Metálica 31

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ano 14 · nº 31 · setembro 2013

TÉCNICA O DESENVOLVIMENTO DA CONSTRUÇÃO METÁLICA E MISTA NO BRASIL PROJETOS PASSADIÇOS NUM PARQUE INDUSTRIAL NA AZAMBUJA


Foi recentemente lançado o quinto manual da coleção de manuais técnicos da ECCS “ECCS Eurocode Design Manuals”. O manual “Design of Cold-formed Steel Structures” junta-se aos primeiros quatro manuais “Design of Steel Structures”, “Fire Design of Steel Structures”, “Design of Plated Structures” e “Fatigue Design of Steel and Composite Structures”.

ECCS Eurocode Design Manuals

Design of Steel Structures Autores: Luís Simões da Silva (Portugal), Rui Simões (Portugal) e Helena Gervásio (Portugal) Publicado por ECCS / Ernst & Sohn, 454 páginas PVP*: 70 euros | Preço Membro CMM*: 56 euros

Design of Cold-formed Steel Structures

Fire Design of Steel Structures Autores: Jean-Marc Franssen (Belgium) e Paulo Vila Real (Portugal) Publicado por ECCS / Ernst & Sohn, 452 páginas PVP*: 70 euros | Preço Membro CMM*: 56 euros

Autores: Dan Dubina, Viorel Ungureanu e Raffaele Landolfo Editora: ECCS, 674 páginas | 2012 PVP*: 70,00 euros | Preço Membro CMM*: 56,00 euros

* Ao preço indicado acresce o IVA à taxa aplicável.

Este manual aborda o dimensionamento das estruturas metálicas enformadas a frio em edifícios, baseado no Eurocódigo 3, em particular na norma EN 1993-1-3. Com este propósito, o livro contém o essencial dos conhecimentos teóricos e as regras de projeto para secções e placas metálicas enformadas a frio, assim como os respetivos elementos e ligações para a aplicação em edifícios. O livro inclui figuras e exemplos de dimensionamento, num total de 600 páginas. Estão expostos, em mais de 200 páginas, exemplos relevantes de trabalhos realizados, o que permite ao leitor uma melhor compreensão.

Design of Composite Structures (disponível em 2013) Autores: Markus Feldman (Germany) e Benno Hoffmeister (Germany)

Design of Connections in Steel and Composite Structures (disponível em 2013) Autores: Jean-Pierre Jaspart (Belgium) e Klaus Weynand (Germany)

Design of Plated Structures Autores: D. Beg (Slovenia), U. Kuhlmann (Germany), L. Davaine (France) e B. Braun (Germany) Publicado por ECCS / Ernst & Sohn, 285 páginas PVP*: 55 euros | Preço Membro CMM*: 44 euros

Fatigue Design of Steel and Composite Structures Autores: Alain Nussbaumer (Switzerland), Luís Borges (Portugal) e Laurence Davaine (France) Publicado por ECCS | Ernst & Sohn, 317 páginas PVP*: 55 euros | Preço Membro CMM*: 44 euros


editorial

Em linha com o processo de internacionalização em curso da indústria da construção metálica portuguesa, a CMM tem, nos últimos anos, estreitado os seus laços com os colegas de países lusófonos. Existe já um número assinalável de iniciativas conjuntas neste âmbito, com resultados muito interessantes. Nesta sequência e incluindo neste lote de iniciativas o aproximar do I Congresso Luso-Brasileiro de Construção Metálica Sustentável, é publicado nesta edição um artigo dedicado ao desenvolvimento da construção metálica e mista no Brasil, que nos apresenta uma perspetiva muito interessante sobre o tema e que serve de pontapé de saída a um novo espaço que será introduzido de forma regular na metálica. Este espaço regular, da responsabilidade do Prof. José Guilherme Santos da Silva, será dedicado precisamente ao projeto e construção de importantes obras em construção metálica e mista no Brasil, apresentando em cada número pormenores interessantes de diferentes construções .

Nuno Lopes Diretor

O artigo de projeto apresenta um conjunto de cinco passadiços localizados num parque industrial na Azambuja. Neste artigo são descritos detalhadamente os trabalhos realizados no âmbito do condicionamento e integração dos passadiços, da conceção estrutural e do processo construtivo executado. Trata-se de uma obra de grande envergadura onde se destaca a conceção das estruturas principais dos passadiços com treliças metálicas e pavimentos mistos. Outra iniciativa realizada em conjunto com os colegas de países lusófonos foi o II Congresso Luso-Africano em Construção Metálica Sustentável que decorreu no passado mês de julho em Maputo. Mais uma vez, esta edição do evento foi um êxito. Neste número da metálica é feito um breve balanço do evento. Aproxima-se o IX Congresso da CMM (24 e 25 de outubro no Porto). Esta edição do congresso será realizada conjuntamente com o anteriormente referido I Congresso Luso-Brasileiro de Construção Metálica Sustentável e com a feira internacional “International Steel Construction Exhibition”. Os trabalhos estão a seguir com bom andamento, podendo-se antever que estes muito promissores eventos serão com certeza coroados de sucesso.

Revista da Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Dep. de Engenharia Civil Universidade de Coimbra Polo II . Rua Luís Reis Santos 3030-788 Coimbra - Portugal tel.: +351 239 09 84 22 tlm.: +351 96 50 61 249 fax: +351 239 40 57 22 internet: www.cmm.pt e-mail: cmm@cmm.pt

sumário

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editorial

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notícias

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técnica o desenvolvimento das obras em construção metálica e mista no Brasil

nº 31 - Setembro de 2013 Diretor Nuno Lopes Conselho Editorial Américo Dimande, Altino Loureiro, Avelino Ribeiro, Dinar Camotim, Filipe Santos, João Almeida Fernandes, José Guilherme Santos da Silva, José Rodrigues, Leonor Côrte-Real, Luis Figueiredo Silva, Luis Simões da Silva, Nuno Silvestre, Paulo Cruz, Paulo Vila Real, Pedro Vellasco, Ricardo Hallal Fakury, Rui Simões, Tiago Abecasis, Valdir Pignatta e Silva, Vítor Murtinho Propriedade cmm – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Redação, Design e Impressão Engenho e Média, Lda. ISSN 0874-3738 Depósito legal 128899 Tiragem 1500 exemplares Imagem da capa © A2P Consult Lda.

projetos 12 passadiços num parque industrial na Azambuja

20 26 28 30

opinião arquitetura mercados internacionais legislação soldadura

32 39 40

atualidades formação e eventos cmm notícias ECCS publicações

50 anos de construção metálica e mista na europa 42 parte 17 – 2005 CMM 44 em destaque – CIN 46 lista de membros agenda 48 calendário de eventos

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notícias

EN 1090 execução de estruturas de aço e de alumínio – MARCAÇÃO CE OBRIGATÓRIO – A sua organização já tem o Controlo de Produção em Fábrica certificado de acordo com a EN 1090? – Sabe que a EN 1090-1 é uma norma harmonizada? Sabe que não pode fornecer estruturas metálicas sem marcação CE? – Sabe que a 30/06/2014 termina o prazo de coexistência? – A sua empresa é responsável pelo dimensionamento das estruturas metálicas? – Os processos oxicorte, guilhotina, quinagem, soldadura, decapagem, pintura, galvanização, metalização dizem-lhe algo?

A EN 1090 é uma norma aplicável à execução de estruturas metálicas. Esta norma está dividida em três partes: uma primeira destinada a estabelecer os requisitos para avaliação de conformidade de componentes estruturais | EN 1090-1; uma segunda parte destinada a estabelecer os requisitos técnicos para estruturas de aço | EN 1090-2 e uma terceira parte destinada a estabelecer os requisitos técnicos para a execução de estruturas de alumínio | EN 1090-3. Os requisitos para avaliação de conformidade da execução de estruturas metálicas de aço que a EN 10901 estabelece são os seguintes: Produtos constituintes; Tolerâncias dimensionais e de forma, Soldabilidade, Tenacidade, Características estruturais (capacidade de carga resistente, resistência à fadiga, resistência ao fogo, deformação no estado limite de serviço), Reação ao fogo, Substâncias perigosas, Resistência ao choque e Durabilidade. Cabe ao fabricante, para cada um destes requisitos, estabelecer o Controlo de Produção em Fábrica (CPF) de tal modo que evidencie a conformidade dos mesmos conduzindo à emissão da declaração de cada uma das características de desempenho atrás mencionadas, aplicáveis ao seu processo, conforme previsto no anexo ZA.1 da EN 1090-1. Qual a análise a efetuar para a implementação da EN 1090? Ponto 1 – Classificação da estrutura ou componente estrutural em termos de classe de execução (EXC) e material. A classe de execução (EXC) 1/2/3 ou 4 é definida conhecendo a natureza dos materiais envolvidos, tipo de solicitações (ex. estáticas, dinâmicas) e classe de consequência em caso de falha ou colapso da estrutura ou componente estrutural em termos perda de vidas humanas, impacto económico e ambiental. Conhecendo a EXC tem as condições suficientes para conhecer os requisitos associados a cada classe de execução expressos na EN 1090-2 e EN 1090-3 para estruturas de aço e estruturas de alumínio, respetivamente.

Ponto 3 – Controlo de Produção em Fábrica (CPF) A organização deve estabelecer os procedimentos necessários que evidenciem o processo de execução em conformidade com os requisitos de norma. Por exemplo, a organização deve: Identificar os produtos constituintes necessários para a execução da estrutura ou componente estrutural, como aço, consumíveis de soldadura (elétrodos, gás, etc), ligações mecânicas e outros. Para estes produtos constituintes a organização deve cumprir com a compra e respetiva receção, especificando a norma aplicável e tipo de certificado para o respetivo produto, conforme indicação da EN 1090-2 ou EN 1090-3, por exemplo: para uma obra EXC2 que use uma chapa em aço S275 JR, deverá especificar de acordo com a EN 10025 e certificado tipo 2.1. A organização deve evidenciar que estabelece a rastreabilidade necessária de acordo com a EXC. A organização deve evidenciar a avaliação da capacidade dos seus processos, como corte, quinagem, furação, outros. Deve controlar o processo de decapagem, pintura, galvanização, metalização conforme especificado na EN 1090-2 (no caso do aço) assim como o processo de soldadura. Para este último a organização deve salvaguardar que tem um coordenador de soldadura com a competência adequada à EXC, tipo de material e respetiva espessura e que realiza o processo de soldadura conforme a EN1090 recomenda. Para estabelecer o aperto de ligações mecânicas deve ser evidenciado a conformidade dos requisitos de norma aplicáveis.

Ponto 2 – Dimensionamento O projeto estrutural deve ocorrer baseado no dimensionamento por eurocódigos aplicáveis (Método de declaração 2 ou por outro código método 3b) Neste caso a organização deve evidenciar a competência dos seus recursos e a validação dos meios de cálculo.

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A CMM continua a apostar na transferência do conhecimento. Colaboramos com a sua empresa no processo de implementação da EN 1090.


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notícias

Martifer conclui obra do Centro Cultural de Viana do Castelo A Martifer Metallic Constructions concluiu a obra do Centro Cultural de Viana do Castelo. O empreendimento, inaugurado em julho e desenhado por Eduardo Souto de Moura, é um edifício multiusos com capacidade máxima para 4 mil pessoas, consoante o tipo de evento a realizar.

MUDE A HISTÓRIA Tekla Structures 19

A Martifer foi responsável pela totalidade da obra, em consórcio com a Painhas SA, empresa responsável pelas instalações técnicas de eletricidade, comunicações, segurança, gestão técnica e AVAC. O novo Centro Cultural tem uma área de implantação acima do solo de mais de 3700 metros quadrados e uma área total de construção superior a 9000 metros quadrados. Parte do edifício encontra-se abaixo da linha de água. Na construção do edifício foram usados 5000 metros cúbicos de betão, 900 toneladas de aço em varão, 6500 metros cúbicos de “Jet-grout” em estacas, 6500 metros de micro estacas e mais de 1300 toneladas de estrutura em aço. A estrutura mista de betão armado e aço conta com quatro apoios, com vãos de 54 a 71 metros.

© Martifer

O Centro Cultural, situado na marginal de Viana do Castelo, é totalmente transparente ao nível do solo e a estética dos equipamentos no exterior desempenha também uma função arquitetónica relevante.

National Museum of Qatar by Arup

Conte com isto e muito mais: Modele, planeie e faça a gestão de todo o processo de construção com as melhores ferramentas. Aceda directamente à definição de soldaduras. Ganhe tempo com a visualização instantânea dos desenhos, sem abrir os documentos. Colabore através de uma exportação IFC melhorada. Modele betão e planeie vazamentos com rigor com as novas ferramentas de betão in situ.

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notícias

Relatório da EUROFER prevê ligeira melhoria para o setor do aço em 2014 O cenário-base de uma estabilização da economia da União Europeia na segunda metade de 2013 e de uma gradual mas lenta recuperação em 2014 confirma-se através do EUROFER’s Q3-2013 Economic & Steel Market Outlook.

Conforme esperado, a economia da União Europeia permaneceu em recessão nos primeiros quatro meses de 2013. No entanto, os indicadores económicos que nos últimos meses apontaram numa direção mais positiva demonstram que a possibilidade de uma estabilização da economia da União aumentou. Apesar de os índices de confiança terem aumentado nos segundos quatro meses do ano, com um sentimento mais pronunciado em junho, as condições para trocas comerciais manter-se-ão difíceis, e a indústria terá, provavelmente, uma recuperação lenta. De acordo com as previsões expressas no relatório, espera-se que a economia global acelere a partir de meados deste ano, o que deverá vir a repercutir-se, ainda que de forma suave, nas exportações. Isto deverá contribuir para um reforço gradual de confiança, quer ao nível corporativo, quer do consumidor privado. Nos primeiros quatro meses do ano, a atividade das indústrias do aço na União Europeia decresceu de forma

acentuada, refletindo uma diminuição sazonal mais forte do que o habitual devido ao inverno rigoroso, à contração da procura interna e ao fraco contributo das exportações. O decréscimo da atividade, que excedeu as estimativas, sofreu o impacto negativo do primeiro quadrimestre, que se irá verificar no resto do ano e, consequentemente, no resultado global de 2013. Para 2014 espera-se uma recuperação moderada, devido a um impacto positivo do investimento e do consumo privado na procura interna. De acordo com Gordon Moffat, diretor-geral do EUROFER, o consumo real de aço irá cair 4,5 por cento este ano. O crescimento das importações irá exacerbar o impacto na fraca procura nas indústrias da UE. No entanto, devido a uma diminuição de stock semelhante à de 2012, espera-se que o mercado caminhe para a estabilização no final do ano. Isto terá, segundo o dirigente, um efeito marginal no consumo real de 2014. O consumo aparente deverá aumentar cerca de 2 por cento em relação ao último ano. www.eurofer.org

Escola de Sever do Vouga vence Prémio FAD 2013 O projeto da nova Escola Básica e Secundária de Sever do Vouga ganhou o prémio FAD de Arquitectura 2013. Concorreram ao prémio 27 finalistas, seis deles portugueses, escolhidos entre 401 candidatos oriundos de Portugal e Espanha. O projeto vencedor teve intervenção da Seveme, através da construção de passadiços de ligação entre edifícios e outras estruturas metálicas e revestimentos. O FAD (Foment de les Arts i del Disseny) constitui uma associação privada sem fins lucrativos criada em Barcelona com o objetivo de promover o desenho e a arquitetura na vida cultural e económica do país, articulando-se com várias associações profissionais relacionadas com estas disciplinas.

