BetanoMag #15 - Sporting Campeão com Paulinho

PEDRO GONÇALVES 25 anos, Médio 13

4 O RUGIDO DO LEÃO

6 JORNADA A JORNADA 13 PLANTEL CAMPEÃO

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O RUGIDO DO LEÃO OUVIU-SE BEM ALTO DURANTE TODA A ÉPOCA

O SPORTING VOLTOU A CONQUISTAR O TÍTULO, TRÊS ANOS DEPOIS, E HÁ 11 JOGADORES QUE REPETEM ESSE FEITO.

OSporting entra para a última jornada da liga como campeão nacional, sucedendo ao Benfica. Na ronda final, os leões recebem o Desportivo de Chaves, isto depois de terem matematicamente garantido o título na ronda 32, fruto da vitória caseira diante do Portimonense por 3-0 e da derrota do Benfica no terreno do Famalicão, por 2-0. Este é o segundo título leonino nos últimos quatro anos e 24º na sua história.

O Sporting chegou pela primeira vez à liderança isolada na sétima jornada, com 19 pontos, mais um que Benfica e três que FC Porto. Na 11ª, foi apanhado pelo Benfica, mas na ronda seguinte voltou a ocupar sozinho o topo da classificação. Na 13ª, foi a vez do FC Porto apanhar os leões no primeiro lugar, mas mais uma vez isso só durou uma semana e na 14ª os pupilos de Rúben Amorim voltaram a ficar sozinhos no topo.

O Sporting só viria a perder a liderança momentaneamente, devido ao jogo atraso referente à 20ª jornada, fora com o Famalicão, o qual só se realizou entre as rondas 29 e 30 (vitória leonina por 0-1), mas mesmo com essa partida por disputar, os leões não demoraram muito em regressar ao topo de forma isolada, posição que mantiveram até à ultima jornada.

INVENCÍVEIS EM CASA E ATAQUE DEMOLIDOR

À entrada para a última jornada, o Sporting apresenta um registo perfeito em casa, com 16 vitórias em outros tantos jogos. Nas principais ligas europeias, só há três equipas invencíveis no seu estádio e são elas o Manchester City, o Real Madrid e o Bayer Leverkusen.

Em relação à veia goleadora dos pupilos de Rúben Amorim, esta também tem dado muito que falar. Até ao mo-

11 JOGADORES

REPETEM TÍTULO DE 2020/21

O Sporting voltou a conquistar o título três anos depois e há 11 jogadores que repetem esse feito. São eles Sebastián Coates, Antonio Adán, Luís Neto, Pedro Gonçalves, Nuno Santos, Matheus Reis, Paulinho, Gonçalo Inácio, Eduardo Quaresma, Daniel Bragança e Dário Essugo.

mento, não há equipa nos campeonatos europeus de referência com ataque mais concretizador que o leonino, que deixa assim para trás o Manchester City, Arsenal, Bayern Munique, entre outros. Recorde-se que o Sporting somou seis goleadas no campeonato: em casa diante do Boavista (6-1), SC Braga (5-0), Estoril (5-1) e Casa Pia (8-0) e fora contra o Gil Vicente (0-4) e Vizela (2-5).

Mas há mais para conquistar esta temporada, já que o Sporting vai disputar a final da Taça de Portugal com o FC Porto. Se conseguir a dobradinha, os leões de Rúben Amorim repetem o feito alcançado por László Boloni, em 2001/02. O clube de Alvalade foi inclusive o primeiro a vencer o campeonato e a taça na mesma época, em 1940/41, e repetiu o feito em mais cinco ocasiões (1947/48, 1953/54, 1973/74, 1981/82 e a já referida em 2001/02).

RÚBEN AMORIM EM LOTE RESTRITO

Aos 39 anos, Rúben Amorim tornou-se no primeiro treinador nos últimos 72 anos a conquistar mais do que um campeonato ao serviço do Sporting, além de que é o mais jovem de sempre a consegui-lo. Ao longo da história do clube, só cinco técnicos venceram mais do que uma vez a principal competição do futebol português: Randolph Galloway (3 títulos), Joseph Szabo (3 títulos), Cândido de Oliveira (2 títulos) e Otto Glória (2 títulos).

Luís Neto é um dos repetentes

JORNADA A JORNADA RUMOTÍTULOAO

RECORDA A CAMINHADA TRIUNFAL DO SPORTING, QUE COMEÇOU COM UM TRIUNFO NO ÚLTIMO SEGUNDO, DIANTE DO FC VIZELA, E SEGUIU, COM MUITAS VITÓRIAS E GOLOS MARCADOS, NUMA LUTA QUE TEVE O BENFICA COMO O PRINCIPAL RIVAL.

