ASUG NEWS 61 - Ano 14

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REVISTA BIMESTRAL DA ASUG BRASIL • EDIÇÃO 61 • NOVEMBRO DEZEMBRO 2012 • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

SUGEN

AUSIA ASUG BRASIL

SAP BRASIL

ASUG BRASIL AMPLIA SEU RELACIONAMENTO COM PARCEIROS, CLIENTES E SAP Desejamos aos nossos leitores

Feliz Natal e um 2013 de Sucesso!

SAP AG

EXECUTIVOS VISITAM SEDE DA ASUG Oliver Arida e Diego Dzodan, da SAP, participaram de reuniões com a nova diretoria

POR MEIO DE EVENTOS, REUNIÕES INTERNACIONAIS E VISITAS A ASSOCIAÇÃO TORNA SEU PILAR DE RELACIONAMENTO MAIS FORTE

ENCONTRO EXECUTIVO DE TI 2012 Evento reuniu a comunidade de C-levels com muitas informações relevantes


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EDITORIAL

SUMÁRIO 04 | ENTREVISTA Sandra Vaz

Olá! 06 | ASUG EM AÇÃO • Executivos da SAP visitam sede da ASUG Brasil • Vice-presidente da ASUG é eleito no SUGEN

Chegamos à última edição do ano. O ano de 2012 foi muito importante para a ASUG Brasil e também para a comunidade SAP. Tivemos a eleição da nova Diretoria da nossa associação, a troca do presidente da SAP Brasil, novos executivos chegando à fornecedora alemã e muitas novidades para os usuários. Para iniciar a apresentação desses executivos, trazemos nessa edição uma entrevista exclusiva com a vice-presidente de Vendas para Ecossistemas e Canais da SAP Brasil, Sandra Vaz, para você conhecer o trabalho que já está sendo realizado com os parceiros. Na sessão ASUG em Ação, você verá as importantes visitas que recebemos em nossa sede e também uma grande novidade da ASUG Brasil no SUGEN. Temos também matérias sobre o mundo SAP, um artigo técnico bem interessante, o fechamento do ano do Instituto Esperansap, a indicação de um e-book do Gartner, que vai trazer bastante informação para o seu negócio e a cobertura do Encontro Executivo de TI, que foi um absoluto sucesso. E aqui vai outra novidade: você vai encontrar um complemento da entrevista com o Guto Abranches, sobre economia mundial, na nossa edição que pode ser baixada gratuitamente via Apple Store. Lá você vai encontrar a entrevista completa, além de ter a facilidade de ler o conteúdo no seu iPhone ou iPad. Para finalizar, gostaríamos de agradecer, em nome de toda a diretoria, mais um ano de associação conosco! Queremos agradecer também as participações nos Eventos, Grupos de Estudos e no Fórum do Portal. Foram essas ações que mantiveram a ASUG Brasil tão ativa em 2012. Esperamos contar com você novamente em 2013 e, para quem não conseguiu participar, desejamos estar com você nos próximos eventos. Desejo uma boa leitura, boas festas e até 2013!

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10 | MUNDO SAP Pesquisa aponta que 69% das empresas brasileiras consideram prioridade o uso eficiente de tecnologia 12 | MATÉRIA DE CAPA Encontro executivo de TI fecha calendário de eventos da ASUG com sucesso 16 | FERRAMENTAS E SISTEMAS Atualizações em massa... como fazê-las mais rapidamente e com menos impacto ao ambiente 20 | ESPERANSAP Instituto encerra o ano com 19 academias realizadas

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22 | ATUALIDADE Gartner mostra como moldar a fronteira digital

ASSOCIAÇÃO DE USUÁRIOS SAP DO BRASIL Rua Azevedo Macedo 20 - 7° Andar V. Mariana - São Paulo SP - 04013-060 0800.164.064 - www.asug.com.br CAPA: Foto DepositPhotos. ARTIGOS ASSINADOS: São de responsabilidade do(s) respectivo(s) autor(es) e não representam, necessariamente, a opinião desta revista nem da ASUG Brasil. REVISTA ASUG NEWS: publicação bimestral da ASUG Brasil. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. LEIA TODAS AS NOSSAS MATÉRIAS TAMBÉM ATRAVÉS DO PORTAL ASUG BRASIL.

DIRETORIA ASUG BRASIL 2012-2014 Presidente SANDRA M. HECK - Artecola Vice-Presidente CLÁUDIO FONTES - Spaipa

EDITORA E JORNALISTA RESPONSÁVEL CAROLINA MONTEIRO MTB Nº 43.109

Diretor Financeiro LUIZ BORDIERI - Schincariol

DESIGN E EDITORAÇÃO JMB DESIGN

Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento ÁLVARO MARTINS - Petrobras

IMPRESSÃO GRÁFICA A.R. FERNANDEZ

Diretor de Serviços JAIR BUZZO - Rhodia

DISTRIBUIÇÃO, COMERCIAL E MARKETING RS RIGHT SUPPORT LTDA www.rscorp.com.br Tiragem: 10.000 exemplares

Diretora de Educação LUZIA SARNO - Copersucar Diretor Administrativo RENATO BELINI - Abbott

SANDRA MARLENE HECK Presidente ASUG Brasil

Diretor de Comunicação CARLOS MATHEUS - Grupo Jereissati

Diretor Associativo RICARDO DE CASTRO - Camargo Corrêa Diretor de Eventos LORIVAL VERILLO - Klabin

EXECUTIVO DE CONTA ORLANDO FOGAÇA orlando@rscorp.com.br SUGESTÕES, INFORMAÇÕES E CONTATOS www.asug.com.br redacao@asug.com.br - 0800.164.064


DIVULGAÇÃO

ENTREVISTA SANDRA VAZ

Sandra Vaz fala sobre os seus desafios nesse novo cargo assumido recentemente na fornecedora alemã

