Tribuna Bancária n° 371

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TRIBUNA Bancária Sindicato dos Bancários de Niterói e Região

Ano LV – Nº 371 – novembro de 2013

www.bancariosnit.org.br

Festa de Natal 2013 dos bancários já tem data definida

Já estão definidas as datas para realização das tradicionais festas de natal dos bancários de Niterói e região. Os bancários da Região dos Lagos participarão da confraternização no dia 30 de novembro, no Espaço Tô na área, que fica na Avenida Assunção, 345, centro de Cabo Frio , de 11 às 17hs com churrasco, almoço, estaciomento gratuito, bebidas, picolé, música ao vivo, piscina e sauna. Podem participar os bancários sindicalizados. A grande festa na sede campestre que reúne centenas de bancários e familiares vai acontecer no dia 07 de dezembro para bancários de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e outros municípios. A festa é aberta a todos os bancários sindicalizados e seus dependentes. Para entrar, basta levar a carteirinha do Sindicato ou o último contracheque, comprovando a mensalidade. Papai Noel vai chegar de helicóptero, distribuir presentes para os filhos dos bancários e posar para foto com os que desejarem. As crianças poderão também brincar em brinquedos infláveis como pula-pula e castelo de bolinhas, além da cama elástica, e receberão picolé, pipoca, refrigerante e cachorro-quente. Para os pais, haverá almoço com churrasco e bebidas, além de apresentação musical. Como em todos os anos uma grande estrutura está sendo preparada pela diretoria do Sindicato dos Bancários de Niterói e região para os bancários associados desfrutarem de um dia inteiro de confraternização. A festa acontecerá de 11hs às 17hs. Marque na sua agenda as datas e acompanhe outras informações pelo site do Sindicato e também nas redes sociais como Facebook e Twitter. O endereço da Sede é Avenida Campista, nº 10, Anaia, São Gonçalo (clique aqui para ver o mapa). Para chegar, quem sai de Niterói deve seguir pela Alameda São Boaventura e pegar a RJ-104 até Tribobó, dobrando à direita na altura da Concessionária Fiat Dicasa, para entrar na Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106, estrada para Região dos Lagos). Logo depois, fazer o retorno logo depois do Motel Fair Play e entrar na primeira rua à direita, ao lado do posto Esso.


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Sindicato dos Bancários de Niterói e Região

Bancos privados cortam quase 7 mil postos de trabalho até setembro Os bancos privados que operam no país fecharam 6.977 postos de trabalho entre janeiro e setembro de 2013, andando na contramão da economia brasileira, que gerou 1,323 milhão de novos empregos no mesmo período. Além dos cortes, o sistema financeiro manteve a prática de rotatividade de mão de obra alta, mecanismo perverso que os bancos usam para reduzir despesas de pessoal. Os dados constam na Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) com base nos números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Apesar dos lucros bilionários e da mais alta rentabilidade do sistema financeiro internacional, os bancos brasileiros, principalmente os privados,

seguem demitindo trabalhadores, cortando postos de trabalho e usando a rotatividade para reduzir a massa salarial. Luta por crescimento com desenvolvimento As manifestações de junho e as mobilizações dos trabalhadores deixaram clara a necessidade de mudanças profundas na sociedade brasileira e uma delas é a regulamentação do sistema financeiro. Não é possível que os bancos continuem com essa política nociva de reduzir custos e cobrar juros e tarifas escorchantes para lucrar ainda mais, sem olhar para o impacto nos trabalhadores, nos clientes e na economia do país. Deve-se transformar o crescimento em desenvolvimento econômico e social, o que passa por melhoria de salário e mais emprego.

Rotatividade diminui salários A pesquisa mostra que o salário médio dos admitidos pelos bancos entre janeiro e setembro foi de R$ 2.914,63, contra salário médio de R$ 4.594,83 dos desligados. Ou seja, os trabalhadores que entram no sistema financeiro recebem remuneração 36,6% inferior à dos que saem. Com isso, os bancos buscam reduzir suas despesas. Isso explica por que, embora com muita mobilização os bancários tenham conquistado 18,3% de aumento real no salário e 38,7% de ganho real no piso salarial desde 2004, a média salarial da categoria diminuiu. Esse é o mais cruel mecanismo de concentração de renda, num país que tem feito um grande esforço para se tornar menos injusto, mas permanece sendo muito desigual.

