O quadrilátero

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André Vilaron

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o quadrilátero

André Vilaron

Brasília 2024


























































































































O quadrilátero O céu sempre esteve lá.

batido e servir como pincel.

A partir do Vértice nº 8 – ponto geodésico situado no local onde hoje está a praça do Cruzeiro –, as constelações de Carina, de Crux e o triângulo Australe foram guias referenciais para a medição dos eixos na construção de Brasília. As demarcações estabelecidas a partir da latitude e da longitude auxiliaram a definir os contornos de onde os lugares estão. Pôde-se ver a ideia de futura cidade antes mesmo que ela existisse de fato.

Os conhecimentos afropindorâmicos2 sobre a experiência do viver na terra dizem muito sobre a concepção de centro e de fim de mundo. E, de ser o fim do mundo, bem aqui mesmo, onde estamos com os pés, ao mesmo tempo, de ser bem acolá também. É onde estamos; o lugarcomeço e o lugar-fim; porque depende mais “de quem está se posicionando”.3

Não vemos mais, mas, antes disto, apagadas pelo vento, estiveram por muito tempo as pegadas de povos caçadores-coletores que viveram por aqui e ali, milhares de anos atrás. Nessas terras do Brasil Central, petroglifos do sítio arqueológico do Bisnau atiçam a imaginação sobre suas origens, que podem estar relacionadas ao sobrenatural, às atividades de subsistência ou ao cosmos. De todo modo, resistem em rocha, mesmo que parcialmente, às intempéries naturais do tempo, aos passeios de fins de semana, aos riscos de giz de seus visitantes de ocasião e ao desinteresse histórico. Crixá, Akroá, Xavante, Goyá compõem alguns dos povos autóctones da extensa região Centro-Oeste e do bioma Cerrado. Para os Xavantes, A’Uwe (gente) ou A’uwe Uptabi (gente verdadeira), como se autodenominam, território tem como princípio a experiência de vida em um espaço sem limites. Concepção mais próxima da ideia de um todo do que de partes. Não existe, portanto, espaço reduzido de caça, coleta de palhas, busca de embira ou outros materiais.1 Seria, então, território até onde o corpo, a necessidade e a busca de alguma coisa conseguem ir e retornar ao grupo, ao coletivo? Saber conhecer a terra pela terra e pela resistência é igualmente um saber das comunidades quilombolas. Os Kalungas fazem parte do território estabelecido entre a serra da Contenda, Vão de Almas, Vão do Moleque, margeados pelo curso das águas do rio Paranã. Muito dos grupos quilombolas mantiveram, ao longo de séculos, conhecimentos e práticas de manejo sobre a flora local. Dizem que o chá de canela-de-ema é eficaz para combater dores de coluna e reumatismos, enquanto o caule é utilizado como lenha, podendo ser

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GOMIDE, Maria Lúcia Cereda. Marãnã Bödödi– a territorialidade Xavante nos caminhos do Ró. São Paulo, 2008. Tese (doutorado em Geografia Física) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. A denominação de povos afropindorâmicos é sugerida pelo líder, pensador e escritor Antônio Bispo dos Santos para identificar quilombolas, negros e indígenas, substituindo o termo indígena aplicado por colonizadores. SANTOS, Antônio Bispo dos. A terra dá, a terra quer. São Paulo: editora Ubu/ Piseagrama, 2023. p. 51.