OS DESAFIOS DA ÁREA DE VENDAS E CANAIS DA SAP PARA 2013 4

ASUG NEWS NOVEMBRO DEZEMBRO 2012

Em outubro de 2012, Sandra Vaz assumiu o cargo de vice-presidente de Vendas para Ecossistemas e Canais na SAP Brasil com o objetivo de apoiar a estratégia de crescimento da empresa, ampliando a presença no mercado e reforçando o relacionamento com os parceiros e canais. Sandra possui 20 anos de atuação no setor de TI e tem como meta reforçar o relacionamento com o ecossistema da companhia, ampliando a participação de vendas indiretas na receita total. A executiva passou por empresas como ABC Bull S.A. Telematic, Cobra Computadores e Sistemas Brasileiros e Oracle. É formada em Análise de Sistemas pela Universidade Mackenzie, pós-graduada em Administração de Empresas e Marketing pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e possui MBA Executivo pela Business School de São Paulo, com extensão na Universidade de Toronto, Canadá. Conheça mais sobre os objetivos e planos de Sandra. ASUG News - Quais são os seus desafios nessa vinda para a SAP? SANDRA VAZ - Para esse final de ano, é apoiar os nossos parceiros nos negócios que temos em pipeline e entregar um excelente número para a SAP. Para o próximo ano, nossa intenção é fortalecer o ecossistema de parceiros e ampliar a cobertura através de parceiros no país, tanto geográfica quanto nas áreas de soluções inovadoras. Então, todo portfólio de soluções SAP, do portfólio de inovação, nós estamos já trabalhando com os parceiros para que eles aprendam, se especializem, se certifiquem e levem esse portfólio para os seus atuais clientes e para os novos clientes também. Então, basicamente, é sair de um momento que hoje a SAP tem 20% das vendas através dos seus parceiros para que nós possamos chegar a 40% de vendas através do canal e com o cresci-


mento constante. Esse é meu grande desafio e minha grande missão: fortalecer o ecossistema especializado no portfólio de inovação e fazer uma grande cobertura de mercado nas dimensões de solução, geografia e indústria. AN - A SAP quer investir para que os parceiros cresçam junto com a empresa, para que juntos vocês tenham um maior número de soluções que possam atender o ecossistema todo, correto? SANDRA - Exatamente, então nós estamos apoiando os parceiros atuais para que eles realmente consigam, através de um plano de negócios, investir em novas áreas de especialização, por exemplo, HANA, mobilidade, Business Intelligence (BI) e cloud. Nós apoiamos com um plano, apoiamos na parte de treinamento, especialização e até integração das soluções que eles possuem para integrar com os nossos produtos. Então, esse é um grande trabalho a quatro mãos, ou até seis mãos, porque nós temos vários parceiros trabalhando em um projeto específico. Então, nós vamos trabalhando juntos para crescer juntos também. AN – E esse projeto tem relação com o Laboratório de Co-Inovação (COIL), com as soluções que são lançadas junto a eles ou não, é um projeto separado? SANDRA - Hoje o parceiro tem a segurança de investir e ter o apoio da SAP para apoiá-lo nessa parte de conhecimento, de desenvolvimento, para tirar dúvidas, trocar experiências e até poder levar sua solução para fora do Brasil. Então, alguns parceiros hoje já contam com todo o trabalho de apoio dos laboratórios, tanto do COIL quanto de São Leopoldo. Eles conseguem tanto expandir a sua penetração no mercado brasileiro quanto levar o seu produto para o exterior porque ele é certificado mundialmente pela SAP. AN – Qual a importância da ASUG Brasil nesse seu processo de trabalho com os parceiros? SANDRA - Para mim a ASUG tem um papel fundamental e o trabalho dela é simplesmente espetacular porque ela consegue concentrar e entender as necessidades dos clientes e, com isso, fazer essa conexão com o mundo SAP e com o mundo dos parceiros porque os nossos clientes têm uma

ESSE É MEU GRANDE DESAFIO E MINHA GRANDE MISSÃO: FORTALECER O ECOSSISTEMA ESPECIALIZADO NO PORTFÓLIO DE INOVAÇÃO E FAZER UMA GRANDE COBERTURA DE MERCADO NAS DIMENSÕES DE SOLUÇÃO, GEOGRAFIA E INDÚSTRIA” agenda bastante difícil e eles estarem em um local onde, em um período de tempo concentrado, podem receber as informações mais atualizadas que podem apoiar na produtividade do negócio deles é espetacular. Os nossos parceiros também são muito motivados a participar das agendas da ASUG porque eles podem também rapidamente levar uma solução inovadora e atingir um público alvo muito mais atraente e que é realmente o público que ele precisa chegar em um menor espaço de tempo. Na verdade, o que a ASUG promove é bom para a SAP, porque conseguimos escutar melhor o nosso cliente, entender e ter esse feedback para fazer melhorias. Com os parceiros, porque eles também levam os seus produtos para aqueles clientes que realmente tem necessidade e querem entender mais em um espaço de tempo curto e o próprio cliente porque ele vai receber uma comunidade que vive o dia a dia da tecnologia, ele vai receber informações muito atualizadas devido ao papel da ASUG. Então, para mim, é fundamental e normalmente os nossos clientes já tem um parceiro ou mais que estão atuando dentro dele. Ela consegue fazer a comunidade, que é o verdadeiro ecossistema que visa o crescimento de todos os interessados. NOVEMBRO DEZEMBRO 2012 ASUG NEWS

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ASUG EM AÇÃO

COMPROVANDO A SUA IMPORTÂNCIA EXECUTIVOS DA SAP VISITAM SEDE DA ASUG

DIVULGAÇÃO

Dentre as ações da nova diretoria nos últimos meses, a ASUG Brasil recebeu em sua sede duas importantes visitas. A primeira aconteceu no dia 17 de outubro, com a presença de Oliver Hid Arida, Global User Groups Organization da SAP. A reunião contou também com os diretores da nova gestão, a presidente Sandra Marlene Heck, o vice-presidente Cláudio Antônio Fontes, Silmar El Beck e Marcia Galeazzi, da SAP Brasil. Durante o encontro, o diretor de serviços, Jair Ivan Buzzo, passou um panorama e as atualizações do Customer Connection e contou sua passagem pelos Grupos de Pesquias e Estudos, para divulgar o programa. Logo após, Sandra explicou que a reunião de relacionamento entre a SAP e a ASUG

tinha como objetivo apresentar os objetivos da associação para 2013. Fontes fez uma apresentação sobre a história da ASUG Brasil e toda sua evolução, o que deixou Arida impressionado positivamente, pelo grau de maturidade da associação. Em todos os momentos foi ressaltada a importância do relacionamento por ambas as partes envolvidas, devido ao reposicionamento da estratégia de soluções da SAP. El Beck reforçou que a SAP Brasil está ampliando sua atuação e, consequentemente, seu ecossistema. Arida falou sobre os programas que a SAP AG vem realizando para dar mais valor aos clientes e a importância da participação da ASUG Brasil nessas ações. Arida ressaltou a participação da associação no SUGEN e na AUSIA, mostrando que estamos no caminho certo no relacionamento com a fornecedora alemã. Já no dia 21 de novembro, a presidente Sandra Marlene Heck se reuniu com Diego Dzodan,

