Sollicitare n.º 13

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DELEGAÇÕES

“A RELAÇÃO MANTIDA COM OS COLEGAS É MUITO POSITIVA E GRATIFICANTE, COMPENSANDO O ESFORÇO DESPENDIDO” Entrevista com Joaquim António Vicente de Matos, PRESIDENTE DA DELEGAÇÃO DO CÍRCULO JUDICIAL DE ALMADA

Na sua opinião, como descreveria o papel assumido por uma delegação? Temos que ter sempre presente a dicotomia existente entre o que estatutariamente se encontra consagrado e o que é possível efetuar no terreno. É evidente que esta transposição depende essencialmente da dinâmica imprimida pelos membros que constituem a Delegação, a sua interação e a complementaridade no trabalho a realizar, tendo sempre em atenção que o proveito desse trabalho deverá ser absorvido pelos colegas, estejam ou não inscritos no Círculo de Almada. De qualquer forma, existe sempre a ideia romântica inscrita no Estatuto de que as Delegações funcionam em piloto automático, o que não é verdade. Tem que haver um esforço por parte dos colegas que constituem a Delegação, pois eles são o seu motor que a mantém em movimento. Acha que os Solicitadores inscritos na região reconhecem, na generalidade, o trabalho desenvolvido pela respetiva delegação? Como descreveria a relação mantida com os profissionais? De uma forma geral e tendo por base a experiência acumulada de alguns anos à frente do Círculo de Almada, acredito que sim. É evidente que terá que haver sempre a devida motivação para que os colegas respondam positivamente às atividades desenvolvidas pelo Círculo. Respondendo à segunda parte da sua questão, refiro que a relação mantida com os colegas é muito positiva e gratificante, compensando o esforço despendido nas atividades realizadas. Fruto disso é a adesão dos colegas, sejam eles solicitadores ou agentes de execução, que se tem mantido alta, pois nas ações que realizamos tentamos que as temáticas correspondam às necessidades de formação dos colegas.

Recentemente fiquei admirado ao receber, no meu escritório, uma Carta do Conselho Regional do Sul contendo a cédula de uma colega, solicitando que procedesse à sua entrega. E assim fiz. Constatei o quão importante foi este momento para a colega que recebeu a sua Carteira Profissional, a qual representa sempre um esforço económico e intelectual muito grande. Da mesma forma, torna-se um momento importante para o Delegado na entrega de um documento que legitima a colega a exercer a sua atividade profissional na área geográfica do seu Círculo. Muitas portas se podem abrir nestes primeiros contactos. São momentos que ficam para a vida e profissionalmente relevantes para a interligação das diversas gerações de profissionais. Fiquei com a impressão de que alguma coisa está a mudar para melhor, mas é uma gota de água num oceano imenso de trabalho a realizar em prol da Solicitadoria. Aliás, sendo órgãos locais, as delegações visam sobretudo estabelecer ligações entre os solicitadores do círculo judicial e os demais órgãos da Câmara. Considera que a delegação faz, de facto, com que os colegas se sintam mais próximos da Câmara dos Solicitadores (CS)? Em que medida? É evidente que está na génese da Delegação de Círculo estabelecer as pontes necessárias com os demais órgãos da Câmara, no sentido de concretizar os projetos delineados no Círculo. Tenho efetivamente constatado que não é um trabalho fácil para as Delegações fazerem chegar os seus projetos aos órgãos cimeiros da Câmara. Devemos encarar a persistência como um estímulo para que os projetos mais importantes possam ver a luz do dia. Quanto ao sentimento de proximidade, penso que temos

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