Ciência Mirim

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CIÊNCIA MIRIM Projeto integrado: Ciências e Língua Portuguesa | Escola Vera Cruz | 4o ano - 2016 | ANO 1 - 4o B e 4o F

Os mistérios da nossa galáxia

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EDITORIAL

Arquivo pessoal

lizaram procedimentos como grifar, tomar notas, indicar dúvidas e selecionar as informações principais para encontrarem respostas às inúmeras perguntas que surgiram, como “por que dizem que a Lua tem relação com as ondas do mar?”, “os planetas têm luz própria?” e “quantas estrelas tem o universo?”.

Olá, caro leitor, se você se interessa pelos mistérios do nosso Sistema Solar, pelo que é visível e invisível em relação à luz e por pesquisas feitas por crianças curiosas, navegue pelas revistas digitais elaboradas pelos alunos do 4o ano da Escola Vera Cruz. São três volumes intitulados: Ciência Mirim, dos alunos dos 4os anos B e F, Universo em Palavras, dos alunos dos 4os anos A e D, e Veraláxia, dos alunos dos 4os anos C e E. Motivados pela exploração dos caminhos da luz e do comportamento dela ao incidir em diferentes materiais, os alunos buscaram informações em textos expositivos de enciclopédias e livros didáticos. Para o estudo dos textos, eles uti-

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Com essas leituras, os alunos aprenderam sobre as fases da Lua, as estações do ano, as histórias dos cientistas e das suas criações, e se assombraram com as quantidades monumentais das distâncias, dos tamanhos e de outras medidas relatadas nos estudos.

Direção Regina Scarpa

Coordenação

Por estarem em processo de aprendizagem, os alunos ainda utilizaram expressões próximas das fontes que pesquisaram. Entendemos que esse é o caminho para a apropriação e produção de textos sobre o tema.

Eloisa Ponzio

As revistas foram elaboradas com o empenho de todos os alunos do 4o ano e o acompanhamento da nossa equipe de professores, em parceria com a editora da escola, a Casa Vera Cruz. Parabéns a todos e boa leitura!

Foto de capa

Gabriela Mendonça de Macedo Orientadora do 4o ano

Orientação Gabriela Mendonça de Macedo

Professoras de classe Girlei da Fonseca Tania Sztutman

Professora auxiliar Paula Dellaquila

Montagem do Sistema Solar Foto sob licença Creative Commons http://www.publicdomainpictures.net/

Edição e Editoração


SUMÁRIO 4 Corpos celestes Antônio Maia Rosa Rojo e Mateus Yue Prospero

5 A grande estrela da vida Felipe Amaral,Vitor Curioni e Eduardo Liberman

6 As estações do ano Beatriz Neiva Puntoni e Olivia Sampaio Fernandes

7 A vida das estrelas Ana Temer Bay e Luísa Ivamoto Prado

8 OS planetas-anões Bruno Wagman Fuchman e Lorenzo Suffredini de Biazzi

9 Lua e mais Lua

17 Características dos planetas do Sistema Solar Eduardo Lacerda e Daniel Lopes Vieira

18 Buracos negros Ian Indio Brasileiro Guerra, Lucas Tai Emmanoel e Ariel Fischer

19 Netuno, o planeta azul Vinicius L. Zuanella e Leonardo R. Pace

20 Via Láctea, a nossa galáxia Luiza Ferretti de Sampaio Leite e Luiza Vieira Pellaes

21 As estrelas Luiza Arrivabene e Rosa Vecchia

Pedro Sussermann e André Salmaso

10 Marte, o planeta vermelho Caio Liberman Salfatis, Matheus Sangirardi Harstall e Rafael Mazzoleni Gondim

11 Como se formam as estações do ano Carolina Ribeiro de Almeida Prado e Hannah Akemi Oshima Cohen

12 A Lua

22 A Terra Luisa Momesso Monteiro e Heloisa Golin Ribeiro Lima

23 Planetas visíveis a olho nu Maria Luiza Dall’Acqua Diogo de Faria e Victoria Teizen Pullin

24 Curiosidades de Júpiter e Saturno Mariana Pimentel Dall’Acqua

Texto coletivo – 4 ano B o

13 Lua, o nosso satélite natural Texto coletivo – 4 ano F

25 Cometas Marina Beltrão e Laís Dezordi de Oliveira

o

14 O planeta Terra e suas características Estela Campello Secco e Manuela Armesto

15 Mancha luminosa Felipe Canto e Oliva, Martin Fresnot Torrecillas e Miguel Jordon Zanni

16 Netuno Guilherme de Abreu Sodré Camargo e Arthur Pereira Carneiro Cunha

26 Você sabe do que é formada a estrela? Rafael Chave Anna Carolina D’Angelo Costa Morellato

27 Constelações Rafael Della Coletta Depine e Gustavo Vieira Pellaes

28 Observando o céu Gabriela Dalcanale e Sofia Fecchio

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NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/ Carnegie Institution of Washington

Corpos celestes Planetas, cometas e asteroides Antônio Maia Rosa Rojo Mateus Yue Prospero

Os corpos celestes são astros que se encontram no espaço, como: planetas, meteoros, meteoritos, asteroides e estrelas. Existem oito planetas e muitas estrelas em nosso Sistema Solar. Um planeta é um corpo celeste que não possui luz própria, que percorre sua órbita ao redor de uma estrela. Em torno do Sol giram: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. No Sistema Solar, todos os planetas fazem dois movimentos, o de translação, que é quando eles orbitam em torno do Sol, e o de rotação, que é quando giram em torno de seu próprio eixo. Cada vez que um planeta completa seu movimento de translação significa que já se passou um ano, e o de rotação, um dia. Já os cometas são pequenos corpos celestes de poeira e gelo que giram. A órbita dos cometas é oval e grande. Às vezes, restos de poeira dos cometas batem com os gases que cercam a Terra, quando isso acontece, esses restos queimam no céu. Esse evento é conhecido como chuva de meteoros. A parte principal de um cometa é chamada de núcleo, ela é cheia de água congelada, gases, poeira, fragmentos e rochas. Na maior parte do tempo o cometa permanece apenas em seu núcleo. Mas ao chegar perto do Sol ele libera gás e poeira e cria caudas, por causa do calor solar. E, por fim, os asteroides, que são objetos rochosos com menos de 1000 km de diâmetro. Entre Marte e Júpiter constata-se a existência de um cinturão de asteroides formado por centenas de milhares deles. O primeiro asteroide conhecido foi Céres, descoberto por Giuseppe Piazzi em 1801.

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Mercúrio

Você sabia? • Há muitos anos um meteoro caiu no estado do Arizona, nos Estados Unidos, e formou uma cratera chamada Barringer, que mede 1 200 m de ponta a ponta. Mais de 22 500 meteoros foram encontrados e catalogados. O maior deles é o Hoba West, que assim foi chamado por causa de seu local de queda, a Namíbia, no sudoeste da África. • Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, sua distância é de aproximadamente 58 milhões de quilômetros. É um planeta rochoso, coberto por milhares de crateras, formadas com o impacto de meteoritos. Sua temperatura pode chegar até 400 C°, porém ao anoitecer chega a –175 C°. Mercúrio faz os mesmos movimentos da Terra, sua translação orbita o Sol rapidamente, seu movimento dura 88 dias terrestres e sua rotação é mais lenta, 59 dias terrestres.

Glossário Gases: matéria invisível e capaz de ser expandida. Orbitar: girar.

Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <www.escola.britannica.com.br>. Vera Cruz. Disponível em: <www.veracruz.edu.br>. Acessos em: 5 set. 2016.


Descubra mais sobre o Sol, a nossa estrela Felipe Amaral Vitor Curioni Eduardo Liberman

O Sol é uma grande bola de gases: hélio e hidrogênio se fundem e entram em combustão, transformando-se em uma bola de fogo e chegando à impressionante temperatura de 5 500 °C, que é muito baixa se comparada à temperatura do núcleo do Sol. Todos os planetas do Sistema Solar giram em torno dele. Você sabia?

A fotosfera joga pequenos pedaços de matéria ou partículas, que carregam uma carga elétrica. A corrente de partículas é chamada vento solar.

O Sol

Aurora boreal BRETONES, Paulo Sérgio. Os segredos do sistema solar. São Paulo: Atual, 2011. DRISCOLL, Michael. Céu noturno: uma introdução para crianças. São Paulo: Panda books. Sol. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/article/482600/ Sol>. Acesso em: 25 ago. 2016.

