Revista Acontece IFPE #01

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meio ambiente

pessoas com deficiência visual. Este ano, um dos muitos projetos interessantes desenvolvidos pelo Campus Recife relacionados à área ambiental corresponde ao trabalho “Solos, aprender e conservar”, coordenado pela professora Manuella Vieira, do curso de Licenciatura em Geografia. A iniciativa, que envolve estudantes bolsistas e voluntários, além de docentes colaboradores, leva a educação em solos para escolas de espaços urbanos e rurais. Por meio de oficinas itinerantes, o grupo busca contribuir para a melhoria no processo ensino-aprendizagem sobre o estudo dos solos no seu ambiente natural. Segundo a professora, o entendimento sobre o solo, que consiste em uma unidade geossistêmica, contribui para a compreensão da dinâmica do espaço natural. “Apreender sobre o seu processo de formação e características principais favorece de modo direto para a tomada de uma postura que busque a conservação e preservação do ambiente natural”, explica. Na intervenção mais recente, a equipe promoveu atividades com os alunos da Escola Municipal Doutor João Murilo de

Oliveira, no Engenho Pirapama, município de Vitória de Santo Antão. A instituição, que tem cerca de 30 estudantes distribuídos em duas salas multisseriadas, é afastada da área urbana e de difícil acesso. Durante a ação, as crianças participaram de experimentos e de um jogo sobre os organismos vivos dos solos, e montaram um quebra-cabeça sobre o perfil do solo elaborado para estudantes das séries iniciais. Além disso, as professoras receberam apostila para viabilizar a posterior reprodução da oficina. A vivência procurou despertar na comunidade escolar a criticidade em torno da importância da conservação dos solos, da preservação ambiental e, sobretudo, das implicações sociais relacionadas. Além de beneficiar, nesse caso, instituições de áreas rurais onde a produção agrícola se destaca como principal atividade econômica, o projeto representa, de acordo com a coordenadora, uma oportunidade para os estudantes extensionistas pensarem em soluções para problemas como a perda de fertilidade do solo devido à lixiviação, a erosão que remove a matéria orgânica do solo e reduz a produtividade e, ainda, a remoção da vegetação para ampliação da área de plantio. Já por meio da atuação em escolas da Região Metropolitana do Recife, Manuella explica que os extensionistas terão contato com um cenário que envolve problemáticas relacionadas à impermeabilização do solo, à erosão em áreas de encosta e ao armazenamento incorreto de lixo. Ainda este ano, o projeto prevê a realização de oficinas em mais cinco escolas, uma delas localizada em um quilombo no município de Rio Formoso, Zona da Mata Sul do estado.

Grupo promove oficinas itinerantes com jogos e experimentos que levam a pensar em soluções para a infertilidade do solo

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