Bip Nature - 303

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E D I Ç Ã O

Ú N I C A

Bip Nature REVISTA DOS ALUNOS DA TURMA 303 DO COLÉGIO MURIALDO CAXIAS DO SUL

Antártica Juçara Bordin, pesquisadora que já participou

de cinco expedições para o continente gelado, conta o que aprendeu sobre

Paixão por basquete

vegetação e preservação climática

Uma entrevista com o jogador caxiense Vinícius Paixão, que faz parte do Caxias do Sul Basquete

Tecidos naturais Caroline Donilia fez do seu sobrenome uma marca de produtos sustentáveis e cheios de estilo. Confira!

Foto: Canva


BIP NATURE

Sumário

03 Expediente

29 Fotografia

04 Carta dos professores editores

30 Meu Mundo Sustentável

05 Receita: bolo de banana

32 Charge

06 Entrevista: Juçara Bordin

33 Atualidades

11 Atualidades

34 Meu Mundo Sustentável

12 Meu Mundo Sustentável

36 Fotografia

13 Atualidades

37 Meu Mundo Sustentável

14 Entrevista: Vinícius Paixão

39 Charge

21 Receita: geleia de rosas

40 Meu Mundo Sustentável

22 Charge

42 Receita: geleia de cascas de frutas

23 Entrevista: Giselle Machado

43 Fotografia


EXPEDIENTE

BIP NATURE

Quem fez esta edição? Esta é uma publicação feita pelos alunos da turma 303 do Colégio Murialdo Caxias, nas disciplinas de Biologia, Língua Inglesa e Língua Portuguesa.

Diretor: Padre Gilberto Florença da Câmara

Vice-diretor: Edmundo José Marcon

Coordenadora pedagógica: Lisiane Betto

Professores responsáveis: Luciana Gecchelin Santini Priscylla Nunes André Benedetti

Alunos: Amanda Bendo Pereira Ana Giulia Gallon Artur Facini Ribeiro Bibianna Pozenato Gomes Cristofher Lucas de Oliveira Douglas Schedler Zanetti Eduardo Gabrielli de Camargo Gregory Padilha Ferreira Borges Icaro Oliveira Costa Dos Santos Isadora Serafini de Campos Ísis Dos Santos Pereira D'mutti João Henrique Lovison Bastian Laura Grazziotin Parizotto Luca Bergonzo Natalia Michel Bonato Pedro Henrique Grisa Quezia Ott Vanin Rafael Gusso Dos Santos Rafaela Fauth Bisol Rômulo de Sene Franco Sofia Negrini Santos Victor Eduardo Liston Victor Kurlapski Lima Vinicius Feijo Ferreira Guimarães Yasmin Matos Siqueira

Foto: Canva


APRESENTAÇÃO

BIP NATURE

Carta dos professores editores

Foto: Lorenzo Gecchelin Santini Quando estamos terminando o Ensino Médio, é

tanto faz). Foi, mas sempre retornou para sua terra,

normal surgirem uma infinidade de dúvidas. Uma

Caxias, mostrando como é possível ir ao mundo sem

delas, e talvez a que mais consome as horas livres

deixar as raízes (e a cidade) de lado.

dos jovens, está relacionada à escolha da profissão.

Em que locais será que encontraremos os alunos

E essa escolha está relacionada a outras, que

que fizeram esta edição da revista BIP Nature (BIP é

decorrem dela. O lugar onde vamos nos fixar no

a sigla com as iniciais das disciplinas que compõem

futuro, muitas vezes, também está diretamente

este projeto, Biologia, Inglês e Português)? Como

ligado ao nosso ofício. Quem opta por uma carreira

eles são formandos, talvez, a partir do ano que vem,

como a Agronomia poderá, sim, morar em uma

só os vejamos pelas redes sociais. Mas, como

cidade como São Paulo, porém, as chances de se

moramos em uma cidade com perfil empreendedor

mudar para o Interior são grandes também. Por

(e acolhedor), talvez nossas conversas sejam em

outro lado, publicitários acabam migrando para

uma das esquinas da Avenida Júlio de Castilhos, em

grandes centros, por exemplo.

pleno Centro. De qualquer modo, nós três torcemos

Caxias do Sul, no entanto, tem uma grande vantagem quando o assunto são escolhas assim.

para que sejam encontros sempre cheios de boas notícias.

Com pouco mais de meio milhão de habitantes, a Pérola das Colônias tem interior e cidade, tem

Um abraço,

agricultura e grandes indústrias. Para mostrar os múltiplos profissionais que residem nesta cidade de médio porte – bem como seus trabalhos de destaque –, nossos alunos foram a campo. A

Luciana Gecchelin Santini Priscylla Nunes André Luiz Benedetti

matéria de capa resume bem isso: uma bióloga singrou mares até chegar à Antártica (ou Antártida,

Professores editores


RECEITA

BIP NATURE

Foto: Ísis D'mutti

Com casca e tudo PREPARE UM BOLO SEM DESPERDIÇAR NADA DE BANANA Ser sustentável é aproveitar o que o mundo nos oferece sem comprometer a disponibilidade para futuras gerações. De forma semelhante, comunidades têm desenvolvido receitas que utilizam o alimento por completo, sem nenhum tipo de desperdício. Selecionamos uma versão

Ingredientes:

Modo de preparo:

6 bananas inteiras com cascas

Após lavar e picar as cascas de

1 xícara (chá) de água

banana, bata-as com a água

1⁄2 xícara (chá) de óleo

no liquidificador.

1 xícara (chá) de leite

Incorpore o óleo, o leite, o ovo

1 ovo

e o fermento, e bata mais.

1⁄2 kg de farinha de trigo

Transfira a mistura para uma

1 pitada de sal

tigela e acrescente, aos

3 colheres (sopa) de açúcar

poucos, a farinha e o açúcar,

30g de fermento fresco

formando uma massa homogênea.

Tempo de preparo: 45 min

Por último, acrescente as

Porções: 6

bananas em rodelas e o sal. Deixe crescer até dobrar de

sustentável e deliciosa de

volume e leve para assar no

um pão de banana, que

º

forno preaquecido a 180 C, até

utiliza a fruta até a casca!

Fonte: Canva

dourar.


ENTREVISTA

BIP NATURE

A vida na Antártica

Ela participou de cinco expedições rumo à Antártica, como pesquisadora, nos anos de 2009, 2010, 2012, 2015 e 2016, e esteve na Patagônia em 2017. Formada em Biologia, Juçara Bordin aprofundou seus estudos na área de Botânica, na qual é mestre e doutora, com foco em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente. Atualmente, é

Uma entrevista com a doutora em Botânica professora-adjunta na Universidade

Juçara Bordin, que já esteve cinco vezes no Polo Estadual do Rio Grande do Sul

Sul para analisar o comportamento das briófitas

Fotos: Canva

(Uergs), Unidade Litoral Norte-Osório, onde atua nos cursos de Biologia Marinha (convênio Uergs e UFRGS) e Pedagogia. Também faz parte do corpo docente do curso de Mestrado em Ambiente e Sustentabilidade (Uergs – Hortênsias) e do curso de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Biodiversidade (Uergs – Litoral Norte). Seja aqui no nosso Litoral ou nas geleiras do Polo Sul, seu olhar principal é sempre para as briófitas, que são plantas que apresentam como uma de suas principais características, a ausência de vasos condutores. Seus representantes mais conhecidos são os musgos. "A ideia é conhecer a vegetação com o intuito de conservar, devido à importância do continente gelado para a regulação climática", diz. Confira a seguir a conversa que tivemos com Juçara, em que ela fala sobre a vegetação polar, mas também sobre outras questões relacionadas à Botânica, incluindo o mercado de trabalho na área.