Sobre o projeto português, o júri destacou, como justificação da atribuição, a capacidade do projeto que "torna memorável a experiência de habitar, na perspetiva de uma criança, através de espaços livres, de grande riqueza". "Apesar de se tratar de uma intervenção de grande escala, consegue integrar acertadamente peças arquitetónicas preexistentes e novas com uma estudada adaptação à topografia". www.seveme.com

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técnica

construção metálica e mista no brasil

o desenvolvimento das obras em construção metálica e mista no Brasil J. G. Santos da Silva1*, S. A. L. de Andrade2 1 *Departamento de Estruturas e Fundações – ESTR, Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, jgss@uerj.br 2 Departamento de Engenharia Civil, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio, andrade@puc-rio.br

1. INTRODUÇÃO A utilização de estruturas metálicas e mistas no Brasil encontra-se intrinsecamente ligada ao setor da construção civil. Considerando-se o ambiente atual de crescimento econômico do país, no qual este setor se sobressai como um dos mais dinâmicos, o bom desempenho recente da indústria da construção metálica pode ser facilmente explicado a partir de um crescimento consistente e substancial de obras em estruturas metálicas e mistas no Brasil [1-4]. A construção em estruturas metálicas no Brasil ganhou impulso somente na década de 50, após a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), com a fábrica de estruturas metálicas mais bem equipada do país, capacitada para enfrentar o mercado externo e utilizar os perfis laminados, de maiores bitolas, que até então não tinham quase nenhum mercado. Até aquela época, as grandes obras em estruturas metálicas no Brasil eram produzidas com peças importadas da Europa, tais como a cobertura da Estação da Luz, em São Paulo, e a ponte Hercílio Luz, em Florianópolis [1,2]. Considerando-se o crescimento econômico e tecnológico do Brasil, nos últimos 60 anos este cenário foi modificado substancialmente. Na década de 1980, o Brasil deixava de ser importador de aço e assumia a condição de exportador do produto. Atualmente,

Fig. 1 Edifício Garagem América.

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a construção metálica no Brasil encontra-se em todos os segmentos da engenharia civil (comercial, industrial e habitacional), e as estruturas de aço e mistas (açoconcreto) têm sido utilizadas em larga escala no país [1-4]. Dentro deste escopo, este trabalho tem como objetivo descrever resumidamente projetos de estruturas de aço e mistas realizadas no Brasil a partir de 1950, caracterizando este desenvolvimento crescente.

2. DESENVOLVIMENTO DA CONSTRUÇÃO METÁLICA E MISTA NO BRASIL O primeiro edifício em aço no Brasil foi projetado para servir de garagem no centro da cidade de São Paulo, Edifício Garagem América. Construído em 1957, o edifício possuía dezesseis andares e pela primeira vez no Brasil foram utilizadas fundações em estacas metálicas. A montagem dos 16 andares do edifício foi totalmente feita à mão e foi usado apenas um mastro com lança móvel feito pelos próprios construtores, Figura 1. Historicamente, cabe ressaltar o projeto e a construção de um dos primeiros edifícios altos em aço no Brasil, Edifício da Avenida Central, construído no Rio de Janeiro em 1959, Figura 2. O edifício possui 112 m de altura e 36 pavimentos compostos por 5620 toneladas de aço laminado do tipo ASTM A-7 e área total construída de 75.000 m2. As fundações do edifício foram feitas com

Fig. 2 Edifício Avenida Central.


técnica

construção metálica e mista no brasil

Fig. 3 Pavilhão de Exposições do Anhembi.

base no emprego de estacas de aço. Destaca-se a quantidade de rebites utilizados na obra, o que atualmente é feito por meio de soldagem, Figura 2. Inaugurado em 1970, o Pavilhão de Exposições do Anhembi, na cidade de São Paulo, representa um marco relevante da construção em treliças metálicas espaciais no Brasil, abrangendo uma área de 76.000 m2, sendo composto por cerca de 60.000 barras circulares, com peso total aproximado de 360 toneladas, Figura 3. O sistema estrutural utilizado para a construção do pavilhão representou um grande avanço técnico: uma treliça especial em alumínio, inteiramente montada no chão e erguida de uma só vez, que coloca o mesmo no Guinness Book como único no gênero. Um exemplo marcante de construção em estruturas metálicas diz respeito ao hangar da Varig localizado no aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, Figura 4. As dimensões da estrutura são de 160 m de comprimento, 115 m de largura e altura de 43,5 m. O edifício possui uma área construída de 14.960 m2 permitindo uma altura livre de 29 m. O sistema estrutural foi projetado com base no emprego de 3.960 toneladas de aço do tipo ASTM A-36, sendo capaz de

Fig. 5 Edifício Casa do Comércio.

Fig. 4 Hangar da Varig.

abrigar simultaneamente três aviões do tipo DC-10 ou dois Boeings 737. A estrutura principal foi feita com base em treliças metálicas com ligações rígidas. Este hangar ainda permanece como a maior estrutura deste tipo construída no país. Em 1987, o Edifício Casa do Comércio, em Salvador, Bahia, foi construído com 14 pavimentos e 58 m de altura, Figura 5. O prédio é composto por duas torres de concreto armado, unidas por treliças metálicas sobrepostas ortogonalmente, formando balanços e compondo a base em que se apoiam as vigas e lajes de piso de nove pavimentos estruturados em aço. A terceira edição do Rock in Rio (Rock in Rio III) foi realizada em janeiro de 2001. A cidade do rock situavase em uma área com 250.000 m2 na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, onde foram construídos dois palcos, três tendas de música e toda infraestrutura para acomodação de dois shoppings, praças de alimentação e instalações sanitárias. Uma solução estrutural inovadora em estruturas metálicas foi concebida para o projeto do palco principal, denominado de Palco Mundo, Figuras 6 e 7. Na cobertura do palco, com 48 m de altura, 90 m de diâmetro e 88 m de boca

Fig. 6 Palco do Rock in Rio III: solução estrutural com malha espacial triangular.

Fig. 7 Palco Principal do Rock in Rio III (Palco Mundo).

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técnica

construção metálica e mista no brasil

Fig. 8 Fábrica da Duratex.

de cena foram consumidos cerca de 120 toneladas de aço e 33 km de lona sintética laminada. No projeto estrutural foi prevista uma altura livre de 33 m, onde além dos carregamentos tradicionais devidos ao peso próprio e cargas de vento foi considerada, também, uma sobrecarga de 600 kN, referente aos esforços induzidos pelos sistemas de som, luz, três telões, serviços, câmeras, etc. As cargas devidas ao vento e ao peso da lona sintética laminada foram da ordem de 1 kN/m2, o que foi obtido devido ao efeito benéfico de ter sido criado no projeto uma abertura na lona na parte posterior do palco para a passagem do vento, Figuras 6 e 7. Em 2009 foram concluídas as obras para ampliação da unidade de produção de chapas de MDF da empresa Duratex em Agudos (272 km a Oeste da cidade de São Paulo), Figura 8. O galpão possui área de 25.000 m2, dimensões laterais de 158 m e 159 m e foi executado em apenas cinco meses. A estrutura possui poucos pilares e grandes vãos vencidos pela estrutura metálica treliçada da cobertura, da ordem de 55 m. Na direção transversal do edifício, os pilares estão distanciados de 13,25 m. O objetivo foi o de proporcionar maior flexibilidade ao layout da obra, considerando a possibilidade de transformar o galpão em intervenções futuras.

Um exemplo de modernidade e eficiência arquitetônica conjugada com sustentabilidade diz respeito a uma residência mista construída em 2011 em um condomínio próximo a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A residência apresenta uma área construída de 494 m2 e não possui muros, pois a própria geometria da fachada resguarda a privacidade dos moradores. Enquanto o pavimento térreo adota uma solução estrutural feita em concreto, no andar superior as vigas e pilares são de aço e suportam lajes pré-moldadas treliçadas cujos trechos em balanço chegam a 6 m, Figura 9. Um dos elementos arquitetônicos que mais se destacam na nova unidade do SESC Sorocaba, inaugurado em setembro de 2012 no interior de São Paulo, é a passarela estaiada que conecta dois edifícios e atravessa o solário com piscinas abertas, Figura 10. O sistema estrutural possui um mastro central de 31 m de altura que sustenta a passarela e foi executado com concreto branco, além de dois tabuleiros, um inferior e outro superior, respectivamente, com 55 m e 65 m de comprimento, suspenso por cabos metálicos. Os tabuleiros foram feitos com o sistema steel deck, fôrma-laje metálica que dispensa o uso de escoramento. Perfis metálicos do tipo I (vigas caixão) foram posicionados em paralelo no

Fig. 9 Residência Mista (aço-concreto).

Fig. 10 Passarela Estaiada do SESC.

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Fig. 11 Complexo Industrial de Itaguaí.

sentido longitudinal e também foram empregadas vigas metálicas no sentido transversal, que fornecem apoio e estabilidade ao sistema steel deck. Em junho de 2012 foi encerrada a obra referente ao Complexo Industrial de Itaguaí no Rio de Janeiro. A obra envolveu o projeto de uma grande cobertura metálica com base no emprego de um volume de aço de 285 toneladas em cerca de 11.000 m2 de área construída. A cobertura foi projetada e construída a partir do uso do sistema treliçado de cobertura metálica do tipo Rollon. Com base no emprego do sistema de coberturas metálicas Roll-on foi possível atender a diferentes necessidades de projeto, dentre elas um maior espaço interno, proteção termo acústica e, também, um maior volume de armazenagem.

3. Considerações Finais Este artigo apresentou um breve resumo acerca de obras de engenharia civil em estruturas metálicas e mistas (aço-concreto) projetadas, fabricadas e construídas no Brasil nos últimos 60 anos. Sistemas estruturais em aço e mistos tem se tornado atrativos para a construção civil, visto que o Brasil é uma país de dimensões continentais, onde as ações de origem ambiental são bastante favoráveis, ou seja, não há a presença de tornados, terremotos, ou mesmo ações significativas oriundas da neve.

A indústria de estruturas metálicas, amplamente difundida em países como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha há décadas, vem apresentando um crescimento bastante relevante no Brasil nas últimas décadas. O consumo de aço destinado às estruturas metálicas passou de 324 mil toneladas em 2002 para 1,6 milhão de toneladas em 2009, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os desembolsos do BNDES destinados a empresas do setor saltaram de cerca de R$ 6 milhões em 2001 para mais de R$ 156 milhões em 2010 [4]. Caso sejam confirmadas, mesmo que de forma parcial, as expectativas atuais de grande parte dos analistas para a economia brasileira na década de 2010, a evolução observada nos últimos dez anos na indústria nacional de estruturas metálicas tende a sofrer uma grande aceleração, impactando positivamente seus investimentos, podendo chegar a R$ 1,5 bilhão no triênio 2012-2014 [4]. Atualmente, o Brasil possui um parque industrial com capacidade instalada de 48,4 milhões de toneladas. Em 2012, o Brasil produziu 34,7 milhões de toneladas de aço e o consumo no mercado nacional foi da ordem de 28 milhões de toneladas de aço bruto, o que corresponde a 72% do total utilizado no mercado brasileiro. Estes números revelam um crescimento consistente e substancial da construção metálica no Brasil ao longo dos últimos anos.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Dias, L. A. de M. Edificações de Aço no Brasil. Editora Zigurate. São Paulo/SP, Brasil, 1993 [2] Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) (http://www.cbca-acobrasil.org.br), 2013. [3] Revista do Aço (http://www.revistadoaco.com.br/), Ano I, Edição 2, 2012. [4] Faleiros, J.P.M; Junior, J.R.T; Santana, B.M. O Crescimento da Indústria Brasileira de Estruturas Metálicas e o Boom da Construção Civil: Um Panorama do Período 2001-2010. BNDES Setorial 35: Estruturas Metálicas, pp. 47-84, 2012.

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projetos

passadiços num parque industrial

passadiços num parque industrial na Azambuja

Nuno Travassos, Júlio Appleton e João Saraiva A2P Consult Lda.

A presente comunicação tem como objetivo apresentar o projeto e obra de um conjunto de cinco passadiços localizados num parque industrial na Azambuja, aos quais acresce um pequeno edifício de portaria. O projecto de Arquitectura é da autoria do Arq. António Santos Machado

1. Condicionamentos e integração dos passadiços Os passadiços têm como função unir diversos edifícios entre si e a um acesso ao estacionamento. Têm desenvolvimentos retos em planta com extensões de 106.94 m, 98.56 m, 61.55 m, 38.49 m e 85.58 m, respetivamente designados de passadiço 1a, 1b, 1c, 1d e 2. O vão corrente destas obras é de 25 m. Todos apresentam uma largura útil de 2.0 m e são cobertos, com um pé-direito livre de 3.0 m de acordo com o objetivo do dono de obra. Todos os passadiços exceto um deles (passadiço 1c) apresentam um desenvolvimento horizontal em alçado, sobre zonas aproximadamente planas. Esta obra desenvolve-se a uma altura máxima na ordem de 7.0 m sobre vias em serviço e sobre parques de

estacionamento. As obras permitiram a continuação do uso das vias (parte delas com muito tráfego). No caso dos parques de estacionamento realizou-se a interdição de faixas dos mesmos durante a execução das obras. De acordo com as sondagens geotécnicas realizadas, a zona onde se encontram implantados os passadiços enquadra-se maioritariamente na planície aluvial do Tejo, na qual as formações aluvionares apresentam espessuras significativas. A informação dada pelas sondagens permitiu detetar a existência de espessuras variáveis de 1 a 4 m de aterros, sobre uma camada de argilas geralmente lodosas com espessura variável entre 7.5 a 13 m, sob as quais se localiza uma camada de areias médias a finas com espessura variável entre 1 a 6 m, sob as quais foi caracterizada uma camada de areias grosseiras a médias. Dos ensaios SPT resultou um desempenho fraco da camada de aterros e da camada de argilas geralmente lodosas, nas quais se obteve um Nspt médio de cerca de 10 pancadas, impossibilitando uma opção por fundações diretas. A camada de areias médias a finas proporciona Nspt variável de 20 a 34 pancadas. A camada de areias grosseiras a médias pro-porciona Nspt de 60 pancadas. Na estrutura dos edifícios ligados pelos passadiços foram previstas paredes de betão armado destinadas a suportar as extremidades dos passadiços. No caso da ligação a um edifício mais antigo e sem a possibilidade de apoio sobre o mesmo, foi adoptado um troço em consola nesse passadiço.

> Fig.1 Secção transversal da estrutura dos passadiços sem elementos de revestimento.

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O pequeno edifício que foi construído em simultâneo com os passadiços funciona como portaria do parque industrial e apresenta uma área de implantação de 200 m2, acolhendo serviços e acessos verticais entre a cota da rua e a cota dos passadiços, dispondo por isso de piso térreo, um piso elevado e cobertura.


projetos

passadiços num parque industrial

> Fig.2 Alçado do passadiço 2.

2. Conceção da estrutura A estrutura dos passadiços decorre da adaptação às necessidades estruturais da geometria prevista no desenho original da Arquitetura, resultando assim num compromisso entre o resultado estético da obra e as exigências do desempenho estrutural. Concebeu-se uma solução de dupla treliça metálica com módulos de 2.5 m para os tabuleiros, unidas inferiormente pela laje de pavimento (mista) e superiormente por perfis metálicos transversais ao plano das treliças. Em complemento, por razões inerentes ao suporte do revestimento previsto no projeto de Arquitetura, adotaram-se dois alinhamentos de esquadros metálicos, constituindo uma estrutura secundária. Estes esquadros acabam por melhorar o desempenho do passadiço em matéria de conforto para os utentes, ao contribuir para limitar as vibrações do passadiço para níveis aceitáveis. A laje permite a rigidificação transversal do tabuleiro, proporcionado pelo efeito de diafragma, de forma a garantir um bom desempenho da obra. Para aligeirar o peso da laje, previu-se a utilização de uma solução com cofragem metálica nervurada, apoiada em perfis transversais que descarregam as cargas de piso nas treliças. A laje tem uma altura máxima nos alinhamentos de nervuras de 0.12 m e altura mínima de 0.06 m entre nervuras. De modo a controlar o efeito da retração do betão, previu-se a utilização de uma malha de armadura ade-quada e o esquartelamento de 5.0 em 5.0 m (situação tipo) com corte da laje até meia altura.

