ASUG NEWS 54 - Ano 13

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REVISTA INFORMATIVA DA ASUG BRASIL | WWW.ASUG.COM.BR | ANO 13 | Nº 54 | SETEMBRO OUTUBRO 2011 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

ESPERANSAP DAY Instituto realizará eventos regionais para levantar fundos para academias em Porto Alegre CONSELHO ADMINISTRATIVO Gutemberg Pires, Ítalo Flammia e Laís Machado são os novos membros

GOVERNANCA

GANHA MOBILIDADE TRANSFORME A GESTÃO DE RISCO EM COMPLIANCE ESTRATÉGICO



EDITORIAL

A DECISÃO CERTA Que o mundo é mobile ninguém tem dúvida. Esses dispositivos nos deram liberdade para trabalhar em qualquer parte do mundo, acessando a rede corporativa 24 horas. Mas, como tudo na vida, existe o outro lado: os dados da empresa ficam expostos e, pior, podem ser copiados indevidamente. O antídoto são políticas de segurança e acesso às informações corporativas por meio da Governança, que cria regras de acesso, faz a análise do comportamento dos usuários e utiliza muitos outros instrumentais tecnológicos para garantir um acesso seguro em tempos de mobilidade. Nosso tema de capa trata exatamente desse assunto, mostrando que GRC é um caminho estratégico para mitigar riscos e atender ao Compliance em diversos níveis. Esse novo universo abrange desde a identificação dos usuários (que acessam as aplicações) até que tipo de processo cada um pode executar e quais os

riscos que isso pode acarretar aos negócios. A conclusão é de que a eficiência da governança deve se basear em uma análise criteriosa da adequação dos processos, da cultura e disciplina organizacional, recursos humanos, TI e na aplicação de controles rigorosos, preventivos e detectivos no gerenciamento dos Riscos. Outro destaque desta edição são os esforços da SAP e do Instituto Esperansap para acelerar a formação de novos consultores fora do eixo Rio-São Paulo. No caso da fornecedora, estão sendo oferecidos descontos entre 15% e 30% em diversas academias. Já a Ação Social Corporativa Esperansap realizará em Belo Horizonte e Porto Alegre um evento para levantar fundos para realizar academias nas duas cidades. Acompanhe no site do Instituto (www.esperansap. org.br) a programação com as próximas academias, as vantagens de ser um apoiador e em qual cidade será realizado o próximo Esperansap Day. Até a próxima edição!

ÍNDICE 04 | ENTREVISTA Hélia Rogério de Souza Pinto - Fofão 05 | ONLINE Notícias do Mundo TI

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07 | EDUCAÇÃO Esperansap e SAP Anunciam Ações Para Formar Novos Consultores

14-15 | CASE DE SUCESSO Solução Para Originação de Grãos Integrada ao SAP é Implantada na BSBIOS Prati-Donaduzzi Cresce 30% Após Implementar SAP

08 | ASUG EM AÇÃO Conselho Administrativo da ASUG Ganha Três Membros

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13 | ASUG DAY ASUG Day Foi ao Nordeste

16 | FERRAMENTAS E SISTEMAS Atualizações em Massa

10 | MATÉRIA DE CAPA Governança, Risco e Compliance em Tempos de Mobile

18 | PONTO DE VISTA Você Sabe Lidar Com os “Egos”?

EXPEDIENTE

ASSOCIAÇÃO DE USUÁRIOS SAP DO BRASIL Rua Azevedo Macedo 20 - 7° Andar V. Mariana - São Paulo SP - 04013-060 0800.164.064 - www.asug.com.br CAPA: Fotomontagem - fotos do Google

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ENTREVISTA

EDUARDO DE SOUSA

Hélia Rogério de Souza Pinto - Fofão

AN: Como veio o convite para a seleção brasileira? Fofão: Para mim foi uma surpresa, pois já era do time adulto e nem tinha mais expectativa de ser convocada. Quando completei 19 anos surgiu minha primeira oportunidade na seleção com o convite, o que foi uma felicidade muito grande e o melhor presente da minha vida. AN: Ao ser capitã do time Medalha de Ouro em Pequim, que lições você tirou dessa experiência? Fofão: Foram muitas as lições e a responsabilidade foi muito grande. O que exigiu postura e determinação, dentro e fora da quadra, para que o grupo tivesse uma referência positiva, porque ser um bom exemplo é fundamental para fortalecer e alcançar os objetivos.

CAPITÃ DO TIME MEDALHA DE OURO EM PEQUIM RECEBE HOMENAGEM DA ASUG BRASIL Aos 41 anos, a campeã Olímpica em 2008, em Pequim, pela seleção brasileira Hélia Rogério de Souza Pinto, a Fofão, volta ao Brasil após uma temporada na equipe do Fenerbahçe, da Turquia. Com 37 medalhas (entre ouro, prata e bronze somente pela seleção brasileira) em seu currículo e a única mulher no Brasil a participar de cinco Jogos Olimpícos (em Barcelona 1992, Atlanta 1996, Sidnei 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008), Fofão acredita que ainda tem muito a contribuir com o vôlei. Em uma homenagem, realizada pela ASUG Brasil durante a 14ª Conferência, a atleta concedeu entrevista à ASUG News contando sua trajetória e contribuição ao esporte brasileiro. ASUG NEWS: Qual a importância do esporte na sua vida? Fofão: Falar do esporte é falar da minha vida. Ele me ajudou em muitos sentidos e trouxe conhecimento de como conviver em grupo e ser uma pessoa melhor.

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ASUG NEWS SETEMBRO OUTUBRO 2011

AN: Como foi participar da seleção por 17 anos e representar o país? Fofão: Para mim foi uma honra participar da história da seleção brasileira. Além de ser uma responsabilidade muito grande, também é uma emoção enorme porque, no exterior, não representamos somente o vôlei, mas sim o Brasil. Vestir as cores do nosso país, ouvir o hino nacional é algo que todo atleta busca e, graças a Deus, estive por 17 anos representando o Brasil, com a oportunidade de saber o quanto o voleibol é querido e admirado em outros países. AN: Do ponto de vista estratégico, após passar pela seleção brasileira e jogar em clubes na Itália, Espanha e Turquia, que aprendizados você destaca? Fofão: Me surpreendi porque meu nome era conhecido lá fora e, jogando pelos outros países, existe muita expectativa, porque esperam que você repita a mesma trajetória que realizou em seu país. Acredito que hoje, por ser uma pessoa mais sênior, tive facilidade em lidar com tudo isso e fui bem-sucedida lá fora. Mas a primeira vez que sai do Brasil tive bastante receio, porque quando estamos "em casa" sabemos como lidar com as pessoas. E quando cheguei na Itália planejava ficar um pouco e voltar, mas a receptividade foi muito boa e me tranqüilizei, por isso fiquei três anos. O mesmo ocorreu na Turquia que, apesar da cultura e tradição serem diferentes das nossas, o grande respeito que as pessoas tiveram comigo viabilizaram meu trabalho. Lá a estrutura é muito boa, a equipe de vôlei tem alto nível e uma estrutura independente no esporte, o que facilitou bastante.