1ª JORNADA: SPORTING – FC VIZELA

(3-2)

Foi no último segundo que Paulinho fez o 3-2 final diante do FC Vizela, antes de Gyökeres ter mostrado ao que vinha, ao assinar um bis aos 14' e aos 15', que colocara o resultado num 2-0 que fazia erradamente supor noite descansada. O leão acabou por ter uma estreia certeira e, ainda por cima, viu o rival Benfica ser derrotado no terreno do Boavista por 2-3.

2ª JORNADA:

CASA PIA – SPORTING

(1-2)

A história repetiu-se, com o Sporting a ganhar vantagem cedo, logo aos 3', por Paulinho, mas a deixar-se empatar na segunda parte. Valeu de novo Paulinho a "oferecer" mais uma vitória, desta vez com o golo a surgir mais cedo do que na estreia (61'). Os sportinguistas começavam a ter a certeza de que boa reação à adversidade não faltava a esta equipa.

3ª

JORNADA:

SPORTING – FC FAMALICÃO (1-0)

4ª JORNADA: SC BRAGA – SPORTING

(1-1)

Estes foram os únicos pontos perdidos pelo Sporting nas primeiras dez jornadas. Pedro Gonçalves estreou-se a marcar nesta I Liga, adiantando o Sporting aos 25', mas Álvaro Djaló estabeleceu o resultado final aos 78'. O FC Porto também perdeu pontos nesta ronda e os dois partilhavam assim a liderança com o Boavista.

5ª JORNADA: SPORTING – MOREIRENSE

(3-0)

Depois de uma "seca" de três jornadas sem marcar – série idêntica só viria a ocorrer em abril – Gyökeres fez um golo na vitória mais tranquila do leão até esta altura, com Hjulmand e Diomande a marcarem os outros golos. Ainda não se sabia, mas vitórias por 3 ou mais golos de diferença seriam a imagem de marca da equipa de Rúben Amorim na segunda volta.

Paulinho estava "on fire" e foi dele o único golo na receção ao FC Famalicão, aos 52'. Contas feitas, nas três primeiras jornadas, o atacante "deu" 7 pontos à sua equipa. No final desta 3ª jornada, o Sporting era segundo na tabela, com os mesmos pontos do líder Vitória de Guimarães e do FC Porto. O Benfica aparecia no sexto lugar, a 3 pontos de distância.

6ª JORNADA: SPORTING – RIO AVE (2-0)

Paulinho voltou a fazer o gosto ao pé, logo aos 10', e Marcus Edwards estreou-se a marcar nesta I Liga, tendo estabelecido o resultado final aos 26'. O Sporting ia ganhando, mas o mesmo acontecia com FC Porto e Benfica. No final desta jornada, leões e dragões lideravam com 16 pontos (com melhor diferença de golos dos lisboetas), seguidos das águias, com 15.

7ª JORNADA: FARENSE – SPORTING (2-3)

Foi uma vitória arrancada a ferros por 2-3, com o último golo marcado por Gyökeres, de penálti, aos 90'. O sueco inaugurou o marcador aos 21' e Pedro Gonçalves aumentou para 2-0, mas o Farense, mesmo com menos um jogador, chegou ao 2-2. O Sporting passou a comandar isolado, com 1 ponto de avanço sobre o Benfica, pois o FC Porto perdeu por 0-1 na Luz.

8ª JORNADA: SPORTING – FC AROUCA (2-1)

Gyökeres inaugurou o marcador aos 31' mas a segunda parte prometeu ficar complicada, depois da expulsão de Diomande, em cima do intervalo. E assim foi, com o FC Arouca a chegar ao empate por Rafa Mujica aos 52', só que os leões reagiram com grande galhardia e chegaram à vitória com golo de Morita, aos 69', tendo conseguido conservar a vantagem.

9ª JORNADA: BOAVISTA – SPORTING (0-2)

Grande jornada para a equipa de Rúben Amorim, pois venceu no Bessa, terreno que historicamente não é fácil, com golos de Geny Catamo (37') e Pedro Gonçalves (85'), tendo visto o Benfica empatar em casa com o Casa Pia (1-1). Os leões passaram a dispor de 3 pontos de avanço sobre Benfica e FC Porto, a duas jornadas de uma importante ida à Luz.

10ª JORNADA: SPORTING –ESTRELA DA AMADORA (3-2)

O Sporting adiantou-se aos 33', por Daniel Bragança, mas o Estrela da Amadora gelou Alvalade e passou a comandar por 2-1, com golos aos 50' e 55'. Voltou a vir ao de cima a garra do leão, que chegou à vitória por Marcus Edwards (71') e Paulinho (79'). Como o FC Porto perdeu em casa (0-1) com o Estoril, ficou a 6 pontos, mantendo-se o Benfica em segundo, a 3.