As treliças no plano vertical são constituídas por cordas inferiores com IPE240 e cordas superiores com HEB120. Estes perfis são unidos com montantes e diagonais constituídos por HEB100 (HEB120 na zona sobre os apoios), compondo desta forma treliças com 3.18 m de altura entre eixos de cordas superiores e inferiores. Transversalmente são adotadas travessas constituídas por perfis HEB100 no nível inferior e HEB120 no nível superior, os quais são ligados aos nós das treliças. Estas travessas dão suporte à laje ao nível da corda inferior da treliça e no nível superior dão suporte à cobertura. Nos alinhamentos dos pilares, as travessas inferiores são constituídas por IPE240, recorrendo-se a HEB120 na cobertura à semelhança da solução corrente atrás descrita. As travessas superiores são complementadas por cruzetas para rigidificação, constituídas por cantoneiras L60 x 60 x 6. Adicionalmente, os esquadros para suporte de elementos de revestimento de ambos os lados dos passadiços são realizados com perfis HEA100. Os pilares foram previstos em betão armado, com uma forma estudada em conjunto com a Arquitetura, os quais foram dimensionados para as ações usuais e também para a ação de acidente devida a um possível embate de um veículo. Proporcionou-se uma zona mais robusta junto à base do pilar, tendo em conta esta situação. Os pilares dispõem de uma travessa no topo com mais 0.72 m de cada lado do fuste do pilar para receber a estrutura metálica do tabuleiro. Excecionalmente, previram-se quatro pilares de transição, diferentes dos pilares correntes apenas na largura da

< Fig.3 Alçado da estrutura principal – Zona sobre o apoio.

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projetos < Fig.4 Corte transversal.

passadiços num parque industrial < Fig.5 Plantas do passadiço 1c – Ligações aos passadiços 1b e 1d.

< Fig.6 Alçado da estrutura principal – Zona de ligação aos pilares de transição.

< Fig.7 Planta ao nível do pavimento – Ligação entre os passadiços 1b e 1c.

travessa superior, a utilizar numa situação de ligação entre dois passadiços ortogonais em planta (ligação dos passadiços 1b e 1c e ligação dos passadiços 1c e 1d).

< Figs.8 e 9 Aspeto dos pilares após produção em fábrica.

Previu-se, em projeto, que os pilares possam ser préfabricados. Tal foi tido em conta na pormenorização de armaduras e no faseamento da execução da sua fundação. Tendo em conta a extensão das obras, houve necessidade de libertar o movimento longitudinal entre os tabuleiros e alguns pilares, de forma a evitar esforços excessivos para a variação de temperatura 14 metálica 31 . setembro 2013


projetos

passadiços num parque industrial

uniforme. Por este motivo, conceberam-se os tabuleiros fixados longitudinalmente apenas em três pilares centrais. Transversalmente, todos os pilares são fixos aos tabuleiros. Na ligação aos edifícios novos, foram previstos apoios com libertação de movimentos longitudinais e fixos para transversais, em face das forças que aí surgem serem compatíveis com as paredes existentes nesses edifícios, destinadas ao suporte das extremidades dos passadiços. Na ligação do passadiço 1c ao edifício existente, não preparado para receber passadiços, concebeu-se o tabuleiro como autoportante, funcionando a sua extremidade em consola desde o primeiro pilar do passadiço. Igual ligação foi adotada entre o pas-sadiço 1b e o edifício da portaria. Todos os apoios permitem libertação de rotações. Previram-se juntas de dilatação e de ligação às estruturas confinantes, impermeáveis de forma a evitar escorrências.

A solução de fundações resulta da natureza do terreno e das ações a transmitir pela estrutura ao mesmo. A informação dada pelas sondagens disponíveis implica a utilização de fundações indiretas. Tendo em conta as cargas, entende-se adequada a utilização de maciços suportados por micro-estacas. Estas têm um comprimento de 15 m acima da selagem e um comprimento de selagem de 10 m. Em face das condições geotécnicas, os pilares são fundados em maciços de encabeçamento de 4, 6 ou 8 micro-estacas. Nos casos dos pilares que fixam longitudinalmente os passadiços (exceto no 1d), utilizamse maciços com 6 micro-estacas. Nos pilares do passadiço 1d e nos pilares com apoios móveis dos restantes passadiços, adotaram-se 4 micro-estacas. Nos pilares de transição, nos quais se adotam maciços comuns a cada par de pilares, adotam-se 8 micro-estacas. A solução de micro-estacas é a adequada tendo em conta a reduzida

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A ligação do tabuleiro aos pilares é realizada por intermédio de aparelhos de apoio metálicos tipo pot correntes, aos quais foi necessário adicionar um sistema anti-levantamento do tabuleiro para a ação do vento. A necessidade deste sistema decorre do facto de as cargas permanentes do tabuleiro serem reduzidas e insuficientes para contrariar a força vertical associada ao binário gerado pela ação do vento transversal na ligação do tabuleiro aos pilares. A resultante das cargas

permanentes e do vento implicaria o levantamento do tabuleiro, pelo que o designado sistema anti-levantamento é constituído por um tirante vertical (ligando diretamente o tabuleiro aos pilares), o qual foi colocado adjacente a cada aparelho de apoio. Este sistema foi adotado em todos os apoios e no caso dos apoios deslizantes no sentido longitudinal, houve que garantir que o tirante do sistema anti-levantamento não impedia o movimento longitudinal.

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passadiços num parque industrial

> Fig.10 Corte transversal dos pilares correntes e pilares duplos incluindo a sua fundação.

carga axial e a considerável ação horizontal devido à ação do vento nestas passagens de peões, a qual se traduz em forças verticais significativas, que podem implicar tração ou compressão de micro-estacas. Tendo em conta a densidade de lâminas de revestimento lateral, as quais induzem grande rugosidade, a ação do vento sobre os passadiços foi considerada por semelhança com uma caixa de secção retangular. A ação dos sismos foi considerada nos termos regulamentares através da análise dinâmica de modelos tridimensionais representativos da totalidade das estruturas dos passadiços, usando um coeficiente de comportamento igual a 2 (pilares em betão armado). De acordo com o R.S.A., foram considerados os espetros de resposta para um coeficiente de amortecimento igual a 5% (pilares em betão armado) e um terreno do tipo III, tendo ainda em conta que as estruturas se localizam na zona sísmica A do território (coeficiente de sismicidade α = 1.0). Na determinação da ação do sismo, apenas foi considerado o peso dos elementos da estrutura e das restantes cargas permanentes. A verificação da segurança dos pilares foi efetuada com base nos referidos modelos tridimensionais, os

quais permitem a determinação dos esforços devidos à ação sísmica através de uma análise dinâmica e dos esforços devidos à variação uniforme de temperatura, vento e sobrecarga, assim como para a ação de acidente correspondente ao embate de um veículo. Tendo em conta o esquema de esquartelamento previsto para as lajes, dispensou-se a consideração da ação devida à retração do betão da laje. As combinações que envolvem a ação do vento transversal revelaram-se muito mais condicionantes para os pilares do que as combinações envolvendo a ação sísmica. Para a análise do estado limite de vibração determinam-se, com recurso aos mesmos modelos tridimensionais, as frequências próprias da estrutura mais baixas, associadas aos modos condicionantes na direção vertical e horizontal (longitudinal e transversal). Tendo-se tomado as indicações dos Eurocódigos 0 e 3, assim como do Ontario Highway Bridge Design Code. Tomando o exemplo do passadiço 2, a primeira frequência vertical relevante é 10.41 Hz. Na direção horizontal, a primeira frequência transversal é de 2.54 Hz e a longitudinal de 2.78 Hz. O edifício recorre igualmente a uma estrutura mista aço-betão.

< Figs.11 e 12 Pormenor do modelo na zona do apoio e do modelo conjunto dos passadiços 1b, 1c e 1d.

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passadiços num parque industrial

> Figs.13 e 14 Armação de um maciço (1ª fase) e sustentação provisória de um pilar.

< Figs.15 e 16 Pilar colocado sobre maciço de 1ª fase e armação de um maciço para a 2ª fase.

3. Processo construtivo As obras iniciaram-se pela execução das micro-estacas, ao que se seguiu a escavação necessária à implantação dos maciços de encabeçamento. Utilizaram-se pilares pré-fabricados, executados em fábrica com uma base em betão armado sobre a qual o pilar é posicionado em obra. Para este efeito, previu-se que os maciços fossem betonados em duas fases. Uma primeira sobre o betão de regularização, sobre a qual assentará a base do pilar, a qual foi dimensionada para o peso do mesmo mas recorrendo à menor espessura possível.

fases dos maciços é assegurada pelas armaduras dos maciços, salientes após a primeira betonagem. A ligação pilar-maciço é assegurada pelas pontas de armadura a deixar salientes nos pilares na fase de pré-fabricação. Procurou-se que a espessura do maciço correspondente à betonagem de segunda fase fosse a maior possível (minorando a espessura de primeira fase como referido), de modo a maximizar com isso o braço das armaduras do pilar que o ligam ao maciço. A estabilização dos pilares em posição definitiva em obra sobre a primeira fase dos maciços implicou a utilização complementar de escoramentos metálicos provisórios (duas direções).

A betonagem de segunda fase dos maciços completará a sua forma geométrica prevista em projeto e envolverá a base dos pilares. A ligação entre os betões das duas

A estrutura metálica dos tabuleiros foi realizada por segmentos de 12 m em oficina, com pos-terior colocação sequencial em obra sobre os pilares e torres

< Figs.17 e 18 Montagem do tabuleiro – Fase provisória e fecho.

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passadiços num parque industrial

< Fig.19, 20 e 21 Aspetos do tabuleiro durante a sua execução.

< Fig.22 e 23 Aspetos do tabuleiro durante a sua execução.

de suporte provisórias com recurso a grua. As lajes foram betonadas depois de executada a totalidade da estrutura metálica de cada passadiço. Nesta fase recorreu-se a outros apoios provisórios colocados a terços de vão, de modo a minorar a deformação da estrutura metálica sob efeito do peso do betão fresco enquanto não se dispõe do funcionamento misto.

As obras foram finalizadas com a execução da pintura de pavimento dos tabuleiros, colocação de juntas de dilatação e demais elementos de revestimento previstos no projeto de Arquitetura. As superfícies do betão dos pilares foram revestidas e protegidas com um produto hidrofugante. Os elementos enterrados foram impermeabilizados com emulsão betuminosa do tipo ECR1, catiónica, de rotura rápida.

> Fig.24 e 25 Aspetos do tabuleiro durante a sua execução.

< Fig.26 e 27 Apoio do tabuleiro e edifício da portaria em construção.

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projetos

4. Materiais

passadiços num parque industrial < Fig.28, 29, 30 e 31 Aspetos finais do tabuleiro após montagem de todos os revestimentos.

4.1. Betões Adotaram-se as seguintes classes de resistência mínima e os seguintes recobrimentos nominais: ¬ Fundações: C30/37 – 50 mm ¬ Pilares: C40/50 – 40 mm ¬ Laje: C30/37 – 30 mm

4.2. Aços Armaduras em varão: A 500NR SD Chapas e Perfis (categoria de corrosividade atmosférica C3): S355 JR Conectores: St-37 Parafusos, varões roscados, porcas e anilhas: cl. 8.8 (excepto nas ligações de apoios cl. 10.9) Micro-estacas: Tubos TM80

5. Conclusões

O projeto de Arquitetura é da autoria do Arq.º António Santos Machado.

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As estruturas realizadas seguiram os requisitos do Dono de Obra e do projecto de Arquitetura, respondendo às exigências funcionais e de segurança associadas e

correspondendo a soluções simples e bem integradas com as construções preexistentes.

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arquitetura

castelo novo

o novo no Castelo de Castelo Novo

por Prof. Vítor Murtinho Universidade de Coimbra

Antigo e novo, conservação-inovação, memória-projeto, são constantemente os extremos do problema, duas instâncias, não únicas, de “compor” ou de por em diálogo. Nullo Pirazzoli in Passato e Postmoderno, il Restauro come Metalinguaggio

Provavelmente é a necessidade que pode salvar uma qualquer infraestrutura ou construção, levando à sua preservação. Se não houver função previsível ou expectável para determinada construção, esta ao longo do tempo vai perdendo interesse e valor estratégico, transformandose, paulatinamente, de edifício em ruína. E este processo, que na maioria dos casos constitui uma desqualificação do construído, pode ter uma velocidade mais ou menos acelerada, consoante o processo de obsolescência seja deixado somente aos efeitos do tempo pela ausência de manutenção ou seja acelerado devido a efeitos de cataclismos ou ainda por cedência deliberada de partes ou componentes dos edifícios para ajudar a consolidar ou a realizar outros empreendimentos que circunstancial e politicamente se tornam mais importantes.

No caso específico do Castelo de Castelo Novo, situado na encosta oriental da Serra da Gardunha, pertencente ao concelho do Fundão, foi talvez o facto de esta infraestrutura não pertencer à primeira linha de defesa raiana que suscitou a sua primeira desvalorização estratégica com o decorrente abandono enquanto estrutura militar. Na realidade, quando Duarte de Armas produziu o seu Livro das Fortalezas (1509-1510), dando seguimento à encomenda régia de D. Manuel I e procedendo ao levantamento dos castelos fronteiriços, excluiu Castelo Novo dos seus encargos, apesar de ter estado nas proximidades, como por exemplo Castelo Branco, Monsanto, Penamacor ou Penha Garcia.1 Esta evidência somente pode ser justificativa da menor serventia enquanto instalação de defesa e a sua gradual substituição utilitária para efeitos civis. Já no início do século XVIII, as referências dão conta do estado de quase ruína desta infraestrutura e, talvez também devido a essa questão, toda a construção sofreu estragos com os efeitos decorrentes do importante terramoto que em 1755

> Intervenção no Castelo de Castelo Novo, Fundão. Planta de implantação.

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1 Ver Barroca, Mário Jorge, “O Aron de Castelo Mendo, um novo testemunho sefardita na Beira Interior”, in Estudos em homenagem a João Francisco Marques, volume 1, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, 2001, pp. 185 a 190.


arquitetura

fez estragos um pouco por todo o território nacional mas com especial incidência sobre a capital do reino, confirmando-se então aí, em definitivo, o desinteresse estratégico, mesmo local, desta unidade – a que não foi também alheia a extinção do concelho de Castelo Novo em 1835 e, posteriormente, integrado no atual concelho do Fundão, já no início da segunda metade do século XIX. Ainda, mas somente num contexto de consolidação e conservação, haveria a já extinta Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) de efetuar obras, entre os finais da década de 30 e o início da década seguinte do século passado, onde se procedeu à renovação do espaço segundo uma matriz cenográfica, conciliando o princípio de unidade do conjunto com o romantismo do arcaico, mas resistindo à sua eventual classificação como monumento nacional ou imóvel de interesse público.2 Este exemplar de fundação medieval e de arquitetura em estilo gótico e manuelino, cuja origem pode ter estado associada ainda à nossa primeira dinastia, designadamente o dito castelo “novo”, será, hipoteticamente, o resultado da decisão, o mais tardar de D. Dinis – O Lavrador – do abandono do anterior castelo. Por sua vez este lugar terá, pelo menos, já testemunhado a presença da Ordem dos Templários durante o reinado de D. Sancho I. Neste último período esta fortaleza pode ter sido, aí sim, seguramente, referenciada como uma infraestrutura defensiva estratégica e onde mais fiavelmente poderia ter ocorrido a alteração da designação nominal. No entanto, perdido para sempre o valor de serviço militar do castelo e após lentamente as muralhas, outrora quase inexpugnáveis graças às características do afloramento rochoso onde estava implantada a fortaleza, terem perdido consistência e incolumidade, deixando transparecer os vestígios e as chagas que só o tempo sabe inexoravelmente imprimir, só encontramos institucionalmente uma valorização consistente aquando da inserção deste sítio, quase transcendente, em local integrado no Programa Aldeias Históricas. Em termos de topografia a fortaleza ocupa estoicamente um cume formado quase exclusivamente por chão de rocha, desenhando ela mesma uma espécie de ilha em forma redonda, mas irregular. Das construções que resistiram à erosão dos tempos, destacam-se a Torre de Menagem, mais a centro, e a Torre Sineira, adossada à muralha na parte leste, certamente ponto marcante e altaneiro para as pessoas que provinham dos solos castelhanos e que complementa a Igreja Matriz dedicada a Nossa Senhora da Graça e situada em local não muito distante, no designado Largo do Adro. A circunstância do castelo se ter tornado, historicamente, desnecessário, quer primeiro para funções militares quer

castelo novo

> Intervenção no Castelo de Castelo Novo, Fundão. Maqueta Virtual da proposta.

posteriormente para funções civis, conduziu de modo paulatino à sua situação de ruína, como aquela como a que chegou ao dealbar do século XXI. Devido ao facto de a fortaleza ter sistematicamente servido como armazém de matéria-prima para construções adjacentes – cedendo pedras – ou o seu interior como depósito de detritos, conduziram a um estado de degradação e abandono, só reversível com a implementação de um adequado programa funcional para o espaço e a imprescindível valorização patrimonial. Um dos maiores desafios colocados, normalmente, aos arquitetos, é saber adequar a sua obra às características dos lugares, principalmente quando esses mesmos sítios são significativos ou evocadores de nostalgias ou memórias, havendo por isso a imposição de estabelecer compromissos, de conciliar discrições, enaltecer alguns silêncios, mas também o imperativo moral de introduzir valor acrescentado.3 A reabilitação socialmente exigida do Castelo de Castelo Novo, promovida em boa hora pela DGEMN, em cooperação com a Câmara Municipal do Fundão,

< Intervenção no Castelo de Castelo Novo, Fundão. Planta de Equipamento de Entrada.