MÉDIA SALARIAL DIRETO DO IPHONE Uma das principais consultorias de recrutamento do mundo, a Robert Walters acaba de anunciar um aplicativo para iPhone realmente útil: o Instant Salary Checker, que permite que profissionais de todas as áreas possam descobrir sua média salarial em diversos países do mundo. O aplicativo permite ainda a comparação global das médias de salários de cada país, com o objetivo de que o profissional saiba quanto vale globalmente. Por exemplo, um auditor interno sênior pode descobrir que em seu cargo ele ganha de US$ 80 a US$ 125 mil por ano em São Paulo, que ganharia de US$ 80 a US$ 120 mil anuais em Nova York e que poderia ganhar entre US$ 99 a US$ 131 mil por ano em Londres. A partir do momento que o aplicativo está instalado, utiliza a tecnologia GPS do iPhone ou iPad para definir a localização do profissional, que pode escolher sua área de atuação e o cargo para gerar a média salarial. O Instant Salary Checker pode ser baixado gratuitamente na App Store.

porativa até ter certeza que é seguro; 4 Crie regras para smartphones – Use aplicativos que permitam apagar remotamente os dados e convença os funcionários a não fazer downloads de dados corporativos em seus equipamentos móveis; 4 Controle a Cloud – A recomendação é de que, antes de assinar um acordo, verifique as medidas de segurança do fornecedor em detalhes, cheque logs de auditoria, visite os locais onde eles mantêm seus dados e veja regularmente se os acordos de segurança estão sendo mantidos. Nomeie uma pessoa da sua equipe para monitorar regularmente esses fornecedores.

INCENTIVO AOS LUCROS Com o objetivo de orientar as PMEs a pagar menos impostos, o consultor Jony Lan, da Pactum Consultoria Empresarial, dá algumas dicas para que os empresários desse porte utilizem os benefícios dos incentivos fiscais do governo: 4 Para usufruir das leis de incentivo fiscal é necessário fazer um mapeamento, conforme sua localização, regime de tributação, etc, para analisar o montante que podem investir e usufruir; 4 Elaborar um projeto social, cultural ou desportivo e enviá-lo para aprovação nos órgãos competentes ou ter disponível projetos já aprovados para patrocínio. Há empresas especializadas em proposta de projetos e produtores culturais que podem auxiliar. Instituições sem fins lucrativos, com objetivos sociais, credenciadas também estão aptas a receber doações que podem ser abatidas de tributos a pagar; Por outro lado, o consultor alerta que é crime (punível com reclusão de dois a seis meses e multa de 20% do valor do projeto) obter redução do imposto de renda utilizando-se fraudulentamente de qualquer benefício fiscal, por isso ser assessorado por pessoas idôneas e especialistas no assunto torna-se um requisito indispensável.

ONLINE

CENÁRIO REQUER CAUTELA Os especialistas em segurança concordam quando o assunto diz respeito às ameaças internas, que sempre existiram, mas a tecnologia digital de consumo e a cloud apresentam riscos mais urgentes que os CIOs precisam minimizar com ações práticas, veja a seguir algumas dicas: 4 Exija a utilização de senhas – Principalmente nos dispositivos móveis, criando níveis de autenticação para garantir uma segurança mais rígida se o usuário perder o dispositivo; 4 Evite a proliferação de iPads e afins – Proiba o uso desses aparelhos na rede cor-

BUROCRACIA AINDA EMPERRA CRESCIMENTO NO PAÍS De acordo com o International Business Report (IBR) 2011, da Grant Thornton, a excessiva burocracia é o principal fator que deve limitar a capacidade de crescimento e expansão dos negócios das empresas brasileiras este ano (50%). O resultado está acima da média global de 31%. De 39 economias participantes, o Brasil está atrás apenas da Grécia (57%) e Polônia (52%). A Índia e o Brasil foram os países onde a preocupação com a burocracia mais cresceu com relação à pesquisa IBR 2010. Por outro lado, para os empresários chineses esse item é o um dos fatores que menos deve atravancar o crescimento. Já a falta de mão de obra qualificada (41%) e a redução de demanda (38%) são os itens que mais podem restringir o crescimento para os chineses. No Brasil, a falta de mão de obra qualificada é a segunda restrição em importância (49%). Na América Latina, os fatores preponderantes para inibir o crescimento das empresas também são a burocracia e a falta de mão de obra qualificada (ambos com 41%). Outras restrições para o desenvolvimento foram o custo de financiamento (29%), escassez de financiamento em longo prazo (22%) e falta de capital de trabalho (21%). SETEMBRO OUTUBRO 2011 ASUG NEWS

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INÁCIO FRITSCH, Diretor Financeiro do Esperansap

EDUCAÇÃO

ESPERANSAP ANUNCIA AÇÕES PARA FORMAR NOVOS CONSULTORES

O ESPERANSAP FARÁ EVENTOS EM BELO HORIZONTE E PORTO ALEGRE PARA A REALIZAÇÃO DE ACADEMIAS NESSAS REGIÕES DA REDAÇÃO O Instituto Esperansap anuncia iniciativas com o objetivo de acelerar a formação de novos consultores em todo o país. “Por meio do Esperansap Day vamos divulgar nas localidades o que é o projeto, difundir o modelo dessa ação social e apresentar outros projetos sociais locais. Todos os recursos arrecadados nessa ação serão revertidos na realização de academias na própria cidade”, explica Marcos Pasin, presidente do Instituto. As duas primeiras cidades que receberão o Esperansap Day serão Belo Horizonte, no dia 18 de outubro e Porto Alegre, no dia 29 de novembro. Confira os detalhes em www.esperansap.org.br . "Com os eventos do Esperansap Day que iremos realizar ainda em 2011, queremos transformar também ESPERANÇA em REALIDADE em outras comunidades, além da base em São Paulo", ressalta Inácio Fritsch, diretor financeiro do Esperansap. Ele explica que também estão sendo feitos contatos com Universidades e outros institutos em Minas Gerais e Porto Alegre, buscando apoio para a iniciativa. No encontro da SUCESU-RS (Associação de Usuários de Informática e Telecomunicações do Rio Grande do Sul, que ocorreu de 7 a 9 de outubro), Pasin apresentou o projeto e suas realizações. Todas as empresas podem ser apoiadoras, tendo

