Jornal Escolar Como te Atreves_fevereiro 2023

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS N.º 1 DE SERPA TIRAGEM LIMITADA

JORNAL ESCOLAR

1.ª EDIÇÃO

1,50 EUR *

8.º B FEVEREIRO DE 2023

A informação de que precisas!

NESTA EDIÇÃO

EXCLUSIVO

ENTREVISTA COM A EX-DIRETORA DO AGRUPAMENTO, A PROFESSORA ISABEL LOUZEIRO NOTÍCIAS BREVES

PORTUGAL EM ESTATÍSTICAS REPORTAGEM

O DECLÍNIO DO TURISMO EM SERPA? CRÓNICA

O NATAL TERÁ FUTURO? DESTAQUE

OS OUTROS NO MEIO DE NÓS (DOS JUDEUS AOS PAQUISTANESES) OPINIÃO | LEITURAS

O DIÁRIO DE ANNE FRANK JOGAR OU NÃO JOGAR: EIS A QUESTÃO PASSATEMPOS

CARTOON, PALAVRAS CRUZADAS, SOPA DE LETRAS, ADIVINHAS

ENTREVISTA EXCLUSIVA

"Nunca desanimar com as dificuldades e ir para a frente!"

*AS RECEITAS DA VENDA DESTE JORNAL REVERTERÃO A FAVOR DO PROJETO DE DAC DAS TURMAS DO 8.º ANO, QUE CULMINARÁ COM UMA VIAGEM A PARIS.


2 | NOTÍCIAS BREVES

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Desemprego em Portugal

EDITORIAL

JOÃO JACOB

Ver os aviões

A aviação em Portugal tem conhecido um forte incremento. Foram registados 31 aviões em 1976 e, em 2022, 226 – o que representa uma subida de cerca de 700% em 46 anos. Em 1970, foram realizados 76 168 km de percursos e, em 2021, 761 402 km. Os dados estatísticos recolhidos neste estudo da Pordata, em 2021, permitem concluir que a aviação portuguesa se desenvolveu bastante nos últimos 50 anos.

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DIOGO MELÃO ÍRIS ROCHA JOANA COFONES JOÃO LOUZEIRO

ta começa novamente a crescer até 2013, tendo chegado ao seu pico máximo que foram 854,7 milhares de pessoas desempregadas. Em 2021, último ano do estudo, havia 338,8 milhares de pessoas desempregadas. Esta taxa dependerá muito do emprego sazonal, tanto a nível da agricultura como do turismo.

SAMUEL BARÃO

De acordo com um estudo realizado, em 2020, pela Pordata sobre o desporto federado em Portugal, foram registados 587 812 atletas, dos quais 423 737 eram homens e 164 075 mulheres. Relativamente ao futebol, 190 865 pessoas participaram nesta modalidade e existiam 1 921 clubes só de futebol. Acredita-se que esta é a modalidade mais escolhida entre os jovens portugueses.

O futebol é rei

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As professoras Maribel Paradinha e Palmira Rodrigues propuseram, nas aulas de Português, o desafio de realizar um jornal escolar. Aceitámos a proposta ambiciosa de fazer um jornal do tipo generalista. O nosso colega João Louzeiro estava a ouvir uma música intitulada “Cómo te atreves”, da banda espanhola Morat, e surgiu a brilhante ideia de dar esse nome ao jornal. A turma concordou, pois este nome é desafiador e atrativo para os leitores. As nossas causas não são causas. Pretendemos entender o nosso lugar no mundo… Estamos aqui para quê? Qual a nossa função neste planeta? Gostaríamos que os leitores retivessem a importância dos temas que retratamos no nosso jornal. O logótipo que criámos tem dois significados: o primeiro é uma mão fechada, ou seja, um soco a “esmurrar” a sociedade e o segundo é um dedo a apontar os problemas reportados no jornal Como Te Atreves.

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Causas que não são causas

Em Portugal, as taxas de desemprego têm oscilado através dos tempos. Pelas análises do Pordatakids, em 1974 havia 111,7 milhares de pessoas desempregadas, tendo-se registado uma subida para 146 milhares, em 1982. A partir de então, o desemprego diminuiu até 1994, mas a taxa voltou a aumentar, agora para 323,8 milhares de pessoas desempregadas. Em 2002, es-

RODRIGO MARTINS


3 | NOTÍCIAS BREVES

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Em busca da sanidade perdida

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Em Serpa, os munícipes mostraram-se descontentes com o funcionamento do Hospital de S. Paulo. Assim, foi criada uma ONG (Organização Não Governamental) sob forma de movimento em defesa do mesmo. O Movimento em Defesa do Hospital de S. Paulo exige que esta localidade tenha direito à saúde e que as urgências funcionem 24/24 horas.

De acordo com a página da Câmara Municipal de Serpa, as urgências do Hospital de S. Paulo continuam encerradas.

De acordo com esta ONG, o hospital deveria ter uma gestão pública do Ministério da Saúde e não uma privada tripartida (Santa Casa da Misericórdia, ULSBA e ARS). De acordo com este movimento, desde 2014, o hospital passou a ter falta de médicos, técnicos e enfermeiros, facto que desagradou aos serpenses, que esperam uma reposição da sanidade perdida. DANIEL PARREIRA RODRIGO MARTINS RODRIGO SOARES

Ambiente, lixo e reciclagem No nosso Agrupamento, muitos têm sido os trabalhos desenvolvidos no âmbito dos DAC, Eco-Escolas ou do projeto Erasmus+ (Environmental Wars With Digital Games) aler-

FOTOGRAFIA: PROF. MARIBEL PARADINHA

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A realidade do lixo e dos perigos que isso acarreta para o ambiente, bem como a necessidade imperativa de reciclar têm sido uma preocupação constante nos últimos anos. Um estudo da Pordata re-

revela que a quantidade de toneladas de lixo produzido em Portugal tem vindo a aumentar, tendo passado de 4 240 000 toneladas, em 1991, para 5 278 502 toneladas, em 2020.