BIP NATURE

BIP NATURE: Sobre seu trabalho na botânica poderia citar algumas experiências interessantes já feitas? Juçara Bordin: Quando estava no doutorado, fazia parte de um projeto de pesquisa na Antártica que basicamente estuda as briófitas, que são os musgos, com ideia de conhecer espécies bipolares que estão tanto no Antártico, que seria o Norte, quanto na Antártica. Tem algumas espécies que existem nos dois lugares e outras que estão em vários locais montanhosos, como Cordilheira dos Andes. Queríamos estudar a dispersão até porque nunca estiveram próximas. A ideia é conhecer a vegetação com intuito de conservar, devido à importância do continente para a regulação climática. Nós também focamos na regulação das plantas, para ver se estão aumentando ou diminuindo e se surgem novas espécies. Com o aquecimento global, é mais fácil que essas novas espécies migrarem para lá. Mas o foco principal é conhecer a Antártica, conhecer a vegetação e poder trabalhar na conservação dessas plantas.

BIP NATURE: Qual é a sua visão sobre a botânica no mercado de trabalho? Você acha que existe uma falta de pessoas para exercerem nesta área? JB: Eu acho que a primeira coisa é que você tem que gostar. Porque, no caso de quem também não ganha assim, comparando com outras profissões que têm salário melhor. Na verdade, se você escolhe estudar Botânica, você pode tanto seguir pra área acadêmica, que é o que eu fiz, pro lado da universidade. Então, você vai se especializar na pesquisa, e aí você se torna um pesquisador e também, claro, um professor. Porque, se você trabalha numa universidade, você também tem que dar aula. Então, se você vai para a área acadêmica, você vai fazer pesquisas, você vai dar aula. E é isso que a gente está fazendo agora, é levar as coisas pra fora da universidade, por meio de palestras. Essa é uma possibilidade. E a outra possível é você

ENTREVISTA


ENTREVISTA

BIP NATURE

trabalhar com consultoria ambiental. Essa é uma área que precisa bastante hoje porque as empresas precisam para todos os empreendimentos. Se uma empresa quer construir um prédio, por exemplo uma determinada área para que esse prédio possa ser construído. A vegetação vai ter que ser suprimida, vai ter que ser retirada. Então, é importante que tenha um botânico trabalhando numa empresa, que façam consultoria, para o botânico ir lá e falar: "olha, isso aqui é a espécie tal, isso pode cortar, essa aqui não pode ser daqui, tem que pedir uma autorização especial, você tem que plantar tantas outras mudas em outro lugar". Então, o botânico é muito importante nesses trabalhos de consultoria ambiental. E hoje também o empreendedorismo, nele as pessoas podem, por exemplo, trabalhar na área da Botânica. Mas elas podem ter uma empresa própria, por exemplo, de celular, de cosméticos, pode ser associado à química. E aí pode trabalhar com a produção de, sei lá, sabonete. E tem muita gente que cria a empresa sobre educação ambiental. As pessoas ministram palestras, e é nas escolas e até nas próprias empresas. E um botânico pode se especializar em uma área mais aplicada, por exemplo, em fitofármacos, de também trabalhar com os compostos. Você pode trabalhar numa indústria farmacêutica, você pode também ter o seu próprio negócio.

BIP NATURE: O que te fez escolher a especialização em briófitas? JB: Eu sempre gostei de plantas, desde que eu era criança, porque os meus pais eram do interior, antes de casar, trabalhavam com agricultura, depois eles vieram pra cidade. Mas a gente sempre ia pro sítio e, no final de semana, plantava feijão, batata,


BIP NATURE

e essas coisas assim. Eu e meu irmão ajudávamos e brincávamos no meio do mato, com as folhas das plantas, e fazíamos comidinha, essas coisas, assim. Eu gostava. Eu tinha um interesse pelas plantas desde sempre, mas as briófitas, elas não me chamavam muita atenção, porque eu gostava mais das árvores, das coisas que a gente, obviamente, enxergava. Via o formato diferente das folhas, aí uma vez a gente começou a fazer umas brincadeiras de criança, que consistiam em montar umas coisinhas no chão. A gente pegava uns pauzinhos para fazer uma cerquinha. Descobrimos que as briófitas podiam ser legais, podiam ser usadas como se fossem um tapete. Casas de antigamente tinham carpete no chão, hoje não tem mais muito disso. A gente colocava como sendo um tapete, e, como era no verão, as briófitas, na verdade, elas gostam de umidade, elas estavam mais feias e secas. Então, era mais difícil de a gente encontrar. Quando a gente encontrava, nós falávamos que elas eram tesouros, e quem encontrasse tinha que esconder o seu tesouro. Se meu irmão encontrasse, ele podia pegar o tesouro para ele, e viceversa. Um dia, ele encontrou meu tesouro. Eu não queria dar, saí correndo atrás dele, caí e quebrei o pé. Foi quando me dei conta de que as briófitas existiam, mas, claro, foi bem coisa de criança. Quando fui para a faculdade fazer Biologia, eu gostava de plantas, e a disciplina que sempre mais me interessava era Botânica. Quando eu falei para o meu orientador de Caxias, agora ele já é falecido, que eu queria fazer mestrado com plantas, ele falou: “por que você não vai estudar as briófitas?".

ENTREVISTA


BIP NATURE

ENTREVISTA

FROM THE PROJECT DEVELOPMENT, JUÇARA HAS BEEN SEARCHING ABOUT ANTARTIC VEGETATION, SERVING AS A MARKER OF VARIATIONS THAT OCCUR IN THE ENVIRONMENT. NOWADAYS, SHE HAS BEEN LECTURING TO SOME STUDENTS AND UNIVERSITIES.

Eu me lembrei dessa história que eu caí e machuquei o pé por causa da briófita, aí ele falou assim: "é, você podia estudar briófitas porque não tem ninguém que trabalha com elas aqui no Rio Grande do Sul". A pessoa que trabalhava se aposentou já fazia uns, sei lá, 50 anos, e, depois disso, não tinha mais ninguém trabalhando. Então ele falava: "se você virar especialista nisso, você pode voltar para cá e formar um grupo de pesquisas aqui, porque não tem ninguém, você vai liderar o grupo, depois vai ter alunos e tal". Então eu acabei tendo dois motivos: um porque eu sempre gostei de plantas e outro porque o professor me indicou, aí eu fui e acabei gostando. Eu cheguei em São Paulo, conheci a minha orientadora, uma japonesinha braba. E realmente fiz isso que meu professor falou: estudei, me especializei e, depois, voltei.


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ATUALIDADES

Fotos: Canva

Trocando o dia pela noite ESPECIALISTAS EXPLICAM QUE EXISTEM DIVERSOS TIPOS DE INSÔNIA – E AS CAUSAS DEPENDEM DE MUITOS FATORES Devido ao grande número de pessoas que a têm e às suas consequências, a insônia tornou-se de um problema de saúde pública. Na maior parte das vezes este problema está ligado a certa perda da quantidade de horas essenciais para um sono adequado. Conforme especialistas, não existe unicamente um tipo de insônia, mas diversos tipos. Eles comumente decorrem da ação de múltiplos fatores, como predisposição genética, aspectos físicos, biológicos, mentais, psicológicos e sociais. A insônia crônica pode resultar em disfunções da memória e concentração, ansiedade, depressão, irritabilidade, sentimento de insatisfação constante,

baixo rendimento profissional, prejuízo do convívio social, aumentando até mesmo o risco de incidentes com veículos automotores. A preocupação com o impacto da Covid-19 na economia do país, o desemprego e o pavor de contrair a doença mexem na qualidade do sono. A solidão, a limitada atividade física ou a falta de lazer e as preocupações com o isolamento são capazes de acarretar insônia crônica. Todo cuidado com a saúde mental é essencial para evitar problemas maiores.