como benefício a restituição no Imposto de Renda, apresentação no evento, restituição segundo as regras do OSCIP, link como patrocinador no site do Instituto, uso do selo Esperansap para colocar em seu site, entre outras vantagens. “O investimento das empresas apoiadoras será revertido para elas e todo ecossistema, porque terão, localmente, mão de obra treinada no mesmo padrão de qualidade que realizamos na sede, em São Paulo”, ressalta Pasin. Quem também anuncia iniciativas para formar novos consultores é a SAP, que criou o SAP Professionals 2011, que tem como principal atrativo o subsídio de 30% nas academias de CO, FI, MM, SD, PP, HR, ABAP e BW. São elegíveis os profissionais que atendam algum dos pré-requisitos: desempregados, estudantes, recémformados e consultores independentes sem vínculo empregatício. Para se inscrever no SAP Professionals 2011 não é necessário conhecimento ou experiência prévia, mas é recomendável que conheça algum dos processos funcionais de uma empresa, como contabilidade, finanças, logística, etc. Para as Academias de CO, FI, MM, SD, PP, HR, ABAP e BW a SAP está oferecendo um subsídio de 15%, para que as empresas possam qualificar seus funcionários.

ACADEMIAS PROGRAMADAS DO SAP PROFESSIONALS 2011: BELO HORIZONTE (MG) CO: 31/10 e 21/11 FI: 31/10 SD: 21/11 MM: 17/10 e 21/11 ABAP: 21/11

CAMPINAS (SP) CO: 21/11 FI: 21/11 SD: 21/11 MM: 21/11 PP: 21/11 HR: 21/11

RIO DE JANEIRO (RJ) CO: 21/11 SD: 21/11 MM: 21/11 PP: 21/11 HR: 21/11 ABAP: 17/10 e 21/11

SÃO PAULO (SP) CO: 31/10 e 21/11 FI: 17/10, 31/10 e 21/11 SD: 31/10, 07/11 e 14/11 MM: 31/10 e 07/11 PP: 17/10, 31/10 e 21/11 HR: 21/11 ABAP: 21/11 BW: 17/10 e 21/11

CAMPO GRANDE (MS) CO: 21/11 HR: 21/11

CURITIBA (PR) CO: 07/11 PP: 21/11

PORTO ALEGRE (RS) CO: 21/11 PP: 07/11 HR: 17/10

RECIFE (PE) CO: 21/11 HR: 28/11 PP: 24/10

FONTE: www.sap.com/brazil/about/sap_professionals/index.epx

SETEMBRO OUTUBRO 2011 ASUG NEWS

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ASUG EM AÇÃO

CONSELHO ADMINISTRATIVO

VOCÊ SABE QUAL É A FUNÇÃO DO CONSELHO ADMINISTRATIVO

DA ASUG GANHA TRÊS MEMBROS

DENTRO DA ASUG? POIS SAIBA QUE OS TRÊS INTEGRANTES NOMEADOS DURANTE A 14ª CONFERÊNCIA ANUAL DA ASUG SÃO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA O BOM ANDAMENTO DA ASSOCIAÇÃO. GUTEMBERG PIRES, DA ALSTOM, ÍTALO FLAMMIA, DA PORTO SEGURO E LAÍS MACHADO, DA SYNGENTA, SÃO OS NOVOS MEMBROS DA DIRETORIA NA GESTÃO 2011/2013

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rias, empresas e os diretores atuais”. Para fazer parte desse grupo, deve-se obrigatoriamente ter tido um cargo dentro da ASUG. É por esse motivo que o expresidente da associação, Ítalo Flammia volta à diretoria como membro do Conselho Administrativo. Para o executivo, a importância da ASUG é, acima de tudo, a de defender os interesses da comunidade junto à SAP e ao ecossistema. “Devido ao intenso trabalho que vem sendo realizado pela ASUG, a entidade brasileira é uma das mais fortes dentro do grupo de ASUGs em todo o mundo. Posição que a qualifica para

"Nos envolvemos com a comunidade e podemos facilitar o networking entre as consultorias, empresas e os diretores atuais" GUTEMBERG PIRES

EDUARDO DE SOUSA

Como ex-atuantes da Diretoria da ASUG, agora têm como missão orientar e aconselhar em situações cotidianas e, principalmente, nas mais difíceis. “Além disso, acompanhamos as discussões, as finanças, os principais projetos e iniciativas tomadas e encaminhadas pela presidência e diretoria”, explica Gutemberg Pires. Pires completa que temas recorrentes e novos para a Diretoria, mas que já foram vividos pelos ex-integrantes, agora conselheiros, podem ser discutidos visando as melhores decisões. “Nos envolvemos com a comunidade e podemos facilitar o networking entre as consulto-

DA REDAÇÃO


participar intensamente das reuniões organizadas pelo SUGEN e, assim, compartilhar boas práticas e ganhar maturidade”, afirma Flammia. Como atual diretor corporativo de TI do Grupo Porto Seguro (depois de passar pela Natura e Sodexho) explica que, especialmente no segmento de Insurance, existem poucas implementações SAP porque é uma área muito reticente a usar pacotes. “Por esse motivo, a fornecedora tem poucos clientes como referência nesse setor e queremos fomentar a troca de experiências, aumentando a participação dos usuários de Insurance”, diz Flammia. Ele explica que a Porto Seguro utiliza a ferramenta SAP for Insurance Collections/Disbursements (FS-CD), um módulo financeiro para pagamentos em altos volumes. Na companhia, é responsável por uma equipe com mais de 1 mil pessoas cuidando de TI e seu objetivo é fomentar a participação dos funcionários nas atividades da ASUG, principalmente no novo Grupo de Estudos de Insurance, divulgado na edição 53 da ASUG News. “O Gutemberg e eu sabemos das dificuldades de presidir a ASUG no dia a dia, o que no permitirá aliar a prática às expectativas. Além disso, ao fazermos parte do conselho colocamos à disposição da comunidade tanto nosso conhecimento como o networking”, ressalta o executivo da Porto Seguro. Segundo ele, hoje o grande desafio da diretoria é formatar

