ASUG NEWS 40 - Ano 11

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ANO 11 = Nº 40 = Maio Junho 2009

REVISTA INFORMATIVA DA ASUG BRASIL | Distribuição gratuita | www.asug.com.br

SOA: a lógica dos negócios à la carte A Arquitetura Orientada a Serviços promete revolucionar o desenvolvimento de softwares de gestão de negócios, viabilizando a rápida composição das soluções empresariais

2009 ASUG ANNUAL CONFERENCE

SAPPHIRE 2009

ASUG DAY

CRISE X OPORTUNIDADES

Paulo Moraes trouxe as novidades mais quentes do evento mundial da SAP

O evento teve lotação recorde em Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte

EXCLUSIVO: O novo presidente da SAP Brasil, Luís César Verdi fala sobre o assunto



DIRETORIA ASUG 2008 - 2010

REDAÇÃO

Presidente GUTEMBERG PIRES - AREVA T&D Energia Vice-Presidente WELLINGTON BRIGANTE - ZILOR Energia e Alimentos Diretor Financeiro ALESSANDRE GALVÃO - Paranapanema Diretor Administrativo SÉRGIO ARAI - Hospital Albert Einstein Diretor de Comunicação FLÁVIO LIMÃOS - Goodyear Diretor de Educação MARCOS PASIN - Bueno Netto Diretor de Serviços MARCOS PELAEZ - Natura Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento JOSÉ CARLOS COSTA - Suzano Papel Celulose Diretor Associativo JOSÉ CARLOS DA FONSECA - Petrobras Diretor de Eventos ANDRÉ DALLA - Monsanto

Editora e Jornalista Responsável Cristiane Bottini - MTB Nº 25.178 Design e Editoração JMB DESIGN Colaboradores deste número PAULO MORAES WAGNER FACHETTI

EDITORIAL

IMPRESSÃO E DISTRIBUIÇÃO Impressão VAN MOORSEL Distribuição RS RIGHT SUPPORT LTDA - www.rscorp.com.br TIRAGEM: 10.000 exemplares

COMERCIAL E MARKETING RS RIGHT SUPPORT LTDA - www.rscorp.com.br Executivos de Contas ORLANDO FOGAÇA - orlando@rscorp.com.br VALDECI JÚNIOR - valdeci@rscorp.com.br

CAPA: Fotomontagem - Banco de Imagens. ARTIGOS ASSINADOS: São de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a opinião desta revista nem da ASUG Brasil. ASUG NEWS: É uma publicação bimestral da ASUG Brasil. Todos os direitos reservados.

ASUG Brasil - Rua Apeninos, 912 - 17º Andar - Conj. 172 - Paraíso - São Paulo SP CEP 04104-020 - Tel. 0800.164.064 - Portal ASUG: www.asug.com.br

ÍNDICE ENTREVISTA Luís César Verdi - Driblando a Crise

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ON-LINE Notícias do Mundo TI

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PALAVRA EM GRUPO SAP SAPPHIRE 2009 - Rumo ao Conhecimento

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Governança é vital e para que os serviços sejam reutilizados na empresa é necessário ter uma metodologia de desenvolvimento de software única e centralizada. De modo que áreas diferentes não criem o mesmo serviço de maneiras diferentes ou usem conectores incompatíveis. Os especialistas ensinam que é preciso ter um repositório centralizado para que os desenvolvedores saibam onde procurar serviços e TI saiba por quem eles estão sendo utilizados. Além disso, os serviços têm de ser documentados para que os desenvolvedores saibam para o que servem, como integrá-los e as regras para serem usados. Pronto! Se você tiver um ambiente assim com esse modelo de negócio sua Governança é SOA. A Arquitetura Orientada a Serviços é o tema central desta edição, com o intuito de mostrar que uma empresa que desenvolve constantemente sistemas novos que se apóiam em funcionalidades similares, pode ter vantagem competitiva com economia de tempo nas tarefas de desenvolver, testar e integrar as mesmas funcionalidades. O que também é um diferencial nos negócios do ecossistema SAP é o evento ASUG Day, que nesta edição traz um resumo do que foi apresentado por um seleto grupo de executivos nas cidades de Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte. Já o Coordenador do Grupo de Tecnologia, homenageado pelo excelente trabalho voluntariado em 2008, Paulo Moraes, nos conta o que foi novidade no SAPPHIRE 2009 e na Conferência Anual 2009 da ASUG EUA, que teve como tema: A diferença é você. Também estiveram presentes nos dois eventos o presidente da ASUG Brasil, Gutemberg Pires, e o diretor financeiro, Alessandre Galvão. E, de olho nas oportunidades em tempos de crise, o novo presidente da SAP Brasil, Luís César Verdi, detalha como este momento pode ser ideal para a expansão dos negócios e a proximidade da SAP junto à ASUG no país.

MATÉRIA DE CAPA SOA Leva a Lógica dos Negócios aos Serviços à La Carte

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ASUG DAY 2009 Porto Alegre

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ASUG DAY 2009 São Paulo

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ASUG DAY 2009 Belo Horizonte

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FERRAMENTAS E SISTEMAS ISO 31000 Risk Management e Sua Importância

Para sugestões, informações ou críticas sobre a REVISTA ASUG NEWS, contate-nos através de e-mail ou fale diretamente com a nossa Redação. Leia as nossas matérias também no Portal ASUG Brasil.

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redacao@asug.com.br | 0800.164.064 | www.asug.com.br

Uma excelente leitura! Redação ASUG News


ENTREVISTA

Luís César Verdi

pela companhia me dar essa oportunidade no Brasil, experiência que devo levar para toda a Améria Latina. AN - Quais experiências o senhor destacaria da sua posição executiva na área de vendas ao assumir a gestão da SAP no Brasil? VERDI - A experiência que carrego, como, por exemplo, a relação com a ASUG Brasil, que está cada vez mais madura, será destacada também na AL, aonde a participação dos usuários SAP não é intensa e precisa desse modelo brasileiro. Quero levar essa experiência para os outros países.