MEU MUNDO SUSTENTÁVEL

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PRODUCTS, EXPERIENCES AND LEARNINGS THAT HELP PLANET EARTH ARE SOLD BY DONILIA

Fotos Divulgação/Donilia

Tecidos naturais

CAROLINE DONILIA FEZ DO SEU SOBRENOME UMA MARCA DE PRODUTOS SUSTENTÁVEIS E CHEIOS DE ESTILO Donilia é uma empresa criada em 2015 pela estilista e artesã Caroline Donilia, que trabalha atualmente com seu esposo. No início o foco principal do projeto era o vestuário, utilizando materiais têxteis, como a fibra vegetal, animal e mineral. Com o passar dos anos, mudanças ocorreram: veio a ideia de criar uma moda sustentável, pois todos os materiais que não eram utilizados nas peças principais eram doados para entidades ou reciclados, para a criação de outras roupas ou acessórios. Com a descoberta da tradição milenar do tingimento natural,

materiais que prejudicam o meio ambiente foram substituídos por fibras naturais e vegetais, principalmente o algodão. O artesanato era feito com aquilo que ela já tinha em casa, tornando as peças ainda mais únicas e especiais. Isso também porque as peças não são pensadas somente na hora de confecção, mas também durante o uso e até no possível descarte. Costumes e tradições passadas serviram de grande inspiração para o projeto, pois, assim, o uso de plástico foi repensado e trocado

uma mudança significativa

pelos tecidos, vendendo assim

aconteceu com a Donilia.

não somente um produto, mas

Agora, tendo como objetivo principal a sustentabilidade, os

também experiências e aprendizados que ajudam nosso planeta.


ATUALIDADES

BIP NATURE

Academia em casa

Fotos Canva

OS PRÓS E OS CONTRAS DE QUEM DURANTE A PANDEMIA PREFERE FAZER EXERCÍCIOS NO ACONCHEGO DO LAR No período da quarentena, muitas pessoas seguiram com suas atividades físicas, as quais proporcionam diversos benefícios para a saúde, tanto mental quanto corporal. Porém, com o isolamento social, as práticas tiveram que ser no próprio lar, o que para muitos é um problema. Os treinos em casa trazem certas vantagens, mas também têm lá suas desvantagens. Confira!

PRÓS

CONTRAS

Economia de dinheiro, pois costumam ficar mais

Maior chance de lesões,

em conta que a academia;

quando não há

Economia de tempo, já que não exigem

acompanhamento profissional;

deslocamento;

Mais disciplina para seguir os

Maior relaxamento porque a pessoa se sente

treinos;

mais à vontade;

Menor diversidade de

Maior comodidade, já que é possível montar o

exercícios, pois faltam

ambiente como quiser, dispondo de

equipamentos para aumentar

ventiladores, água, lanches etc. e mais

as possibilidades de

conforto.

movimentos.


BIP NATURE

Apaixonado por bas que te Vinícius Paixão é um jovem atleta de basquete de 17 anos que atualmente vive em Caxias do Sul. Ele joga profissionalmente no time de sua cidade, o Caxias do Sul Basquete, como jogador titular da equipe. Paixão, como é chamado pelos colegas de equipe, é muito sonhador e tem o grande objetivo de chegar à NBA, a maior liga de basquete profissional da América do Norte, seu ídolo, Kobe Bryant.

BIP NATURE: Qual foi o maior obstáculo durante a sua carreira? VINÍCIUS PAIXÃO: Meu maior obstáculo, que ainda é um “baita” obstáculo, é a questão do físico, porque eu tenho muita dificuldade de perder gordura e ganhar massa muscular. É bem difícil para mim, (...), mesmo tomando creatina, whey, fazendo academia, é bem difícil ganhar massa muscular.

BIP NATURE: Você acredita que a prática de esportes contribui em quais aspectos? VP: Acredito que a prática de esportes contribui em tudo, praticamente, porque para mim é uma coisa que eu amo fazer. Me sinto livre, (...). Ajuda com certeza na saúde, desestressa muito também. Quando vai para a quadra, correr, bater bola, conversar, vejo os amigos (...), claro que tem a questão física também, né? Não é legal ser sedentário, “na real”, mas acho que, em tudo, sabe?

Foto: Milaine Mendes


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ENTREVISTA

BIP NATURE: Sua família te apoiou nesse sonho? VP: Minha família sim, sempre me apoiou desde o início. Eu falava “eu quero ser jogador profissional”, e eles apoiavam. Eu era adolescente, quando decidi, tinha 15 anos e eles estavam meio: “ah, tá, vai nessa, se não der, vai estudar”, sabe? Daí depois, quando eu recebi uma proposta para jogar em São Paulo, eles “botaram mais fé”. Depois, quando eu fui chamado para jogar no profissional, mais ainda, sabe? E hoje eles entendem que minha vida é isso.

BIP NATURE: Quais são seus hábitos alimentares? VP: Vou te falar como era a rotina na maioria dos dias, né? Eu acordo às 5h, daí faço ovos mexidos de café da manhã, como uma fruta e uma fatia de pão integral com queijo, e tomo água. Antes da academia como uma banana, academia era às 9h. Depois da academia que acaba às 10h, eu como mais uma banana e tenho treino às 10h30min, daí, eu treino até 12h30min e almoço. Meu almoço é sempre frango, daí de tarde só uma fruta antes do treino e depois do treino só tomo whey e não como mais nada de carboidrato.

BIP NATURE: O que mudou na sua rotina depois de começar a jogar profissionalmente? VP: Então, a minha rotina no profissional é muito mais exigente, tanto na parte física quanto na mental, porque é uma cobrança muito grande, a gente treina muito mais no profissional e é todo mundo focado 100% focado naquilo. Antes eu até conseguia fazer outras coisas. A cabeça exige muito, o físico exige muito, e tenho que melhorar cada dia também. Para conseguir um lugar melhor, que todo mundo quer, todo mundo se cobra e quer ser melhor que o outro.

Foto: Canva


BIP NATURE

ENTREVISTA

BIP NATURE: Qual é o seu principal objetivo dentro dos esportes? VP: No basquete, é alcançar as minhas metas. Eu sempre coloco pequenas metas para um dia eu alcançar um grande objetivo. Meu grande objetivo é chegar à NBA. É claro que isso não vai acontecer de um dia para o outro, são pequenos passos, né? O meu primeiro passo foi quando eu virei titular. Eu era reserva e virei titular. Foi difícil, mas foi um pequeno passo. Depois consegui viajar e ganhar uma bolsa para morar em outro Estado, com tudo, até bolsa em escola. Agora o profissional. Então, são pequenos passos que te fazem chegar a um grande objetivo.