Com nosso calcanhar bem aqui no Cerrado – a savana brasileira –, percebemos uma vegetação de fisionomia que instiga o olhar: árvores baixas, ramificações irregulares, retorcidas, ásperas, enrugadas, que são as marcas desse bioma que resiste pela diversidade. Cascas espessas dos troncos se protegem do fogo. A chama do fogo incide no ápice da estação seca. Muito calor. Baixa umidade. Nasce o fogo sobre folhas e palhas. Depois de meses, após a seca, que parece esgotar a vida de árvores, de rios e da vegetação, chegam as primeiras chuvas. Verde-planta, laranja-fogo, preto-tronco, cinza-fumaça, azul-chuva (...) verde-planta. Eis o ciclo natural do Cerrado. Sementes como de Araticum e Baru germinam a partir do fogo. Precisam de um choque térmico e só conseguem brotar depois do ciclo natural de autorreflorestamento do Cerrado. Quando a flora rebrota, podem-se reconhecer jardins de canelas-de-ema, caliandras, flores de pequi e cagaitas. Mas há um tipo de fogo que é apenas destruidor. As frequentes queimadas provocadas pela ação humana têm contribuído para a devastação desse bioma que caracteriza e ocupa toda a extensão do Distrito Federal. A expansão da fronteira agrícola, a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, a pecuária extensiva e a mineração são foco de interesses econômicos e políticos e tornam o Cerrado um dos biomas mais ameaçados do Brasil e do mundo. Pela Constituição Federal de 1988, no artigo 225, parágrafo 4º, a Floresta Amazônica, o Pantanal MatoGrossense, a Mata Atlântica, a Serra do Mar e a Zona Costeira foram considerados patrimônios nacionais. Para esses biomas, há políticas públicas especiais e maior rigor contra o desmatamento e a degradação do patrimônio natural. Ao Cerrado, não foi dada essa distinção. Apesar disso, curiosamente, também não é certo que leis e decretos sejam por si só determinantes para a efetividade da preservação ambiental. Mudanças climáticas, ondas de calor intenso e alertas sobre aumento das temperaturas em até 5 °C em diversos estados brasileiros não parecem ser suficientes para a necessária conscientização do problema. Torna-se urgente o debate, ainda a se fazer, a respeito dos “regramentos de papel” sem força para resultados práticos e, também, as responsabilidades cidadãs em relação à coletividade.


O céu pôde ser medido. No dia 19 de setembro de 1956, a Lei nº 2.874 instituiu a criação de Brasília. O documento se inicia estabelecendo, no Art. 1º, a área que constituirá o futuro Distrito Federal: Começa no ponto da Lat. 15º30’S e long. 48º12’W. Green. Dêsse ponto, segue para leste pelo paralelo de 15º30’S até encontrar o meridiano de 47º e 25’W. Green. Dêsse ponto segue o mesmo meridiano de 47º e 25’W. Green, para o sul até o Talweg do Córrego de S. Rita, afluente da margem direita do Rio Preto. Daí pelo Talweg do citado córrego S. Rita, até a confluência dêste com o Rio Preto, logo a juzante da Lagoa Feia. Da confluência do córrego S. Rita com o Rio Preto, segue pelo Talweg dêste último, na direção sul, até cruzar o paralelo de 16º03’S. Daí, pelo paralelo 16º03’ na direção Oeste, até encontrar o Talweg do Rio Descoberto. Daí para o norte, pelo Talweg do Rio Descoberto, até encontrar o meridiano de 48º12’W. Green. Daí para o Norte pelo meridiano de 48º12’W. Green, até encontrar o paralelo de 15º3’ Sul, fechando o perímetro.4 No Art. 33, lê-se: “É dado o nome de ‘Brasília’ à nova Capital Federal”. A legislação é síntese do propósito de ocupação da região Centro-Oeste, associado a uma visão desenvolvimentista para o país, por meio de uma transformação do território que começou a ser imaginado como cidade-capital mais de 170 anos antes. No fotolivro O quadrilátero, André Vilaron aponta um olhar de revisão para a noção de construto da história e da ideia de origem. Para tanto, realiza questionamentos sobre a concepção das imagens, tanto como documento quanto como ficção. Por esse olhar crítico e ao mesmo tempo imaginativo, acentua a narrativa especular celebrativa da história de existência do Distrito Federal. Parece, portanto, perguntar quais são os elementos capazes de rastrear modos de contar e como a imagem se configura como elemento de atualização do caráter de representatividade, tanto do passado quanto do presente.

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Lei nº 2.874, de 19 de setembro de 1956. Disponível em: <https://www. planalto.gov.br/CCIVil_03/leis/1950-1969/L2874.htm>. Acesso em outubro de 2023. FONSECA, Cláudia Damasceno. Viagens pelo interior do Brasil: Observações históricas e geográficas de Auguste de Saint-Hilaire In: Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853): Un botaniste français au Brésil [en ligne]. Paris: Publications scientifiques du Muséum, 2016 (généré le 5 décembre 2023). Disponível em: <http://books.openedition.org/ mnhn/3201>. Acesso em outubro de 2023.

