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LITERATURA
A Mão que Pune - 1890
Fevereiro 2019
15
A Mão que Pune -1890 o novo livro de Octavio Aragão
A
Mão Que Pune - 1890 é a sequência de A Mão Que Cria, que tive a oportunidade de ler e resenhar em outra ocasião. Terminei a resenhafalando sobre esta sequência, desde então em desenvolvimento, com um “resta aguardar”. Pois aqui está.
Mas isso é tão somente o começo: são 210 páginas de aventuras aéreas, vinganças, truculências e cientistas loucos com suas versões do que é melhor para a Humanidade; um desfile histórico e fictício de personagens em situações que, como leitores, poderíamos pensar como ficaria com mais detalhes e desenvolvimento alguns trechos, explorá-los por outros vieses e com ainda mais personagens. Sob certo aspecto, o livro funciona como um celeiro de ideias que, espero, possamos vir a ler algum dia demais desenvolvimentos.
Vou me repetir um poico a resenha antiga: acompanho a carreira literária do amigo Octavio Aragão desde os tempos da Intempol e, como na resenha de 2011, cabe o alerta ao leitor de que isenção não é exatamente o caso aqui. Tive, ainda, o prazer de ser um dos ‘leitores beta’ do romance, ao longo de 2018. Ver a obra acabada foi uma grande alegria.
O livro conclui com um gentil posfácio contando a gênese da obra, assim como detalhes sobre os personagens apresentados: pesquisa foi feita, em pelo menos um caso, acadêmica - Agostini foi tema de Mestrado do autor. Boa parte ali, advinda de uma extensa e prazerosa vida de leituras.
A Mão Que Pune 1890 é uma “prequel”, ou seja, se possa antes dos eventos narrados em A Mão Que Cria, com o cenário situado ao final do Século XIX, semeando as situações que vimos se desenrolarem no outro livro.
De brinde, ainda prefácio por Christopher Kastensmidt, escritor americano autor do projeto A Bandeira do Elefante e da Arara, projeto lúdico envolvendo o Brasil Colônia.
Assim, aqui também temos também um desfile de personagens históricos e fictícios interagindo e protagonizando uma história de aventura e ação, intrigas e planos para dominação global: para quem assistiu (ou leu) A Liga Extraordinária ou a série Penny Dreadful (HBO), é como se fosse o mesmo gênero. Começa em Paris, 1890, com a narrativa pela voz do protagonista Angelo Agostini, chargista político ítalobrasileiro da vida real que foi a dor de cabeça de Dom Pedro II e dos políticos do Império, agora vivendo a tragédia pessoal da morte recente da amante e tendo seu filho recém-nascido sequestrado por partes inesperadas e terríveis.
Foram 12 anos entre um livro e o outro. Tempo demais, mas às vezes assim segue a vida. Cabe agora torcer para que a Caligari adote e lance A Mão Que Cria, dispondo mais essa obra de Octavio Aragão para o leitor que está chegando agora ou que perdeu a oportunidade na época.
Luís Felipe Vasques
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Octavio Aragão
Dados Título: A Mão Que Pune: 1890 ISBN: 9788594496485 Idioma: Português Encadernação: Brochura Formato: 14 X 21 Páginas: 210 Ano de edição: 2018 Edição: 1ª Octavio Aragão é designer gráfico, professor e pesquisador da UFRJ. Octavio Aragão Dr. em Artes Visuais – EBA-UFRJ Professor Adjunto – ECO-UFRJ Blog – http://www.octavioaragao.blogspot.com Currículo Lattes – http://lattes.cnpq. br/4061559997085242
Luiz Felipe Vasques é designer gráfico formação e fã de Ficção-Científica desde que se dá por gente. Participa ocasionalmente de antologias do gênero fantástico e co-organizou duas, Super-Heróis (2013) e Monstros Gigantes - Kaiju (2015), ambas pela editora Draco.