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Pedro Botelho

Memória Descritiva “Revolução dos Cravos”
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a) A peça faz-se representar por dois cravos aplicados em chapa de mármore "ruivina azul", proveniente do Alentejo.
Ambos os cravos, serão executados em alto relevo, e recortados na parte superior, dando assim o maior destaque possível ao símbolo da Revolução.
A peça, que representa dois cravos, ficará aplicada à chapa de pedra e executada em almofada alto relevo. Ambos os cravos serão feitos em pedra "verde viana", para o pé, e "lioz rosa", para a flor, propriamente dita.
b) A chapa principal, de mármore "ruivina azul", onde serão aplicados os cravos, terá também, na frente, a inscrição "25 de Abril de 1974", gravada em baixo relevo.
Na parte de trás da chapa, poderá ser também gravado, em baixo relevo, um poema alusivo à Revolução, ou outra inscrição que a Junta de Freguesia possa sugerir.
c) As pedras naturais, que foram selecionadas para a execução desta obra, Ruivina Azul (mármore do Alentejo), para a chapa principal, Verde Viana e Lioz Rosa, para a execução dos cravos, garantem uma enorme resistência e durabilidade à escultura.
Ambas as pedras também foram escolhidas pelas suas cores, que se aproximam muito do verde e do vermelho dos cravos a representar.
d) O método construtivo assenta em ter os cravos salientes, aplicados à chapa de mármore, em almofada (alto relevo). A chapa e ambos os cravos, serão depois fixados a uma base de betão, por vários varões roscados, dando assim a resistência necessária à peça.
e) Estimo que o prazo de execução da peça seja de seis semanas. Deverá ser aqui ressalvado que a execução da base de sustentação em betão armado, no local, não poderá ser feita em dias de chuva.
f) As dimensões previstas para a chapa principal são de A200 x L180 x E4cm (chapa ruivina) e para os Cravos serão de A260 x L80 x E4cm.
Pedro Botelho/ Currículo
Pedro Botelho nasceu em Angola, a 22 de novembro de 1970, onde viveu até aos dois anos de idade.
Atualmente reside na Quinta do Anjo, no concelho de Palmela.
Revelando desde muito cedo o gosto pela arte de esculpir a pedra, herdou do avô paterno o dom de pegar no escopro e na maceta e fazer sair, de uma pedra disforme, a obra que idealizou.
Em 1994 realizou a sua primeira exposição no Cinema São João, em Palmela e, desde então, já expôs várias vezes em Palmela, por ocasião das Festas das Vindimas, nas Festas de Todos os Santos, em Quinta do Anjo, nos Hotéis Alfa e Penta, em Lisboa, na Galeria Inquisição, em Setúbal, e na Galeria Santiago, em Palmela.
Em 1998 foi inaugurado, no Largo D. Maria, em Palmela, um monumento com a sua assinatura, que pretende homenagear os trabalhadores agrícolas da região.
Nesse mesmo ano participou num concurso de obras escultóricas para áreas de serviço, tendo as suas propostas sido selecionadas para integrar a área de serviço de Palmela, em ambos os sentidos (Sul/Norte e Norte/Sul). As obras tiveram como tema a agricultura e a pastorícia, práticas ainda existentes e muito comuns entre as gentes desta região. O escultor utilizou, para cada obra, três chapas de granito preto e três de moleano e trabalhou-as com a técnica do médio relevo. A obra nº 1 simboliza o pastor com o seu rebanho de ovelhas esculpidos no moleano, que se encontram com frequência em algumas freguesias do concelho de Palmela.Por trás, no granito preto pode observar-se a silhueta dos moinhos da Serra do Louro, que na realidade ainda existem, e alguns mantêm-se em funcionamento. Na obra nº 2 está esculpida, no moleano, a carreta de bois que em tempo se utilizou para o transporte de produtos agrícolas e, no granito, pretende-se representar a Vila de Palmela, vista ao longe, com o seu Castelo no alto. Esta silhueta é muito semelhante à que se observa em alguns pontos da autoestrada, quando se viaja no sentido Norte-Sul.
No ano de 2014 concluiu mais uma grande obra pública, situada numa rotunda no centro da aldeia de Casebres, em Alcácer do Sal. A obra, também em moleano, retrata uma mondina na apanha do arroz, e a vida rural do concelho de Alcácer do Sal.
Em dezembro de 2015 o escultor ofereceu ao Papa Francisco, durante a audiência geral na Cidade do Vaticano, uma escultura da sua autoria, evocativa do Jubileu da Misericórdia, em nome da sua Paróquia.
Recentemente foi-lhe adjudicada mais uma grande obra pública, que será colocada na rotunda que serve de entrada à vila de Palmela, vindo de Azeitão para Palmela. A obra será alusiva à Ordem de Santiago que se radicou em Palmela desde o séc. XII, e entre os finais do séc. XV e 1834, onde manteve aí a sua sede.