EM TODOS OS MOMENTOS FOI RESSALTADA A IMPORTÂNCIA DO RELACIONAMENTO POR AMBAS AS PARTES ENVOLVIDAS, DEVIDO AO REPOSICIONAMENTO A partir da esquerda, ÁLVARO MARTINS, OLIVER ARIDA, SANDRA MARLENE HECK, LUZIA SARNO, CLÁUDIO FONTES e GUTEMBERG PIRES

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DA ESTRATÉGIA DE SOLUÇÕES DA SAP



EDUARDO DE SOUSA

EDUARDO DE SOUSA

presidente da SAP Brasil, para passar a ele todos os objetivos do próximo ano e mostrar que a nova diretoria quer um período muito colaborativo nessa gestão. Dzodan, assim como Arida, mostrou-se muito impressionado com o potencial da entidade. Ele ainda reforçou que a ASUG Brasil desempenha um papel estratégico para a subsidiária. Também se mostrou interessado em colaborar ativamente no desempenho dos Grupos de Estudos e Pesquisas da ASUG. O objetivo é criar novos grupos e apoiar ainda mais os existentes, sempre trazendo novidades da SAP vindas dos padrinhos de cada grupo. Outro ponto de grande interesse mútuo é a revitalização e o relançamento do grupo ABSG (ASUG Business Solution Group), direcionado para as empresas que usam o Business One da SAP. Dzodan indicou Silmar El Beck para que auxilie na indicação de empresas e de um padrinho para esse grupo, já que a SAP está muito empenhada em sua participação nas pequenas e médias empresas. Instituto Esperansap também foi assunto dessa reunião. Dzodan ficou entusiasmado em conhecer a turma em formação do módulo de FI, na sede, e os números de formados e recolocados chamou a atenção do presidente. Ele agradeceu a parceria da ASUG nesse projeto

SANDRA MARLENE HECK e DIEGO DZODAN, presidente da SAP Brasil

e, junto à Sandra, reiterou o compromisso de aumentar ainda mais o número de academias por meio do apoio das duas instituições. Ao final, foi firmado o compromisso da ASUG continuar sendo um canal aberto entre os associados e a SAP, levando para a fornecedora todas as solicitações dos clientes e parceiros.

VICE-PRESIDENTE DA ASUG BRASIL É ELEITO NO SUGEN A associação está cada vez mais presente em grupos estratégicos referentes à SAP mundialmente, por isso, foi definido pela diretoria que um representante seria candidato a uma das vice-presidências do SUGEN (SAP User Group Executive Network). O grupo é formado por representantes das associações de usuários SAP no mundo inteiro que se reúnem para discutir temas relevantes da comunidade. A eleição aconteceu durante a última reunião do grupo, realizada durante o SAPPHIRE NOW em Madrid, no mês de novembro. O vice-presidente da ASUG, Cláudio Antônio Fontes, foi eleito e agora também faz parte de uma das vice-presidências do SUGEN. Esse é um marco muito importante para a associação, pois além de projetar a ASUG Brasil mundialmente, terá mais representatividade junto à SAP e às comunidades locais e globais.

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MUNDO SAP

ESTUDO ENCOMENDADO PELA SAP REVELA O QUE PMEs EM PAÍSES EMERGENTES E DESENVOLVIDOS PRIORIZAM PARA EXPANDIR E FORTALECER SEUS NEGÓCIOS

PESQUISA APONTA QUE 69% DAS EMPRESAS BRASILEIRAS CONSIDERAM PRIORIDADE O USO EFICIENTE DE TECNOLOGIA 10

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De acordo com uma pesquisa da Economist Intelligence Unit (EIU), unidade de pesquisas da The Economist, encomendada pela SAP, pequenas e médias empresas (PMEs), em países emergentes, estão crescendo e prosperando financeiramente e reconhecem que o uso eficaz da tecnologia é uma prioridade para crescer. Por outro lado, o estudo revela que as companhias nos países desenvolvidos estão confiantes em uma retomada econômica, em um futuro próximo, e que todas encaram como seus principais desafios encontrar e manter novos clientes, atrair talentos e operar com eficiência. O estudo foi realizado com o objetivo de identificar os principais obstáculos e as maiores oportunidades para o crescimento de pequenas e médias empresas no mundo. Foram entrevistados 1.072 gerentes seniores, em cinco mercados desenvolvidos e em cinco mercados emergentes em todo o mundo, entre julho e agosto de 2012. As economias desenvolvidas incluídas na pesquisa são: França, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. As economias emergentes, Brasil, China, Índia, México e Rússia. Todas as empresas pesquisadas reportaram receitas anuais inferiores a US$ 750 milhões – 76% com receita abaixo de US$ 250 milhões, 52% com receita abaixo de US$ 100 milhões.


“Os empreendedores e as PMEs contribuem fortemente com a economia brasileira. Atualmente, são responsáveis por 20% do PIB nacional e respondem por mais de 60% dos empregos existentes”, afirma a vice-presidente de vendas, ecossistema e canais da SAP Brasil, Sandra Vaz. “Por isso é tão importante para a SAP compreender as necessidades dessas companhias e oferecer as soluções certas para ajudá-las a crescer de forma sustentável e ser mais competitivas.” Questionados sobre as principais prioridades de negócio para os próximos 12 meses, os entrevistados nos mercados desenvolvidos e emergentes parecem compartilhar amplamente de objetivos similares: crescimento das vendas e dos lucros – 53% nos mercados desenvolvidos; 55% nas economias emergentes; 76% na Índia e 71% no Reino Unido. As menores parcelas foram na França, com 25%, e na Rússia, com 35%. De acordo com a pesquisa, o mundo precisa criar mais de 500 milhões de empregos até 2020 para garantir oportunidades de carreira para os atuais desempregados e para os jovens que entrarão no mercado de trabalho. Grande parte desse desafio recairá sobre os países em desenvolvimento, incluindo o Brasil. As PMEs pretendem cumprir seus planos de crescimento com a contratação adicional de pessoal. Dos entrevistados, 94% afirmaram que as receitas permaneceram iguais ou cresceram nos últimos três anos. Já 28%, relataram aumento de mais de 10%, e 39% reportaram um crescimento de até 10%. Para os próximos 12 meses, 96% dos entrevistados esperam estabilidade ou desenvolvimento positivo na receita. “Os resultados da pesquisa são significativos porque revelam um elevado grau de confiança entre os gestores das PMEs de que podem registrar crescimento no período que se aproxima”, conta o editor colaborador da Economist Intelligence Unit e autor de três artigos, Christopher Watts, analisando a pesquisa on-line. “Dado o papel fundamental das PMEs na condução das economias desenvolvidas e emergentes, essa confiança é um sinal muito positivo”, conclui o autor.