Driblando a crise Escolhido pela experiência no mercado brasileiro, da qual seis anos na gestão executiva de vendas da própria empresa alemã de software, o novo presidente da SAP Brasil, Luís César Verdi, fala da oportunidade de conquistar novos clientes e de se aproximar mais dos atuais, principalmente neste momento de cenário econômico difícil, com o objetivo de melhorar a situação dessas empresas. O executivo destaca ainda a importância de manter o Brasil na vanguarda das conquistas na América Latina, que responde por 40% da receita do grupo na região. Além disso, reconhece a importância do papel da ASUG Brasil no desenvolvimento do ecossistema SAP. Leia a entrevista exclusiva à ASUG News: ASUG NEWS - Nos últimos dois anos, o senhor ocupou a função de vicepresidente de vendas corporativas para a América Latina. Qual experiência leva para a presidência da SAP Brasil? VERDI - Tive a oportunidade de conhecer outros mercados e operações da SAP, não só na AL, mas também em grupos

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AN - De que forma a ASUG Brasil pode contribuir? VERDI - Pode usar a mesma estratégia para estimular as empresas usuárias de outros países a trocar experiências com as do Brasil. E replicar o modelo de Relacionamento, Influência e Educação. AN - Quais serão seus principais desafios na presidência da SAP em 2009? VERDI - É trabalhar com os clientes, principalmente, nesse momento difícil da macro-economia, de tal forma que a SAP Brasil possa agregar mais valor a eles. Quero que a SAP se aproxime ainda mais dos clientes.

de trabalho global. Essa visão ampliou meus relacionamentos com clientes e parceiros e fortaleceu minha experiência.

AN - A SAP Brasil encerrou 2008 como a região com maior crescimento na América Latina. Para este ano, o ritmo será mantido? VERDI - A expectativa é de continuidade no crescimento da base atual da SAP. Nesse processo, o Brasil será o componente fundamental para atingir melhores resultados. Nós representamos 40% dos negócios na região. Para se manter forte, o Brasil precisa continuar com sua estratégia de parcerias.

AN - Como avalia a evolução da sua carreira na SAP? VERDI - Foi uma evolução sólida, da qual consegui obter bons resultados. Fico feliz

AN - Como o senhor avalia os efeitos da crise econômica sobre os negócios da SAP no país? VERDI - Não ignoramos o cenário difícil


que nossos clientes estão enfrentando. Companhias brasileiras com expectativa de maior dificuldade, inclusive, estão se voltando para o mercado interno. Nós estamos mudando nossas estratégias para atender esse cliente, de forma que continue operando bem. Portanto, estamos mostrando saídas a esse cliente. Nós somos os aliados que podem compreender e colaborar para que se saiam ainda melhor em seus negócios.

AN - No SAP Fórum, foi anunciado que, pela primeira vez, a SAP focará o mercado financeiro. Qual será a estratégia para atingir esse público? VERDI - Estamos lançando vários produtos para atender esse segmento no Brasil. São produtos já desenvolvidos e usados em larga escala no exterior, que agora vão amadurecer no segmento nacional.

AN - Quais as estratégias de atuação da SAP nesse cenário? VERDI - Uma das estratégias é oferecer ao mercado e aos clientes pacotes de aplicações e serviços de rápida implementação e que traga impacto direto, e quase imediato, nos clientes. Um bom exemplo está na gestão do fluxo de disponibilidade de caixa. Empresas preocupadas com o aperto financeiro podem decidir com precisão e de maneira rápida com nossos aplicativos. Outro exemplo está no portfólio de produtos, do qual temos uma série de aplicações de inteligência de negócios de aplicação rápida. Com eles, é possível identificar melhorias e fazer reduções rápidas de custos dos negócios. Garantimos que esse impacto poderá ser verificado ainda no balanço de 2009. Portanto, as empresas se beneficiarão com nossas soluções.

Queremos aproveitar a capacidade da ASUG de se relacionar com a comunidade de usuários para divulgar estratégias da SAP. Assim, teremos usuários cada vez mais informados

AN - Quais são as vantagens da SAP em relação à concorrência? VERDI - Temos o Business Suite 7 e o SOA, os nossos lançamentos deste ano. Essas soluções somadas ao conjunto de aplicações já existentes constituem nossas vantagens. Hoje, todas as aplicações já estão sendo feitas pela Arquitetura de Orientação a Serviços (SOA), o que dá muita flexibilidade aos clientes para se adaptarem aos seus respectivos processos internos. É, sem dúvida, um marco importante para a SAP, porque resulta em muitos benefícios aos clientes. E a recepção tem sido muito positiva. Atualmente, 63 empresas já homologaram esses modelos, apenas no Brasil.

AN - Além do financeiro, quais são os setores estratégicos para a SAP? VERDI - Na verdade, nossa estratégia consiste em três áreas específicas para atuação, como também a do setor público e o segmento de comércio, seja varejo ou atacadista. São as áreas que identificamos como de maior potencial de crescimento no país. São oportunidades estratégicas que estão nos fazendo buscar alianças, assim como, a ampliação do sistema de parceiros. Porém, o setor industrial ainda é nosso ponto mais forte no desenvolvimento de estratégias da SAP. AN - A SAP recentemente anunciou um programa de demissões. Como o Brasil será afetado?

VERDI - O Brasil será afetado muito pouco pela reestruturação, porque temos um programa que substitui aqueles em fase de aposentadoria. Portanto, as demissões têm sido pontuais. AN - Para a ASUG Brasil muda a relação com a SAP na sua gestão na presidência? VERDI - Nossa parceria com a ASUG Brasil é outra vantagem, pois é uma instituição forte e independente. Queremos manter essa parceria cada vez mais próxima. A associação traz muitas vantagens ao ecossistema SAP, pois cria um ambiente rico de troca de experiências, relacionamento e educação para os clientes. AN - Há planos de tornar a SAP uma empresa mais focada nas necessidades dos seus clientes e a criação de uma agenda comum com a ASUG? VERDI - Vejo vários aspectos do qual podemos fazer uma agenda comum com a ASUG Brasil. O fato da ASUG ser independente e ter objetivos próprios é importante para a comunidade e valorizamos essas ações. Mas há muitas ações que podemos fazer em conjunto porque incentivamos as boas práticas da instituição. Vamos continuar a ajudar a ASUG em seus projetos e manter nossa comunicação direta e com absoluta transparência. AN - Que mensagem o senhor deixa aos usuários SAP no Brasil? VERDI - Queremos aproveitar a capacidade da ASUG de se relacionar com a comunidade de usuários para divulgar estratégias da SAP. Assim, teremos usuários cada vez mais informados. Peço a todos que aproveitem este ano para olhar dentro de casa, para que os CIO´s e os líderes de suas áreas possam otimizar estratégias de operações. Aproveitem as oportunidades que oferecemos e se coloquem com otimismo e disposição para melhorar seus processos e reduzir seus custos. MAIO JUNHO 2009 ASUG NEWS

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ON-LINE

DICAS PARA CONSEGUIR (E MANTER) UM EMPREGO EM MEIO À CRISE

• CUIDADO COM SEUS GASTOS - Evite adquirir coisas supérfluas neste período. Cuidado com as promoções e liquidações: é normal haver muitas em períodos de crise, pois há dificuldade em vender. Planeje seus gastos e tente manter-se coerente com o que foi planejado o máximo possível.