Alain R/Creative Commons

NASA/European Space Agency

O Sol é importante para a nossa vida porque nós não conseguiríamos sobreviver sem ele, pois congelaríamos e, também, as plantas não fariam fotossíntese e não produziriam oxigênio.

O Sol é composto por quatro camadas: núcleo, zona radiativa, zona convectiva e fotosfera ou corona. O núcleo tem a maior temperatura, chegando a até 14 000 000°C, a zona radiativa é onde a radioatividade do núcleo é transportada para depois chegar no exterior do Sol, a zona convectiva é onde se formam grandes colunas de gases que sobem e descem, e, por fim, a fotosfera, que é relativamente fria se comparada com o núcleo, sendo 13 450 000 °C a menos que o núcleo.

Domínio Público/Creative Commons

A grande estrela da vida

Ela se move pelo Sistema Solar à velocidade de 400 quilômetros por segundo e causa interrupções nos sinais de rádio na Terra. O vento solar também provoca faixas de luz, que são as chamadas auroras que aparecem no céu da Terra em distantes regiões do norte (aurora boreal) e do sul (aurora austral). Alguns cientistas acreditam que quando o Sol explodir, daqui a 5 milhões de anos, ele vai se transformar num buraco negro sugando todo Sistema Solar.

Buraco negro

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Alexander Vonbun/ Creative Commons

Domínio público/Creative Commons

Inverno

Primavera

Creative Commons

Guido Gerding/Creative Commons

Outono

Verão

As estações do ano Quais são elas? E como acontecem? Beatriz Neiva Puntoni Olivia Sampaio Fernandes

muito chuvosa e pode provocar enchentes.

As estações do ano ocorrem por causa da luz solar, que atinge de modos diferentes as partes da Terra. Enquanto o ano passa, ocorrem algumas mudanças no tempo, que chamamos de estações. São elas: verão, outono, inverno e primavera.

O outono é a estação do ano que vem depois do verão, nessa época são realizadas muitas colheitas. No Brasil, o outono começa dia 20 ou 21 de março. Diferente do verão, tem menos chuvas e não tem nevoeiros, as plantas ficam com tons amarelados ou avermelhados.

Nossa sensação térmica muda por causa das diferentes estações do ano. Enquanto em um país está frio, no outro está quente. As temperaturas podem subir ou descer. O verão é a estação mais quente e tem dias maiores. Nos dias 21 e 22 de dezembro, ocorre o solstício de verão, quando o dia tem a duração mais longa do ano. Em alguns lugares, é uma época 6 | CIÊNCIA MIRIM

O inverno é a estação que vem depois do outono. No Brasil, o inverno começa no dia 20 ou 21 de junho, é mais frio e tem dias menores. Nessa época, algumas regiões podem chegar a temperaturas abaixo de 0 graus. A primavera é a estação que vem depois do inverno, começando nos dias 22 e 23 de setembro. É quando

muitas árvores e plantas florescem. Nesse período, os dias são mais longos e mais quentes, e acontece o equinócio, ocasião em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Estações do ano

Início

Final

Verão

21/12

19/3

Outono

20/3

19/6

Inverno

20/6

21/9

Primavera

22/9

20/12

Observatório Nacional citado por INMET.

Estação do ano. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/482476/estacao-do-ano>. INSTITUTO NACIONAL DE METEREOLOGIA (INMET). Estações do ano. INMET. Disponível em: <http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r= home2/page&page=estacoesDoAno>. Acessos em: 8 set. 2016.


NASA, ESA/HHT/STScI/AURA/W.Blair, JHU/R.O’Connell, UV

A vida das estrelas Você sabia que uma estrela nasce e morre? Ana Temer Bay Luísa Ivamoto Prado

Uma estrela nasce e brilha por um período, depois deixa de brilhar e morre. O tempo de vida de uma estrela depende do tamanho dela.

Buraco negro

As estrelas são formadas por hidrogênio e poeira que se comprimem em blocos que vão ficando cada vez mais quentes. O hidrogênio se transforma em hélio, e a estrela brilha mais forte. Depois de bilhões de anos, ela consome todo o seu hidrogênio, começa a esfriar e deixa de brilhar.

um buraco negro, sugando tudo o que passar pela sua frente. Uma curiosidade interessante é que daqui a 4,5 bilhões de anos o planeta Terra e todo o Sistema Solar vão acabar, isso é algo comprovado pela ciência, pois o Sol, como todos sabem, é uma estrela. Quem sabe até lá já seremos avançados o suficiente para viajar anos-luz e nos salvar?

Dependendo do tamanho das estrelas, a sua morte será diferente. Uma estrela pequena ou média vai esfriar até a morte, tornando-se uma anã branca (estrela muito pequena e com pouca luz). Uma estrela grande vai se transformar numa supernova, que é uma explosão fantástica. As estrelas gigantes morrem após uma explosão violenta, e depois seu núcleo fica tão pesado que ela passa a ser

Glossário

Creative Commons

Ano-luz: é a velocidade em que a luz caminha no espaço. Essa velocidade é de 9,3 trilhões de quilômetros.

Alain, R/Creative Commons

O Sol

Essa foto é uma cópia de imagem feita pelo telescópio espacial Hubble e mostra um conjunto de mais de 100 mil galáxias. As estrelas amarelas são mais velhas, e as estrelas azuis são mais jovens.

DRISCOLL, Michael. Céu noturno: uma introdução para crianças. São Paulo: Panda Books, 2010. Estrela. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica. com.br/article/482577/estrela>. KOBAYASHI, Eliza. Como nasce e morre uma estrela. Nova Escola. Disponível em: <http://novaescola.org.br/ciencias/fundamentos/ como-nasce-morre-estrela-482674.shtml>. TOLA, José. Atlas de astronomia. São Paulo: FTD, 2007. Acessos em: 25 ago. 2016.

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Os planetas-anões Justin Cowart/Wikimedia Commons

Saiba mais sobre esses pequenos planetas Bruno Wagman Fuchman Lorenzo Suffredini de Biazzi

Planetas-anões são corpos celestes pequenos e de forma esférica que giram em torno do Sol. Foram descobertos por cientistas em 2005. O planeta-anão mais conhecido, Plutão, foi descoberto em 1930. Até 2006, ele era considerado o menor planeta do Sistema Solar, mas, neste ano, os cientistas concluíram que ele não é um planeta. Até hoje, Plutão é conhecido como um planeta-anão. A distância entre Plutão e o Sol é de 5 900 000 000 km, e sua massa é de 0,002 vezes a da Terra. O diâmetro é de 2 300 km. Plutão tem cinco luas: Caronte, Hidra, Nix, Cérbero e Estige. Éris é considerado um planeta-anão desde 2005. Tem a distância em relação ao Sol de 10 300 000 000 km. Sua massa é desconhecida e tem 2 400 km de diâmetro.

Ceres, o menor planeta-anão

O último e menor planeta-anão, Ceres, também considerado um asteroide, encontra-se em um cinturão entre Marte e Júpiter. A distância dele ao Sol é de 415 000 000 km. A massa é de 0,001 vez a da Terra. E, por último, seu diâmetro é de 970 km. Planeta- anão

Massa

Diâmetro

Média do Sol

Desconhecida

2 400 km

10 300 000 000 km

0,001 vez a da Terra

970 km

415 000 000 km

2 300 km

5 900 000 000 km

Éris Céres Plutão

0,002 vez a da Terra

Diâmetro

3 000 2 500 2 000 1 500 1 000 500 0

Massa

0,0025 0,002 0,0015 0,001 0,005

Éris

Ceres

Plutão

0

Ceres

Plutão

Você sabia?

Wikimedia Commons

Existem dois outros planetas-anões. Todos os planetas-anões ficam no Cinturão de Kuiper, um cinturão chato de rochas e objetos gelados, estendendo-se além da órbita de Netuno a aproximadamente 12 bilhões de km do Sol. O primeiro objeto do Cinturão de Kuiper foi descoberto em 1992. Mais de 1 000 deles são conhecidos agora, e acredita-se na existência de muitos outros milhares.

Plutão, o planeta-anão mais conhecido

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MODERNA. Projeto Araribá-ciências. São Paulo: Editora Moderna, 2014. Plutão. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica. com.br/article/482233/Plutao>. Acesso em:6 set. 2016. STOTT, Carole. Espaço: estrelas, planetas, foguetes... Uma viagem pelo universo de tirar o fôlego. São Paulo: Caramelo, 2009.