BIP NATURE: Você teve que abrir mão de muita coisa? VP: Sim, eu tive que abrir mão de muita coisa, mas normalmente são coisas de momento, sabe? Tipo, ah, já teve várias vezes “vamos sair para uma festa”, e eu gosto muito, ou “vamos à casa de alguém, beber, conversar”. Isso é uma coisa que eu adoro. Mas muitas vezes não dava, porque eu tinha treino no outro dia. Meus amigos também me chamando para ir à praia, mas optei por ficar em Caxias. Só que são escolhas, sabe? E, claro, a gente tem que se divertir, mas era só um momento que eu precisava muito evoluir. Às vezes era sair para comer uma pizza, só que já comeu demais, então, só um “ah, não dá”. Mas sim a gente abre mão de muita, muita coisa. As vezes parece que não, mas tem que ter uma cabeça muito boa para ser atleta.

BIP NATURE: Seus hábitos alimentares influenciam diretamente no seu rendimento em quadra? VP: Sim, com certeza meus hábitos alimentares influenciam muito no rendimento, porque a gente tem que ter

Foto: Milaine Mendes


ENTREVISTA

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acompanhamento de nutricionista para ter energia, para alimentos que ajudam a criar músculos na hipertrofia. Então, com certeza, ajuda muito mesmo. A gente tem que comer certinho, claro que é muito difícil, e eu não consigo ficar 100% só naquilo ao extremo, sabe? Às vezes a gente já comeu doce ontem, então não vou comer hoje, porque eu sou um cara que gosta muito de doce, e é impossível ficar sem comer, mas tem que comer pouco, comer mais as coisas que ajudam mesmo no rendimento.

BIP NATURE: Quanto você teve que treinar e se dedicar para chegar ao profissional? VP: Isso é uma coisa que não tem como calcular sabe? O ser humano, para ele alcançar o sucesso, precisa treinar muito e repetir muito. E no basquete são muitos movimentos e pensamentos na sua cabeça, então a gente precisa treinar muito mesmo. E do profissional eu era o mais novo do meu time, eu comecei com 16 anos, eu via o pessoal de 35, 38, caras que eu via jogar antes, eu ia assistir aos jogos no profissional da época. E depois, quando eu comecei a conviver com eles, eu vi o quanto eles treinam ao longo da vida treinaram muito. Então, por isso que todo lugar a que eu vou e todo o time em que eu estou, independentemente de onde seja, eu sempre sou o cara que mais vai treinar. Como eu estou treinando na base, treino às 16h30min depois às 17h30min, 15h eu já estou no ginásio para focar.

BIP NATURE: Quanto você teve que investir? VP: Isso também não tem como calcular, mas acredito que seja uma questão financeira. Meus pais sempre me apoiaram nas escolhas em vários ocasiões que meus pais queriam viajar para um lugar, para

Foto: Canva


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conhecer, só que eu não queria porque acho que podia utilizar esse dinheiro para fazer um acampamento, que ajuda muito com bons técnicos e com amigos e colegas. Para comprar algumas coisas para a casa, por exemplo. Mas ao invés disso compra um tênis bom ou um calção térmico, uma camisa térmica, essas coisas. Então, são pequenas coisas que a gente faz.

BIP NATURE: Para quais lugares você foi jogar antes? VP: Times em que eu já joguei: comecei a jogar pelo Clube Juvenil, em Caxias, depois eu fui jogar no Caxias Basquete. Depois eu recebi uma proposta para jogar em São José dos Campos, em São Paulo, e fiquei lá em 2020, até em outubro, eu recebi uma proposta para jogar o profissional no Caxias Basquete, que jogava a NBB, que é o campeonato de maior nível do basquete nacional. Lugares a que eu já fui para jogar: eu conheço São Paulo, eu fui jogar em Novo Hamburgo, as cidades do interior do Rio Grande do Sul. Mas para fora do Estado, eu fui para o Paraná, Santa Catarina, e acho que só. E viagem internacional, eu fiz só acampamento para treinos, que foram em Indianápolis e em Chicago, mas não foi para campeonato.

BIP NATURE: Você pretende seguir essa carreira? VP: Sim, eu pretendo seguir essa carreira para sempre, porque é a minha vida. Eu me dedico totalmente pra alcançar meus objetivos e realizar meu sonho.

BIP NATURE: Deseja morar fora do país? VP: Sim, eu quero morar nos Estados Unidos, jogar na NBA, esse é meu sonho.

BIP NATURE: Tem alguém em quem você se inspira?

Foto: Canva


ENTREVISTA

BIP NATURE

VP: Primeiro são meus pais, né? Meu pai e minha mãe, que sempre batalharam muito para conseguir tudo, mesmo vindo de muito baixo, sempre trabalharam demais para me ajudar e me dar uma vida boa, nunca passei fome, sempre tive bons estudos no Colégio Murialdo. E a terceira pessoa é o Kobe Bryant, que morreu em janeiro de 2020, mas ele sempre quer ser melhor que ele mesmo. A cada dia, sempre quer ser o melhor em tudo que ele faz, sempre quer treinar mais que todo mundo. Com 17 anos, ele entrou na NBA, a minha idade, sem fazer um College, que a maioria dos jogadores da NBA fazem.

"IF A GUY ARRIVES AT 4 AM TO TRAIN, I WILL ARRIVE AT 3, BEFORE HIM." BIP NATURE: Quais são seus objetivos dentro da carreira do basquete? VP: Meus principais objetivos dentro da carreira de basquete são chegar à NBA, manter uma consistência, sempre tentar evoluir e não decair, alcançando minhas metas.

BIP NATURE: Já sofreu alguma lesão grave? VP: Eu fraturei meu tornozelo, uma fratura por estresse, porque meus músculos não estavam preparados para a quantidade de treino. Meu tornozelo acabou sentindo isso. Espero que nunca mais aconteça, tive que andar de muleta e tudo mais, e não poder jogar é a pior coisa que tem.

Foto: Milaine Mendes


BIP NATURE

ENTREVISTA

BIP NATURE: Como foi conciliar os estudos e os treinos? VP: Meus pais sempre sempre se importaram com os estudos. E depois que eu fui para São Paulo eles ficaram mais tranquilos, porque é muito difícil conseguir conciliar duas coisas. Depois que entrei no profissional, minha vida virou 100% aquilo, porque é muito difícil mesmo treinar num time profissional e estar evoluindo, mas estar focado em outras coisas. Eu acho que são escolhas que a gente tem que fazer, eu acho que se não estivermos 100% focados em alguma coisa, talvez não tenhamos êxito naquilo. Eu conversei com os meus pais, e a gente tentou arriscar nisso porque é isso que me faz feliz, eu não consigo me ver em outra profissão. Mas é bem difícil mesmo estudar e treinar em alto nível.

"ALWAYS TRY TO EVOLVE, NEVER DECAY, AND ACHIEVE MY GOALS." BIP NATURE: A pandemia afetou diretamente seus treinos? Se sim, como você fez para não perder o ritmo? VP: Sim, afetou bastante porque eu estava jogando em São Paulo quando deu a pandemia. Eu voltei pra cá e eu estava treinando em casa e nas quadras, então, o ritmo caiu bastante. Tanto é que quando eu cheguei ao profissional foi muito puxado no início, recuperar o ritmo e pegar o do profissional, que é milhares de vezes maior que o nível de estadual sub-17. Sempre dava um jeito de não ficar parado, mas engordei bastante e perdi massa muscular.