11ª JORNADA: BENFICA – SPORTING (2-1)

O jogo grande da ronda foi o dérbi entre Benfica e Sporting, com a vitória a sorrir às águias. Aos 45 minutos, Gyökeres deu vantagem aos leões, mas já na compensação o Benfica virou o resultado, com tentos de João Neves (90'+4) e de Tengstedt (90'+7). Com este resultado, os pupilos de Roger Schmidt apanharam os leões na liderança.

12ª JORNADA: SPORTING – GIL VICENTE (3-1)

O Gil Vicente adiantou-se por Rúben Fernandes (34'), mas Pedro Tiba fez um autogolo em cima do intervalo e na segunda parte os lisboetas acabaram por ganhar por 3-1, com golos de Gyökeres no espaço de 4 minutos (52' e 56'). O Benfica empatou 0-0 em Moreira de Cónegos e o leão voltou a ficar sozinho no trono, com mais 2 pontos do que a águia.

13ª JORNADA: VITÓRIA DE GUIMARÃES – SPORTING (3-2)

A derrota do Sporting em Guimarães permitiu ao FC Porto igualar os leões no primeiro lugar, com o Benfica a desperdiçar a hipótese de ser o líder isolado, ficando um ponto atrás do rivais, pois empatou na Luz com o Farense (1-1). Gonçalo Inácio e Nuno Santos faturaram pelos lisboetas, com três Silvas, o Tiago, o André e o Dani, a marcarem pelos minhotos.

14ª JORNADA: SPORTING – FC PORTO (2-0)

O FC Porto tinha recuperado 6 pontos ao Sporting nas duas jornadas anteriores, mas o leão ganhou por 2-0, com golos de Gyökeres e Pedro Gonçalves, numa partida em que Pepe viu o vermelho aos 51'. Os verdes e brancos voltaram a ser líderes isolados, com 1 ponto de avanço sobre o Benfica e 3 sobre o FC Porto.

15ª JORNADA: PORTIMONENSE – SPORTING (1-2)

Foi mais um jogo em que o Sporting chegou à vantagem (Gyökeres, aos 59'), deixou-se empatar (Filipe Relvas, 69') mas acabou por sorrir, com Paulinho mais uma vez decisivo, a estabelecer o 2-1 final aos 80'. O Sporting virava o ano como líder, com 1 ponto de avanço sobre o Benfica e 3 sobre o FC Porto

16ª JORNADA:

SPORTING

– ESTORIL PRAIA (5-1)

O Estoril Praia somava goleadas atrás de goleadas, com duas vitórias diante do FC Porto pelo meio, mas o Sporting esteve intratável e ganhou por 5-1, com Marcus Edwards a bisar. Pedro Gonçalves, um autogolo e Trincão, a fazer o ensaio para a sua magnífica segunda volta, estabeleceram o resultado final. O FC Porto empatou 1-1 no Bessa e ficou a 5 pontos dos leões.

17ª JORNADA: CHAVES – SPORTING (0-3)

O Sporting terminou a primeira volta com chave(s) de ouro, em mais uma vitória tranquila, desta vez com três golos portugueses, da autoria de Paulinho, Pedro Gonçalves e Trincão. Benfica e FC Porto também triunfaram nesta ronda e mantiveram-se, respetivamente, a 1 e 5 pontos da equipa orientada por Rúben Amorim.

18ª JORNADA: FC VIZELA – SPORTING (2-5)

O Sporting não começou bem, tendo sofrido um golo aos 13', apontado por Alberto Soro, mas foi noite de mais uma "remontada" verde e branca, com Gyökeres a igualar à beira do intervalo (período dos jogos em que os leões marcaram muitos golos na competição) e a estabelecer o 2-5 final aos 86'. Pelo meio, também faturaram Trincão, Paulinho e Coates.

19ª JORNADA: SPORTING – CASA PIA (8-0)

Esta foi a vitória mais gorda do Sporting no campeonato nos últimos 50 anos, igualando o resultado alcançado em fevereiro de 1974, numa receção ao Oriental. Coates, Gyokeres e Trincão bisaram, enquanto Pedro Gonçalves e Geny Catamo marcaram um golo cada. Alvalade era cada vez mais uma fortaleza para uma equipa que se apresenta 100 por cento vitoriosa em casa.

20ª JORNADA: FAMALICÃO – SPORTING (0-1)

Inicialmente agendado para 3 de fevereiro, este jogo viria a ser adiado, por falta de policiamento, e disputado apenas a 16 de abril. O Sporting teve assim um jogo a menos do que os rivais durante nove jornadas. O Famalicão-Sporting viria a ser disputado entre a 29ª e a 30ª jornada, com triunfo verde e branco por 1-0 (golo de Pedro Gonçalves), aumentando a vantagem em relação aos encarnados para 7 pontos, agora sim, com o mesmo número de jogos.