Lua e mais Lua Um pouco mais sobre o nosso satélite natural

Existem quatro teorias de como a Lua se formou. A primeira teoria explica que a Terra e a Lua se formaram ao mesmo tempo, do mesmo jeito e com as mesmas matérias. A segunda explica que a Lua veio na direção da Terra e elas se juntaram, e uma parte saiu e se transformou na Lua. A terceira explica que, quando a Terra se formou, girava muito rápido então minipedaços saíram da Terra, juntaram-se e formaram a Lua. A quarta é a menos provável, explica que a Lua veio de outra galáxia e acabou atraída pela gravidade da Terra.

Algumas características da Lua: • temperatura máxima de 107ºC; • temperatura mínima de -153ºC; • distância máxima da Terra é de 405 500 km; • distância mínima da Terra é de 363 300 km;

A estrutura da Lua

• massa de 0,0123 vez a da Terra; • 3 476km de diâmetro; • 0,62 da densidade terrestre. Uma pessoa de peso equivalente a 70 kg na Terra pesa apenas 11,6 kg na Lua, devido à baixa gravidade. A Lua tem três camadas. Basicamente o núcleo lunar é composto por ferro e outros metais de modo parecido com a Terra. Ele está rodeado por

ÁTICA. O universo. São Paulo: Ática, 1995. (Atlas Visuais). Lua. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/article/481956/ Lua>. TERRA. Lua tem núcleo similar ao da Terra, revela NASA. Terra, 7 jan. 2011. Disponível em: <https:// noticias.terra.com.br/ciencia/lua-tem-nucleosimilar-ao-da-terra-revela-nasa,c63bc4bdea73731 0VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html>. Acesso em: 25 ago. 2016. Acesso em: 6 set. 2016. TOLA, Jose. Atlas de astronomia. São Paulo: FTD, 2007.

Wikimedia Commons

A Lua tem planícies compostas de lava expelida (cuspida) por vulcões há bilhões de anos atrás. A Lua é formada por rochas e sua superfície tem milhares de buracos chamados crateras. As crateras se formam quando fragmentos de rochas e metais, chamados meteoritos,

colidem com a Lua. Essas colisões (batidas) cobrem a superfície da Lua com pedras e poeira. O primeiro ser humano a pisar no solo lunar foi o famoso norte-americano Neil Armstrong, em 1969.

Uma pessoa de peso equivalente a 70 kg na Terra pesa apenas 11,6 kg na Lua, devido à baixa gravidade.

Wikimedia Commons

Pedro Sussermann André Salmaso

um manto de rochas derretidas, e em cima dele se encontra a crosta. A crosta é coberta por uma camada de resíduos (restos) em forma de poeira e rochas.

A Lua

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NASA/Goddard Space Flight Center

Marte, o planeta vermelho

Conheça as características do planeta vermelho Sonda Marven na órbita de Marte Caio Liberman Salfatis Matheus Sangirardi Harstall Rafael Mazzoleni Gondim

força gravitacional de Marte. Phobos, o maior deles, tem 26, 8 km de diâmetro, enquanto Deimos, o menor, tem apenas 15 km de diâmetro.

Marte é chamado de planeta vermelho por causa da sua cor avermelhada. Isso acontece por causa da grande presença de uma substância conhecida como ferrugem. Esse planeta é um dos mais rochosos do Sistema Solar e tem cerca de metade do tamanho da Terra.

Tem pessoas que acreditam que em Marte habitam seres vivos, mas nós ainda não recebemos nenhuma informação de algum sinal de vida lá, embora esse planeta seja muito parecido com a Terra, pois tem calotas polares, que são montanhas de água congelada. Outro elemento encontrado em Marte é o oxigênio. Além disso, é um planeta sólido, formado por um núcleo de metal e um manto de várias rochas.

Marte tem duas luas (satélites), Phobos e Deimos. Acredita-se que são dois asteroides que foram puxados pela

Você sabia? A pessoa que descobriu água congelada em Marte foi o Lujendra “Luju” Ojha.

NASA/JPL-Caltech/ESA/DLR/FU Berlin/MSSS

Glossário

Água na superfície de Marte

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Asteroide: é um pequeno corpo celeste que gravita em torno do Sol.

BRETONES, Paulo Sérgio. Os segredos do sistema solar. São Paulo: Atual, 2011. Marte. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica. com.br/article/481840/Marte>. Acesso em: 5 set. 2016.


Como se formam as estações do ano

acontece a mesma coisa, mas o verão começa dia 21 ou 22 de julho. • o outono: no Hemisfério Sul, começa dia 20 ou 21 de março. No outono, o Sol incide como na primavera, mais de lado. No Hemisfério Norte, acontece a mesma coisa só que o outono começa dia 22 ou 23 de setembro. • o inverno: no Hemisfério Sul começa dia 21 ou 23 de junho. No inverno, o Sol incide mais de lado do que no outono e na primavera.

Aprenda sobre primavera, verão, inverno e outono Carolina Ribeiro de Almeida Prado Hannah Akemi Oshima Cohen

Você já notou que durante o ano as temperaturas mudam? Isso acontece porque existem estações do ano que fazem o clima se transformar. Você já percebeu que às vezes fica frio ou quente? Isso varia dependendo da posição da Terra. Entenda como isso acontece. Você não deve saber o que é hemisfério, não é? Existem dois hemisférios na Terra: o Sul e o Norte. Cada um deles tem seu lado no planeta, é a linha do equador que divide cada parte.

Existem quatro estações: a primavera, o verão, o outono e o inverno, que começam em dias determinados, mas elas são diferentes em cada hemisfério, por exemplo: • a primavera: no Hemisfério Sul, começa dia 22 ou 23 de setembro. Na primavera, o Sol não incide de frente no hemisfério, ele incide mais de lado. No Hemisfério Norte, acontece a mesma coisa, mas a primavera começa dia 22 ou 23 de março. • o verão: no Hemisfério Sul, começa dia 21 ou 22 de dezembro. No verão, o Sol incide de frente no Hemisfério Sul e por isso fica mais quente. No hemisfério Norte,

Mas não podemos comparar o inverno de um país que fica perto da linha do equador, com um que fica perto do Polo Norte. Quando um país está perto da linha do equador, ele com certeza é mais quente do que um lugar que esteja, por exemplo, perto do Polo Norte. Isso acontece porque o Sol incide de frente para a linha do equador equador e, em um país que esteja próximo a ele, o verão é mais quente dos que estão longe. Glossário Linha do equador: linha imaginária inventada pelos homens para facilitar a divisão da Terra em Norte e Sul.

O eixo da Terra é inclinado. Se a Terra não estivesse inclinada em relação ao Sol, não existiriam as estações do ano. Mas como ela fica inclinada, a cada época do ano, uma parte diferente do planeta recebe a luz do Sol mais diretamente. Por exemplo, quando é verão no Hemisfério Norte, no Hemisfério Sul será mais frio (ou seja, será inverno).

Wikimedia Commons

Então você já sabe que tudo isso acontece por causa da inclinação da Terra, se ela não fosse inclinada nós ficaríamos na mesma estação o ano todo.

Raios de Sol incidindo na Terra, isso forma o dia e a noite

ALMEIDA, Miriam. A nova visão da geografia. 5a série. São Paulo: Nova Geração, 2007. Estação do ano. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/482476/estacao-do-ano>. Acesso em: 26 set. 2016.

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A Lua Saiba tudo sobre o nosso incrível satélite NASA/JPL-Caltech

Texto coletivo - 4o ano B

Há muitas teorias sobre o surgimento da Lua. Uma delas é que, ao passar perto da Terra, ela foi “capturada” pela força gravitacional e passou a orbitar em volta de nosso planeta.

A Lua é o quinto maior satélite do Sistema Solar inteiro, com diâmetro de 3 475 km, mas mesmo assim é quatro vezes menor que a Terra. A distância entre nosso satélite e a Terra é de aproximadamente 384 400 km. Durante o dia, a temperatura lunar é de aproximadamente 110 ºC, à noite, chega a 150º C negativos. Outra característica desse satélite é que ele parece mudar de forma a cada sete dias. A Lua faz um movimento de translação em torno da Terra, e, à medida que se movimenta, apresenta suas diferentes fases. Isso acontece por causa da reflexão do Sol sobre a Lua, já que ela não tem luz própria. As quatro fases da Lua são conhecidas como: nova, quarto crescente, cheia e quarto minguante. Quando a face não iluminada pelo Sol está voltada para a Terra e não conseguimos vê-la, é Lua nova. A Lua crescente acontece logo após a Lua nova, e sua parte iluminada parece aumentar com o tempo. Isso ocorre à medida que ela vai girando em torno da Terra. Já a Lua cheia é o oposto da Lua nova, isso acontece quando ela fica entre o Sol e a Terra, então conseguimos ver toda sua face iluminada. A última fase é a Lua minguante, que é o contrário da

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Alfredo Garcia, Jr/Wikimedia Commons

A Lua é o satélite natural da Terra. Ela tem a forma de uma esfera, ou seja, circular. Sua superfície é repleta de crateras, que são buracos feitos por meteoritos e asteroides. A maioria das crateras lunares tem nomes específicos.