No intervalo de vinte e nove anos, constatou-se um aumento de 1 038 502, o que não parece muito significativo, dando a entender que, ao longo do tempo, as pessoas têm vindo a reciclar mais.

FOTOGRAFIA: PROF. SILVY RIBEIRO

Exposição dos alunos do Clube Europeu e do 1.º ciclo sobre os Oceanos, sob a supervisão artística da professora Sara Caetano.

DAC dos 6.º anos no ano letivo 2021-2022, subordinado ao tema Desenvolvimento Sustentável e Educação Ambiental. Os alunos montaram a exposição sob a orientação da professora Silvy Ribeiro.

tando para o problema da poluição e para a necessidade de preservar o planeta. Estes projetos têm fortemente contribuído para sensibilizar, consciencializar e atuar, bem como para passar a mensagem de que devemos continuar a intervir positivamente para preservar o planeta.

O projeto Erasmus+ Environmental Wars With Digital Games, coordenado pelo AE n.º 1 de Serpa e a decorrer entre 2021 e 2023 tem como tema central as lutas ambientais. RODRIGO SOARES


4 | EXCLUSIVO

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Uma lutadora memorável

ENTREVISTA

O Como te Atreves (CA) foi conhecer a professora Isabel Louzeiro (IL).

FOTOGRAFIA: PROF. MARIBEL PARADINHA

Este ano, o nosso regresso às aulas foi marcado por uma notícia inesperada: a Diretora do Agrupamento Escolar iria reformar-se e retirar-se do cargo ainda durante o primeiro período. O que nos motivou a realizar esta entrevista foi a curiosidade de saber como é estar à frente de uma escola. Cativou-nos a ideia de obter mais informações e percebermos o seu percurso enquanto desempenhou o cargo, função que exerceu durante tantos anos, até à sua reforma, a 1 de novembro de 2022. Chama-se Maria Isabel Sanches Morgado Bule Louzeiro e mora em Serpa. Tem 66 anos, é casada, mãe de família, tia, avó e tem um cão, que se chama Paco. Foi um dos mais importantes membros na história do Agrupamento de Escolas n.º 1 de Serpa.

tora, [...] a escola, para mim, era… estava quase sempre em primeiro lugar! E, portanto, a expectativa que tinha era poder fazer um bom trabalho e contribuir para ter IL – Não me lembro muito bem, mas acho que ... Não, uma escola de qualidade. [...] Quando entrei para a Direfrancamente, não me lembro do que [risos] quando era ção, estava este edifício a ser construído. [...] Entrei um criança o que é que queria ser. Mas não sei se queria ser ano antes de mudarmos para aqui, [...] para a Direção, professora na altura, mas acho que não. Acho que foi mesmo, como Diretora. E, portanto, [a expetativa] era leuma paixão mais tardia. var isto a bom porto e conseguir fazer [...] A Direção é o órgão de um bom trabalho [...], sobretudo... para administração e gestão do CA – O que a levou a ser Diretora? bem dos alunos de Serpa e [dos outros] Agrupamento nas áreas que passassem por aqui. IL – O que me levou a ser Diretora? pedagógica, cultural, CA – Em criança, o que desejava ser quando crescesse?

Hum… Não sei muito bem! De início, eu já fazia parte dos órgãos de gestão e… achei que podia fazer alguma coisa pela

administrativa, financeira e patrimonial.

escola. E [...] por gostar muito também da escola, por ser de Serpa, por achar que poderia fazer alguma coisa pela escola pública. CA – Que expectativas tinha quando entrou para o cargo de Diretora? IL – Que expetativas… Esperava fazer um bom trabalho, [...] com dedicação, porque, de facto, já antes de ser Dire-

CA – Como foi lidar com as dificuldades do cargo?

IL – É assim: as dificuldades são muitas, sobretudo nos últimos anos. As coisas mudaram bastante, mas tive sempre uma equipa também que me apoiou a nível não só da Direção como também dos professores e do pessoal não docente. [Foi preciso] tentar enfrentar essas dificuldades com alguma serenidade para que as coisas não descambassem e não fossem ainda pior. Portanto, acho que as coisas foram sendo ultrapassadas e, [...] apesar de


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haver muitas dificuldades, o que eu acho que é necessário (e que foi necessário!) foi enfrentá-las e tentar ultrapassá-las. Algumas vezes, conseguia melhor; outras vezes nem tanto, mas... [foi preciso] nunca desanimar com essas mesmas dificuldades e ir para a frente! CA – Se tivesse de reviver uma memória boa e uma má, quais seriam? IL – … boa e uma má… Bem, talvez a memória pior tenha sido quando a escola fechou por causa do Covid. [...] Acho que foi um marco que não foi fácil, não é? Foi muito mau para os alunos, mas também para nós não foi fácil ultrapassar. Portanto, foi uma das tais dificuldades [...] com que nos deparámos. Uma memória boa… há muitas! Sobretudo, quando [...] criar um ambiente bom sentia por parte dentro desta escola [...]. Para mim, foi sempre fundamental um dos alunos satisbom ambiente de trabalho entre fação por aquilo toda a comunidade educativa. que a escola estava a fazer por eles (e foram várias as situações!). Assim, uma que destacasse, não sei… [hesitação]. [Talvez] quando se fazia festas mesmo para os alunos, a prestação deles… [Houve] coisas tão boas que foram feitas ao longo dos anos, nesta escola! Tudo isso me alegrava bastante e me comovia, às vezes: [...] ver o trabalho desenvolvido pelos professores com os alunos e a participação ativa dos alunos. Isso dá sempre alguma alegria, não é? CA – O que tentou fazer de diferente dos diretores das escolas por onde passou?

