Tesauro de Cerveja

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CERVEJA

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Escola de Comunicações e Artes Trabalho final da disciplina “Linguagens Documentárias II” Prof. Dra. Marilda Lopes Ginez de Lara Período Noturno Tesauro sobre cerveja Membros do grupo: Carla Barreto Bonomi Cristiano Nunes Jaqueline Carou Priscila Freitas

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Tesauro O

termo “tesauro”, que significa vocabulário ou dicionário, aparece pela primeira vez no dicionário analógico de Peter Mark Roget.. Publicado em Londres em 1852 e intitulado “Thesaurus of English words

agrupar as palavras de acordo com as ideias que exprimem e não em ordem alfabética, desenvolvendo

and phrases” o dicionário foi concebido por Roget para

um modo sistemático completamente novo de organização. O fato de Roget ter nomeado de “thesaurus” seu dicionário acabou associando o termo a esse novo método. Tal ferramenta documentária tem como função ou objetivo “representar os assuntos documentos e das solicitações de busca”, facilitando a recuperação da informação, pois sua estrutura permite que o usuário encontre o conceito ou ideia que procura a partir de um termo de seu conhecimento, mesmo que não seja o mais adequado ou exato. A demanda da organização de

necessidade de se utilizar um vocabulário controlado bem estruturado, associativo e específico.

um grande número de documentos trouxe a

A eficácia de um índice temático como meio para identificar e recuperar documentos depende de uma linguagem de indexação bem construída, portanto, é fundamental a escolha de termos ou descritores para representar conceitos ou ideias considerando o contexto geral da área no qual o termo está inserido e o contexto específico no qual o termo aparece. Para tal finalidade, foram elaboradas normas a serem utilizadas para garantir a consistência da terminologia e da construção do tesauro: Norma de Harmonização de conceitos e termos (ISSO 860) e principalmente a Norma Internacional de Elaboração de Tesauros Monolíngues (ISO 2788).

Um termo apenas deve ser elencado para descrever um conceito. O termo escolhido Tesauro Cerveja 5


deve ser bem definido apresentando as características do conceito a qual se refere o, que acontece quando se tem o domínio do conceito. O conjunto das características de um conceito é denominado de intensão: quanto mais características possuir um conceito, maior sua intensão e mais específico ele se torna. O restante dos termos sinônimos é chamado de remissivas e remetem para o termo principal escolhido pelo autor.

um conjunto de termos de um domínio especifico do conhecimento, as relações entre eles e o conjunto de suas remissivas. Gomes define Tesauro como “Linguagem documentária dinâmica que contém termos relacionados semântica e logicamente, cobrindo de modo compreensivo um domínio do conhecimento” (GOMES, 1990, p.16). O Tesauro é composto por

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Metodologia para a construção do Tesauro 1. 2. 3. 4. 5.

Definição do campo conceitual básico sob o qual deve se estruturar o Tesauro e bibliografia relevante, ou seja, o assunto do Tesauro. Levantamento dos termos pertinentes e que em conjunto resumam a área do conhecimento: na bibliografia relevante da área selecionada e em tabela de classificação. Estruturação dos conceitos definindo as relações existentes entre os termos: categorização dos termos e relacionamento entre os conceitos (logico, analítico, de oposição, ontológico, de sucessão, de efeito) Controle de vocabulário: estabelecimento de relações de equivalência ou diferenciação entre os termos. Apresentação dos termos em ordem sistemática (evidenciando as relações hierárquicas) ou gráfica acompanhando a apresentação alfabética (tradicional)

Fontes de informação

OLIVIER, G. A mesa do mestre cervejeiro: descobrindo os prazeres das cervejas e das comidas verdadeiras. São Paulo: Senac, 546 p.

OLIVIER, G. A mesa do mestre cervejeiro: descobrindo os prazeres das cervejas e das comidas verdadeiras. São Paulo: Senac, 546 p.