PRINCIPAIS CONCLUSÕES DA PESQUISA

a Apoio do governo é crucial para o crescimento;

a Vendas e lucro são importantes prioridades de negócio;

a Explorar a TI é crítico nos países emergentes;

a Dificuldade de acesso ao capital.

NO BRASIL, ALGUNS RESULTADOS SE DESTACARAM:

a 69% das empresas pesquisadas consideram prioridade para os próximos 12 meses usar a tecnologia de forma mais eficiente;

a 62% delas destacam atração e retenção de talentos como prioridade;

a 31% delas colocam entre suas três principais medidas para 2013 o aumento do investimento em TI;

a 50% delas consideram que as maiores barreiras para seu crescimento são a burocracia governamental e a forte regulamentação, sendo que só 10% não vêem isso como barreira;

a 51% delas consideram como prioridade expandir sua atuação para outros mercados;

a 36% delas consideram a falta de apoio e programas dos governos para estímulo às PMEs como barreira para seu crescimento;

a Entre os fatores internos das empresas pesquisadas, a inadequação ou desatualização dos sistemas internos de TI são encaradas por 71% como barreira para seu crescimento.

O RESULTADO COMPLETO DA PESQUISA ESTÁ DISPONÍVEL GRATUITAMENTE NO LINK: http://www.managementthinking.eiu.com/smes-two-views-growth.html

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FOTOS: EDUARDO DE SOUSA

CAPA

ENCONTRO EXECUTIVO DE TI FECHA CALENDÁRIO DE EVENTOS DA ASUG COM SUCESSO EVENTO FOI SUPER BEM RECEBIDO PELA COMUNIDADE DE C-LEVELS, COM PALESTRAS DE ALTO NÍVEL DE INFORMAÇÃO No dia 8 de novembro, no hotel Blue Tree Morumbi, cerca de 100 pessoas se reuniram para receber as últimas informações do mercado de TI no Brasil. O Encontro Executivo e TI da ASUG Brasil reuniu os CIOs, CEOs, CFOs e outros C-levels para discutir o futuro das empresas usuárias de SAP, novos produtos e novas oportunidades. O dia começou com a abertura da presidente da ASUG Brasil, Sandra Marlene Heck, mostrando aos associados quais são os planos e objetivos para esta gestão empossada em 2012 e também as ações já realizadas no período. Sandra ressaltou o período de alta colaboração entre SAP e ASUG Brasil, com as participações da associação brasileira no SUGEN e na AUSIA, além, é claro, do ótimo relacionamento com a SAP Brasil por meio do novo presidente, Diego Dzodan. Conheça agora o conteúdo de cada palestra ministrada pelos patrocinadores do evento.

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MASTERSAF Com o tema “Inovação e novas práticas de governança fiscal e tributária”, a Mastersaf abriu o dia de palestras com a apresentação de Cláudio Coli, Managing Director da empresa. Coli citou que entre 2010 e 2011 a carga tributária brasileira aumentou 5,01% e a arrecadação tributária subiu 264,49% (enquanto o PIB foi de 212,32%). Ele lembrou aos presentes que hoje a Receita Federal Brasileira tem um dos sistemas de controle de arrecadação mais avançados do mundo, sendo exemplo para vários países. O executivo também apresentou as mudanças que a NF-e trouxe para as empresas. “A NF-e trouxe algumas mudanças para as empresas: reduziu o prazo de correção das notas, aumentou a exposição, trouxe um potencial risco de atraso no faturamento e aumentou as implicações de responsabilidade legal”, afirmou. Logo após ele apresentou os produtos que podem ajudar as companhias com todas as mudanças e redução de custos dos processos. Coli finalizou sua palestra com algumas dicas: “Invista na qualificação das informações fiscais que são chaves para o processo de emissão e recebimento de notas fiscais e amplie a automatização dos processos fiscais a partir dos arquivos digitais disponíveis”. NSI A New Software Intelligence, NSI, falou sobre soluções de comércio exterior, regimes especiais e cloud, juntamente com o Ecomex, ferramenta homologada pela SAP. Adriano Lopes, gerente comercial da empresa, disse que a solução ajuda as companhias a não terem surpresas ao chegar algum produto importado sem saber o custo, as tributações e o que foi feito pelos fiscais. Segundo dados apresentados, o comércio exterior brasileiro deve dobrar em mais dois anos. A solução apresentada permite o controle total do depósito especial integrado ao SAP com a eliminação de exposição perante a Receita Federal Brasileira. SAP A SAP teve dois momentos durante o evento. O primeiro foi com Willian Herreira, líder de serviços RDS (Soluções de Rápida Implementação). Ele mostrou as vantagens de se ter uma implementação rápida e com resultados comprovados. Um ERP completo, por exemplo, que tem sua implementação feita em dois anos, pode ser implementado em 12 semanas. Herreira mostrou que 25% dos clientes que estão usando HANA realizaram implementações utilizando SAP RDS. As soluções RDS servem para implemen-