soluções que atendam efetivamente às necessidades dos associados, criando, por exemplo, grupos voltados aos tamanhos das empresas que, agora, são de todos os portes. Isso se aplica, principalmente, às pequenas empresas, que são as que mais precisam da ASUG. “Esse desafio é o de sabermos lidar com a diversidade”, completa Flammia. A conselheira Laís Machado compartilha da mesma opinião. “Na minha época, o maior desafio era a localização das ferramentas. Hoje é manter a comunidade SAP com a diversidade de empresas de todos os tamanhos, com serviços pontuais e interesses diferenciados para todos”, diz Laís. Além disso, ela avalia que é preciso continuar unindo a ASUG às demais, localizadas em outras partes do mundo, fortalecer as ASUGs da América Latina e se aproximar mais da ASUG EUA, que já está mais evoluída em alguns assuntos e tem uma presença muito forte junto à SAP AG. Atualmente, como Diretora de Gestão de Processos de Negócios da Syngenta, a executiva fez parte da diretoria da ASUG há quatro anos e enfatiza que os membros do conselho são extremamente importantes como suporte, para que as ações, tanto da ASUG como junto à SAP, sejam validadas. E, em longo prazo, garantem uma gestão segura porque complementam o trabalho da diretoria. “Tenho muito a aprender e também a contribuir, devido à minha experiência na Syngenta, uma empresa global que tem essa visão diferenciada das necessidades da América Latina, Américas e Brasil. Eu já participei de mais de uma implementação SAP, por isso posso

contribuir e ainda disponibilizar meu networking aos associados”, afirma Laís. Para Flammia, outra contribuição do conselho é junto ao Esperansap, onde a ASUG ajuda toda a comunidade ao formar mão de obra qualificada e possibilitar que as pessoas tenham qualidade de vida e salários melhores. “Essa ajuda não é apenas aos profissionais, mas a todos, porque fortalece a SAP, as consultorias e os parceiros que têm sistemas que rodam especificamente na plataforma”. A eleição do Conselho Administrativo é feita com base em nomes sugeridos pela própria Diretoria. Logo após uma reunião, os convites são feitos e espera-se uma resposta. Pires ressalta que é importante ter tempo para se dedicar a essa função, antes de aceitar o desafio. Um dia antes da Conferência Anual da Asug, acontece uma Assembléia para a assinatura da ata e posterior apresentação durante a abertura do evento. Os membros do Conselho são trocados a cada dois anos, sempre nos ímpares e a Diretoria é empossada em anos pares, para haver sobreposição.

“Hoje o maior desafio é manter a comunidade SAP com a diversidade de empresas de todos os tamanhos, com serviços pontuais e interesses diferenciados para todos” LAÍS MACHADO

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ÍTALO FLAMMIA

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"Devido ao intenso trabalho que vem sendo realizado pela ASUG, a entidade brasileira é uma das mais fortes dentro do grupo de ASUGs em todo o mundo"

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ESPECIAL CAPA

GOVERNANÇA, RISCO E COMPLIANCE EM TEMPOS DE MOBILE DE ACORDO COM A IDC, O ITEM MOBILIDADE/ TABLETS É O SEGUNDO COLOCADO NO RANKING DAS DEZ TENDÊNCIAS DE TECNOLOGIAS PARA ESTE ANO DA REDAÇÃO

P

rova disso é que até o governo se rendeu ao novo device (os tablets) e acaba de isentá-los de vários impostos, o que deve resultar em uma queda de até 36% no preço desses equipamentos fabricados no Brasil. Por isso, mobilidade é uma realidade e os gestores precisam ser rápidos para inserir a governança, risco e compliance (GRC) nesse contexto, porque estão abrindo os processos das empresas para o mundo móvel e não é estratégico, muito menos seguro, deixar de realizar a gestão total desses devices móveis

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ASUG NEWS SETEMBRO OUTUBRO 2011

e de seus respectivos aplicativos. Para atender essa demanda, em abril a SAP anunciou a versão 10.0 do GRC que atende essa requisição de governança à mobilidade. Segundo Carlos Guimarães, diretor de Vendas de Soluções Analíticas e Tecnologias da SAP, um bom exemplo dessa necessidade é o SOX, que exige que as informações financeiras da empresa sejam reportadas e, posteriormente, auditadas, independentemente do meio por onde esses dados trafegam. “Se pensarmos dessa forma, perceberemos que


Compliance dos devices e aplicativos mobile já são uma realidade. Porém, ainda não vejo um movimento de gestão desse tipo de risco e, muito menos, uma preocupação efetiva com o nível de segurança por parte das áreas de negócios”, ressalta Guimarães. Na sua visão, essa tem sido uma preocupação das equipes de TI apenas, quando já deveria ser da empresa inteira. “Estamos levando para as áreas de negócios essa necessidade e mostrando que levar as informações para fora da empresa é extremamente importante, mas a segurança do que está dentro do ambiente corporativo (e será acessado remotamente) também precisa ser uma preocupação constante”, completa. E isso não se aplica apenas às multinacionais e gigantes locais (que, por lei, estão sujeitas às regulamentações e às leis financeiras por ter capital aberto, por exemplo), mas também às pequenas e médias, que fazem parte da cadeia de suprimentos de grandes empresas. Seja no papel de fornecedores diretos ou indiretos, precisam aderir ao GRC para estar compliance com as normas que regem seus clientes. Ou seja, diante da complexidade atual, é preciso adaptar as políticas de segurança que foram escritas quando a companhia era estática. Agora, com a empresa espalhada por todos os lugares em que as pessoas estiverem com dispositivos nas mãos, novas regras precisam ser adicionadas às práticas da boa governança. Então GRC representa a garantia de risco e atendimento ao Compliance em diversos níveis. “Não basta apenas prover a solução ou o produto, precisamos ajudar as empresas a cumprir as agendas de Compliance, porque pelas novas regras do mercado mundial os executivos passaram a estar envolvidos legalmente com os resultados obtidos”, diz Guimarães.