A Escola Abade Correia da Serra é uma das cinco escolas que conformam o AE n.º 1 de Serpa. IMAGEM AQUI

CA – De que se orgulha mais do seu legado como Diretora deste Agrupamento? IL – Hum… talvez ter sempre pensado no melhor para a escola e ter feito todos os esforços que, na altura, achei que eram necessários para conseguir o melhor para os alunos e para a comunidade em geral e para a escola em geral. [...] Às vezes, não conseguia, mas os esforços foram feitos! [Orgulho-me] do ambiente [...] que esta escola tem, em termos de... sobretudo dos [...] fico muito triste, quando as trabalhadores notas dos alunos são más. Fico (quer docentes muito contente, quando são boas! ou não docentes) e da satisfação, também, dos alunos, porque, quando fazemos inquéritos, [...] os alunos parece gostarem da escola. A grande maioria gosta da escola! De certo modo, fico contente, porque ao longo dos anos, os professores que passaram… que foram passando por esta escola, deixaram-na com muita pena (a grande maioria dos professores!). Ora, isso quer dizer alguma coisa: quando uma pessoa vai embora… está cá um ano ou dois e vai embora e fica com pena, é porque a escola lhe diz alguma coisa! E isso, para mim, é um orgulho, digamos. E, também, de certo modo, sinto orgulho quando… sei lá!... quando, no fim do ano… [Reformula] Fico muito triste, quando as notas dos alunos são más. Fico muito contente, quando são boas! [...] Quando [os alunos] chegam ao 9.º ano e fazem exames e têm umas boas notas, fico muito feliz! [...] O que me orgulha mais é sentir que… hum… não sozinha, não é?... mas que, de certo modo, consegui um ambiente nesta escola que deu prazer às pessoas que por cá passaram e que cá estão. E ,

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IL – É assim: eu só passei por uma escola antes desta [risos]. [...] E foi quando fiz o estágio! Portanto, não tenho uma experiência como professora, digamos, apesar de [ter estado] um ano inteiro numa escola (que foi a Francisco Arruda), mas era estagiária. Portanto, não tínhamos muito contacto com os Diretores. Quando vim para aqui, a única referência que tinha era o Diretor com que trabalhei, que era o professor João Mário. Com ele aprendi também algumas coisas, não é? Muitas, até! E terei seguido alguns dos ensinamentos dele, porque

não tinha outra referência a não ser essa. E eu já fazia parte da Direção, também. Não era Diretora, mas fazia parte da Direção. Portanto, eu nunca estive em escola nenhuma em que pudesse dizer “Olha, eu vou fazer diferente daquele Diretor!”, porque vim logo para aqui, para Serpa, e já não saí de cá.


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sobretudo, para os alunos, porque, se as pessoas estiverem bem, com certeza que a relação com os alunos é boa; se as pessoas estiverem mal, a relação com os alunos não será tão boa. Acho que um Vou com alguma tristeza, bom ambiente é porque passei mais tempo meio caminho anaqui do que em minha casa, ao longo destes 30 anos! dado para que as coisas corram bem! Portanto, sempre lutei por isso! [...] A relação com os alunos [...] é fundamental: é para vocês que nós cá estamos, não é? Para vocês, alunos! Se não fossem vocês,

CA – Quais são os seus objetivos depois de se reformar? IL – Pois, olhe, acabei de lhe dizer! Agora, é dar um pouco de mais atenção à família, porque não estão cá ao pé, não é? Quando estava a trabalhar era mais difícil ir tão longe... ir vê-los. Agora, vou ter mais tempo! Para já, ainda não tenho outros objetivos para além desses. Pronto! Irei sempre estar disponível para a escola, porque não consigo cortar o cordão (para já!). Mas, para já, não tenho ainda outros objetivos para além da família.

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CA – O que queria ter feito, mas não conseguiu? nós não tínhamos trabalho! Não estávamos IL – Olhe, uma das coisas que eu gostava era aqui! E tudo aquilo que seja bom para os que o pavilhão já estivesse pronto e não [o] alunos e que os professores façam em prol dos consegui [risos], enquanto cá estive. [...] Desde alunos, para mim, é muito bom! E acho temos que este edifício foi construído, [...] lutei para caminhado em conjunto. que a autarquia construísse o pavilhão… O Portanto, eu digo sempre: sou Diretora, mas campo de jogos, não é pavilhão! [...] Mas não sou eu que faço tudo sozinha, não é? De parece-me que já está em andamento. Portanmodo nenhum! Tenho uma equipa [...] da to, vou pensando que já está em andamento. Direção que me apoia a cem por cento e tam[...] Uma das coisas [pelas quais] eu sempre bém uma equipa de professores muito boa e lutei foi para que esta escola tivesse o campo uma equipa de pessoal não docente também de jogos (que [...] Já teve, antes de ser muito boa. E isso ajudou a que o meu percurA professora Isabel Louzeiro há 10 anos, na ceriso como Diretora fosse muito longo. De certo mónia de hasteamento da construído, aqui, o edifício do primeiro ciclo!). modo, penso que saio com, digamos… a pen- Bandeira Verde Eco-Escolas Houve um acordo com a Câmara da altura 2012/2013. (Foto aqui) [de] que se fazia o edifício em cima do campo sar que, se calhar, poderia ter feito, em algude jogos e que o campo de jogos seria feito depois. Eu mas alturas, melhor. Mas acho que cumpri minimamente não sei muito bem, mas acho que… para aí 10 anos, já, a minha função e que dei alguma coisa a esta escola. Vou que isto tem… ou mais! E só agora é que consegui! Mas, com alguma tristeza, porque passei mais tempo aqui do pronto, já está mais ou menos! Mas gostava de me ir que em minha casa, ao longo destes 30 anos! Portanto, embora já com o pavilhão feito… O pavilhão, não! Que isto é a minha disparate! O campo de jogos! (quase) primeira casa, mas… pronto!... Chega a uma certa altura... Agora vou ser mais “avó”! Já posso ir mais vezes ver os meus netos, mas, de vez em quando, acho que… vou vir até cá matar as saudades!

CA – Que conselho daria ao novo Diretor deste Agrupamento?

