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ÁREAS VERDES
Outro aspecto marcante da região é sua grande extensão de áreas vegetais que atravessam a maioria dos bairros e se encontram principalmente nas bordas das lagoas e rios. Além disso, a região também possui parques e praças, abrangendo um total de 12 áreas verdes públicas dentro do raio analisado. Apesar da grande quantidade aparente, a população ainda carece de áreas de lazer comunitário e espaço para crianças que valorizem e protejam os espaços vegetados, principalmente ao redor das lagoas e de áreas mais precárias. Ainda mais porque muitas dessas áreas estão degradadas, são utilizadas para descarte de lixo e criam zonas de insegurança para moradores.
Legenda
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Com relação à infraestrutura da área analisada, apresentamos primeiramente o mapa de abastecimento de água. Nele observa-se que a região é majoritariamente bem servida por essa infraestrutura. Contudo, ainda é possível perceber alguns trechos com moradias sem acesso ao recurso. Tais trechos representam, em parte, o avanço ocupacional, o qual demanda a expansão da rede de água existente. Ademais, a partir da perspectiva do morador, é possível sugerir a existência de um processo de culpabilização da população de baixa renda pela baixa eficácia do sistema de abastecimento de água, como demonstra a fala de David Vieira, universitário de 19 anos morador do bairro Mafrense:
[...] mas eu tava até falando aqui com uma vizinha minha que.. acho que na casa dela não tem caixa.. [...] tava dizendo que não é suja, nem falta muito, mas a água de lá tá vindo com fluxo baixo por que aqui perto tem uma invasão na lagoa e aí como tem mais gente usando... acho que tipo mudando o encanamento por lá mesmo aí o fluxo vem baixo. (Vieira, 2020, relato oral)
Contudo, salienta-se a necessidade de evocar, também, a responsabilidade do Município em coibir o avanço ocupacional em áreas de risco próximas aos corpos hídricos da região, em paralelo a salvaguardar o direito à moradia digna e segura à população.