NÃO BASTA APENAS PROVER A SOLUÇÃO OU O PRODUTO, PRECISAMOS AJUDAR AS EMPRESAS A CUMPRIR AS AGENDAS DE COMPLIANCE Carlos Guimarães, da SAP

CONTROLE ESTRATÉGICO Vale ressaltar ainda a importância dos diferentes níveis de controle de segurança que as companhias precisam ter atualmente, inclusive dentro das aplicações corporativas. Esse novo universo abrange desde a identificação dos usuários (que acessam as aplicações) até que tipo de processo que cada um pode executar e quais os riscos que isso pode acarretar. Guimarães explica que o GRC da SAP cuida desde o acesso até a segregação de funções e o impacto disso nos negócios. Fazendo, por exemplo, a gestão do comportamento do negócio para verificar se existem atividades suspeitas de fraude. Para isso, traz uma biblioteca que é acessada pelo sistema toda vez que é feita uma varredura na estrutura de controle de acesso para avaliar: quantos usuários existem ativos e inativos, quais os perfis, quem tem perfil que possivel-

mente traga risco à empresa, entre outros. A partir dessa análise, sugere ações para fazer uma melhor gestão dos processos. “Além dessa biblioteca, existe a opção de avaliar novos perfis de acesso e cadastrá-lo, de acordo com as necessidades dos negócios. Também é possível definir parâmetros para que a solução monitore e mande alertas para o gestor ou administrardor da rede, definir níveis de remediação de risco e até estabelecer alertas, via workflow, em várias instâncias”, explica o executivo da SAP. Porém, quando o assunto é governança de risco, muitas vezes um comportamento não significa necessariamente uma possível fraude, mas pode ser uma prática do dia a dia, como a segregação de funções. Nesse caso, o papel do GRC passa a ser estratégico ao ajudar o gestor (de TI em conjunto com o RH) a corrigir esse tipo de falha na operação. Na opinião de Guimarães, funções segregadas trazem muito risco, mas são inerentes em algumas regiões e tamanhos de empresas. A partir da ferramenta da SAP, é possível ver qual o risco disso dentro do negócio e mitigá-lo ao atribuir exposição de risco e quantificar no planejamento financeiro.

A ERA COMPLIANCE É nesse momento que entra a Compliance, um conjunto de disciplinas criado para as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para que as atividades de uma instituição ou empresa sejam cumpridas. Tem ainda como meta evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer. Dessa forma, um possível desvio em relação à política interna pode ser identificado e evitado. Por exemplo, os investidores têm a segurança de que suas aplicações e orientações serão gerenciadas de acordo com as diretrizes SETEMBRO OUTUBRO 2011 ASUG NEWS

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GOOGLE IMAGENS

ESPECIAL CAPA 12

que eles estabeleceram. A Compliance também está ligada à segregação de funções, porque o funcionário que determina um investimento, não pode ser a mesma pessoa que irá fiscalizar como está sendo feita a gestão desse investimento. Quem cria uma norma interna, não pode nomear a si próprio para fiscalizá-la. Portanto, quem não possui uma área forte de Compliance tende a perder em credibilidade perante os stakeholders e, cada vez mais, perde oportunidades no mercado, principalmente no financeiro. As atividades de Compliance, para ter credibilidade, devem ter como mentores pessoas experientes, tanto no negócio da companhia como em cargos de liderança. Isso é fundamental porque, hoje, a enorme responsabilidade dos executivos de Compliance exige que estejam prontos para responder aos stakeholders e perante a lei por suas atividades e decisões. É dessa forma que a eficiência da governança deve se basear em uma análise criteriosa da adequação dos processos, da cultura e disciplina organizacional, recursos humanos, tecnologia da informação e na aplicação de controles rigorosos, preventivos e detectivos no gerenciamento dos riscos. Deve ainda se pautar em uma atuação conjunta com os gestores na avaliação, administração e monitoração dos mecanismos de medição de informações de desempenho. Para que o GRC seja, efetivamente, estratégico vale a pena considerar incluir em seu budget a contratação de empresas especializadas no assunto (como Risk Management, Oracle, Opensis e Grupo Binário) para adequar seu ambiente, seja SAP ou não, às melhores práticas.

ALGUNS DESTAQUES DA VERSÃO 10.0 DO GRC SAP: Desempenho estratégico otimizado por meio da análise de risco em tempo real por todas as linhas da estratégia corporativa; Visibilidade maximizada por meio de todos os riscos, conformidades, políticas e iniciativas de auditoria. Monitorando, automaticamente, o risco e a eficácia de conformidade. Também realiza a identificação automática e prioriza riscos combinados com alertas proativos e escalações;

Automatização da gestão de risco crítico, conformidade e monitoração que permitem às organizações minimizar os custos associados e os esforços necessários; Construtor "Bow-tie" para definir e configurar os riscos e suas métricas. Pela interface fácil de usar, as pessoas podem trabalhar em colaboração, com uma linguagem comum, para criar metodologias para gerenciar e remediar riscos. FONTE: SAP


ASUG DAY

FOTOS: MOISÉS SOARES

ASUG DAY FOI AO NORDESTE DENTRE AS CIDADES DA REGIÃO, HOJE RECIFE É UMA DAS PRINCIPAIS DEVIDO SEU RÁPIDO DESENVOLVIMENTO SÓCIO ECONÔMICO, NA ÚLTIMA DÉCADA, QUE TEM SIDO RESPONSÁVEL POR ALAVANCAR O CRESCIMENTO EM TODO O NORDESTE DA REDAÇÃO Para se ter uma ideia, nos últimos anos Recife conseguiu retirar um número substancial de famílias abaixo da linha da pobreza em decorrência dos grandes investimentos que tem recebido, como o Porto de Suape, a instalação de uma refinaria, entre outros. Fatores que têm tido impacto positivo em vários setores da economia local com a criação de empregos. Devido esse cenário, a cidade de Recife foi a escolhida pela ASUG para a realização, no dia 13 de setembro, do ASUG Day para o público da região Nordeste. Atualmente, a complexidade fiscal/tributário do país é o que mais tem preocupado as empresas, por esse motivo, a ASUG montou uma grade recheada com tópicos que incluíram: Eficiência e Alta Produtividade de Processos baseados em Aplicações Móveis e Web Integradas, Os Impactos das Mudanças na Legislação Tributária e Soluções para Atualização do SAP. Também foram apresentados: Os Desafios da SAP em Nuvem, Sustentabilidade Corporativa SAP: Abordagem Abrangente de EHSM a GRC; Obrigações Fiscais em um único Ambiente SAP ERP & SOFICOM e, ainda, SAP Enhancement Packages: “O Caminho da Inovação”. Uma das participantes foi a Mastersaf, que mostrou o Cenário Fiscal em 2012. Seus executivos deram um panorama aos participan-

