Revista la salle a

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ANO 1—NÚMERO 1– 2014/1—PORTO AKEGRE—RS

Revista


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Turma 231

Organização escolar: Diretor: Ir. Lauro Bohnenberger

Vice-diretora e Supervisora Escolar : Ana Poppe Orinbtadora E#ducacional: Fabiana Schumacher Supervisor Administrativo: Roger Pochmann


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50 anos do golpe militar O golpe de 1964 e a instauração do regime militar

um confronto militar com os golpistas e seguiu para o exílio no Uruguai, de onde só retornaria ao Brasil para ser sepultado, em 1976. Tempos sombrios aqueles representa-

Por: Fabiane Berwange, Mayara Colissi, Victória Wächter e Yuri Siqueira

ram para o nosso país. Foram vinte e um anos em que o povo brasileiro agia de forma vinculada e artificial. Explico. Vinculada pelo

N

fato de que nada se fazia a madrugada do dia 1 de abril de 1964,

um golpe foi deflagrado contra o governo legalmente constituído de João Goulart. A falta de reação do governo e dos grupos que lhe davam apoio foi notável. Não se conseguiu articular os militares legalistas. Também fracassou uma greve geral proposta pelo Comando Geral

dos

Trabalhadores

se não em concordância com as ordens dos militares, à época no Poder. Artificial

porque

garantido

não era à sociedade expressar-se conforme seus pensamentos e filosofias. As expressões a que se tinha acesso não eram fruto dos verdadeiros sentimentos, e as que eram, a elas não se tinha acesso.

(CGT) em apoio ao governo.

O poder real encontrava-

João Goulart, em busca de

se em mãos militares. Nos

segurança, viajou no dia 1 de abril do Rio, pa-

primeiros dias após o gol-

ra Brasília, e em seguida para Porto Alegre,

pe, uma violenta repressão atingiu os setores

onde Leonel Brizola tentava organizar a resis-

politicamente mais mobilizados à esquerda no

tência com apoio de oficiais legalistas. Apesar

espectro político, como por exemplo o CGT, a

da insistência de Brizola, Jango desistiu de

União Nacional dos Estudantes (UNE), as Ligas Camponesas e grupos católicos como a Juventude Universitária Católica (JUC) e a Ação Popular (AP). Milhares de pessoas foram presas de modo irregular, e a ocorrência de casos de tortura foi comum, especialmente no Nordeste. O líder comunista Gregório Bezerra, por exemplo, foi amarrado e arrastado pelas ruas de Recife.


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A junta baixou um "Ato Institucional"–

dos acontecimentos, principalmente através

uma invenção do governo militar que não es-

de seu embaixador no Brasil, Lincoln Gordon,

tava prevista na Constituição de 1946 nem

e do adido militar, Vernon Walters, que havi-

possuía fundamentação jurídica. Seu objetivo

am decidido, através da secreta "Operação

era justificar os atos de exce-

Brother Sam", dar apoio logístico

ção que se seguiram. Ao lon-

aos militares golpistas, caso estes

go do mês de abril de 1964,

enfrentassem uma longa resistên-

foram abertos centenas de

cia por parte de forças leais a Jan-

Inquéritos Policiais-Militares

go.

(IPMs). Chefiados em sua

Os militares envolvidos no golpe

maioria por coronéis, esses

de 1964 justificaram sua ação afir-

inquéritos tinham o objetivo

mando que o objetivo era restau-

de apurar atividades consi-

rar a disciplina e a hierarquia nas

deradas subversiva. Parla-

Forças

mentares tiveram seus man-

"ameaça comunista" que, segundo

datos

cidadãos

eles, pairava sobre o Brasil. Uma

tiveram seus direitos políti-

ideia fundamental para os golpis-

cassados,

Armadas

e

deter

a

cos suspensos e funcionários públicos civis e

tas era que a principal ameaça à ordem capi-

militares foram demitidos ou aposentados.

talista e à segurança do país não viria de fora,

Entre os cassados, encontravam-se persona-

através de uma guerra tradicional contra exér-

gens que ocuparam posições de destaque na

citos estrangeiros; ela viria de dentro do pró-

vida política nacional, como João Goulart, Jâ-

prio país, através de brasileiros que atuariam

nio Quadros, Miguel Arraes, Leonel Brizola e

como "inimigos internos". Diversos exemplos

Luís Carlos Prestes. Entretanto,

o

internacionais, como as guerras golpe

revolucionárias ocorridas na Ásia,

militar foi saudado por impor-

na África e principalmente em Cu-

tantes setores da sociedade

ba, serviam para reforçar esses te-

brasileira. Grande parte do

mores. Essa visão de mundo esta-

empresariado, da imprensa,

va na base da chamada "Doutrina

dos proprietários rurais, da

de Segurança Nacional" e das teo-

Igreja católica, vários gover-

rias de "guerra antissubversiva" ou

nadores de estados importantes e amplos se-

"antirrevolucionária" ensinadas nas escolas

tores de classe média pediram a intervenção

superiores das Forças Armadas. Isto é, um

militar, como forma de pôr fim à ameaça de

regime

esquerdização do governo e de controlar a

a autoridade do Estado em relação às liberda-

crise econômica. O golpe foi recebido com

des individuais, e o Poder Executivo em detri-

alívio pelo governo norte-americano, satisfeito

mento dos. Poderes Legislativo e Jurídicos.

de ver que o Brasil não seguia o mesmo caminho de Cuba. Os Estados Unidos acompanharam de perto a conspiração e o desenrolar

político

que

privilegiava


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Leonardo Mattei


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O empenho em preservar a unidade por parte dos militares no poder, apesar da existência de conflitos internos nem sempre bem resolvidos. O medo de uma "volta ao passado" ou de uma ruptura no interior das Forças Armadas estaria presente durante os 21 anos. A falta de resistência ao golpe de 1964 não deve ser vista como resultado da derrota diante de uma bem articulada conspiração militar. Foi clara a falta de organização e coordenação, a imagem mais fiel é a de "ilhas de conspiração", com grupos unidos ideologicamente pela rejeição da política atual. Não havia um projeto de governo bem definido, além da necessidade de se fazer uma "limpeza" nas instituições e recuperar a economia.

A promessa de retomar o crescimento econômico e o retorno do país à "normalidade democrática". Só ocorreria 21 anos mais tarde. É por isso que 1964 representa um marco e uma novidade na história política do Brasil: diferentemente do que ocorreu em outras ocasiões, desta vez militares não apenas deram um golpe de Estado, como permaneceram no poder. 50 anos depois do golpe de 64, a ditadura militar ainda incomoda o país “Durante os vinte e um anos de duração do ciclo militar, sucederam-se períodos de maior

e ou menor racionalidade no trato das questões políticas. Foram duas décadas de avanços e recuos” Os reflexos da dela pode ser vista nos dias de hoje, podem ser vistos com muita clareza nos cenários econômico, político e social brasileiro. ECONOMIA Na economia pagamos com juros estratosféricos, o controle inflacionário. Tais juros são, ainda, o melhor remédio para a inflação, que é produto do “milagre econômico”. Os mencionados juros fazem com que estagnemos em relação à economia. Durante aquele período o Brasil chegou a crescer até 14% ao ano, como ocorreu no 7º ano do golpe (1973). Os efeitos negativos do aceleramento exacerbado e, diria, irresponsável do crescimento começaram a serem vistos durante o próprio regime, como no ano de 1981, quando houve uma retração de 4,3% do Produto Interno Bruto. Não há que se falar em conjunção de crescimento acelerado com inflação sob controle, por isso esta última chegou a atingir níveis plutônicos, como no ano de 1984 quando foi de 223,9% ao ano. Só para efeito de comparação a meta inflacionária para este ano–e não é das mais baixas–é de 6% ao ano.