Foto: Canva


RECEITA

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Foto: Cristofher de Oliveira

Sabor delicado

COM CUIDADO, FLORES PODEM FAZER PARTE DO CARDÁPIO. ESTA GELEIA DE ROSAS É PROVA DISSO O desenvolvimento

Ingredientes:

Modo de preparo:

sustentável é essencial

225g de

Encha uma tigela com as pétalas de rosa e o

para proteger o meio

pétalas de

açúcar. Depois cubra essa mistura.

ambiente. Por meio de

rosas frescas,

Deixe-a descansar por uma noite, em

ações sustentáveis, os

sem a base

temperatura ambiente.

recursos naturais não

branca

No dia seguinte, coloque a água para ferver em

se esgotarão e

400g de

uma panela em fogo médio a alto. Acrescente

poderão ser utilizados

açúcar

as pétalas, o suco de limão e todo o açúcar.

pelas

750ml de

Mexa até o açúcar se dissolver.

gerações futuras.

água

Depois, reduza o fogo para médio a baixo.

Pensando na

Suco de limão

Cozinhe por 2 minutos. Aumente o fogo para

diminuição do

13g de pectina

médio a alto. Leve a mistura de volta ao ponto

desperdício,

em pó

de fervura total, sem mexer com a colher. Em seguida, adicione a pectina e mexa. Ferva

selecionamos uma receita natural e vegana, uma geleia

Tempo de

tudo por 1 minuto. Despeje a geleia em um pote de vidro, espere

feita a partir de

preparo: 45min

esfriar e feche bem. Guarde em local protegido

pétalas de rosas!

Porções: 250ml

de luz e ambiente fresco.


CHARGE

BIP NATURE

Verdadeira proteção TEM GENTE FAZENDO APENAS MARKETING COM A SUSTENTABILIDADE. O MEIO AMBIENTE – E, NO CASO DE EMPRESAS, OS CONSUMIDORES – PODEM COBRAR CARO POR ISSO

Reprodução


ENTREVISTA

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Pela conservação da vida marinha Atualmente a biodiversidade marinha vem sendo devastada pelo ser humano, entretanto, alguns grupos têm ajudado na sua preservação e salvação. Fundada em 1999 pelo capitão e ambientalista Paul Watson, a Organização Sea Shepherd age de maneira direta no combate a crimes ambientais nos mares e áreas costeiras. Nos dias de hoje, a Sea Shepherd Brasil é um braço da Sea Shepherd Global, fundação sem fins lucrativos com a missão de defender, conservar e proteger a biodiversidade marinha por meio de pesquisa científica, planos de mitigação e recuperação de ecossistemas marinhos, educação ambiental e treinamento de práticas sustentáveis para multiplicadores. Em entrevista à BIP Nature, do Colégio Murialdo Caxias, a assessora de imprensa da Organização, Gisele Machado, concedeu informações exclusivas sobre o projeto e seus principais ideais. Além disso, trouxe esclarecimentos das principais dúvidas sobre a vida nos mares e indicou ações que os cidadãos devem fazer para ajudar na preservação das espécies de seres vivos que estão presentes nos oceanos.

BIP NATURE: Qual foi a motivação para a criação de uma sede dessa organização no Brasil? GISELLE MACHADO: A Sea Shepherd Brasil foi fundada em 1999, pelo capitão Paul Watson, fundador da organização, junto a um grupo de brasileiros em Porto Alegre, RS. A missão da organização é proteger e conservar os ecossistemas costeiros, marítimos e aquáticos, de uma forma ampla. O Brasil é um país com muita biodiversidade e cheio de pessoas engajadas e comprometidas com a conservação, sendo um núcleo fundamental da Sea Shepherd no mundo. Quando o capitão Paul Watson esteve no Rio Grande do Sul para a fundação do Instituto Sea Shepherd Brasil, disse: "O que fazemos hoje irá impactar o futuro, por isso, é importante estarmos presentes no Brasil e no mundo, protegendo a biodiversidade e lutando por um mundo melhor para as futuras gerações.".

Foto: Divulgação/Sea Shepherd


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ENTREVISTA

BIP NATURE: Sabe-se que o nosso país tem um dos maiores litorais em extensão do mundo. Em questão de preservação, as diferenças regionais, culturais e sociais do país interferem na preservação da vida marinha na costa brasileira? GM: O espaço de oceano de soberania brasileira ocupa uma área maior que o Estado do Amazonas. Inevitavelmente, é permeado por diversos perfis pesqueiros e desafios para a conservação marinha. Esses são influenciados pelos animais que se encontram em cada parte da costa: por exemplo, as baleias francas no Sul, as tartarugas no Nordeste, o recentemente descoberto recife de corais ao norte do país. Há também grandes discrepâncias de desenvolvimento pesqueiro, com presença maior de pesca tradicional ao Norte e Nordeste e presença maior de pesca industrial no Sudeste e Sul - mas esse cenário também está mudando nos últimos anos, com o aumento da pesca industrial em regiões como Ceará e Rio Grande do Norte. Em nossa costa, também temos diferenças em relação às comunidades pesqueiras que podem ser caiçaras ou profissionais. Também existem diferentes leis aplicadas em diferentes áreas - de acordo com o nível de proteção de cada área. Toda essa magnitude e complexidade tornam os processos de fiscalização muito desafiadores para nossa polícia ambiental e marinha.

BIP NATURE: Quais são os maiores impactos na criação de um porto, visto que, no Estado em que vivemos (Rio Grande do Sul), o porto mais próximo é o da cidade de Rio Grande, mas há o planejamento da criação de um novo projeto em Arroio do Sal? GM: A criação de um porto certamente tem impactos, por menor que seja a dimensão da obra, visto que, inevitavelmente, causa alterações em todos os ecossistemas ao redor. Possivelmente, o maior impacto venha do processo de dragagem, a partir do qual é feita uma escavação do fundo marinho

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para aumentar a profundidade do mar, permitindo a passagem de navios maiores. Esse processo é extremamente agressivo, pois modifica a movimentação das águas (que chamamos de hidrodinamismo), intensificando processos de erosão no assoalho do oceano. Isso também altera a salinidade e a turbidez da água, trazendo de volta à superfície compostos químicos poluentes que estavam armazenados no fundo do mar, retirando importantes nutrientes e matando ou deixando sem abrigo os pequenos seres vivos que vivem enterrados no substrato marinho. Além disso, as vegetações costeiras, como a restinga e os manguezais, que são muito importantes para controlar a erosão e proteger a costa da ação dos ventos e das ondas, também acabam sendo desmatadas no processo de construção de portos. E, uma vez que estes estão já construídos, continuam causando impactos, alterando a qualidade da água por conta dos vazamentos de óleo, combustíveis e outras substâncias tóxicas, ou por conta da queda de produtos e cargas no mar. Tudo isso pode contaminar animais, vegetais e humanos. Sem falar que o movimento dos navios provoca ondulações que acabam desgastando as encostas. No caso do projeto de construção de um novo porto em Arroio do Sal, além de todos os impactos citados acima, espécies ameaçadas de extinção também podem ser afetadas. É o caso da baleia-franca (Eubalaena glacialis), que usa a região como rota de migração e área de reprodução, e também o Boto-de-Lahille (Tursiops gephyreus), que frequenta as áreas costeiras.

