA UMA FUMAROLA?

http://cienciasaraquel.blogspot.pt/2011_06_01_archive.html

Fumarolas, Furnas, S. Miguel, Açores. http://www.casadosacores.com/espacocult_5.html

Diapositivo 10 O Vulcão das Furnas fica situado no setor leste da ilha de S. Miguel e corresponde a um vulcão poligenético com caldeira, parcialmente ocupada pela designada Lagoa das Furnas. No interior da caldeira observam-se numerosos cones de pedra-pomes, maars (s.l) e domos lávicos (Both et al., 1978; Pacheco, 1995, ano).

A depressão central do Vulcão das Furnas resulta da existência de duas caldeiras embutidas, geradas no decurso de importantes erupções paroxismais. A caldeira externa, mais antiga, apresenta um diâmetro de 7 km por 5,5 km, tendo-se formado há cerca de 30 000 anos. O seu bordo encontra-se bem preservado a norte e a nordeste, enquanto a sul se torna quase impercetível. A caldeira interna, mais recente, tem 26

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aproximadamente 4,5 km por 3,5 km de diâmetro e formou-se há cerca de 10 000 a 12 000 anos (Guest et al., 1999). O seu bordo encontra-se bem preservado a noroeste e menos definido a sul.

A história eruptiva subaérea deste vulcão tem cerca de 100 000 anos e está materializada pela alternância de depósitos vulcaniclásticos, escoadas piroclásticas e escoadas lávicas, produzidos durante episódios de colapso e de enchimento que envolveram uma grande diversidade de estilos eruptivos. Nos últimos 5 000 anos ocorreram pelo menos 10 erupções traquíticas explosivas intra-caldeira, sendo a de maior magnitude a que originou o depósito Furnas C, datado de há cerca de 1870±120 anos (Guest et al., 1999) e cujo centro emissor corresponde à depressão onde se edifica a freguesia das Furnas. A atividade eruptiva mais recente está representada pelas erupções históricas de 1439-43 (Pico do Gaspar) e de 1630, ambas de natureza freatomagmática, subpliniana, caracterizadas pela extrusão de um domo traquítico na sua fase terminal (Guest et al., 1999).

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O Vulcão Furnas exibe uma extensa área de desgaseificação marcada pela presença de quatro campos fumarólicos principais e de várias nascentes minerais frias e termais, reflexo do sistema hidrotermal que lhe está subjacente. No interior da caldeira situam-se os campos fumarólicos da Lagoa das Furnas, da freguesia das Furnas e da zona da Ribeira dos Tambores e no flanco sul do vulcão destaca-se o grupo de fumarolas da Ribeira Quente que compreende diversos focos dispersos ao longo da ribeira e da freguesia com o mesmo nome e que se estende para o mar.

As fumarolas podem ocorrer ao longo de pequenas fissuras ou de zonas de fraturação das rochas, formando alinhamentos, ou em zonas de fratura, tais como caixas de falha, formando por vezes extensos campos de fumarolas (Ferreira, 2000;Silva, 2006).

Os campos de fumarolas, como o das furnas, na ilha de S. Miguel, Açores, localizados no centro da ilha, mais propriamente no interior da caldeira das furnas, são áreas de concentração de nascentes termais e outras manifestações geotérmicas, em geral associadas a zonas onde 28

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rochas ígneas quentes se encontram a pequena profundidade e interagem com os aquíferos (Silva, 2006).

Outras correspondem a zonas de desgaseificação das formações onde o magma subjacente está a perder gases que chegam à superfície com temperaturas e concentrações suficientemente elevadas para poderem ser facilmente notadas (Sousa, 2003; Silva, 2006).

As fumarolas das furnas são do tipo mofetas, pois estas libertam dióxido de carbono (Viveiros,2003).

OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar para que surja o esquema que permite explicar a formação de uma fumarola.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES PAISAGENS VULCÂNICAS

Gêiser Strokkur, Islândia.

Gêiser Old Faithful, Yellowstone, EUA.

http://www.infoescola.com/geografia/geiser/

Filomena Rebelo 8/30

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http://www.destination360.com/north-america/us/wyoming/yellowstonenational-park/old-faithful

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Diapositivo 11 Strokkur é um geiser localizado próximo do Rio Hvítá na parte sudoeste da Islândia, a leste de Reykjavík. É um dos geiseres mais famosos do país, que entra em erupção a cada 4 a 8 minutos e liberta água que atinge, em média, 20 metros de altura, mas pode chegar a mais de 40 metros.

A primeira referência a esse geiser data de 1789, quando um terremoto desbloqueou a saída de água e permitiu o surgimento do geiser (Kieffer, 1984).

As erupções continuaram até ao começo do século XX, quando outro terremoto bloqueou novamente a passagem de água pelo canal. Em 1963, foi novamente desbloqueada a passagem de água, e o geiser continua em atividade até hoje (Kieffer, 1984).

Strokkur e as áreas ao redor atraem muitos turistas para visitar as erupções de água, já que este é um dos poucos geiseres naturais que ejetam água com frequência e regularidade 30

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(Kieffer, 1984).

Old Faithfull é um geiser localizado no Parque de Yellowstone. Este geiser entra em erupção com maior frequência, do que qualquer outro mas não é o maior ou mais regular do parque. Suas erupções acontecem a cada 90 minutos, em média, variando de 51 a 120 minutos. Uma erupção dura entre 1,5 e 5 minutos, expele de 14 000 a 32 000 litros de água fervente e atinge uma altura de 30 a 55 metros (Hurwitz et al., 2008).

O geiser Old Faithfull é assim chamado pelo facto de as suas erupções, cerca de 20 por dia, poderem ser previstas com 90% de probabilidade (Hurwitz et al., 2008).

O vulcanismo secundário corresponde às manifestações de vulcanismo que não incluem as erupções vulcânicas. Estão relacionadas com a energia térmica emitida por corpos magmáticos quentes que se encontram a pequena profundidade. Este tipo de vulcanismo nunca é tão violento nem destrutivo quanto pode ser o vulcanismo principal.

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES PAISAGENS VULCÂNICAS

http://biogeo10c.blogspot.pt/2014_01_01_archive.html

http://olhares.uol.com.br/nascente_termal_foto1401584.html

Diapositivo 12 O diapositivo apresenta uma nascente termal localizada na freguesia das Furnas, na ilha de S. Miguel.