53 políticos, mil res e civis mais POLÍTICA portantes no c texto do golpe m No campo da política os tar efeitos são mais visíveis ainda. As aberrações que hoje estão presentes na esfera política nacional, e que são decorrentes da repressão vivida entre 1964 e 1985; Podendo ser visto por olhos atécnicos. Um dos efeitos mais evidentes não é no que o regime criou, mas sobretudo no que impediu que funcionasse e evoluísse, como o surgimento de novos líderes, a ampliação do eleitorado ou a sintonia do sistema partidário com a crescente complexidade da sociedade.


litaimconmili-

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O que tem nos mostrado o Congresso Nacional em todas as suas legislaturas é uma atuação frequente no que diz respeito a ataques da oposição contra os governantes no Poder, que não importando quem ocupe o lugar de situação e governo, acaba sempre sendo do mesmo jeito. Remeto-os para os “anos sombrios” da ditadura, para explicar tal maneira de agir dos parlamentares. Outra deformidade política, são os partidos que fazem de tudo para alcançar seus objetivos políticos esquecendo a filosofia que apregoavam quando de suas criações. SOCIEDADE Os militares porém, contribuíram, para o desenvolvimento político na mente de nosso povo. Com toda a repressão por eles promovida, nossa sociedade atentou-se mais aos grupos políticos que constantemente criticavam o governo do momento, desaguou em campanhas de grande apelo popular como as “Diretas Já”. Tais acontecimentos causaram uma onda de politização onde observamos ter surfado uma boa parte de nossa população, principalmente camadas volumosas dos movimentos estudantis. A educação foi uma área praticamente desprezada no que respeita à sua estrutura-

ção e incentivo. Não era de interesse dos governantes-militares da época que uma massa populacional tivesse acesso a um ensino de qualidade, pois temiam que se assim ocorresse, o movimento em seu desfavor, no âmbito estudantis aumentasse. A casa da morte. Não se sabe ao certo quantas pessoas foram mantidas presas na Casa da Morte, centro clandestino de tortura e assassinatos criado pelos órgãos de repressão da ditadura militar brasileira, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Propriedade do empresário alemão Mario Lodders, um simpatizante da ditadura militar que a cedeu ao Exército. Os mortos na casa eram depois esquartejados e enterrados nas cercanias. O número total de mortos nela é até hoje desconhecido, mas pelo menos 22 guerrilheiros foram trucidados em seu interior. Planta da casa descrita pela única sobrevivente, Inês Etienne Romeu:


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O samba não vai morrer.

Sukman e direção musical de Alceu Maia. São Por: Maria Eduarda Cunha

apresentados clássicos do ritmo, como composições de Zé Keti e o imortal “Não Deixe o Sam-

A

ba Morrer”, cantado por Alcione. conteceu em Porto Alegre, no dia 16 de março, o espetáculo Nivea Viva o

Samba, no qual quatro ídolos do samba se apresentaram para

Os quatro cantores de gerações e estilos diferentes participam da terceira edição do festival. Martinho da Vila (Mulheres; Disritmia; Canta Canta, Minha Gente), cantor e compositor carioca, que começou

uma multidão de

sua carreira nos

mais de 70 mil

meados de 1960,

pessoas. Contan-

é o mais velho dos

do com a presença

artistas que se

de grandes nomes

apresentarão. Al-

como Martinho da

cione (Meu Éba-

Vila, Alcione, Dio-

no; Você Me Vira

go Nogueira e Ro-

a Cabeça; Estra-

berta Sá, o espetáculo teve sua estreia nacional na capital gaúcha, sendo um dos pontos altos da programação musical em comemoração aos 242 anos da cidade, mas ainda passará por mais cinco capitais brasileiras (Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Salvador e São Paulo).

nha Loucura), ganhadora do Grammy Latino no ano de 2003, promete surpreender e emocionar o público com seus maiores sucessos. Roberta Sá (Pavilhão de Espelhos; Fogo e Gasolina; Mais Alguém), participante do programa Fama em 2002, canta o samba no seu estilo mais moderno, diferenciando-se dos companheiros de

O espetáculo Nivea Viva o Samba 2014 tem di-

palco mais tradicionalistas. Já foi indicada ao

reção de Monique Gar-

Grammy Latino, onde concorreu contra o cantor

denberg, roteiro de Hugo

Diogo Nogueira. Diogo Nogueira (Deixa Eu Te


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Nogueira. Diogo Nogueira (Deixa Eu Te Amar;

não tem idade e serve ao gosto de todos.

Sou Eu; Fé em Deus), filho do sambista brasilei-

Segundo Monique Gardenberg, cineasta e

ro João Nogueira, é o mais novo dos artistas

responsável pela direção artística, o espetáculo

que partici-pam do espetáculo. Já foi até joga-

é dividido por temas que destacam o samba co-

dor de futebol, mas em 2007 montou sua pró-

mo crônica social do Brasil, como amor, desilu-

pria banda e desde então vem conquistando o

são e sensualidade.

Brasil. O primeiro registro do samba brasileiro é datado em 26 de novembro de 1916, com a gravação da música Pelo Telefone (de Donga e Mauro Almeida). O espetáculo Viva o Samba antecipa a comemoração do centenário desse gênero musical. Segundo a cantora e compositora Alcione, o motivo para o samba comemorar cem anos são as coisas boas que o ritmo consegue transmitir. O projeto da Nivea visa homenagear o samba, que é o ritmo brasileiro mais celebrado, e seus principais cantores e compositores, tanto de épocas mais antigas como os da atualidade, gerando uma grande integração entre as gerações, desde os mais novos até os mais velhos, mostrando que o samba

A Nivea acha importante realizar essa festa mu-


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veis. Essa foi a época mais obscura da doença, pois como ela recém tinha sido descoberta, eram poucos os recursos que existiam para controlá-la. É nessa temática que se passa o filme Dallas Buyers Club (Clube de Compras Dallas), longa-metragem de Jean-Marc Vallée, baseado na história real de Ron Woodroof (Matthew McConaughey), um eletricista texano, heterossexual, machão e aficionado por rodeios e mulheres, e descobre que é portador do vírus HIV em 1985. Os médicos lhe dizem que tem apenas 30 dias de vida, e ele se recusa a aceitar isso. Sofre muito preconceito quando descobrem a sua doença, sendo chamado de gay muitas vezes. Então, ele passa a adquirir ilegalmente a Zidovudina (AZT) com um enfermeiro do hospital onde foi diagnosticado soropositivo. amizade de

Clube de Compras Dallas: os desafios de ser soropositivo nos anos 80.

H

Por Tainá Sangali

á aproximadamente 30 anos, uma nova doença foi descoberta, a AIDS.

A doença ataca o sistema imunológico devido à destruição dos glóbulos brancos causada pelo vírus HIV. Desde então, a AIDS têm tido um grande impacto na sociedade, tanto como uma doença quanto uma forma de discriminação. Atualmente, 35 milhões de pessoas convivem com a doença, e aproximadamente 37 milhões já perderam a vida a ela. No início de sua epidemia, nos anos 80, ela era tratada como sinônimo de homossexualidade e drogas injetá-

Ron e Rayon, e os ajudou em certos momentos.


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Ao final da sua expectativa de vida, o en-

tarde, ele perde a batalha judicial para continuar

fermeiro avisa que a distribuição do medicamen-

vendendo os medicamentos, mas consegue o

to passou a ser controlada e não tem mais co-

direito para uso pessoal. É assim que Ron vive

mo retirar nenhuma caixa das instalações do

mais sete anos depois de seu diagnóstico.

hospital. O enfermeiro fornece o contato de um médico no México que pode ajudá-lo. Quando entra em contato com esse médico, Ron descobre que o AZT é altamente tóxico e que existe

Dallas Buyers Club é, sem dúvida, um grande e ótimo filme. As atuações de Matthew McConaughey e Jared Leto são um dos pontos altos do

um tratamento alternativo com efeitos colaterais

menores

e

maior expectativa de vida. Logo Ron vê a possibilidade de um negócio

lucrativo:

transportar a medicação não autorizada

filme.

Matthew, que faz

Em 1986, o eletricista texano Ron Woodroof (Matthew McConaughey) é diagnosticado com AIDS e logo começa uma batalha contra a indústria farmacêutica. Procurando tratamentos alternativos, ele passa a contrabandear drogas ilegais do México...

pelo FDA (órgão do governo dos EUA que testa e libera novos medicamentos) para os Estados Unidos.

o papel principal, desempenha seu papel de forma perfeita. gue

Conse-

passar

a

imagem de um típico

machão

daquela época e de como mudou

essas perspectiva homofóbica depois de descobrir que era portador do HIV. As mudanças físi-

Quando retorna para os EUA, ele encontra

cas também impressionam, já que ele teve que

Rayon (Jared Leto), u Rayon (Jared Leto), um

emagrecer bastante para o papel. Jared Leto,

transexual soropositivo que conheceu em uma

que faz o papel da Rayon, também foi impecá-

de suas internações no hospital. Então os dois

vel em sua atuação. Ele estava afastado das

criam o Clube de Compras Dallas, onde através

telas havia 6 anos e voltou com tufo. Ele teve o

de uma taxa de associação de $400,00 dólares

desafio de fazer um transexual, algo que não é

mensais o paciente pode ter acesso a medica-

fácil, já que teve que depilar todo o corpo, princi-

ção que desejar para tratar a AIDS. Mas o clube

palmente a sobrancelha, e emagrecer bastante.

de compras sofre ataques por parte da FDA e

Jennifer Garner aparece pouco no filme, mas

do médico do hospital, que por diversas vezes

também é importante para a narrativa da histó-

confiscam o estoque de Ron, o que faz do seu

ria, pois ela é uma médica que conquistou a

negócio ora lucrativo ora nem tanto. O fato é

amizade de Ron e Rayon, e os ajudou em cer-

que, essas drogas que Ron e Rayon vendem

tos momentos.

mostram mais sinais positivos e menos danos ao organismo que o AZT. Rayon é viciado em drogas, e no meio disso tudo ela vem a óbito. Ron fica mal com isso, mas continua vendendo as drogas para que os outros portadores do HIV não tenham o mesmo destino que Rayon. Mais


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Festival de Paródias La Salle São João

no ano de 2014, algumas mudanças aconteceram no projeto deste ano em função da copa do mundo no Brasil.