2 Ver Correia, Luís Miguel, et alii, “Intervenção no Castelo de Castelo Novo” in IV Prémio de Arquitectura Ascensores Enor, Vigo, 2009, p. 279. 3 Ver Gracia, Francisco de, Construir en lo Construido, Gracia, Nerea, Donostia-San Sebastián, 3ª edição aumentada, 2001, p. 7.

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arquitetura

coube à equipa formada por Luís Miguel Correia, Nelson Mota, Vanda Maldonado e Susana Constantino.4 Cedo os arquitetos se aperceberam que a fragilidade da definição formal da fortaleza era devida à inexistência de parte do contorno físico na zona da parte do Largo do Adro, constituindo motivo de expugnabilidade e, como tal, fator de fácil acesso e de transponibilidade, provocando alguma indefinição do perímetro e enfraquecendo a imagem mítica associada a este tipo de espaços fortificados. Sendo o Largo do Adro o melhor ponto com amplitude visual e o melhor em termos estratégicos para aceder ao castelo, motivo provável para a fragilização da muralha nesse troço, entenderam os projetistas, e a pretexto de espaço dedicado à receção dos eventuais visitantes, introduzir uma construção em “L” que simultaneamente define com rigor o ponto de entrada no castelo e permite a afirmação indelével do limite contínuo para toda a barreira que delimita o Castelo Novo.5 Esta construção de forma robusta e com irregularidade, que se assemelha e funde na couraça da muralha, tal qual uma cunha, penetra em profundidade no interior do espaço do castelo, transformando-se de lugar obstáculo em percurso acessível que se impõe à agrura e irregularidade da formação rochosa que serve de base à construção humana.6 Na génese preserva-se o objetivo de salvaguardar criteriosamente os vestígios e toda a morfologia preexistente, acrescentando um caminho que induz em segurança a atravessamentos orientados e que levam, comodamente, os transeuntes aos pontos focais mais importantes: a Torre Sineira e a Torre de Menagem. A construção descrita é desenvolvida preferencialmente em revestimento exterior com

castelo novo 4 O projeto no Castelo Novo teve o seu início em meados da década de noventa e foi o resultado da passagem do arquiteto Luís Miguel Correia pela DGEMN, tendo sido elaborado uma proposta que não chegou a ser implementada. Mais tarde, já no início deste século, em cooperação entre este último organismo e a CM do Fundão foi decidido o desenvolvimento de um novo projeto, tendo sido agregados à equipa os três arquitetos referidos. 5 Acresce dizer que a verdadeira entrada do Castelo Novo se encontrava em terrenos privados, cujo proprietário não cedeu nem autorizou o seu uso, forçando por isso os arquitetos a não considerar essa solução e portanto não pôde ser uma hipótese em termos de formalização da proposta final. 6 Ver Slessor, Catherine, “Castelo Novo Visitor Centre”, The Architectural Review, June 2010, p. 73.

dominância em aço corten, dando ao conjunto um aspeto de dignidade que o processo de oxidação deste material sabe acentuar, atingindo uma coloração castanha que a confunde à distância com as coberturas típicas de telha de barro vermelho e nalgumas reflexões lembra os solos de base granítica que pululam por toda esta esplêndida zona serrana. O edifício/receção que flui discretamente em direção à Praça de Armas do Castelo sob a forma de passadiço enegrecido e transparente induz percurso a pontos eleitos como marcantes, mas porque sítios constrangidos e sem saída, obrigam ao retorno seguro da porta, artificializada, de entrada na fortaleza. Esta promenade quase architecturale enfatiza e disciplina a orientação para os percursos, já que as variantes a esta oferta se propiciam menos ao passeio mas mais à escalada pelas fragas. Nesse âmbito, os percursos induzidos no Castelo Novo são tendencialmente de

< Intervenção no Castelo de Castelo Novo, Fundão. Corte construtivo de Equipamento de Entrada.

Cantoneira 25x25x3 mm Perfil HEB 200 Perfil TPN 40x40x5 mm Perfil HEB 120 Perfil tubular 40x40x3 mm Perfil tubular 40x40x3 mm [em vista] Isolamento térmico com espessura de 0.04 m em poliestireno extrudido tipo "Wallmate" da DOW 8. Revestimento em chapa de aço corten com espessura de 5 mm 9. Cantoneira 40x40x3 mm 10. Chapa quinada de 3 mm com desenvolvimento de 120 mm 11. Chapa quinada de 3 mm com desenvolvimento de 80 mm 12. Perfil tubular 60x40x3 mm chanfrado de acordo com a inclinação do teto 13. Barra chata 90x5 mm com acabamento em esmalte forja de cor preta 14. Vidro duplo temperado transparente 8x14x8 mm 15. Barra chata em aço corten 90x5 mm 16. Perfil tubular 60x40x3 mm 17. Camada de tout-venant com espessura média de 0.15 m 18. Camada de betonilha de regularização com espessura média de 0.10 m 19. Camada de betonilha de assentamento com espessura média de 0.05 m 20. Pavimento em lajeado de granito amarelo com 0.05 m de espessura 21. Perfil HEB 200 [em vista] 22. Pavimento em chapa de aço corten estampada tipo "Perfometal" modelo D com espessura de 4 mm 23. Perfil IPN 140 24. Camada de tout-venant com espessura média de 0.20 m 25. Camada de pó de pedra com espessura média de 0.10 m 26. Camada de gravilha de granito amarelo 4/8 mm com espessura média de 0.05 m

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Legenda do Corte Construtivo

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.


arquitetura 7 Lima, António Belém, “Castelo de Castelo Novo” in Revista Arquitectura Ibérica, nº 30, Casal de Cambra, 2009, p. 96. 8 Ver entrevista a Luís Miguel Correia et alii, “Intervenção em Castelo Novo”, 08.09 Yearbook Arquitectura em Portugal, Workmedia, Lisboa, 2009, p. 105. 9 Jordão, Pedro, “As exceções e uma banalidade que ainda não chegou” in Habitar Portugal 2006/2008, Ordem dos Arquitectos, Lisboa, 2009, p. 97

ida e volta pelo mesmo lugar, já que só favorecem o movimento em vaivém: na Torre Sineira coloca-nos marginalmente sobre o limite da muralha e devolvenos implacavelmente ao ponto de entrada, na Torre de Menagem, sob o plateau artificializado em aço corten, suscitam-se sentimentos mistos de vertigem da profundidade de campo e de espraiamento dos olhares, sabendo que o retorno mais prudente é o aconchego do passadiço projetado por oposição à rebeldia da penedia.7 Quando sob o chão agora com superfície irregular rochosa, só possível porque (re)descoberto pelos arquitetos, fazendo crer tratar-se de um único agregado natural que desenha toda aquela ilha artificializada por barreira construída por vontade dos homens, conseguimos ainda ouvir, confundido com as brisas que se fazem sentir alternadamente entre montes e vales, as estridentes e lancinantes vibrações que outrora animariam a azáfama dos homens perante uma paisagem circundante tão bucólica. A importância dos sítios faz-se a partir dos vestígios e do legado físico histórico, mas as memórias e as estórias que construímos sobre os lugares constituem sempre elemento que alimenta a argúcia e a curiosidade. Por vezes, o imaginário supera a evidência das coisas e é através da hipérbole na mente que galvanizamos os espíritos para uma realidade outra que supera a evidência do material e nos transporta para o incorpóreo. Do cimo da Torre de Menagem, depois de nos esvairmos em vistas muito iguais àquelas que diferentes gerações foram partilhando, descobrimos um corpo saliente convidando à entrada, atraindo através de escada a imersão nas profundezas da torre principal da fortaleza onde espaço contido com aspeto lúdico está preparado para avivar as memórias, suscitar desejos e convocar os espíritos argutos para os feitos passados, tentando com isso fazer nascer cobiças com futuro. Na torre, a caixa de aço, enferrujado propiciamente pela vontade dos arquitetos de a fazer parecer antiga e conceptualmente sugerir que sempre esteve lá, tal como o pórtico que alberga a entrada secreta em câmara escurecida apresenta aparato multimédia contagiando princípios do pensamento que animam as almas dos homens, desenterrando consciências gloriosas do passado, ambiências comemorativas, oferecendo visualmente informações relativas a factos e magnificências decorridas em circunstância

castelo novo < Intervenção no Castelo de Castelo Novo, Fundão. Foto de obra do Equipamento de Entrada. Foto de Luís Miguel Correia.

< Intervenção no Castelo de Castelo Novo, Fundão. Foto de Equipamento de Entrada e inserção na zona das muralhas. Foto de Fernando Guerra.

celebrativa e apoteótica da mais distinta sabedoria. A tecnologia moderna, que combina simultaneamente som e imagem, é a forma mais judiciosa de enaltecer o passado, não se perde na mostra direta do vestígio e do objeto físico, mas apela solenemente ao sentimento, ao estado genuinamente afetivo imediato resultante de uma determinada representação que exalta nos confins da mente a sublimação do acontecimento e do historicismo. A intervenção em Castelo Novo não constitui uma aplicação direta dos princípios exaltados pelos diferentes documentos que num contexto mais erudito definem modos de agir sobre o património. No entanto, segundo os seus autores, existem influências e similitudes entre a sua obra e a Carta de Veneza, no aspeto em que as alterações à situação existente são diferenciadas das preexistentes e marcadamente contemporâneas. Todavia, esta vontade férrea é contrabalançada com o facto de o desenvolvimento do projeto ter sido norteado por uma grande abstração formal, influenciado pelas descobertas das escavações arqueológicas, afastado regradamente de modelos estereotipados ou de convenções preestabelecidas.8 Com apuro formal e elegância inexcedível 9, desenvolveu-se um trabalho com uma base metodológica distinta que, constituindo-se 23 metálica 31 . setembro 2013


arquitetura

castelo novo

10 Ver Comoco Architectos, “Castelo Novo’s Castle” in dlle Architectural Landscape, C3 Publisher, 2011, p. 76

> Intervenção no Castelo de Castelo Novo, Fundão. Foto frontal de Equipamento de Entrada. Foto de Fernando Guerra.

Resistindo imperturbavelmente a manusear a matéria formada pelos inúmeros agregados naturais enquanto componentes essenciais da crusta terrestre, os arquitetos souberam criar novas geometrias e utilizar outras substâncias que, não disputando a beleza da paisagem, deixaram lastro atual sobre obra antiga, sem em nenhum momento condicionar futuros usos ou impedir situações, desejáveis, de reversibilidade. Ao caminho mais fácil do mimetismo, à repetição de estilo, propôs-se antes a rutura histórica com a herança do construído, dando continuidade a uma narrativa que em cada momento, em cada intervenção deve deixar lastro de época.10 Na intervenção, o novo é marcadamente novo, introduz materialidades que antes não existiam, que permitem inequivocamente o contraste com a matéria local, não tendo por incumbência modificar o sítio ou introduzir-lhe novas variações, mas antes somente transformar o espaço na medida em que reorganiza e, nesse sentido, não se limitando a prolongar um legado do passado, denota estima sobre esse mesmo passado e, ao mesmo tempo, introduz mérito na ação conservativa e distinção e esbelteza na ação modificadora.

A impressão global da intervenção no Castelo de Castelo Novo é que tudo foi feito na justa medida. Como preexistência tinha-se um amontoado de destroços num local mais cheio de memórias do que de valores. No final valorizou-se o sítio deixando espaço para ampliar as memórias. Aqui tudo foi feito de modo tão ténue como quanto havia de ser, mas sobretudo obedecendo a critérios sustentados de valorização do existente pela afirmação do que é novo. De uma infraestrutura desnecessária, profundamente chagada pelo tempo e pelos nem sempre autorizados empréstimos materiais, criou-se um espaço rememorativo que de modo conspícuo retira dos confins do passado o orgulho de ter história, de ser ruína mas, simultaneamente, de adquirir utilidade. Bem no topo de uma colina, num espaço pleno de ruralidade, foi erigida uma peça notável de arquitetura que exprime as tendências mais contemporâneas, que é afirmativa da mais genuína modernidade. Apreendendo, sapiencialmente, o espírito do lugar enquanto cadinho inspirativo para as formas e o novo edificado, juntou-se ao espaço edílico a sumptuosidade discreta de objeto áureo pelo seu valor estético que não supera a eloquência do património existente, mas antes o completa.

< Intervenção no Castelo de Castelo Novo, Fundão. Foto de passadiço e entrada na fortaleza; Foto de Torre de Menagem

< Intervenção no Castelo de Castelo Novo, Fundão. Foto de escadaria de acesso à fortaleza

Foto de Fernando Guerra.

Foto de Fernando Guerra.

como obra exemplar, será certamente um projeto a ter em consideração em futuras ações de reabilitação no contexto do nosso edificado mais relevante.

24 metálica 31 . setembro 2013



mercados internacionais

sair por estratégia e não como recurso...

sair por estratégia e não como recurso...

por Armelim Hipólito CEO | Seveme - Indústrias Metalúrgicas, S.A.

Recentemente, a Seveme entrou no mercado brasileiro com a empreitada das fachadas, estruturas e serralharias do novo edifício do Museu da Imagem e do Som, em Copacabana. Este trabalho teve início há dois anos quando começámos a colaborar na preparação deste grande projeto e no estudo do mercado brasileiro de uma forma geral. Para a Seveme, esta nova fase reveste-se de grande importância estratégica, pois elegemos o Brasil como nosso segundo mercado externo, onde teremos presença física e unidade de produção.

A entrada no mercado brasileiro faz parte da estratégia de internacionalização da Seveme, que já possui uma subsidiária em Angola, sendo que a chave para o sucesso nos mercados externos prende-se com a definição de estratégias. O nosso processo de exportação e, mais tarde, internacionalização, iniciou-se há já oito anos e nunca foi uma questão de necessidade mas de estratégia e visão futura. Reconhecemos que o seu peso foi aumentando em relação ao mercado interno à medida que este foi entrando em letargia e isso tem-se acentuado nos últimos três a quatro anos e, infelizmente, irá continuar. Não se pode pensar em ter sucesso lá fora, sem se ter visão, um plano de negócios estruturado, dinheiro ou crédito para colocar no terreno os projetos, assim como pessoas para desenvolver estes mesmos projetos. Felizmente, a nossa empresa, em situações e alturas porventura mais favoráveis, conseguiu, ao longo dos anos, criar todas estas condições que nos permitem agora estarmos capacitados para triunfar nestes mercados muito difíceis e onde os custos são elevados. Quanto às pessoas, procuramos escolher as mais capacitadas para responder às dificuldades e especificidades que estes desafios sempre encerram; têm de ser quadros maduros e competentes e sempre que possível que já façam parte do management da empresa. Comprar gestão externa em situações tão importantes e delicadas é, quanto a nós, um risco e a maior parte das vezes não surte o efeito desejado e no timing planeado, fruto muitas vezes da falta de identificação com a empresa e suas causas. 26 metálica 31 . setembro 2013

Também não se deve ir atrás das tendências ou porque os vizinhos vão ou já foram; se o meu vizinho do lado vai para Moçambique ou Argélia e até lá triunfa, não quererá dizer que eu também deva ir e seja capaz de replicá-lo. Cada organização tem de ter a sua estratégia bem definida e os mercados eleitos, tendo necessidade de estudar muito bem onde acha que as suas competências poderão vingar e serem úteis e diferenciadoras. Também muito importante é orçar adequadamente cada projeto de internacionalização, saber onde se vai buscar o (muito) dinheiro que ele sempre custa e projetar o seu

> Projeto do Museu da Imagem e do Som. © Diller Scofidio + Renfro


mercados internacionais

desenvolvimento no tempo. Só assim se conseguirá ter ideias mais precisas sobre a capacidade que o mesmo terá de remunerar o investimento indexado e se vamos ter condições de responder ao esforço financeiro que estes custos trarão às nossas contas.