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A Cerveja A cerveja é uma bebida alcóolica carbonatada que possui em sua base diversos cereais fermentados, principalmente a cevada e o trigo e possui os mais diversos estilos que são diferenciados por tipo de fermentação, cereal, método de produção etc. Acredita-se que a cerveja tenha sido criada entre 9 e 10 mil anos atrás na região da Mesopotâmia ou da China (HAMPSON, 2013, p. 10) e tem sido parte importante de diversas culturas até hoje. Entre os processos de fabricação e ingredientes está a produção do malte que é feito a partir de cereais, principalmente a cevada e o trigo, a adição do lúpulo que é responsável pelo amargor da cerveja, a adição da levedura que é o organismo vivo que será responsável por um tipo específico de fermentação que resultará em estilos diferentes de cerveja, a brasagem que é a etapa na qual a levedura adicionada irá transformar a mistura dos ingredientes anteriores em cerveja, a fermentação, a filtração e envasamento (OLIVER, 2012). Os estilos e sub-estilos de cervejas são definidos durante o processo de fabricação devido a

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diversos fatores como escolha da levedura, do tipo de malte, tipo de fermentação e podem ser divididos em duas grandes categorias de cervejas, a Ale e a Lager. A cerveja tipo Ale é feita a partir da levedura do tipo Sacchamoryces Cerevisae e a do tipo Lager com a levedura do tipo Sacchamoryces Uvarum. A levedura Ale é a mais antiga na fabricação de cerveja. Sua fermentação é mais rápida e feita a temperaturas mais altas, entre 17°C e 24°C enquanto a cerveja Lager pode ser considerada nova, surgida no século XIX, possui fermentação mais demorada e feita entre 7°C e 13°C (OLIVER, 2012). Essa diferenciação de leveduras cria estes dois estilos de cervejas distintos com sabores e sub-estilos também distintos. Essa riqueza de sabores e estilos da cerveja, que pode ser muito mais que uma bebida de bar mas também uma bebida sofisticada para harmonização com comidas e sobremesas rivalizando com o vinho, rendeu um número total de (inserir o número de termos que vamos utilizar) termos que foram organizados no tesauro tendo por base os dois grandes estilos de cervejas, o eslito Ale e o estilo Lager.

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Vocabulário de cerveja AGUA TG1: INGREDIENTES TG2: CERVEJA ALE TE1: ALTIBIER TE1: BARLEY WINE TE1: BROWN ALE TE1: KÖLSCH TE1: LAMBIC TE2: FRAMBOISE TE2: GUEUZE TE2: KRIEK TE1: MILD ALE TE1: OLD ALE TE1: OUD BRUIN TE1: OUD RED ALE TE1: PALE ALE TE2: INDIA PALE ALE TE1: PORTER TE2: STOUT TE3: IMPERIAL STOUT TE1: ROUCHBIER TE1: SAISON TE1: STRONG GOLDEN ALE TE1: TRAPISTA TE2: DUBBEL TE2: TRIPEL TE1: WEISSBIER TE2: BERLINER WEISSE TE2: WITBIER TG1: CERVEJA TR: SACCHAROMYCES CEREVISAE NE: Estilo de cerveja originário da Inglaterra, mai amarga que as cervejas do tipo Lager, costuma ter uma coloração âmbar. ALTIBIER TG1: ALE TG2: CERVEJA BARLEY WINE TG1: ALE TG2: CERVEJA NE: Cerveja criada para a elite, tinha a pretensão de rivaliza com o vinho em termos de sofisticação.