tação de todo o ERP ou para quem já tem algum módulo SAP e quer complementar o pacote. Segundo o executivo, dentre as mais de 150 opções de soluções RDS, existem produtos para pequenas, médias e grandes empresas. Pode-se obter mais informações em sap.com/rds Alberto Oppenheimer, diretor de soluções e prévendas, falou sobre o Design Thinking. A palestra “Gerando iniciativas de alto valor para seus negócios através de Design Thinking” mostrou uma nova tendência. O Design Thinking é uma abordagem, uma forma de pensar e encarar problemas focada na empatia, colaboração e experimentação. “O objetivo é gerar iniciativas de alto valor para o cliente, priorizadas por benefício potencial e construção de protótipos, em uma metodologia de processo colaborativo. Design Thinking permite criar um plano factível para inovar”, explica Oppenheimer. PANAYA “Como diminuir prazo e riscos em um projeto de upgrade SAP” foi o tema discutido pela Panaya em conjunto com a CGI e a EDP do Brasil. Denis Mollica, gestor de infraestrutura de TIC da EDP no Brasil, iniciou falando sobre a motivação do projeto. “Precisávamos fazer a atualização tecnológica, padronização e consolidação do ambiente, melhoria de documentação, habilitação de novas funcionalidades, ganho de performance e agilidade em manutenção, entre outras necessidades”, explicou Mollica. O diagnóstico preciso foi feito a partir de uma solução da Panaya, que em conjunto com a CGI, trouxe uma redução de 50% dos esforços e 40% do tempo do projeto, que foi concluído em cinco meses, do blueprint ao go-live, como planejado no começo. “Claramente atingimos todos os objetivos dentro de custos, prazos e resultados”, comemora Mollica. MICROSOFT O product marketing manager da Microsoft, Frederico Rezende, apresentou o tema “Alta disponibilidade e self service BI para ambientes SAP”. Rezende começou falando sobre as tendências tecnológicas e como elas aceleram os negócios. Ele apresentou os dados de que cerca de 44% dos consumidores reclamam via social media e 20% esperam resposta dentro de uma hora também via social media. Outro dado importante é que 84% das empresas possuem funcionários remotos. O executivo apresentou o SQL Server 2012, que vem com uma carga bastante grande para BI e também olhando as questões de análises de dados não estruturados. “A tecnologia tem um custo adequado, performance, total integração com o ambiente NOVEMBRO DEZEMBRO 2012 ASUG NEWS

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FOTOS: EDUARDO DE SOUSA

CAPA SAP e traz benefícios para o negócio”, explicou Rezende. A Microsoft, quando ela fala de análise de negócios, ela tem o posicionamento de democratizar o acesso à informação por todos aqueles que precisam dela, na hora que eles precisam, através do device que eles quiserem. É isso que ela chama de Self Service BI. Com o Case da Produquímica, foi mostrada a redução do tamanho total do banco de dados em 70%, o que ajudou a reduzir o tempo de queries de sete horas para três minutos. A redução do tamanho do backup foi de 82%, com redução no tempo de execução. SOFTWAY A empresa falou sobre “O papel de TI frente aos desafios de comércio exterior”. Gustavo Andretta, gerente de marketing de produtos da Softway, iniciou mostrando o panorama geral do mercado internacional. Ele mostrou o importante dado que, na área de influência de comércio internacional, chega-se ao número de 3,8 mudanças legais por dia útil, com uma média de 95 mudanças/mês. Depois, Andretta apresentou as soluções da empresa que estão divididas em operacionais, soluções de apoio e regimes aduaneiros especiais e recintos alfandegários. Além de todas as apresentações, MARCOS PASIN, presidente do Instituto Esperansap, falou sobre os últimos números de sucesso do projeto e como ele cresceu em 2012, graças ao apoio das empresas. O final do evento foi realizado no Batalhão da Polícia Militar, com a entrega de medalhas de honra a nomes importantes da TI no Brasil.

E como grande atração do dia, “para fechar o evento com chave de ouro”, como apresentado pelo diretor de eventos da ASUG Brasil, Lorival Verillo, GUTO ABRANCHES, jornalista da Globo News, apresentador e editor do programa Conta Corrente, ministrou a palestra “Economia: cenário nacional e internacional”. Veja a entrevista exclusiva para a ASUG News: ASUG News – Qual é o panorama do Brasil na economia? O que está sendo esperado para o próximo ano? Guto Abranches – A gente está em uma virada de ano, 2012/2013, um ano de 2012 que foi decepcionante no crescimento. Esperava-se do ano passado para esse, alguma coisa ao redor dos 3,5% de crescimento do PIB e isso não vai se comprovar, as autoridades públicas da área econômica fizeram o papel delas, falando do crescimento na faixa de 4%, mas elas estão no papel delas de lançar o farol lá na frente para ajudar também dessa maneira incrementar a atividade econômica. Mas isso no final não está se comprovando. O próprio Ministro da Fazenda já disse que entre outros aspectos, o superávit primário do ano será menor, já é uma decorrência da atividade econômica menor e a gente deve ter, segundo cálculos das instituições financeiras, um crescimento ao redor de 1,5%, talvez um pouco menos. Ou seja, a metade, se tanto, do que era esperado no início do ano. Isso em termos da própria atividade da economia e do crescimento do PIB como um todo. Na virada do segundo semestre desse ano, isso já melhorou muito, o otimismo é muito maior.

BÔNUS ESPECIAL PARA A EDIÇÃO ONLINE NAS PÁGINAS A SEGUIR, LEIA A CONTINUAÇÃO DA ENTREVISTA COM GUTO ABRANCHES

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ENTREVISTA - GUTO ABRANCHES EDUARDO DE SOUSA

BÔNUS ESPECIAL PARA A EDIÇÃO ONLINE

u Já há sinais, segundo o próprio Ministério da Fazenda que a atividade está demonstrando que potencialmente, anualizadamente falando, projetando para 2 meses, a economia já estaria hoje em um ritmo de crescimento de 4%, então se sustenta a previsão que fecharemos 2013 em 4% de crescimento. É o ideal? Não. É o possível no momento? É. É bom? É. Esse nível de crescimento é bom, desde que ele se dê continuadamente. A gente tem que lembrar que o Brasil passou muito tempo sem crescer, ou crescendo em uma faixa de 2% durante décadas e isso acabou estocando muito do desejo do brasileiro de ter bens, de consumir, de buscar coisas. Lucratividade econômica não gerava emprego, não gerava renda e isso de um tempo para cá está se modificando, a gente vê isso no Brasil. A gente tem uma grande entrada de um enorme exército consumidor adentrando o mercado de consumo. São 70 milhões de brasileiros da chamada nova classe média passando a dar impulso a economia e, em boa medida, esse próprio mercado doméstico é que tem ajudado o Brasil a, digamos, se não a nadar de braçadas, mas em meio a um contexto econômico internacional adverso, a pelo menos tirar a cabeça fora da água, que é o que está acontecendo esse ano. A gente tem muitas das economias centrais