21ª JORNADA: SPORTING –SC BRAGA (5-0)

O Sporting repetiu o resultado que já tinha alcançado nas últimas duas receções ao SC Braga, na época passada. Desta vez, os golos foram da autoria de Trincão, Eduardo Quaresma, Gyökeres, Daniel Bragança e Nuno Santos. Nesta ronda, o Benfica empatou 2-2 no terreno do Vitória de Guimarães e os rivais lisboetas ficaram com os mesmos pontos, mas os leões tinham menos uma partida disputada.

22ª JORNADA: MOREIRENSE – SPORTING (0-2)

Vitória "à campeão", com o Sporting a chegar ao 2-0 no terreno do 6º classificado nos primeiros 23', com golos de Morita e Pedro Gonçalves, e a só permitir uma oportunidade de golo ao rival, mesmo a terminar a partida. A novidade em relação aos últimos desafios é que Trincão não marcou, depois de o ter feito em cinco jornadas consecutivas.

23ª JORNADA: RIO AVE – SPORTING (3-3)

O Sporting viu interrompida uma série de oito vitórias consecutivas, num jogo disputado debaixo de muito vento e chuva, no qual não chegou marcar três golos (por Hjulmand, Gyökeres e Coates), para sair vencedor. O Benfica venceu o Portimonense e passou a ter 2 pontos de avanço na liderança, recordando-se que os leões tinham menos um jogo.

24ª JORNADA: SPORTING – FARENSE (3-2)

Na estreia de Franco Israel na I Liga, devido à grave lesão de Adán, foi um jogo tirado a papel químico do da primeira volta, com o Sporting a ganhar vantagem de dois golos (faturaram Daniel Bragança e Gyökeres), deixando-se empatar, mas resgatando o triunfo aos 53', por Pedro Gonçalves. O Benfica foi goleado por 0-5 no Dragão e por isso o Sporting reassumiu a liderança, com mais 1 ponto e menos 1 jogo do que as águias.

25ª JORNADA: FC AROUCA – SPORTING (0-3)

Esta deslocação a Arouca, terreno do sétimo colocado, adivinhava-se como uma das mais complicadas até ao final da época. E assim foi, apesar do resultado sugerir o contrário. Gyökeres fez o 0-1 aos 20' e os visitados deram boa réplica, até à "estocada final", dada por Geny Catamo aos 90'+1, com Hjulmand ainda a ter tempo para estabelecer o 0-3 final.

26ª JORNADA: SPORTING – BOAVISTA (6-1)

Mais um festival de golos da equipa de Rúben Amorim com direito a reviravolta. Quem viu a primeira parte não adivinhava o que aí vinha, pois Makouta adiantou os axadrezados aos 3' e foi só aos 44' que Gyökeres empatou. O segundo tempo foi de gala, com mais dois golos do sueco, Paulinho a bisar e Nuno Santos a marcar um golo.

27ª JORNADA: ESTRELA DA AMADORA –SPORTING (1-2)

A quantidade de reviravoltas do Sporting nesta I Liga foi impressionante e este foi mais um exemplo, com Paulinho e Nuno Santos, ainda na primeira parte, a responderem ao golo inaugural de Leonel Bucca. A onda verde estava a crescer e no final os jogadores festejaram o triunfo com um abraço coletivo que foi uma das imagens mais fortes desta época triunfal.

28ª JORNADA: SPORTING – BENFICA (2-1)

O Sporting respondeu à derrota que sofreu na primeira volta diante do Benfica (dois golos sofridos nos descontos) com um golo de Geny Catamo no tempo de compensação. O ala moçambicano já tinha sido o autor do 1-0, na primeira jogada da partida e Bah fez o 1-1 aos 45'+3. Os leões passaram a liderar com 4 pontos de avanço sobre o Benfica e menos um encontro disputado.

29ª JORNADA: GIL VICENTE –SPORTING (0-4)

O Sporting já ganhava aos 10' em Barcelos por 2-0 (golos de Trincão e Diomande) e chegou ao 4-0 final ainda na primeira parte, por Trincão e num autogolo do guarda-redes Andrew. Foi o jogo que antecedeu o Famalicão-Sporting, cujo triunfo permitiu aos leões passarem a ter 7 pontos de avanço sobre o Benfica, agora com as contas em dia.

30ª JORNADA: SPORTING –VITÓRIA DE GUIMARÃES (3-0)

Mais um jogo cheio de autoridade do Sporting, diante de uma das boas equipas da competição, vingando a derrota sofrida na primeira volta. Os golos foram de Pedro Gonçalves (30') e de Gyökeres, com o sueco a bisar, aos 45' +3 e aos 49'. Os adeptos sentiam o título de campeão cada vez mais perto e o estádio foi um vulcão durante todo o jogo, especialmente depois do 3-0.

