ENTREVISTA
ESPECIAL
30 ANOS DA APEP NA VISÃO DE GUINOEL MONTENEGRO CORDEIRO, DIVANIL MANCINI E JOSÉ MANOEL DE MACEDO CARON “A associação liga o passado ao presente e nos permite construir um futuro sólido; é e sempre será o ponto comum entre os procuradores hoje aposentados e os procuradores em atividade”. A análise é do colega aposentado Guinoel Montenegro Cordeiro, que foi o segundo presidente da Apep. Guinoel sucedeu Liguarú José do Espírito Santo, já falecido. Guinoel Cordeiro, Divanil Mancini e José Manoel de Macedo Caron conversaram com a Revista Apep sobre a nossa entidade. Contaram que a Apep foi criada para dar seriedade às reivindicações dos procuradores perante o governador. Nos idos de 1979, o ingresso na carreira de procurador 14 REVISTA APEP
de estado não se dava por concurso e muitos dos integrantes da carreira tinham prestígio político e laços estreitos de amizade com o então governador Ney Aminthas de Barros Braga. Este fato fazia com que as reivindicações dos procuradores do estado fossem vistas como pedido de favores pessoais e não como a aspiração de toda uma categoria profissional. Em momento posterior, já com o órgão de classe organizado e por ocasião da Assembléia Nacional Constituinte, Divanil Mancini, que era o presidente da Apep, lembra que teve o atrevimento de, juntamente com outros nomes notáveis da política e do
JANEIRO/FEVEREIRO/MARÇO 2009
direito, organizar a luta e todos os esforços perante o parlamento para que a carreira de procurador do estado fizesse parte do texto constitucional como função essencial à administração da justiça. O art. 132 da Constituição Federal é, conforme afirma Mancini, o fruto de um “atrevimento que deu certo”. Na conversa com os três ficou bem claro que sempre foi objetivo da Apep lutar para que haja um reconhecimento natural da importância do trabalho desenvolvido pela PGE em prol da administração e que as lutas só mudam de nomes e de momentos. Confira a seguir a entrevista dada por Guinoel.