De acordo com a professora Fernanda, o projeto vem ganhando cada vez mais a aceitação dos alunos do colégio, inclusive daqueles que ainPor Giulia Vinciprova da não estão no Ensino Médio. A Banda Marcial do La Salle São João, juntamente com a Pastoral, é grande apoiadora do projeto e dispõe alguns de seus equipamentos técnicos para uso nos dias de apresentação. As letras desenvolvidas pelos alunos passam por todos os professores do Ensino Médio para que os mesmos possam julgá-las sem espaço para favoritismos, e, de acordo com a disponibilidade, cinco funcionários do La Salle São João são escolhidos para serem jurados dos dois dias de apresentação que ocorrem no salão D. Como divulgação do projeto, todo o ano os responsáveis pela imagem do colégio contatam vários veículos de comunicação, tanto regionais quanto nacionais, para que o festival tenha cada vez mais importância dentro da formação dos alunos e do colégio. O projeto já saiu na Zero Hora, no Kzuka, e no jornal O Polvo, também já foi apresentado em fóruns internacionais e nacionais pela professora coordenadora do xistem vários modos de nos lembrarmos projeto, Fernanda Alvarenga. de pequenas coisas cotidianas, uma delas é fazendo música. Pensando nas várias formas de mnemônica, desde 2011 o colégio La Salle São João vem incentivando seus alunos a buscarem um jeito diferente de lembrar o conteúdo aprendido no Ensino Médio. Buscando não somente o aprendizado dos alunos, o projeto também tenta proporcionar aos alunos um momento de experiências musicais, para que os mesmos tentem desenvolver algumas habilidades artísticas.

E

A ideia do projeto foi, primeiramente, do exprofessor de física Lauro. Porém, quem deu continuidade ao mesmo, chamado “Festival de Paródias”, foi a professora de geografia do Ensino Médio, Fernanda Alvarenga. Em sua quarta edição


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Entrevista com

Anderson: Gabriela, qual foi a sensação dela ao saber que teria passado no vestibular?

Gabriela Dias Gabriela: Inicialmente, eu não acreditei que teria, de fato, passado na UFRGS. Foi meu pai quem me deu a notícia, então, pensei que ele houvesse lido errado, ou algo do tipo. Depois, quando percebi que não havia engano, fiquei feliz e aliviada por ter atingido meu objetivo. Anderson: Todos sabem que entrar em uma instituição de ensino renomada como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul não é nada fácil. O que mudou em sua rotina de estudos e quando começou a realmente focar no vestibular? Gabriela: Como minhas aulas começarão só em agosto, estou em uma rotina tranquila e sem aulas. Me foquei no vestibular desde março de 2013, quando comecei o 3º ano, mas sempre fui estudiosa. Acredito que o estudo que me permitiu ser aprovada tenha sido o conjunto de conhecimentos que adquiri na escola e na vida também!

F

ormada no grupo de 2013, a nossa exaluna, Gabriela Dias, sempre fez o tipo exemplar! Cumpria com seus deveres com total responsabilidade e empenho. Para sua surpresa (e nem tanto para seus professores), Gabriela passou no seu primeiro vestibular, no curso de jornalismo. A UFRGS é a 4º melhor universidade do Brasil, perdendo para a USP (1º), UFRJ (2º) e UFMG (3º). A tão cobiçada vaga, finalmente, foi conquistada! Enchendo sua família e professores de orgulho, essa foi uma oportunidade perfeita de conversarmos com Gabriela, e assim, perguntar como foi sua caminhada até a universidade. Em uma conversa bem dinâmica, com a lasallista, perguntas foram selecionadas , e como de esperado, respondidas com convicção e espontaneidade.

Anderson : Por favor, Gabriela, podes dar algumas dicas para os próximos "guerreiros" que estão se preparando para o vestibular? Gabriela: Não deixem para estudar só para as provas, estudem diariamente, e aproveitem as aulas, vocês têm excelentes professores. Boa sorte.


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2014: ano de investimentos

apropriadas para alunos menores. Há uma be-

no La Salle São João.

muita segurança para os pequenos lassalistas

la área de recreação no próprio bloco, isso dá que mesmo chovendo, não serão privados de

Por Daniel Oliveira

O

brincar no pátio. As novas salas de aula do bloco “B” estão com espaço para guardar brinquedos e fan-

tempo passa e deixa suas marcas. Com o colégio isso também aconte-

tasias e com modernos recursos de multimídia, sendo que todos os professores são treinados para operarem os novos aparelhos.

ce. As paredes estavam ficando sujas. As mar-

As salas também contam com banheiros

cas do tempo estavam ali. Os alunos queriam

feminino e masculino, assim os alunos não pre-

ver sua escola reformada. Neste ano, o Colé-

cisam nem sair da sala para ir ao banheiro.

gio La Salle São João fez grandes investimen-

Além dos investimentos na estrutura das salas

tos, principalmente em sua infraestrutura.

de aula, o Colégio La Salle São João comprou vários iPads dando muita diversão e conheci-

No final do ano passado, vimos a refor-

mento

ma que estava em andamento no ginásio do

para

colégio. Por uma questão de segurança, troca-

alunos.

ram todo o piso do ginásio, colocando madeiras finas e bem mais resistentes. Reformaram por completo a sala de artes, até bancos a armários novos colocaram na sala. Isso proporcionou um ambiente bem mais agradável e espaçoso para os alunos. O colégio fez reformas muito grandes, principalmente no bloco “B”. Investiram bastante neste bloco. Estão finalizando um banheiro para cadeirantes, isso facilitará o acesso para os alunos. No turno integral, fizeram uma nova sala, bem espaçosa, adequada para a hora da soneca. Na sala tem tevê e muitos sofás. No novo refeitório há mesas e cadeiras

os


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No novo refeitório há mesas e cadeiras apropriadas para alunos menores.

Há uma

bela área de recreação no próprio bloco, isso dá muita segurança para os pequenos lassalistas que mesmo chovendo, não serão privados de brincar no pátio. As novas salas de aula do bloco “B” estão com espaço para guardar brinquedos e fantasias e com modernos recursos de multimídia, sendo que todos os professores são treinados para operarem os novos aparelhos. As salas também contam com banheiros feminino e masculino, assim os alunos não precisam nem sair da sala para ir ao banheiro. Além dos investimentos na estrutura das salas de aula, o Colégio La Salle São João comprou vários iPads dando muita diversão e conhecimento para os alunos.


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ções, os comerciantes ampliando seus estabelecimentos e vários investimentos na qualificação de pessoas para que as mesmas possam trabalhar nos vários setores envolvidos no evento. Porém, as únicas pessoas que lucram antes do acontecimento são os operários e a construção civil, que cresce cada vez mais, já que o setor está superaquecido com os novos projetos da Copa. O que enfurece a maioria dos brasileiros que se opõem a Copa são os gastos com o

Gastos com a Copa do Mundo

evento. A copa é um evento internacional, que pode ajudar a economia do país a crescer. E

Por:

E

William Borba Lucas Rech Walter Gobbato

provavelmente muita gente vai ganhar com isso. Mas e as pessoas que vivem na linha da miséria desse pais, como elas ficam? Muitas pessoas passam fome, não tem acesso ao mínimo que alguém precisa para sobreviver e al-

m 2014, o Brasil irá sediar um

guns nem sabem que o país sediará a copa em

dos maiores eventos esporti-

2014. Vergonha não é o atraso nas obras, e

vos da contemporaneidade, a Copa do Mundo.

sim é o povo de seu país na pobreza extrema e

O campeonato mundial de futebol foi pensado

bilhões de reais sendo gastos em obras desne-

em função de que cada região do país tivesse

cessárias que não serão completas e ao final

ao menos um estádio sediando jogos de dife-

do evento, a manutenção custará tanto quanto

rentes seleções. Para isso pontos estratégicos

a construção dos projetos.

foram selecionados em todo o país. Ao redor das construções dos estádios, hotéis, mercados e comércio começam a se expandir para arcar com a demanda e os padrões que a competição exige, fazendo com que haja maior lucro nas redondezas dos complexos futebolísticos instalados. Em ano de evento, todos os setores têm seus gastos acentuados pela urgência de finalizar os projetos começados em 2007. O governo com os estádios e infraestrutura para receber os turistas e as sele-


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O Brasil tinha a chance de gerar lucro e mudanças importantes com a Copa do Mundo deste ano sem realizar nenhum gasto público, como fez os Estados Unidos no evento de 1994. Faltando poucos meses para os jogos, observa-se uma índice elevado de gastados em nome de um evento que deveria nos beneficiar e não onerar.