Irei sempre estar disponível para a escola, porque não consigo cortar o cordão… para já!

IL – Que conseguisse criar um ambiente bom dentro desta escola, porque isso, para mim, foi sempre fundamental: um bom ambiente de trabalho entre toda a comunidade educativa, porque acho que isso é meio caminho andado. Portanto, para mim, as relações humanas são fundamentais em qualquer instituição. Quando elas são boas, é meio caminho andado para que as coisas corram bem; quando elas são más, eu entendo que o resto é difícil de se conseguir. Isto é a


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FOTOGRAFIA: PROF. MARIBEL PARADINHA

minha visão e foi sempre assim que eu orientei o meu gariar... [...] Por exemplo, vocês sabem, [n]a marcha e [n]o trabalho e a minha maneira de estar nesta escola: arraial, [...] como vendíamos coisas, angariávamos [cuidar] a relação com os outros, ouvir os outros… Nunca sempre algum dinheiro. Ora, esse dinheiro, normalmente, deixando de atuar sempre que era necessário, não é? foi para ares condicionados, [...]. porque acho que é Mas, acho que é fundamental, para que as coisas corram importante que os alunos (e as pessoas, não é?) tenham bem, que as pessoas melhores condições se sintam bem no seu de estar. E daí eu local de trabalho. Até achar também que os alunos! é importante a Há outra coisa que conservação dos etambém acho que é difícios e a manuimportante, que é a tenção [...] para o conservação dos esbem-estar das pespaços. Claro que, em soas que cá estão: termos de dinheiro, de alunos e pessoal. verbas, às vezes ele… Portanto, fundanão é muito. E, neste mentalmente, são momento, já não estes… estes dois dependemos só do conselhos: ouvir os Ministério; neste mooutros, trabalhar mento, também depara os outros, trapendemos da Câmabalhar em colara. Foi uma das comboração e criar um petências que foi bom ambiente de transferida há pouco trabalho. Portanto, tempo. Mas acho que acho que é imporé fundamental mantante! ter [...] a conservação do edifício, [...] agora vou ser mais “avó”! [...] mas, de vez em quando, acho que… pronto! CA – Ok. Obrigado! Já acabou! vou vir até cá matar as saudades! Eu, às vezes, digo: uma casa de IL – Já!!?! banho que tenha uma parte Ouve a partida ou, pronto, degradada, a entrevista aqui. tendência é que se estrague ainda mais! Quando as coisas estão arranjadinhas, já não há tanto Com a aposentação essa tendência de se estragar. [...] da ex-Diretora, Isabel Isso também foi sempre o bemLouzeiro, o subdiretor, estar das pessoas que aqui estão. António Pereira, assuEu dou-vos um exemplo: os ares miu o comando do Agrupamento, até à condicionados que estão nas satomada de posse las… não foi o Ministério que nos do(a) próximo(a) Diredeu o dinheiro [para os comprar]. tor(a). Tal deverá acontecer ainda duPortanto, tudo aquilo que nós conrante o mês de fevereiro deste ano. seguíamos [fazer] a nível interno – inclusivamente as festas que se LAURA MELO LEONOR MARTINS faziam no fim do ano, as vendas… INÊS CANHITA – tudo aquilo que pudéssemos anDIOGO MELÃO PUBLICIDADE NÃO COMERCIAL | 8.º B

JOANA COFONES


8 | REPORTAGEM

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REPORTAGEM Serpa: o declínio do turismo? IMAGEM AQUI

Entende-se o conceito de “turismo” como a atividade que engloba as viagens de pessoas para outras cidades e países, as ações que elas realizam nos locais de destino, bem como suas despesas. O Centro histórico foi o ponto mais recomendado aos turistas. Assim, no que toca ao turismo, verifica-se que a taxa de pessoas que visitou a cidade de Serpa para dimuitas vezes, fechados. versão ou recreio diminuiu gradualmente entre 2009 Indagámos sobre qual foi o ano mais complicado – e 2017, tendo sofrido um ligeiro aumento em 2018 e o que recebeu a mesma resposta de antes: os anos depois outra recaída em 2019 e 2020 (de acordo com da pandemia. Todos os estabelecimentos passaram os dados da Pordata). por uma fase dura durante a Covid-19 e foram seveO nosso grupo de repórteres foi a seis estabeleciramente afetados pelo mesmo. Na Casa do Artesanamentos na cidade de Serpa para entender a persto de Serpa, a proprietária desabafou: ‘’temos lutado petiva dos proprietários e trabalhadores no que resmesmo para sobreviver [...]. Nós, aqui nas lojas, não peita ao turismo (ou, no caso, à falta dele) e às difitivemos apoio do governo [nem] da autarquia. [...] E culdades, daí resultantes, que enfrenta(ra)m. penso também que as nossas lojas fazem muita falta, Quando entrevistados, todos afirmatanto para Serpa como para o turismo”. ram que, após a pandemia, houve um No momento de recomendar sítios [...] temos lutado mesmo acréscimo da atividade turística em Serpara os turistas, os nomes mencionados para sobreviver. pa. Tanto portugueses como estrangeicom maior frequência foram o Museu Arqueológico, o Museu do Relógio, o ros têm vindo mais para o centro histórico, até Centro Histórico e o Castelo. mesmo na época baixa/média. Os principais sítios No que concerne à zona mais atrativa de Serpa, últionde se nota este crescimento foram os estamo tópico a destacar, a mais mencionada foi, como belecimentos de alojamento local. Porém, alguns visiesperado, o Centro Histórico. No entanto, também foi tantes queixam-se de que os pontos turísticos estão, referida toda a parte ‘intramuros’, onde estará “o património arquitetónico mais bonito, mais antigo’’, o Pulo do Lobo e as Azenhas do Guadiana. Em síntese, o turismo em Serpa está pouco desenvolvido, porém há vários pontos turísticos para visitar. O período mais difícil que Serpa teve de enfrentar foi a pandemia, que pôs várias lojas, restaurantes e pontos de alojamento a lutarem para sobreviver sem qualquer apoio do governo. No pós-pandemia, espera-se, melhores dias virão! IMAGEM AQUI

Fora da cidade, as Azenhas do Guadiana e o Pulo do Lobo são dos locais mais visitados pelos turistas.