• SEJA PACIENTE - Não entre em pânico, mas não seja exigente demais. Demonstrar ansiedade excessiva a um possível empregador só diminuirá o seu valor. E certamente você não quer pular de um cargo precário para outro. Mas o trabalho dos sonhos está difícil de encontrar no mercado atual. • NUNCA DESANIME - Deixe o lado negativo do lado de fora e não o deixe entrar. Leve otimismo para quem contrata e para seus contatos. Ler notícias pela Internet, se você já tiver uma conexão, não custa nada. Informação nestes momentos é muito importante e pode ser uma fonte de inspiração, além de ajudar a manter-se informado sobre o mercado. • SEJA FLEXÍVEL - Não fique obcecado com a estrutura de remuneração e com o título. Aceitar um nível de remuneração ou título abaixo do seu ideal pode ser vantajoso. Se você superar as expectativas, o título e o salário se ajustarão.

• NÃO PERCA TEMPO - Comece a procurar imediatamente. Não tire uma folga muito longa. A procura pode levar até 12 meses no caso de altos executivos.

• MANTENHA-SE AFIADO - Fique por dentro das últimas notícias, tendências e tecnologias importantes no seu setor.

• PLANEJE-SE - Trate a procura de emprego como um emprego em si. Estabeleça um cronograma e se responsabilize pelo seu progresso diário.

• FIQUE EM FORMA - Não negligencie a saúde e a alimentação, as quais sofrem freqüentemente com o estresse da procura de um emprego.

• FIQUE LIGADO - Em épocas de crise, as idéias acontecem. Coloque sua imaginação e criatividade para funcionar, analise as oportunidades que podem aparecer e veja como você pode se beneficiar delas.

• VÁ ALÉM - Se estiver empregado, ao perceber que sua empresa passa por dificuldades, procure pensar o que sua empresa poderia fazer de diferente. Às vezes você se encontra numa posição que lhe permite ver coisas que seus superiores não estão vendo. Uma boa idéia pode significar uma redução de custos ou uma oportunidade de ganho ainda não percebida.

• VEJA OUTRAS OPORTUNIDADES - Esteja aberto a cargos interinos, free-lance ou consultorias. As empresas estão cortando custos fixos na economia de hoje, mas podem ter oportunidades de consultoria para projetos ou especialidades de nicho, compensando o número menor de funcionários, no quadro atual. • ATUALIZE-SE - Se ainda está empregado, mantenha sua empregabilidade em alta. Busque atualizar-se sempre, principalmente com assuntos relacionados ao seu cargo, profissão ou ramo de atividade. Esteja atento às novidades do meio e participe de feiras, workshops e palestras. • ESTEJA DISPOSTO A SE DESLOCAR - Com a evolução das indústrias, as oportunidades de carreira migram. Saiba para onde estão indo os cargos da sua área e esteja disposto a se mudar em busca da oportunidade certa.

• USE SEUS RECURSOS - Há diversas ferramentas on-line e recursos gratuitos para ajudar quem procura um emprego. Seja pela sua universidade, organizações profissionais, grupo de veteranos ou outras afiliações que você tenha. • FAÇA NETWORKING - Contatos, contatos, contatos. Nada substitui os relacionamentos pessoais ao procurar oportunidades de carreira. Os contatos estão mais fáceis do que nunca com sites sociais e profissionais, como LinkedIn, Classmates.com ou Facebook. Fontes: Korn/Ferry International e Curriculum.com.br

BRASIL JÁ É O QUINTO DESTINO PARA OFFSHORE OUTSOURCING Pesquisa encomendada à AT Kearney pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), diz que a nova colocação do Brasil no ranking foi alcançada em 2007 e representa um salto de cinco posições na comparação com 2005. A América do Norte e a Europa contam com 77% da demanda global de serviços e de processo de negócios (BPO, na sigla em inglês), sendo que no mercado global este setor gerou US$ 819 bilhões em 2008, apresentando crescimento de 9,4%. Após saltar de US$ 50 bilhões em 2007 para US$ 70 bilhões em 2008, o mercado de offshore de outsourcing deve atingir US$ 101 bilhões em 2010, aumentando 20% nos próximos dois anos, ou seja, um incremento de US$ 31 bilhões. Fonte: TI Inside

IMPERATIVOS PARA CIOs EM 2009 Depois de ouvir mais de 1.500 CIOs de todo o mundo, o Gartner descobriu que esse profissional demonstrará sua liderança na crise por meio dos seguintes imperativos: • Ser decisivo ao priorizar ações que aumentam a eficiência da empresa, focando a melhoria dos processos de negócios, usando BI para aumentar a visibilidade e elevando a eficiência da força de trabalho. • Adotar a prática do "first things faster". • Ser hábil na reestruturação da TI para aumentar sua produtividade e agilidade, porque o negócio não irá reduzir sua demanda apenas porque os CIOs têm menos recursos. • Modernizar a infraestrutura técnica, já que novas tecnologias oferecem custos mais baixos, gastam menos energia, têm melhor desempenho e maior capacidade - coisas que a empresa precisará muito no contexto atual. Fonte: Information Week

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PALAVRA EM GRUPO

SAP SAPPHIRE 2009

Paulo Moraes teve o privilégio de conhecer as novidades SAP recém-saídas do forno no evento anual da fabricante e da ASUG EUA

Rumo ao conhecimento

DA REDAÇÃO

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PALAVRA EM GRUPO Durante quatro dias 18 mil pessoas conheceram as novidades do mundo SAP no SAPPHIRE 2009, que aconteceu entre 11 e 14 de maio em Orlando, na Flórida, no Orange County Convention Center. No mesmo local e data, aconteceu a Conferência Anual 2009 da ASUG EUA, que teve como tema: “A diferença é você”.