31ª

JORNADA: FC PORTO –SPORTING (2-2)

O Sporting recolheu aos balneários com desvantagem de 0-2 (golos de Evanilson, aos 8' e Pepê, aos 41'), mas Gyökeres, que ficara no banco devido a um problema físico, bisou nos minutos finais. O Benfica venceu o SC Braga por 3-1, reduzindo a distância para 5 pontos, mas a três jornadas do fim ficava a faltar apenas uma vitória e um empate aos leões para serem campeões.

32ª JORNADA: SPORTING –PORTIMONENSE (3-0)

A confirmação do título de campeão surgiu na 32ª e antepenúltima jornada, mas no sofá, depois de assistir à derrota do Benfica em Famalicão, por 2-0. Na véspera, o Sporting vencera em Alvalade o Portimonense, por 3-0 (golos de Paulinho, Trincão e Gyokeres). A equipa de Rúben Amorim ficou com 8 pontos de avanço sobre o Benfica e o Marquês de Pombal cobriu-se de verde.

33ª JORNADA: ESTORIL-SPORTING

Na primeira aparição depois de consagrado campeão nacional, o Sporting venceu na Amoreira, com mais um golo decisivo de Paulinho, aos 81 minutos, depois de assistência de Nuno Santos. Curiosamente dois jogadores que começaram no banco e que entraram para ser decisivos, para alegria dos milhares de sportinguistas que encheram o estádio do Estoril Praia.

34ª JORNADA: SPORTING - CHAVES

O jogo da consagração dos campeões, em casa e com lotação esgotada, isto depois da confirmação matemática do título, na antepenúltima jornada, após vitória do Sporting diante do Portimonense e da derrota do Benfica no campo do Famalicão. É a 24ª vez que os leões conquistam a mais importante competição do futebol português.

SPORTING CAMPEÃO 2023/24

OS NOVOS CAMPEÕES NACIONAIS, NA TEMPORADA 2023/24. DE LEÃO AO PEITO, TODOS ELES DERAM O SEU CONTRIBUTO PARA QUE O SPORTING CONQUISTASSE O 24º TÍTULO DA SUA HISTÓRIA.

ANTONIO ADÁN

37 anos, Guarda-redes

FRANCO ISRAEL 24 anos, Guarda-redes

DIOMANDÉ 20 anos, Defesa

19 anos, Guarda-redes

33 anos, Defesa

RAFAEL PONTELO 21 anos, Defesa

JEREMIAH ST. JUSTE 27 anos, Defesa

RICARDO ESGAIO 31 anos, Defesa

OUSMANE

IVÁN FRESNEDA 19 anos, Defesa

LUÍS NETO 35 anos, Defesa

EDUARDO QUARESMA 22 anos, Defesa

MATHEUS REIS 29 anos, Defesa

SPORTING

CAMPEÃO

2023/24

GONÇALO INÁCIO 22 anos, Defesa

DANIEL BRAGANÇA 24 anos, Médio

MATEUS FERNANDES 19 anos, Médio

HIDEMASA MORITA 29 anos, Médio

DÁRIO ESSUGO 19 anos, Médio

VIKTOR GYÖKERES 25 anos, Avançado

MORTEN HJULMAND 24 anos, Médio

MIGUEL MENINO 21 anos, Médio

FRANCISCO TRINCÃO 24 anos, Avançado

PEDRO GONÇALVES 25 anos, Médio

KOBA KOINDREDI 22 anos, Médio

MARCUS EDWARDS 25 anos, Avançado

GENY CATAMO 23 anos, Avançado

NUNO SANTOS 29 anos, Avançado

PAULINHO 31 anos, Avançado

AFONSO MOREIRA 19 anos, Avançado

"O PRÓXIMO OBJETIVO É A TAÇA" PAULINHO

PPaulinho foi um dos jogadores mais importantes na conquista do título de campeão nacional do Sporting na temporada de 2023/24. Bateu o seu número de golos ao serviço do clube e, só na I Liga, as suas finalizações certeiras significaram a conquista de 13 pontos. Nesta entrevista exclusiva à "BetanoMag", o ponta de lança, de 31 anos, passa em revista a época que culminou na conquista do seu segundo campeonato de leão ao peito, confessa-se muito feliz em Alvalade e desfaz-se em elogios aos seus colegas de equipa, revelando que nunca tinha estado num balneário com tão forte espírito de grupo. E já aponta ao bicampeonato, em 2024/25.

Como foram as emoções da noite dos festejos do título de campeão nacional?

Teria de ter uma entrevista muito maior para contar tudo, mas foi uma noite muito especial para nós e para qualquer pessoa que lá tenha estado, desde o estádio até ao Marquês, não se vai esquecer.

Algum episódio que te tenha marcado e que não tenhamos visto nas redes sociais?