JOANA COFONES JOÃO LOUZEIRO DIOGO MELÃO ÍRIS ROCHA


9 | CRÓNICA

CRÓNICA O Natal terá futuro? Passou o Natal, que é, por excelência, a época do ano com a maior montanha russa de emoções. Esta é uma das tradições mais duradouras de todos os tempos, mas… será que tem futuro? Aos 14 anos, uma pessoa já não pensa muito nisso, porém, quando se é criança, espera-se por uma figura emblemática: aquele homem de barba branca, nariz avantajado e rabo obeso, com uma barriga de cerveja e com o seu icónico barrete de forcado patrocinado pela Coca-cola para esconder o seu avançado estado de calvície. No Natal, em cada família reunida, existe sempre aquela pessoa fofinha que perpetua a tradição, acreditando na impossibilidade pragmática de ver, na noite de 24 para 25, o bonacheirão simpático descer pela chaminé com as prendinhas. Tanto acredita que, para lhe agradecer, deixa o leitinho e as bolachinhas para o seu querido Pai Natal. Mas, quantas pessoas ainda o fazem? Quantas pessoas ainda acreditam no Pai Natal? Com o advento da tecnologia, a informação está acessível a qualquer um. Os pais destroem, cada vez mais cedo, as ilusões das crianças confrontando-os com a dura verdade e, se não forem eles, já não há criança que ainda acredite no Pai Natal… a menos que ainda não saiba tirar eventuais dúvidas junto do tio Google! Se não for a tecnologia, podemos descobrir nós mesmos, através de um deslize de um familiar que, às 23:55, abandona misteriosamente a mesa de jantar e, por magia, à meia noite, aparece a distribuir as prendas ao lado da árvore. Não há ilusão que resista quando constatamos a barba branca falsa

8.º B | FEVEREIRODE 2023 ou quando nos apercebemos que o Pai Natal tem, curiosamente, a voz do nosso tio ou do nosso pai que desapareceu ao jantar! Por isso, não admira que haja crianças ou adolescentes malvados que, decepcionados com a fraude natalícia, desejam deixar – em vez do leitinho e das bolachinhas – uma ratoeira para capturar o gorducho e pôr a nu o impostor. Outro tipo de incrédulo (não nos podemos esquecer dele!) seria aquele “atrasado mensal” (gostaram do trocadilho?) que, para se vingar da traição, quer apanhar o balofo para ganhar seguidores no TikTok à pala do Nicolau. Já imaginaram a imensidão de coisas que poderíamos fazer se capturássemos o Papai Noel? O Nalguchas poderia acompanhar-nos em várias aventuras, tais como procurar pokémons, jogar uma partida de Fifa, ir ao Fuel ou, quem sabe até, fazer uma visitinha ao Tucano! E se o bom do velhote fizesse tudo isto, perderia crédito. Seria o seu fim e, portanto, o fim do Natal. Então, o que fazer para salvar o Natal? Se repararam bem, o Pai Natal não deixou descendência e sabemos que é a prole que perpetua a tradição. Portanto, há pelo menos, duas coisas que poderíamos fazer. A primeira: capturamo-lo (rezamos para ele não ser infértil), fechamo-lo numa cabine com revistas eróticas, criamos um bom banco de esperma com o qual fecundar muitos óvulos, produzimos in vitro uma imensidade de Filhos Natal e depois… IMAGEM AQUI devolvemos a espécie à natureza, no Polo Norte (claro!, o seu habitat natural). A segunda: na pior das hipóteses, pegamos em células das glândulas mamárias do gorducho e fazemos como, em 1996, fizeram com a ovelha Dolly (para quem não saiba, clonamos o Nicolau). Se uma delas funcionar, salvamos o Natal e a sua magia! Se não, haverá sempre o Carnaval (que já está aí a chegar)! Pode ser que aí alguém se disfarce de Pai Natal e a magia aconteça! À conversa com o Pai Natal

Lê o artigo aqui.

VICENTE BICÓ HENRIQUE MESTRE FÁBIO CAVACO ANTÓNIO MARTINS


10 | DESTAQUE

8.º B | FVEREIRO DE 2023

IMAGEM AQUI

OS OUTROS NO MEIO DE NÓS FOTOGRAFIA: ÍRIS ROCHA

Unidos pela Paz Hitler governou A nossa Paz acabou Os judeus torturou E a Guerra começou Matou inocentes Com gás os silenciou Os corpos queimou E o sol acabou! Jovens a combater E muitos a morrer Mães e crianças a chorar E os pais a lutar

Aristides a assinar O filho a carimbar Muitos a passar Para sua vida salvar Temos que os salvar! A esperança há-de voltar Para o Holocausto travar E a Paz dominar! Paz devemos ter Para conseguir viver O Sol voltará a brilhar Para o genocídio acabar! ALUNOS DO 5.º A