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aulo Sérgio Evangelista de Almeida Moraes - homenageado pela ASUG Brasil através da sua diretoria, por seu trabalho como Coordenador do Grupo de Tecnologia era um dos integrantes dessa privilegiada platéia. “Foi muito gratificante ter sido reconhecido pela comunidade brasileira e receber como prêmio a participação em um evento dessa magnitude”, afirma Moraes. Para se ter uma idéia, o SAPPHIRE deste ano teve mais de 660 apresentações e sessões de formação técnica e cerca de 135 estações para demonstrações interativas. Moraes explica que a agenda realmente estava muito interessante e variada este ano, proporcionando aos participantes uma excelente gama de assuntos. Moraes teve a oportunidade de conversar com várias pessoas que, assim como ele, coordenam grupos e projetos na ASUG EUA, dentre elas a sra. Amy Garrison (na foto ao lado), que autorizou a publicação de material de consulta no portal da ASUG Brasil, trazidos dessa conferência. Entre os temas selecionados pelo

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Coordenador da ASUG brasileira para assistir e trazer aos associados está o MES Manufacturing Execution System (confira no portal www.asug.com.br várias palestras e apresentações feitas no evento deste ano, disponível apenas para os associados). “No estande da IBM foi possível conversar com toda a equipe de consultores responsável pelas melhores práticas incorporadas na ferramenta e conferir a solução da SAP rodando nas máquinas da fabricante e os esforços em conjunto das duas fornecedoras para propiciar um MES de alta performance”, ressalta Moraes. Outra apresentação interessante trazida para os associados brasileiros foi uma sobre o BI, abordado em vários workshops e palestras que mostraram que as informações não são produtivas se não estiverem disponíveis para análises eficazes. “Com as ferra-

mentas de BI é possível, por exemplo, acessar dados do SAP de uma forma que transforma os dados brutos em informações importantes para a tomada de decisão”. Uma das vedetes do momento, Mobile no SAP, também fez parte da grade de apresentações que Moraes assistiu no SAPPHIRE 2009. Com essa aplicação, é possível acessar remotamente relatórios extraídos do SAP por

O coordenador PAULO MORAES ao lado de AMY GARRISON


um Blackberry ou Windows Mobile em tempo real e de uma maneira bastante amigável. “O mesmo conteúdo de relatórios com o qual você trabalha diariamente no escritório é processado automaticamente e otimizado para seus dispositivos móveis compactos. Assim, podemos acessar, navegar e analisar relatórios sem a necessidade de treinamento adicional”, explica Moraes. Segundo o Coordenador, muito do que já está em produção teve suas próximas versões apresentadas no evento deste ano. Como o RPM 5.0, ainda em desenvolvimento, para o gerenciamento de projetos. “Outro assunto que trouxe para os

associados brasileiros é o GRC (Governança Corporativa, Gerenciamento de Riscos e Conformidade), que hoje é uma camada que engloba todo o SAP para atender exigências legais (como SOX, por exemplo) para controlar e gerenciar os processos de negócios”, ressalta. Pesquisas mostram que o uso do GRC pode reduzir em até 36% os custos de gestão de risco porque a solução diminui, significativamente, o custo de conformidade, permite ações proativas de controle, reduz o tempo para compliance e traz automação nos processos para que estejam prontos e executados com mais abrangência, sempre de acordo com as regras estabelecidas. Além de uma variada agenda com conferências sobre os mais variados temas, o SAPPHIRE 2009 contou com uma extensa área de exposição

com mais de 200 empresas dedicadas ao ecossistema SAP. Também estiveram no evento Gutemberg Pires, Presidente da ASUG Brasil, e Alessandre Galvão, Diretor Financeiro da ASUG Brasil. “Em função dos fatores adversos (crise financeira e da gripe suína), o evento mais uma vez surpreendeu pela grandiosidade, qualidade das palestras e pelo volume de empresas participantes, especialmente vindos da Europa. Parabenizamos a SAP pela organização”, afirma Gutemberg Pires, Presidente da ASUG Brasil “Foi mais uma oportunidade para estreitar novos relacionamentos e encaminhar ações com o grupo SUGEN para estabelecer diretrizes para implementação do benchmarking do KPIs, referente ao Enterprise Support, no qual o Brasil já tem dez empresas incluídas”. Na foto à esquerda, ALESSANDRE GALVÃO e GUTEMBERG PIRES. Na foto ao lado, os executivos da ASUG acompanhados de HENRIQUE ADAMCZYK, diretor de O Boticário (de camisa azul claro), em um momento de descontração

MISSÃO ATLANTIS AO VIVO Por uma feliz coincidência, Moraes chegou em Orlando justamente no dia em que a NASA lançou o ônibus espacial Atlantis, 11 de maio. “Verifiquei a programação do evento e descobri que teria a tarde livre porque a abertura oficial aconteceria apenas à noite. Então não tive dúvida e fui ao Centro Espacial Kennedy, localizado no Sul da Flórida, para ver a Atlantis decolar”, conta Moraes. Realmente uma oportunidade dessas não poderia passar em branco, já que essa missão tinha caráter especial: ser a quinta e última viagem de astronautas para fazer reparos no Telescópio Espacial Hubble. A missão da Atlantis teve como objetivo repor três instrumentos e consertar outros dispositivos do observatório orbital que não têm funcionado bem desde o ano passado.

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MATÉRIA DE CAPA

SOA leva a lógica dos negócios aos serviços à la carte O objetivo é que a velocidade da Tl caminhe junto com os negócios, tornando-a estratégica DA REDAÇÃO

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á imaginou ter à sua disposição boa parte da lógica dos negócios encapsulada e exposta na forma de serviços corporativos? Tudo estruturado para que, ao precisar iniciar um novo projeto em TI, você possa se servir de componentes modulares, que poderão ser rapidamente remontados para compor novas soluções corporativas capazes de atender às exigências de negócios em permanente transformação. Isso já existe e chama-se SOA, Service Oriented Architecture. A grande questão em volta dessa nova realidade é não ter préconceitos que, à primeira vista, nos leva a pensar que SOA é só mais uma sigla da moda, além de um conceito

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emblemático. O objetivo da SOA é revolucionar o desenvolvimento de softwares de gestão de negócios, viabilizando a rápida composição de soluções empresariais. Para os CEOs, essa nova estratégia permite que a inovação seja feita em escala, estimulando os funcionários. E, para os CIOs, que a velocidade da Tl caminhe junto com os negócios, tornando-a estratégica. No centro do conceito de serviços está a idéia de que é possível definir partes dos códigos de software em porções significativas o suficiente para serem compartilhadas e reutilizadas em diversas áreas da empresa. Com isso, algumas tarefas passam a ser automatizadas.

Os analistas da IDC estimam que a implantação de projetos baseados em SOA movimentará

US$ 30 bilhões

no próximo ano, com crescimento

anual de 45%


O primeiro passo rumo a SOA é descobrir se existem aplicativos redundantes e mal integrados que poderiam ser consolidados ou eliminados como resultado da adoção. A próxima etapa é analisar como pode ser feita a reutilização dos softwares, verificando se o pacote de códigos que constitui um serviço tem o tamanho e o escopo certos. Somente assim poderá ser reutilizado da próxima vez que a equipe de desenvolvimento precisar de uma função específica para um novo aplicativo que queira desenvolver. Pesquisas do Gartner estimam que apenas algo entre 10% e 40% dos serviços corporativos são reutilizados atualmente, gerando um grande retrabalho desnecessário. Por outro lado, se os desenvolvedores reutilizam serviços, os projetos de software podem andar mais rápido e a mesma equipe de desenvolvimento pode trabalhar em mais projetos. A integração se torna mais barata e mais rápida, eliminando alguns meses dos ciclos de desenvolvimento de novos projetos. Além disso, reutilização, maior produtividade, agilidade em TI e uma

infraestrutura de software ajustada aos processos de negócios são as iscas para vender uma iniciativa de arquitetura corporativa para a área de negócios.