Gregory H. Revera /Wikimedia Commons

Outra possibilidade é que a Lua surgiu quando um asteroide, do tamanho de Marte, colidiu com a jovem Terra, há 4,5 bilhões de anos, lançando uma grande quantidade de escombros (restos) e poeira ao espaço.Tudo isso se transformou em uma grande nuvem de gás, poeira e rochas, que logo começou a esfriar e se juntar, formando a Lua.

Simulação de asteroide colidindo com a Terra

Lua

Eclipse

crescente. Ao invés de crescer, ela vai minguando, ou seja, diminuindo sua parte iluminada pelo Sol, até voltar à fase chamada de Lua nova. As diferentes fases influenciam nos fenômenos das marés. A gravidade da Lua atrai as águas da Terra, fazendo com que a altura das marés varie. A rotação rápida da Lua faz com que os ventos soprem com mais força, tornando as correntes marítimas mais fortes. Outro fenômeno que acontece na Lua é o eclipse lunar, que ocorre quando a Terra está entre o Sol e a Lua, impedindo a luz de chegar até o satélite.

Você sabia? Alunissagem é quando uma nave pousa em um satélite natural. A primeira aconteceu em 20 de julho de 1969. Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar na Lua. A nave utilizada para missão foi Apollo II.

BRETONES, Paulo Sérgio. Os segredos do sistema solar. São Paulo: Atual, 2011. Lua. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica. com.br/article/481956/Lua>. Acesso em: 3 ago. 2016. STOTT, Carole. Espaço: estrelas, planetas, foguetes... Uma viagem pelo universo de tirar o fôlego. São Paulo: Caramelo, 2009.


Gregory H. Revera/Wikimedia Commons

Lua, o nosso satélite natural Texto coletivo - 4o ano F

A Lua, o satélite natural da Terra, é composta por rochas e pó. Um satélite não tem luz própria, assim como planetas do Sistema Solar também não têm. A temperatura, no período em que o Sol a ilumina, chega a 107 °C, e na sombra pode atingir 153°C negativos. A Lua tem crateras formadas por meteoritos que colidiram com ela milhões de anos atrás e tem a forma aproximada de uma esfera, com cerca de 3 500 km de diâmetro. Ela faz a translação em torno da Terra e do Sol, além da rotação em torno de si mesma. O movimento em torno da Terra dura 27 dias, 7 horas e 43 minutos. Para dar a volta ao Sol, como ela acompanha a Terra, leva 365 dias. A Lua tem fases que são formadas por causa da posição em que estão o nosso satélite, a Terra e o Sol. O Sol ilumina a Lua, que reflete a sua luz em direção à Terra. Como a Lua não possui luz própria, dependendo do lado que o Sol a ilumina, nós a enxergamos da Terra de diferentes formas. A Lua completa um ciclo a cada mês (ou 28 dias). Nós visualizamos cada fase por uma semana. As fases são: Lua crescente, Lua cheia, Lua minguante e Lua nova. As marés são influenciadas pela Lua. Isso acontece por causa do movimento do Sol, da Terra e da Lua. Quando a Lua está mais perto do nosso planeta, a força da gravidade dela “puxa” a maré, como se fosse um ímã. Enquanto isso, o outro lado da Terra está com a maré baixa. Os primeiros a notarem isso foram os indígenas, que descobriram que, dependendo da posição do satélite, a maré mudava. Em 1969, no dia 20 de julho, astronautas viajaram até a Lua. O primeiro a pisar em solo lunar foi o americano Neil Armstrong. E ele disse ao chegar: “Este é um peque-

As manchas escuras na Lua são crateras provavelmente formadas por meteoros

no passo para um homem, mas um grande passo para a humanidade”. Neil Armstrong morou em Ohio, nos Estados Unidos, e nasceu em 5 de agosto de 1930. Concluindo, a Lua é muito importante para a nossa vida. Sem ela não existiriam as marés, que influenciam a vida dos pescadores e surfistas. Sem o satélite não existiriam muitas descobertas. Quando acabar a água da Terra, os astronautas talvez possam viajar até a lá e descongelar a água que está presente na superfície lunar. A Lua também é usada para medir o tempo; os povos mais antigos já marcavam quantas luas se passavam e criaram o calendário lunar. Você sabia? • A Lua foi vista pela primeira vez em 1959 com a sonda soviética Luna-2. • Costuma-se dizer que a cachorrinha Laika foi o primeiro ser a orbitar no espaço, isso não é verdade. Os primeiros seres a serem enviados ao espaço foram as moscas-da-fruta. Elas foram com o foguete V-2 capturado dos alemães pelos americanos, após a Segunda Guerra Mundial. • Existem mais de 150 luas na nossa galáxia. BRÖCKELMANN, Helena. Observatório de ciências. São Paulo: Moderna, 2011. MOTTA, Cristiane. Ciências: aprender juntos. São Paulo: Edições SM, 2015. Neil Armstrong. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola. britannica.com.br/article/480666/Neil-Armstrong>. Acesso em: 14 jun. 2016. SARAIVA. Atlas Geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2015. LITVIN, Aníbal. O livro das mentiras. São Paulo:Vergara & Riba, 2016. ALMEIDA, Miriam. A nova visão da Geografia. São Paulo: Nova Geração, 2007. USBERCO, João et al. Companhia de ciências. São Paulo: Saraiva, 2015.

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Como é o planeta Terra?

Domínio público/Creative Commons

O planeta Terra e suas características Terra

Estela Campello Secco Manuela Armesto

Glossário

A Terra, também chamada de planeta azul, é o único planeta que tem atmosfera com gás oxigênio, por isso é o único que é capaz de ser habitado por pessoas. O planeta Terra é uma esfera, ou seja, circular. Se olharmos do espaço, a Terra parece uma grande bola azul. Isso acontece porque tem muita água.

Eixo terrestre: é o nome dado a uma linha imaginária que atravessa o centro terrestre, do Polo Norte até o Polo Sul, isto é, ele atravessa os dois polos geográficos da Terra. Perpendicular: quando as linhas se cruzam. Linha do equador: é o nome dado à linha imaginária traçada sobre a superfície terrestre, que separa os hemisférios norte e sul.

A Terra realiza dois movimentos, um deles se chama rotação.Todos os planetas, satélites e o Sol apresentam um movimento de rotação ao redor de um eixo. O eixo de rotação terrestre é uma linha imaginária que passa pelos polos Norte e Sul e atravessa o planeta no seu centro. Essa linha é chamada de linha do equador. A Terra gira em torno do seu eixo de rotação no sentido anti-horário, quando visto pelo Polo Norte. Para completar uma volta, ela leva 24 horas, esse tempo chama-se período. O período de rotação da Terra é de um dia. Se cortarmos a Terra em duas metades iguais, com um plano perpendicular ao eixo de rotação, chamado planos equatoriais, teríamos dois hemisférios: o Hemisfério Norte e o Hemisfério Sul.

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Enquanto a Terra gira sobre si mesma, ela também realiza um movimento ao redor do Sol, chamado translação. Uma volta completa demora 365 dias, ou seja, um ano. Outra importante característica da Terra são as estações do ano. E, a propósito, vocês sabem o que são e o que elas provocam? De acordo com as diferenças na temperatura, ocorrem quatro estações ao longo de um ano: primavera, verão, outono e inverno. A primavera é uma transição do inverno para o verão, quando os dias começam a esquentar (mas é no verão que os dias realmente esquentam). Na primavera, os dias começam a ficar mais longos que no inverno, também começam a ter o mesmo tempo que a noite. O verão é a estação mais quente do ano e seus dias são mais longos.