Foi inaugurada na sexta-feira, 27 de entre povos, religiões ou governos e foram, por isso, distinguidas com o Préjaneiro de 2023, a exposição resultante mio Nobel da Paz. do projeto DAC (DomíO projeto de DAC foi nios de Autonomia Curtrabalhado durante o ricular) dos alunos do primeiro período e 2.º ciclo, no átrio da Esresultou da articulação cola Abade Correia da entre várias disciplinas. Serra. A exposição demorou A referida exposição, uma semana a ser moncom o nome ‘’Unidos tada, tendo contado Pela Paz’’, foca, princicom a colaboração dos palmente, o Holocausto alunos do 2.º ciclo sob a e alguns dos nomes gaorientação e responsalardoados com o Prébilidade das professomio Nobel da Paz, uns ras Paula Coelho e Limais e outros menos Cada aluno do 2.º ciclo fez o seu conhecidos do público: passaporte alemão (usando o seu sandra Sousa (de HistóBarack Obama e Madre nome próprio e um apelido judeu à ria e Geografia de Porsua escolha), na disciplina de TIC. tugal), Silvy Ribeiro (de Teresa de Calcutá, Josef EVT) e Paula Pais (de TIC). Kotblat e Miep Gies, entre outros. O principal objetivo do DAC era, por O objetivo era recriar com pormenor os um lado, informar os alunos sobre o Ho- ambientes daquela era (uma pequena locausto e as pessoas que mais se sa- mesa com duas cadeiras e um pão lientaram por terem ajudado na liberta- ázimo, vários sapatos e malas, com o ção dos judeus e, por outro, dar a co- Diário de Anne Frank em cima, vários nhecer outras figuras que se destaca- bonecos e brinquedos da época). No que respeita ao planeamento, ram por terem também lutado, de maprimeiro começou-se por sensibilizar os neiras diferentes, pelo entendimento FOTOGRAFIA: ÍRIS ROCHA

Sem abrigos onde ficar Alimentos a faltar Josef a ajudar Alguns a recuperar.

Unidos pela paz


11 | DESTAQUE

8.º B | FVEREIRO DE 2023

alunos, falando sobre os direitos humanos (o que eram, como apareceram, etc.). A aula seguinte foi dedicada a educá-los sobre o Holocausto e a falar sobre os “Justos entre as Nações” que ajudaram a

salvar os judeus. Na última aula, foi realizado um debate sobre o tema, orientado por uma questão simples, de resposta não tão simples: o que fariam se tivessem vivido naquele tempo: ajudariam os judeus, não o fariam ou seriam eles próprios aqueles que os discriminariam? Para as professoras, era importante que os alunos pensassem no que fariam se estivessem nos sapatos dos judeus

FOTOGRAFIA: ÍRIS ROCHA

FOTOGRAFIA: ÍRIS ROCHA

De acordo com a professora Silvy Ribeiro, estes paus simbolizam as árvores de Jerusalém que homenageiam os “Justos entre as Nações”. Cada um deles exibe um nome de um não judeu que ajudou, pelo menos, um judeu durante o Holocausto.

(esta expressão idiomática é aludida na exposição, onde se exibem vários sapatos). A meio do processo, foi decidido criarem-se passaportes alemães nas aulas de TIC, com a ajuda da professora Paula Pais. Todas as turmas do segundo ciclo tiveram direito a um passaporte alemão do tempo da guerra com uma foto sua, o seu nome (real) e um apelido judeu (cada aluno escolheu o seu). O Clube Europeu também esteve integrado neste DAC, tendo a seu cargo algumas tardes de cinema e um lanche para as turmas de 2.º ciclo. A primeira tarde de cinema aconteceu no dia 1 de fevereiro e foram convidados os alunos do 12. º de Humanidades da Escola Secundária para ver o filme A História de Irene Sendler, seguido de uma tertúlia e, no final, o mencionado lanche.

Confiáveis, pacientes, materialistas, persistentes, prestáveis, sensatos, esforça-

Touro dos, orgulhosos, organizados, proteto-

res, possessivos, estáveis e detestam conflitos.

Inteligentes, adaptáveis, imprevisíveis, indecisos, extrovertidos, ansiosos, tem-

Gémeos peramentais, falantes, inquietos, sensí-

veis, persuasivos, charmosos.

Companheiros, dedicados, percetivos, medrosos, leais, inseguros, ligados à família, possessivos, sensíveis, solidários, vitimistas, protetores, manipuladores, gentis.

Caranguejo

Leais, ambiciosos, vaidosos, extrovertidos, corajosos, espertos, egocêntricos, realistas, ciumentos, orgulhosos, independentes, disciplinados, confiantes, controladores e têm um bom coração. Leão

Atentos a tudo e a todos, sinceros, organizados, ansiosos, prestáveis, críticos, detalhistas, pontuais, impacientes, objetivos, pessimistas, trabalhadores, insistentes, confiáveis e desconfiados. Virgem

Indecisos, charmosos, comunicativos, influenciáveis, sinceros, tranquilos, impacientes, ansiosos, pacíficos, certinhos, criativos, inseguros, distraídos, autoritários, justos, contraria as críticas e sensatos. Balança

Intuitivos, sedutores, desconfiados, observadores, apaixonados, curiosos, exi-

Escorpião gentes, responsáveis, sinceros, ranco-

rosos, inteligentes, hipnóticos, sociáveis, vingativos, corajosos, protetores e autoconfiantes. Intelectuais, simpáticos, ousados, exigentes, festeiros, críticos, animados e

Sagitário impacientes.

Capricórnio

Aquário

ÍRIS ROCHA NOÉMI FIALHO LAURA MELO

1496: o ano da expulsão dos judeus de Portugal Quando chegaram a Portugal, os judeus foram bem recebidos e a convivência com os cristãos era pacífica. Graças a eles, aumentaram os valores económicos, científicos e culturais do nosso país. A 5 de dezembro de 1496, D. Manuel assinou o édito que decretava a expulsão dos judeus do reino. Esta era uma condição imposta pelos reis católicos espanhóis no acordo de casamento entre a sua filha, infanta Isabel, e o rei português. No entanto, o rei D. Manuel não tinha más relações com os judeus e, apesar de ter ordenado a sua expulsão, encontrou uma maneira de os conservar no reino: aqueles que não quisessem sair de Portugal, seriam

Horóscopo Cheios de energia, impacientes, persistentes, objetivos, sociáveis, determinaCarneiro dos, impulsivos, individualistas, entusiasmados e emocionais.

