LYRA FILHO A criminologia radical

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A CRIMINOLOGIA R A D I C A L

Roberto L y r a

Filho

A s s u m i o compromisso de r e d i g i r este ensaio, devido ao Interesse c o m que v e n h o a c o m p a n h a n d o a c a r r e i r a de Juarez C i r i n o dos Santos, desde os seus p r i m e i r o s passos. Nele, reconheci, de i m e d i a t o — c o t e n h o p r o c l a m a d o , r e p e t i d a m e n t e ( L y r a F i l h o , 1980A: 157) — o m a i o r t a l e n t o d a n o v a geração de criminólogos brasileiros. Ê, p o r t a n t o , ' • ' n M m c n t e g r a t o c o n f i r m a r , agora, este Juízo e saudar a passagem cio m a r c o d o u t o r a l . A Criminologia Radical ( C i r i n o , 1981) é o seu t e x t o m a i s recente o, no mesmo t e m p o , a tese de d o u t o r a m e n t o que, c o m os meus insignes I'o'i'^iw A l b u q u e r q u e M e l l o , Fragoso, M e s t l e r l e Papaleo, aprovei, n a y u c u l d a d e de D i r e i t o d a Universidade F e d e r a l do R i o de Janeiro, .•.•.ri'AI:ncto-lhe a n o t a máxima. I s t o , é claro, n&o I m p o r t a e m concordar, sem ressalvas, c o m t u d o q u a n t o o a u t o r , a l i sustenta. A própria banca e x a m i n a d o r a constituía, como é n o r m a l , n a v i d a universitária, u m a seleção de professores c o m significativas diferenças de p o n t o de vista. AMAs, d e n t r e eles, era eu, sem dúvida, q u e m d e m o n s t r a v a m a i o ros afinidades c o m a orientação esposada pelo candidato. A m i n h a nroposta d u m a C r i m i n o l o g i a Dialética ( L y r a F i l h o , 1972; 1975; 1981) vi-pi'fsenta u m s u b g r u p o d a extensa gama de modelos da C r i m i n o l o gia Crítica, a que também pertence, com seu peculiar m a t i z , a C r i •ivno'o^ia R a d i c a l . Depois de encerrado o debate académico,, de arguição e defesa i'e terrs, podsmc3, a K l r a , r e t o m a r , em t o m m a i s repousado, u m diálogo i i u ' . o m o , assinalando as divergências e convergências das nossas •Kwr-ões, d e n t r o da unidade s u b s t a n c i a l de propósitos e esperanças, i m mie comungamos. I m p r i m i n d o a hajrmonjajjáslça da nossa visão criminolnçlca, r.>fer -m(\ n a arguição mencionada, ao t r a b a l h o de dois a r n u i t e t o s , ni!«' nro<etas.sem a m o r a d a científica, tendo em m i r a as mesmas opções -J.omoeraUcas, populares e socialistas. A diversidade do estilo n a d a ;


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