Em algumas regiões do nosso país, é uma época muito chuvosa. No Sudeste, por exemplo, há muitas chuvas e enchentes nessa estação. O outono é a estação de transição do verão para o inverno. Por isso os dias começam a ficar mais escuros e frescos que no verão. Na região sudeste é a estação em que muitas colheitas são feitas. Por isso, nessa região, o outono é conhecido como a estação dos frutos. Muitas espécies de plantas começam a perder suas folhas. Já no inverno, os dias são mais frios e mais curtos que no restante do ano, e, por isso, escurece mais cedo, e as noites são mais longas. A região onde é possível perceber características bem definidas no inverno é no Sul do país, isto é, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Nesses lugares, as temperaturas chegam a ficar abaixo de zero graus, e pode nevar. Em nosso país, as características de cada estação do ano não são observadas igualmente em todas as regiões. Na região Norte, por exemplo, não há muita variação na temperatura e na quantidade de chuvas ao longo do ano. Já em outras regiões, o tempo varia de acordo com a estação do ano. Terra. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: http://<www.escola.britanica.com.br>. Escola Vera Cruz. Disponível em: <http://www. veracruz.edu.com>. Acessos em: 31 ago. 2016. DCL. Terra: nosso planeta azul. São Paulo: DCL, 2005.


Mancha luminosa

A Via Láctea vista de lado parece um disco fino, cujo centro forma um enorme bojo de estrelas vermelhas e amarelas. Cerca de 80% da população não consegue ver a Via Láctea por causa da poluição luminosa.

A Via Láctea e suas características para ver o formato em nossa galáxia por inteiro é de outras galáxias, ou seja, de longe.

A Via Láctea é a nossa galáxia. Ela é composta por bilhões e bilhões de estrelas, e a maior delas se chama Pismis 24-1. A forma da nossa galáxia, a Via Láctea, é a de espiral, e a maioria das outras galáxias tem a mesma forma. Os formatos existentes de galáxias, além da espiral, são elíptica e irregular. Existem 200 a 250 bilhões de estrelas na nossa galáxia.

xergavam uma mancha luminosa que parecia com uma estrada de leite. A Via Láctea fica em um aglomerado de outras 40 galáxias, e a maior delas se chama Andrômeda. No centro da Via Láctea existe um buraco negro, a luz do Sol demora cerca de 200 milhões de anos para atravessar o núcleo (centro) da nossa galáxia. As estrelas giram em torno do núcleo da nossa galáxia. Existem no universo pelo menos 50 bilhões delas. Mesmo as menores, são compostas por milhões e milhões de estrelas.

NASA, ESA and the Hubble Heritage Team/Wikimedia commons

O melhor lugar para ver a Via Láctea a olho nu (olho nu é ver da Terra sem nenhum instrumento) é o estado de Minas Gerais, e o melhor lugar

O nome Via Láctea foi adotado pelos gregos antigos. Para eles,Via Láctea significa “estrada do leite”, isso porque quando olhavam o céu en-

Galáxia elíptica

É assim que a nossa galáxia é composta. Você sabia? • Existem mais estrelas no universo do que grãos de areia em todas as praias do mundo. • Embora o buraco negro esteja dormente, há muitos objetos que são sugados por ele violentamente. ÁTICA. O universo. São Paulo: Ática, 1995. (Série Atlas Visuais). Via Láctea. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/481906/Via-Lactea>. Acesso em: 31 ago. 2016. DRISCOLL, Michael. Céu noturno: uma introdução para crianças. São Paulo: Panda Books. 2010. MODERNA. Enciclopédia do estudante. São Paulo: Moderna. 2008. RIDPATH, Ian. Astronomia: guia ilustrado. São Paulo: Zahar, 2007.

Galáxia irregular

NASA, ESA and the Hubble Heritage Team/Wikimedia commons

Uma galáxia é um grupo de estrelas com nuvens de gás e partículas de poeira que se move pelo universo.

NASA, ESA, and The Hubble Heritage Team/Wikimedia commons

Felipe Canto e Oliva Martin Fresnot Torrecillas Miguel Jordon Zanni

No início do século XVII, com a invenção do telescópio, descobriu-se que a luz da Via Láctea consiste na mistura de luzes emitidas por um número muito grande de estrelas. Quanto maior o telescópio utilizado, mais estrelas são vistas.

Galáxia espiral

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NASA/JPL/Wikimedia Commons

Netuno

Netuno Conheça mais sobre o planeta azul

Netuno, conhecido como planeta azul, tem 13 satélites, mas apenas nove estão nomeados. O maior deles é Tritão. Em Netuno ocorrem os ventos mais fortes do Sistema Solar (por enquanto), além disso, foi o primeiro planeta a ser descoberto por meio de cálculos matemáticos. Netuno é conhecido como um dos gigantes gasosos, que são planetas construídos principalmente por gases. Netuno e Urano são praticamente gêmeos, têm diâmetros idênticos, assim como o tamanho de seus anéis. Além disso, Netuno, assim como Urano, pode ser visto a olho nu. Outro fato sobre Netuno é que ele é o planeta mais afastado do Sol.

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Domínio público/Wikimedia Commons

Guilherme de Abreu Sodré Camargo Arthur Pereira Carneiro Cunha

Galileu Galilei

• Galileu Galilei foi o astrônomo que inventou a luneta, primeiro instrumento feito com um tubo com lentes de aumento em seu interior para observar corpos celestes. Ele observou astros como Lua e Júpiter. Antes de sua descoberta, as pessoas acreditavam que a Lua era totalmente lisa, mas com a luneta puderam observar que existiam crateras e montanhas nela. Atualmente os instrumentos para ver o espaço como os telescópios, são feitos com lentes ou espelhos.

Você sabia? • Galileu Galilei nasceu na Itália, no século XVII, era curioso e observador. Gostava muito de Matemática e chegou a dar aulas dessa matéria.

Galileu. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/481341/Galileu>. Acesso em:25 set. 2016. Netuno. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/482024/Netuno>. Acessos em: 25 set. 2016.


Wikimedia Commons

O Sol e os planetas na ordem em que estão no espaço (fora de proporção)

Características dos planetas do Sistema Solar Saiba mais sobre esses planetas!

Os planetas do Sistema Solar são: Júpiter, Marte, Plutão, Terra, Saturno, Urano,Vênus e Mercúrio. Existem planetas gasosos e rochosos. Os planetas gasosos são feitos de gases, pedaços de gelo e poeira; inclusive na parte do anel. Eles são: Saturno, Urano, Netuno e Júpiter. Os rochosos são feitos de rochas na maioria das partes e não têm anéis. Eles são: Terra, Vênus, Marte e Mercúrio. O planeta mais próximo do Sol é Mercúrio, que chega à temperatura aproximada de 461°C de dia e –170°C de noite. Marte é conhecido como planeta vermelho, é menor que a Terra e tem vulcões. Vênus tem a temperatura um pouco acima da de Mercúrio e tem o mesmo tamanho que a Terra. Saturno é famoso pelos anéis formados por gases, é considerado um planeta gasoso.

Terra é o planeta que habitamos e tem um satélite natural, a Lua. Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, possui 16 satélites conhecidos. Urano tem uma atmosfera com coloração azul-esverdeada. Netuno é o planeta que fica mais longe do Sol, sua coloração azul é causada pela composição de sua atmosfera. Planetas

Saturno Júpiter Terra Vênus Marte Netuno Mercúrio Urano

Distância do Sol em UA (unidade astronômica)

9,53 5,20 1,00 0,72 1,52 30,07 0,39 19,19

Tamanho dos planetas

Número de luas

120 536 142 984 12 756 12 104 6 794 49 492 4 879 51 118

de hidrogênio e hélio em altas temperaturas. Se não houvesse o Sol, não haveria vida na Terra, não teríamos luz e temperatura adequada para sobreviver. E sem os planetas não haveria nenhuma descoberta científica, como suas cores, temperaturas, satélites, posição no Sistema Solar, Luas e tempo de rotação.

60 63 1 0 2 13 0 27

Wikimedia Commons

Eduardo Lacerda Daniel Lopes Vieira

Catani; Mota; Britannica Escola Online, 2016.

Você sabia? Marcos Pontes foi o primeiro astronauta brasileiro a orbitar o espaço.

Todos os planetas giram em torno do Sol. O Sol é uma estrela de plasma formada por uma mistura

O Sol ÁTICA. O universo. São Paulo: Ática, 1995. (Série Atlas Visuais). CATANI, André. Para viver juntos: ciências. São Paulo: Edições SM, 2015. MOTTA, Cristiane. Aprender juntos: ciências. São Paulo: Edições SM, 2015. Sistema Solar. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/482537/Sistema-Solar>.Acesso em: 25 ago. 2016.

