O Futuro de Brumadinho em foco

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FOLHA Nova Lima | abril 2019 | nº22 | ano 12

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Vamos juntos subir cada degrau projetado pelos participantes da audiência pública promovida pela ARCA-AMASERRA em Brumadinho. Precisamos de você para construirmos juntos um futuro melhor!

Colecione as aquarelas da Folha da ARCA, leve 5 diferentes ao centro de visitantes na Serra da Calçada e ganhe um brinde, (aberto sábados e domingos de 8h às 12h).


Que

TREM é este?

Que trem é este, que traz flores para renovar a nossa região? Ele chega para iluminar o fim do túnel de lama, carregando o sonho das águas limpas e de navegação no rio Paraopeba, passando por praças, memoriais, novos museus e parques, feiras culturais, capacitação. Um trem grande, chegando com o som da cultura, do esporte, da saúde ambiental, da biodiversidade, da tecnologia, da inovação. Os vagões não param de passar com flores amarelas, que salpicam lembranças de quem se foi, homenageando quem luta em luto. Os vagões vão recheados do doce, deste belo vale, da agricultura familiar que se fortifica bebendo do turismo rural e do cultivo de orgânicos. É neste trem mineiro que embarcamos para uma viagem onde faremos paradas nos temas sugeridos durante a audiência pública “O futuro de Brumadinho”, promovida pela ARCA-AMASERRA, no dia 13 de março, na Câmara Municipal da cidade.


Breno Carone, diretor de relações institucionais da ARCA-AMASERRA, falou na audiência sobre a busca de novas formas de receita para Brumadinho: “Hoje, organizações sociais, moradores, deputados estaduais, vereadores, integrantes do Sebrae, do ICLEI, da SKEMA Business School Brasil, da Fundação Dom Cabral, da UFMG, do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Paraopeba, do IGAM, da OAB, das secretarias de Meio Ambiente e de Turismo do Estado e das prefeituras do entorno estão juntos aqui. Todos pensando no pós-mineração”.

Brumadinho vai aderir ao ICLEI?

O futuro de Brumadinho e do seu entorno em foco

Durante a audiência pública promovida pela ARCA AMASERRA no dia 13 de março, na Câmara Municipal de Brumadinho, foram debatidas temáticas relacionadas com a recuperação das áreas atingidas e degradadas, a industrialização sustentável, o turismo, a cultura, a agricultura e os novos negócios com ênfase na sustentabilidade, além do uso de novas tecnologias na área de mineração e da gestão eficiente da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais).

O integrante do CBH Paraopeba, Mauro Costa Val, falou sobre o renascimento do rio. Mauro ressaltou que o Rio Paraopeba, por suas peculiaridades, tem um potencial estupendo para atividades de turismo e esportes aquáticos. Ainda não explorado, que não recebeu devidos investimentos. Porém, antes disto, o CB-Paraopeba tem que se maturar, empenhar, fortalecer, unir, e efetuar longos anos de articulação institucional, no âmbito de suas funções institucionais. Visto que a poluição e a contaminação são inimigos do turismo, da biodiversidade e da saúde e felicidade dos seres humanos. E Simone Bottrel, coordenadora da ARCA-AMASERRA, ressaltou: “O Paraopeba pode ser navegável novamente, e o modal ferroviário em Brumadinho trará os turistas e visitantes, levando a fruta doce desta região para o mundo. As propostas e ações iniciadas e expostas na audiência produziram força e esperança para todos os presentes. Foram muitas novidades. Ao longo deste ano vamos acompanhar tudo e divulgar nas edições da Folha da ARCA”.