DE FORMA MACRO, OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA SOA CITADOS PELO GARTNER SÃO:

- Maior eficiência na execução dos processos de negócio, - Rapidez para chegar ao mercado (devido aos ciclos de projeto menores), - Estabelecimento de novos modelos de negócio, - Crescimento mais rápido, - Mudança da cultura de TI, - Redução do custo total de desenvolvimento e - Manutenção das aplicações. Mas se você tem uma empresa descentralizada, prepare-se para os desafios porque SOA leva à centralização. Na real, pede centralização e um

líder, ou uma pequena equipe, gerenciando a arquitetura. A vantagem, em longo prazo, é que à medida que o portfólio de serviços cresce, o processo de desenvolvimento pode começar a assemelhar-se a uma linha de montagem. E, depois que a “fábrica” SOA está produzindo a pleno vapor, prepare-se para acrescentar mais gerentes de projeto, analistas de negócio e arquitetos à medida que a produtividade dos desenvolvedores aumenta. Vale ressaltar que esses programadores precisam entender programação orientada a objeto e aplicativos distribuídos, o que implica investimentos em treinamento. Para ter certeza de que as expectativas sejam realistas e que a empresa tomou medidas precisas com relação às suas metas, o Gartner recomenda que as organizações se concentrem inicialmente em obter somente um benefício chave da lista de vantagens comerciais da Arquitetura Orientada a Serviços. À medida que os esforços com a tecnologia ficarem amadurecidos e os benefícios começarem a surgir, será possível acrescentar mais benefícios e mudar (ou acrescentar) novas medidas de acordo com a situação.

EM UMA AÇÃO PIONEIRA, SAP BRASIL CRIA PRIMEIRA COMUNIDADE SOA

Determinada a disseminar os conceitos técnicos e mercadológicos sobre a Arquitetura Orientada a Serviços, a SAP Brasil, em uma iniciativa mundial pioneira, criou em março uma comunidade para parceiros e todo seu ecossistema. O objetivo é fomentar a capacitação plena dos parceiros, que poderão oferecer aos clientes SAP todo o conhecimento necessário para a criação de serviços, recursos e funcionalidades que podem ser desenvolvidos nesse cenário tecnológico. Com essa iniciativa, a fornecedora

alemã pretende que sua base de clientes saiba, de fato, explorar todos os recursos e funcionalidades da Arquitetura Orientada a Serviços. Uma forma das empresas conseguirem extrair o máximo do investimento já feito em tecnologia. Um bom exemplo é o SAP ERP 6.0, uma versão totalmente baseada em SOA e em uma arquitetura limpa, flexível, transparente e de atualização fácil. Além da versão 6.0 do ERP, hoje, todas as aplicações da gigante já estão sendo feitas pela Arquitetura Orientada a Serviços.

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MATÉRIA DE CAPA

O Boticário implanta PI na direção de plataforma SOA Middleware de integração da SAP implantado representa passo relevante na direção de um projeto 100% SOA Trocar a solução de EAI por uma ferramenta mais robusta, estável e eficaz que tivesse uma boa equação financeira era o desafio que O Boticário tinha no final do ano passado. Hoje, com a adoção do Process Integration (PI) – ferramenta da SAP para Gerenciamento de Processos de Negócio, a empresa tem uma aplicação com alta disponibilidade e um ganho de performance de 40%, em relação à solução anterior. O Boticário opera com o PI, projeto que tinha como objetivo substituir 250 interfaces de forma gradativa sem impacto na operação. Marcelo Sachini, gerente de sistemas de informação da empresa, explica que o benefício estratégico desse projeto é prover eficiência operacional para obter a satisfação dos franqueados, fornecedores e clientes internos. “A adoção do PI representa um passo importante para que O Boticário possa trabalhar em uma plataforma de Arquitetura Orientada a Serviços (SOA), na qual processos de negócios possam ser criados, modificados ou integrados (inclusive externamente) com mais agilidade”, ressalta Sachini. O executivo lembra que com a ferramenta anterior não existia redundância, nem cockpit de monitoramento (análise em arquivos texto), a performance era baixa, o consumo de memória era elevado e alto custo de manutenção que requeria atenção constante de profissionais especializados. “Tínhamos que reiniciar o sistema várias vezes ao dia (em alguns casos até quatro vezes),

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o que acarretava em muita instabilidade”, afirma Sachini. Para mudar esse cenário, inicialmente foi feito um projetopiloto pela FH Consulting, parceira da SAP e fornecedora estratégica de O Boticário, que investiu em treinamento e certificação dos consultores e assumiu parte dos riscos e custos da prova de conceito. Para todo o projeto foram necessárias apenas duas pessoas da diretoria de transformação organizacional (TI e RH) de O Boticário, sendo uma de sistemas e outra de infraestrutura, e outros dois profissionais da FH Consulting: um arquiteto de PI e um desenvolvedor de PI. Todo o processo demandou apenas três meses. “Agora o monitoramento é efetivo com cockipt proativo, temos rapidez ao diagnosticar e solucionar problemas, além da diminuição na demanda de BASIS e de profissionais para monitoramento”, ressalta Sachini. O gerenciamento de interfaces também foi beneficiado com as atualizações de dados em ordem cronológica e o controle de execução em filas.

O Boticário tem, no Brasil, 2.660 lojas, além de mais de 1.000 pontos de venda espalhados em 15 países. Em seu ambiente de TI, a companhia utiliza o ECC 6.0, CRM 4.0, APO 5.0, BW 3.5 e Enterprise Portal 7.0.