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NASA/CXC/M.Weiss

Buraco negro

Buracos negros Você sabe o que é um buraco negro? Ian Indio Brasileiro Guerra Lucas Tai Emmanoel Ariel Fischer

O buraco negro é uma estrela que esgota todo o seu combustível, fazendo o seguinte processo: a estrela se empurra para fora de si mesma, enquanto sua gravidade a puxa para dentro de si.

impossível localizá-lo. Tem duas maneiras de fazer isso. A primeira maneira de localizá-lo é observar o que está em volta dele. A segunda, é por meio dos raios-X que eles emitem. Calculando a idade do universo e os anos de vida de uma estrela, estima-se que existam cerca de 10 000 000 buracos negros no universo.

Como dissemos anteriormente, o buraco negro é invisível, mas não é 18 | CIÊNCIA MIRIM

Alain R/Creative Commons

Os buracos negros receberam esse nome porque são invisíveis, nem mesmo a luz pode sair, caso entre neles. Outro motivo de seu nome é porque tudo, tudo mesmo, que passa por perto desse buraco é engolido.

Buraco negro

Você sabia? A Estrela Gigante Azul pertenceu ao nosso Sistema Solar, mas, no ano de 1054, o núcleo da estrela entrou em colapso e, em uma explosão, nasceu um corpo celeste chamado Super Nova. A Super Nova já teve oito vezes o tamanho do Sol. Seu núcleo possuía muita matéria, então um buraco negro apareceu e começou a engoli-la, e, depois disso, o buraco negro ficou maior que a Super Nova, maior que oito sóis.

Buracos negros. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/480801/buraco-negro>. Acesso em: 6 set. 2016.


Netuno, o planeta azul NASA/JPL/Wikimedia Commons

Saiba mais sobre esse grande e espetacular planeta

Vinicius L. Zuanella Leonardo R. Pace

Netuno é um dos oito planetas do Sistema Solar. É um imenso planeta de cor azul, e seu diâmetro aproximado é de 49 250 km.

Netuno

Netuno é um dos planetas conhecidos como gigantes gasosos. Ele é constituído principalmente de gases, hidrogênio e hélio. A pequena quantidade de gás metano é responsável por sua coloração azulada. O planeta não tem superfície sólida. Netuno, devido a sua grande distância do Sol, é um dos planetas mais frios do Sistema Solar. A temperatura média na superfície do planeta varia por volta de –215 °C. Porém o centro desse planeta possui a temperatura semelhante à da superfície solar, podendo chegar a 7 000°C.

Você sabia? Tritão é quase do tamanho da Lua. Acredita-se que ele tenha se formado como um planeta, mas, por causa da gravidade de Netuno, pode ter sido atraído para sua órbita.

Como todos os planetas, Netuno realiza dois tipos de movimento: translação e rotação. Netuno translada (ou viaja em torno do Sol) muito lentamente. Para completar apenas uma volta, leva aproximadamente 165 anos. Em outras palavras, um ano de Netuno equivale a 165 anos da Terra.

Netuno possui 13 satélites (luas), sendo que os maiores são: Tritão (2 700 km de diâmetro), Proteu (418 km de diâmetro) e Nereida (340 km de diâmetro).

Netuno gira rápido ao redor de seu eixo, completando uma rotação em cerca de 16 horas. Assim, um dia de Netuno dura aproximadamente 16 horas.

Wikimedia Commons

Netuno é um planeta muito grande. No entanto, é tão distante que não pode ser visto da Terra a olho nu. Em 1848, o astrônomo alemão Johann Gottfried Galle descobriu Netuno. Apenas uma nave espacial sem tripulação chegou a Netuno: a americana Voyager 2, em 1989.

Camadas de Netuno

BRETONES, Paulo Sérgio. Os segredos do sistema solar. São Paulo: Editora Atual. Netuno. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/482024/Netuno>. Acesso em: 25 ago. 2016. USBERCO, João et al. Companhia das ciências. São Paulo: Editora Saraiva, 2015.

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Wikimedia Commons

Via Láctea

Via Láctea, a nossa galáxia Saiba mais sobre essa galáxia Luiza Ferretti de Sampaio Leite Luiza Vieira Pellaes

A Via Láctea é um conjunto de estrelas, com poeira e nuvens de gases astrais. Sua massa situa-se entre os 750 milhões e 1 bilhão de massas solares, e seu diâmetro é de 100,000 anos-luz. Acredita-se que existam bilhões de galáxias no universo, e a Via Láctea é uma delas. O Sol é uma das estrelas da Via Láctea, que leva 200 milhões de anos para viajar em torno da parte interna dela. 20 | CIÊNCIA MIRIM

No centro da Via Láctea existe um buraco negro, que é uma área com força de gravidade tão forte que impede a própria luz de sair. O Sistema Solar fica dentro da Via Láctea, na borda interna de um dos braços, a 3 mil anos-luz do centro. Nós chamamos a Via Láctea de nossa galáxia, porque o Sistema Solar está situado nela. Glossário Ano-luz: é a distância que a luz atravessa no vácuo em um Ano Juliano. Escape: escapar

Você sabia? • A massa de um buraco negro é várias vezes superior à do Sol. • A velocidade de escape necessária para abandonar um buraco negro é superior à velocidade da luz.

DRISCOLL, Michael. Céu noturno: uma introdução para crianças. São Paulo: Panda Books, 2010. Via Láctea. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/481906/Via-Lactea>. Via Láctea. Wikipédia. Disponível em: <https:// pt.wikipedia.org/wiki/Via_L%C3%A1ctea>. Acessos em: 6 set. 2016.


As estrelas

malmente, conseguimos observar 2 500 estrelas em uma noite boa.

As cores das estrelas mudam de acordo com a temperatura delas. Aprenda mais!

As estrelas são muito interessantes e dá para aproveitar uma noite escura para aprender sobre o universo. Você sabia?

Luiza Arrivabene Rosa Vecchia

As estrelas são grandes bolhas brilhantes de gases muito quentes, são corpos celestes que emitem luz própria. A maioria dos pontos de luz que brilham à noite no céu são estrelas, que estão reunidas em grupos chamados galáxias e só podem ser vistas com telescópio, pois estão muito longe da Terra. Astros que produzem luz são também chamados de astros luminosos. O Sol é um exemplo desse tipo de astro, e os astrônomos acreditam que existam bilhões deles no universo.

As estrelas variam em tamanho, temperatura e cor. A temperatura de uma estrela, assim como seus elementos químicos, a faz brilhar com cores diferentes. As estrelas azuis são as mais quentes e as vermelhas são as mais frias. Conforme o gás queima, ele deixa a temperatura mais quente e a cor da estrela vai mudando. Existem aproximadamente 8 500 estrelas visíveis sem uso de instrumentos para olhar o céu. Conforme a posição da Terra, conseguimos enxergar melhor as estrelas, mas não conseguimos visualizar todas ao mesmo tempo. Isso acontece porque a Terra muda de posição e, dependendo de onde estamos, vemos algumas estrelas e não outras. Nor-

Veja como são linda as estrelas

• Atenção! Não olhe para o Sol diretamente porque você pode sofrer danos irreparáveis nos seus olhos. Só é aconselhável observar o Sol com o uso de filtros especiais que protegem os nossos olhos. • As estrelas parecem que piscam quando a gente olha para o céu. Porém, na verdade, o que pisca não são as estrelas, mas sim as imagens que vemos delas. A luz brilhante desses corpos celestes atravessa mais de 100 quilômetros de atmosfera da Terra antes de chegar aos nossos olhos. Durante esse caminho, os raios de luz da estrela “balançam” e dão a impressão de que estão piscando. • Quanto mais moderno o equipamento de observação, mais fácil é observar as estrelas

ALMEIDA; Miriam. A nova visão da Geografia. São Paulo: Nova Geração, 2007. ÁTICA. O universo. São Paulo: Ática, 1995. (Série Atlas Visuais). Estrela. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/482577/estrela>. Acesso em: 25 ago. 2016.

Alain R/Creative Commons

Michael J. Bennett/Wikimedia commons

O Sol é a estrela mais próxima da Terra e é visto como uma imensa bola brilhante. Ele e o Sistema Solar, do qual faz parte a Terra, compõem a Via Láctea, que é uma galáxia com bilhões de estrelas. O Sol é uma estrela que fica situada no centro do

Sistema Solar, que é somente uma pequena parte de um imenso sistema formado por outras estrelas e corpos celestes.