O Brasil será o nosso segundo mercado premium, fazendo companhia a Angola. É, indubitavelmente, um país de oportunidades mas também de muitíssimos riscos pela sua dimensão e complexidade em variados níveis: burocracia fiscal e contábil, legislação laboral, proteção local e corporativismo, etc. A somar a isto tudo existe a questão incontornável da escala: uma grande empresa em Portugal é uma média empresa no Brasil e uma média cá será lá uma micro empresa, pelo que o target terá de ser bem definido e as lutas deverão ser travadas em arenas adequadas à nossa estratégia de penetração. Não é e nem nunca será nossa ideia ir a obras de grande dimensão e lutar com os maiores players locais em termos quantitativos; irão ver muito mais a Seveme em nichos de atuação mais específicos, não massificados e onde o nosso saber fazer possa fazer efetivamente a diferença e possa aportar a esse mercado reais mais-valias que se revelem necessárias e adequadas a esses projetos especiais. Isso observou-se ainda agora na primeira obra que ganhámos, numa licitação pública internacional, onde o nosso maior concorrente e segundo classificado foi a maior empresa alemã do setor. Não nos podemos esquecer que, apesar de se tratar de um país irmão, nós, portugueses não fomos os únicos a ver no Brasil um destino de eleição; diria mesmo que já estamos a ir muito tarde e grandes potências mundiais já lá estão fortemente instaladas há muito. Com isto tudo não quero dizer que não tenhamos o nosso espaço, a ser conquistado com muita humildade, capacidade empreendedora e, acima de tudo, realismo e muita capacidade de adaptação a um país estrangeiro e muito diferente do nosso. Para nós, todos os países com crescimentos acelerados e com recursos naturais que possam subsidiar esses mesmos crescimentos são potenciais mercados onde podemos operar em termos de mercados de visita ou mesmo em termos de operação física.

sair por estratégia e não como recurso... "(...) existe a questão incontornável da escala: uma grande empresa em Portugal é uma média empresa no Brasil e uma média cá será lá uma micro empresa, pelo que o target terá de ser bem definido e as lutas deverão ser travadas em arenas adequadas à nossa estratégia de penetração."

Polícia Judiciária ou a Data Center da PT, na Covilhã. Manter o foco na qualidade é a explicação. Como em muita coisa na vida, no oposto da crise e da ameaça está sempre uma janela de oportunidade. O que temos sentido, sinceramente, é uma muito maior aposta e confiança dos nossos principais clientes na Seveme, para os projetos mais exigentes, em detrimento de quem era habitualmente muito mais barato. Grande parte das empresas estão descapitalizadas, não têm capacidade de crédito junto da banca e, assim, têm muitas dificuldades em serem eficientes e cumpridoras. É aí que aparecem as tais oportunidades a que me referi. E nós vamos tentando saber aproveitá-las. Diria que, para nós, não existem obras em que se pode facilitar e eventualmente baixar a qualidade. Para nós, todas as obras, desde a mais ínfima à maior, são tratadas da mesma maneira, ou seja, segundo os nossos padrões qualitativos, que são dos mais exigentes. Quando todos os dias se põe em prática este desiderato, o resultado final aparece naturalmente e as nossas obras distinguem-se das demais. Já existe uma cultura da marca Seveme nas obras de gabarito e o mercado já a reconhece e requisita amplamente.

Sobre a atual situação económica do país, Armelim Hipólito acredita que “a austeridade foi um sacrifício absolutamente necessário”, mas é chegada a altura de traçar um novo caminho. Todos sabemos e sentimos na pele como está o mercado e o país; não vale a pena enumerar os problemas e repetir frases feitas, pois para isso já temos os nossos sofríveis (para não utilizar outro epíteto mais forte) políticos.

No panorama internacional atual, diria que esses países estão maioritariamente em África e na América Latina. Argélia, Guiné Equatorial e África do Sul são exemplos de países onde já estivemos e onde pensamos regressar.

O clima consumista e despesista das pessoas e do Estado um dia teria de acabar, só que nunca se pensou que tivesse que ser de uma forma tão abrupta e sangrenta. O desemprego é o maior dos flagelos da nossa sociedade e infelizmente acredito que irá aumentar mais, quer no setor privado, quer no público.

Apesar de a Seveme “não estar imune à crise que se sente no país e na Europa”, como Armelim Hipólito refere, a verdade é que a empresa tem vindo a marcar presença em algumas das maiores obras em construção recente em Portugal, sendo exemplo disso o Fórum Sintra, a sede da Zon, a sede da

A austeridade foi um sacrifício absolutamente necessário. Digo ‘foi’, pois acho que chegou a altura de deixar de ser e termos uma perspetiva de crescimento e de visão construtiva do futuro e deixarmo-nos de destruição e liquidação do país. Vai demorar muitos anos, mais de uma década, mas esse é o caminho. 27 metálica 31 . setembro 2013


legislação e normalização

reabilitação urbana

vetores da revisão do regime de reabilitação urbana

por Prof. Nuno Silvestre Professor Associado, Instituto Superior Técnico

No artigo publicado no último número da revista Metálica mostrou-se um conjunto de dados estatísticos que invocaram a necessidade de uma revisão profunda do Regime de Reabilitação Urbana. De entre as alterações legislativas e regulamentares, cita-se: ¬ A Lei nº 32/2012, de 14 de agosto, que procede à alteração ao Decreto-Lei n.º 307/2009, de 23 de outubro, que estabelece o regime jurídico da reabilitação urbana, e ao Código Civil. ¬ O Despacho nº 14574/2012, de 5 de novembro, publicado na 2ª Série do DR, em 12 de novembro, que cria a Comissão Redatora do projeto de diploma legal que estabelece as «Exigências Técnicas Mínimas para a Reabilitação de Edifícios Antigos», regime excecional e transitório visando, em complemento das medidas consagradas no Decreto-Lei n.º 307/2009, de 23 de outubro, com a redação dada pela Lei n.º 32/2012, de 14 de agosto, dispensar as obras de reabilitação urbana da sujeição a determinadas normas técnicas aplicáveis à construção, quando as mesmas, por terem sido orientadas para a construção nova e não para a reabilitação de edifícios existentes, possam constituir um entrave à dinamização da reabilitação urbana.

Vetor B. Criação de procedimento simplificado de controlo prévio de operações urbanísticas, o qual inclui: ¬ Comunicação prévia (prazo de 15 dias). ¬ Decisão centralizada numa única entidade pública (município ou entidade gestora da ORU) – sendo município, pode criar unidades orgânicas flexíveis. ¬ Reforço da responsabilidade do técnico quanto à proteção do existente: as obras não devem deixar de ser realizadas por não ser possível cumprir integralmente as regras posteriores à construção do edifício, desde que não originem ou agravem a desconformidade com as normas em vigor, permitam a melhoria generalizada do estado e observem opções

Impactos

Vetores da Reforma

I. Eliminação dos constrangimentos à implementação de uma efetiva política de reabilitação urbana

1. Dinamização do mercado da reabilitação urbana

A. Flexibilização e simplificação do procedimento de criação de áreas de reabilitação urbana (ARUs)

2. Aumento da oferta de habitações a preços acessíveis

II. Maior celeridade na execução de iniciativas de reabilitação urbana

3. Dinamização do mercado de arrendamento urbano

B. Criação de procedimento simplificado de controlo prévio de operações urbanísticas

III. Promoção do investimento dos particulares

4. Renovação das cidades e do seu parque habitacional

C. Criação de operações de reabilitação urbana “isoladas”

> Tabela 1

metálica 31 . setembro 2013

Vetor A. Simplificação da criação de ARUs, através da distinção de duas fases, que poderão ocorrer em simultâneo ou sucessivamente: (i) Delimitação da ARU; (ii) Aprovação das operações de reabilitação urbana (ORUs).

Objetivos

IV. Conjugação da reabilitação urbana com o arrendamento urbano

28

Na tabela 1 mostra-se resumidamente quais os principais objetivos, impactos e vetores da revisão do regime da reabilitação urbana e, em particular, da reforma do arrendamento urbano. Em seguida, descrevem-se mais pormenorizadamente os quatro vetores desta reforma (A, B, C e D).

D. Criação de outros mecanismos promotores da reabilitação urbana


legislação e normalização

de construção adequadas à segurança estrutural e sísmica. ¬ Simplificação do procedimento de autorização de utilização, com reforço da responsabilização dos técnicos. Neste caso, o âmbito de aplicação inclui (i) obras conformes com PPRU previamente aprovado e que, nos termos gerais, sigam o procedimento de comunicação prévia (em ARU); (ii) Obras que, independentemente de se situarem em ARU, cumulativamente: (ii.1) preservem as fachadas principais do edifício; (ii.2) mantenham os elementos arquitetónicos e estruturais de valor patrimonial, bem como o número de pisos e a configuração da cobertura, e (ii.3) não reduzam a resistência estrutural (ORUs «isoladas»).

Vetor D. A criação de outros mecanismos promotores da reabilitação urbana: ¬ Regime sancionatório contraordenacional mais rigoroso que o regime geral (RJUE), em contrapartida da maior responsabilização dos técnicos. ¬ Simplificação do procedimento de constituição da propriedade horizontal, dispensando-se a intervenção do município: o técnico habilitado pode certificar que estão reunidos os requisitos legais. ¬ Alteração da maioria necessária para a colocação de ascensores e a instalação de gás canalizado nas partes comuns de edifícios que tenham pelo menos oito frações autónomas. ¬ Possibilidade de qualquer condómino que tenha no seu agregado familiar uma pessoa com mobilidade condicionada, colocar rampas de acesso ou plataformas elevatórias, após comunicação ao administrador e desde que observadas as normas técnicas legalmente previstas. Chama-se a atenção do leitor para o vetor B e para a necessidade de tomada de opções de construção adequadas à segurança estrutural e sísmica. No próximo número da Metálica, voltaremos ao reforço sísmico e às vantagens que daí poderão advir para a construção metálica e mista.

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Vetor C. A criação de operações de reabilitação urbana “isoladas”: ¬ Estende o conceito de reabilitação urbana às intervenções urbanísticas que incidam sobre edifícios ou frações, ainda que localizados fora de ARUs, cuja construção seja legal e tenha sido concluída há pelo menos 30 anos e que, cumpram, cumulativamente, determinados parâmetros de construção. ¬ Aplica-se-lhes o procedimento simplificado de controlo prévio de operações urbanísticas.

reabilitação urbana

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soldadura

arrancamento lamelar

arrancamento lamelar – o defeito que voltou com a crise mundial?

por Prof. Altino J. R. Loureiro DEM, Universidade de Coimbra

O arrancamento lamelar (AL) consiste basicamente no arrancamento de uma lamela de aço, provocada por tensões de tração perpendiculares à superfície da chapa, conforme se representa na Figura 1. Essas tensões são usualmente induzidas pelas contrações resultantes de operações de soldadura realizadas localmente. Este fenómeno ocorre habitualmente em serviço em estruturas sujeitas a solicitações variáveis e com ligações em T e cruciformes de fortes espessuras (> 25 mm), como as que se encontram nas plataformas offshore, nas pontes, na construção naval, em gruas, em recipientes sob pressão, etc. O fenómeno não é novo, foi intensamente estudado nas décadas de 60 e 70 do século passado, tendo passado por um período de acalmia e emergido de novo nos últimos anos, talvez associado a alguma rarefação de metais no mercado mundial. Alguns casos de estruturas onde ocorreram falhas graves, ocasionadas por este mecanismo nas décadas referidas acima, são por exemplo o Centro Cívico de El Paso, no Texas, as Torres de Transmissão de Potência de Grand Coulee e a King Street Bridge na Austrália, cuja referência se encontra em [1]. O arrancamento lamelar ocorre no material base adjacente à zona afetada pelo calor da soldadura e apresenta uma morfologia em degraus, com orientação paralela à superfície da chapa. Embora possa ser detetado visualmente, quando se encontra numa fase avançada, o método de inspeção por Ultrassons (U.S.) é o mais adequado para a sua deteção precoce. Embora a qualidade do aço seja o fator determinante, outros fatores, como o procedimento de soldadura e a geometria da ligação, que proporcionam as tensões

normais à superfície da chapa, são necessários para a ocorrência do fenómeno. O defeito só ocorre em aços laminados, os mais utilizados na construção de estruturas, e não em elementos forjados ou vazados, e deve-se à presença de inclusões não metálicas, sulfuretos, silicatos e aluminatos, resultantes do processo de produção do aço. Durante o processo de laminagem a quente, essas inclusões não metálicas (existentes no interior do aço) vão alongar segundo a direção de laminagem, conforme se ilustra na Figura 2a, pelas linhas escuras. Em presença de tensões de tração normais a estas inclusões, as fissuras iniciamse nas interfaces inclusão / matriz, pois estas ligações atómicas são mais fracas que as ligações metal / metal, as quais se vão posteriormente unir ocasionando o arrancamento lamelar, conforme se ilustra na Figura 2b. A melhoria dos processos produtivos através da adição ao aço no estado líquido de terras raras (Ce, Ca) e o seu tratamento com árgon permitem reduzir o nível de enxofre e da maioria das inclusões não metálicas. Os aços com baixo teor em enxofre (<0.005%) apresentam baixo risco de ocorrência do fenómeno. Estes aços são, contudo, mais caros que os aços convencionais. A sensibilidade ao arrancamento lamelar das chapas é avaliada através de ensaios de tração na direção da espessura, onde se caracteriza a redução de secção transversal no ensaio. De acordo com a norma BS EN 10164 [3], são definidas três classes, Z15, Z25 e Z35, onde os dígitos representam a mínima redução de área em percentagem no ensaio. Para espessuras inferiores a 15 mm não é realizado, habitualmente, este ensaio. A norma EN 1011 [4] considera que as chapas

a) Fig. 1 Arrancamento lamelar numa soldadura em T.

30 metálica 31 . setembro 2013

Fig. 2 a) Presença de inclusões não metálicas na estrutura do aço [2]: b) Morfologia do arrancamento lamelar.