Por isso, para Vilaron, a origem de tudo é o próprio Cerrado. Municiado de pesquisa de referenciais históricos, informações e dados, lapida as imagens com precisão investigativa, para fazer pensar a trajetória histórica escrita e documentada da ideia de formação da cidade, assim como de seus símbolos e monumentos. Dessa maneira, procura fazer refletir também sobre a ideia que temos da noção de patrimônio, ao levantar e expor imagens-síntese em alusão às versões e referenciais à história de fundação do Distrito Federal. No processo visual dessa história aqui apresentada, sinaliza pistas de processos sucessivos para mudança da antiga capital do Rio de Janeiro e, portanto, do litoral, em função da expansão e da dominação de regiões no interior. A imagem do prédio da administração de São João del Rei, em Minas Gerais, aparece como referência ao movimento de resistência da Inconfidência Mineira, que, em 1789, pretendia romper com Portugal e estabelecer uma capital republicana no interior. O documento da Planta de Vila Boa de Goiás e apontamentos de viajantes estrangeiros naturalistas como Johann Emanuel Pohl e Auguste de Saint-Hilaire vão conformando postulados colonizadores que determinam e justificam a exploração de regiões por se configurarem como um “painel duma natureza estranha à Europa”.5 Mas Vilaron também parece questionar a noção de patrimonialização frágil na qual nos escoramos sem cuidar ou duvidar. A imagem da jabuticabeira centenária, que resiste de maneira precária sobre troncos no quintal da casa que foi sede da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, em Pirenópolis, é uma dessas referências. A chamada Missão Cruls, coordenada pelo astrônomo e geógrafo Louis Cruls, então diretor do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, atuou para demarcar a área da nova capital, estabelecendo os marcos georreferenciais de um quadrilátero, como determinava a primeira Constituição republicana, de 1891. Nas composições das imagens, são acentuadas as escoras, expostos instrumentos técnicos, indumentária, e o registro de arquivo do grupo da missão é marcado com uma tarja, pondo em debate a ambiguidade das conquistas sobre territórios. Mas, para além disso, reconhece também contradições do tratamento de valores culturais e turísticos entre novos e velhos símbolos arquitetônicos e comemorativos. Por um lado, retoma a presença de marcos de arquitetura moderna que povoa o imaginário da fundação de Brasília e que vai do Conjunto da Pampulha, de 1943, primeira parceria entre Oscar Niemeyer e Juscelino Kubitschek, então prefeito de Belo Horizonte, ao complexo urbanístico cruciforme de Lúcio Costa e Niemeyer. Por outro, resgata monumentos que se tornam invisíveis à memória de sua história. Em 1922, a Pedra Fundamental da futura capital


foi confeccionada no Rio de Janeiro, e trazida para os arredores de Planaltina, por ocasião do Centenário da Independência do Brasil. No livro, o obelisco aparece como uma interjeição na paisagem da cidade e da percepção do que construímos na relação com ela. O céu está em1/3 da foto. A inauguração da nova capital do maior país da América do Sul é notícia. Brasília foi anunciada em manchetes de jornais em diversas línguas e veículos de comunicação da época. A cidade passa a ser fotografada e vista, tornando-se atraente ao imaginário acerca dos contrastes do lugar e de sua gente. Na mesma paisagem, coexistem edificações modernas de ângulos futuristas e canteiros de obras com poeira de areia vermelha. O amálgama passa a ser composto por diversos símbolos, sociais e materiais, com seus trabalhadores funcionários públicos de terno; operários de chapéu de palha em boleias de caminhão; apartamentos em pilotis no Plano Piloto; casas de madeira de candangos na Cidade Livre e na Vila Planalto. Para Vilaron, interessa mostrar os efeitos de uma cidade fotogênica. Relembra a tomada da Esplanada como palco de poses para foto e sua versão em réplicas e miniaturas de monumentos com dizeres “lembranças da capital”. O autor destaca a memória de habitantes e visitantes da cidade que, em 1987, é declarada como Patrimônio Mundial6 intensificando-se a exploração de sua condição e programação turística. Parece haver, portanto, ênfase do autor sobre o contexto cultural das décadas após a inauguração de Brasília, perfiladas pela distinção da imagem midiática de variadas aparências. De maneira fragmentada, é a própria linguagem fotográfica analógica que aparece como signo da cidade que registra. As imagens aqui funcionam como uma espécie de arquivo-monumento, deixando perceptíveis elementos característicos da sua fisicalidade, pois o álbum de fotografia, a foto 10 x 15 cm com margem branca, o slide, o esmaecimento e as ranhuras das cenas parecem apontar para o tempo incrustado na experiência vivida. De todo modo, vivências dos passeios de lazer, eventos oficiais, celebrações religiosas fazem parte do mesmo interesse em conhecer o lugar e os acontecimentos que sinalizam a presença de símbolos do futuro, existentes tanto material quanto espiritualmente.