Estrelas

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A Terra

A temperatura do nosso planeta varia de acordo com as estações do ano, que são: inverno, verão, primavera e outono. O inverno é frio e às vezes neva, já o verão é muito quente, na primavera as flores nascem e é calor como o verão, no outono faz frio, mas não tanto quanto no inverno, as folhas caem, os dias são mais curtos e têm a mesma duração que a noite. Na região Sudeste, é a estação em que várias colheitas são feitas. As mudanças das estações ocorrem por causa do movimento de translação da Terra, quando o planeta gira ao redor do Sol. Esse movimento dura aproximadamente 365 dias e seis horas, ou um ano. Já no movimento de rotação, a Terra gira em torno de si mesma, isso dura 23 horas, 56 minutos e 4,9 segundos,

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Terra

arredondado para 24 horas, ou um dia. Esse movimento faz com que as regiões iluminadas pela luz solar se alterem: quando uma região está iluminada pelo Sol, dizemos que é dia, e, quando não está iluminada, dizemos que é noite. A Terra tem um satélite natural que é chamado de Lua. Ela nasceu de uma parte da Terra. Aconteceu que um asteroide do tamanho de Marte bateu na Terra, lançando matéria ao espaço. A matéria expulsa se transformou em uma nuvem de gás feita de poeira e rocha. A nuvem de gás formou uma rosca em volta da Terra. Partes da rosca se juntaram e formaram a Lua. Quando a Terra está entre o Sol e a Lua, acontece um eclipse lunar porque a Terra está bloqueando a luz do Sol, impedindo-a de chegar até a Lua. A cada dia, a Lua aparece de um jeito diferente.

Nós aprendemos que a Terra é um planeta que parece uma bola azul, e que tem vida. Tem um satélite natural e as estações do ano. Seus movimentos são a rotação e a translação. Aprendemos que a Terra é um planeta muito especial, porque tem temperaturas médias e importantes condições para existir vida.

Gregory H. Revera /Wikimedia Commons

A Terra parece uma bola azul, tem a superfície rochosa e redonda. É o terceiro planeta a partir do Sol. As partes amarronzadas da Terra são as formações terrestres, as brancas são nuvens e gelo, e as partes azuis são água. A Terra também tem uma superfície de gás e é o único planeta que tem vida por causa da água e do ar. O nosso planeta tem a temperatura de aproximadamente 16 graus e uma boa distância de luz. A Terra não é tão fria como Netuno e nem tão quente como Vênus. Nosso planeta tem a crosta que se move devido às correntes que sobem e descem. A Terra tem mil quilômetros de diâmetro e está no Sistema Solar.

Domínio Público/Creative Commons

Luisa Momesso Monteiro Heloisa Golin Ribeiro Lima

Lua Terra. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britanica.com.br/ artide/48186/terra>. Escola Vera Cruz. Disponível em: <http://www. veracruz.edu.com>.


Planetas visíveis a olho nu

Júpiter pode ser visto a qualquer hora durante a noite. Uma característica constante na atmosfera dele é uma mancha vermelha, chamada olho de Júpiter, onde caberiam quatro planetas iguais à Terra. Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar e 11 vezes maior que o nosso planeta.

NASA/JPL/University of Arizona

Você sabia que existem mais planetas visíveis a olho nu do que planetas visíveis apenas com instrumentos? Maria Luiza Dall’Acqua Diogo de Faria Victoria Teizen Pullin

Júpiter

Vênus

Marte pode ser observado a cada 26 meses, quando passa mais perto da Terra. Ele é o planeta que tem o maior vulcão do Sistema Solar, o Monte Olimpo, com 23 km, mas já está extinto.

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar, com aproximadamente 120 600 km, e seu diâmetro é 9,4 vezes maior que a Terra. É composto por uma camada de gases, principalmente por hidrogênio e hélio. Saturno é o último planeta visível a olho nu. Ele é muito leve para o seu tamanho e até flutuaria se fosse posto na água.

NASA / JPL / Space Science Institute

NASA/JPL

NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/ Carnegie Institution of Washington

Muita gente pensa que o único planeta visível sem instrumento é Vênus. Mas isso não é verdade, os planetas visíveis a olho nu são: Mercúrio, Marte, Júpiter, Saturno e Vênus!

Mercúrio

Mercúrio é o planeta mais difícil de se enxergar, só podemos observá-lo no período de uma hora e meia antes do nascer do Sol até uma hora e meia após o pôr do Sol. Mercúrio demora 58,6 dias terrestres para fazer uma rotação completa em torno de si.

NASA and The Hubble Heritage Team (STScI/AURA)

Vênus é o planeta mais brilhante e só pode ser observado nos mesmos horários que Mercúrio. A temperatura média de Vênus é de 462°C.

Saturno

Marte

Concluindo, não importa o tamanho do planeta para que ele possa ser observado a olho nu, basta saber o local, a hora e onde o céu tem menos poluição luminosa. BRETONES, Paulo Sérgio. Os segredos do sistema solar. São Paulo: Atual, 2011. DRISCOLL, Michael. Céu noturno: uma introdução para crianças. São Paulo: Panda Books, 2010. Sistema solar. MODERNA. Projeto Araibá – Ciências. São Paulo: Moderna, 2010. MOTTA, Cristiane. Aprender juntos: ciências. São Paulo: Edições SM, 2015.

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NASA/JPL/University of Arizona

NASA/JPL/Space Science Institute

Júpter

Saturno

Curiosidades de Júpiter e Saturno Júpiter e Saturno? O que eles são, como são?

Mariana Pimentel Dall’ Acqua

Júpiter e Saturno são os maiores planetas do Sistema Solar. Saturno é imenso, com diâmetro (distância entre dois pontos da superfície, passando pelo centro) de cerca de 120 600 km. E Júpiter, aproximadamente, 143 000 km, o que faz com que ele seja o maior planeta já descoberto. Júpiter é formado principalmente por gases. Ele é famoso pela enorme “mancha vermelha”, que é um furacão maior que a Terra, criado por ventos muito fortes. Essa famosa mancha existe há mais de 300 anos. Saturno também é formado por gases, tem arcos belos e grandes, feitos por uma enorme quantidade de partículas de poeira e gelo. Seus arcos,

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também chamados de anéis, são admirados no mundo todo. Saturno, com 60 satélites, está a 1,4 bilhões de quilômetros distante do Sol. Júpiter tem 63 satélites e sua distância média em relação ao Sol é de 777 milhões de quilômetros, assim ele é o quinto planeta do Sistema Solar, seguido por Saturno e o restante dos planetas.

formados por gases, são feitos de rochas. A Terra, por exemplo, é um planeta rochoso. Várias pessoas não sabem, mas a maioria dos planetas foi descoberta por Galileu. Esse grande astrônomo descobriu vários planetas do Sistema Solar. Saturno e Júpiter também foram descobertos por ele.

Glossário

Você sabia?

Satélites: pequenos corpos celestes que foram atraídos pela gravidade dos outros planetas.

Júpiter foi descoberto por Galileu no século XVII.

Júpiter e Saturno são planetas gasosos. Isso porque sua massa é formada principalmente por gases. Mas não existem só planetas gasosos. Grande parte dos planetas são rochosos, ou seja, ao invés de serem

BRETONES, Paulo Sérgio. Os segredos do sistema solar. São Paulo: Atual, 2011. Júpiter. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/481629/Jupiter>. Saturno. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/482460/Saturno>. Acessos em: 6 set. 2016.


Cometas David Gill/ Wikimedia Commons

Cometa é o menor corpo do Sistema Solar e possui uma estrutura física dividida em três partes: núcleo, cabeleira (ou coma) e cauda As partes do cometa

O cometa Halley passa pela Terra de 76 em 76 anos.A sua última aparição ocorreu em 1986 e sua próxima será em 2061. Ele recebeu o nome de Halley em homenagem a Edmond Halley, um astrônomo que viveu de 1607 a 1742. Ele aplicou as leis da gravitação universal de Newton e determinou a órbita do cometa, prevendo o seu retorno para 1758, o que realmente aconteceu. Isso o fez imaginar que talvez o cometa estivesse numa grande órbita em torno do Sol. Essa órbita aproximava o cometa da Terra a cada 76 anos. Se tivesse vivido um pouco mais, Halley certamente teria visto com satisfação o cometa reaparecer no final de 1758. Desde então, o cometa ficou conhecido como Halley.

Você sabia? • Asteroide não é cometa. Um asteroide é um corpo rochoso, composto por minerais e metais, que orbita no nosso Sistema Solar. Já o cometa é uma bola de poeira e gelo.