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Sindicato dos Bancários de Niterói e Regiões

Sede: Rua Maestro Felício Toledo, 495, sobreloja, Centro, Niterói, CEP 24.030-105 - Tel/fax: (21) 2717-2157 Subsede: Avenida Júlia Kubitschek, 16, sala 215, Parque Riviera, Cabo Frio, CEP 28905-000 - Tel/fax: (22) 2643-4317 imprensa@bancariosnit.org.br - www.bancariosnit.org.br Jornalista Resp.: Willian Chaves (MTb 12.704) Impressão: Gráfica Porciúncula (3,5 mil exemplares)

Maior concentração de renda nos bancos

No Brasil, os 10% mais ricos no país, segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico. No sistema financeiro, a concentração de renda é ainda maior. No Itaú, por exemplo, os executivos da diretoria receberam em 2012, em média, R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 191,8 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsaram R$ 5,62 milhões no ano passado, o que significa 119,2 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que pagou R$ 5 milhões no ano aos seus diretores, a diferença é de 106 vezes. Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos, o caixa do Santander 10 anos e o do Bradesco 9 anos. Fonte: Contraf-CUT com Dieese

PL 4330 esconde reforma trabalhista e sindical

O polêmico Projeto de Lei 4.330, de 2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que permite ampliar a terceirização em todas as atividades empresariais, trata-se de uma reforma trabalhista e sindical, feita de maneira sorrateira. Essa é a conclusão dos participantes da audiência pública contra o PL, organizada pelos deputados estaduais do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo. “Estão alterando a legislação do trabalho no Brasil com quinze artigos que nos iludem e quatro que destroem tudo o que já foi construído em termos de garantias para os trabalhadores”, afirma o diretor legislativo da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Fabrício Nogueira. Não garantir os mesmos direitos entre contratados diretos e terceirizados, precarizar o trabalho, permitir a terceirização inclusive na atividade-fim da empresa estão entre os problemas apontados pelos críticos do PL 4330 - cuja tramitação no Congresso Nacional está interrompida. De acordo com um estudo de 2011 da CUT e do Dieese, o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada semanal de três horas a mais e ganha 27% a menos. A cada dez acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados. Na audiência também se revelou que bancos são sócios de empresas terceirizadas (que prestam serviço para bancos). Eles contratam a empresa, legaliza a fraude, paga mais para o dono e o dinheiro volta para o próprio banco. Entre os pontos polêmicos que constituem o projeto do deputado, também empresário do setor alimentício, estão a representatividade sindical dos trabalhadores. De acordo com a juíza do trabalho Sandra Assali, da Anamatra, a lógica “perversa” do capital é entrar na luta fragmentando as categorias. “Isso é tática de guerra. Você separa os trabalhadores e com isso eles ficam muito mais vulneráveis. Quando o trabalhador ganha o conceito de categoria, ele ganha uma resistência a essa lógica.” (Fonte: Rede Brasil Atual)


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3 PLR até R$ 6 mil em 2013 tem isenção de IR

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CONQUISTA A campanha PLR sem IR foi lançada em 2011 por bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros e urbanitários. Entre as iniciativas das categorias, ao lado da CUT e outras centrais sindicais, houve a coleta de cerca de 200 mil assinaturas pela aprovação do projeto de lei do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que propunha a isenção total para a PLR dos trabalhadores. O resultado da mobilização foi a nova tabela de imposto de renda, sancionada em 2012 pela presidenta Dilma Rousseff.

Os valores da PLR recebidos pelos bancários têm tabela de imposto de renda própria que estabelece isenção para o pagamento de até R$ 6 mil. Com tributação exclusiva, o cálculo do imposto de renda da PLR leva em conta tudo o que o bancário recebe no ano: a segunda parcela deverá ser paga em março referente à PLR de 2013, a antecipação da primeira parcela da Campanha 2013 e os programas próprios de renda variável. Se a soma desses pagamentos for de até R$ 6 mil a isenção é total, se superior, há a incidência do imposto, mas com alíquotas menores (veja quadro).

Bancos abusam da ilegalidade e demitem bancários durante a greve Não apenas a intransigência nas negociações salariais, mas também ousar na ilegalidade. Assim, os bancos agiram durante os 23 dias de greve na campanha salarial deste ano demitindo dezenas de bancários. Somente na Região dos Lagos, base do Sindicato, foram cinco bancários demitidos pelo Santander que foi o campeão em demissões em toda base da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santos. Outros sindicatos que tiveram bancários demitidos foram: Angra dos Reis, Baixada Fluminense, Campos, Espírito Santo, Itaperuna, Macaé, Nova Friburgo, Rio de Janeiro e Sul Fluminense. Os números ainda não estão fechados, uma vez que, durante a greve, alguns sindicatos não agendaram homologações e é possível representações do Ministério

do Trabalho tenham homologado algumas dispensas. Pelos dados já levantados, o banco campeão foi o Santander, com pelo menos 15 demissões – cinco só na cidade de Cabo Frio, base do Seeb-Niterói. Em segundo lugar veio o Bradesco, com 4. Já foram contabilizadas 23 demissões sem justa causa durante o movimento paredista de 2013. A demissão de trabalhadores grevistas é proibida