Fotos: http://noticias.r7.com/


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Conflitos na região da Crimeia Por: Mateus Costa

A

região da Crimeia, situada na Ucrânia, entre a Europa Oriental e a Federação Russa, vive uma crise política social e econômica que vem abalando criticamente o país. Historicamente, a Ucrânia fazia parte do bloco socialista ao lado da União Soviética durante a guerra Fria. Ao término da guerra em 1991, a União Soviética fragmentou-se, o que causou um processo de independência do leste europeu. A Ucrânia assim como os outros países comunistas vão entrar em um processo de transição do socialismo para o capitalismo. Consolidada e organizada economia do novo país, forma-se um grande mercado consumidor dentro da Europa. O que ocorre na Ucrânia neste momento é o fato de ela ter uma boa parte de

sua economia e população ligada à Rússia, e ao mesmo tempo, a outra parte da população é contra essa ligação econômica cultural, e defende a ideia de uma maior relação com a União Europeia, o que de certa forma causa uma rivalidade entre a cultura e os interesses da população desse país. Em novembro de 2013, o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, prestes a assinar um acordo de livre comércio com a União Europeia, cede a uma série de pressões feitas pela Rússia, cancelando o acordo com o bloco europeu e optando por uma reaproximação com o governo Russo. Feito isso, estouram os conflitos e protestos contra a decisão do presidente, resultando em mais de vinte civis mortos por policiais armados. Os protestos mais tarde chegaram a reunir mais de trezentas mil pessoas nas ruas pedindo a renúncia do presidente. Feito isso foram convocadas imediatamente novas eleições, e dias mais tarde o presidente fugiu da Ucrânia, deixando um governo de coalizão para tentar resolver a caótica situação no país. Mesmo tendo fugido do país Viktor Yanukovich ainda se diz como presidente, e representando esse lado da Ucrânia que defende a Rússia, e o outro lado então, querendo empossar um novo governo e forçando a Ucrânia a aderir à união europeia, surgindo assim a questão da Crimeia, que é fortemente ligado à cultura russa, em função de suas origens. Segundo a professora de Geografia do Colégio La Salle São João, Fernanda Alvarenga, a Crimeia, apesar de todos os conflitos, quer de forma unânime se juntar à Rússia: “... a Ucrânia então vai criar um estado de isolamento do resto da Europa, mas neste meio tempo a península da Crimeia se impõe e decide aderir à Rússia. se alinhar com a Rússia.


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A Rússia por sua vez, não querendo perder esse aliado territorial, está tomando partido então patrocinando um plebiscito aonde a população votou, e o senado deles aprovou, que eles então deveriam se integrar à Rússia.” A situação no presente momento é caracterizada pela presença de tropas russas cercando a região da Crimeia para fazer uma proteção contra a população ucraniana, e a Rússia mantendo seu interesse em conseguir manter ao menos essa península. A península da Crimeia é um canal de passagem para chegar ao mar negro, sendo este um grande motivo dos interesses russos nessa península. A Rússia possui um grande território voltado para o mar, mas esse é congelado, então seria uma grande vantagem territorial para a Rússia possuído essa nova área de passagem. Em resposta a chegada de tropas russas armadas e à participação ativa da Rússia, os Estados Unidos intervieram junto com a Europa. A Europa por sua vez com mais cautela, por depender do gás natural da Rússia (1/3 do gás natural consumido no continente europeu é de origem russa), sendo assim não é de interesse europeu na atual situação romper totalmente as relações com a Rússia. Os passaportes de ucranianos e russos envolvidos neste conflito foram cassados. As pessoas que haviam fugido do país foram deportadas. Essa crise já é chamada por muitos de uma nova Guerra Fria. Temos de um lado a Rússia, lutando por espaço territorial e do outro os Estados Unidos, com alguns países Europeus. Apesar de a Rússia não ser mais um representante socialista, na atual situação ela representa os seus ideais, e ao mesmo tempo, os Estados Unidos e os países do oeste europeu querem manter o capitalismo e a economia funcionando de forma globalizada. Apesar de não ter diretamente nada a lidar com os conflitos relacionados à Crimeia, os Estados Unidos, conforme pode se observar ao longo da história, tende a intervir em todos os conflitos do mundo, e historicamente tem essa “rixa” com a Rússia. “... a Rússia quando entrou, já entrou com muita

força, já entrou armada, já entrou provocando matanças generalizadas, e os Estados Unidos vêm nessa ideia de que ‘não’, no direito internacional isso não pode ser admitido, então vamos ser contra isso para deter esse avanço, então os Estados Unidos vem numa política de ‘estou protegendo o mundo’. Mas na verdade os Estados Unidos diretamente não tem nada a ver com isso.”, diz a professora Fernanda. O professor de História do Colégio La Salle São João, Carlos Ely, ao ser questionado se havia alguma chance de uma Terceira Guerra Mundial, disse: “Chance de guerra, de guerra mundial como alguns estão dizendo, não tem. Uma guerra de proporções grandes não teria. Poderia ter uma guerra localizada, entre países como, por exemplo, Estados Unidos com Rússia, alguma retaliação militar por parte da União Europeia. Nos jornais estava que a União Européia vai tomar sanções em relação à Rússia, se ela continuar com esse processo de adesão da Criméia à Rússia. Acho que guerra não, acho que vai ter mais sanções econômicas e cortes econômicos, vão parar de comprar produtos da Rússia, vão deixar de fornecer produtos, romper laços políticos (...). Mas guerra eu não consigo visualizar, eu acho que hoje não há interesse de ninguém. Guerras ocorrem quando tem alguma parte interessada, não consigo ver nenhuma das partes interessadas em um conflito armado e generalizado. ”


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ELEIÇÕES 2014: OS PRINCIPAIS CANDIDATOS Por: Rafael Muttoni Henrique Scherer

E

m um processo que se repete a cada quatro anos, no dia 5 de outubro de 2014, os brasileiros irão às urnas para escolher o presidente da República e o vicepresidente, 27 governadores, 513 deputados federais, 1.059 deputados estaduais e 27 senadores. Infelizmente, grande parte da população brasileira não percebe a responsabilidade que esse ato representa e acaba indo as urnas sem informações aprofundadas sobre o candidato em que vai votar, essa prática leva ao poder candidatos corruptos, pois ajuda a criar “currais eleitorais” modernos. Deve-se, portanto, chamar a atenção das pessoas para a importância de praticar o voto consciente. Desde 2013 tem ocorrido uma série de protestos por todo o Brasil exigindo mudanças e o combate a corrupção, espera-se que o povo vá para as urnas esse ano com o mesmo espírito com o qual foi para as ruas nesses últimos meses e não se deixe enganar com promessas falsas. É preciso pesquisar sobre o passado de cada candidato e se informar sobre as propostas de cada um.

Dilma Rousseff Atual presidente do Brasil, deverá ser a candidata do PT nas Eleições Presidenciais de 2014. Dilma foi eleita no dia 31 de outubro de 2010, tornando-se a assim a primeira mulher a ser eleita chefe de Estado na história do Brasil.

Aécio Neves Exercendo atualmente o cargo de senador, o político mineiro é considerado por muitos, o principal oponente da presidente Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2014. Na última pesquisa de intenções de votos para presidente realizada pelo Ibope, apareceu em segundo lugar com 15%.

Eduardo Campos Filiado ao PSB, já foi duas vezes Deputado Federal, Ministro da Ciência e Tecnologia e em 2006 foi eleito pela primeira vez ao cargo de governador de Pernambuco, sendo reeleito em 2011.