As águas termais podem ter a sua origem em dois contextos geológicos: 1) Águas que circularam próximo de uma fonte de calor na crusta da Terra, tais como câmaras magmáticas, característico de regiões vulcânicas, como por exemplo os Açores (Cruz, 2002).

2) Águas de origem muito profunda que ascendem à superfície deslocando-se através de zonas de fraqueza da litosfera terrestre, designadas falhas, tal como acontece ao longo da falha Régua--Verin, na qual se situam algumas 32

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das águas termais mais importantes de Portugal, como, por exemplo, as termas de Chaves (Lourenço e Cruz, 2005).

OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar para que surja o esquema que permite explicar a formação de uma nascente termal.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES VULCANISMO RESIDUAL

Fases de erupção de um geiser http://slideplayer.com.br/slide/1868712 /

http://geografiadovale.blogspot.pt/2013/01/geiseres-da-america-do-sul.html

http://mybrainsociety.blogspot.pt/2014/07/vulcanismo.html

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Cassini, 2006

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Diapositivo 13 O diapositivo permite rever os conceitos dados sobre manifestações de vulcanismos secundário ou residual.

Fumarolas – emanações de vapor de água, e outros gases, a temperaturas muito elevadas.

Geiseres - são jatos de água quente e vapor projetados de forma intermitente e periódica.

Nascentes termais – locais de libertação de águas subterrâneas, que surgem à superfície a temperaturas elevadas (a temperatura na exsurgência excede em 4 ºC a temperatura média do ar). Algumas águas são mineralizadas.

OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar para que surjam os esquemas que permitem explicar a formação de um gêiser, as respetivas fases de erupção e o esquema de um modelo de gêiser frio.

Relativamente ao modelo de gêiser frio, sugerese que seja feita a conversão de graus kelvin para graus Celsius:≈-197°C e 0°C, respetivamente.

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Sugere-se também a explicação relativamente ao “Aquecimento por fricção” pois isto é um termo relativo ao aquecimento gerado pela fricção devida às marés geradas pelos movimentos de rotação e de translação dos planetas.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES PAISAGENS VULCÂNICAS

Disjunção prismática de Malbusca, Ilha de Santa Maria, Açores .

Rocha dos Bordões (disjunção prismática), Ilha das Flores, Açores.

Calçada dos Gigantes (disjunção prismática), Irlanda do Norte. http://www.destinomundo.pt/wp-content/uploads/2013/04/ph_causeway_04.jpg

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Diapositivo 14 Disjunção prismática, também designada por disjunção colunar, é uma estrutura características das rochas vulcânicas, relacionada com contrações que se geram no seio da escoada, aquando do arrefecimento e solidificação da lava, formando assim prismas de base hexagonal que são sempre perpendiculares à superfície de arrefecimento.

Na Ilha de Santa Maria (Açores), este tipo de estruturas assumem uma grandeza expressiva na Ribeira do Maloás, onde se exibe uma disjunção prismática em escoada lávica basáltica milenar. A extensa e alta parede de “bordões de lava” faz lembrar a “Calçada de Gigantes” A Rocha dos Bordões constitui uma frente mugearitica, com cerca de 20 metros de altura, que exibe uma disjunção prismática bem definida.

As colunas, de dimensões decimétricas, apresentam-se bem preservadas, mesmo tendo em conta a idade da escoada lávica de, aproximadamente, 570 000 anos (Azevedo, 1999).

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A par de outros afloramentos de disjunções prismáticos em vários locais das falésias costeiras da ilha das Flores, a «Rocha dos Bordões retrata uma característica intrínseca dos fenómenos de vulcanismo efusivo subaéreo presentes na ilha, neste caso segundo um afloramento bem definido e de fácil observação.

A Calçada dos Gigantes é a designação dada a um conjunto de cerca de 40 000 colunas prismáticas de basalto, encaixadas como se formassem uma enorme calçada de pedras gigantescas, formadas pela disjunção prismática de uma grande massa de lava basáltica resultante de uma erupção vulcânica ocorrida há cerca de 60 milhões de anos (Budkewitsch & Robin, 1994).

Esta estrutura está localizada na costa norte da Irlanda do Norte. Foi declarada como Património da Humanidade pela UNESCO, em 1986, sob o nome de "Calçada dos Gigantes e sua Costa", e como Reserva Natural em 1987 (Ferrari, 2013).

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES PAISAGENS VULCÂNICAS

Praia das Milícias, S. Miguel, Açores.

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http://www.acores.net/canalacores/view.php?id=134701

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Diapositivo 15 Praia das Milícias, também conhecida por Praia Grande, é uma das mais afamadas praias da fantástica Ilha de São Miguel. O areal extenso de cor escura caracteriza bem a sua natureza vulcânica.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES PAISAGENS VULCÂNICAS

Fajã de S. João, ilha de S. Jorge, Açores. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0c/Faj%C3%A3_de_Santo_Cristo_1%2C_Calheta%2C_ilha_de_S%C3% A3o_Jorge%2C_A%C3%A7ores.JPG

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Diapositivo 16 A ilha de São Jorge, devido à sua orografia e ao alcantilado das suas costas, é caraterizada pela existência de numerosas fajãs, criando microclimas, compartimentando a sua paisagem e determinando as zonas de fixação da população (Madeira, 1998).

São locais utilizados, desde o início do povoamento, para culturas específicas que não crescem nas zonas de maior altitude.

Com o seu carácter de microcosmos, encaixados pelo mar e pelas falésias, e com a relação que estabelecem entre o mar e a montanha, as fajãs fazem da ilha de São Jorge uma das mais belas do arquipélago açoriano, criando espaços carregados de encanto e mistério (Nunes, 1998; 2002).

Uma fajã é geralmente um terreno plano, facilmente cultivável e capaz de suportar tipos de cultura que não prosperam em altitude. São quase sempre de pequena extensão, encaixadas sobre a beira-mar e formadas por materiais 40

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desprendidos das arribas ou por escoadas lávicas que formaram deltas junto à costa (Forjaz et al., 2003).

A Fajã de São João é a maior fajã da costa sul do concelho da Calheta, da ilha de São Jorge.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES PAISAGENS VULCÂNICAS

Campo lávico, Havai. http://bocaberta.org/2012/04/paisagens -dos-vulcoes-mais-ativos-do-mundo-no-havaii.html

1ª aula

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Diapositivo 17 O magma pobre em sílica, com conteúdo inferior a 52% e superior a 45%, é designado máfico ou básico e origina erupções de lavas muito fluidas capazes de escorrer por longas distâncias.