Há muitos, mas acho que os mais engraçados toda a gente acabou por ver, porque foram virais, mas foi toda uma festa, com muitos momentos, não me lembro agora de nenhum em especial.

Consegues comparar as duas festas de campeão, este ano com 2021, em que estávamos em tempos de Covid?

Não dá para comparar, mas se conseguirmos associar cada título ao estado em que estava o país, nesse caso, as medidas de segurança, percebo a dimensão dos dois. Mesmo com Covid, aquilo estava completamente cheio, foi uma loucura, ninguém estava à espera daquilo. E desta vez, não havendo Covid, estivemos muito tempo no Marquês, no palco, foi diferente. Conseguimos ver as coisas de outra forma, também havia condições para estar mais gente. Foram os dois muito especiais. Diferentes, mas especiais.

Costuma dizer-se que todos sabem que o Sporting é um grande clube, mas só quem lá está dentro consegue perceber a enorme dimensão do mesmo. Confirmas?

Sim, sem qualquer tipo de dúvidas. Felizmente, o Sporting tem vindo a crescer e o ambiente é cada vez mais saudável.

Cada vez mais não, já é saudável. Acho que toda a gente se identifica com o clube, todos os adeptos se identificam com o clube, acho que isso se nota em todos os jogos, quando temos aquele mar de gente.

Este título de campeão nacional surgiu depois de um quarto lugar na época passada. Como foi o definir dos vossos objetivos nos primeiros dias desta época?

Muito honestamente, esta época já começou na época anterior, quando percebemos que já não conseguíamos sair do quarto lugar ou mesmo quando ficámos afastados do título, o discurso do mister [Rúben Amorim] foi logo apontado para esta época e acho que isso, mesmo nas férias, alimentou-nos para virmos ainda mais motivados e felizmente acho que isso se notou e correu bem.

Rúben Amorim já se referiu publicamente várias vezes a essa conversa que tiveram. Podes revelar alguns pormenores desse apontar para o título de campeão que acabou por ser conquistado?

Quando é que percebeste que o título já não iria fugir?

É difícil dizer, acho que a vitória em casa com o Benfica e a vitória em Famalicão foram os momentos que, se calhar, dissemos ‘só depende de nós, literalmente, um último esforço’. Aí foram os momentos em que se calhar olhámos e dissemos ‘este ano, se fizermos bem as coisas, como temos feito, somos campeões’. Claro que há jogos muito difíceis em que saímos com o sentimento de quem quer ser campeão tem de ganhar. Chaves, Arouca, que são jogos difíceis.

Falaste do jogo de Famalicão. O facto de a partida, em primeira instância, ter sido adiada e, depois de jogada, vos ter colocado com 7 pontos de avanço, foi decisiva?

O MISTER DISSE-NOS

QUE ESTA ÉPOCA ERA

O TUDO OU NADA

O mister disse, desde muito cedo, que este ano era o tudo ou nada e que um clube como o nosso, e uma equipa como a nossa, não podia ficar sem títulos, tinha de lutar e ser campeã nacional e andar lá perto não chegava.

Este foi o título da coragem, por não se ter mudado tudo depois do quarto lugar de 2022/23?

Sim, quem anda no futebol, e as pessoas que entendem de futebol, conseguem perceber que quando ganhamos não está tudo bem e que quando perdemos não está tudo mal. Porque mesmo na época em que ficámos em quarto lugar tivemos uma sequência de nove, dez jogos sempre a ganhar, agora claro que havia ajustes a fazer, foram feitos e correram bem.

Não nos garantiu nada, até porque tínhamos de ganhar o jogo. E foi diferente, porque quando íamos jogar com eles, tinham um treinador, numa fase diferente. Agora, quando o jogo foi reagendado, o treinador era outro, as ideias eram outras e quem está no futebol sabe que quando chega um novo treinador, a motivação é outra. Para nós, durante esse período, não falámos sobre isso, tínhamos de fazer o nosso e o mais importante era ganhar o jogo a seguir ao Famalicão. Nem chegou muito a ser assunto e isso também nos ajudou.

Na 1ª jornada da I Liga, o Sporting venceu o FC Vizela, com um golo teu aos 90'+8. Foi um catalisador para o resto da época?

Acima de tudo, o facto de termos ganho aquele jogo no último minuto deu uma imagem diferente da época anterior, em que tínhamos empatado o primeiro jogo, e em que os primeiros encontros não nos tinham corrido bem. Termos conseguido ganhar esse jogo, no último lance, basicamente, acho que nos deu um "boost" para o resto da época.

Nos três primeiros jogos deste campeonato marcaste 4 golos, em vitórias pela margem mínima, nas quais, na prática, deste 7 pontos ao Sporting. Qual foi o segredo para te apresentares dessa forma logo no início da época?