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Mistério sobre o voo MH370 Por:

Matheus da Luz Nunes Luiz Felipe Buzetto

O

Boeing da Malaysia Airline, sumido no dia oito de março, continua sem muitas explicações. As forças Armada da Malásia apresentaram dados de radares mostrando que o avião mudou de rota e chegou ao Estreito de Malaca, a centenas de quilômetros de sua última comunicação. O jornal local Berita Harian citou o chefe da Força Aérea Malaia, general Rodzali Daud, dizendo que uma base militar detectou o avião às 2h40mim, horário local de sábado (08 de março), “Depois disso o sinal do avião foi perdido” ressaltou Rodzali, outro militar de alta patente informou que a Força Aérea acredita que o avião voava baixo.

tre a Malásia e o Vietnã, uma hora depois da decolar de Kuala Lumpur. No dia onze de março, as famílias se recusaram a receber uma ajuda financeira de cinco mil dólares por pessoa da empresa de aviação Malaysia Airlines. “Todos os membros das famílias tentam manterem-se otimistas e esperam que eles tenham sobrevivido, mas nós nos preparamos para o pior” pronunciaram os parente de Catherine e Bob Lawton um dos muitos casais abordo do avião. O avião transportava 239 passageiros, sendo duas crianças, 159 chineses, 38 malaios, 4 franceses, 7 indonésios, 6 australianos, 3 americanos, 2 canadenses e também russos e ucranianos. Com um acordo internacional, satélites de 15 países estão procurando o avião desaparecido. A China disse ter encontrado destroços no oceano Indico, mas depois de algu-mas análises, foi confirmado que os destroços não pertencia ao Boeing 777 da Malaysia Airlines.

Uma possibilidade de terrorismo ainda estava sendo discutida. “Nenhuma reivindica- Aos parentes, nada mais pode ser confirmado ção foi confirmada desde sobre o incidente com desaparecimento do avião o Boeing, uma vez Caso parecido “pronunciou o diretor da que ainda estão senCIA, John Brennan, acrediEm 1979, um avião da Varig per- do feitas buscas por ta que não pode se descarsobreviventes e até deu contato com pouco depois tar um vínculo com alguma mesmo destroços, nos organização terrorista. Com de decolar, indo do Japão para possíveis locais da relação à presença de dois Los Angeles, seus destroços queda e, até agora, homens que viajavam com nunca foram encontrados. nada. Continua esse passaporte europeus falso, grande mistério. a bordo do avião a policia da Malásia lançou a hipótese de imigração ilegal. O Boeing 777 despareceu dos radares na madrugada de sábado em algum lugar en-


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PROTESTOS E CRISE NA VENEZUELA Por: João Antônio Poli

O

s protestos que estão ocorrendo na Venezuela nos últimos meses estão inseridos em um contexto amplo de manifestações que iniciaram em janeiro e continuam até o momento. Segundo os manifestantes, o movimento representa a insatisfação com as violações de direitos humanos, altos níveis de criminalidade e escassez crônica de produtos básicos. Os índices de inflação chegaram aos 56,2% em 2013. De acordo com o presidente Maduro, o que está acontecendo é o resultado de uma “guerra econômica” contra seu governo. Em 2013, após a estreita e acirrada vitória de Nicolás Maduro na eleição presidencial, grupos opositores, principalmente os ligados a Henrique Capriles foram às ruas protestar contra o presidente recém-eleito, pedindo que os votos fossem recontados. Na ocasião, as manifestações deixaram oito mor-

tos, dentre eles opositores e simpatizantes do governo. No início de fevereiro, uma ala radical da coalizão Mesa da unidade Democrática (MUD - contrária a maduro), encabeçada pelos opositores Antônio Ledesma, Maria Machado e Leopoldo López incorporaram-se às manifestações de estudantes venezuelanos que protestavam contra a falta de segurança nas universidades e exigiram “La Salida” de Maduro do poder. 12 de Fevereiro Na data da comemoração do Dia da Juventude no país, os protestos que até então estavam ocorrendo como fatos isolados, atingiram um novo patamar. As manifestações a favor e contra o governo terminaram com um saldo de três mortos após confrontos muito violentos nas ruas. Duas pessoas foram atingidas por tiros em Caracas e morreram. Diante destes acontecimentos, o governo e a oposição trocaram acusações. Representantes de Maduro culpam “grupo Fascistas” de estarem infiltrados nos protestos opositores. Entretanto estes culpam militantes pró-governo armados, de atacar seus protestos. Economia decadente e Violência Urbana Os problemas econômicos e a forte violência urbana provocam insatisfação em inúmeros setores da sociedade, e vem sendo usados como instrumentos políticos. O país apresentou em


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O país apresentou em 2013 uma inflação que chegou entre 53,4 a 56,2%,existe também forte escassez de alimentos básicos como feijão, arroz, leite e produtos de higiene.Somando isso tudo também há os diários apagões de Energia Elétrica. De acordo com a ONG do Observatório de Violência Venezuelano (OVV), o país encerrou 2013 com uma taxa de 24.763 mortes violentas, o que equivale a 79 mortos para cada 100 mil habitantes, uma das piores taxas do mundo. Manifestantes Em geral, os participantes dos protestos vêm de setores insatisfeitos da sociedade, com as políticas econômicas e de segurança pública do governo atual. Em sua maioria são estudantes universitários e da classe média, que vem sido afetados pelas falsas políticas populistas de Maduro. Apesar de oposição,nem todos são radicais como o MUD.

Existe também uma ala moderada, comandada por Henrique Capriles, é totalmente contra o governo, porém não é a favor dos protestos violentos. Leopoldo López Fundador do partido Voluntad Publica, e aliado ao radical MUD,é o principal líder da oposição e vem colocando em xeque o governo chavista de Maduro com seu tom político e ativista contra o totalitarismo do governo. Os protestos na Venezuela vêm se tornando cada dia mais expressivos e importantes,visto que a população está em grande parte insatisfeita com um governo que vem se mostrando incapaz de solucionar os problemas do país,em meio a um cenário de violência e de instabilidade econômica,consequências de um passado recente semi ditatorial.


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Os estudiosos definem a produção em

O Espaço de Érico Veríssimo na Literatura Gaúcha

três fases que, apesar de serem divididas por tempo, poderiam facilmente ser repensadas quanto aos temas tratados.

Por Yuri Rodrigues AS FASES LITERÁRIAS DE ÉRICO VERISSIMO

Nas primeiras narrativas de Veríssimo, entre 1930 e 1955, pode ser identificada sua preocupação com a crise moral e espiritual que o homem e a sociedade da época viviam. A segunda fase de sua produção literária busca investigar a relação entre o presente degradado por crises e revoluções e o passado histórico marcado pelo heroísmo do povo gaúcho na

O

defesa de seu território. escritor Érico Veríssimo foi, em 1941, para os E.U.A. em

missão cultural, lecionar literatura Brasileira na universidade Berkeley. Em 1953, ocupou o posto de diretor do departamento de assuntos culturais da universidade Pan-Americana, seus registros está descritos em “Gato preto em campo de neve” e a “Volta do Galo preto”. Em 1969 a casa onde nasceu foi transformada em museu, a obra Música ao Longe recebeu o prêmio Machado de Assis, e Caminhos Cruzados, recebeu o prêmio Graça Aranha. Em 1973 escreveu a trilogia da sua autobiografia (Solo de Clarineta) mas não completou o segundo volume. A obra mais importante do autor é a trilogia: O Tempo e o Vento, obra em que Érico Veríssimo retrata 200 anos da história do Rio Grande do Sul. Esta obra é muito ampla e aborda diversas temáticas ao longo dos anos.


27

Assim como outros autores da segunda fase do Modernismo, Erico Verissimo se preocupou com os problemas sociais de sua região natal, o Rio Grande do Sul. Desta forma, é possível enxergar na trilogia de O tempo e o Vento, composta por, O continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1961), retratos de uma região rica, bem diferente do Nordeste árido. A maior diferença da obra está na ocupação do território. Até a última parte da trilogia, o estado do Rio Grande do Sul ainda não estava totalmente povoado. Assim, a obra de Veríssimo retrata a formação da sociedade gaúcha. Em geral, o autor procura ressaltar a importância do elemento humano como parte da formação de um povo. Diferente dos autores contemporâneos, os romances de Veríssimo se preocupam com o comportamento coletivo e com a reflexão sobre a relação entre o indivíduo e a sociedade; entre o individual e o coletivo. A trilogia é considerada a sua obra-prima. Já a terceira fase da produção literária é caracterizada pela ênfase a temas políticos como em O senhor embaixador (1965), O prisioneiro (1967) e Incidente em Antares (1971).

Em 2013, este em cartaz o filme O

Tempo e o Vento inspirado na obra homônima de Veríssimo.

Em 1994m, a Rede Globo fez uma minissérie inspirada no livro de Érico.