O Havai e a Islândia são exemplos de locais onde são encontrados vulcões que expelem enormes quantidades de lava que gradualmente construem enormes campos lávicos.

As escoadas lávicas destes vulcões são, geralmente, muito quentes e muito fluidas, o que contribui para ocorrerem escoadas longas.

O maior vulcão deste tipo no mundo é o Mauna Loa, no Havai, com 9000 metros de altura e 120 km de diâmetro (Brantley, 1999).

Nota: Fim da 1ª aula

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A lenta decomposição das rochas formadas pela lava consolidada origina um dos solos mais férteis do mundo, produzindo grandes quantidades de alimentos.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f8/Estufa_de_Anan%C3%A1s,_Faj%C3%A3_de_Baixo,_Ponta_Delgada,_ilha_de_S%C3%A3o _Miguel,_A%C3%A7ores.JPG

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Diapositivo 18 Os vulcões trazem benefícios para as populações que vivem junto deles.

As cinzas vulcânicas tornam os solos muito férteis. Os solos das ilhas dos Açores são um bom exemplo de produção de grandes quantidades e variedade de alimentos.

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Solos mais férteis

Estufas de ananás, S. Miguel, Açores http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f8/Estufa_de_Anan%C3%A1s,_Faj%C3%A3_de_Baixo,_Ponta_Delgada,_ilha_de_S%C3%A3o _Miguel,_A%C3%A7ores.JPG

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Diapositivo 19 A introdução do ananás nos Açores, mais propriamente na ilha de S. Miguel, verificou-se em meados do século passado, por volta de 1848-1850 (Martins,1997).

Em 1864, é construída a primeira estufa de dimensão industrial com capacidade para 800 plantas, chegando a atingir na época áurea de cultura, um património de 4300 estufas de produção (Martins,1997).

Atendendo à reduzida produção (cerca de 1 900 toneladas), sobretudo às caraterísticas técnicas e ao modo tradicional de cultivo, em estufas de vidro e em "camas quentes" à base de matéria vegetal, sem necessidade de recorrer a fertilizantes químicos e pesticidas, o Ananás de S. Miguel é considerado como fruto Rei (Martins,1997).

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Solos mais férteis

Campos de cultura de chá, S. Miguel, Açores. http://producaonacionalfazbem.blogs.sapo.pt/2010/07/

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Diapositivo 20 O chá Gorreana, originário da ilha de São Miguel, nos Açores, surgiu em 1883, ano em que a plantação e a fábrica produziram o seu primeiro quilo de chá seco. A Fábrica de Chá Gorreana mantém a sua atividade, ininterruptamente, desde 1883. Com extensas plantações que se avistam em redor do edifício sede, ali se produz chá preto (variedades Orange Pekoe, Broken Leaf e Pekoe) e verde (Hysson), de qualidade reconhecida (Faustino, 2011).

O solo argiloso e ácido dos terrenos açorianos permitem a obtenção de um chá perfumado e de travo agradável, que é também isento de pesticidas, herbicidas e fungicidas.

A produção do chá Gorreana decorre num único local, começando na plantação e prosseguindo com a colheita, a secagem e o tratamento. A plantação e a fábrica da Gorreana ficam na freguesia da Maia, entre a Ribeira Grande e as Furnas, na ilha de São Miguel.

A área de plantação é de 23 hectares, suficientes 47

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para produzir cerca de 40 toneladas por ano. O grande desenvolvimento do chá Gorreana surgiu no início do século XX No início do século XX, a produção anual de chá Gorreana chegava às 700 toneladas, mas as restrições às exportações, durante as duas guerras mundiais, levou a que os investimentos fossem desviados para culturas mais úteis à subsistência, originando o declínio da produção de chá.

A maior parte da produção é para consumo nos Açores, mas são de destacar as quatro toneladas que, por ano, são exportadas para a Alemanha.

Para Portugal continental são vendidas cerca de duas toneladas.

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Solos mais férteis

Cultura da vinha, Pico, Açores. http://invinoviajas.blogspot.pt/2013/03/seis-vinhedos-patrimonio-dahumanidade.html

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Diapositivo 21 Outro exemplo que comprova a fertilidade dos solos é o das vinhas na ilha do Pico.

A cultura da vinha na Ilha do Pico começou no final do séc. XV, quando se iniciou o povoamento da ilha. A confluência de vários fatores, tais como o solo vulcânico, rico em nutrientes, o micro clima seco e quente das encostas protegidas do vento por muros de pedra escura e aquecidas pelo sol, permitiu que as vinhas, da casta verdelho, tivessem aqui condições excecionais de maturação (Garcia, 2012).

Mais tarde, foi exportado para muitos países da Europa e América, e chegou até a mesa da corte russa.

Os terrenos que constituem a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, são um misto de natureza lávica e práticas culturais ancestrais.

Em 2004 foram classificados como Património da Humanidade pela UNESCO. Os sítios do Lajido da Criação Velha e do Lajido 49

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de Santa Luzia são os melhores exemplos da arte de dividir a terra (currais), contribuindo assim para a distinção dada pela UNESCO. O LADO POSITIVO DOS VULCÕES

Os países onde os vulcões ocorrem podem utilizar a sua energia (energia geotérmica) para produzir eletricidade de forma relativamente limpa. http://siaram.azores.gov.pt/energia-recursos-hidricos/geotermia/galeria/imagens/img2.jpg

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Diapositivo 22. À medida que aumenta a profundidade, aumenta igualmente a temperatura das rochas, sendo que, quanto maior for essa temperatura, mais elevado é o potencial geotérmico dessa região. No entanto, se ocorrer uma intrusão magmática, esta pode constituir uma fonte de calor a menor profundidade do que a que seria necessária se não houvesse intrusão. Uma zona com estas caraterísticas é classificada como tendo um elevado potencial geotérmico (Costa, 2012).

Para além de um recurso renovável e praticamente não poluente, a energia geotérmica apresenta vantagens relativamente a outras fontes de energia renováveis, visto não sofrer da intermitência e inconstância de fatores meteorológicos que condicionam, por exemplo, a energia eólica, solar ou hídrica (Pereira, 2009).