2 mm b)


soldadura

arrancamento lamelar

a)

b)

c)

d)

Fig. 3 Sugestões de alteração do desenho de junta para minorar risco de arrancamento lamelar.

com Z > 20% não são suscetíveis ao arrancamento lamelar. As chapas com propriedades garantidas na direção Z são também testadas por U.S., de acordo com a norma EN 10160. Na compra da chapa, quando existe o requisito de propriedades na espessura, ele deve ser indicado, acrescentando à designação do aço a norma e requisito respetivos, conforme se segue: EN 10025-3 S355N + EN 10164-Z25. A tendência à ocorrência do defeito é também influenciada por outros fatores, conforme referido acima, pelo que a norma EN 1011 – Anexo F sugere vários procedimentos para reduzir essa suscetibilidade. A alteração do desenho da junta pode reduzir essa suscetibilidade, conforme se ilustra na Figura 3. As juntas com penetração parcial apresentam menor sensibilidade que as juntas com penetração total (Figura 3a). As ligações realizadas com soldaduras de ambos os lados, com ou sem penetração total, são menos sensíveis que soldaduras maiores realizadas de um só lado, conforme se mostra nas Figuras 3b e c. O redesenho da junta de modo a reduzir as tensões normais à superfície da chapa exposta ao defeito, conforme Figura 3d, é também útil. Este fenómeno é particularmente sensível quando o comprimento dos catetos da soldadura é superior a 20 mm, pois esta cria grandes constrangimentos e tensões. A utilização de energia adicionada mais elevada, que previna a formação de fissuras induzidas pelo hidrogénio (FIH), que se podem associar ao arrancamento lamelar, ou a utilização de elétrodos que depositam material menos resistente, transferindo as deformações na junta para esse material, permitem também reduzir o risco de AL. O aquecimento prévio, que previne a FIH, é também útil por esse motivo. A utilização de camadas de amanteigamento com elétrodos mais macios que a chapa a soldar (veja-se Figura 4a) ou o posicionamento com aços macios que esmagam durante a soldadura (Figura 4b) são outros procedimentos benéficos. Logo na fase de projeto da estrutura metálica, duas filosofias podem ser encaradas aquando da seleção dos materiais para os detalhes críticos da obra: ou

se selecionam aços com propriedades mecânicas garantidas na espessura (Z > 20%) ou se especificam cuidados de fabrico e inspeção que garantam que o arrancamento lamelar não vai ocorrer. A norma EN 19931-10 [5] estabelece que o arrancamento lamelar pode ser negligenciado se se observar a condição expressa pela Equação 1, (1),

ZEd ≤ ZRd

onde: ¬ ZEd é o valor de Z requerido, resultante das condições de realização do detalhe; ¬ ZRd é o valor Z do material utilizado, de acordo com EN 10164. O valor requerido de Z é calculado de acordo com a Equação 2, ZEd = Za + Zb + Zc + Zd + Ze

(2),

onde: ¬ Za – leva em consideração a dimensão do cateto da soldadura; ¬ Zb – a forma e posição da soldadura em T ou cruciforme; ¬ Zc – o efeito da espessura do material no constrangimento da ligação; ¬ Zd – o efeito do constrangimento remoto, após soldadura; ¬ Ze – o efeito do aquecimento prévio. Os valores das constantes referidas acima estão tabelados na norma EN 1993-1-10. Para concluir diria que a solução deste problema está na correta seleção e compra do aço. Contudo, o aço com propriedades garantidas na direção da espessura é mais caro que o convencional, pelo que deve ser usado apenas onde é necessário. Por exemplo, no detalhe representado na Figura 1, apenas a chapa horizontal requer propriedades garantidas na direção da espessura.

BIBLIOGRAFIA

Elétrodo macio

0,8 a 1,6 mm

a)

Arame de aço macio

b)

Fig. 4 Sugestões de amanteigamento ou posicionamento de soldadura, ambos com recurso a materiais mais macios.

[1] http://failures.wikispaces.com/Lamellar+Tearing+Overview+and+ Failures+Cases, acesso em 29/06/2013. [2] http://eng.sut.ac.th/metal/images/stories/pdf/06_%20 Weldability%20and%20defects%20in%20weldments.pdf [3] BS EN 10164:2004, Steel products with improved deformation properties perpendicular to the surface of the product. Technical delivery conditions. [4] BS EN 1011-2:2001, Welding. Recommendations for welding of metallic materials. Arc welding of ferritic steels. [5] EN 1993-1-10: Eurocode 3: Design of steel structures - Part 1-10: Material toughness and through-thickness properties (2005).

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formação e eventos

IX Congresso de Construção Metálica e Mista e I Congresso Luso-Brasileiro de Construção Metálica Sustentável Na prossecução do sucesso das anteriores edições dos congressos da CMM, no IX Congresso de Construção Metálica e Mista pretendemos manter a essência do projeto e divulgar as mais recentes inovações no âmbito deste tipo de construção, dar a conhecer as principais orientações da investigação neste campo e difundir as principais inovações com o objetivo de promover as potencialidades da construção metálica e mista. Nesta edição, o IX Congresso de Construção Metálica e Mista vai decorrer conjuntamente com o I Congresso Luso-Brasileiro de Construção Metálica Sustentável. O objetivo da realização conjunta destes dois Congressos é acrescentar valor ao evento e massa crítica científica, possibilitando um acréscimo do interesse dos temas a abordar, nomeadamente os que envolvem as soluções de engenharia e arquitetónicas que o aço possibilita. Os congressos serão um local privilegiado para o intercâmbio de ideias e experiências entre os vários intervenientes na concretização dos empreendimentos representativos deste setor de construção (donos de obra, projetistas, construtores, etc.). Dando relevo a obras cuja identidade está indelevelmente marcada pela conceção arquitetónica e à associação do aço estrutural com materiais de revestimento, nomeadamente o vidro, procurou-se alargar o leque de participantes aos projetistas de arquitetura. Trata-se, sem dúvida, de assuntos em que a estreita colaboração criativa dos dois principais intervenientes no projeto – arquitetos e engenheiros - é vital para o seu êxito.

www.cmm.pt/congresso 32 metálica 31 . setembro 2013

O congresso decorre nos dias 24 e 25 outubro de 2013, na Exponor, e conta com a presença de personalidades de relevo no setor, tais como: ¬ António Adão da Fonseca António Adão da Fonseca licenciou-se em 1971 na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). É Doutor em Engenharia de Estruturas pelo Imperial College of Science and Technology, da Universidade de Londres, Inglaterra, em 1980, e tem uma enorme experiência na elaboração e coordenação de projetos. ¬ Carlos Martins Carlos Martins é Engenheiro Mecânico licenciado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Presidente do Conselho de Administração da Martifer. ¬ John da Silva John da Silva é CEO da Silva Group Holdings, grupo com interesses em investimentos na indústria transformadora, construção, infraestrutura de equipamentos pesados, desenvolvimento do capital humano e investimentos imobiliários. Licenciado pela Universidade de Witwatersrand e com MBA (Cum Laude) de Milpark Business School (África do Sul). ¬ John Dowling John Dowling é o Sustainability Manager na British Constructional Steelwork Association, uma organização representativa dos fabricantes de aço no Reino Unido e Irlanda. É membro do Chartered Institution of Mechanical Engineers e pós-graduado das Universidades de Limerick e Strathclyde. ¬ Leroy Gardner Leroy Gardner é Reader de Structural Engineering no Departamento de Engenharia Civil e Ambiental do Imperial College London e Chartered Member do Institutions of Civil and Structural Engineers. ¬ Siegbert Zanettini Siegbert Zanettini é Arquiteto Urbanista e Professor Titular pela FAU-USP. Titular da Zanettini Arquitetura, com mais de 50 anos de atuação profissional. Esta será uma oportunidade para a troca de conhecimento científico e de experiência entre os vários intervenientes do setor a nível internacional.


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formação e eventos

Eurosteel 2014

Nápoles (Itália) foi o local escolhido para a realização desta edição da conferência Eurosteel. O evento é organizado pelo Departamento de Estruturas de Engenharia e Arquitetura da Universidade de Nápoles, Federico II.

formação técnica em 2013 Projeto de Estruturas Mistas Aço-Betão – 3ª Ed. Data e Local: 27 e 28 de setembro de 2013, Porto Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. Rui Simões (coordenador cientifico), Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. Rui Simões (FCTUC); Profª. Isabel Valente (UM) e Eng.º Rui Alves (Socometal) Preços: Geral – 400 € | Membros CMM – 320 € | Membros OE – 360 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa – 250 € (só membros colectivos da CMM)

Conceção e Dimensionamento de Ligações em Estruturas Metálicas e Mistas – 5ª Ed. Data e Local: 8 e 9 de novembro de 2013, Lisboa Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Eng.º Tiago Abecasis (coordenador cientifico), Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Eng.º Tiago Abecasis (Tal Projecto), Prof. Rui Simões (FCTUC); Prof. Altino Loureiro (FCTUC); Eng.º António Matos Silva (Martifer) e Eng.º Filipe Rodrigues (REFER) Preços: Geral – 400 € | Membros CMM – 320 € | Membros OE – 360 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa – 250 € (só membros colectivos da CMM)

As últimas edições tiveram lugar em Atenas (Grécia, 1995), Praga (República Checa, 1999), Coimbra (Portugal, 2002), Maastricht (Holanda, 2005), Graz (Áustria, 2008) e Budapeste (Hungria, 2011). A grande participação na edição de 2011 de Eurosteel, em Budapeste, contou com cerca de 500 participantes de mais de 40 países de todo o mundo, confirmou o interesse crescente em estruturas metálicas e mistas. A edição de 2014, que decorre entre 10 e 12 de setembro, será uma excelente oportunidade para as comunidades de cientistas e investigadores, de engenheiros e arquitetos, de construtores e produtores se reunirem, apresentar e discutir resultados e novas ideias neste campo.

Projeto de Estruturas Sujeitas à Acção do Fogo – 2ª Ed. Data e Local: 15 e 16 de novembro de 2013, Porto Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. Paulo Vila Real (coordenador cientifico), Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. Paulo Vila Real (UA), Profª. Aldina Santiago (FCTUC); Prof. Nuno Lopes (UA) e Dr. Sílvio Saldanha (TRIA) Preços: Geral – 400 € | Membros CMM – 320 € | Membros OE – 360 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa – 250 € (só membros colectivos da CMM)

Marcação CE: EN 1090: execução de Estruturas de Aço e de Alumínio Parte 1 e Parte 2 – 2ª Ed. Data e Local: 29 e 30 de novembro de 2013, Porto Horário: 9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30 Coordenação: Prof. Rui Simões (coordenador cientifico), Eng.º Luís Figueiredo Silva Formadores: Prof. Rui Simões (FCTUC), Prof. Altino Loureiro (FCTUC); Eng.ª Leonor Corte Real (Hempel); Eng.ª Filipa Santiago (CMM) e Eng.º Adriano Santos Preços: Geral – 400 € | Membros CMM – 320 € | Membros OE – 360 € | 3º formando e seguintes da mesma empresa – 250 € (só membros colectivos da CMM)

INFORMAÇÕES

www.eurosteel2014.it

CMM - Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista Departamento de Engenharia Civil da FCTUC – Pólo II Rua Luís Reis Santos - 3030-788 Coimbra Telefone: 239 095 568 | Fax: 239 405 722

para mais informações consulte: www.cmm.pt

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formação e eventos

ISCE 2013 – International Steel Construction Exhibition 23 a 26 Outubro, Porto O ISCE 2013 – International Steel Construction Exhibition, promovido pela CMM, é a primeira grande exposição internacional dedicada exclusivamente ao setor da construção metálica e mista a ser realizada em Portugal. O ISCE2013 propõe-se promover a construção metálica e mista num contexto internacional, com foco na Península Ibérica, países da Europa do Sul e países Lusófonos, não descurando a perspetiva Industrial, Produtiva, Cientifica e Técnica da Construção Metálica.

Pretende-se que o ISCE 2013 seja um espaço de geração de oportunidades comerciais, destacando as principais inovações e realizações tecnológicas no campo da construção metálica, mas também um evento promotor de trocas de conhecimento e experiência possibilitado pela participação das grandes referências internacionais da área, assim como das principais empresas nacionais. O ISCE 2013 realiza-se em paralelo com o IX Congresso de Construção Metálica e Mista, evento bianual organizado pela CMM que reúne as principais personalidades Portuguesas deste setor, e o I Congresso Luso-Brasileiro de Construção Metálica e Mista, conferindo a esta feira internacional uma componente científica, e possibilitando, desta forma, a participação neste evento de organizações do Brasil e dos restantes países Sul-Americanos.

da componente científica relevante, esta exposição terá também uma projeção global tornando-se uma excelente plataforma para desenvolvimento oportunidades de negócios internacionais. Para mais informações, consulte www.cmm.pt/isce2013

PATROCÍNIO OURO

Podemos desta forma dizer que este evento vai ter várias vertentes: A promoção da Produção será feita através de: ¬ International Steel Construction Exhibition (ISCE) ¬ Sessões Técnicas - Presença de pessoas relevantes no setor da construção metálica PATROCÍNIO PRATA

A vertente Científica promovida com as seguintes conferências: ¬ IX Conferência de Construção Metálica e Mista ¬ I Conferência Luso-Brasileira de Construção Metálica Sustentável A vertente Técnica será apresentada em: ¬ Workshops ¬ Cursos de Formação Tudo isto permite-nos afirmar seguramente que o ISCE será o maior evento da indústria da construção metálica a ter lugar em Portugal em 2013, com um âmbito de influência não só nacional e europeia, mas também com uma forte visão para os mercados fora da Europa, Lusófonos e Sul-Americanos, principalmente Angola, Moçambique e Brasil. Significando isto que, para além

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Outros patrocinadores

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formação e eventos

Formação técnica CMM 2013 Dando continuidade ao programa de formação técnica especializada 2013, a CMM desenvolveu mais duas ações de formação, estando ainda previstas mais quatros ações até ao final de 2013.

Decorreu entre 23 a 25 maio último, a última edição do curso de “Dimensionamento de Estruturas Metálicas” contou com 19 participantes. Coordenado pelo Eng.º Tiago Abecasis, o objetivo do curso foi dar a conhecer a norma EN 1993-1-1, preparando os formandos para o projeto de estruturas metálicas. O curso contou ainda com a presença, como formadores, do Eng.º Tiago Abecasis, do Professor Nuno Silvestre (IST), do Eng.º Adriano Santos e do Eng.º José Miguel Pontes (Metalocar).

O objetivo do curso foi dotar os formandos de capacidade de otimizar a produção de estruturas metálicas, tendo por base o conhecimento detalhado de cada uma das fases, permitindo avaliar e corrigir soluções de projeto, recorrendo às mais avançadas ferramentas de detalhe de estruturas metálicas. Assim, desde o conhecimento detalhado de como se modela tridimensionalmente uma estrutura metálica, de um caderno de encargos de estrutura metálica, da interiorização de todas as fases de produção fabril, aos procedimentos de montagem, permite, na fase de projeto e detalhe, criar soluções economicamente mais rentáveis.

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No âmbito do II Congresso de Construção Sustentável, decorreu na Universidade Mondlane, em Maputo, uma nova edição do curso de Execução de “Estruturas Metálicas, Projeto, Detalhe, Fabrico e Montagem”, coordenado pelo Eng.º Filipe Santos, tendo sido

ministrado pelo Professor Luís Simões da Silva (UC) e pela Professora Helena Gervásio (UC), para além do Eng.º Filipe Santos, contando com 35 participantes.

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formação e eventos

II Congresso Luso-Africano de Construção Metálica Sustentável

Decorreu no passado dia 19 de julho, na Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, o II Congresso de Construção Metálica Sustentável, promovido pela CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista. Contou com o apoio institucional da Universidade de Coimbra, Universidade Eduardo Mondlane, CFM – Portos e Caminho-de-ferro de Moçambique, ANE – Administração de Estradas de Moçambique e Ordem dos Engenheiros de Moçambique.

> Sessão de abertura do II Congresso Luso-Africano de Construção Metálica Sustentável

> Professor Luís Simões da Silva, UC

Com o firme intuito de difundir as mais recentes inovações no âmbito deste tipo de construção e dar a conhecer as linhas de orientação da investigação neste campo, o II Congresso Luso-Africano de Construção Metálica Sustentável não esqueceu a importância e potencialidades das parcerias entre Portugal e os países africanos na área da construção metálica sustentável, aproveitando as potencialidades e know-how técnico que o nosso país detém neste setor específico, e que lhe tem permitido crescimentos das exportações na ordem dos 30

a 40% (valores de 2011), assumindo os mercados africanos um lugar expressivo nestes números.

> Eng.º Melvin Xavier, CFM

> Eng.º Tiago Gonçalves, LCW

> Eng.º Evaristo Mussupai, ANE

> Eng.º Oliveira Pedro, GRID

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O congresso correspondeu inteiramente às expectativas da organização e contou com mais de 160 inscritos, vivenciando-se um ambiente privilegiado de intercâmbio de conhecimento e experiências entre os vários intervenientes, no desenvolvimento e implementação de projetos de construção metálica sustentável e da realidade africana.