tes, ressaltando quais são suas soluções para obrigações fiscais como ECD Contábil, EFD ICMS-IPI, NF-e / CT-e, FCONT (IN -949/09 e IN-1.139/11) e EFDPIS/COFINS Presumido + ECF (IN 1.052 & 1.085/10). Para 2012/2013, a Mastersaf chamou a atenção para o EFDSOCIAL (Layout em Dez/11 e Piloto em Jul/12), e-LALUR e BRASIL RFID, NFSE - ABRASF e EFDFinanceira: Central Balanço, entre outros. E para falar de Business Intelligence na área fiscal, José Leal, da Stefanini IT Solutions, apresentou qual o cenário atual das Apurações, os Relatórios Gerenciais e as Estratégias em uso e como as soluções da Stefanini podem ajudar as empresas ao utilizar o BI para serem mais competitivas e ágeis em seus departamentos fiscais. Foi justamente essa agenda com temas fiscais e tributários que motivou a Procter&Gamble enviar três funcionários de sua unidade em Campinas (SP) para o evento em Recife. “A qualidade desse ASUG Day foi excelente e acertamos na decisão de participarmos devido à agenda focada na parte fiscal. E realmente o evento foi muito produtivo com um conteúdo rico, que abordou os novos requerimentos do governo e como os fornecedores estão se organizando (de forma inovadora)

para atender essa demanda”, afirma Edison Smejoff, gerente de tecnologia da Procter & Gamble para novas iniciativas na área legal e fiscal. Segundo ele, essa parte de inovação atendeu suas expectativas. “Já entramos em contato com algumas empresas que se apresentaram no evento e atendem nossas necessidades. Também contatamos clientes SAP que usam essas soluções para a troca de experiências”, completa. Hugo Luiz Galvão, analista de TI da Fibrasa (localizada em Recife), concorda com Smejoff sobre a excelente qualidade do ASUG Day. “Foi o primeiro evento que participei e foi excelente, porque pude conhecer o que os fornecedores e a SAP estão oferecendo. Minha única ressalva é que o evento deveria ter mais tempo, acontecendo em dois dias, aí seria perfeito”, ressalta Galvão. Outro tema de grande interesse foi o comércio exterior, no qual o engenheiro Fernando Rodrigues Magri (Gerente de Inteligência Competitiva da Softway) mostrou Como Aumentar os Controles e Buscar Maior Eficiência nos Processos de Exportação em Conjunto com o SAP. Para se ter uma ideia, entre maio/09 e março/11 foram 1.945 mudanças em comércio internacional, o que significa 3,8 mudanças legais por dia útil ou cerca de 85 por mês.

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CASO DE SUCESSO

SOLUÇÃO PARA ORIGINAÇÃO DE GRÃOS INTEGRADA AO SAP É IMPLANTADA NA BSBIOS A SPRO IT SOLUTIONS E A MAXICON SISTEMAS FINALIZARAM EM OUTUBRO DE 2010 O GO-LIVE DO SPROMAXYS NA PRODUTORA GAÚCHA DE BIOCOMBUSTÍVEL, BSBIOS – UMA DAS MAIORES INDÚSTRIAS DE BIODIESEL DA AMÉRICA LATINA DA REDAÇÃO

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laridades do setor de originação de grãos, garantindo aderência e foco em resultados para o cliente”, aponta Almir Meinerz, diretor de Consultoria e Delivery da SPRO it solutions – uma consultoria SAP experiente em soluções MySAP e em softwares complementares integrados às funções Standard do SAP R/3, com profissionais com mais de 10 anos de experiência em implementações SAP. O SPROMaxys é fruto da sociedade entre a SPRO it solutions e a Maxicon Sistemas, que através da interface SPRO Connector interligaram o módulo de originação de grãos do Maxys aos módulos SAP. Em virtude da aderência ao segmento e dos resultados positivos na BSBIOS, o SPROMaxys começará a ser implementado em outubro em outro cliente, com go-live previsto para abril 2012. O Maxys agrega à solução elevado know-how em processos orientados ao agronegócio, já que percorreu todas as regiões do país, aprimorando seu modelo de gestão ao longo de 12 anos de atuação nesse mercado.

VINICIUS MALLMANN, Coordenador de TI da BSBIOS

DIVULGAÇÃO

A solução implantada integra completamente o ERP Maxys (consolidado no mercado de originação de grãos há mais de 12 anos) com o SAP Standard. “A escolha foi baseada nos processos de originação de grãos, pois o ERP SAP não detém essa solução para a localização Brasil”, afirma Vinicius Mallmann Coordenador de TI da BSBIOS. A BSBIOS, que constitui hoje sociedade paritária com a Petrobras, é uma indústria representativa de biocombustíveis em âmbito nacional e internacional, com capacidade produtiva total de 300 milhões de litros/ano de biodiesel. Apesar da solidez e franco desenvolvimento, a empresa enfrentava dificuldades de gestão comuns em companhias do setor. Segundo Fábio Nascimento, usuário do setor de grãos, não havia controles eficazes dos saldos dos fornecedores. “Tínhamos dificuldade para efetuar acertos de divergências, vários controles eram desenvolvidos em planilhas, existiam poucas opções de relatórios para fins gerenciais, fiscais e declarações”, diz Nascimento. Tal cenário desencadeava, principalmente, a falta de segurança nas informações registradas – como valores de impostos, controles de saldos e estoques, por exemplo. “Além disso, a existência de diversos sistemas legados, que não eram integrados, ocasionava retrabalho e falta de integridade”, ressalta Mallmann. Por meio da solução, a BSBIOS consegue hoje gerir toda a cadeia produtiva de originação de grãos com total sincronismo. A integração de processos vai desde a abertura de contrato, captura do peso na balança até o acerto final com fornecedor, considerando as diversas modalidades de negociação características e as correspondentes movimentações de estoque, transporte e contabilizações no SAP. Assim, o SPROMaxys proporciona uma gestão proativa com os clientes e fornecedores. “Ao aliar todo o potencial do Maxys à robustez do SAP, o SPROMaxys atende perfeitamente às particu-


CASO DE SUCESSO

PRATI-DONADUZZI CRESCE 30% APÓS IMPLEMENTAR

SAP LABORATÓRIO AUMENTOU EM 90% A AGILIDADE NA GERAÇÃO DAS FATURAS E EM 80% O FECHAMENTO DOS LIVROS CONTÁBEIS E FISCAIS DA REDAÇÃO Ao completar um ano de adoção do SAP para apoiar sua estratégia de expansão e de cumprimento às exigências regulamentares de seus produtos, a Prati-Donaduzzi, contabiliza um crescimento de 30% em seus negócios em função do uso da solução de gestão. Localizada em Toledo, no Paraná, a companhia é um dos principais laboratórios farmacêuticos do país em pesquisa, fabricação e distribuição de medicamentos. Ao usar o SAP, por meio da implementação da Sonda Procwork, também foram detectados ganhos em relação à visibilidade e gerenciamento dos processos, assim como na precisão dos cálculos de custos e indicadores de rentabilidade. “A tecnologia passou a nos