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Um pouco de

moral pública.e todos os exemplares do livro

Simbolismo

a seis poemas do livro que é marcado pelo tom

são confiscados. Essa censura deve-se apenas sombrio, com textos que trazem como tema a luxúria, a morte, a volúpia, a imundície etc..

Por Bárbara Schilling Aceitando a censura, Baudelaire escreve ou-

O

tros seis poemas pra substituir os censurados. O movimento Simbolista tende a “Forma Simbolismo é um movimento

da Música” (poesia repetindo fonemas e combi-

literário que surgiu no final do

nando rimas). O descritivismo parnasiano é

século XIX na França. Ele foi inicialmente cha-

abandonado para buscar uma revitalização do

mado de Decadentismo, A denominação de de-

gênero lírico, reinventando palavra após pala-

cadentismo sur-

vra.

giu como um ter-

que a verdadeira

mo depreciativo

poesia

e irônico empre-

em insinuar e su-

gado pela crítica

gerir, não desig-

acadêmica, mas

nando as coisas

Acreditavam consistia

terminou

sendo

adotada

pelos

A

próprios

partici-

Ó Formas alvas, De luares, de Ó Formas vagas Incensos dos

pantes do movimento. O movimento representava uma ruptura com a mentalidade do naturalismo, buscando redimensionar a subjetividade, a imaginação, desvendar o subconsciente e o inconsciente nas relações transcendentes do homem consigo mesmo e com o mundo. Representa uma crise nos valores tracionais da sociedade burguesa da época e inicia a criação de novas propostas estéticas que seriam utilizadas na modernidade. Teve sua origem da obra de Charles Baudelaire chamada As Flores do Mal, publicada em 1857. Charles Baudelaire nasceu em Paris em 1821. Depois de uma infância conturbada, publica a obra “As Flores do Mal” contendo 100 de seus poemas. Por causa da obra, o autor é acusado

pela

justiça

francesa de ultrajar a

por seus nomes comuns. Inicialmente tinham como objetivo

traduzir as ideias para uma linguagem simbólica, depois se converte a uma negativa para a possibilidade de comunicação lógica. Os principais

poetas

dessa

corrente

literária

foram:

Char-

les Bau-

delaire,

Paul

Verlai-

ne,

thur

Rimbaud

e

Stépha-

ne

Mallar-

mé.

Ar-


29

Em 1884, Paul Verlaine publica “Os Poetas Malditos”, enfatizando

Destes dois, o principal

poetas simbolistas como Rim-

escritor do simbolis-

baud, Baudelaire e Mallarmé.

mo no Brasil foi

Eles eram a síntese do artista

Cruz

boêmio e decadente, e criti-

Nasceu em Nossa

cavam profundamente a so-

do Desterro, atual

ciedade do seu tempo. A so-

Florianópolis, filho

ciedade

de

era

indiferente

a

eles, pois eles eram difíceis

e

Sousa.

ex-escravos

desde pequeno re-

de se entender. Isso os levou a

cebeu

serem nomeados como poetas

a

tutela

e

educação refinada de

amaldiçoados. Essa maldição cres-

seu ex-senhor, Marechal

ceu tanto que pareceu ser tão moral e

Guilherme da Sousa. A mu-

espiritual quanto social, contribuindo para a

lher do Marechal não tinha filhos en-

imagem de que para ser um verdadeiro artista,

tão passou a proteger e cuidar da educação de

deve-se sofrer agonias de gênio.

João da Cruz. Ele adota o sobrenome do Mare-

O simbolismo no Brasil teve inicio com a

publicação de duas obras de Cruz e Sousa: Antífona Missal (prosa) e Bro-

chal Guilherme de Sousa, tornando-se João da Cruz e Sousa. Cruz e Sousa teve que enfrentar o pre-

quéis (poesia), e teve

conceito racial contra os negros, que era muito

força

até

mais evidente do que é agora. Em 1893 publi-

1920 com o começo

cou as obras que são consideradas o marco

do movimento moder-

inicial do Simbolismo brasileiro. Entre suas

nista. Os principais

obras podemos citar O Livro Derradeiro de

autores do movimen-

1961, Tropos e Fanfarras, de 1885 (feito em

to foram Cruz e Sousa, e Alphonsus de Guima-

colaboração com Virgílio Várzea), e “Outras

raens.

Evocações” de 1961. João da Cruz e Souza

brancas, Formas claras e neves, de neblinas! s, fluidas, cristalinas... turíbulos das aras...

no

país

faleceu em 1898, vítima de um caso grave de tuberculose.

Cantina


30

Porto Cultura Por Gabrielle Martini Laura Faneze

onados a fotografia, como o prêmio Eugene Smith de Fotografia Humanitária e o prêmio Unesco categoria cultura no Brasil. O trabalho começou em 2004, onde o fotografo passou por mais de 30 países, abrangendo

P

expedições que necessitavam de muita caminhaara quem gosta de fotografia, de 13 até

12 de maio, na Usina do Gasômetro haverá a exposição “Genesis” do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado. Fotos em preto e branco apresentando temas de debates sociais como animais, tribos e diferentes lugares do mundo são o foco do novo trabalho de Sebastião. A exposição, que acabou ocupando oito anos da carreira de Salgado, compondo 245 imagens capturadas nos cantos mais selvagens do planeta e tendo como curadora sua esposa Lélia Wanick (com quem criou a “Amazonas Imagens” uma agência de imprensa fotografia que trabalha exclusivamente sua produção e obra) mostra um novo olhar sobre o mundo através das lentes de uma câmera. Tamanho o reconhecimento, o fotógrafo foi convidado a ser ministrante da Aula Magna 2014 na UFRGS. A faculdade terá o privilégio de ter externamente em seu Campus Centro, obras de Salgado que permaneceram até o mesmo período que a exposição na Usina do Gasômetro. Mostrando mais importância ainda, Salgado é ganhador de diversos prêmios relaci-

da, uso de helicópteros e até Canoas. A foto ao lado representa uma experiência animal com uma baleiafranca-austral na Argentina, sobre ela Salgado conta “Ela vinha, no início, com o bebezinho dela, mas não se aproximava do barco. Depois, devagarzinho, foi se aproximando, até o ponto em que ela vinha ao barco e eu tocava nela como se fosse um cachorrinho. (...) Ela é de uma sensibilidade extrema. Eu passava a mão na face dela e via a pele dela inteirinha tremer, até o fim da cauda. (...) Ela às vezes pegava a gente entre a cabeça e a cauda, e eu não podia fotografar. A gente ficava dentro dela! Ficou amiga nossa”. Quando criticado a respeito do patrocínio da mineradora Vale, Salgado que tem grande consciência social e contribui com organizações de causas humanitárias e preservação da natureza, diz “A mudança não vai partir deles, vai ser de todos nós”, referindo-se também aos


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Seguindo a linha da sustentabilidade, a

A exposição abriu em março e vai ate dia

Casa de Cultura Mário Quintana está de portas

quatro de maio, com entrada franca, e ocorre no

abertas para receber doações de calçados para

Museu do Trabalho, na rua Andradas, 230, centro

manter o “Jardim de Reaproveitamento”. O proje-

da cidade. As ilustrações foram expostas pela Fo-

to que tem como criador o biólogo Edgar Salla e

lha de São Paulo e conta com trabalhos inéditos.

realizado por meio de uma ação ambiental, suge-

Seu livro “... E depois a Maluca Sou Eu”

re a nós refletir sobre meio ambiente, recursos

traz 200 ilustrações publicadas desde 1977 até

naturais, consumo ex-

2013, nas colunas de

cessivo, resíduos ge-

Paulo Francis e Contar-

rados, reciclagem e

do Calligaris no principal

reaproveitamento.

jornal de São Paulo. Ao

O biólogo afir-

final do livro, há um de-

ma “O seu andar vira

poimento ilustrado da

um jardim”, e os sapa-

artista que foi escrito

tos usados que foram

durante

renomeados de “vasos

internação pelo uso de

sustentáveis”

são

drogas, em 2001, repre-

transformados em flo-

sentando sua dor e hu-

reiras e assim contri-

mor perante a vida. So-

buem para uma Porto

bre seu livro, ela tam-

Alegre melhor.

bém fala “Sempre quis

Para

sua

primeira

quem

ver tudo reunido, por-

quer outra opção Mari-

que você acaba per-

za Dias, atual referên-

dendo a noção de con-

cia para ilustradores,

junto de seu próprio

lança seu mais novo

trabalho

livro e sua nova expo-

publicando e não vai

sição. De origem guatemalense e filha de diplomata, Mariza já morou em diversos lugares do mundo como Roma, Paris e Bagdá.

quando

vai

arquivando à vista”. Parcialmente financiado por seus amigos e em pré–venda no site Catarse, que funciona

Com fama de doidona e traços arrojados,

como uma espécie de “vaquinha” online para

Mariza faz arte com o cotidiano e noticioso, im-

bancar o restante, esforços não são medidos

presso em jornais, todas para serem aproveitadas

para mostrar a todos seu trabalho, que ainda é

da melhor maneira, fazendo com que os leitores

moderno, contemporâneo e visceral. Seu traba-

se prendam às suas reflexões sobre história, que

lho não envelhece e continua buscando novos

ao mesmo tempo criam uma nova. Suas ilustra-

rumos para a expressão gráfica. Livro indispen-

ções sempre foram além do nanquim, sendo a

sável na estande de jornalistas, artistas gráfi-

primeira a utilizar a Xerox para retratar texturas e

cos e de todos que

objetos como tecidos e guardanapos.

amam desenho.