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES ENERGIA GEOTÉRMICA

Central Geotermia, Islândia http://blogs.diariovasco.com/bigbang/files/2800px-NesjavellirPowerPlant_edit2islandiawikiBR.jpg

Diapositivo 23 Na Islândia, país de muitos vulcões e elevado potencial energético geotérmico, a capital, Reiquiavique, tem já 95 % das habitações e edifícios aquecidos por geotermia, sendo considerada uma das cidades menos poluídas do mundo (Ribeiro, 2012).

A cidade islandesa de Reiquiavique é uma das mais limpas do mundo em emissões de dióxido de carbono (CO2). O município de cerca de 200 mil habitantes tem o maior sistema de aquecimento geotérmico do planeta, que utiliza água quente natural para fornecer calor aos edifícios e casas desde 1930, segundo os pesquisadores da Plataforma de Cidades Sustentáveis (Pereira, 2013).

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Entre 1944 e 2006, foram reduzidas as emissões de 110 milhões de toneladas de CO2, diminuição que evitou o lançamento de até 4 milhões de toneladas do gás de efeito estufa por ano (Gunnlaugsson, 2008).

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES ENERGIA GEOTÉRMICA

Central Geotérmica do Pico Vermelho, S. Miguel, Açores.

Central Geotérmica da Ribeira Grande, S. Miguel, Açores.

Diagrama de funcionamento da tecnologia binário. http://siaram.azores.gov.pt/energia/geotermia/_texto.html

Diapositivo 24 A energia geotérmica, de entre as renováveis, é aquela que apresenta um maior potencial em consequência do processo de formação do arquipélago e da sua localização junto da Crista Médio Atlântica, na confluência de três placas tectónicas – Americana, Africana e Eurasiática.

Assim, a região dos Açores possui um enquadramento geoestrutural que proporciona manifestações de atividade vulcânica indicadoras da enorme quantidade de energia endógena existente no subsolo em muitos locais do arquipélago.

A prospeção geotérmica, iniciada na segunda metade da década de 70 na vertente norte do vulcão da Lagoa do Fogo, culminou, em 1980, com a construção da Central Geotérmica Piloto 54

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do Pico Vermelho (3 MW). Esta foi a primeira Central Geotérmica a ser instalada nos Açores (Costa, 2012).

A Central Geotérmica da Ribeira Grande (CGRG) possui uma capacidade de geração de 13MW (Costa, 2012).

A produção combinada das duas centrais ascendeu, em 2009, a 170 GWh, o que contribui na estrutura de produção da Ilha de S. Miguel com uma quota de 37%,que adicionada à hídrica eleva a penetração das energias renováveis para 41%.

OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar para que surjam o diagrama de funcionamento da tecnologia binária (tecnologia usada na Central Geotérmica do Pico Vermelho e na Central Geotérmica da Ribeira Grande).

Sugere-se uma breve explicação do esquema: o fluido orgânico funciona em circuito fechado, nunca entrando em contacto direto com o fluido geotérmico ou com a atmosfera. O fluido geotérmico, após o pré-aquecedor, é conduzido numa linha de descarga para uma caixa em 55

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betão, que por sua vez está ligada por uma conduta ao poço de reinjeção, onde é reinjetado.

A tecnologia do equipamento de produção é baseada num sistema binário, segundo o ciclo de Rankine, usando um fluido orgânico intermédio (normal - pentano). Esta tecnologia de conversão de calor em energia elétrica supõe um processo de transferência de calor que se desenvolve em três níveis: o primeiro nível é a transferência de calor remanescente do vapor expandido na turbina (fluido intermédio), o segundo da água (brine) e o último do vapor geotérmico (Costa, 2012); O fluido geotérmico bifásico, proveniente dos poços, entra primeiro no separador, que separa a fase líquida (brine) do vapor saturado e gases não condensáveis (NCG).

O vapor geotérmico, depois de separado entra no vaporizador, sendo uma pequena percentagem expelida para a atmosfera conjuntamente com gases não condensáveis, através duma válvula de descarga; Em resultado da transferência de energia calorífica para o fluido intermédio, ocorre a 56

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condensação do vapor geotérmico que é conduzido para a entrada do pré-aquecedor juntando-se ao brine, participando na transferência de calor entre a fase líquida e o fluido intermédio; O fluido intermédio no nível mais elevado de entalpia, sob a forma de vapor, é dirigido para a turbina onde se expande acionando a turbina acoplada ao alternador; O fluido intermédio é condensado por arrefecimento a ar, através dos aerocondensadores que funcionam como a fonte fria, após ter permutado calor no recuperador com o próprio fluido de trabalho no início de um novo ciclo.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES Aproveitamento do calor interno da Terra…

Os montículos cobrem cada um dos buracos usados para albergar duas panelas grandes bem recheadas de iguarias.

O momento da retirada do cozido.

Cozido das Furnas, S. Miguel. Açores.

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http://www.acores.net/canalacores/view.php?id=300363

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Diapositivo 25 O famoso cozido da Furnas, é um dos pratos mais emblemáticos da ilha, cozido nas caldeiras naturais da Lagoa das Furnas.

Todos os ingredientes são introduzidos numa panela de alumínio, em camadas alternadas, sendo a última polvilhada com sal grosso.

Com folhas de couve abafa-se tudo e tapa-se com a tampa que se ata às asas da panela.

Introduz-se então numa saca de serapilheira, que por sua vez é amarrada a uma corda e enterrada no solo junto às caldeiras, levando cerca de cinco horas a serem cozinhados pelo calor natural emanado da atividade vulcânica.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES Os vulcões e os tratamentos de certas doenças…

A argila usada na limpeza de pele. http://adrianeboneck.com.br/argila-no-corpo-geoterapia/

As cinzas vulcânicas são muito procuradas para a cura de certas doenças (reumatismo, artrite e asma). http://qualeoteulimite.blogspot.pt/2013/03/beneficios-e-riscos-daatividade.html

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Diapositivo 26 As nascentes termais e as cinzas vulcânicas são usadas para fins medicinais.

No japão usam muito o tratamento com cinzas vulcânicas, para a cura de reumatismo, artrites e asma.

A argila é utilizada em tratamentos medicinais e estéticos.

A argila contém sílica, alumínio, ferro, titânio, cálcio, sódio, potássio e por vezes até magnésio.

