Tribuna do Povo - nº 52

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Tribuna do Povo de Ilhabela | Edição nº 52 | ANO IV | SETEMBRO de 2013

EXCLUSIVO

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Entrevista

Entrevistamos Toninho Colucci que falou sobre Saúde, Segurança, Sucessão e muito mais... Em comemoração aos 208 anos de Ilhabela, a Tribuna do Povo de Ilhabela entrevistou com exclusividade o prefeito Antonio Luiz Colucci (PPS). Formado em odontologia pela Unesp de São José dos Campos, pós-graduado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo – USP, Toninho Colucci é Capitão da área da Saúde da Polícia Militar.Reeleito prefeito de Ilhabela em 2012 com 8.731 votos, Toninho Colucci falou pela primeira vez a Tribuna do Povo, inclusive sobre temas polêmicos, de forma bem tranquila. Confira os principais trechos:

Tribuna do Povo: A frente do governo de Ilhabela o senhor acabou ganhando muita visibilidade na mídia e, consequentemente, muito conhecimento dos problemas de nossa região. Você pretende se candidatar ao cargo como o de deputado em 2014? Toninho Colucci: Na política, esta tal visibilidade somente é conquistada com trabalho e é isso que nos move a cada dia, o poder fazer algo mais por nossa cidade, pela qualidade de vida de nossos moradores. O trabalho realizado nos primeiros quatro anos de administração nos levaram por duas vezes à presidência da Aprecesp (Associação das Prefeituras de Cidades Estância – Turismo Paulista), que reúne 65 cidades turísticas. Fundamos a Amprogás (Associação dos Municípios Produtores de Gás Natural, Petróleo, Possuidores de Gasodutos, Oleodutos, Área de Tancagem e Estação de Bombeamento) e que recentemente se tornou uma entidade nacional, que defende os royalties. Criada a Região Metropolitana do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira, recebemos o convite para a vice-presidência do conselho, até por esta participação nas outras duas entidades. Acredito que por este trabalho e por se tratar do segundo mandato na Prefeitura, estas colocações são quase que inevitáveis, mas quero deixar claro aqui que meu compromisso é com Ilhabela, com a administração municipal, com o povo ilhabelense. TP: Desde o inicio de seu primeiro mandato, muitos secretários foram substituídos ou remanejados, o senhor acredita que hoje tenha conseguido chegar à equipe ideal ou alguma mudança ainda deve acontecer? TC: As alterações que ocorreram foram naturais de qualquer governo. Secretários que passaram deram a sua contribuição e, muitos deles, seguiram

seus novos projetos. Temos uma equipe compromissada e dedicada, e isso é o importante. Quero aqui fazer um agradecimento especial a todos os servidores públicos municipais, que não medem esforços para bem atender aos anseios de nossos moradores e também aos turistas que visitam nossa cidade.

TP: Recentemente, o senhor passou a se manifestar no Facebook defendendo seu ponto de vista com relação a assuntos polêmicos. Como você avalia esta participação direta junto aos internautas? TC: Desde que iniciei o primeiro mandato em 2009 coloquei como meta a participação da comunidade e isso vem acontecendo. Criamos o Gabinete do Povo, em que atendo os cidadãos toda segunda-feira, a partir das 15h. Portas abertas para a população. Além disso fomos aos bairros, promovendo as reuniões comunitárias, no programa que denominados “Prefeitura Bairro a Bairro”, ouvindo as sugestões e reivindicações do morador no lugar onde mora, coisa que ninguém vê na região. A participação nas redes sociais fortalece este conceito, na medida do possível participo, respondo, levo as informações sobre as conquistas junto aos governos federal e estadual. É mais uma forma de estar perto da população. TP: Por que o senhor resolver engavetar a proposta de mudança no Zoneamento Ecológico-Econômico de Ilhabela? A opinião dos moradores foi levada em conta para esta tomada de decisão? TC:Não existe a cidade que o prefeito quer, mas a cidade que todos nós queremos para os próximos 10 anos. É esta a discussão. A revisão do Zoneamento Ecológico-Econômico, que é estadual, vinha sendo discutido há mais de dois anos pelo grupo formado por representantes da sociedade civil, estado e município, de maneira que uma proposta foi apresentada e levada à audiência pública, como deve ser. Defenderemos sempre a vontade da maioria, a vontade das comunidades tradicionais. Seguimos um cronograma e houve a discussão com a sociedade de Ilhabela. TP: O Governo do Estado divulgou no último dia 17, que investirá cerca de R$2,5 bilhões na ampliação do Porto de São Sebastião. Na sua opinião a ampliação do Porto é inevitável ou alguma coisa ainda pode ser