Nome Quadrantídeos Aquarídeos Perseídeos Geminídeos

Frequência 40 por hora 20 por hora 30 por hora 50 por hora

Data aproximada 3 de janeiro 4 de maio 12 de agosto 13 de dezembro

Britannica Escola Online, 2016; Driscoll; O universo; Tola.

Algumas pessoas acreditam que os asteroides foram responsáveis pela morte dos dinossauros, 65 bilhões de anos atrás. Há uma teoria sobre um asteroide gigante que se chocou contra a Terra, causando uma grande explosão. Os dinossauros que não morreram imediatamente sucumbiram algum tempo depois. Supõe-se que uma nuvem cobriu todo o planeta após a colisão com o asteroide, mudando o clima e tornando impossível a vida, não apenas para os dinossauros, mas para muitos outros seres vivos. Muita gente se pergunta o que aconteceria se a Terra fosse atingida por um asteroide gigante. Os astrônomos não podem garantir que isso nunca irá acontecer, mas estão sempre de olho nos asteroides que passam perto da Terra. Não há previsão de nenhum de grandes dimensões para tão cedo, pelo menos nenhum como o que destruiu os dinossauros.

Edmond Halley

NASA/W. Liller

Cometa é um pequeno corpo celeste composto de poeira e gelo e que gira em torno do Sol. Existem bilhões no Sistema Solar, mas a maioria passa longe da Terra. Sua parte principal, que fica no centro, é o núcleo, uma esfera feita de água congelada, gases, poeira e fragmentos de rochas. E as outras partes são a cabeleira, ou coma, e a cauda.Ao chegar mais perto do Sol, o cometa cria a cauda e a coma, por causa da energia e das inúmeras partículas desprendidas pelo Sol. Quando ele se afasta do Sol, volta a ter somente o núcleo.

• Algumas chuvas de meteoros são famosas e acontecem todos os anos:

Mahlum/Wikimedia Commons

Marina Beltrão Laís Dezordi de Oliveira

Cometa avistado por Edmond Halley

ÁTICA. O universo. São Paulo: Ática, 1995 (Série Atlas Visuais). Cometa. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola. britannica.com.br/article/481026/cometa>. Acesso em: 25 ago. 2016. DRISCOLL, Michael. Céu noturno: uma introdução para crianças. São Paulo: Panda Books, 2010. TOLA, José. Atlas de astronomia. São Paulo: FTD, 2007.

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Alain, R/Creative Commons

Você sabe do que é formada a estrela? Rafael Chave Anna Carolina D’Angelo Costa Morellato

A estrela é formada de uma grande esfera de gás brilhante e quente, que se mantém unida pela gravidade, e também é feita de poeira. Esses gases são geralmente hidrogênio e hélio, acompanhados de pequena quantidade de outros elementos. NASA/European Space Agency

O sol é a estrela mais próxima da Terra! DRISCOLL, Michael. Céu noturno: uma introdução para crianças. São Paulo: Panda Books, 2010. Estrela. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/article/482577/estrela>. Acesso em: 6 set. 2016.

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Sol


Conheça as constelações que ficam no nosso Sistema Solar

Rafael Della Coletta Depine Gustavo Vieira Pellaes

Antigamente, uma constelação era considerada um agrupamento de estrelas que formava uma figura, por exemplo, um escorpião, leão, capricórnio, caranguejo, sagitário, câncer etc.

Constelação: é um agrupamento de estrelas. Cada grupo é identificado por uma figura que as pessoas imaginaram ao ver essas estrelas. O ser humano, desde antigamente, tem curiosidade sobre o céu estrelado. Isso pode ser visto em registros deixados em desenhos e nas construções antigas. O céu era observado com certo espanto, receio, admiração e respeito. Antigamente, os homens não sabiam o que acontecia no céu, então eles imaginavam que o que viam era uma coisa divina. Portanto, as constelações foram inventadas pelo ser humano. Cada povo tinha as suas próprias constelações. Às vezes, coincidia que quase o mesmo conjunto de estrelas tinha nome e significado diferentes para diversos povos.

Constelação de Andrômeda

Hoje em dia os astrônomos usam as constelações para ajudar a localizar estrelas específicas. Mas uma pessoa que olhar para o céu do mesmo ponto toda noite verá diferentes constelações em diversas épocas do ano. Isso acontece porque a Terra se move (mesmo que você não perceba), e, por isso, também nos movemos com ela. Então, a cada hora conseguimos enxergar uma parte diferente do céu. Você sabia? Os signos do zodíaco têm o nome de algumas constelações. CLÁVIA, Ariana França. Conhecendo as constelações. Observatório Astronômico Frei Rosário, UFMG, 31 out. 2010. Disponível em: <http://www.observatorio.ufmg.br/dicas13.htm>. Acesso em: 25 ago. 2016. Constelação. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola.britannica.com.br/ article/481045/constelacao>. Acesso em: 25 ago. 2016. MODERNA. Enciclopédia do Estudante. São Paulo: Moderna, 2008. TOLA, José. Atlas de astronomia. São Paulo: FTD, 2007.

NASA/JPL-Caltech/UCLA

Depois de 1930, passou-se a considerar que uma constelação era um agrupamento de estrelas mais algumas outras ao redor. Para isso, dividiram o céu em 88 partes, e todas as estrelas que estavam dentro da região de uma antiga constelação também começaram a fazer parte dela. Quem criou essa classificação foi Eugene J. Delporte com intenção de melhorar o jeito de enxergar e mapear o céu.

Glossário

Creative Commons

Constelações

Constelação de Escorpião

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Observando o céu Pierre Borel/Wikimedia Commons

Quais são os instrumentos que usamos para ver o céu? E quem os inventou?

Gabriela Dalcanale Sofia Fecchio

Isaac Newton foi quem inventou o telescópio refletor, ele é um dos cientistas mais conhecidos do mundo. Hans Lipershei e Galileu Galilei também são muito conhecidos pela maioria do mundo pelas suas descobertas e criações. Hans Lipershei inventou o telescópio refrator em 1608, e o italiano Galileu Galilei aperfeiçoou esse telescópio e usou-o para ver a Lua. Você sabia? • O telescópio refrator é também conhecido como luneta. • No princípio, o telescópio refrator era usado apenas para avistar os navios na guerra e não para ver o céu e a Lua. • Antigamente as pessoas observavam o céu apenas a olho nu.

Existem dois tipos de telescópios ópticos, o refrator e o refletor. O refrator é um tubo com dois tipos de lentes. O refletor é um tubo com dois tipos de espelho e uma lente. Também existe o radiotelescópio, mas não é um telescópio óptico. Ele capta ondas de rádios emitidas pelos corpos celestes e as converte em sinais elétricos, que podem ser usados para reproduzir imagens. O telescópio amador é usado por observadores comuns. Esse tipo de telescópio é menos tecnológico que os científicos, mas já existem alguns que são um pouco mais desenvolvidos, controlados por computadores. 28 | CIÊNCIA MIRIM

Hans Lipershei

Hubble foi um telescópio espacial que ficou 17 anos tirando fotos dos cantos mais obscuros e jamais vistos do universo, o primeiro telescópio espacial lançado pela Nasa. Telescópios espaciais, como o Hubble, têm a vantagem de produzir imagens que não são deformadas pela atmosfera terrestre, porque ficam no espaço. Existe um grande problema quando observamos o céu das cidades à noite: poluição luminosa. Você não sabe o que é poluição luminosa, não é? Poluição luminosa é uma poluição causada pela luz em excesso. Você já deve ter reparado, quando sai de casa à noite, que na cidade tem muitos postes de luz e decorações luminosas. Isso acaba prejudicando a observação dos cientistas e até dos observadores amadores, porque quando olhamos para o céu, com muita luz, essa poluição nos impede de observar. Mas isso não prejudica só a observação, essa poluição prejudica também os animais: os pássaros, por exemplo, seguem o brilho das estrelas na fase imigratória, mas com a poluição luminosa podem se perder do seu bando e não completar o processo de imigração ou até podem bater em prédios ou em outras construções, o que pode levá-los à morte. É interessante poder ver o céu, não? ÁTICA. O universo. São Paulo: Ática, 1995. (Série Atlas Visuais). BRETONES, Paulo Sérgio. Os segredos do sistema solar. São Paulo: Atual, 2011. RIDPATH, Ian. Astronomia: guia ilustrado. São Paulo: Zahar, 2007. Telescópio. Britannica Escola Online, 2016. Disponível em: <http://escola. britannica.com.br/article/482653/telescopio>. Acesso em: 25 ago. 2016.


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