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Em 7 dedezembro de 1987, com pouco mais de 27 anos de existência, Brasília foi inscrita na lista da Unesco de bens do Patrimônio Mundial, sendo o primeiro bem contemporâneo a receber essa distinção.

O céu de muitos lugares. Rodoviária do Plano Piloto, Cruzeiro, Guará, Taguatinga, Ceilândia, Sol Nascente, Pôr do Sol e continua. Atualmente, o Distrito Federal é composto de 35 regiões administrativas (RAs). Denominadas desde o início como cidades-satélites, partia-se da ideia de que teriam como destino absoluto seu funcionamento como cidadesdormitório, tendo em vista se localizarem no entorno de Brasília, para onde as principais atividades de trabalho e de lazer deveriam convergir. Porém, algumas dessas cidades foram formadas devido à construção do Plano Piloto e, portanto, são anteriores à Brasília, tendo dinâmicas de convivência comunitária específicas. É o caso da Cidade Livre, de 1956 – hoje Núcleo Bandeirante, e Taguatinga – inaugurada em 1958. Além de Candangolândia, Fercal, São Sebastião e Cruzeiro, também anteriores a Brasília, foram integradas ao Distrito Federal cidades pré-existentes, como Planaltina, antigo município de Goiás, e Brazlândia, distrito de Luziânia. De lá para cá, transformações nas ocupações dos espaços reconduzem relações com a história e o lugar. É o caso de Ceilândia, que surge a partir de Campanha de Erradicação das Invasões (CEI) e hoje é local de trabalho e moradia de Tatiana, Laurice, Mazinho, Bruna e outros frequentadores da ‘quebrada’. Em O quadrilátero, a cidade é ocupada de maneira ampla por sua gente. Coexistem vivências múltiplas de seus habitantes relacionadas às variadas regiões de autênticas feições dessa grande Brasília. As imagens parecem nos avisar que são tantos os territórios existentes quanto os marcos referenciais que definem a história do lugar, porque essa trajetória é construída por aqueles que a ela pertencem no seu tempo, na sua hora e no seu lugar. Cinara Barbosa




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André Vilaron

Para Marina e Davi Agradecimentos Domingos Cecilio, Elias Manoel da Silva, Elisa Mattos, Erica Danielle de Mesquita, Joaquim Marçal, Kátia Sartório, Magali Moura, Márcio Vianna, Margareth de Lourdes Souza, Maria Dulce de Faria, Maria Verônica, Mayara Lima dos Santos, Mazinho e Jaqueline, meninas e meninos da Aldeia Centro de Lutas, de Ceilândia, Mestre Raul Zelaya, Mestre Salgado (José Roberto Salgado), Milena Bastos Tavares, Morgana Gonçalves, Marília Gabriela, Nildo Lima, Paulo Bertran (in memoriam), Pompeu Cristóvão de Pina (in memoriam), Preto Rezende, Rayane Soares, Rodrigo Passarinho, Rui Soares de Faria Filho, Salma Saddi, Séfora Eufrásia de Pina,Tatiana Assem Haidar,Tatielle Brito Nepomuceno, Telma Lopes Machado, Telmo Ribeiro, Tereza Eleuterio de Sousa, Thales José Jayme e todas as pessoas que apoiaram o projeto. Aldeia Centro de Lutas Arquivo Público do Distrito Federal (APDF) Bumba-Meu-Boi do Seu Teodoro (Sobradinho) Fundação Biblioteca Nacional Grupo Via Sacra ao Vivo (Planaltina) Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) In the Hood Cia de Dança Jovem de Expressão (Ceilândia) Museu das Bandeiras (Muban) Organização Vilaboense de Artes e Tradições (Ovat)


LEGENDAS:

1. Cerrado. Seca, fogo, estação das chuvas. 2. Sítio arqueológico do Bisnau (Petroglifos do Bisnau). 3. Detalhe da cruz de madeira de aroeira atribuída ao bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera filho (década de 1720). Museu das Bandeiras, Cidade de Goiás. / Tamires Pahari Guajajara, aldeia Zutiwa. Acampamento Terra Livre (ATL), Brasília. 4. Cangalha de tropeiro. Fazenda Babilônia, antigo engenho São Joaquim, Pirenópolis. / Prédio da prefeitura de São João del-Rei (MG). 5. Menino e bebê da comunidade quilombola Kalunga, norte de Goiás. 6. Rio Paranã, comunidade Kalunga. / Manto utilizado pelos Farricocos, homens que representam os soldados romanos na Procissão do Fogaréu, na Cidade de Goiás. A procissão católica, realizada anualmente na Semana Santa, é uma tradição que remonta ao século XVIII e simboliza a busca e a prisão de Jesus Cristo. 7. Mazinho, Festa do Divino Espírito Santo, Fercal (DF). 8. Pedra do lago Paranoá./ Planta de Vila Boa de Goiás, de 1782, de Manoel Ribeiro Guimarães, então soldado dragão do Regimento de Cavalaria. Museu das Bandeiras, Cidade de Goiás. 9. Capa de Viagem ao interior do Brasil - empreendida nos anos de 1817 a 1821, de Johann Emanuel Pohl, edição Instituto Nacional do Livro, Ministério da Educação e Saúde, Rio de Janeiro, 1951 – tradução da edição de Viena, 1837. / Reprodução de heliogravura de Henrique Morize. Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil. Ponto Culminante dos Pireneus, 1892. 10. Serra dos Pireneus.

14. Igreja São Francisco de Assis da Pampulha (1942), Belo Horizonte, Minas Gerais. Projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, o Conjunto Moderno da Pampulha recebeu o título de Patrimônio Mundial da Unesco em 2016. 15. Reprodução. Oscar Niemeyer, projeto para o Museu de Arte Moderna de Caracas, Venezuela, 1955. Projeto não executado. 16. Halo do Sol, Brasília. / Vértice n° 8, Praça do Cruzeiro, Brasília. 17. Detalhe de pintura de Oscar Niemeyer. Óleo sobre tela, 1964. Coleção particular./ Fotografia de azulejo de Athos Bulcão. Azulejo com a estrela da Natividade, na cor preta, sobre fundo azul (15X15cm), do painel de azulejos na parede externa da Igreja Nossa Senhora de Fátima, a Igrejinha. Brasília. 18. Vista aérea da construção da Praça dos Três Poderes, 1958. Acervo do Arquivo Público do Distrito Federal./ Primeira coluna de mármore na fase inicial da construção do Palácio do Planalto, 1958. Acervo do Arquivo Público do Distrito Federal. 19. Casa de madeira na Cidade Livre (hoje Núcleo Bandeirante), 1956-1960. Acervo do Arquivo Público do Distrito Federal. 20. Pedras das obras da saída Norte de Brasília, 2019./ Construção da barragem do lago Paranoá, 19561960. Acervo do Arquivo Público do Distrito Federal. 21. Fotografia de época de Brasília, coleção do autor. / Rocha à margem do ribeirão Engenho das Lajes, Gama (DF). 22. 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, os Dragões da Independência, unidade do Exército brasileiro criada em 1808. Ao fundo, o Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente do Brasil./ Via Sacra, grupo Via Sacra ao Vivo, Planaltina (DF).

11. Observatório Nacional, Rio de Janeiro. 12. Jabuticabeira centenária no quintal da casa da Rua Direita, nº 52, em Pirenópolis, 2023. A casa foi sede da Missão Cruls - em 1892, em seu quintal, em frente à jabuticabeira, foi feita fotografia histórica com todos os integrantes da comissão. 13. Detalhes do Diário nº 2 de Hastimphilo de Moura, integrante da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil (1892). Acervo do Arquivo Público do Distrito Federal./ Banhistas no Rio das Almas, Pirenópolis.

23. Monumento Solarius, popularmente conhecido como Chifrudo, Santa Maria (DF). Criado pelo escultor francês Ange Falchi, foi doado pelo governo francês ao Brasil em homenagem à construção da nova capital, Brasília./ Slides antigos de Brasília, coleção do autor. 24. Fotografias de Maria Verônica e Domingos Cecilio, álbum de família. 25. Fotografia de época de Brasília, coleção do autor.


26. Maquete./ Construção em frente à antiga sede da Polícia Rodoviária Federal, quadra 506, Asa Norte, Brasília. / Banhista. Mário Fontenelle. Brasília, 19581960. Acervo do Arquivo Público do Distrito Federal.

37. Caixa D’Água de Ceilândia. / Tamara Murielly, lutadora de Muhay Thai, Sobradinho. 38. Rio Descoberto. / Iaô (Ìyàwó) do llè Àse Orisá Dewi, Sobradinho (DF).

27. Vale do Amanhecer.

39. Estádio Walmir Campelo Bezerra, o Bezerrão. Estádio do Gama (Sociedade Esportiva do Gama). / Casas em Samambaia.

28. Brise-soleil, prédio anexo da Câmara dos Deputados, Brasília. /Fotografia de Maria Verônica, álbum de família. 29. Alambrado, Esplanada dos Ministérios, Brasília.