Uma das importantes apresentações na audiência pública “O futuro de Brumadinho” foi a da consultora de projetos do ICLEI para a América do Sul, Armelle Cibaka. Em conjunto com a reitora da SKEMA Business School Brasil SKEMA, Geneviève Poulingue, elas apresentaram algumas soluções desenvolvidas pelo ICLEI. A ARCA-AMASERRA trabalha pela adesão de Brumadinho a esses programas. O que é o ICLEI? O ICLEI é uma rede global, envolvendo com cerca de 1.500 cidades e regiões comprometidas com a construção de um futuro sustentável. Por meio de esforços coletivos, impactam mais de 25% da população urbana global. Leia mais em www.amaserra.org/folha

ENTREVISTA Germano Luiz Gomes Vieira, Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais. Como o Estado pretende garantir a segurança da população, considerando as dezenas de barragens como essas, existentes em Minas? As questões referentes à segurança de barragens são definidas pela Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e a fiscalização daquelas com rejeitos minerários compete à Agência Nacional de Mineração (ANM). Recentemente, o Executivo Estadual aprovou a nova Política Estadual de Segurança de Barragens, chancelada pelo senhor Governador, Romeu Zema, no dia 25 de fevereiro de 2019. O Executivo pretende elaborar a regulamentação da questão e discutir com especialistas da área, sociedade civil e no Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), de modo a construir novas regras junto ao Conselho. Construir e altear barragens a montante é proibido em Minas Gerais desde 2016. A nova Lei, de fevereiro de 2019, também ordena a descaracterização de todas, inclusive as inativas. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) também já havia determinado essa medida pela Resolução 2.762/2019 e 2.765/2019, além de suspender a análise de processos ambientais até que fossem estabelecidas novas regras para o setor de engenharia e governança. As premissas para regulamentação serão transparência, controle social, proteção humana e ambiental. Isso deverá nortear o Copam. A fiscalização dessas estruturas será aprimorada? Certamente. A Lei e sua regulamentação no Copam trará um grande aprimoramento na legislação, e mais importante, uma maior integração entre os órgãos de Defesa Civil, Municípios, ANM e Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). Leia a entrevista completa em www.amaserra.org/folha


ARCA-AMASERRA propõe a criação de um parque estadual na região de Macacos

Um parque estadual localizado entre o distrito de São Sebastião das Águas Claras (Macacos) e a Estação Ecológica de Fechos, com uma área total de quase 230 hectares, recoberta por mata atlântica, canga, campos e cerrado. Um sonho que poderá se concretizar! Leia mais em www.amaserra.org/folha

Para vários membros da ARCA-AMASERRA a aprovação do projeto de lei “Mar de lama nunca mais” representa a maior vitória ambiental dos últimos 20 anos.

Leia mais em www.amaserra.org/folha

Reforma administrativa propõe cortes e ameaça a implantação do projeto de lei “Mar de lama nunca mais“

Preparando para a temporada de incêndios

Projeto Revitaliza, da COPASA, entrega kits de combate a incêndio demandados pela ARCA -AMASERRA para as brigadas de combate a incêndios do Condomínio Retiro da Pedras.

Como participar e ajudar a construir um mundo melhor

A legislação ambiental prevê inúmeros momentos e espaços para a participação da sociedade nos processos que visam autorizar e regular a instalação e o funcionamento de empreendimentos de grande impacto ambiental. Leia mais em www.amaserra.org/folha

Conheça os serviços prestados pela ARCA-AMASERRA

VISITAS GUIADAS SERRA DA CALÇADA • Caminhadas para equipes de alta performance (empresas) • Caminhadas educativas para escolas (ensino médio e superior)

• Caminhadas de Imersão na biomimética para repaginação social. (turistas, escolas e empresas, grupos) CURSOS • Organização de palestras, cursos e seminários • Promoção de cursos: curso de campo rupestre para viveiristas, jardineiros e paisagistas; cursos de artesanato “ecofriendly”; cursos de pintura em tecidos com tintas orgânicas

A Folha da ARCA é uma publicação da ARCA AMASERRA. Coordenação editorial: Simone Bottrel Jornalista: Paulo André Mendes Ilustrações: Monica Bonilha | Arquiteto de Informação: Guilherme Borja | Projeto gráfico e diagramação: Paola Valamiel Impressão: Gráfica Formato Tiragem: 5.000 exemplares. Agradecemos aos doadores e anunciantes por esta edição.

Anuncie ou contate: amaserra@gmail.com ou 3135686256 Agende e visite nosso centro de atendimento na Av. Azaleias |nº 1000 Retiro das Pedras | Brumadinho |MG www.amaserra.org apoio:

• Execução de reabilitação de matas ciliares e revegetação de áreas degradadas; • Mapeamento, manutenção, sinalização e recuperação de trilhas.;


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