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Festival de Curtas La Salle São João

desenvolvendo nas escolas onde trabalho. É uma coisa que dá certo, que os alunos gostam. É legal, imagina, tu criar um roteiro, produzir um filme e ser responsável por isso. Como botaram em prática e qual a reação do colégio?

Por: Caroline Correa

O projeto foi muito bem aceito pelo colégio. Conversamos com o setor pedagógico e a direção e eles ainda reforçaram que iriam investir, nos apoiarem, que seria um projeto novo, até porque os objetivos do colégio é sempre a renovação, então foi essencial termos a escola como uma base de apoio. O curta será separado em etapas:

Sinopse – trechinho sobre o que se trata o filme, tema principal;

Roteiro – para um curta de 15 minutos, é basicamente de quatro a cinco páginas, levando em consideração a importância de coerência entre o curta e o roteiro;

J

á não é segredo nenhum que o La Salle São João está sempre inovando em novos projetos, para acrescentar na lista de “inovações” que o colégio propõe, os professores Carlos Ely, de história, e Douglas Justen, de Filosofia, decidiram apresentar mais um projeto incrível. Para a nossa surpresa, será um Festival de Cinema, produzidos em curta metragem de 5 a 15 minutos com os temas de ficção, documentário e animação. Produzir seu próprio curta seria inédito, não? Como a escola deu a liberdade de botarem essa ideia em prática, eles nem pensaram duas vezes em já darem início ao projeto. Além do mais, seremos premiados não só com troféus, mas também teremos direito a notas bônus e entrada em tapete vermelho. Já pensaram sobre como seria ter a experiência de viver um quase Oscar? A ideia é trazerem jurados especializados, como Tabajara Ruas, documentaristas, jornalistas e até professores da PUCRS. E para acabar com tanta expectativa, tivemos uma entrevista exclusiva (nada impossível) para sabermos mais sobre esses curtas. De onde surgiu a ideia? Pensamos no projeto como um mecanismo para vocês poderem se expressar. Vocês tem várias maneiras de dizerem o que pensam aqui no colégio, mas o projeto de curta seria inovador, é algo que o Carlos já desenvolveu em outros colégios e eu (Douglas) também estou

 Banner – um banner legal para chamar a atenção, tendo uma página inicial com os banners criados por vocês; 

Design de capa – salvo em dvd, é importante ter uma capa, como um folhetinho, para entregarmos aos convidados;

Produção do filme – o básico e mais importante, afinal de contas, não haverá curta sem uma produção.

A ideia é que os curtas fiquem no departamento de mídia da biblioteca, como por exemplo, um professor querer trabalhar em um tema específico, então eles podem utilizar o material que vocês produziram. O colégio é muito parceiro, ele é bem enfático, entao ele vai nos ajudar no que puder. Se quisermos buscar algo a mais, isso é por nossa conta.


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Qual a importância do projeto?

turmas, já que é um trabalho de Ensino Médio.

Além da questão da nota, dos troféus, certificados e os acréscimos que o La Salle disponibilizará, o que nós queremos é que vocês possam aprender com isso, se descobrirem. Daqui a pouco vocês percebem que em vez de escolherem uma certa faculdade, acabam gostando e ficando pela parte de cinema, jornalismo, rádio e TV, apenas um exemplo. Quem sabe alguns acabam tomando gosto por isso e seguindo essa ideia. Queremos que tirem algo proveitoso disso, que os curtas passem uma mensagem significativa para cada um que estiver assistindo e também para os que gravaram.

Quais são as avaliações de filmagem?

O maior desafio para o planejamento e realização do Festival ainda há por vir! Nosso maior desafio é fazer os alunos comprarem a ideia, o resto é relativamente fácil, pois nós podemos montar. Afinal, não depende só de nós, podemos ter o melhor planejamento de curta metragem do mundo, se nós chegarmos e a galera do ensino médio nao comprar a ideia, não sai festival nenhum. Quais são os critérios? Terá uma série de critérios, lembrando que não pode haver palavrão e os temas são livres. É legal que seja como uma ótica social, onde possam passar algumas imagens boas com isso, um fundamento. Não podem aparecer imagens de empresas e propagandas. Temos como ideia fazer uma abertura, aparecendo todas as curtas metragens, inclusive do colégio Mãe de Deus (Zona Sul) que por sinal venceram o Festival de Guaíba, e o colégio onde o Carlos trabalhava (Glória), para terem uma base mais ou menos. Serão exibidos todos os curtas criados, claro que apenas os que se encaixam nos padrões de critérios propostos. A qualidade da gravação e áudio, caso o som não for muito bom, nós não iremos mandar vocês refazerem todo o curta, mas vamos pedir para porem legenda, entao é trabalho a mais. O figurino e o cenário vocês terão liberdade para filmarem onde quiserem. Durante a apresentação no Festival, serão eleitos os melhores curtas, de 1º até 3º lugar. Mesmo ainda não decretado, é capaz de serem até 15 pessoas no grupo para a gravação, podendo incluir pessoas de fora e até mesmo as outras

Como por exemplo “Ah vamos fazer um curta como Game of Thrones” não, nós queremos originalidade e criatividade, vocês criam o roteiro, claro que tem direito de pegarem algumas ideias de outros filmes, mas adaptados para serem uma coisa de vocês. É preciso que seja uma coisa nova, que tenha clareza das ideias, que assista o curta e se entenda a história, que passe uma mensagem e seja interessante. O que esse projeto significa para vocês? Isso é um sonho da gente, existem milhares de festivais acontecedo no brasil inteiro, Festival de Porto Alegre, Festival de Brasilia e até mesmo um dos mais conhecidos, como o Festival de Santos. Hoje em dia é muito mais prático se inscrever, já não é preciso por em cds ou pen drives, é simplesmente entrar no site e cadastrar todos os detalhes do teu curta, tu joga no youtube e manda pra eles. Caso o curta de vocês seja indicado, vocês são convidados a participar da noite do festival. O curta é um trabalho prazeroso de ser feito, é uma coisa boa para se fazer, são várias horas de filmagem para aqueles 15 minutos valerem a pena, uma obra que vocês mesmos estarão criando. E então galerinha, o que acharam? Estão ansiosos? É importante ressaltar que no dia das apresentações dos curtas, vocês estejam vestidos socialmente, não ousem chegar com tênis esportivos e não é necessário exagerarem nos vestidos. Para a sorte das meninas, não exigem os longos (ufa). Os recursos serão responsabilidade nossa, mas eu garanto que os professores não negarão uma pequena ajudinha para nós. E sabem o mais legal? Os professores Carlos e o Douglas também fizeram parte da criação dos curtas, tivemos em primeira mão a revelação sobre um dos cenários das filmagens, o que será que eles estavam fazendo no Parque Eólico de Osório? Agora é só esperar para ver.