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BERLINER WEISSE TG1: WEISSBIER TG2: ALE TG3: CERVEJA BOCK TE1: DOPPELBOCK TG1: LAGER TG2: CERVEJA BROWN ALE TG1: ALE TG2: CERVEJA CERVEJA TE1: ALE TE2: ALTIBIER TE2: BARLEY WINE TE2: BROWN ALE TE2: KÖLSCH TE2: LAMBIC TE3: FRAMBOISE TE3: GUEUZE TE3: KRIEK TE2: MILD ALE TE2: OLD ALE TE2: OUD BRUIN TE2: OUD RED ALE TE2: PALE ALE TE3: INDIA PALE ALE TE2: PORTER TE3: STOUT TE4: IMPERIAL STOUT TE2: ROUCHBIER TE2: SAISON TE2: STRONG GOLDEN ALE TE2: TRAPISTA TE3: DUBBEL TE3: TRIPEL TE2: WEISSBIER TE3: BERLINER WEISSE TE3: WITBIER TE1: INGREDIENTES TE2: AGUA TE2: LEVEDURA TE3: SACCHAROMYCES CEREVISAE TE3: SACCHAROMYCES UVARUM TE2: LUPULO TE2: MALTE TE3: CEVADA TE3: TRIGO

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TE1: LAGER TE2: BOCK TE3: DOPPELBOCK TE2: DORTMUNDER TE2: DUNKEL TE2: HELLES TE2: MÄRZEN TE2: OKTOBERFEST TE2: PILSEN TE2: SCHWARZBIER TE2: STEAN BEER TE2: VIENNA

CEVADA TG1: MALTE TG2: INGREDIENTES TG3: CERVEJA TR: INGREDIENTES DOPPELBOCK TG1: BOCK TG2: LAGER TG3: CERVEJA TR: LAGER DORTMUNDER TG1: LAGER TG2: CERVEJA DUBBEL TG1: TRAPISTA TG2: ALE TG3: CERVEJA DUNKEL TG1: LAGER TG2: CERVEJA FRAMBOISE TG1: LAMBIC TG2: ALE TG3: CERVEJA NE: Com sabor framboesa GUEUZE TG1: LAMBIC TG2: ALE TG3: CERVEJA NE: Lambic maturada mais lambic em fermentação HELLES TG1: LAGER TG2: CERVEJA 12 Tesauro Cerveja


IMPERIAL STOUT TG1: STOUT TG2: PORTER TG3: ALE TG4: CERVEJA INDIA PALE ALE TG1: PALE ALE TG2: ALE TG3: CERVEJA NE: Apesar do nome, a India Pale Ale foi criada na Inglaterra com uma maior concentração de lúpulo que a Pale Ale para que pudesse ser conservada e suportasse uma viagem de quatro a cinco meses até a India. Como resultado, esta cerveja possui um amargor mais acentuado em seu sabor. INGREDIENTES TE1: AGUA TE1: LEVEDURA TE2: SACCHAROMYCES CEREVISAE TE2: SACCHAROMYCES UVARUM TE1: LUPULO TE1: MALTE TE2: CEVADA TE2: TRIGO TG1: CERVEJA TR: CEVADA TRIGO KÖLSCH TG1: ALE TG2: CERVEJA NE: Com sabor cereja. KRIEK TG1: LAMBIC TG2: ALE TG3: CERVEJA NE: Com sabor cereja LAGER TE1: BOCK TE2: DOPPELBOCK TE1: DORTMUNDER TE1: DUNKEL TE1: HELLES TE1: MÄRZEN TE1: OKTOBERFEST TE1: PILSEN TE1: SCHWARZBIER TE1: STEAN BEER TE1: VIENNA TG1: CERVEJA TR: DOPPELBOCK

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SACCHAROMYCES UVARUM

LAMBIC TE1: FRAMBOISE TE1: GUEUZE TE1: KRIEK TG1: ALE TG2: CERVEJA NE: O estilo mais antigo de cerveja, sofre fermentação espontânea provocada por bactérias e leveduras selvagens. LEVEDURA TE1: SACCHAROMYCES CEREVISAE TE1: SACCHAROMYCES UVARUM TG1: INGREDIENTES TG2: CERVEJA NE: Organismo fermentador LUPULO TG1: INGREDIENTES TG2: CERVEJA NE: Flor que empresta qualidades conservantes naturais à cerveja e lhe fornece amargor. MALTE TE1: CEVADA TE1: TRIGO TG1: INGREDIENTES TG2: CERVEJA NE: Cereal germinado e posteriormente ressecado. MÄRZEN TG1: LAGER TG2: CERVEJA MILD ALE TG1: ALE TG2: CERVEJA OKTOBERFEST TG1: LAGER TG2: CERVEJA OLD ALE TG1: ALE TG2: CERVEJA NE: A princípio, a Old Ale e a Barley Wine eram sinônimos, mas ao longo do último século foram divergindo. Old Ale seria uma Barley Wine envelhecida, porém atualmente o termo tornou-se genérico.