feita para retardar o desenvolvimento desenfreado de nossa região? TC: O escoamento da produção é uma necessidade do Estado e do país e sabemos que o Porto de Santos já não atende a demanda, de maneira que a ampliação do Porto de São Sebastião, que há anos vem sendo discutida, fica cada vez mais próxima. Ao projeto inicialmente apresentado, que tem no quesito contêiner o seu maior crescimento, somos contrário. A logística é complicada, tem toda a questão viária. Defendemos que a expansão do porto ocorra de outras maneiras, com terminais líquidos e de suporte offshore, por exemplo. A indústria de Ilhabela é o turismo. Temos de lembrar que o turismo gera empregos, aquece a economia e distribui riquezas, enquanto o porto concentra riquezas. O governador é uma pessoa sensível e sabemos que estará atento às nossas reivindicações.

TP: As constantes paralisações no serviço de travessia de balsas entre Ilhabela e São Sebastião levaram a Capitania dos Portos a criticar a falta de estrutura do serviço prestado pelo Dersa. O que está sendo feito para solucionar este problema que aflige tantos turistas e moradores? TC: Temos cobrado junto ao Governo do Estado as melhorias necessárias no sistema de travessia. O Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) apresentou um projeto para a Prefeitura de Ilhabela com o objetivo de melhorar o sistema de atracação da balsa. O novo sistema prevê gavetas, que deverão aumentar a capacidade operacional do serviço e melhorar a segurança e a qualidade da travessia para os pedestres. As gavetas são como as do sistema de travessias do Guarujá, onde a balsa se encaixa em um espaço para o embarque e desembarque, sem a necessidade de amarração diminuindo o tempo de manobra, refletindo por consequência no tempo de espera na fila. Neste modelo estão previstos dois berços de atracação e os pedestres contarão com um píer de uso exclusivo, embarcações separadas dos veículos e com uma nova estrutura de abrigo para a permanência durante a espera. Para dar sequência a estas melhorias, um programa da reurbanização da entrada da cidade foi projetado pela prefeitura visando integrar os diferentes modos de transporte nas proximidades, com um novo terminal de ônibus, novo termi-

nal de táxis, calçadas, ciclovia e futuramente o sistema hidroviário, além de um novo receptivo voltado aos turistas e um novo sistema de drenagem de águas pluviais. A equipe da prefeitura também propôs ao Dersa a implantação de um bolsão maior para a fila da balsa, na Avenida Tiradentes, para que o trânsito não se acumule nas imediações do Perequê. O projeto está em fase de conclusão e será disponibilizado pela prefeitura, que promoverá audiências públicas para apresentar e debater o projeto. TP: O serviço de Saúde Pública oferecido no país preocupa cidadãos e governantes. Aparentemente, em Ilhabela, a situação não é tão grave, mesmo assim moradores ainda reclamam da infraestrutura e do atendimento. Quais medidas seu governo vem fazendo para minimizar estes problemas e oferecer uma saúde de melhor qualidade no arquipélago? TC: Apesar das dificuldades do setor em todo o país, Ilhabela tem o melhor sistema de saúde entre as quatro cidades da região, como apontou o Indsus. Nos últimos anos construímos dois novos postos de saúde na região da Barra Velha, ampliamos a unidade do Itaquanduba e modernizamos o Hospital Municipal Governador Mário Covas. Agora em setembro entregaremos a ampliação do posto de saúde da Água Branca. Já declaramos de utilidade pública um terreno para construção do novo posto de saúde do sul da ilha, no Bexiga. Voltando ao hospital, este recebeu os dois leitos de semi-UTI, bem como passou por um programa de humanização do atendimento. Trouxemos para Ilhabela o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que melhorou o atendimento de emergência. Recentemente recebemos uma viatura 4x4 do SAMU, que possibilitará o atendimento em locais de difícil acesso, como por exemplo, na comunidade dos Castelhanos. Renovamos toda a frota da saúde, que acaba de receber cinco Kombis, seis veículos Fiat Uno e uma van Doblô. Além destes, a Prefeitura adquiriu ainda as duas caminhonetes Chevrolet S-10 que serão utilizadas como ambulâncias. A saúde continua sendo a nossa prioridade, assim como a Educação.

TP: Quais fatores o levaram a escolher sua esposa para ocupar o cargo de Secretária de Saúde? TC: Mais do que o fato de ser minha esposa, Lúcia é da área


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