Sabores da Vida

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Receita da Justine

N

asci e cresci em Belo Horizonte. A vida na capital não é ruim, mas, para as crianças, é cheia de restrições, do tipo não brincar na rua, sair sempre acompanhada dos pais. Quando meus pais programavam de visitar minha vó, no Carmo, ficava eufórica pensando nos tios e nas primas que provavelmente encontraria por lá. A chegada era uma delícia. Os abraços afetuosos da minha vó não têm preço. Depois das boas vindas, vovó nos convidava para tomar um cafezinho. Quando chegávamos à copa deparávamos com uma mesa enorme, com um belo café colonial. Tinha quase de tudo: queijos, roscas, pão de queijo, broas, biscoitos de polvilho, pau-a-pique, pães, bolachinhas (deliciosas), doces em compota e, no canto da mesa, um potinho de louça repleto de pé-de-moleque. Ah! Que néctar dos deuses quando experimentei pela primeira vez. Depois do café, todos ficavam a mesa conversando por um bom tempo. Quando a mesa era desmontada, vovó me mostrava onde guardava o potinho de pé-de-moleque e dizia: “Quando quiser, é só pegar”. Adorava. Até hoje, sempre que tem um portador, ela me manda essa delícia. Carinho de vó não tem preço.

Pé-de-Moleque

Ingredientes: 1 maço de rapadura 600 gramas de amendoim torrado e moído 2 copos de leite

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