As proporções destes compostos variam conforme a sua origem, mas todas têm elevada percentagem de sílica e alumínio, o que explica as suas propriedades cicatrizantes e anti inflamatórias.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES Os vulcões e os tratamentos de certas doenças…

As termas são consequência do aquecimento das águas devido à atividade vulcânica. São ricas em variados nutrientes e permitem o tratamento de muitas doenças.

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http://lusocanalha.blogspot.pt/2010/12/imprensanacional-da-conhecer-ao-pais.html

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Diapositivo 27 O vulcanismo secundário na ilha Graciosa encontra-se representado pelas nascentes termais do Carapacho e da Baía dos Homizíados, localizadas na extremidade SE da ilha, e algumas emanações gasosas. O principal campo de desgaseificação situa-se no Vulcão Cadeira da Graciosa, no interior da Furna do Enxofre, onde se destaca a existência de uma fumarola e de uma intensa desgaseificação difusa. São igualmente conhecidas algumas emissões de vapor permanentes na zona da Plataforma NW (Gaspar, 1996).

Nos Açores, as Termas do Carapacho são uma estância termal situada no Carapacho (Freguesia da Luz na ilha Graciosa, Açores), conhecidas pelos tratamentos de patologias do foro reumático e dermatológico.

As Termas localizam-se no sopé da elevação vulcânica de maior altitude da ilha, que culmina na Caldeira da Graciosa. Com origem no aquífero subjacente à Furna do Enxofre, a água termal tem como principais constituintes o cloreto de 60

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sódio, o enxofre e o ião bicarbonato; tem um pH de 7,2, e a temperatura varia entre os 36 ºC e os 40 ºC (Gaspar, 1996).

A nível mundial, as águas termais do vulcão Copahue, no Chile, são reconhecidas internacionalmente pela qualidade e diversidade de suas águas, cujas propriedades terapêuticas têm o aval da organização Mundial da Saúde.

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES Os vulcões e as jóias….

O vulcanismo pode estar associado à concentração de minerais e gemas.

http://imagens.tabelap eriodica.org/diamantebruto-e-belo/

http://www.fotominer.com /FOTOMINER/RECOPILATO RI2/FOTOS/OLIVINA/Olivina .htm

Colar de olivinas

Anel de diamantes

Diapositivo 28 A olivina aparece em rochas ígneas máficas e ultramáficas e em algumas rochas metamórficas; cristaliza a partir de magma rico em magnésio e pobre em sílica, o qual dá origem à formação de rochas máficas e ultramáficas, como o basalto, peridotito e dunito.

A olivina é um nesossilicato que constitui uma solução sólida entre dois termos extremos: a forsterite (Mg2SiO4) e a faialite (Fe2SiO4). A olivina comum tem composição próxima do termo magnesiano, tem cor verde clara característica, certa transparência e brilho vítreo. Ocorre geralmente em cristais com fratura concoidal. A olivina é um mineral instável à superfície, alterando, frequentemente, para serpentina 62

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Os diamantes têm idades compreendidas entre os 1500 e 3000 Ma; são originados na zona de transição entre o Manto Inferior e o Manto Superior e são transportados até à superfície por magmas ricos em voláteis que dão origem a rochas designadas por kimberlito e lamproíto, com idades variáveis do Arcaico ao Cenozoico.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES As zonas vulcânicas possuem grande atividade turística o que desenvolve a economia dessas regiões.

Escalada à montanha do Pico, Pico, Açores. http://fugas.publico.pt/Noticias/286148_acesso-a-montanha-do-pico-nos-acorestem-nova-sinalizacao

Piscinas naturais dos Biscoitos, Terceira, Açores. https://www.flickr.com/photos/amaiaa/5001671559/

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Diapositivo 29 Realçar o contributo dos vulcões na paisagem, destacando o seu papel na beleza de locais verdadeiramente paradisíacos no planeta Terra, permitindo transformar as regiões vulcânicas em circuitos turísticos, muito rentáveis para as populações que lá vivem.

O diapositivo apresenta alguns locais turísticos associados ao vulcanismo dos Açores.

A escalada da Montanha do Pico faz parte dos trilhos pedestres da ilha do Pico. A Carta de Princípios de Escalada à Montanha do Pico contém as normas que devem ser tidas em conta de forma a não pôr em perigo a vida de quem ascende à montanha.

Dessa carta destacam-se, a título de exemplo, as seguintes medidas e atitudes (DRA, 2004): A subida à montanha, embora não seja difícil do ponto de vista da técnica, deverá, preferentemente, ser feita durante os meses de verão e por pessoas com capacidade para empreender uma caminhada apreciável.

A distância a percorrer a pé desde o início do percurso, se for a partir da casa de abrigo existente na montanha, ronda os 5 quilómetros, sendo o acesso feito por veredas e trilhos que, e à exceção da parte inicial, se encontram devidamente identificados com marcos de betão, com cerca de 1 metro de altura, e que se destinam a guiar o caminhante. Estes marcos de betão são de grande importância como referências do percurso, dado que de um marco pode visualizar-se o marco seguinte e o antecedente, caso não haja nebulosidade.

Para fazer uma subida em segurança é recomendado o uso de calçado adequado, que deve ser composto por botas de montanha, ou, na falta destas, por sapatos que permitam uma aderência forte a um caminho que se apresenta pedregoso, escorregadio e com saliência de terreno.”

OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar para que 64

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surjam as imagens, que exemplificam atividades turísticas existentes em regiões vulcânicas.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES OS VULCÕES E A SUA INFLUÊNCIA NA PINTURA

Erupção de vulcão.

Mykola Yaroshenko (1898). http://pt.wahooart.com/@@/8XYKXN-MykolaYaroshenko-Erup%C3%A7%C3%A3o-devulc%C3%A3o

The Fighting Temeraire, 1839 Vulcão em erupção.

Diego Riviera (1886-1957, México) http://es.wahooart.com/@@/8BWNYDDiego-Rivera-Erupci%C3%B3n-deVolc%C3%A1n

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J.M.W. Turner http://www.nationalgallery.org.uk/painti ngs/joseph-mallord-william-turner-thefighting-temeraire

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Diapositivo 30 Os vulcões foram fonte de inspiração para pintores, como se demonstra com as pinturas de três conceituados pintores.

