Humanização dos ambientes de nascer

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA assiste, uma mudança no ‘que fazer’ diante do sofrimento de outro humano” (DINIZ, 2005 apud SILVEIRA, 2006). Já um ambiente humanizado deve levar em conta a percepção do usuário no processo projetual. Para Bitterncourt (2008), “[...] a concepção do desenho é, portanto, iniciada quando além de considerar as necessidades físico-funcionais da edificação e a atenção aos cuidados de saúde, incorpora a necessidade ambiental de seus clientes”. No caso de maternidades, os ambientes devem estar adaptados às necessidades e sensibilidades das mulheres gestantes. Recomenda-se trabalhar através de um processo criativo de planejamento, elementos que desvinculem o espaço da rigidez e do tecnicismo dos

equipamentos médicos, de forma a tornar o ambiente menos opressor. Um exemplo prático desse movimento são os Centros de Nascer Independentes (Freestanding Birthing Centers) surgidos nos anos 80. Centros de Nascer Independentes são “[...] qualquer estabelecimento de saúde, lugar ou instituição que não é um hospital e onde os nascimentos são planejados para ocorrerem longe da residência da mãe” (THE AMERICAN INSTITUTE OF ARCHITECTS, 2006). Apesar de eventualmente instituições hospitalares adotarem erroneamente a nomenclatura Centros de Nascer para suas alas obstétricas, tecnicamente esses são instalações não-hospitalares organizadas para pro-

Figura 11, 12 e 13. Imagens representando o parto como experiência relacionada ao bem-estar e não uma patologia. Fonte (da esq. para a dir.): Stephanie Sunderland, 2013; Jessica Cudzilo, 2009; David Crowford, 2010.

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