Acho que não fui só eu, fomos todos. Como disse há pouco, o facto de termos terminado em quarto lugar e toda a con-

versa que tivemos antes da época acabar, deu-nos motivação para, durante a época, estarmos a trabalhar e a pensar no início da próxima. Acho que pode ter sido isso, mas não há um segredo, se houvesse um segredo era mais fácil.

Curiosamente, foste fundamental nos dois jogos do título, pois marcaste ao Boavista, em 2020/21, e ao Portimonense, em 2023/24. Isso marcate de forma especial?

Marca-me, pessoalmente, são momentos especiais para mim, mas um título é muito mais que um jogo e há muitos momentos durante a época que nos vão marcando, mas fico feliz por estar nesses jogos.

A equipa ganhou, até ao momento, todos os jogos em Alvalade para o campeonato. Sentem que o vosso estádio foi uma fortaleza?

Sim, foi mesmo isso. O ambiente, pelo menos desde que eu cheguei, sempre foi bom, mas tem vindo a melhorar. Acho que também ajudámos, porque temos de motivar os adeptos e os adeptos têm de se identificar com a equipa e as vitórias ajudam, mas acho que a relação que os adeptos tiveram connosco e que nós tivemos com os adeptos, durante os jogos, acaba por nos ajudar e as equipas quando vêm cá já percebem o ambiente que vão ter.

Os números dizem que esta terá sido a tua melhor época no Sporting. Também sentes isso?

Sim, a nível de números, sim, claro que há sempre margem para mais e melhorar.

É impossível não falar de Viktor Gyökeres, o teu parceiro de ataque, que tem sido quase unanimemente eleito o melhor jogador do campeonato. Qual foi a sua importância no título?

Isso é inegável, um jogador que tem a influência que ele tem, é muito importante para nós, da mesma forma que o Pote foi na época em que fomos campeões, agora de outra forma. É inegável a influência dele no campeonato.

Visto de fora, durante os festejos, Rúben Amorim deu uma imagem diferente daquela a que estamos habituados. O que nos pode dizer sobre a maneira de ser do treinador do Sporting?

Por acaso a relação dele connosco no dia a dia é um bocadinho parecida com a dos festejos: quando é para brincar é para brincar, mas quando é para trabalhar é para trabalhar e todos os jogadores têm uma excelente relação com ele.

"Se o Paulinho mostra os dentes"... como nasceu esta canção?

Não sei (risos). Lembro-me que a primeira vez que ouvi

acho que foi no jogo com o Ajax, para a Liga dos Campeões, quando marquei, mas não faço ideia como nasceu, honestamente, mas ainda bem que nasceu.

Imaginamos que será algo muito especial de ouvir. Sim. Para mim, muito mais importante do que qualquer golo que possa ter marcado, é a questão de ser mais do que uma música, é uma relação que temos e nunca darei o suficiente ao clube para tentar retribuir o que me deram.

Fazes parte do lote de jogadores que fizeram parte dos dois últimos plantéis campeões nacionais. Manter a base, ao longo destes quatro anos, tem sido fundamental para o sucesso?

Sim, é importante ter jogadores que já foram campeões, mas também é tão ou mais importante ter jogadores novos, malta nova com vontade de ganhar, esse "mix" é muito importante, honestamente.

Rúben Amorim já falou no bicampeonato. É esse o vosso próximo objetivo?

O próximo objetivo é a Taça. Mas tem de ser, tem de ser uma coisa natural para o Sporting, para os adeptos, para o clube, para quem está cá todos os dias, todos os anos, é para ganhar o campeonato, tem de ser essa mentalidade e tem de ser uma coisa natural para qualquer pessoa que goste do clube e que queira e saiba viver com isso.

Já tens quatro épocas de Sporting. Vês-te como capitão de equipa no futuro?

Acho que estamos muito bem representados pelo Seba [Coates], pelo Neto e pelo Antonio [Adán]. A braçadeira está bem entregue.

Tem-se falado muito do bom espírito de grupo do plantel do Sporting. Continua a ser um dos segredos do sucesso?

Sim. Mesmo nos anos em que não ganhámos o campeonato, quando ficámos em segundo e em quarto, o espírito sempre foi bom. Muitas vezes comentamos isso, que muitos de nós, que já temos alguns anos de carreira, dizem que é difícil encontrar um balneário como este. Eu, pelo menos, estou aqui há quatro anos e sempre houve bom espírito, mesmo não ganhando. Este ano não fugiu à regra.

Foste à baliza durante alguns minutos no jogo com o Marítimo da época passada, depois da expulsão de Adán. Foste tu que te ofereceste de imediato?