ASUG DAY

brilha em três cidades Evento teve lotação recorde em Porto Alegre, São Paulo e em Belo Horizonte

T

rês cidades fizeram parte do roteiro de eventos do ASUG Day neste trimestre. O primeiro foi em Porto Alegre, realizado no dia 7 de abril, que contou com a presença de 250 pessoas, entre representantes de empresas usuárias SAP e especialistas em TI, interessados em conhecer as novidades do ecossistema envolvendo o ambiente SAP. Na abertura, liderada pelo Diretor de Educação da ASUG, Marcos Pasin, deu as boas-vindas a todos os participantes e, em especial, a José Inácio Fritsch - CIO da Gerdau e ex-Diretor de Eventos, que mesmo após findo o período de voluntariado junto a ASUG, capitaneou as ações do ASUG Day em Porto Alegre. Marcos Pasin também foi o responsável pela abertura

dos outros dois eventos, realizados em São Paulo e em Belo Horizonte, que tiveram como destaque a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e SPED Fiscal e Contábil. Assuntos que estão na ordem do dia na área de TI das empresas devido aos prazos apertados para sua implantação, que chegou na terceira onda, seguida da quarta fase, a partir de 1º de setembro deste ano. O ASUG Day São Paulo, realizado no dia 28 de abril, no Hotel Pestana, contou com mais de 200 profissionais de TI, enquanto o ASUG Day Belo Horizonte, que aconteceu no dia 9 de junho, no Hotel Ouro Minas, teve aproximadamente 150 participantes. Todas as palestras do ASUG Day Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte estão disponíveis no Portal da ASUG para consulta – www.asug.com.br.

Confira, nas páginas a seguir, o que aconteceu em cada ASUG Day e veja nas fotos quem foram os ganhadores de alguns dos vários prêmios sorteados no final de cada evento. MAIO JUNHO 2009 ASUG NEWS

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ASUG DAY PORTO ALEGRE A primeira palestrante do dia, Cintia Souza, da Alliance Consultoria, apresentou o balanço dos quatro anos com a NFe, as possibilidades de integração com a SAP e um conjunto de medidas que permitem resolver quaisquer problemas nessa área. “Trouxe hoje a experiência de quatro empresas. Cada case tem um pouco do que se vê de problemas e as soluções encontradas para tratar seu desenvolvimento. Alguns casos, por exemplo, requereram quase que uma renovação total de processos”, explicou. Fernando Salas e Issac Ohasi, ambos da Net Partners Internacional, abordaram a experiência da consultoria, principalmente, na versão 6.0 SAP. “Respondemos questões que vão além, como SOA, a arquitetura e como operar o ambiente. Também nos preocupamos com o esforço necessário às mudanças, mas podemos garantir o resultado”, disse Salas. “Nosso esforço está orientado ao objetivo do cliente, pois fazemos todo o controle dos processos. Além disso, as vantagens, de acordo com a mobilidade

do cliente, podem ser alcançadas, por exemplo, a partir do alicerce do Netweaver. Outra solução que se pode pensar em adaptar é o Business Suíte 7.0”, lembrou Ohasi. Para reforçar a tendência da absorção pelas novas tecnologias SAP, Celina Fernandes, responsável pelo Upgrade Competence Center, da fornecedora de software alemã, abordou as novas funcionalidades dos Enhancement Packages, composto por mais de 80 pacotes diferentes. “É a nova maneira da SAP evoluir. Por intermédio desses pacotes, o cliente pode fazer pequenos upgrades e somente aqueles que irão trazer benefícios. No caso do programa de upgrade, após três anos de campanha, já temos 9.800 clientes, com mais de 13.900 sistemas produtivos pelo mundo”, argumentou. Jean Carlos, do Grupo Meta (A. Visor Consulting), levou para o encontro cases bem-sucedidos de clientes, como o do grupo DHB Componentes Automotivos. “Cada trabalho era processado num ERP

diferente. Tivemos que construir uma aderência consistente para os negócios da companhia. Além disso, o trabalho não poderia ser interrompido com essas mudanças.” Como é um assunto da ordem do dia, SPED foi abordado pelo especialista da Mastersaf, Paulo Sidney Ferreira, que explicou as vantagens dos softwares de adaptação ao SAP que a consultoria desenvolveu. “Temos a expertise de ter aplicado soluções em mais de 2.500 clientes espalhados pelo país. Abrangemos todos os aspectos do produto, como, por exemplo, a importância do mapeamento das funcionalidades e processos. Outro impacto grande está na infraestrutura e trabalhar com o novo conceito trazido pelo SPED, que exige treinamento em todos os níveis de funcionários”, compilou. Dentro desse aspecto, Danilo Mioto, da Sonda Procwork também destacou a experiência da companhia e os mais de 2.400 clientes ativos no desenvolvimento de soluções para o SPED.

SOLIDARIEDADE A agenda do ASUG Day Porto Alegre estava cheia, mas foi possível abrir espaço para uma participação muito especial da diretoria da ONG Parceiros Voluntários, responsável pela aproximação entre voluntários interessados em doar parte do seu tempo com os menos afortunados. “Em 12 anos de trabalho já atendemos 360 mil pessoas diretamente e fazemos a ponte de 3 mil ONGs, unindo corações”, declarou a presidente da entidade, MARIA ELENA PEREIRA JOHANNPETER (ao lado), que convidou os presentes a participarem de projetos assistenciais.

GANHADORES DOS NOTEBOOKS EM PORTO ALEGRE

1 - Marcos Pasin, Diretor de Educação da ASUG e o ganhador MÁRIO CÉSAR ANSCHAU (patrocinado pela Dell Computadores). 2 - Pasin, Silvia Somenzi (patrocinador Soluzzione) e a ganhadora MELISSA BRUM. 3 - Ismael Kolling (patrocinador Hervaltech), Pasin e o ganhador IRENEO DEMANARIG JR.

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Não conhecia o evento e achei interessante, mesmo não tendo conhecimento sobre SAP. Também descobri como fazer uso do portal ASUG e como o Fórum permite muita troca de experiências João Roberto Dreher, Analista de Marketing da Pioneer Sementes, que participou do ASUG Day Porto Alegre.

ASUG DAY SÃO PAULO No evento paulista, as novas exigências fiscais e contábeis foram muito bem sintetizadas pela representante da SAP, Lilian Tagawa, que mostrou como a fornecedora está desenvolvendo a geração das informações contábeis por centro de custo/elemento de custo primário, fazendo a atualização do layout conforme Instrução Normativa 926/2009 – Forma de escrituração R – Livro diário com Escrituração Resumida. A especialista também anunciou a finalização de novas notas standard, que estarão sendo lançadas nos próximos meses. “As principais implementações para esses produtos já estão em desenvolvimento pela SAP. O que muda daqui para frente são as adaptações às mudanças de conceitos de legislações e processos por parte do governo. Além disso, vem ai mais implementações, como o