pela legislação específica. O parágrafo único do artigo 7 da lei de greve dispõe expressamente que é vedada a rescisão do contrato de trabalho durante a greve, na medida em que a participação em greve suspende o contrato de trabalho. Sendo assim, entende-se que a rescisão contratual durante o movimento paredista encontra-se eivada de nulidade, principalmente porque não houve a declaração

de abusividade da greve. Não há nem que se cogitar de que a adesão passiva à greve pudesse se constituir em falta grave, porquanto o STF, através da Súmula 316 estabelece que a simples adesão à greve não se constitui em falta grave. Os departamentos jurídico e de saúde do Sindicato acompanham e prestam todos os auxílios aos bancários demitidos de forma arbitrária.


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Bradesco é o grande campeão da 2ª Copa dos Bancários O grande campeão da 2ª Copa dos Bancários “Edson Chaves” foi a equipe do Bradesco. A final foi realizada no dia 02 de novembro em partida única na sede campestre do sindicato. O adversário derrotado foi o time do Banco do Brasil. O terceiro lugar ficou com a equipe do Santander, seguida do Itaú na quarta colocação.

Após os jogos uma grande festa foi realizada com churrasco, música, entrega das premiações e uma homenagem promovida pelo Sindicato dos Bancários de Niterói ao ex-presidente da entidade, Edson Chaves. Edson Chaves foi presidente do Sindicato e foi em sua gestão que a entidade adquiriu os terrenos onde está

Time do Bradesco campeão da 2ª Copa dos dos Bancários 2013

localizada a sede campestre dos bancários. Na homenagem, além dos troféus que levarem seu nome, uma placa também foi entregue pela diretoria agradecendo ao companheiro os serviços prestados à categoria. Os resultados finais da competição ainda coroaram outras atletas. O artilheiro foi

Edson Chaves recebeu a homenagem da diretoria do Sindicato

o jogador Leandro da equipe do Bradesco. Já o goleiro que sofreu o menor número de gols foi Regis do Banco Brasil. O Bradesco ainda teve Lorran como destaque do campeonato. O time que recebeu o troféu de mais disciplinado foi a Caixa Econômica Federal. A competição reuniu ainda times do HSBC e Itaú.

Time do Banco do Brasil vice-campeão

Jornal da Record expõe denúncias de lavagem de dinheiro contra HSBC mundial em 2008.

O HSBC (Hong Kong and Shanghai Banking Corporation), um dos maiores bancos do mundo, está no banco dos réus. A instituição financeira reconheceu na terça-feira (5) em Londres que está sendo investigada por participação em um esquema de manipulação de taxas de câmbio internacionais, mercado que movimenta US$ 5,5 trilhões por dia. Nos Estados Unidos, a Justiça obrigou o banco a pagar uma indenização de quase R$ 6 bilhões (US$ 2,5 bilhões) a 10 mil correntistas que investiram em ações do banco que valiam menos do que o HSBC

anunciava. No fim do ano passado, a instituição já havia pagado uma multa de US$ 1,9 bilhão em acordo firmado no tribunal de Nova York. No balanço do primeiro trimestre deste ano, o HSBC afirma que pode ser obrigado a pagar mais uma multa ao governo americano no valor de US$ 1,6 bilhão. A multa seria uma compensação pela venda de títulos assegurados por dívidas imobiliárias que, mais uma vez, não tinham o valor que o banco garantia que tinham. Papéis similares a esses foram os responsáveis por detonar a crise econômica

Lavagem de dinheiro e terrorismo A justiça norte-americana investiga o HSBC há dez anos e desde então alerta para o esquema de lavagem de dinheiro de traficantes de drogas mexicanos usando a instituição. O professor de direito da Universidade de Columbia John Coffee afirma que, em agências mexicanas do HSBC, traficantes chegavam com malas de dinheiro para depositar. “Ninguém foi parar na cadeia. Se os executivos estavam ganhando dinheiro, podem voltar à mesma prática, a não ser que alguém seja preso”. O banco também é acusado de realizar transações com instituições financeiras sauditas acusadas de financiar

terroristas. Em outra infração, fez negócios com países considerados inimigos dos Estados Unidos, como Sudão e Irã. Na Argentina, a Receita Federal local descobriu que quase R$ 180 milhões (US$ 80 milhões) passaram ilegalmente por seus cofres em faturas falsas e operações fraudulentas do HSBC. O banco deixou também de recolher mais de R$ 100 milhões em impostos no país da presidente Cristina Kirchner. Em comunicado, o HSBC admitiu os erros e se comprometeu a não repeti-los. Atualmente o banco tem sede em Londres e agências em 85 países. No Brasil, segundo o Banco Central, está entre as três instituições financeiras com maior número de reclamações de correntistas. Fonte: Jornal da Record


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