BIP NATURE: Existe uma imagem lúdica sobre os piratas em filmes. Na vida real, como são essas pessoas? Como elas agem para a caça da vida marinha? GM: Hoje em dia, navios piratas são navios sem registro e que praticam atividades ilegais em alto-mar, incluindo a pesca ilegal. Infelizmente, essa modalidade de pesca corresponde a cerca de 30% da

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pesca comercial. Isso é um problema muito sério, pois compromete ainda mais as espécies ameaçadas de extinção, descumprindo todas as moratórias e regulamentos de defeso. Um dos motivos para a bandeira da Sea Shepherd carregar um símbolo parecido com o de um pirata é a história do pirata Capitão Morgan, que foi responsável por acabar com a pirataria no Caribe, quando nenhuma autoridade conseguia. O próprio Capitão Paul Watson já brincou com essa escolha: “Você precisa de um pirata para acabar com a pirataria.”.

BIP NATURE: Ainda sobre a caça ilegal, como é feito o controle, uma vez que é uma região bastante extensa? O que é encontrado de mais errado e danoso para o meio ambiente? GM: O controle e a fiscalização de toda a pesca devem ser feitos por órgãos do governo. Contudo, no Brasil, temos sérias lacunas nessa área, visto que desde 2009 não há uma coleta sistemática de dados de pesca por parte do governo brasileiro. Além disso, o Brasil não reporta dados oficiais de produção (captura e aquicultura) para a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) desde 2014. Para piorar a situação, os órgãos fiscalizadores, como a Polícia Militar Ambiental e Marinha, sofrem com falta de equipamento adequado, pessoal suficiente e, por vezes, até mesmo falta de conhecimento técnico. Ainda que essa falta de reporte de dados faça com que tenhamos estatísticas incertas sobre as consequências da pesca ilegal, sabemos que inúmeras espécies foram levadas à lista de ameaçados de extinção devido a essa modalidade predatória de pesca, que não é reportada e não é documentada. Muitas delas, mesmo estando ameaçadas, continuam a ser pescadas para atender demandas cada vez maiores. Podemos citar o icônico boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis), que está em risco de extinção devido ao uso da sua carne como isca para a pesca ilegal de outro animal também em risco de extinção, a piracatinga (Piaractus

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brachypomus). O mesmo se aplica aos tubarões, que já têm mais de 30% de suas espécies, no mundo, em risco de extinção, em grande parte devido à pesca ilegal e à cruel prática do finning, que retira e suas nadadeiras (conhecidas popularmente como barbatanas) e as comercializa para o mercado asiático. Ainda segundo a FAO, 90% dos recursos pesqueiros já estão sobre pescados ou plenamente explorados. O impacto disso? Uma enorme perda de biodiversidade, desequilíbrio da cadeia trófica e significativa redução de populações de espécies, afetando todo o ecossistema marinho.

BIP NATURE: No site da Organização Sea Shepherd encontramos informações sobre o projeto de educação ambiental nas escolas. Como foi o retorno e os resultados registrados nessa ação? GM: A educação ambiental tem sido apontada como caminho para renovar a relação entre o homem e o meio ambiente, principalmente diante dos graves problemas sociais e ambientais da atualidade. A Sea Shepherd Educação desenvolveu um conteúdo extenso de educação ambiental moderna e inovadora para ser disseminado em escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Também estamos desenvolvendo uma plataforma on-line gratuita, que será lançada em breve, com aulas de diversos temas relacionados ao oceano para professores. Quanto aos resultados dessas ações, por meio de nossa parceria com a rede de ensino complementar Alicerce Educação, já alcançamos mais de 70 escolas e mais de 20 mil alunos do país. Além disso, cada vez mais, escolas e universidades nos procuram interessadas em palestras sobre nosso trabalho de conservação marinha, trazendo interessantes projetos e parcerias que estamos considerando para o futuro. Também já recebemos convites para participar de importantes eventos recentes, como a XVI Semana Temática de Oceanografia da USP, II Ciclo de palestras

CAPTAIN SAID THAT WHAT WE DO TODAY WILL IMPACT THE FUTURE, SO IT’S IMPORTANT FOR US TO BE PRESENT IN BRAZIL AND IN THE WORLD, PROTECTING THE BIODIVERSITY AND FIGHTING FOR A BETTER WORLD IN THE FUTURE.


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Laeas-Univasf, Semana do Meio Ambiente Unisa, Semana de Biologia da Ceub, Ubatuba Sailing Festival, entre outros. Nossa ambição é expandir a educação ambiental marinha para todo país, compartilhando a importância do oceano e de proteger a vida marinha.

BIP NATURE: Observa-se que a Organização Sea Shepherd alcança grande importância para a preservação da biodiversidade marinha. Como nós, cidadãos, podemos auxiliar na conservação, com ações no cotidiano? GM: É de extrema urgência mudar nossos hábitos, reduzindo o consumo de plásticos, substituindo-os por materiais biodegradáveis sempre que possível, reutilizando-os quando a substituição ou recusa não for uma opção, separando e descartando corretamente nossos resíduos, destinando-os à reciclagem. Onde não houver coleta seletiva, é preciso cobrar de iniciativas públicas e privadas a implementação de programas de reciclagem e logística reversa. Se queremos ajudar a proteger as espécies marinhas, não devemos incentivar opções de turismo que envolvam animais e nem visitar cativeiros, e ao encontrá-los em vida livre temos que respeitá-los mantendo distância e jamais tocá-los. Além disso, é preciso investigar mais sobre a importância do oceano nas nossas vidas, os perigos que o ameaçam, ajudando a disseminar essas informações. E o mais importante: repensar a nossa alimentação. A sobrepesca tem causado diversos danos à saúde marinha, dizimando uma grande quantidade de espécies. Então, se deixar de consumir animais marinhos não for uma opção para você, ao menos busque fontes mais seguras: se informe sobre a origem do seu pescado, se não se trata de uma espécie de captura proibida ou ameaçada de extinção, e se ela não vem da pesca industrial ilegal.

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Viola, cravina e pinheiro Fotos: Quezia Ott

Viola Tricolor,

Cravina, conhecida

Pinheiro, pertencente

conhecida

popularmente como

à divisão Pinophyta.

popularmente como

rosa-arco-íris ou rosa-

Acredita-se que os

Amor-perfeito. Cresce

da-china. É uma

pinheiros sejam as

nos prados e nas

planta herbácea

árvores mais antigas

fazendas

perene que cresce

da Terra. Alguns

abandonadas,

entre 30 cm e 50 cm

podem viver por até 6

principalmente em

de altura.

mil anos.

solos ácidos ou neutros.