A TECNOLOGIA PASSOU A NOS ABASTECER COM INFORMAÇÕES EXATAS E ATUALIZADAS QUE CONTRIBUÍRAM PARA A MELHORIA DE NOSSA PERFORMANCE, MENSURADA CONFORME AS METAS DA MATRIZ” CELSO PRATI, Diretor Administrativo da Prati-Donaduzzi

abastecer com informações exatas e atualizadas que contribuíram para a melhoria de nossa performance, mensurada conforme as metas da matriz”, afirma Celso Prati, diretor administrativo da Prati-Donaduzzi. A Sonda Procwork também foi responsável pela reengenharia de processos-chave para a implantação das melhores práticas do mercado farmacêutico, que reforçaram o controle da qualidade e reduziram as despesas com manutenção e suporte de TI. “O foco voltou-se para às questões estratégicas do negócio com base no rigor dos índices de gestão, alinhando as soluções de TI à visão empresarial global da organização”, ressalta o executivo. Como os usuários ganharam mais autonomia na elaboração de seus próprios relatórios, o volume de trabalho da equipe de TI diminuiu, o que contribuiu para a dinâmica do fluxo das atividades. Atuando, inclusive, como distribuidora de medicamentos para 30 mil farmácias, a PratiDonaduzzi investiu R$ 1,80 milhão em todo o projeto, o que também resultou em maior credibilidade perante os parceiros fabricantes terceirizados. Isso ocorreu devido à adoção do mesmo método de rastrea-

mento deles, o que simplificou o cumprimento das obrigações de regulamentação e contabilidade. Em adicional, a companhia ampliou a agilidade da geração das faturas em 90%, do fechamento dos livros fiscais e contábeis em 80%, obteve maior acuracidade do inventário e a redução da obsolescência do estoque. “Ao garantirmos uma gestão adequada do inventário, passamos a determinar o verdadeiro custo dos produtos conforme seus componentes e os níveis de inventário, se desvencilhando das contagens manuais durante o ano e do retrabalho”, explica Prati. Para Sergio Souza, diretor da regional do Paraná da Sonda Procwork, o projeto contemplou seu objetivo de sustentar o crescimento do laboratório baseado nos pilares da governança e da inovação. “Nossa missão agora é alavancar o investimento realizado e apoiar o monitoramento contínuo do aproveitamento da ferramenta, introduzindo novos aplicativos complementares e intensificando a prestação de serviços à medida que a empresa demandar atualizações ou ampliações de acordo com o seu cronograma de expansão global e nacional”, conclui Souza. SETEMBRO OUTUBRO 2011 ASUG NEWS

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FERRAMENTAS E SISTEMAS

ATUALIZAÇÕES EM MASSA COMO FAZER RAPIDAMENTE E COM MENOS IMPACTO NO AMBIENTE ESTE ARTIGO SERVE PARA QUALQUER SISTEMA BASEADO EM UM BANCO DE DADOS. MAS TEREI COMO FOCO O AMBIENTE SAP POR HEITOR W. LOURENÇO JR.

Em qualquer base, de tempos em tempos precisamos fazer archiving. Mas, por vezes, podemos fazer um “deletaiving”, excluindo mesmo registros velhos, obsoletos ou erroneamente gerados por módulos ou configurações não adequados. Existem processos da própria SAP que levam semanas para excluir muitos registros. Se analisados, a lógica é simples e pode ser adaptada. Deleções em massa se baseiam, geralmente, em um comando como DELETE FROM tabela WHERE filtros-de-condição, que (se usados em tabelas gigantes) podem levar a:

memória) e dos discos, o que impacta o sistema como um todo, às vezes drasticamente, aumentando muito o tempo da exclusão.

uma tabela auxiliar com as ROWIDS dos registros que satisfaçam as condições de filtro da tabela de que queremos excluir. Fazemos isso em paralelo;

Como eliminar esses dois gargalos que, a meu ver, são os maiores nesse processo? 1. Não acessar a tabela da qual os registros estão sendo excluídos pelo delete com a cláusula WHERE; 2. Ler e regravar cada bloco de dados da tabela que tenha um registro ou mais que satisfaçam as condições de filtro somente uma vez.

Daí, um pequeno script Oracle lê essa tabela sorteada por ROWID. Isso garante que cada bloco de dados será lido e regravado somente uma vez na vida do processo. A cada leitura, deleta o registro da tabela desejada e da própria tabela controla. A cada N deleções, promovemos um COMMIT. Dessa forma, em caso de cancelamento podemos reiniciar o processo sem grandes perdas e pouco ROLLBACK;

Então vamos à solução: 1. Velho "ORA-1555 SNAPSHOT TOO OLD”. Por que? Porque durante a exclusão pode haver muitas alterações e o Oracle não consegue garantir a consistência de leitura. E o processo segue a um demorado ROLLBACK; 2. Milhões e milhões de IOs físicos e lógicos levando ao alto uso de CPU (quando bloco em

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Lembremos ROWID do

Melhorias no processo, quase

Oracle. Ela á a chave única identificadora de cada registro no Oracle e compõe-se, basicamente, do número do datafile, bloco e registro. Ou seja, a leitura mais rápida possível, pois nem passa por índice. O Oracle passa ao LVM o acesso “mastigado”;

nunca possíveis, mas que vale notar: - Dropar os índices da tabela de onde há exclusões – menos IO, mas difícil pois os processos de produção contam com eles. A reconstrução paralelizada no final é muito mais vantajosa; - Colocar a tabela em NOLOGGING para não gerar

Assim, podemos construir


Aqui vai um script simples de exemplo. Vou assumir uma exclusão na APQD por data. Isso exige exclusão na APQI (que tem apontadores) e APQL. Executando via SQLPLUS, tanto no processo de criação da tabela auxiliar quanto no de exclusão, executar: ALTER SESSION SET DB_FILE_MULTIBLOCK_READ_ COUNT = 128. Isso fará que os IOS de full scan leiam 128 blocos e não 8, como geralmente colocados no Oracle do SAP. Isso agiliza o processo de IO. Na hora do SORT da tabela auxiliar isso será considerado também.