Mykola Yaroshenko foi um pintor russo, autor da pintura com o título “Erupção de vulcão”, concluída em 1898. As suas pinturas estão associadas ao realismo. A pintura do Realismo começou por manifestar-se no tratamento da paisagem, que se despiu da exaltação e personificação românticas, para se prender, simplesmente, na reprodução, desapaixonada e neutra, do que aparece à vista do pintor, tomando a realidade objetiva e a Natureza observável como ponto de partida, representando-as com total fidelidade e minúcia (Pinto et al., 2001).

Diego Rivera, de origem judaica, foi um dos maiores pintores mexicanos. Considerado o maior pintor mexicano do século XX, teve um efeito profundo sobre o mundo da arte internacional (Patiño Navarro, 2010).

Joseph Mallord William Turner foi um pintor 66

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romântico londrino, considerado, por alguns, um dos precursores do Impressionismo, em função dos seus estudos sobre cor e luz. Na pintura impressionista a luz e o movimento eram elementos fundamentais, utilizando pinceladas soltas que se tornaram o principal elemento da pintura. Geralmente, as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as variações de cores da natureza (Martínez Peñarroja, 2007).

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES OS VULCÕES E A LITERATURA

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Diapositivo 31 Os vulcões também contribuem para a literatura (científica ou não). Neste diapositivo observam-se vários livros, cujo tema são os vulcões.

Destaca-se o livro intitulado «O Enigma da Atlântida» (Banda Desenhada), da autoria de Edgar P. Jacobs, passado nos Açores, em particular na ilha de S. Miguel.

OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar para que surjam as diversas imagens, que mostram exemplos de revistas, livros e banda desenhada.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES OS VULCÕES E A POESIA

Vitorino Nemésio (1901-1959)

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Diapositivo 32 Vitorino Nemésio, natural da ilha Terceira, poeta, ficcionista, crítico, biógrafo e investigador literário.

Foi um dos grandes escritores portugueses do século XX. Como ilhéu, sofreu influência das catástrofes naturais que assolaram as ilhas, nomeadamente, os sismos e as erupções vulcânicas, que estão patentes nas suas obras.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES OS VULCÕES E AS SUAS NOTÍCIAS

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Diapositivo 33 O diapositivo apresenta uma notícia sobre a erupção dos Capelinhos (1957/58), publicada no Jornal Correio dos Açores, e outra notícia publicada numa revista sobre o vulcão Grimsvtn, na Irlanda, que registou uma violenta erupção em 21 de maio de 2011, provocando uma coluna de cinzas que atingiu 20 quilómetros de altura, o que prejudicou o tráfego aéreo na Europa.

Sugere-se comentar com os alunos a importância das notícias sobre a atividade vulcânica e realçar a evolução da tecnologia, que permite, atualmente, através da televisão, telejornais ou on-line (filmes), visualizar erupções vulcânicas.

OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar para que surjam as imagens (notícias sobre vulcões).

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES OS VULCÕES E INSTITUIÇÕES DE DIVULGAÇÃO Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos

http://www.rtp.pt/acores/index.php?article=16778&visual=3&tm=7&l ayout=10

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Diapositivo 34 O Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, inaugurado em agosto de 2008, foi concebido de modo a preservar a paisagem existente na área afetada pela erupção do Vulcão dos Capelinhos, em 1957/58, na ponta oeste da Ilha do Faial.

Neste espaço é possível fazer uma viagem, muitas vezes virtual e interativa, que, passo a passo, descreve processos geológicos, abrindose uma importante página na compreensão científica dos vulcões submarinos, passando pelos períodos pré, durante e pós vulcão dos Capelinhos.

A proximidade de uma paisagem única associada a uma das erupções mais recentes do arquipélago permitem integrar um turismo ambiental e de natureza com um turismo de cultura e de ciência.

Através de diversas ferramentas expositivas e interpretativas, o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos constitui um veículo 71

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difusor do conhecimento científico. Sendo um Centro de Ciência é, também, um espaço de atração turística.

OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar para que surjam as imagens (alguns aspetos do Centro de Interpretação do vulcão dos Capelinhos).

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES OS VULCÕES E A INVESTIGAÇÃO

Como trabalham os vulcanólogos?

Viajam pelo mundo para observarem os diferentes tipos de vulcões.

Vulcão Kilauea, Havai http://www.painelglobal.com.br/direto.php?id=dat_20110307165111.inc&tf=1299527471

Vulcão Etna, Itália http://meioambiente.culturamix.com/blog/wpVulcão O Monte de Santa Helena, content/gallery/4_6/erupcao-do-monte-etna-em-2010-01.jpg

Estados Unidos da América.

http://carlos.franquinho.info/2008/04/o-monte-de-santa-helena/ Vulcão dos Capelinhos,

Faial, Açores.

http://www.jornalacores9.net/wp-content/uploads/2012/09/55-anosdo-Vulc%C3%A3o-dos-Capelinhos-460x340.jpg

Diapositivo 35 Os vulcanólogos viajam pelo mundo para acompanharem as erupções dos diversos vulcões, sendo esta a forma de melhor conhecerem as diferentes erupções e o seu modo de evolução.

O maior desafio dos vulcanólogos é o de prever as erupções com antecedência. Às vezes, conseguem. Em 1991, nas Filipinas, os vulcanólogos conseguiram antecipar, não apenas a data da erupção do Pinatubo, mas também a direção da lava e das cinzas expelidas pelo vulcão (Newhall et al., 1997). Nesse trabalho, é preciso coragem. Muitos já perderam a vida ao examinar os segredos de um vulcão.

Em 1993, o americano Stanley Williams levou um 73

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

grupo de 12 investigadores ao pico do vulcão Galeras, na Colômbia, quando, de repente, ele entrou em erupção. A explosão matou seis integrantes do grupo e três turistas que passeavam por ali. Williams sobreviveu, mas com ferimentos graves.

No entanto, nem a bravura nem a tecnologia são suficientes para colmatar a margem de erro dos vulcanólogos.

Exemplo disso foi o que aconteceu em 1976.

Uma série de tremores sugeria uma erupção na ilha caribenha de Guadalupe. Temendo uma tragédia, as autoridades retiraram 75 000 pessoas que moravam perto do vulcão. Toda a vida na ilha foi interrompida, com enormes prejuízos económicos, mas o cataclismo não ocorreu. Foi um falso alarme, muitas vezes incompreendido pelas populações, no entanto, é uma medida de mitigação dos riscos que deve ser tomada.

OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar para que surjam as imagens.

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES OS VULCÕES E A INVESTIGAÇÃO

Õ Ç TESP N A R U D

Como trabalham os vulcanólogos?

Recolhem produtos expelidos pelos vulcões para analisarem.

http://saberciencia.tecnico.ulisboa.pt/imagens/us101/lavaflow.jpg

Diapositivo 36 Os vulcanólogos observam as erupções, as características da erupção, os produtos expelidos e recolhem amostras que mais tarde avaliam em laboratório. Também fotografam e filmam as erupções, o que permite posteriormente fazer uma análise da erupção, e a sua divulgação constitui um material de grande interesse pedagógico-didático.

75

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES OS VULCÕES E A INVESTIGAÇÃO

Como trabalham os vulcanólogos?

P M EC D O LH B A TR

Depósito de escórias

Tubo lávico

Escoada lávica

http://tasmaniaoladolonginquodomundo.blogspot.pt/2010_03_01_archive.html

Diapositivo 37 O trabalho de campo é muito importante para o estabelecimento da história eruptiva de um dado aparelho vulcânico, sendo o principal objetivo a modelização das erupções ocorridas no passado, de modo a antever o comportamento futuro do vulcão.

Os vulcanólogos procuram analisar a história eruptiva de um aparelho vulcânico, não só numa perspetiva qualitativa, com base nos elementos observados no campo, mas igualmente segundo uma vertente quantitativa, recorrendo à avaliação de parâmetros físicos que permitam caracterizar a atividade vulcânica ocorrida na área em estudo.

Calculam parâmetros como o comprimento atingido pelas escoadas lávicas, a área coberta 76

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

por estas, o «coeficiente de aspeto» (aspect ratio) das escoadas lávicas e os volumes de lava emitidos, Estimam valores para a taxa de efusão e para a viscosidade das lavas. Outros elementos de diagnóstico são, por exemplo, a altitude dos centros emissores e a menor altitude atingida pela frente da escoada lávica. Determinam o comprimento da escoada lávica, que corresponde à distância entre o centro emissor e o ponto mais afastado atingido pela escoada lávica relativamente àquele centro. Determinam a área da escoada coberta por depósitos vulcânicos mais recentes (escoadas e tefra).

São apenas alguns exemplos que contextualizam o trabalho de campo realizado pelos vulcanólogos.

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES OS VULCÕES E AVULCONOESTRATIGRAFIA INVESTIGAÇÃO Como trabalham os vulcanólogos?

CARTOGRAFIA

Adaptado de Pacheco, 2001

Carta Vulcanológica dos Açores – ilha do Faial à escala 1:15000.CVARG

77

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

Diapositivo 38 A carta vulcanológica da ilha do Faial é outro exemplo de trabalho realizado por vulcanólogos.

O Faial é a ilha mais ocidental do grupo Central, localizando-se entre as latitudes 38º 30’ 56’’ e 38º 38’ 40’’ N e as longitudes 28º 35’ 55’’ e 28º 50’ 06’’ W. Possui uma área cartográfica de 173,11 km2, um comprimento máximo próximo de 21 km ao longo da direção WNW-ESE, uma largura máxima de cerca de 14 km segundo o eixo N-S e a sua maior altitude é de 1403 m, no Cabeço Gordo, situado na zona central da ilha.

As quatro unidades geológicas principais que refletem a história eruptiva da ilha são: o Complexo Vulcânico da Ribeirinha, o Complexo vulcânico dos Cedros, a Formação de Almoxarife e a Formação do Capelo (Madeira,1998).

O Complexo Vulcânico da Ribeirinha data de há 800 000 anos (Férraud, 1980), reúne os produtos do vulcão central da Ribeirinha e é formado maioritariamente por lavas e alguns depósitos de escórias basálticas a benmoreíticas, pelo menos 78

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

uma chaminé traquítica (domo de Miragaia) e alguns depósitos pomíticos (Pacheco, 2001).

O Complexo Vulcânico dos Cedros engloba todos os produtos com origem no Vulcão da Caldeira e está dividido em dois grupos que correspondem a fases distintas da atividade do vulcão. O grupo superior com uma idade inferior a 16 000 anos e o grupo inferior com idade superior a 410 000 anos (Baubron, 1981) O Grupo Inferior é o mais antigo e corresponde a uma fase em que a atividade do vulcão produziu, predominantemente, lavas de natureza basáltica a benmoreítica (a caracterização petrográfica e geoquímica dos produtos do Complexo Vulcânico permitiu identificar a existência de uma série magmática alcalina constituída por basaltos, havaítos, shoshonitos, benmoreítos e traquitos).

Esta unidade inclui dois domos traquíticos e vários depósitos de escórias associados aos cones adventícios instalados nos flancos do vulcão central (Pacheco, 2001).

O Grupo Superior, com uma idade de cerca de 16 000 anos, inclui a atividade eruptiva mais recente do vulcão central, caracterizada por erupções 79

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

explosivas e depósitos pomíticos (Pacheco, 2001).

A Formação do Almoxarife localiza-se, do ponto de vista estratigráfico, entre o grupo inferior e grupo superior do complexo Vulcânico dos Cedros, corresponde à atividade fissural da plataforma da Horta. Esta unidade é formada essencialmente por depósitos de escórias basálticas (s.l.) dos cones que constituem a Plataforma da Horta, escoadas lávicas associadas e tufos hidromagmáticos (Pacheco, 2001).

A Formação do Capelo é a unidade mais jovem desta escala e reúne os depósitos do vulcanismo fissural, predominantemente fissural, ou moderadamente explosivo, desenvolvido na Península do Capelo. Inclui depósitos de escórias, escoadas lávicas e tufos hidromagmáticos. Nesta formação incluem-se as erupções históricas de 1672/73 e 1957/58 (Pacheco, 2001).

A forma atual da ilha do Faial deve-se à edificação da Península do Capelo, que é um sistema vulcânico fissural, dominado por um 80

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

alinhamento de cones que forma uma dorsal com a orientação paralela à do graben de Pedro Miguel, caracterizado por erupções efusivas ou de explosividade moderada, do tipo havaiano e estromboliano, e erupções emergentes surtseianas.

As erupções surtseianas (apresentam enorme explosividade, resultado da entrada franca de água na chaminé submarina, característica das erupções submarinas) são um tipo de erupções muito comuns nos Açores.