> Panorâmica da assistência


formação e eventos

A sessão de abertura do II Congresso Luso-Africano contou com a presença do Dr. Fernando Carvalho, Diretor do AICEP Maputo, do Dr. Ângelo Macuácua, Vice-reitor da Universidade Eduardo Mondlane, do Professor Luís Simões da Silva, Presidente da CMM e Professor Catedrático da Universidade de Coimbra, do Professor Júlio Tsamba, Diretor da Faculdade de Engenharia da UEM; Professor Américo Diamande, Professor da Faculdade de Engenharia da UEM, do Eng.º Filipe Santos, da Direção da CMM e da Comissão Organizadora do II Congresso Luso – Africano de Construção Metálica Sustentável. > Grupo de formandos e formadores do curso técnico

Nas principais palestras abordaram-se temas como Competitividade e Inovação no Setor da Construção, pelo Prof. Luís Simões da Silva, Professor Catedrático da Universidade de Coimbra; Intervenção de Emergência ao km 26+900 na linha Ressano Garcia - Caso de Sucesso, pelo Eng.º João Mabota, CFM; Pontes Metálicas Rodoviárias em Moçambique, pelo Eng.º Evaristo Mussupai, ANE; e Utilização de Estruturas Metálicas – Exemplos Práticos, pelo Eng.º Tiago Mendonça, Betar, Lda. Ao longo das várias sessões foram abordados temas nas áreas específicas de Pontes Metálicas e Mistas; Execução e Gestão da Qualidade da Construção em Aço; Eficiência Energética e Sustentabilidade de Edifícios Metálicos; A Utilização de Estruturas Metálicas no Setor Energético; e Grandes Projetos. Em simultâneo, decorreu o curso técnico CMM de “Execução de Estruturas Metálicas”, ministrado pelo Professor Luis Simões da Silva, Professora Helena Gervásio e Eng.º Filipe Santos, e que contou com cerca de 40 participantes. Em paralelo às sessões científicas, decorreu ainda uma exposição técnica que contou com a presença das empresas VESAM Engenharia SA, Ferpinta – Indústrias de Tubos de Aço, SA, ACTICON Engenharia, Lda, MetaloViana – Metalúrgica de Viana, SA, Cin SA,

> Eng.º Filipe Santos, Vesam, durante o curso técnico

> Professora Helena Gervásio, UC, durante o curso técnico

Betar – Consultores, Lda, Cool Haven, Lda, Caetano Coatings e Soares da Costa Moçambique, e que despertou a atenção e interesse dos participantes no evento. A CMM assumiu, mais uma vez, um posicionamento ativo no desenvolvimento e promoção da inovação do setor da construção metálica a nível internacional, na organização do II Congresso Luso-Africano de Construção Metálica Sustentável, ações que continuará a incrementar no futuro devido ao elevado grau de aceitação e ao sucesso destes eventos, tendo sido anunciado na sessão da encerramento do evento a realização do III Congresso de Construção Metálica Sustentável, a decorrer novamente em Angola já no próximo ano. www.cmm.pt/cla

< Exposição técnica

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formação e eventos

Ciclo Seminários Portugal Steel Terminou em junho o primeiro ciclo de seminários Portugal Steel, que se iniciou a 06 de março na FCTUC, seguindo-se o IST a 26 de março, Universidade de Aveiro a 10 de abril e FEUP a 17 de abril, terminando na Universidade do Minho, em Guimarães, a 05 de junho.

> Universidade de Aveiro

> FCTUC

O Portugal Steel, projeto de promoção e divulgação do setor de construção metálica, pretende, nestes ciclos de seminários, fazer a apresentação de vários casos práticos que expressem as vantagens da construção metálica, contando para isso com oradores considerados como referências no setor da construção metálica e representantes das principais empresas a atuar neste mercado, impulsionando deste modo uma aproximação da comunidade académica à realidade do que se faz no setor e aos benefícios da construção metálica e mista.

Está já definido o 2º ciclo de seminário Portugal Steel, a iniciar depois de setembro, em colaboração com outras entidades de ensino superior: ¬ Universidade Nova de Lisboa ¬ Escola Superior Tecnologia - Universidade do Algarve ¬ Instituto Politécnico de Leiria ¬ Instituto Superior de Engenharia do Porto ¬ Instituto Superior de Engenharia de Coimbra

Este primeiro ciclo de seminário obteve um enorme sucesso, quer na recetividade do público, quer na concretização do objetivo de promoção e projeção da marca Portugal Steel e do setor da construção metálica nacional.

> FCTUC

> FEUP

> IST

> IST

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Visite o site www.portugalsteel.com e saiba mais detalhes sobre o programa e as datas dos seminários.

Portugal Steel, a força da construção metálica nacional.

> Universidade do Minho

> Universidade de Aveiro


notícias eccs

www.steelconstruct.com

a edição de 2013 da ECCS Annual Meeting terá lugar em Milão, Itália, a 3 e 4 de outubro de 2013 A organização do evento é assumida pela ACAI, que é a associação de acolhimento, em colaboração com UNCSAAL e EDILPORTALE, e fará parte dos quatro dias da MADEexpo, a decorrer entre 2 e 5 de outubro. MADEexpos é a exposição de relevo do setor da construção, arquitetura e design, e decorrerá na Feira Complexo Milão Rho-Pero. O programa para o congresso tem por base “A conquista da verticalidade”, e incidirá sobre prédios altos, com particular referência aos seguintes temas: edifícios altos, soluções tecnológicas para a redução do tempo de construção e tecnologias de informação para a gestão eficiente de informações ao longo do ciclo de vida das obras.

Saiba mais sobre este evento em www.acaiacs.it

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A reunião Anual ECCS 2013 será composta pelo tradicional congresso e pela cerimónia dos prémios ECCS Steel Design Awards 2013, conjuntamente com o ECCS European Student Awards Steel Design, eventos durante os quais serão entregues os prémios para os trabalhos mais significativos de cada país representado. À semelhança de anos anteriores, o Prémio Charles Massonnet reconhece um proeminente cientista que contribuiu com o seu trabalho para o avanço e suporte técnico sobre estruturas de aço de construção.

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publicações

destaque eccs

Buckling of Steel Shells European Design Recommendations 5ª edição, 2ª revisão Editores: John Michael Rotter e Herbert Schmidt Technical Working Group 8.4 | Shells N.º 125 | 2013, publicado por ECCS.

As cascas têm uma vasta gama de aplicações em Engenharia Civil, desde torres, postes, torres eólicas, chaminés para reservatórios, tais como silos, tanques e biodigestores, assim como em fundações por estacas e estruturas de proteção. A estrutura em casca oferece grande resistência para a quantidade de material nela aplicada, e é altamente otimizada para cada aplicação específica. No entanto, esta eficiência e otimização trazem consigo a suscetibilidade a falhas por encurvadura, o maior e mais complexo comportamento a qualquer classe de estrutura. Este livro fornece ao projetista um guia completo para o projeto de grandes estruturas metálicas em casca, usando metodologias de cálculo, algumas recorrendo a cálculo computacional de várias complexidades. Baseia-se rigorosamente na norma líder mundial de projeto estrutural em casca, Eurocodigo 3 Parte 1.6 (PT 1993/01/06), a qual inclui regras gerais extensivas para o universo das cascas metálicas. Este livro expõe matérias relativas a cálculo de cascas, assim como expõe detalhadamente as regras enunciadas no EC3-1.6. Utilizando este livro, o projetista pode adquirir a orientação para projetar grandes cascas metálicas para uma ampla gama de aplicações em Engenharia Civil.

Para mais informações acerca do livro visite: www.eccspublications.eu

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publicações

outras publicações Construção Metálica e Mista 8

Design of Steel Structures

Eds.: Luís Simões da Silva, Paulo Cruz, Nuno Lopes, J. Almeida Fernandes, António Baptista (2011, 956 pp.) PVP: 40,00 euros | Preço Membro CMM: 32,00 euros

PVP: 66,04 euros | Preço Membro CMM: 52,83 euros

Fire Design of Steel Structures

PVP: 66,04 euros | Preço Membro CMM: 52,83 euros

Construção Metálica e Mista 7

Design of Plated Structures

Eds.: Luís Simões da Silva, J. Almeida Fernandes, António Baptista, Elsa Caetano, Paulo Piloto (2009, 758 pp.) PVP: 48,00 euros | Preço Membro CMM: 30,40 euros

PVP: 51,89 euros | Preço Membro CMM: 41,51 euros

Fatigue Design of Steel and Composite Structures PVP: 51,89 euros | Preço Membro CMM: 41,51 euros

Construção Metálica e Mista 6

Eds.: Luís Simões da Silva, Elsa Caetano, Paulo Piloto, Carlos Martins e Tiago Abecasis (2007, 687 pp.) PVP: 15,00 euros | Preço Membro CMM: 12,00 euros

Design of Cold-formed Steel Structures

PVP: 66,04 euros | Preço Membro CMM: 52,83 euros

Eurosteel 2008 – Conference Proceedings

Construção Metálica e Mista 5

PVP: 30,19 euros | Preço Membro CMM: 24,15 euros

Eds.: António Lamas, Carlos Martins, Tiago Abecasis e Luis Calado (2005, 882 pp.) PVP: 15,00 euros | Preço Membro CMM: 12,00 euros

Steel Bridges: Avanced Solutions & Technologies – Conference Proceedings PVP: 17,74 euros | Preço Membro CMM: 17,74 euros

Construção Metálica e Mista 4

P085 - Design Handbook for Braced or Non Sway Steel Buildings According to EC3

Eds.: António Lamas, Luís Calado, João Ferreira e Paulo Vila Real (2003, 782 pp.) PVP: 15,00 euros | Preço Membro CMM: 12,00 euros

PVP: 17,74 euros | Preço Membro CMM: 17,74 euros

Construção Metálica e Mista 3

P114 - Preliminary Worked Examples according to Eurocode 3, Part 1-3

Eds.: António Lamas, Paulo Vila Real e Luís Simões da Silva (2001, 735 pp.) PVP: 15,00 euros | Preço Membro CMM: 12,00 euros

PVP: 15,09 euros | Preço Membro CMM: 12,07 euros

Construção Metálica e Mista 2

P119 - Rules for Member Stability in EN 1993-1-1 – Background documentation and Design Guidelines

Eds.: António Lamas, Luís Simões da Silva e Paulo Cruz (1999, 905 pp.) PVP: 15,00 euros | Preço Membro CMM: 12,00 euros

PVP: 34,91 euros | Preço Membro CMM: 27,93 euros

Construção Metálica e Mista 1

PVP: 30,19 euros | Preço Membro CMM: 24,15 euros

P126 - European Recommendations for the Design of Simple Joints in Steel Structures PVP: 30,19 euros | Preço Membro CMM: 24,15 euros

P127 - Preliminary European Recommendations for the Testing and Design of Fastenings for Sandwich Panels PVP: 16,98 euros | Preço Membro CMM: 13,58 euros

P128: Guide to the CE Marking of Structural Steelwork PVP: 42,45 euros | Preço Membro CMM: 33,96 euros

P129: Energy Efficiency of light-weight Steel-Framed Buildings PVP: 36,79 euros | Preço Membro CMM: 29,43 euros

P130: Concepts and Methods for Steel Intensive Building Project PVP: 46,23 euros | Preço Membro CMM: 36,98 euros

P131: Assessment of EC8 Provisionsfor Seismic Design of Steel Structures PVP: 39,00 euros | Preço Membro CMM: 31,20 euros

P132: Membrane Action of Composite Structures in Case of Fire PVP: 49,00 euros | Preço Membro CMM: 39,20 euros

OUTRAS Publicações CMM

OUTRAS Publicações ECCS

P123 - Worked examples according to EN1993-1-3

Eds.: António Lamas, Paulo Cruz e Luís Calado (1997, 905 pp.) PVP: 15,00 euros | Preço Membro CMM: 12,00 euros

Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas (2ª Edicão) Eurocódigo 3: Projecto de Estruturas Metálicas, Parte 1-1: Regras gerais e regras para edifícios Ed.: Rui Simões (2007, 224 pp.) PVP: 22,50 euros | Preço Membro CMM: 18,00 euros

Manual de Dimensionamento de Estruturas Metálicas: Métodos Avançados Eurocódigo 3: Projecto de Estruturas Metálicas, Parte 1-1: Regras gerais e regras para edifícios, Parte 1-5: Estruturas constituídas por placas Ed.: Luís Simões da Silva (2007, 432 pp.) PVP: 35,00 euros | Preço Membro CMM: 28,00 euros

Manual de Execução de Estruturas Metálicas

Eds.: Filipe Santos e Luís Simões da Silva PVP: 20,00 euros | Preço Membro CMM: 16,00 euros

Manual de Ligações Metálicas

Eds.: Luís Simões da Silva e Aldina Santiago (2003, 150 pp.) Disponível para download gratuitamente para membros CMM em www.cmm.pt

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Aos preços acima mencionados acresce o IVA à taxa legal.

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50 anos de construção metálica e mista na europa

parte 17 – 2005

Flintholm Station Vanløse, Dinamarca (2005)

© KHR Arkitekter

A luminosidade e a estrutura elegante representam uma integração perfeitamente funcional entre pontes e uma estação. A luminosidade interna é conseguida através do vidro flutuante e da cobertura de aço. A montagem vertical foi conseguida sem perturbar a atividade normal das redondezas. As proporções invulgares mas interessantes dos suportes verticais contrastam positivamente com o telhado horizontal suave que cobre o espaço desta estrutura.

Dono de obra Rail Net Denmark Arquitetura KHR AS/DSB Architects Engenharia Cowi A/S Metalomecânica MTHoejgaard, Skanska Danmark A/S

© ECCS

Sazka Arena Praga, República Checa (2005)

Esta aplicação de aço para grandes estruturas assinala um passo em direção ao desenvolvimento de estruturas avançadas nesta parte da Europa. Através da utilização de programas de computador, as equipas de design e metalomecânica ultrapassaram, com sucesso, problemas complexos. A realização final do projeto foi conseguida por via da excelente qualidade do fabrico dos materiais e da capacidade da equipa de montagem vertical.

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Dono de obra Sazka AS Arquitetura Vladimir Vokaty, Martin Vokaty, Jiri Vit, ATIP AS Engenharia Vladimir Janata, Jan Vcelak, Excon AS Metalomecânica Metrostav AS, Hutni Montaze


50 anos de construção metálica e mista na europa

parte 17 – 2005

Munich International Airport Terminal 2 Munique, Alemanha (2005) clareza do conceito e a lógica da construção metálica clássica resultam num edifício espaçoso com uma atmosfera vívida.

© ECCS / Flughafen München GmbH

Este atraente edifício é um excelente exemplo de arquitetura metálica bem-sucedida na prossecução de um design user friendly e resistente mas de aparência recatada, maximizando o conforto e a eficiência. A

Dono de obra FM Terminal 2 Immobilien – Verwaltungsgesellschaft mbH & Co. oHG, ein Gemeinschaftsunternehmen der Flughafen München GmbH und der Deutschen Lufthansa AG Arquitetura K + P Architekten Und Stadplaner GmbH Engenharia Seeberger Friedl und Partner Ingenieurbüro für Tragwerksplanung Metalomecânica Maurer Söhne GmbH & Co. KG

TKP Finnmap Offices Helsínquia, Finlândia (2005) Este interessante edifício representa um bom exemplo do uso de estruturas mistas em escritórios, com flexibilidade muito adequada para divisórias internas. Com um aspeto global bastante clássico, este complexo de dois edifícios é particularmente atrativo graças à fachada da entrada principal, em aço e vidro, que favorece a luminosidade interior e a transparência.

© ECCS

Dono de Obra Suomi Group, Phojola Group plc Arquitetura SARC Architects Ltd Engenharia Finnmap Consulting Oy Metalomecânica YIT Corporation, Rannila Steel Ltd

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cmm

membros em destaque

membros cmm CIN

Eng.º Fernando Ramos Protective Coatings Marketing Manager

Faça uma resumida apresentação da CIN Com uma história de mais de 90 anos na indústria das tintas e vernizes, a CIN – Corporação Industrial do Norte, SA - é líder ibérica neste mercado desde 1995, ocupando o 46º lugar no ranking mundial de produtores de tintas e vernizes, em 2012 (Refª Coatings World). O seu portfolio de produtos abrange três diferentes segmentos - Decorativos, Indústria e Protective Coatings - com gamas que abrangem todas as necessidades do mercado, quer do ponto de vista do consumidor final, quer do profissional. Nas mais de 100 lojas próprias que se localizam em Portugal, Espanha, França, Angola e Moçambique, a CIN valoriza a proximidade com o cliente e, por isso, disponibiliza um atendimento eficaz e personalizado, com toda a qualidade e garantia CIN, bem como os mais modernos e inovadores produtos e soluções, produzidos essencialmente nas suas unidades fabris na Península Ibérica, França, Angola, Moçambique e China. Em que áreas se tem destacado a CIN? As principais áreas de negócio do Grupo CIN são Protective Coatings, Indústria e Construção Civil. Protective Coatings é uma área de negócio fundamental no Grupo CIN, constituindo um dos pilares de sucesso da contínua política de liderança e de inovação. A atuar principalmente nos setores da petroquímica, infraestruturas, energia e construção metálica, a CIN Protective Coatings está presente em algumas das mais prestigiadas e emblemáticas obras realizadas em Portugal e Espanha, bem como no resto da Europa,

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Os grandes projetos de desenvolvimento estão centrados na certificação de produtos, segundo as mais recentes normas europeias e internacionais, e na procura de soluções que possam vir a dar resposta às enormes restrições legislativas (...)