capengando ou não crescendo nada ou ate diminuindo de tamanho e, bem ou mal, a gente tem um Brasil crescendo na casa de 1,5% previsto para agora e 4% projetado com uma boa chance de se concretizar. Então, um mercado consumidor que adentra já foi o mercado que levou o Brasil a se sair melhor do que muita gente boa na crise americana de 2008/2009 e continua fazendo a diferença e vai continuar fazendo ainda por algum tempo, até por aquilo que a gente estava falando antes, que é o desejo legítimo de muita gente de conquistar coisas que levou muito tempo aguardando para poder ter acesso. Claro que o setor de tecnologia da informação, aí sim, eu posso dizer que nada de braçada porque as pessoas estão, cada vez mais, não apenas apaixonadas no sentido alegórico da expressão, mas as pessoas estão cada vez mais envolvidas com o que quer que seja, expressão, comunicação, acesso, viabilização, na vida pessoal e nos negócios nem se fala. O Brasil já tem um certo papel preponderante na área de desenvolvimento de software, de inteligência, então acho que aí as possibilidades de negócios estão mais otimistas. ASUG News – Para as empresas que estão fazendo o planejamento financeiro de 2013, qual é a dica? Guto Abranches – Existe um prognóstico otimista para a economia como um todo. O Brasil tende a ocupar um espaço ainda mais relevante no cenário internacional por ser uma economia já de rápido crescimento e esse rápido é no bom sentido, de ágil, não de ligeiro e nosso país está integrando um grupo de nações que fazem pensar que existem oportunidades de negócios concretas e tendendo a crescer em países que não são as economias centrais,

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ENTREVISTA - GUTO ABRANCHES BÔNUS ESPECIAL PARA A EDIÇÃO ONLINE

u da economia que o país tem e, sobretudo, pelas necessidades que o país tem, seja do ponto das pessoas jurídicas ou das pessoas físicas. Com isso eu estou dizendo que, esse número não é um chute, são 70 milhões de brasileiros que passaram a consumir e se 70 milhões de brasileiros que estavam na chamada esfera menos favorecida, passam a consumir, quem estava um pouco acima deles passa a consumir acima e por aí vai. Esse processo ele é paralelo ou simultâneo a possibilidade de quem não tinha emprego formal e conseguiu emprego formal, quem já tinha conseguiu uma renda melhor e quem já tinha uma renda melhor conseguiu poupar dinheiro ou destinar dinheiro para uma finalidade que antes não cabia no orçamento. A nova classe média está consumindo mais do que nunca intercâmbio para os filhos estudarem no exterior. São 70 milhões de pessoas gastando mais ou menos o que gasta a classe A e boa parte da classe B também. São 70 milhões de pessoas gastando mais dinheiro que jamais gastaram na vida. Isso se deve a continuidade do crescimento econômico. Se o Brasil passar uma década crescendo de 3% a 3,5%, daqui uma década esse país será absolutamente outro país.<

ASUG News – O brasileiro está viajando mais, comprando mais e até revendendo produtos provenientes de suas viagens internacionais, feitas de avião. O poder aquisitivo está maior? Guto Abranches – A gente vem vivendo uma situação econômica que permite isso, mais do que permitiu, sem medo de errar muito, nos últimos 20 anos. O país cresceu a uma média anual de 2% ao ano durante mais de uma década, uma década e meia, muito pouco para um país com o tamanho do Brasil, com a potencialidade

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EDUARDO DE SOUSA

os países de sempre. Os EUA que estão retomando muito devagar , a Europa com suas principais economias que estão envolvidas em uma crise também sem reação há algum tempo, sem prognóstico de evolução mais definitiva, isso não vai acontecer tão já. Então, voltar os olhos para países como Brasil, Indonésia, Colômbia, Peru, como a própria Índia, como a China que a gente não pode desprezar nunca, por se manter crescendo na casa dos 7,5% a 8%, isso significa manter de maneira sustentável a possibilidade de realização de negócios. Mas existe um otimismo grande, dá para contar com o mercado interno que está ávido. As pessoas querem cada vez mais coisas que sejam úteis para o seu dia a dia, para o seu negócio, para estudar, para a educação dos filhos, o que seja, eles se servem da inteligência na área de software, de desenvolvimento de programas. Então, dá para pensar na possibilidade de levar essa inteligência e essa produção para fora do Brasil. O país precisa exportar valor agregado, desenvolvimento de softwares, de produtos nessa área, agrega muito valor a produção brasileira, a gente tem condição de marcar um espaço interessante lá fora.



FERRAMENTAS E SISTEMAS HEITOR W. LOURENÇO JR.

ATUALIZAÇÕES EM MASSA... COMO FAZÊ-LAS MAIS RAPIDAMENTE E COM MENOS IMPACTO AO AMBIENTE ESTE ARTIGO NÃO É SOMENTE PARA BASES SAP. NEM TÃO SOMENTE PARA ORACLE. SERVE PARA QUALQUER SISTEMA BASEADO NUM BANCO DE DADOS 16

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Porém, focarei em ambiente SAP – Oracle, pois os scripts e nomenclaturas serão direcionados para tal. Mas, na verdade, é uma técnica a ser apresentada. Esta técnica eu a uso há uns 25 anos, remontando os DBMS do mainframe. Ou seja, como um velho mentor meu destes anos atrás sempre me dizia “Não há nada de novo sob o sol”. Ou seja, o conhecimento se aplica. Mas vamos lá. Em qualquer base, de tempos em tempos precisamos fazer archiving. Mas, por vezes, podemos fazer um “deletaiving”, ou seja, excluir mesmo registros velhos, obsoletos ou erroneamente gerados por módulos ou configurações não adequados. Muitas vezes deparamo-nos com a necessidade de excluirmos dezenas, centenas de milhões de registros. Isso pode levar, dias, meses, cancelar....etc. Existem processos da própria SAP que levam semanas para excluir muitos registros. Se analisados, a lógica é simples e pode ser adaptada. Deleções em massa baseiam geralmente num comando como DELETE FROM tabela WHERE filtros-de-condição, que, se usados em tabelas gigantes, podem levar a: 1. Velho "ORA-1555 SNAPSHOT TOO OLD”. Por quê? Porque durante a exclusão pode haver muitas alterações e o Oracle não consegue garantir a consistência de leitura. E o processo segue a um demorado ROLLBACK. Como o processo é longo, não podemos executá-lo em momentos de pouco uso nem, tampouco, tirar o sistema para tal. 2. Milhões e milhões de IOs físicos e lógicos levando a alto uso de CPU (quando bloco em memória) e alto uso dos discos. Isso impacta o sistema como um todo, às vezes, drasticamente e aumenta muito tempo da exclusão. Isso porque geralmente a condição de filtro do DELETE faz uso de um índice. Isso parece bom a priori, mas o índice, devido a sua classificação, faz com os blocos de dados da tabela em si sejam lidos e regravados inúmeras vezes cada um, levando a leituras, acessos a memória e regravações desnecessárias.