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OUD BRUIN TG1: ALE TG2: CERVEJA


OUD RED ALE TG1: ALE TG2: CERVEJA PALE ALE TE1: INDIA PALE ALE TG1: ALE TG2: CERVEJA PILSEN UP: PILSNER TG1: LAGER TG2: CERVEJA NE: Estilo mais popular do mundo. PILSNER USE: PILSEN PORTER TE1: STOUT TE2: IMPERIAL STOUT TG1: ALE TG2: CERVEJA NE: No início do século XVIII era comum nos pubs ingleses a mistura de uma ou mais cervejas em um único copo. A Porter foi criada para imitar o sabor da mistura de 3 cervejasmuito populares na época, a Old Ale, a Mild Ale e a Pale Ale e tornou-se a cerveja favorita dos trabalhadores portuários de Londres, de onde tirou seu nome. ROUCHBIER UP: SMOKED BEER TG1: ALE TG2: CERVEJA NE: Cerveja defumada. SACCHAROMYCES CEREVISAE TG1: LEVEDURA TG2: INGREDIENTES TG3: CERVEJA TR: ALE SACCHAROMYCES UVARUM TG1: LEVEDURA TG2: INGREDIENTES TG3: CERVEJA TR: LAGER SAISON TG1: ALE TG2: CERVEJA Tesauro Cerveja 15


SCHWARZBIER TG1: LAGER TG2: CERVEJA SMOKED BEER USE: ROUCHBIER STEAN BEER TG1: LAGER TG2: CERVEJA STOUT TE1: IMPERIAL STOUT TG1: PORTER TG2: ALE TG3: CERVEJA NE: Descendente direta da Porter, possui um sabor mais forte e torrado que sua progenitora. De todos os estilos de cerveja, nenhum é tão associado a uma marca específica quanto a Stout é associada à Guinness. STRONG GOLDEN ALE TG1: ALE TG2: CERVEJA TRAPISTA TE1: DUBBEL TE1: TRIPEL TG1: ALE TG2: CERVEJA NE: Estilo de cerveja produzido até hoje em abadias. TRIGO TG1: MALTE TG2: INGREDIENTES TG3: CERVEJA TR: INGREDIENTES TRIPEL TG1: TRAPISTA TG2: ALE TG3: CERVEJA VIENNA TG1: LAGER TG2: CERVEJA WEINZENBIER USE: WEISSBIER

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WEISSBIER UP: WEINZENBIER TE1: BERLINER WEISSE TE1: WITBIER TG1: ALE TG2: CERVEJA NE: O tipo mais popular da cerveja de trigo. WITBIER TG1: WEISSBIER TG2: ALE TG3: CERVEJA .

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Referências AUSTIN, Derek; DALE, Peter. Diretrizes para o estabelecimento e desenvolvimento de tesauros monolíngues. Brasília: Ibict/SENAI, 1993 CAMPOS, M. L. A. ; GOMES, Hagar E . Tesauro e normalização terminológica: o termo como base para intercâmbio de informações. Datagramazero, Rio de Janeiro, v. 5, n. 6, dez. 2004. Disponível em: <http://www. dgz.org.br/dez04/Art_02.htm>. Acesso em: 15 de novembro de 2014. GOMES, Hagar Espanha. et alii. Manual de Elaboração de Tesauros Monolíngues. Brasília: CNPq/PNBU, 1990.

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