batizados e convertidos, assim, em cristãos-novos. Depois disto, os judeus foram obrigados a mostrar à sociedade que eram cristãos, enquanto, em casa, praticavam a religião judaica. Como era sabido que os judeus não consumiam carne de porco, uma das formas de “provar” que eram cristãos era exibir nos seus fumeiros os enchidos. É assim que nasce a famosa alheira: um enchido criado pelos ju-deus para convencer os cristãos de que se tinham convertido à religião católica, mas, ao invés de conter car-ne de porco, era feito de carne de aves, pão, azeite, banha, alho e colorau. Vê o complemento de informação aqui. FÁBIO CAVACO, GUILHERME SILVA HENRIQUE MESTRE, JOÃO LOUZEIRO

Peixes

Cautelosos, responsáveis, práticos, trabalhadores, económicos e seguros. Intelectuais, visionários, autênticos, empáticos, sarcásticos, imprevisíveis e excessivamente racionais. Sensíveis, sonhadores, pacientes, calmos, românticos, generosos e amáveis. RITA CARAPINHA, ANA RITA FIGUEIRA FÁBIO CAVACO, HENRIQUE MESTRE GUILHERME SILVA

E se...? A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi criada pelas Nações Unidas, em 1948, por causa das atrocidades cometidas durante as guerras mundiais. No que respeita aos judeus, quisemos perceber quais os artigos que tinham sido violados. Analisámos, debatemos, encontrámos exemplos já discutidos em aulas de História, Cidadania ou outras e percebemos que, dos 30 elencados na DUDH, TODOS os direitos dos judeus foram violados. Então, percebemos que se, na época do Holocausto, já existisse a DUDH, provavelmente o destino dos judeus teria sido diferente. VICENTE BICÓ, DIOGO MELÃO ANTÓNIO MARTINS, JOÃO LOUZEIRO LAURA MELO E LEONOR MARTINS


12 | DESTAQUE

8.º B | FEVEREIRO DE 2023

IMAGEM AQUI

OS OUTROS NO MEIO DE NÓS As "manas" paquistanesas Areebah, Areej e Maryam Sadullah são três irmãs paquistanesas. Têm 13, 11 e 9 anos, respetivamente, e frequentam o 1.º ciclo na Escola Abade Correia da Serra desde maio de 2022. Vieram do Paquistão, o quinto país mais populoso do mundo, cuja capital é Islamabad. Como a maioria dos paquistaneses, são muçulmanas (por isso, não comem porco nem celebram o Natal). Falam ‫( ُارُدو‬urdu) – a língua nacional do país – e o mais difícil para elas em Portugal é aprender a língua portuguesa. Mostraram-nos, com entusiasmo, fotografias do seu país; falaram de alguns pratos do Paquistão e souberam dizer aquilo de que mais gostavam na nossa escola: as professoras, porque são atenciosas, pacientes e carinhosas.

Sabias que...

O nosso Agrupamento é constituído por 937 alunos, de acordo com os dados que recolhemos junto da Secretaria da Escola Abade Correia da Serra. No entanto, apenas 4,5% são de origem estrangeira. Temos 26 colegas brasileiros, 4 romenos, 3 paquistaneses, 3 suíços, 2 ingleses, 2 moldavos, 1 peruano e (mais recentemente) 1 francesa. Se o multiculturalismo é entendido como interrelação de várias culturas no mesmo ambiente, pode dizer-se que, ao contrário de outras escolas do país, o nosso Agrupamento não é o mais multicultural. Todavia, enquanto alunos, consideramos que este fenómeno incentiva as aprendizagens culturais diferenciadas e favorece a adaptação a diferentes culturas e o respeito pelo ser humano. DANIEL PARREIRA

Três curiosidades sobre o Paquistão IMAGEM AQUI

O arroz de lentilhas e o nihari de borrego fazem parte da gastronomia paquistanesa? IMAGEM AQUI

A nossa famosa chamuça não é mais do que uma “daal samosa” (iguaria típica da Índia e do Paquistão, trazida para Portugal durante a Época dos Descobrimentos)?

IMAGEM AQUI

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Multiculturalismo no nosso Agrupamento

A cidade paquistanesa de Lahore (quase na fronteira com a Índia) é tão bonita e rica em monumentos que é considerada a "Paris do Oriente"? (Ver foto em destaque em cima)

Multicultural| adj. 2 g. (multi + cultural)

Relativo a ou que inclui várias culturas. NOÉMI FIALHO LAURA MELO RODRIGO SOARES


13 | OPINIÃO

8.º B | FEVEREIRO DE 2023

Jogar ou não jogar:

OPINIÃO

eis a questão!

Do nosso ponto de vista, O Diário de Anne Frank é muito interessante, porque relata um período da História em que não havia liberdade. A narrativa baseia-se nas vivências de uma adolescente alemã de origem judaica, vítima do Holocausto. No seu décimo terceiro aniversário, Anne recebeu de presente um diário (ao qual deu o nome Kitty) e nele foi relatando tudo o que se passava na sua vida, desabafando com ele como se fosse um melhor amigo. O diário ficou mundialmente conhecido quando o seu pai, Otto Frank, o único sobrevivente da sua família, decidiu publicá-lo, com a ajuda dos seus amigos e historiadores Jan e Annie Romein. Apesar de o livro ser intrigante, ficámos a saber, através da sua leitura, um pouco do que se passou na II Guerra Mundial, época durante a qual houve muitas

ANA RITA FIGUEIRA RITA CARAPINHA

Na nossa opinião, os videojogos podem trazer consequências boas ou más. Quanto às vantagens, podemos dizer que melhora a coordenação motora, auxilia o raciocínio lógico, desenvolve a capacidade de tolerância a frustrações e cria (ou pode fazê-lo) oportunidades profissionais. No que diz respeito aos aspetos negativos, podemos constatar que promove o sedentarismo, pode gerar problemas sociais e agrava problemas de postura. Concluindo, dadas estas informações, é importante organizar o tempo destinado ao jogo, ao exercício físico, à leitura, ao trabalho de casa, ao convívio com familiares e amigos e por fim cumprir esse plano com responsabilidade. RODRIGO SOARES SAMUEL BARÃO