COMO ELIMINAR ESTES DOIS GARGALOS QUE, A MEU VER, SÃO OS MAIORES NUM PROCESSO DESSES? 1. Não acessar a tabela da qual os registros

estão sendo excluídos pelo delete com a cláusula WHERE; 2. Ler e regravar cada bloco de dados da tabela que tenha um registro ou mais que satisfaçam as condições de filtro somente uma vez. ENTÃO VAMOS À SOLUÇÃO: u Lembremos ROWID do Oracle. Ela á a chave única identificadora de cada registro no Oracle e compõe-se basicamente do número do datafile, bloco e registro. Ou seja, a leitura mais rápida possível, pois nem passa por índice. O Oracle passa ao LVM o acesso “mastigado”. u Assim, podemos construir uma tabela auxiliar com as ROWIDS dos registros que satisfaçam as condições de filtro da tabela de que queremos excluir. Fazemos isso em paralelo, pois assim, o processo fica rápido e não temos ORA-1555. Para ter-se uma idéia, paralelizando-se em grau 8 para ler uma tabela de aproximadamente 200 Gbytes full scan e criar esta tabela auxiliar consegui em 5 minutos! u Daí, um pequeno script Oracle lê esta tabela sorteada por ROWID. Isso garante que cada bloco de dados será lido e regravado somente uma vez na vida do processo. A cada leitura ele deleta o registro da tabela desejada e da própria tabela de controla. A cada N deleções, promovemos um COMMIT. Desta forma, em caso de cancelamento podemos reiniciar o processo sem grandes perdas e pouco ROLLBACK. u Melhorias no processo, quase nunca possíveis, mas que vale notar : • Dropar os índices da tabela de onde há exclusões – menos IO mas difícil pois os processos de produção contam com eles. A reconstrução paralelizada no final é muito mais vantajosa • Colocar a tabela em NOLOGGING para não gerar redos e voltar LOGGING no final. Isso faz com que não haja redos, reduzindo IOs, log switches etc. Para instalações com standby databases pode significar um refresh do standby, o que, nem sempre, é possível. Aqui vai um script simples de exemplo. Vou assumir uma exclusão na APQD por data. Isso exige exclusão na APQI (que tem apontadores) e APQL. Executando via SQLPLUS, tanto no processo de criação da tabela auxiliar quanto no de exclusão, executar:

ALTER SESSION SET DB_FILE_ MULTIBLOCK_READ_COUNT = 128;

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FERRAMENTAS E SISTEMAS Isso fará que os IOS de full scan leiam 128 blocos e não 8, como geralmente colocados no Oracle do SAP. Isso agiliza o processo de IO. Na hora do SORT da tabela auxiliar isso será considerado também. 1. CRIAÇÃO TABELAS AUXILIARES create table apqi_i tablespace psapsr3 parallel degree (8) as select rowid linha, qid from apqi where substr(credate,1,6)<='201103';

commit; end if; end loop; commit; end; / No final de tudo, vale usar o comando abaixo em cada índice, de cada tabela afetada e analisar com quantos níveis cada índice está e a proporção de linhas excluídas contra as totais. Se esta proporção passar de uns 20%, vale reorganizar, caso contrário a performance de acesso pelos índices será muito ruim.

create unique index ix998 on apqi_i(qid) tablespace psapsr3 ; create table apq_d tablespace psapsr3 parallel degree (8) as select rowid linha from apqd where qid in (select qid from apqi_i); create table apq_l tablespace psapsr3 parallel degree (8) as select rowid linha from apql where qid in (select qid from apqi_i); 2. EXCLUSÃO declare conta_apqi number:=0; conta_apqd number:=0; conta_apql number:=0; begin for c1 in (select linha from apqi_i order by linha) loop delete from apqi where rowid = c1.linha; conta_apqi := conta_apqi + 1; end loop; commit; for c1 in (select rowid ponto,linha from apq_d order by linha) loop delete from apqd where rowid = c1.linha; delete from apq_d where rowid = c1.ponto; conta_apqd := conta_apqd + 1; if conta_apqd > 50000 then conta_apqd := 0; commit; end if; end loop; commit; for c1 in (select rowid ponto,linha from apq_l order by linha) loop delete from apql where rowid = c1.linha; delete from apq_l where rowid = c1.ponto; conta_apql := conta_apql + 1; if conta_apql > 50000 then conta_apql := 0;

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ANALYZE INDEX índice-da-tabel VALIDATE STRUCTURE; SELECT * FROM INDEX_STATS; Ú onde estão as informações acima (height, lf_rows e del_lf_rows)

Quanto às tabelas em si, elas tendem a ficar “esburacadas”. Isso nem sempre é ruim porque o SAP tende a nunca usar full scans, o que não impacta o acesso. Porém, se espaço é um problema, reorganizar a tabela fará com que este espaço livre dentro dela seja liberado para outros segmentos. Usar packages Oracle como DBMS_ SPACE.SPACE_ USAGE para ver se vale a pena reorganizar, isto é, se o espaço livre frente ao alocado vale o esforço de um EXPORT/IMPORT ou outro método de reorganização como o DBMS_REDEFINITION.

O shrink de segmentos no Oracle demora muito e gera impacto. Lembrar que este package não avalia o espaço dos LOBs. Pra isso há outro método. Num outro artigo coloco exemplos disso. Agora, vale antes de tudo avaliar se o número de registros a ser excluído for muito perto do total da tabela, isto é, a tabela tem 200 milhões de registros e vamos excluir uns 150 milhões. Se houver tempo hábil de parar o sistema, fazer um EXPDP (paralelizado) com uma query selecionando somente os registros que vão ficar. Depois, DROP na tabela e IMPDP para os registros. Muito rápido também. HEITOR W. LOURENÇO JR. Robert Bosch Ltda.