Neste tipo de atividade, o topo da chaminé do vulcão está a pequena profundidade, a escassas centenas de metros abaixo do nível do mar, de forma que a pressão da coluna de água é reduzida, o que permite a projeção em altura dos materiais expelidos pelo vulcão e a formação de grandes explosões com o contacto do magma quente com a água fria, formando-se colunas eruptivas de grande altura, constituídas por cinzas vulcânicas e vapor (Pacheco, 2001).

OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar para que surjam as imagens.

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O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

Deteção remota por

O LADO POSITIVO3 DOS satéliteVULCÕES

Deteção de variações do campo magnético (magnetómetro) e da força gravítica 6 (gravímetro).

OS VULCÕES E A INVESTIGAÇÃO Monitorização Como trabalham os vulcanólogos? geodésica 5

Medição da temperatura 8

10 Amostragem DE UM VULCÃOI MONITORIZAÇÃO direta de gases 9

4

GPS

1

7 Monitorização geoquímica

Análise dos depósitos vulcânicos

2

Recolha de uma amostra de lava

Monitorização geofísica http://usuarios.geofisica.unam.mx/cecilia/cursos/VolcCh5_Wicander-PhysG.pdf

Diapositivo 39 O estudo no tempo e no espaço de determinados parâmetros para estimar o estado de atividade de um vulcão, para prever eventuais erupções e prevenir ou minimizar os riscos daí resultantes, designa-se por Monitorização Vulcânica.

Monitorização Geodésica – estuda a variação na forma do edifício vulcânico, evidenciada por alterações no revelo, cujo estudo pertence ao domínio da geodesia.

GPS (global positioning system) é um instrumento geodésico importante por permitir detetar as deformações que ocorrem no terreno.

Monitorização Geofísica – estuda os movimentos vibratórios no edifício vulcânico, com a análise dos diferentes tipos de ondas sísmicas, cujo 82

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

estudo pertence essencialmente à física.

Monitorização Geoquímica – estuda a quantidade e proporção das substâncias saídas do edifício vulcânico, evidenciadas nas análises de desgaseificação centrada ou difusa, cujo estudo é sobretudo químico.

O início de uma erupção está sempre associado à subida de magma armazenado em locais de maior profundidade, na crosta ou no próprio manto, para zonas mais superficiais. Ascensão que pode alcançar a superfície ou não.

Um aumento da quantidade de gases, indica a subida do magma, que se liberta do interior do sistema vulcânico, principalmente pela redução da pressão, o que proporciona a libertação dos voláteis dissolvidos no magma.

Devido à redução da distância percorrida pelos gases até à superfície, verifica-se um aumento da proporção dos compostos estáveis dentro do magma, os quais se alteram mais facilmente no caminho por reagirem muito com os materiais que atravessam.

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Monitorização Hidrogeoquímica – estuda a composição química das águas subterrâneas e superficiais em regiões vulcânicas, os processos mineralizadores e a influência da atividade vulcânica sobre o quimismo das águas.

As erupções vulcânicas que ocorrem em lagos vulcânicos induzem uma variação das propriedades físico químicas das águas dos lagos numa fase pré-eruptiva (Varekamp, 2002).

A Hidrogeoquímica na monitorização vulcânica inclui métodos e técnicas que poderão contribuir qualitativamente para a vigilância da atividade vulcânica.

Os alertas de eminência de uma erupção são lançados quando vários parâmetros dos vários tipos de monitorização coincidem com a explicação de uma progressiva subida de magma para zonas que podem futuramente atingir a superfície, no entanto, pode não ocorrer uma erupção.

Presentemente, verifica-se que, por norma, nos vulcões monitorizados se detetam atempadamente os sinais necessários para que 84

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os avisos à população cheguem em tempo útil, de modo a se reduzirem os danos em pessoas e bens.

OBSERVAÇÃO: O docente deve clicar para que surja o esquema representativo da monitorização de um vulcão. Sugere-se a exploração do esquema de acordo com a numeração, clicando em seguida para identificar as várias técnicas de monitorização de um vulcão.

Vulcanólogos Maurice e Katia Krafft, um casal famoso

http://science.vulcania.com/pages-la-chronique/maurice-et-katia-krafft-diables-des-volcans.html

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Diapositivo 40 Katia e Maurice Kraft estão entre os vulcanólogos mais célebres do mundo. Realizaram diversas missões em vulcões da Itália, da Islândia, da Indonésia e da África (Demaison,2011).

Os franceses Katia e Maurice Krafft, dotados de uma coragem incomparável e de uma verdadeira paixão pelos vulcões, arriscaram suas vidas para estudar as imponentes e perigosas manifestações vulcânicas do mundo.

Maurice iniciou a sua paixão pelos vulcões, aos sete anos, quando seu pai o levou para presenciar a erupção do Stromboli, Coincidentemente, Katia também se interessou pelo assunto no mesmo vulcão, mais tarde, aos catorze anos. Quando se uniram, começaram uma difícil trajetória para fazer suas viagens: a falta de financiamento obrigou-os a trabalharem como operadores de câmaras e a aproveitarem tudo o que vissem para lançar um livro ou outra coisa que permitisse lucros.

O casal Krafft não parava, ao receberem uma 86

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

notícia de erupção caminhavam, desafiando espirros de lava, cinzas e piroclastos, filmando, fotografando, recolhendo amostras e descrevendo, de perto, violentas manifestações vulcânicas.

Observaram de perto e por todo o mundo, muitos vulcões, conseguiram o que qualquer vulcanólogo desejaria ter presenciado. O que diferencia estes vulcanólogos dos outros é justamente o estudo in situ dos vulcões, visto que era mais comum a análise baseada em filmagens.

Foi justamente essa audácia, ausente em muitos, que os arrastou para um trágico e inevitável fim, em 3 de junho de 1991. Quando assistiam a uma erupção no monte Unzen, Japão, morreram tragados por um derrame piroclástico. O mundo tinha perdido dois importantes vulcanólogos, mas ganho magníficas informações sobre a atividade vulcânica (Demaison,2011).

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Filomena Rebelo

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2ª aula

O LADO POSITIVO DOS VULCÕES – GUIA DO PROFESSOR

Diapositivo 41 Após a exploração deste diaporama, pretende-se que os alunos se sintam motivados para estudar e aprofundar os seus conhecimentos sobre os vulcões.

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