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Turismo da cannabis Por: Bárbara Arias

A

Holanda é famosa pela sua tolerância às drogas leves que, segundo alguns estudiosos, representam riscos menos significativos à saúde pública, dentre elas, encontram-se os derivados da cannabis. Mas como a droga chegou aos Países Baixos? Logo após a Segunda Guerra Mundial, através dos soldados, a maconha atingiu o local, porém seu consumo era restrito a grupos reduzidos, isso até o início dos anos 60, aproximadamente. Logo depois apareceram os Provos, grupo de pessoas motivadas a importunar as autoridades. Uma maneira de provocar era portando folhas secas, e como a polícia ainda não possuía muito conhecimento sobre a erva, acreditavam fosse marijuana, punindo equivocadamente as pessoas. Então, no começo dos anos 70, o governo realizou estudos sobre a droga, e dois relatórios (Baan e Cohen) propuseram a legalização dos derivados da cannabis, contudo as autoridades acreditavam que não seria plausível por conta dos tratados internacionais e das perspectivas dos demais países europeus. Finalmente, em 1978, o governo fez a distinção entre drogas leves e drogas pesadas, fazendo parte do primeiro grupo: as pílulas para dormir, tranquilizantes, cogumelos mágicos e a cannabis. Desde então, a utilização da maconha deixou de ser vista como uma ofensa e a venda de pequenas quantidades passou a ser tolerada, fazendo com que o mercado negro se reduzisse drasticamente. Com a tolerância da maconha, a moda dos Coffeeshops (local onde o negócio central é o comércio de maconha) na Holanda foi crescendo, tendo o ápice nos últimos anos.. Como o consumo da erva e seus adjacentes não é legal, existem algumas regras específicas e fiscalizadas pelas autoridades. O único local em que é permitida a venda da droga são os coffeeshops, além disso, o estabelecimento não pode vender mais de 5g de maconha para o mesmo cliente por dia. Somente maiores de 18

anos podem frequentar o ambiente e adquirir os produtos que se originam da cannabis. Álcool, cigarros de tabaco e drogas pesadas (como cocaína, ecstasy, LSD, heroína e etc.) não podem ser comercializados e consumidos nestes locais. Também é proibido qualquer tipo de publicidade utilizada para atrais pessoas até os coffeeshops. A entrada de turistas em coffeeshops é liberada, porém em 2012 o governo holandês queria fazer com que o consumo da maconha no país fosse acessível somente aos residentes da Holanda. O objetivo era fazer com que diminuísse o “turismo da droga”, feito por turistas do mundo inteiro que vão até a Holanda com o a intenção de consumir entorpecentes e acabam trazendo transtornos (engarrafamentos, algazarras, imenso barulho e etc.). Contudo, seis meses após de lançada, a lei fora revogada trazendo alivio para os proprietários de coffeeshops. O governo permitiu que cada cidade decidisse se a entrada de turistas seria ou não liberada nos locais. Produtos feitos a partir da cannabis. O país possui com cerca de 670 coffeeshops espalhados pelo seu território. No ano de 2013, a Holanda recebeu mais de 12,7 milhões de turistas, aonde cerca de 35% tinham o intuito de ir aos coffeeshops. Além desses estabelecimentos, o país conta com o Museu da Maconha&Hashish, que mostra a história da erva, rituais, uso medicinal, entre outras coisas, e a Universidade da Maconha, onde é ensinado as técnicas de cultivo. Universidade da Maconha Mas mesmo tendo como atração principal a maconha e os estabelecimentos para o consumo, apenas 25% dos municípios holandeses possuem coffeeshops.


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Violência nos Estádios, uma vergonha para nós! Por: Juliano Prauchner Anderson Barrey

O

futebol é o esporte mais difundido e praticado no Brasil, é considerado uma paixão nacional e é o maior fenômeno social dos últimos anos, pois ocupa grande parte das pautas esportivas no rádio, na televisão, nos veículos impressos e, mais recentemente, na internet. Ao longo de mais de 100 anos de história no país, o futebol foi ganhando cada vez mais espaço. Atualmente, é impossível compreender este esporte sem contextualizá-lo, pois ele agrega fatores como cultura, política e economia. Porém uma inquietação vem incomodando todo torcedor fanático por futebol, o caso da violência cada vez mais presente nos estádios, esse fato tem afastado os torcedores dos estádios, muitos acabam optando por assistir ao jogo em casa distante da violência. O futebol como meio de expressão de identidade nacional tornou-se tema comum de ensaio e pesquisa no que se refere à canalização de algumas formas de agressividade que ocorrem em um jogo de futebol, não precisamente dentro de campo, mas em todo o estádio, sobretudo nas arquibancadas. Os hooligans são torcedores que colocam a violência lado a lado com a paixão pelo seu clube, essa onda de vandalismo começou em

1960 na Inglaterra, e agora se expande cada vez mais por países como: Rússia, Itália, Holanda, Polônia e Brasil. As torcidas dos times mais envolvidos são: Chelsea, West Ham e Millwall da Inglaterra, Milan, Lazio e Internacionale da Itália, Zenit e Spartak Moscow da Rússia, FC Den Haag e Ajax da Holanda, Grêmio e Palmeiras do Brasil. Esses torcedores têm como princípio defender seu time na arquibancada, enfrentam torcedores adversários e até mesmo a policia dentro e fora dos estádios, tendo a violência como fator único. No momento em que uma pessoa participa de uma torcida organizada, ela se expõe a situações de diversas emoções, muitas vezes reprimida pelo meio social do cotidiano. Desta forma, é diante da torcida que essa pessoa demonstra sua identidade e começa a manifestar e agir de maneira que não faria isoladamente colocando para fora todo sentimento de impotência e frustração pessoal, que foram diluídas no coletivo das arquibancadas. Sobre esse aspecto, o futebol apresenta dimensões positivas ligadas ao espetáculo a motivação e a alegria de várias pessoas, porém o mesmo tem trazido a violência, em que parte integrante dos noticiários esportivos vem mostrando que, tanto no campo, entre os jogadores, quanto na arquibancada, entre os torcedores, vem ocorrendo um índice alto de violência. A violência exacerbada dos torcedores, por sua vez, não poderia ser entendida de forma simplista, uma vez que está presente a manifestação de alguns marginais. Essa violência constitui a expressão da sociedade brasileira por muitas vezes reprimidas em outras ocasiões. Nesse sentido, eis a seguinte questão: O que está acontecendo que tem gerado tanta violência estádios de futebol?


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O historiador Nicolau Sevcenko comenta o motivo dessa paixão pelo futebol: ‘’... Parte da explicação esta nas cidades, parte no próprio futebol. A extraordinária expansão das cidades se deu a partir da Revolução Científico-Tecnológica, pela multiplicação acelerada da massa trabalhadora que acorreu em sucessivas e gigantescas ondas migratórias. Nas metrópoles assim surgidas, ninguém tinha raízes ou tradições. Na busca de novos traços de solidariedade coletiva, de novas bases emocionais de coesão que substituíssem as comunidades, essas pessoas se vêem atraídas, dragadas para a paixão futebolística que emana estranhos, os faz comungarem ideais, objetivos e sonhos, consolidando famílias vestindo as mesmas cores...’’ (SEVCENKO apud LIMA,

2002, p. 7). A violência é inerente ao futebol desde o seu período primitivo. Por se tratar de um jogo com muito contato físico, gerando agressões entre atletas, o torcedor, espectador que considera o jogador de seu time ‘ídolo’ pode se contagiar com um possível ato de violência dentro de campo ocorrido no campo e repetir nas arquibancadas. Os torcedores brigam ‘’ para conquistar uma espécie de ‘domínio’ sobre o torcedor adversário’’. Como o futebol não pode contexto, pois perderia o nos estádios é reflexo da de segurança nacional. remunerada e equipada.

ser retirado do seu sentido, a violência falência do sistema A polícia é mal-


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Tivemos um caso grave e marcante em um jogo clássico entre Grêmio e Internacional pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro no ano de 2006, em que torcedores da ‘’Geral do Grêmio’’ queimaram banheiros químicos e invadiram o espaço destinado aos torcedores do Internacional, causando diversos confrontos com a policia e torcedores adversários, repercutindo negativamente por todo território nacional. Percebe-se que são 400, 500 torcedores, que já vão dispostos ao estádio para tumultuar e tirar o foco do

espetáculo, atos de puro vandalismo são comuns causando muito trabalho a polícia. A categoria engloba títulos que possuem como característica o resultado da violência no Gre-Nal como as prováveis punições aplicadas aos infratores e a repercussão do fato. A violência envolvendo o futebol tem recebido cada vez mais atenção dos profissionais, diri-

gentes e autoridades. Estes episódios ocorrem em momentos isolados, não fazem parte do cotidiano futebolístico. Porém quando ocorrem não devem ser ignorados. O futebol brasileiro, nos últimos anos, passou a preocupar-se com a modernização, seja na infraestrutura ou na legislação para torcedores e profissionais envolvidos. O Estatuto do Torcedor apresenta algumas medidas relativas a segurança dos envolvidos numa partida de futebol, mas até o momento, não foi criada nenhuma legislação especifica

para punir torcedores envolvidos em atos de violência. A mídia exerce um papel importante no futebol. A grande parte das receitas dos clubes brasileiros vem das cotas pagas pelas emissoras de televisão. O futebol brasileiro tem que ser encarado com mais profissionalismo pelas instituições organizativas, tendo que a violência nos estádios passou a ser considerada um problema social, uma vez que tomou uma enorme proporção e um grande incomodo aos interesses em torno do evento esportivo.



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