ESPERANSAP

INSTITUTO ESPERANSAP ENCERRA O ANO COM 19 ACADEMIAS REALIZADAS PROJETO FORMOU, SOMENTE ESTE ANO, MAIS DE 450 PESSOAS NOS MÓDULOS DE CO, FI, SD, MM, ABAP E HR O ano de 2012 foi de grandes realizações para o Instituto Esperansap. Diversas cidades do Brasil receberam o projeto graças ao apoio de empresas que confiaram no trabalho do Esperansap e apostaram em futuros talentos para o mundo SAP. São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco e Bahia foram os estados onde estivemos presentes esse ano. Foram seis academias do módulo de MM, quatro de ABAP, quatro de FI, três de SD, uma de CO e uma de HR, que iniciaram no dia 16 de janeiro e terminam no dia 20 de dezembro. Todos os alunos passaram por 160 horas de treinamento, divididas em quatro semanas de muito esforço e dedicação. Ao final, foram avaliados por uma banca de clientes e parceiros, na apresentação do projeto final. “Estar junto com o Esperansap, formar e capacitar profissionais para o mercado, para ser nosso futuro colaborador, está extremamente alinhado com a nossa estratégia”, explica Ideval Munhoz, Managing Director da T-Systems do Brasil, apoiador da academia de Blumenau. O Instituto Esperansap teve a missão de qualificar pessoas para o mundo SAP e fornecer mão de obra para o ecossistema que está tão carente de profissionais. Além de ajudar as pessoas sem recursos financeiros para pagar uma academia, oferecemos alunos com alto nível de conhecimento de processos que, após o curso, estão plenamente preparadas

para assumir uma posição tanto em clientes como em parceiros. “Estamos muito contentes com o apoio que recebemos da SAP, da ASUG Brasil e de todas as empresas que nos ajudaram a realizar essas 19 academias. Nosso crescimento foi extraordinário esse ano, mas queremos mais para 2013. Vamos aumentar nossa gama de academias oferecidas na sede em São Paulo e fora dela e queremos chegar a 40 no próximo ano”, comemora Marcos Pasin, presidente do Instituto Esperansap.

2012 - O ESPERANSAP EM NÚMEROS

16.376

pessoas passaram por processo seletivo

2.049 inscritos em uma única academia

• Recorde de • • • • • • • • • • •

453 alunos qualificados 65% dos alunos recolocados 8 academias em São Paulo 2 academias em Belo Horizonte 2 academias em Jaraguá do Sul 2 academias em Salvador 1 academia em Curitiba 1 academia em Recife 1 academia em Blumenau 1 academia em Joinville 1 academia em Guarulhos

AS EMPRESAS PODEM APOIAR O PROJETO DE DIVERSAS FORMAS Para saber como, entre em contato pelo telefone (11) 2368-4486 ou pelo e-mail contato@esperansap.org.br SUA AJUDA É MUITO IMPORTANTE PARA QUALIFICARMOS MAIS PROFISSIONAIS EM 2013.

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ATUALIDADE

GARTNER MOSTRA COMO MOLDAR A FRONTEIRA DIGITAL E-BOOK “THE DIGITAL EDGE: EXPLOITING INFORMATION & TECHNOLOGY FOR BUSINESS ADVANTAGE” MOSTRA QUE É PRECISO UM NOVO PENSAMENTO E NOVAS ABORDAGENS PARA MOLDAR A FRONTEIRA DIGITAL De acordo com o Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, a “Internet das Coisas” e a tecnologia digital estão abrindo novas oportunidades para que as empresas criem novas fontes de valor para os clientes e fluxos de receita. Porém, é difícil acessar e atender as oportunidades de receitas relevantes, o que leva a desafios significativos para o estabelecimento de um negócio totalmente digitalizado. Mark P. McDonald, autor do e-book, diz que para moldar uma nova fronteira é preciso de um novo pensamento e novas abordagens para combinar recursos digitais e físicos. Ele também explica que a presença crescente da tecnologia digital está alimentando novas formas de inovação que podem fornecer uma nova fronteira digital às organizações. “A primeira onda de investimentos empresariais em tecnologias criou a empresa moderna, baseada em TI, ao automatizar e integrar os processos administrativos e operacionais”, afirma McDonald. “Depois disso, a onda de investimentos na Internet criou cópias eletrônicas de modelos de negócio analógicos na forma de e-commerce, lojas Web e similares. A digitalização dos negócios representa uma nova onda que vai impulsionar os investimentos de negócios em TI, com base nas capacidades de

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mobilidade, analíticas, de computação social, de comunicações e tecnologias na nuvem”, diz. O Gartner acredita que a fronteira digital vem da criação de novas combinações de recursos analógicos e digitais que resultem em novas fontes de valor para os clientes, além de receitas e resultados para as empresas. Os recursos analógicos referem-se às pessoas, como estão organizadas, aos equipamentos utilizados, aos escritórios, além de outros aspectos físicos da empresa. Os recursos digitais incluem as informações, o histórico dos clientes, a percepção situacional, entre outros. Além disso, envolvem os equipamentos que processam as informações, como telefones celulares, tablets, computadores, sensores, máquinas controladas por computadores etc. Porém, uma fronteira digital baseia-se em algo mais do que o relacionamento entre recursos analógicos e digitais. Eles se sobrepõem no sentido de que as organizações podem atingir metas similares com diferentes tipos de digitalização. “A escolha do tipo certo de digitalização baseia-se no escopo e nas exigências dos objetivos que a empresa busca com ela. O processo “de fora para dentro” para construir uma fronteira digital começa com um resultado que forneça a base para trabalhar desta maneira. Os êxitos criam uma fronteira digital baseada na obtenção de resultados específicos no contexto de um tema ou proposta de valor geral”, afirma McDonald. “As empresas podem aplicar novas tecnologias para atingirem níveis de integração e de controle operacional ainda mais altos, uma abordagem tecnológica que objetiva a melhora da empresa. Ou podem tornar-se totalmente digitalizadas”, explica McDonald.




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