Médio Oriente, África, América Latina e USA. Em Portugal, a CIN Protective Coatings foi a escolhida para algumas das mais importantes obras realizadas, de que são exemplo o Aeroporto Francisco de Sá Carneiro, alguns dos Estádios construídos no âmbito do Euro 2004, Ponte D. Maria, Gare do Oriente, Ponte de Portimão, etc. Internacionalmente, os exemplos multiplicam-se, sendo alguns dos mais notáveis o Centro de Arte Rainha Sofia, em Espanha, o Palácio de Congressos de Málaga, o Novo Estádio do Atlético de Bilbau, também em Espanha, o Centro Comercial Metromall, no Panamá, o Hospital Universitário San Vicente de Paúl, na Colômbia, a fábrica da Renault, em Marrocos, a Torre “Turning Torso”, na Suécia, a Torre Dames, em França, a Ponte Samora Machel, em Moçambique, e a Ponte Tchinege, em Angola. Na CIN INDÚSTRIA destaca-se a fabricação e comercialização de tintas em pó, desenvolvidas e produzidas na sua unidade fabril localizada no Castêlo da Maia e comercializadas com a marca Megadur. A CIN é igualmente líder na fabricação e comercialização de produtos para o mercado da Construção Civil, com produtos inovadores desenvolvidos nos seus Centros de I&D. Como se diferencia a CIN dos seus concorrentes? A CIN mantém uma estratégia de forte aposta na inovação e no desenvolvimento de novos produtos, que há mais de 90 anos a caracteriza e a consagrou enquanto referência, destacando-se pelo desenvolvimento contínuo de novas tendências para o mercado.


cmm

O Grupo CIN aposta fortemente na inovação e desenvolvimento de soluções próximas do consumidor e possui diversos centros de I&D e laboratórios espalhados por diversos países (Portugal, Espanha, França, Angola, Moçambique e China) onde trabalham cerca de 140 colaboradores que garantem, diariamente, a inovação tecnológica capaz de antecipar as necessidades do mercado e a acrescentar valor aos produtos. O mais recente e inovador centro I&D da CIN está localizado na Maia e resultou de um investimento inicial de €7,5 milhões, possuindo características únicas que refletem a importância desta área para a marca. Que projetos de relevo distinguem o trabalho da CIN? Para a CIN, é fundamental continuar a aportar valor aos produtos que apresenta ao mercado. Isto só é possível através de uma contínua aposta no desenvolvimento de soluções técnicas inovadoras e sustentáveis. Esta premissa verifica-se nos mais recentes produtos e esquemas desenvolvidos e testados para a proteção anticorrosiva de estruturas metálicas e mistas açobetão, que apostam na maior durabilidade, na redução de custos de construção e manutenção, na poupança de recursos naturais e energéticos e na proteção do meio ambiente. Os grandes projetos de desenvolvimento estão centrados na certificação de produtos, segundo as mais recentes normas europeias e internacionais, e na procura de soluções que possam vir a dar resposta às enormes restrições legislativas que estão a ser preparadas a nível europeu e internacional, com o objetivo de desenvolver produtos mais amigos do utilizador e do ambiente. Que desafios futuros aguardam a CIN? Apesar de operar num quadro macroeconómico adverso, o Grupo privilegiou a diversificação geográfica dos seus mercados, tendo aumentado significativamente a componente exportadora e criado novas plataformas que sustentem o seu crescimento no futuro. A crise que se faz sentir em toda a Europa e no mundo afeta de forma inevitável o negócio, não resultando, no entanto, numa diminuição do investimento. Enquanto líder de mercado, o Grupo continua a seguir a política de liderança e inovação, apostando no desenvolvimento de novos produtos, antecipando as necessidades futuras do consumidor e oferecendo-lhe produtos de qualidade, que não só satisfaçam as suas necessidades como sejam, também, ambientalmente responsáveis. Como vê o estado atual do mercado da construção metálica e mista? Os mais recentes projetos europeus e internacionais, sobretudo os de grande envergadura, demonstraram que o aço passou a ser muito mais utilizado em detrimento do betão ou, noutros casos, a combinação dos dois materiais foi a opção eleita. A vantagem do uso das estruturas metálicas assenta no menor custo associado a uma maior durabilidade, flexibilidade, versatilidade e rapidez construtiva, constituindo uma solução muito capaz em casos em que outros materiais não seriam tão viáveis e sustentáveis.

membros em destaque

O uso das estruturas metálicas representa ainda uma maior dinamização da economia nacional e internacional, pois permite uma mobilidade não existente no betão. Na realidade, muitas das grandes obras metálicas que vemos hoje com estruturas metálicas não seriam possíveis de construir noutros materiais. A sobrevivência do setor estará numa cooperação entre os diversos concorrentes, ou numa competição capaz de elevar e superiorizar os players mais competitivos? A competição é necessária enquanto motor de inovação e desenvolvimento, potenciando uma oferta de mercado mais ampla, com melhores soluções técnicas e com uma grande aposta na sustentabilidade. Assim, o Grupo vê como saudável a cooperação entre os diversos concorrentes, defendendo que esta deve ser feita ao nível do associativismo para que se consigam unir esforços na divulgação e dinamização do setor ao nível internacional e nacional. Quais os objetivos da CIN para os anos de 2013 e 2014? Os mercados internacionais, como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Argélia, Europa, América Latina, vão continuar a ser alvo de aposta da CIN, estando patente o objetivo de desenvolver novos projetos e novas parcerias de forma a assegurar o sucesso da internacionalização do Grupo CIN. Como perceciona o papel CMM no contexto nacional do setor da construção metálica e mista? A CMM tem feito um excelente trabalho de divulgação do setor de construção metálica e mista em Portugal, tendo aumentado o reconhecimento deste setor junto das entidades públicas e privadas nacionais e internacionais e conseguido aportar valor ao mercado português além-fronteiras. O seu papel tem sido muito importante na divulgação do know-how nacional junto dos mais variados organismos europeus e internacionais, conseguindo uma maior proximidade entre projetistas, construtoras, universidades, fabricantes de estruturas metálicas, fabricantes dos revestimentos e seus aplicadores em todo o mundo. Em que mercados estrangeiros a CIN pretende atuar? Atualmente exportamos para mais de 15 mercados espalhados pelos quatro cantos do mundo. Os nossos produtos são bem aceites pelos mercados externos e os pedidos surgem de forma regular. A América Latina representa uma das principais apostas em que a CIN está a empreender esforços, sendo disso exemplo a recente constituição da CIN Coatings México e as várias parcerias formalizadas com empresas locais, por forma a dinamizar o negócio nesse mercado. O centro da Europa e o Médio Oriente estão igualmente no centro das atenções da CIN, pela sua dinâmica de construção e aposta na qualidade dos materiais. www.cinprotective.com

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cmm

membros

metalomecânica

Arcen Engenharia, S.A. www.arcen.pt

Bysteel, S.A. www.bysteel.pt

Constálica – Elementos de Construção Metálicos, S.A. www.constalica.pt

Faustino & ferreira www.faustinoeferreira.com

Faststeel, S.A. www.faststeel.pt

Frisomat, S.A. – Comércio e Indústria de Materiais de Construção www.frisomat.pt

Faustino & Ferreira Sociedade Construções Metálicas, Lda. www.faustinoeferreira.com

GARSTEEL – Construções Metálicas, Lda. www.garsteel.pt

GESTEDI – Construção e Investimentos Imobiliários, Lda.. www.gestedi.pt

Intertelha, Lda. www.intertelha.com

j.f.metal www.jfmetal.pt

Martifer – Construções Metalomecânicas, S.A. www.martifer.pt

METALOCAR – Indústria de Metalomecânica, S.A. www.metalocar.pt

METALOCARDOSO – Construções Metálicas e Galvanização, S.A. www.metalocardoso.com

Metalogalva – Irmãos Silvas, S.A. www.metalogalva.pt

MetaloViana – Metalurgia de Viana, S.A. www.metaloviana.pt

NORFERSTEEL – Construções e Metalomecânica, S.A. www.norfer.com

O Feliz Metalomecânica, S.A. www.ofeliz.pt

Perfisa – Fábrica de Perfis Metálicos, S.A. www.perfisa.net

SEVEME – Indústrias Metalúrgicas, S.A. www.seveme.com

TEGOPI – Indústria Metalomecânica, S.A. www.tegopi.pt

UEM – Unidades de Estruturas Metálicas uem@normetal.com

Parfel – Sociedade de Equipamentos Indústriais, Lda. www.parfel.pt

PECOL – Sistemas de Fixação, S.A. www.pecol.pt

importadores e armazenistas de aço

Antero & Cª, S.A. www.anteroeca.com

FAF – Produtos Siderurgicos, S.A. www.faf.pt

Florêncio Augusto Chagas, S.A. www.fachagas.pt

acabamento e proteção

CIN – Corporação Industrial do Norte, S.A. www.cin.pt

SIKA Portugal, S.A. www.sika.pt

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EUROGALVA – Galvanização e Metalomecânica, S.A. www.eurogalva.pt

J. Soares Correia – Armazéns de Ferro, S.A. www.jsoarescorreia.pt

produtores de aço

HEMPEL (Portugal), Lda. www.hempel.pt

Ferpinta – Ind. de Tubos de Aço de Fernando Pinho Teixeira, S.A. www.ferpinta.pt


cmm

membros

projeto e consultadoria

A 400 – Projectistas e Consultores de Engenharia Civil, Lda. www.a400.pt

A2P Consult, Lda. www.a2p.pt

Armando Rito Engenharia, S.A. www.arito.com.pt

Berd – Projecto, Investigação e Engenharia de Pontes, S.A. www.berd.eu

Betar – Consultores, Lda. www.betar.pt

C.G.F. – Coordenação, Gestão e Fiscalização de Obras, Lda. www.cgf.pt

Civi4 – Projectistas e Consultores de Engenharia Civil, Lda. www.civi4.pt

Construsoft – Software para a Indústria de Construção, Lda. www.construsoft.pt

COOL HAVEN – Habitações Modulares e Eco-Sustentáveis, Lda. www.coolhaven.pt

Dendro – Engenharia e Arquitectura, Lda. www.dendro.pt

DhPro – Serviços de Engenharia Civil, Lda. www.dhpro.pt

EDM – 3D, Lda. www.edm–3d.pt

FCGAB www.fcgab.pt

GOP – Gabinete de Organização de Projectos, Lda. www.gop.pt

GRID – Consultas, Estudos e Projectos de Eng., Lda. www.grid.pt

GWIC www.gwicgroup.com

JETSJ Geotecnia, Lda. www.jetsj.pt

J.L. Câncio Martins – Projectos de Estruturas, Lda. www.jlcm.pt

LCW Consult, S.A. www.lcwconsult.com

LEB, Lda. www.leb.pt

Lusomanu, Lda. www.lusomano.com.pt

LUSOMELT – Fornecimento de Bens e Serviços, Lda. www.lusomelt.pt

Mecanotubo – Construção e Estruturas, S.A. www.mecanotubo.pt

MUTO Consultores www.muto.pt

Omega – Serviços de Engenharia, Lda. www.omega.com.pt

Perry da Câmara e Associados, Consultores de Engenharia Lda. www.pcaengenharia.pt

PPSEC – Engenharia, Lda. www.ppsec.pt

PROAFA, Serviços de Engenharia, S.A. www.afaconsultores.pt

PROCIFISC – Engenharia e Consultadoria, Lda. www.procifisc.pt

Proengel – Projectos, Engenharia e Arquitectura, Lda. www.proengel.pt

Safre Estudos e Projectos de Engenharia, Lda. www.safre.pt

SISCAD – Tecnologias de Informação, Lda. www.siscad.pt

TALPROJECTO – Projectos, Estudos e Serviços de Engenharia, Lda. www.talprojecto.pt

TRIA – Serviços, Materiais e Equipamentos, Lda. www.tria.pt

Trimétrica Engenharia Lda. www.trimetrica.com.pt

VESAM Cold–Form, Lda. www.vesam.pt

Instituto Superior Técnico – DECivil – ICIST www.civil.ist.utl.pt

LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil www.lnec.pt

Universidade de Aveiro – Departamento de Engenharia Civil www.civil.ua.pt

instituição de ensino

Escola Superior de Tecnologia de Viseu – I.P.V. www.estv.ipv.pt

Escola Superior de Tecnologia e Gestão – IP Bragança www.estig.ipb.pt

Instituto Politécnico da Guarda www.ipg.pt

Universidade de Coimbra www.uc.pt

Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciências e Tecnologia www.fct.unl.pt

Universidade de Trás–os–Montes e Alto Douro www.utad.pt

Todos os contactos e informações sobre produtos e serviços dos membros da CMM podem ser consultados em www.cmm.pt, sendo a informação disponibilizada da responsabilidade de cada membro.

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calendário de eventos

evento

organização

local

data

informações

ECCS European Steel Construction Day & Annual Meeting 2013 d

ECCS – European Convention for Constructional Steelwork

Milão, Itália

3e4 outubro 2013

www.steelconstruct.com

PSSC 2013 Pacific Structural Steel Conference

Singapore Structural Steel Society e National University of Singapore

Singapura

8 a 11 outubro 2013

www.pssc2013.org

ISCE2013 Internacional Steel Construction Exhibition

CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista

Porto, Portugal

23 a 26 outubro 2013

www.cmm.pt/isce2013

IX Congresso de Construção Metálica e Mista e I Congresso Luso-Brasileiro de Construção Metálica e Mista

CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista

Porto, Portugal

24 e 25 outubro 2013

www.cmm.pt/congresso

Switzerland Annual Steel Construction Conference

Stahlbau Zentrum Schweiz

Suíça

24 outubro 2013

www.szs.ch/news_f.html

Portugal SB13 – Contribution on Sustainable Building for EU 20-20-20 targets

iiSBE Portugal, Universidade do Minho e Instituto Superior Técnico

Guimarães, Portugal

30 outubro a 1 novembro 2013

www.iisbeportugal.org/ portugalsb13/pt/index.html

Norwegian Steel Day & Exhibition 2013

Norsk Stålforbund – Norwegian Steel Association

Oslo, Noruega

7 novembro 2013

www.stalguiden.com/staldag.htm

Danish Steel Day 2013

Dansk Stålinstitut

Dinamarca

14 novembro 2013

www.steelinfo.dk

formação

coordenação

local

data

horário

Projeto de Estruturas Mistas Aço-Betão – 3ª Ed.

Prof. Rui Simões (Coordenador Cientifico)

Porto, Portugal

27 e 28 setembro 2013

9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30

Conceção e Dimensionamento de Ligações em Estruturas Metálicas e Mistas – 5ª Ed.

Eng. Tiago Abecasis (Coordenador Cientifico)

Lisboa, Portugal

8e9 novembro 2013

9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30

Projeto de Estruturas Sujeitas à Ação do Fogo – 2ª Ed.

Prof. Paulo Vila Real (Coordenador Científico)

Porto, Portugal

15 e 16 novembro 2013

9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30

Marcação CE: EN 1090: execução de Estruturas de Aço e de Alumínio Parte 1 e Parte 2 – 2ª Ed.

Prof. Rui Simões (Coordenador Científico)

Porto, Portugal

29 e 30 novembro 2013

9:00 às 13:00 e 14:30 às 18:30

48 metálica 31 . setembro 2013

cursos de formação CMM

agenda


técnica

pontes rodoviárias mistas

Consultoria EN1090 e Sistemas de Gestão da Qualidade

Gestão

Sustentabilidade

Inovação e Normalização

11 metálica 29 . março 2013



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