E-lalur”, argumentou. Sua palestra foi uma das mais questionadas pelo público presente, ávido por conhecer as soluções para os processos de NF- e SPED. Já Fernando Lino, da consultoria FLino, abordou os cuidados que as empresas devem ter ao fazer a opção pela solução fiscal. “Já desenvolvemos mais de dez projetos de sucesso, que a partir dos pacotes standard buscamos as melhores aplicações de notas aos clientes,” explicou. Paulo Sidney, da Mastersaf, lembrou de toda a complexidade que envolve as mudanças fiscais. Segundo ele, são mais de 170 obrigações acessórias-variáveis por tributo, empresa, atividade etc.. Mais de 76 tributos em âmbito nacional – impostos diretos, indiretos, taxas, contribuições de melhorias e outras espécies tributárias. “São mais de 100 tipos de docu-

mentos fiscais, carga tributaria incidente sobre a produção, o consumo, a renda e o patrimônio nos três níveis de governo, com a competência legislativa para instituir e cobrar tributos” observou Sidney, comentando sobre a liderança da Mastersaf nesse tipo de projeto. Ainda nessa seara, Danilo Mioto e Eduardo Borba, da Sonda Procwork, divulgaram com detalhes as ofertas nessa área. “São soluções integradas a SAP, complementares – gestão fiscal e contábil, comércio exterior, controle financeiro e logístico, BPO, full outsourcing de TI, infraestrutura SAP, área fiscal, gestão de ativos de TI, licenças de uso. Além de implementação, manutenção, suporte, migração, terceirização de processos de negócios CSC (Shared Services) e terceirização de processos administrativos SPED fiscal e contábil”.

GANHADOR DO NOTEBOOK EM SÃO PAULO

Na foto à esquerda, o ganhador do notebook (patrocinado pela Ápice Consultoria), RENATO BARCELL, ao lado de Pasin. Na foto à direita, visão geral do evento em São Paulo. MAIO JUNHO 2009 ASUG NEWS

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ASUG DAY BELO HORIZONTE Projetos de Implantação NF-e Integrada ao ERP SAP: Desafios e Lições Aprendidas, foi o primeiro tópico do dia apresentado pela Alliance Consultoria. Também de suma importância nesse universo novo, Eduardo Borba, Diretor Research & Development, da Sonda Procwork, abordou como a Intelgência Fiscal pode ser benéfica para a saúde financeira das corporações. “Por meio de soluções adequadas é possível evitar o retrabalho e tornar os sistemas realmente eficientes”, destacou Borba, ressaltando que a Sonda Procwork tem 247 projetos nessa área. Já os cases “SPED Usiminas” e “Desafios do Projeto de Nota Fiscal Eletrônica no Grupo FIAT”, foram de extrema importância para mostrar aos participantes, na prática, como funcionam os dois sistemas

em ambientes complexos. Além de levar a experiência dessas duas grandes empresas, situadas em Minas Gerais, ambas associadas da ASUG. Para encerrar o ciclo matutino do evento, o diretor da Firsteam, Elcio Pinto Borges Junior, colocou em pauta como maximizar o retorno do investimento na plataforma SAP com casos práticos de usabilidade e inovação. Se por um lado as novas regras fiscais e contábeis têm como objetivo evitar fraudes, a evasão fiscal e agilizar a conduta operacional nessas duas áreas, por outro, vai gerar um substancial aumento no volume de dados. Por esse motivo, Mauricio Castro e José Falcão, ambos da Bearing Point, mostraram como o “Information Management – Desafios e Soluções Para o

Gerenciamento dos Dados” pode ser um aliado estratégico para o pessoal de TI suportar essa nova demanda corporativa. Outros dois tópicos, abordados por executivos da SAP, fizeram parte da agenda. A responsável pelo SAP – Upgrade Competence Center, Celina Fernandes, apresentou os novos caminhos da evolução e as melhores práticas de atualização do SAP Business Suite 7, enquanto Marcos Barcellos compartilhou como a gestão da performance corporativa pode ser um fator competitivo importante. “Em uma análise geral, o SAP BusinessObjects permite ter visão adequada da área financeira e operacional, compartilhar informações comuns, automação, maior controle e a simplificação da TI por meio de uma plataforma única”.

GANHADORES DOS PRÊMIOS EM BELO HORIZONTE

1 - O ganhador da Academia SAP, JOSÉ CARLOS ANDRADE, acompanhado por Marcos Pasin, Mauricio Lubachescki e Gustavo Oliveira Andrade. 2 - O primeiro ganhador do e-learning SAP, RENATO MÁRCIO DE FIGUEIREDO ANGELO, ao lado de Mauricio Lubachescki. 3 - A segunda ganhadora do e-learning SAP, AVANY GONÇALVES HOVELACQUE, acompanhada por Marcos Pasin e Marcos Barcellos.

CONHECENDO O NOVO MUNDO NF-e / SPED DESAFIOS • Falta de padronização dos cadastros; • Concorrência com o dia-a-dia e outros projetos em andamento; • Necessidade de foco dos usuários e a TI do cliente nas fases de definição, testes e homologação do processo NF-e; • Aumento do volume de dados armazenados, gerando impacto na infraestrutura; • Revisar todas as estruturas de cadastros de produtos, insumos e mercadorias para aplicar procedimentos uniformes e padronizados; • Padronizar todas as estruturas de cadastros de pessoas físicas e jurídicas e administrar seus impactos nos negócios do contribuinte. LIÇÕES APRENDIDAS • Rever tudo mesmo com a aplicação das notas stands;

• • • • • •

Revisão de processos e correção de gaps; Mudanças no processo de emissão de notas – não mais por despachantes; Reservar número de notas em quaisquer tempos porque o sistema é online. Necessário planejar e criar procedimento para uso dos formulários de segurança; Preparação da base de dados para o SPED Fiscal; Verificar a autorização para emissão de NF-e para todos os ambientes de homologação e de produção; • Mitigação de riscos fiscais; BENEFÍCIOS DIRETOS • Melhoria e maior sinergia de processos; • Melhor qualidade do trabalho; • Empresa se vê de forma diferente e melhor.


