"Há um longo percurso para esse jovem artista. Mas a sua presença é tão forte, a sua constância na busca de valores plásticos e a coragem com que se põe pessoalmente na arena da discussão, utili2',ando para isso apenas o seu trabalho, o favorecem imediatamente como um dos artistas mais significativos que tem surgido no Brasil, nos últimos anos." Jacob KLlNTOWITZ, in "Jornal da Tarde", 3/9/1976 "Há um momento para certos pintores em que o prazer passa a substituir a tensão da construção pictórica. O receio pueril dá lugar ao namoro pleno com a arte. O desconhecido já não é mais aterrador e o domínio da pintura deixa uma margem para o gozo sensual da cor e da matéria. Sobra tempo para o devaneio com o objeto escolhido. Pois Gregório mostra essa satisfação, o sinal evidente de uma plenitude muito próxima. A sua técnica tornou-se tão fluente, que ela já não importa mais. É parte integrante e ocasional de um processo sem limitações de estilo nem de época." SheilaLEIRNER, in "O Estado de São Paulo", 10/12/1978' "Em que momento um artista promissor pode começar a perder esse adjetivo? Talvez quando desvenda, para si próprio e para os outros, seu mundo mais pessoal. E é o que está acontecendo neste instante nos domínios tranquilamente regidos por Gregório." ' OlíVIO TAVARES DE ARAÚJO, in Revista "Veja", 6/12/1978 Vinll~
desenhos
AscANIO M.M.M. (BRASIL) Portugal. Reside no Rio de Janeiro. Começou a trabalhar com pedaços. de madeira em 1965. Participou de diversas exposições, entre as quais: I Salão de Abril, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, 1966; XV Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, 1966; I Salão de Artes Plásticas da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ (Primeiro Prêmio de Elcultura), Rio de Janeiro, 1967; IX Bienal Internacional de São Paulo, 1967; XVII Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro (1sençã<? de Juri), 1 ~68; Salão de Arte Universitária da PUC, Rio
,de Janeiro (Primeiro Prêmio de Pesquisa), 1968; I Salão de Arte ,Universitária de Belo Horizonte (Terceiro Prêmio de Escultura), 1968;' 11 Bienal da Bahia, Salvador, 1968; Selecionado para a pré-bienal de Paris, 1969; exposição individual na Galeria Celina, 1969; convidado para representar o Brasil na Bienal de Escultura ao Ar Livre, Antuérpia, 1971; I Salão da Eletrobrás (Prêmio Aquisição), 1971; XXII Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, 1973; Salão Nacional de Artes Plásticas do MEC, Rio de Janeiro (Prêmio Viagem ao Exterior), 1978; convidado a elaborar uma escultura para a Praça da Sé, São Paulo, 1978; exposição individual na Skultura Galeria de Arte, São Paulo, 1979. "Não foram poucos os artistas que entre nós exploraram e pesquisaram o branco. Ascânio adotou o branco e a sombra, criou a participação do espectador a partir da posição assumida especialmente diante de suas estruturas óticas. A ordenação das ripas, os ritmos criados numa espécie de desdobramento de formas rigorosamente simétricas, o planejamento neo-arquitetônico desses elementos de uma construção virtual e poética, somam-se para definir a linguagem do artista, sem dúvida um dos mais originais da arte nova brasileira." Walmir AYALA, in "Jornal do BrasW', 12/12/1969 "O rigor construtivo é uma regra de jogo, e todo o não essencial ao exercício da apenas visualidade termina eliminado; ele próprio se refere a uma estreita ligação com a arquitetura, seu ramo profissional. Cada densidade rítmica, que os vértices de encontro das ripas constroem na ascese do conjunto, tem seu lugar, sua justificativa, e se integra no todo com a precisão e a rapidez de um encaixe perfeito, de uma solução arquitetônica correta e criativa." Roberto PONTUAL, in "Jornal do Brasil", 12/8/1970 , "O trabalho de Ascânio exige uma contemplação lenta, quase amorosa, um se-deixar-ficar-olhando aqueles ritmos muito precisos e límpidos, um se-deixar-ficar-jogando com os elementos construtivos à disposição." Frederico de MORAIS, in "Diário de Notícias", 21/10/1972 215 '