Sítios da internet para consulta das obras do artista: https://www.instagram.com/atelier pedrobotelho/ https://www.facebook.com/profile.php?id=100042750261802
Exposições (seleção)
Marina de Lagos, Lagos, 1986; Hotel Penta, Lisboa, 1998; Festa das Vindimas de Palmela, 1998; Cine Teatro São João, Palmela, 2011; Elos Criativos, Biblioteca Municipal, Palmela, 2012; FATACIL, Lagoa, 2013; Galeria Pintor Samora Barros, Albufeira, 2013; Casa da Cultura, Setúbal, 2013; Casa Museu José Maria da Fonseca, Azeitão, 2013; "Rituais de arte" Museu Michel Giacometti, Setúbal, 2013; Art Gallerie Kunsthaus-berlin-marbella, Marbella, Spain, 2014 Auditório Municipal de Olhão, Olhão, 2014; Casa Agrícola Horácio Simões, Quinta do Anjo, 2014; Casa da Cultura, Comporta, 2014; Museu Sebastião da Gama, Azeitão, 2014; Galeria Via Ideia, Azeitão, 2015; Pestana Tróia EcoResort & Residences, Tróia, 2015; Casino de Tróia, Tróia, 2015; Adega do Piloto, Quinta do Piloto, Palmela, 2016 Pousada do Castelo de Palmela, 2016; Marina de Tróia, Tróia, 2016/17; 4artes e Ofícios no Espaço Fortuna, Quinta do Anjo, de 2012 a 2019: Forte de Santa Maria da Arrábida, Setúbal, 2018; 4artes e Ofícios na Igreja de Santiago, Castelo de Palmela, 2020 a 2022
Pedro Miranda da Silva

Memória Descritiva
“Revolução de 25 de Abril”
Conceito
Pretendo representar a Revolução de 25 de abril aqui simbolizada em dois níveis:
Num primeiro nível, em grande escala:
• o Vde vitória, um gesto que nasce de modo espontâneo no próprio dia da revolução e irá permanecer nas diversas manifestações no pós 25 de abril;
• o Voode uma ave, que remete para as canções de intervenção como a canção de Ermelinda Duarte "Somos livres", também conhecida por "A gaivota voava, voava", símbolo da liberdade de expressão conquistada no dia da revolução;
• Cor vermelha, evocativa do cravo vermelho.
Num segundo nível:
• O cravo recortado numa "asa", elemento simbólico popular que ficou associado ao 25 de abril de 74;
• As palavras de ordem recortadas na outra "asa" tais como: Liberdade, Paz, Resistência e Dignidade, que nos remetem de novo para a música de intervenção e, em simultâneo, para os valores que são o projeto que a revolução nos trouxe e a missão a cumprir. As palavras habitação, trabalho, saúde, futuro e educação surgem invertidas, isto é, só podem ser lidas corretamente do lado oposto. Pretendo com este efeito, realçar a diversidade de pontos de vista e o respeito pelo pensamento plural que são fundamentos da democracia.
Enquanto peça de linhas abertas, a forma pode ser associada à ideia de uma abertura ao futuro e à consciência de que a Revolução de Abril é um projeto ainda a fazer, um processo que perdura e ao qual nos cumpre dar continuidade.
Especificações técnicas
Dimensões aproximadas - Altura: 3300 Largura: 2100 Profundidade: 1000
Materiais utilizados: chapa de ferro com tratamento de metalização e pintura; Base de fixação em betão.
Método construtivo: Recorte da chapa com técnica de precisão computorizada a partir de desenho vetorial a fornecer;
Modo de execução: Dobragem/modelagem conforme maqueta; produção de módulo de suporte em betão.
Prazo de execução: 3 meses.
Implementação da obra: Será colocada no local definido no regulamento do concurso, com orientação Norte/Sul, conforme imagens anexas.
Pedro Miranda da Silva / Currículo
Nasceu na Baixa da Banheira em 1955. Licenciado em Artes Plásticas em Escultura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Foi monitor do Curso de iniciação à Pintura no Centro de Cultura do Juventude do Barreiro entre 1985 e 1993. Efetuou um estágio sobre fundição em bronze, Porto, 1986. Sócio Fundador da Artesfera -Associação de Artes Plásticas do Barreiro tendo participado em vários da associação desde 1992. Foi presidente da associação de 2003 a 2006, da Associação. É professor aposentado.
Intervenções:
- Maqueta Comemorativa dos Jogos Juvenis do Barreiro, 1989.
- Conceção e execução de Medalha "Salão Internacional de Fotografia do Barreiro", 1989.
- Busto de Manuel Cabanas, Museu da República, Lisboa, 1993.
- Conceção e execução de "Troféu Luís de Carvalho - Torneio de veteranos, Barreiro", Agosto2000
Esculturas Públicas:
- Homenagem ao esperantista Lázaro Zamenhof, Barreiro, 1987, C.M. Barreiro.
- Homenagem ao Salineiro, Lavradio, 1997, J.F. Lavradio.
- Homenagem ao marítimo, "Vento à barra", abril 2001, CM Moita
- Evocação da casta de vinho "Bastardinho", J. F. Barreiro e Lavradio, setembro, 2019
Prémios:
Menções honrosas:
- Concurso de projeto de escultura pública para Caldas da Rainha, ESBAL,1988.
- Concursos Públicos de medalhística: - "100 anos do Jornal de Notícias", 1987.
- "Centenário do Nascimento de A. Souza-Cardoso",1987.
- "Totobola - trigésimo aniversário", 1991.
Exposições:
Tem participado regularmente em exposições coletivas desde 1985, no Barreiro, Lisboa, Alhandra, Amadora, Viana do Castelo, Setúbal, Seixal e no estrangeiro em Mojmírove, Eslováquia (1999).
Exposições individuais (seleção): Tentationes, 2017, AMAC, Barreiro e Solar dos Zagallos, Almada 2018
Coleções Públicas: Município do Barreiro; Castelo Mojmírovce- Eslováquia e Museu Manuel Cabanas. link para sítio da internet: https://miransilva.wixsite.com/pedromiranda