Reprodução


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MEU MUNDO SUSTENTÁVEL

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Os impactos do desmatamento


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Na animação estadunidense “O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida”, Ted, o personagem principal, começa uma jornada em busca da última árvore que existe, uma vez que ele vive em um mundo onde tudo é feito de plástico, inclusive a vegetação. De maneira análoga ao filme, a natureza está sendo cada vez mais modificada em função da ação antrópica no Brasil, e o desmatamento é o responsável por parcela significativa desse processo. Logo, os impactos causados por ele estão aumentando a cada dia, paralelamente com a necessidade de mudanças. Por esses e outros motivos que o desflorestamento se tornou um dos maiores problemas ambientais e humanos da atualidade. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), cerca de 1.360 hectares foram desmatados dentro dos territórios indígenas nos meses de janeiro a abril de 2020. Além disso, a invasão das terras indígenas também gera um enorme aumento na violência entre as pessoas que desmatam e os índios, que tentam proteger suas áreas com as próprias mãos, causando muitas mortes e conflitos. Diante de tais fatos, evidencia-se a importância de a população em geral tomar conhecimento sobre a destruição alarmante produzida pela pecuária, por exemplo, a qual está devastando as florestas tropicais brasileiras. No documentário “Sob a Prata do Boi”, produzido pela ((O)) eco e Imazon, são apresentados os danos ambientais causados pelos criadores de gado e, junto a isso, uma alternativa sustentável e lucrativa para combater essa situação, visto que a pecuária pode ser considerada o símbolo cultural e econômico da Amazônia e grande detentora de capital. Muitas vezes, políticos e órgãos responsáveis pela sua proteção recebem propina para fazer vista grossa a atitudes fora da lei realizadas por esse setor, de maneira que o sistema continua sendo lucrativo e despreocupado com a ecologia. Portanto, é necessário que haja mudanças significativas para a solução desse problema. Segundo pesquisadores acadêmicos e ambientalistas, já existe uma imensidão de terras degradadas na Amazônia que podem ser aproveitadas por criadores de gado, visando a reduzir o desmatamento e o conflito com os povos indígenas. É importante que os órgãos competentes, como o Ministério do Meio Ambiente e a Funai (Fundação Nacional do Índio), busquem alternativas eficientes para que haja a devida preocupação em manter a floresta conhecida como “pulmão do mundo” viva, assim como os povos que vivem nela.


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CHARGE

Direitos dos não humanos USAMOS UMA INFINIDADE DE PRODUTOS QUE SÃO TESTADOS EM ANIMAIS. DEPOIS DE TANTO TEMPO, TEM GENTE COLOCANDO TRABALHOS ASSIM EM XEQUE

Reprodução


ATUALIDADES

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Consequências das 'fake news' As fake news, ou notícias falsas, são divulgadas

quando disseminado um material em nome de outra

como verdades e geram muita popularidade, pois

pessoa/marca com afirmações irreais, enquanto

geralmente são criadas com base nas ocasiões que

falso contexto é quando o conteúdo é verdadeiro,

estão em alta no mundo. Aa informações falsas

mas em um falso contexto. Também existe o

podem se propagar mais rapidamente por meio de

conteúdo enganoso, que seria o uso da informação

redes sociais ou jornais sensacionalistas. Em alguns

para difamar o conteúdo de outra pessoa. Falsa

casos, são manchetes exageradas, criadas para

conexão ocorre quando a chamada da matéria não

atrair visualizações e lucrar no contexto digital.

condiz com o conteúdo. Por fim, a paródia não tem

Nesse caso, são rapidamente desmascaradas. O

intuito de causar mal, mas pode enganar o leitor.

problema fica maior quando são usadas

No Brasil, ainda é difícil combater as fakes news: a

comercialmente para criar boatos ou reforçar

legislação não prevê punição quando se trata de

pensamentos, uma vez que estão disseminando ódio

internet, somente televisão e jornal. No entanto, a

a celebridades, pessoas comuns ou empresas com

pessoa que divulgar pode ser enquadrada nos

forte influência econômica. Especialistas

crimes de difamação, calúnia ou injúria. Uma

classificam as fake news em sete tipos: conteúdo

maneira de diminuir essas falsas informações é o

fabricado, conteúdo manipulado, conteúdo

cidadão compartilhar notícias de fontes duvidosas

impostor, falso contexto, conteúdo enganador, falsa

somente se tiver a completa certeza de que é

conexão e sátira ou paródia. Conteúdo fabricado é

verdade, apesar de o ideal ser duvidar até mesmo

100% criado, usado para espalhar boato ou algum

das fontes confiáveis. Além disso, o Brasil mantém

mal. Conteúdo manipulado é o tipo que pega uma

agências que checam a veracidade de boatos e

notícia verdadeira e manipula algumas informações

suspeitas, mas, hoje em dia, todo cuidado é pouco

para enganar o público. Conteúdo impostor ocorre

na internet.

Foto: Canva


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Fotos: Divulgação

Conectando vidas MUTIRÃO DE ARQUITETURA SAUDÁVEL, MAS+ POSSIBILITA A ESTUDANTES DA SERRA VIVÊNCIAS EM CONSTRUÇÃO Um projeto arquitetônico mudou completamente seu perfil devido à pandemia. A Faculdade da Serra

Desenvolvimento Municipal e Regional (Idemer). Essa ideia surgiu a partir da arquiteta e

Gaúcha (FSG), na disciplina de estágio em

professora Taísa Festugato, que incentivou os

Arquitetura e Urbanismo, promove há quatro

alunos a abraçarem o projeto social, no qual os

edições um projeto de vigência com os alunos para requalificação de espaços escolares. O Mutirão de Arquitetura Social (MAS+) promove essa iniciativa em conjunto ao projeto “Escolas”, da Fundação Marcopolo, o qual realiza atendimento pedagógico e psicológico, além da iniciativa arquitetônica para os alunos. Tem apoio dos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Ciência da Computação e Engenharia da Computação da FSG, além da Trino Polo (Polo de Tecnologias da Informação da Serra Gaúcha) e do Instituto de

estudantes elaboram um planejamento e o apresentam ao seu cliente real, que é o diretor da escola. Após a aprovação do mesmo, começam a executar a reforma do local. Este projeto possibilita uma vivência real, mesmo que em menor escala, da profissão para qual os alunos estão estudando, além de beneficiar escolas com a qualificação de alguns de seus espaços de convivência.


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O último projeto realizado pelo MAS foi em 2019, quando, em parceria com a E.M.E.F. Presidente Tancredo Neves, localizada no Bairro Santa Fé, em Caxias do Sul, realizou a revitalização da quadra de esportes e da área de convivência do local. Já em 2020, por conta da pandemia, não foi possível realizar os mutirões, os quais planejavam realizar reformas na sala mágica, sala do AEE (Atendimento Educacional Especializado) e biblioteca. Entretanto, neste ano, foi pensada uma maneira diferente de efetuar essa proposta. Surgiu a ideia do recolhimento de aparelhos eletrônicos em bom estado, para beneficiar os estudantes. Segundo o diretor Vagner Peruzzo, mais de 60% dos alunos da escola Tancredo, não acessam atividades online, e alguns deles não possuem nem equipamento eletrônico para realizar os estudos. Além disso, ele pontua:

THE HISTORICAL DEBT THAT BRAZIL HAS WITH EDUCATION WAS MADE CLEAR DURING THE PANDEMIC, ABOVE ALL WITH CHILDREN AND TEENAGERS IN NEED "Outros possuem equipamento com memória insuficiente para o download dos arquivos. Outros ainda têm dados móveis, porém não suficientes para acompanhar 1h diária de aula online. Sem contar as características da pouca perseverança. São estudantes que desistem facilmente ante os desafios/dificuldades. “A pandemia ilustrou a dívida histórica que o Brasil possui com a educação.” Portanto, o projeto de 2021, em que o mutirão irá formatar os equipamentos com o auxílio da Trino Polo e entregá-los aos estudantes, revela-se essencial e torna possível a aproximação dos alunos, com a mediação dos professores, uma vez demonstrados os diversos desafios apresentados devido ao cenário pandêmico vivenciado em 2020, com as comunidades escolares há mais de um ano sem presencialidade. Esses projetos que buscam melhorar a qualidade de ensino dos alunos e de acesso dos professores mostra-se de extrema importância em um momento de reaprendizagem sobre como lidar com as questões escolares em um momento de distanciamento físico.

