Dimensões e hidrodinâmica

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Usando DimensĂľes Michael Fowler, UVa Alguns dos resultados mais interessantes da hidrodinâmica, tal como o aumento de 16 vezes no caudal de um cano quando se duplica o raio, podem ser encontrados sem fazer qualquer cĂĄlculo, apenas por anĂĄlise dimensional. Simbolizamos as "dimensĂľes" massa, comprimento e tempo por đ?‘€đ?‘€, đ??żđ??ż, đ?‘‡đ?‘‡ respectivamente. Escreveremos entĂŁo, as dimensĂľes de outras quantidades fĂ­sicas em função destas. Por exemplo, a velocidade tem dimensĂľes đ??żđ??żđ?‘‡đ?‘‡ −1 , e aceleração đ??żđ??żđ?‘‡đ?‘‡ −2 .

Usaremos parĂŞnteses rectos[] para escrever as dimensĂľes de uma quantidade, por exemplo, a velocidade, escrevemos [đ?‘Łđ?‘Ł] = đ??żđ??żđ?‘‡đ?‘‡ −1 . A força tem de ter as mesmas dimensĂľes que uma massa vezes uma aceleração, portanto [đ??šđ??š] = đ?‘€đ?‘€đ?‘€đ?‘€đ?‘‡đ?‘‡ −1 . Esta notação "dimensional" nĂŁo depende das unidades que usamos para medir a massa, o comprimento e o tempo. Todas as equaçþes em fĂ­sica tĂŞm de ter as mesmas dimensĂľes de ambos os lados.

Podemos ver pela equação que define o coeficiente de viscosidade, đ?œ‚đ?œ‚, đ??šđ??š/đ??´đ??´ = đ?œ‚đ?œ‚đ?‘Łđ?‘Ł0 /đ?‘‘đ?‘‘ , (o membro do lado esquerdo ĂŠ força por unidade de ĂĄrea e o do lado direito ĂŠ o gradiente de velocidade) que [đ?‘‘đ?‘‘] [đ??šđ??š] đ?‘€đ?‘€đ?‘€đ?‘€đ?‘‡đ?‘‡ −2 đ??żđ??ż [đ?œ‚đ?œ‚] = ďż˝ ďż˝ ∙ ďż˝ ďż˝ = ďż˝ ďż˝ ∙ −1 = đ?‘€đ?‘€đ??żđ??żâˆ’1 đ?‘‡đ?‘‡ −1 2 [đ?‘Łđ?‘Ł] [đ??´đ??´] đ??żđ??żđ?‘‡đ?‘‡ đ??żđ??ż

Como ĂŠ possĂ­vel que pensar dimensionalmente nos ajude a encontrar o caudal I atravĂŠs de um tubo? Bem, o caudal em si, digamos em metros cĂşbicos por segundo, tem dimensĂľes [đ??źđ??ź] = đ?‘€đ?‘€3 đ?‘‡đ?‘‡ −1 . De que poderĂĄ depender este caudal?

A fĂ­sica do problema ĂŠ que a diferença de pressĂŁo Δđ?‘ƒđ?‘ƒ entre as extremidades do cano de comprimento đ??żđ??ż estĂĄ a realizar trabalho para superar a força de viscosidade. Os Ăşnicos parâmetros a determinar o caudal sĂŁo portanto: o gradiente de pressĂŁo, ΔP/L, a viscosidade đ?œ‚đ?œ‚ e o raio da secção perpendicular ao cano đ?‘Žđ?‘Ž. De notar que estamos a assumir que o caudal ĂŠ constante – sem aceleração – e portanto a massa, mais precisamente a densidade, do fluido nĂŁo influencia. Claro que se o caudal for no sentido descendente, a densidade tem um papel indirecto pois o peso do fluido gera um gradiente de pressĂŁo, mas tambĂŠm jĂĄ incluĂ­mos a pressĂŁo como parâmetro. Portanto, đ??śđ??śđ??śđ??śđ??śđ??śđ??śđ??śđ??śđ??śđ??śđ??ś đ??źđ??ź = đ?‘“đ?‘“(Δđ?‘ƒđ?‘ƒ/đ??żđ??ż, đ?œ‚đ?œ‚, đ?‘Žđ?‘Ž)


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