1. Criação de tabelas auxiliares: create table apqi_i tablespace psapsr3 parallel degree (8) as select rowid linha, qid from apqi where substr(credate,1,6)<='201103'; create unique index ix998 on apqi_i(qid) tablespace psapsr3; create table apq_d tablespace psapsr3 parallel degree (8) as select rowid linha from apqd where qid in (select qid from apqi_i); create table apq_l tablespace psapsr3 parallel degree (8) as select rowid linha from apql where qid in (select qid from apqi_i); 2. Exclusão: declare conta_apqi number:=0; conta_apqd number:=0; conta_apql number:=0;

begin for c1 in (select linha from apqi_i order by linha) loop delete from apqi where rowid = c1.linha; conta_apqi := conta_apqi + 1; end loop; commit; for c1 in (select rowid ponto,linha from apq_d order by linha) loop delete from apqd where rowid = c1.linha; delete from apq_d where rowid = c1.ponto; conta_apqd := conta_apqd +1; if conta_apqd > 50000 then conta_apqd := 0; commit; end if; end loop; commit; for c1 in (select rowid ponto,linha from apq_l order by linha) loop delete from apql where rowid = c1.linha; delete from apq_l where rowid = c1.ponto; conta_apql := conta_apql + 1; if conta_apql > 50000 then conta_apql := 0; commit; end if; end loop; commit; end; / No final de tudo, vale usar o comando abaixo em cada índice de cada tabela afetada e analisar com quantos níveis cada índice está e a proporção de linhas excluídas contra as totais. Se esta proporção passar de uns 20%, vale reorganizar, porque senão a performance de acesso pelos índices será muito ruim.

sempre é ruim porque o SAP tende a nunca usar full scans, o que não impacta o acesso. Porém, se espaço é um problema, reorganizar a tabela fará com que este espaço livre dentro dela seja liberado para outros segmentos. Usar packages Oracle como DBMS_SPACE.SPACE_USAGE para ver se vale a pena reorganizar, isto é, se o espaço livre frente ao alocado vale o esforço de um EXPORT/IMPORT ou outro método de reorganização como o DBMS_REDEFINITION. O shrink de segmentos no Oracle demora muito e gera impacto. Agora, vale antes de tudo, avaliar se o número de registros a serem excluídos for muito perto do total da tabela, isto é, a tabela tem 200 milhões de registros e vamos excluir uns 150 milhões. Se houver tempo hábil de parar o sistema, faça um EXPDP (paralelizado) com uma query selecionando somente os registros que vão ficar. Depois, DROP na tabela e IMPDP para os registros. Muito rápido também.

EDUARDO DE SOUSA

redos e voltar LOGGING no final. Isso faz com que não haja redos, reduzindo IOs, log switches etc. Para instalações com standby databases pode significar um refresh do standby, o que (nem sempre) é possível.

HEITOR W. LOURENÇO JR. Responsável por Sistemas de Informação na Robert Bosch

ANALYZE INDEX índice-da-tabel VALIDATE STRUCTURE; SELECT * FROM INDEX_STATS; è onde estão as informações acima (height, lf_rows e del_lf_rows) Quanto às tabelas, tendem ficar “esburacadas”. Isso nem SETEMBRO OUTUBRO 2011 ASUG NEWS

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PONTO DE VISTA

VOCÊ SABE LIDAR

COM OS “EGOS”?

EMBORA SEJA UM TEMA DISCUTIDO COM MUITA FREQUÊNCIA ATUALMENTE, ELE NÃO É NOVO E NEM SE LIMITA AO AMBIENTE DE TRABALHO. INFELIZMENTE, PESSOAS COM EGOS “INFLADOS” EXISTEM E SEMPRE EXISTIRÃO EM TODA PARTE, ENTÃO VAMOS NOS CONCENTRAR NO QUE OCORRE DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES POR RICARDO AMARAL

AS EMOÇÕES E O AMBIENTE EMPRESARIAL Cada vez mais, as empresas buscam profissionais com alto “quociente emocional”, ou seja, quem possui a habilidade de perceber, entender e, efetivamente, controlar emoções. Isso promoverá o sucesso nas relações e o seu próprio crescimento intelectual e emocional. Torne-se um deles. Até porque as vaidades são apenas obstáculos!

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do duas competências: empatia e flexibilidade. A primeira tem a ver com sua capacidade de se colocar no lugar do outro e entender suas emoções. A segunda, saber argumentar de forma positiva e ceder quando necessário. Um bom exemplo disso seria como lidar com alguém arrogante que acabou de lhe corrigir na frente dos outros. Comece esquecendo a arrogância e veja se a correção tem ou não fundamento. Se tiver, encare com bom humor e concorde. Se não tiver, seja firme e defenda seu ponto de vista. Como os vaidosos quase nunca cedem, não insista! Não vale a pena! Não se trata aqui de bancar o Cebolinha e ficar levando “coelhada” da Mônica! E como fica minha auto-estima? Não se preocupe com isso. Na verdade, agindo assim você estará no controle, o que deverá aumentar e não diminuir sua auto-estima! Ser flexível é uma habilidade que demonstra equilíbrio e segurança. Ceder no momento certo não é sinônimo de perder. Muitas vezes temos de dar um passo para trás para podermos avançar. Lembre-se que o objetivo não é combater as vaidades pessoais (isso não está ao nosso alcance), mas sim buscar o entendimento e o relacionamento, apesar delas e sabendo lidar com elas! DIVULGAÇÃO

Em primeiro lugar, substituiremos a palavra ego por vaidade, que no ser humano é responsável por grande parte das barreiras de relacionamento, comunicação e produtividade em uma empresa ou em qualquer outro ambiente de trabalho. Ninguém gosta de se relacionar com um colega que demonstra arrogância e se acha superior aos demais ou que pensa ser dono da verdade e não aceita a opinião dos outros, ou, ainda, aquele que (por puro capricho) quer que as coisas sejam feitas à sua maneira. Pior ainda quando esse é o chefe, pois aí entra a questão do poder hierárquico! O que fazer então quando nos encontramos nessa situação? Seria melhor ignorá-los ou confrontá-los? Nem uma coisa, nem outra! Sabemos que não existe resposta certa e que cada caso é um caso, mas na verdade, a melhor abordagem é saber lidar com essas vaidades, pois dificilmente vão mudar. Fugir do relacionamento significa aumentar a barreira e confrontar o vaidoso pode resultar em ruptura. Não existe uma fórmula mágica, entretanto a experiência mostra que conhecer bem seu interlocu tor (e a você mesmo) é um ponto de partida importante. Em seguida, tome a iniciativa do diálogo usa

RICARDO AMARAL é coach e consultor em Desenvolvimento Organizacional (www.ferrazdo amaral.com.br)




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