Quem foi Anne Frank?

deste jornal) há precisamente 78 anos, com apenas 15 anos. Três meses depois, os alemães renderam-se. Durante o tempo em que ficou escondida, Anne Frank escreveu um diário, no qual contava o seu dia-a-dia no anexo secreto. O Diário de Anne Frank é um relato de adolescente que viveu em condiFrank foi enviada para o campo de ções extremas, no período mais difícil da Bergen-Belsen, onde morreu em fe- sua curta vida. JOÃO JACOB vereiro de 1945 (mês da publicação RODRIGO MARTINS IMAGEM AQUI

Anne Frank era uma criança alemã de família judaica que, aos 13 anos, teve de se esconder com os pais, a irmã e outros judeus num anexo secreto no prédio onde o pai trabalhava. Ficaram escondidos durante dois anos, até agosto de 1944. Um ano antes de a guerra acabar, os nazis descobriram o esconderijo. Ela e todos os que lá se encontravam foram presos e enviados para campos de concentração. Anne

mortes e torturas. As pessoas eram tratadas como animais, arrancadas de casa à força para os campos de concentração e obrigadas a trabalhar arduamente, sem comida e sem condições de vida. É um completo absurdo para os dias de hoje pensar que tal possa acontecer, mas o livro obriga-nos a colocarmo-nos no lugar dos judeus daquela época. Sendo assim, aconselhamos esta leitura, pois o conteúdo deste livro é muito atrativo e ficamos a conhecer mais sobre o nosso passado. Para concluir, deixamos aqui uma frase muito conhecida da Anne Frank que, na nossa opinião, é extremamente comovedora e talvez resuma aquilo de que Anne Frank mais precisava enquanto vivia os horrores da guerra: “Os abraços servem para expressar o que as palavras não conseguem dizer.”.

IMAGEM DO CANVA

Um abraço vale mais que mil palavras

DANIEL PARREIRA


14 | PASSATEMPOS

8.º B | FEVEREIRO DE 2023

cartoon

ÍRIS ROCHA DIOGO MELÃO, JOANA COFONES JOÃO LOUZEIRO

ENCONTRA OS 8 ADJETIVOS

PROPRIEDADE: AE N.º 1 DE SERPA E ALUNOS DO 8.º B | 2022-2023 CAPITAL SOCIAL: 937 ALUNOS SEDE: RUA DR. EDGAR PIRES VALADAS, S/N 7830-479 SERPA, PORTUGAL CONTATO: (+351) 284540090

R: PROFESSORA PALMIRA

RITA CARAPINHA ANA RITA FIGUEIRA

REDATORES: ANA RITA, ANTÓNIO LAMPREIA, DANIEL PARREIRA, DIOGO MELÃO, FÁBIO CAVACO, GUILHERME SILVA, HENRIQUE MESTRE, INÊS CANHITA, ÍRIS ROCHA, JOANA COFONES, JOÃO LOUZEIRO, JOÃO JACOB, LAURA MELO, LEONOR MARTINS, MARIANA RENDEIRO, NOÉMI FIALHO, RITA CARAPINHA, RODRIGO MARTINS, RODRIGO SOARES, SAMUEL BARÃO, VICENTE BICÓ COLABORADORES: ALUNOS DO 5.º A | PROF. TELMA LANÇA, PROF. PAULA PAIS, PROF. GUADALUPE APOLINÁRIO, PROF. HUGO FERNANDEZ, PROF. MARIANA OCA, PROF. SILVY RIBEIRO, PROF. GABRIELA PIRES, D. LUZIA TAVARES E D. ROSA CARVALHO REVISÃO DOS TEXTOS: PROF. MARIBEL PARADINHA E PROF. PALMIRA RODRIGUES

R: HIPOPÓTAMO

Faz a sopa de letras em versão digital aqui ou clica na imagem.

RITA CARAPINHA ANA RITA FIGUEIRA GUILHERME SILVA MARIANA RENDEIRO

PALAVRAS CRUZADAS VAMOS TRABALHAR OS ADJETIVOS A RIMAR! ENCONTRA O ADJETIVO CORRETO, FAZENDO-O RIMAR COM O NOME QUE TE É DADO EM CADA FRASE!

RITA CARAPINHA ANA RITA FIGUEIRA GUILHERME SILVA

VERTICAL

1. O João é muito... (brinca muito)

HORIZONTAL

2. A Ana é uma... (expressão idiomática em que o nome de uma fruta é usado como adjetivo)

3. A Rosa é muito... (está sempre a ver-se ao espelho)

4. A Filomena ficou muito... (tom de pele; antónimo de branca)

5. A Joaninha é muito... (meiga no grau diminutivo)

6. O Gil é uma pessoa.. (sinónimo de simpático)

Faz as palavras cruzadas em versão digital aqui ou clica na imagem.

RITA CARAPINHA, ANA RITA FIGUEIRA GUILHERME SILVA

IDENTIDADE GRÁFICA: ÍRIS ROCHA, DIOGO MELÃO, JOANA COFONES E JOÃO LOUZEIRO DESENHO GRÁFICO: CANVA | PROF. MARIBEL PARADINHA E ALUNOS DO 8.º B PAGINAÇÃO: PROF. MARIBEL PARADINHA, ÍRIS ROCHA, DIOGO MELÃO, JOANA COFONES, NOÉMI FIALHO E DANIEL PARREIRA IMPRESSÃO: AE N.º 1 DE SERPA | SR. ANTÓNIO LAMPREIA E D. CONCEIÇÃO SILVESTRE SITE DO AGRUPAMENTO: https://aeserpa1.edu.gov.pt/site/ SITE DA BIBLIOTECA ESCOLAR: https://biblioteca870.wixsite.com/agr1serpa BLOGUE DA BIBLIOTECA ESCOLAR: https://bibliotecaescolaracs.wordpress.com/


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