Isso já vem de trás (risos). No Braga, ao sábado, mais com o mister Abel [Ferreira] fazíamos um jogo que se chamava "o rachão", em que os jogadores trocavam de posição e eu ia sempre à baliza. Depois quando o mister [Rúben Amorim] chegou à equipa principal, também fez isso, uma vez ou outra, mas depois parou. Aqui [no Sporting] acho que nunca fez. Às vezes eu, na brincadeira, vou para a baliza, eu e o Dani [Daniel Bragança], e mal houve uma oportunidade, não a deixei escapar (risos).

'SE O PAULINHO MOSTRA OS DENTES'?

dimensão, que durante esses 20 anos sem ganhar o campeonato, tem esta dimensão, este acompanhamento e esta pressão social, dimensão social e influência social, diz muito sobre o que o Sporting é. E mesmo os valores que se vivem cá dentro, são bonitos, são saudáveis para o futebol, na minha opinião é um clube que sabe estar, isso por vezes é mais importante do que títulos.

AINDA BEM QUE ESSA MÚSICA NASCEU

Se quisesses dizer a alguém que não conhece o futebol português sobre o que o Sporting tem de especial, o que dirias?

Um clube que está há 20 anos sem ganhar e tem esta

Se o Sporting campeão de 2020/21 jogasse contra este Sporting campeão de 2023/24, quem ganharia?

Hum... Não sei, ia ser difícil, honestamente, muito difícil. Uma equipa tinha umas coisas, esta tem outras. Não sei, mas ia ser um jogo engraçado. Acredito que possamos ganhar este ano, mas é difícil, honestamente, muito difícil de ver. Se calhar têm de perguntar ao mister, ele conseguirá fazer uma análise mais detalhada sobre isso.

UM TÍTULO NÃO SE FAZ SEM JOGADORES, TREINADORES E ADEPTOS. TODOS JUNTOS EMPURRAM A EQUIPA PARA A GLÓRIA.FICA AGORA A CONHECER ALGUNS DOS NÚMEROS QUE MARCAM A ÉPOCA DO SPORTING (ISTO ATÉ À JORNADA 32 (INCLUSIVE), CORTESIA DOS NOSSOS AMIGOS DO GOALPOINT.

5,63

Viktor Gyökeres marcou 27

golos em 21,4 Expected Goals ou seja, mais 6 golos (+5,63) do que seria expectável face aos Golos Esperados de que dispos. É o melhor registo do Sporting e de toda a Liga.

14,9

O Sporting foi a equipa com a menor distância média de remate da baliza (14,86m) da Liga, acima do Benfica (15,78m) e SC Braga (15,85m), um sinal de capacidade de critério e criação de maior perigo no momento da decisão de remate

50,5%

O Sporting foi a equipa com melhor % de aproveitamento das ocasiões flagrantes de bola corrida (sem contar com penáltis), com 50,5% das 105 ocasiões flagrantes que criou.

218 O Sporting foi a equipa que consentiu menos dribles na Liga (218), à frente de Chaves (230) e FC Porto (233).

Paulinho marcou 13 golos e ofereceu 5 assistências em apenas 1260 minutos (30 jogos), a uma média de uma ação para golo a cada 70 minutos. Curiosidade: 14 das suas 18 ações para golo tiveram impacto direto no resultado, ou seja. mudaram o marcador de derrota para empate ou de empate para vitória, no momento em que foram obtidas).

84%

Ninguém foi mais eficaz que o "capitán" no jogo aéreo. Seba Coates venceu 84% dos 50 duelos aéreos defensivos que travou, a melhor % da Liga (de longe) entre jogadores que disputaram 50 ou mais duelos defensivos pelo ar.

205

Gonçalo Inácio é um defesa, mas o seu "segredo" passa pela importância que tem em lançar os ataques e contra-ataques leoninos pois ninguém somou mais passes progressivos (25% ou mais de encurtamento da distância para a baliza contrária) do que o central... em toda a Liga, com 205. O municiamento das arrancadas de Gyökeres passou muito por ele.

Francisco Trincão somou 9 golos e 6 assistências na Liga, num total de 15 ações para golo... todas obtidas já no ano de 2024. Desde 01 de Janeiro apenas Gyökeres (21 ações) teve maior contributo para os golos leoninos na Liga.

139

Não é todos os dias que um médio-defensivo chega às 5 ações para golo (3G e 2A), um registo que comprova que o dinamarquês foi muito mais do que apenas o "tampão" defensivo do miolo leonino.

Para lá da qualidade na circulação e dos equilíbrios que ofereceu, Hjulmand foi ainda o segundo jogador do SCP com mais duelos individuais ganhos, 139, a par de Seba Coates.

FONTE:

DE ACORDO COM OS NOSSOS AMIGOS DO GOALPOINT, ESTES SÃO OS JOGADORES COM MELHORES NÚMEROS NO SPORTING, AO LONGO DA ÉPOCA.

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