Reflexão crítica

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Centro de Formação de Associação de Escolas Bragança Norte

Ação de Formação:

A Biblioteca Escolar 2.0

Reflexão Crítica

Maio 2012

Formanda: Anabela da Conceição Afonso Rodrigues

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Introdução A biblioteca escolar proporciona informação e ideias fundamentais para sermos bemsucedidos na sociedade atual, baseada na informação e no conhecimento. A biblioteca escolar desenvolve nos alunos competências para a aprendizagem ao longo da vida e estimula a imaginação, permitindo-lhes tornarem-se cidadãos responsáveis”. (Diretrizes da IFLA/Unesco para a BE)

É urgente que a escola desempenhe o seu papel de educar os futuros cidadãos através “duma reflexão analítica sobre a produção e a gestão da informação no mundo”. Esta prática conduzirá a uma educação para a cidadania futura das crianças de hoje, que contribuirá para a construção de uma sociedade reflexiva. É incontornável que as novas tecnologias, nomeadamente as ferramentas digitais proporcionadas pela Web 2.0, fazem parte deste processo ensino/aprendizagem atual. A Biblioteca Escolar não pode ficar inerte e imutável perante esta nova realidade, tem que se atualizar e esforçar por corresponder às novas exigências da era digital (do conhecimento?). A Biblioteca Escolar é hoje um espaço diferente com uma função muito mais alargada do que aquela que tinha no passado, o livro continua a ser a principal razão da sua existência mas a sua ação vai muito mais além: a Biblioteca Escolar deve ser um pilar no apoio ao desenvolvimento curricular no que respeita à promoção das literacias da Informação, tecnológica e digital. Cabe ao professor bibliotecário uma árdua tarefa na gestão dos recursos humanos e materiais assim como a elaboração de estratégias e atividades que vão ao encontro das necessidades atuais de educação visando a promoção do sucesso escolar, procurando manter-se dinâmica e em constante atualização.

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1. Consecução dos objetivos Nesta Oficina de Formação definiram-se inicialmente e de forma clara os objetivos e os critérios de avaliação a serem atingidos pelos formandos. A troca de saberes e de experiências durante o processo permitiu atempadamente redefinir objetivos, estratégias e metodologias, buscando a adequação da formação em curso. Posso considerar que os meus objetivos foram plenamente concretizados. Enquanto professora bibliotecária tornou-se muito mais evidente para mim a utilização as ferramentas digitais como indutoras de uma transformação educativa, contemplando uma utilização que não se limite à simples melhoria da eficácia do ensino tradicional ou à mera atualização tecnológica da escola ou da biblioteca escolar.

2. Adequação da metodologia aos participantes Para mim esta metodologia de Formação é muito adequada ao contexto em que decorreu a ação. O desenvolvimento de uma competência de trabalho em autonomia permitiu-nos dispor, de uma enorme variedade de ferramentas de investigação, bem como, uma prática de análise e de reflexão, confrontação, verificação, organização, seleção e estruturação, já que as informações não estão apenas numa fonte. No entanto, as inúmeras informações disponíveis não significarão nada se o formando não for capaz de as verificar e de as confrontar para depois as selecionar. A recolha de informações sem limite pode muito bem provocar apenas uma simples acumulação de saberes. Da metodologia “ Aprender Fazendo “, podemos citar Carrier: “Se é verdade que nenhuma tecnologia poderá jamais transformar a realidade do sistema educativo, as tecnologias de informação e comunicação trazem dentro de si uma nova possibilidade: a de poder confiar realmente a todos os alunos a responsabilidade das suas aprendizagens (Carrier, 1998)”.

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3. Duração Quanto à duração, que inicialmente me pareceu ser suficiente, hoje sinto que ficou aquém das minhas expectativas, dado que precisaria de muitas mais horas para desenvolver os assuntos tratados na ação e também para colocar dúvidas à medida que vou descobrindo e trabalhando com novas ferramentas. No entanto, entendo que o trabalho da ação foi abrir caminhos, que agora terão de ser trilhados por minha conta.

4. Cronograma da ação Relativamente ao cronograma da ação, bem como ao timing em que esta decorreu, pareceume adequado.

5. Grau de participação do formando Relativamente ao meu contributo, tentei, sempre que pude fazê-lo de uma forma construtiva, propiciando aos colegas a ajuda necessária e à medida das minhas capacidades. Também de registar o espírito de entreajuda entre todos os colegas que estiveram sempre disponíveis para partilhar informação e auxílio. Procurei fazer o trabalho autónomo, respeitando o meu próprio ritmo e partindo à descoberta. Senti algumas dificuldades naquilo que desconhecia, mas rápida e oportunamente foram sendo ultrapassadas com o apoio das formadoras e dos colegas. Quanto ao ritmo imposto acho que foi o adequado tendo em conta os conhecimentos a adquirir e o tempo proposto pela ação.

6. Documentos disponibilizados. Considero que é de salientar a excelente sustentação documental das sessões, que permitiram uma fácil aprendizagem e apropriação dos conteúdos trabalhados.

7. Avaliação global da ação. Com esta formação fiquei convencida que o domínio, por parte dos professores bibliotecários e da sua equipa, dos conceitos de BE 2.0 e dos desafios que a Web 4


coloca às Bibliotecas Escolares, constituirá a base para a construção de uma nova Biblioteca Escolar, que vá ao encontro dos seus utilizadores, onde cada um de nós deverá contribuir para esta mudança. Esta formação foi particularmente relevante pois permitiu-me conhecer novas ferramentas da Web 2.0 e aprofundar o conhecimento de outras. O trabalho colaborativo, a troca de experiências e a partilha de opiniões transformaram as diferentes sessões num local de aprendizagem privilegiado.

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