40. Via Sacra de Planaltina (DF). 41. Gilliard Silva (Romano), Marcelo Ramos (Jesus), Via Sacra de Planaltina (DF).

30. Esplanada dos Ministérios com o Congresso Nacional ao fundo, Brasília.

42. Obras na entrada de Taguatinga.

31. Devoção. Igreja Nossa Senhora de Fátima, Brasília.

43. Brasília; Esplanada dos Ministérios.

32. Horta comunitária na quadra 206 da Asa Norte, Brasília, criada pelo geógrafo e agricultor Igor Aveline, é mantida de forma voluntária pelos moradores. / Bosque da quadra 315 da Asa Norte. Em 2015, moradores se mobilizam contra projeto de construção de um posto de gasolina que destruiria o bosque com árvores como mogno e pau-brasil, mantido pela comunidade. Embora haja outro posto de gasolina que atende à demanda da região a poucos metros de distância, na 314 Norte, somente a mobilização dos moradores foi capaz de impedir a destruição da área verde.

44. Bruna, campeã de Muhay Thai, Aldeia Centro de Lutas, Ceilândia. / Wendell Silva, dançarino, Ceilândia.

33. Destruição inédita de bloco residencial do Plano Piloto de Brasília: demolição do bloco S da superquadra 403 Sul, em 2023. Projetado pelo arquiteto William Bryant, foi construído em 1962 e inaugurado em 1968. O tombamento de Brasília é somente do conjunto urbanístico, com raras exceções, não há tombamento específico de prédios.

49. Davi no Cerrado.

45. Karoline de Oliveira. / Vila Planalto. 46. Bumba-meu-Boi do Seu Teodoro, 60 anos. Sobradinho. 47. São Sebastião. 48. Tigre, Zoológico de Brasília. / Parque de diversões em Sobradinho.

50. Pedra Fundamental, Planaltina (DF). 51. Terra vermelha, Vicente Pires (DF). 52. Pedra. / Cavaleiros na folia do Divino Espírito Santo, Fercal (DF).

34. Plataforma da Rodoviária do Plano Piloto, Brasília. 53. Árvore, zona rural de Sobradinho (DF). 35. Seutter, Matthäeus (1678-1756). Portugalliae et Algarbiae Regna, século XVIII [Cartográfico]: “com as fronteiras das províncias de Espanha. mas ao mesmo tempo um mapa especial do reino do Brasil na América do Sul.” Acervo da Fundação Biblioteca Nacional – Brasil. / Placas de trânsito no Distrito Federal. 36. Museu Nacional Honestino Guimarães, Esplanada dos Ministérios, Brasília. Honestino Guimarães foi líder estudantil da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Durante a ditadura militar, foi preso e, em 1973, se tornou desaparecido político. / Ensaio de Charme do grupo In the Hood Cia de Dança, projeto Jovem de Expressão, Ceilândia.

54. Pedra nas obras da saída Norte de Brasília. 55. Marina, perna-pedrinhas, Chapada dos Veadeiros, Goiás.


o quadrilátero André Vilaron, 2024 Conceito e fotografias André Vilaron Curadoria/ Coordenação editorial Cinara Barbosa Projeto Gráfico Wagner Alves

Fotografias de acervo Arquivo Público do Distrito Federal Fundação Biblioteca Nacional Museu das Bandeiras (Muban) Álbuns de família Coleção do autor Impressão e acabamento Gráfica Movimento

Texto Cinara Barbosa

Fonte: Kiro

Revisão de texto Paula Alves Monteiro

800 exemplares www.andrevilaron.com

Assistente de produção Marina Vilaron Mayara Lima dos Santos

Ficha catalográfica Catálogo O Quadrilátero –07/12/2023 Vilaron, André V697q O Quadrilátero / André Vilaron (fotografias); Cinara Barbosa (texto) – Brasília: Edição do autor, 2024. 132 p. : il. color. ; 22,5 x 30,8cm ISBN 978-65-00-88381-7 1. Fotografia. 2. Artes. 3. Brasília, DF 4. Cerrado I. Vilaron, André. II. Barbosa, Cinara III. Título. CDU 779(817.4) CDD 770.23 Ficha catalográfica elaborada por Déborah Lins e Nóbrega CRB nº 3308.

Projeto realizado com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC/DF).

Brasília, 2024.



Este projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.


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