BDF_384

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Circulação Nacional

Uma visão popular do Brasil e do mundo

Ano 8 • Número 384

São Paulo, de 8 a 14 de julho de 2010

R$ 2,80 www.brasildefato.com.br Antônio Cruz/Abr

PNDH: repulsa à audiência pública tem fim ideológico As críticas que foram feitas à recomendação do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) de que, antes das reintegrações de posse, ocorressem audiências coletivas com os envolvidos, escondem um fundo ideológico. A proposta foi retirada após pressão de setores conservadores que confiam no comprometimento incondicional do Poder Judiciário com a defesa da propriedade. Esse é o tema da quarta e última reportagem da série publicada pelo Brasil de Fato sobre recuos do governo federal em pontos chave do PNDH-3. Pág. 7

A disputa pela água no Haiti pós-terremoto Como forma de impedir a privatização da água sugeridas por transnacionais, os camponeses no Haiti têm trocado experiências, sobretudo com movimentos sociais como a Via Campesina, acerca de um modelo solidário de captação de chuva por meio de cisternas especiais que armazenam até 8 mil litros. Pág. 11

No Quirguistão, motivações dos enfrentamentos não são étnicas À medida que o tempo passa e a situação no Quirguistão torna-se mais desesperadora para os refugiados, o mito de que o conflito seja meramente étnico cai por terra, ao menos parcialmente, depois de uma análise sobre suas origens. A jornalista uzbeque Ekaterina Golubina acredita que “ainda que haja, de fato, um embate maior entre membros das etnias uzbeque e quirguiz na região, é provável que o conflito se trate de uma luta por poder entre a elite deposta e a nascente”. Pág. 12

Estragos causados pela enchente do Rio Mundaú no município de Branquinha, em Alagoas

Descaso do poder público agrava situação das vítimas no Nordeste As chuvas que provocaram enchentes em Alagoas e Pernambuco não são uma exclusividade desta temporada. Elas ocorrem todos os anos, ainda que, neste, as consequências tenham sido mais graves. Os desastres são sempre acompanhados de promessas dos governantes de fazer investimentos para que a população não seja mais atingida. Entretanto, os projetos implementados raramente

conformam reformas estruturantes que resolvam o problema dos atingidos. Um exemplo é o projeto dos governos federal e alagoano de construção de moradias na Lagoa Mundaú, em Maceió (AL). A oferta não acompanha o crescimento demográfico da região e habitações que estavam quase prontas, com beneficiários definidos, foram ocupadas por vítimas das enchentes. Págs. 4 e 5

O lado real do trabalhador em serviços de telemarketing A categoria do operador de telemarketing é odiada por boa parte das pessoas. Mas o que poucos sabem é que essa profissão revela indícios diversos de exploração do trabalho. “O trabalho é muito isolado. O tempo para refeição e para ir ao banheiro é muito pequeno. E há a inexistência de tradição sindical”, afirma Ricardo Antunes, um dos organizadores do livro Infoproletários – Degradação real do trabalho virtual. Pág. 3 ISSN 1978-5134

Na Venezuela, a crise inventada pela imprensa Em artigo, o economista Mark Weisbrot analisa as diferenças entre as situações econômicas de Venezuela e Grécia. Para ele, o país sul-americano não está em crise; apenas sofre as consequências de algumas políticas macroeconômicas equivocadas do governo. Pág. 11

No pós-golpe, economia de Honduras definha Um ano após a deposição de Manuel Zelaya em Honduras, a situação política instável do país reflete negativamente na economia. Mais de 1,2 milhão dos cerca de 8 milhões de hondurenhos não têm emprego e um terço da população vive com menos de um dólar por dia. Pág. 9

Reprodução

Alfonso Ocando/Prensa Miraflores

Cena do filme Bom dia, meu nome é Sheila, que retrata a profissão de operador de telemarketing


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