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Verde que te quero verde Fotos: Yasmin Siqueira

This greenhouse was made by a couple who lives on Linha 40 in Caxias do Sul. They sought to improve the quality of their food and monitor the development of the plants, spending more time in contact with nature. There are already lettuce, tomato, strawberry and other spices planted there. Reprodução


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Por um dia a dia mais verde


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As atividades de sustentabilidade têm ganhado proporção quando se trata de reaproveitamento de resíduos ou reciclagem, já que esses compromissos cooperativos com o meio ambiente atingem diretamente as próximas gerações. Conscientização é um termo abordado com frequência neste mundo, então, pode ser interessante entender como funcionam alguns processos de reutilização de recursos naturais.

Compostagem: a compostagem não é nada além de uma forma de reutilizar matéria orgânica animal ou vegetal, transformando-a em fertilizantes ou húmus. Apesar de ser um processo aparentemente simples, resulta em qualidade de solo e não agride o meio ambiente.

Telhado verde: essa arquitetura permite cobrir telhados com plantas e árvores. O processo ajuda na poluição ambiental, abaixa o nível de ruído e calor dentro de casa e capta água da chuva. É uma bela alternativa sustentável para melhorar a qualidade de vida.

Parede verde: muito semelhante ao telhado verde, a parede verde reduz o consumo de energia e é muito cobiçada esteticamente. A energia é reduzida pelo jardim vertical, que garante uma temperatura agradável no espaço, dispensando arescondicionados.

Reciclagem de óleo: ao reciclar é possível fazer sabão, tinta, biodiesel e outros produtos... Não esqueça que, em caso de descarte, deve ser utilizadas garrafas PET.

Dicas de arquitetura sustentável: Inclua a sustentabilidade no seu planejamento. Aposte na tecnologia, tudo fica mais fácil com a ajuda dela. Reutilize o máximo possível. Poupe a natureza; Estude a sustentabilidade, mude sua mentalidade. Priorize o conforto e a qualidade de vida, mas não se esqueça da economia. Analise outros projetos e construa um com o seu perfil.

YOU NEED TO SEE HOW SUSTAINABILITY IS GOING TO HELP YOUR LIFE


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CHARGE

A importância das abelhas MAIS DO QUE NUNCA, ESTES INSETOS MERECEM NOSSOS OLHARES. ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS MANTÊ-LOS VIVOS, A FIM DE QUE A POLINIZAÇÃO CONTINUE OCORRENDO.

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Fotos: Canva

Jardim moribundo HÁ VÁRIAS ESPÉCIES DE ABELHAS, MAS, SE UM PAÍS OU REGIÃO EXTINGUIR AS SUAS, O RESULTADO SERÁ CATASTRÓFICO Quando alguém vê uma abelha, pode ficar com medo do seu ferrão, pode ficar encantado com sua pequena beleza, ou pode ficar preocupado em não vê-la mais em alguns anos. As colmeias estão cada vez mais difíceis de serem encontradas, e os zangões, ou abelhões, já não são mais encontrados no Canadá. A situação está parecida nos EUA. Há várias espécies de abelhas, mas, se um país ou região extinguir as suas, o resultado será catastrófico, pois, sem os polinizadores, as plantas não conseguirão se reproduzir, e assim se perde o equilíbrio de fauna e flora, prejudicando severamente o ecossistema e a agricultura. A principal causa do perigo de extinção é o

THE DANGER OF EXTINCTION IS CAUSED BY GLOBAL WARMING.


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aquecimento global, que, por sua vez, ocorre por vários motivos. Mas uma das maneiras de preveni-lo é buscar apoio de todos e informar o que pode acontecer com esses pequenos insetos, tão importantes para o perfeito funcionamento de vários ecossistemas. Por meio de pesquisas, foi constatado que temperaturas frequentemente elevadas são o fator mais radical para a extinção. As colonizadoras estão desaparecendo muito rapidamente, podendo se tornar uma situação irreversível eventualmente. Os pesquisadores estão considerando criar habitats para essas abelhas. A estratégias incluem plantar árvores e arbustos na cidade, conservar encostas, para oferecer abrigo do calor, e também tentar reduzir a velocidade das mudanças climáticas. As ações humanas cotidianas são fatores muito significativos para o aquecimento global. O próprio tráfego, por exemplo, e a quantidade absurda de poluição que o acompanha agravam muito o aumento da temperatura e, mesmo assim, ninguém parece se importar o suficiente. É necessário informar as pessoas e pensar em um plano B, caso as abelhas sejam ainda mais ameaçadas. Mas, infelizmente, só vamos nos preocupar em mudar nosso comportamento quando o medo ficar maior e a situação se tornar irreversível. Dessa forma, devemos repensar nossas atitudes e mudar nossos comportamentos perante o meio ambiente.

IT IS CONSIDERED BY RESEARCHES TO CREAT SPECIAL HABITATS FOR THOSE BEES.


RECEITA

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Foto: Canva

Geleia de cascas de frutas ESTA RECEITA APROVEITA TUDO DE BANANAS, LARANJAS, MAMÕES, MAÇÃS E GOIABAS – E FICA UMA DELÍCIA Ao preparar uma salada de frutas, não desperdice as cascas. Esta receita reúne

Ingredientes: Cascas de:

Pique as cascas em pedaços pequenos.

4 bananas

Acrescente em uma panela as cascas das

1 laranja

bananas, maçã e goiabas. Deixe ferver

1 mamão

por 20 minutos.

pequeno

Depois que esfriar, reserve.

1 maçã média

As cascas de laranja e mamão podem ser

3 goiabas

fervidas em seguida. Porém, é necessário

Açúcar a

trocar a água 2 vezes, para sair o sumo da

gosto

laranja e o amargo do mamão.

um porção

Junte todas as cascas com a água da fervura e bata-as no liquidificador.

delas – e fica

Despeje a mistura em uma panela grande

deliciosa. Veja como preparar:

Modo de preparo:

e adicione açúcar a gosto (aproximadamente 2 xícaras (chá). Mexa

Tempo de preparo: 40 min

até alcançar o ponto. Despeje em potes, deixe esfriar e conserve em geladeira.


FOTOGRAFIA

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Foto: Marketing Murialdo Caxias

Do colégio para o mundo SOMOS OS FORMANDOS DAS MÁSCARAS, DO ENSINO MÉDIO COM DISTANCIAMENTO SOCIAL, DOS TEMPOS DE PANDEMIA. MAS CONSEGUIMOS CHEGAR AO FINAL DE MAIS UMA ETAPA No começo de 2021, não sabíamos nem se

encerrando um dos ciclos mais importantes de

conseguiríamos nos reunir para tirar esta foto. É que

nossas vidas. Mas juntos. E com formatura!

a pandemia mudou as vidas das pessoas do mundo

Enquanto o mundo vence a Covid-19, vencemos

todo, e das nossas também. Boa parte do nosso

nossos pequenos, porém para nós grandes,

Ensino Médio foi diferente. Tivemos que assistir a

desafios. Mesmo pelas câmeras, aprendemos muito.

aulas a distância, on-line. Tivemos que manter

Não só conteúdos pedagógicos, mas também sobre

distanciamento dentro da sala, quando pudemos

a vida, sobre coisas que importam para o coração.

retornar ao colégio. Tivemos que usar máscaras o

Agora, nos despedimos para seguir em frente, mas

tempo todo.

com um gostinho de saudade. Certamente,

Mas nossos sorrisos permaneceram. Escondidos, sim, mas presentes. Porque estamos felizes. Estamos

sentiremos saudade de tudo o que vivemos até agora.



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