FERRAMENTAS E SISTEMAS

ISO 31000 Risk Management e sua importância Na visão holística, os controles dos processos e gestão de riscos de negócios nas empresas devem ser analisados pelo todo e não isoladamente. Ou seja, reunir os componentes dessa forma é reconhecer a importância da abordagem integrada. A continuidade da abordagem integrada permite vantagens estratégicas no competitivo cenário globalizado, que contribuem para a eficiência e melhoria nos processos e, consequentemente, dos resultados. Isso garante competitividade, sustentabilidade, governança, gestão de risco, redução de custos e erros para os negócios. Por Wagner Fachetti

Para ser eficaz e garantir visão holística nos aspectos de controles dos processos de negócios da empresa, podemos utilizar uma abordagem GRC que integra os conceitos de Governança Corporativa, Gerenciamento de Riscos e Conformidade (GRC). A abordagem GRC – ou soluções de mercado como SAP BusinessObjects GRC Solution – pode ser aplicada a qualquer segmento de indústria e processo de negócio, independentemente do tamanho. O tema GRC se tornou muito discutido e considerado destaque nos orçamentos de TI de algumas empresas com o surgimento, principalmente, da lei americana SOX (Sarbanes Oxley) criada em 2002. Regulamentos, a exemplo do SOX, que estabelecem regras de transparência para as empresas que negociam na bolsa de Nova Iorque, causaram impactos no dia-a-dia operacional das empresas. Isso ocorreu mediante a responsabilidade de estabelecer boas práticas e uma política eficaz de controle dos processos, objetivando a desejada transparência para os acionistas e o mercado. Aparentemente, nem tudo que foi criado e realizado até agora nos aspectos de Governança Corporativa pareceu ser suficiente para evitar uma crise mundial, como a que enfrentamos hoje. Os sucessivos resultados negativos das empresas desde o inicio da crise financeira comprovam que leis (a exemplo da SOX, modelos de governança e gestão de riscos como COSO-ERM e AS/NZS 4360 - Risk Management) não foram suficientes para evitar o estabelecimento da crise financeira mundial. Inúmeros debates surgiram para discutir a eficácia e relacionamento da Lei SOX com a crise financeira. Podemos considerar também como reflexo da crise financeira (e/ou na tentativa de se evitar uma) a criação de novas práticas, regras e políticas de governança corporativa impostas por comissões e organismos que ditam as regras no mercado. A PCAOB (Public Company Accounting Oversight Board), por exemplo, aumentou o foco nos controles dos riscos considerados mais críticos. Outro exemplo que se relaciona às políticas de gestão de riscos da empresas é o novo requerimento da Standard & Poor, que estabelece que as corporações serão avaliadas também pelas suas práticas de gestão de riscos. Como não poderia ser diferente, a International Organization for Standardization – ISO* vem trabalhando para finalizar a norma internacional ISO 31000 que estabelece princípios e boas MAIO JUNHO 2009 ASUG NEWS

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5.2 MANDATE AND COMMITMENT

5.3 Design of framework for managing risk 5.3.1 Understanding the organization and its context 5.3.2 Risk management policy 5.3.3 Integration into organization processes 5.3.4 Accountability 5.3.5 Resources 5.3.6 Establishing internal communication and reporting mechanisms 5.3.7 Estabilishing external communication and reporting mechanisms

5.6 Continual improvement of the framework

5.4 Implementig risk management 5.4.1 Implementing the framework for managing risk 5.4.2 Implementing the risk management process

5.5 Monitoring and review of the framework

FIGURA 1 – Componentes do framework Draft International Standard ISO/DIS 31000

práticas relacionadas ao tema Gestão de Riscos. O lançamento da versão final da norma internacional ISO 31000, no inicio do ano, teve no comitê de criação a participação brasileira. Essa norma estabelece que a concepção do desenho e implementação da gestão do risco depende das necessidades da organização, objetivos específicos, contexto, estrutura, produtos, serviços, projetos, processos de exploração e práticas empregadas. O framework para o gerenciamento de riscos (cláusula 5) propõe passos para desenvolver e manter um quadro de gestão de risco, bem como a forma como se interrelacionam, conforme mostrado detalhadamente na figura 1, acima. O desenho e implementação do quadro (figura 1) para a gestão de riscos deve levar em consideração o entendimento do contexto interno e externo da organização, que podem influenciar significativamente a sua concepção. São exemplos o contexto cultural, legal, financeiro, econômico, percepções, avaliações, conhecimento, etc. que é abordado na norma. O padrão ISO 31000 adiciona também mais um guia de boas práticas para apoiar as empresas na adoção crescente de políticas de GRC nos seus processos de negócios. A nova norma não tem o objetivo de substituir outras já existentes, mas servir como complemento às atuais, além de regulamen-

tações específicas e locais de cada país. O tema GRC veio para ficar e muitas empresas que o adotou já percebem as vantagens alcançadas, tanto nos aspectos de competitividade quanto os benefícios relacionados à redução de custos com o aperfeiçoamento e melhor controle dos processos. O ponto de partida para essa reflexão sobre o tema GRC pode ser obtido pela análise do cenário, considerando: mapeamento dos requerimentos e objetivos do negócio da empresa; documentação dos processos de negócios, criação de políticas e procedimentos internos de âmbito corporativo para governança, conformidade e

gestão de risco, mapeamentos dos processos críticos e controles, etc. O estabelecimento de uma política de governança pode ser acelerado através da utilização da solução SAP BusinessObjects para GRC. Essa solução é única no mercado com visão holística que possibilita integração e automação dos processos de governança. Com o BusinessObjects para GRC, empresas podem aumentar o desempenho operacional e estratégico, reduzindo custo efetivo com cumprimento e conformidade com regulamentações e políticas, enquanto proativamente mitiga todo os tipos de riscos de negócios. A figura 2 ilustra o framework SAP BusinessObjects para GRC, que alavanca a adoção de normas, Standards, frameworks e guide lines relacionados às melhores práticas de governança e gestão de risco reconhecidos atualmente pelo mercado. E a plataforma SAP NetWeaver tambem é parte importante nesse processo de estabelecimento de governança, além de possuir outras soluções para governança e conformidade: SAP Netweaver Identity Management, SAP Audit Management, SAP AIS, e SAP Solution Manager, etc.. WAGNER FACHETTI é coordenador do Grupo de Pesquisas e Estudos de Auditoria e GRC da ASUG Brasil. Colaboraram: JOSÉ ANTONIO NUNES (Consultor Especializado SAP) e CLAUDIO ROCHA FS LA GRC HUB Manager da SAP

SAP BusinessObjects GRC Solution Industry-Specific GRC Life Sciences

Chemicals

Oil & Gas

High Tech

Public Sector

Cross-Industry GRC Risk Management Compliance & Controls

Enterprise Risk Management Access Control

Governance

SOA Platform

Process Control

GRC Repository

SAP NetWeaver

Global Trade

Environment

Corporate Sustainability Management

CISCO

Business Applications and IT Infrastructure FIGURA 2 – SAP BusinessObjects GRC Solution

(*) Embora popularmente se acredite que a expressão "ISO" é uma sigla de "International Standards Organization", na realidade o nome originou-se da palavra grega "isos", que significa igualdade. Evita-se com isso que a organização possua diferentes acrônimos em diferentes idiomas, já que em inglês, o acrônimo seria IOS ("International Organization for Standardization"), em francês OIN ("Organisation Internationale de Normalisation"), e assim por diante. A escolha do nome "ISO" reflete assim o objetivo da organização, ou seja, a padronização entre as diversas culturas.

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