Revista Comunidade - Edição Janeiro/Fevereiro 2020

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Comunidade REVISTA DA ARQUIDIOCESE DE LONDRINA

ANO 31 | Nยบ 357 | FEVEREIRO DE 2O2O

Ad Limina VISITA

Bispos do Paranรก peregrinam a Roma para encontro com o papa

www.arquidioceselondrina.com.br


ANIVERSÁRIOS DOM GEREMIAS STEINMETZ

n Aniversário Sacerdotal: 09/02 n Aniversário de Nascimento: 26/02

NATALÍCIO

PUBLICAÇÃO MENSAL DA ARQUIDIOCESE DE LONDRINA

DESDE 1989

CENTRO DE COMUNICAÇÃO ARQUIDIOCESANO Arcebispo: Dom Geremias Steinmetz

Jornalista Responsável: Juliana Mastelini Moyses: MTB 10063 Edição: Juliana Mastelini Moyses Equipe Central de colaboradores: Pe. Dirceu Júnior dos Reis, Pe. Evandro Delfino, Aline Machado Parodi, Diácono Caio Matheus Caldeira da Silva , Célia Guerra, Juliana Mastelini Moyses, Luciana Maia Hessel, Pedro Marconi, Tiago Queiroz e Waurides Alves.

Projeto Gráfico: Mazz Propaganda Foto Capa: Mazur/catholicnews.org.uk

Email: revista@arquidioceselondrina.com.br

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO | PASCOM

Assessor Eclesiástico: Padre Dirceu Júnior dos Reis Coordenadora: Patrícia Caldana Vice-coordenadora: Aline Machado Parodi Secretário: Tiago Queiroz Email: pascom@arquidioceselondrina.com.br Telefone: (43) 3371-3141 Site: www.arquidioceselondrina.com.br Facebook: @arqlondrina Twitter: @arquilondrina Instagram: @arquidiocesedelondrina

Tiragem: 1.000 unidades Colaboradores: PASCOMs Paroquiais

ARQUIDIOCESE DE LONDRINA (PR)

n 03/02 – Pe. André Bedrowski n 08/02 – Frei Marcos Augusto Garcia Miranda OFM Cap n 15/02 – Pe. Esvildo Valentino Pelucchi CSJ n 16/02 – Pe. Alexandre Alves Santos Filho n 20/02 – Pe. Djonh Denys Souza dos Reis n 27/02 – Pe. Dirceu Fumagalli

SACERDOTAL

n 01/02 – Pe. Luis Carlos Greco da Silva n 03/02 – Pe. Jorge Guilhermo Arias Santisteban n 04/02 – Pe. Valdomiro Rodrigues da Silva n 07/02 – Pe. Luiz Carlos Senigália n 08/02 – Pe. Carlos Adão de Souza PMS n 10/02 – Pe. Marcos José dos Santos n 15/02 – Frei Nelson Martins dos Santos OFM Cap


EDITORIAL

AGORA, REVISTA

Na sua primeira edição, em janeiro de 1989, o JC se apresentava aos fiéis da Arquidiocese de Londrina da seguinte forma: “JC, o Jornal da Comunidade, é um sonho e um desafio. Há muito tempo a Igreja que está em Londrina vem tentando encontrar um meio para chegar aos cristãos e ajudá-los a crescer com um boletim destinado aos líderes das comunidades. Foi uma luzinha que alimentou uma grande esperança.” Na época, o JC parecia mais um sonho que uma realidade.

Ao longo desses 30 anos, vemos que os sonhos que moveram a criação do JC valeram à pena. Geraram frutos na arquidiocese. Muito foi feito para que nesses 30 anos o JC acontecesse. Somos muito gratos por isso. Aos que enfrentaram os desafios descritos na primeira edição. Aos que se questionaram sobre a forma de chegar de maneira eficaz aos cristãos, ajudando-os a crescer. Assim como eles, hoje, mais uma vez, optamos por um novo passo na comu-

nicação da Arquidiocese de Londrina. O JC, com a bagagem e a história dos seus 30 anos de atuação, assume a partir de 2020, um novo formato, passa a ser Revista Comunidade. Sairá mensalmente no primeiro domingo do mês. Queremos comunicar a vida das comunidades e da arquidiocese de forma eficaz, assessorados sempre pelo Espírito Santo. E ser uma voz que anuncia Jesus em meio a tantos barulhos que o mundo nos faz ouvir. Confiamos ao Sagrado Coração de Jesus o trabalho com a nova Revista Comunidade. E contamos com a tua colaboração, querido fiel, para fazermos, a cada dia, um trabalho melhor em vista do Reino de Deus. BOA LEITURA!


PALAVRA DO PASTOR

A paz sempre foi uma questão importante para a Igreja. Com o Concílio Vaticano II (1962 a 1965) e o lançamento da Gaudium et Spes (7 de Dezembro de 1965) procurou-se dar definições mais precisas para o que a Igreja pensa a respeito da paz e da sua construção. No número 78 diz que “a paz não é simples ausência de guerra, não se reduz unicamente ao estabelecimento de equilíbrio entre as forças adversárias nem se origina de uma imperiosa dominação, mas é adequada e propriamente definida como ´fruto da justiça´. É fruto da ordem impressa na sociedade humana por seu divino fundador e deve ser realizada pelos homens que têm sede de uma justiça sempre mais perfeita”. Portanto é possível construir a paz. Vale todo e qualquer esforço para torná-la uma realidade para todos. Desde o Vaticano II os pronunciamentos da Igreja sobre a paz são constantes. No ano que passou, todos sentimos que a paz foi gravemente afetada. Além das incompreensões, intolerâncias, divisões políticas e desemprego, houve um agravante, as Fake News: mentiras e falsidades espalhadas para destruir histórias, ideias e ideais de pessoas que continuam lutando para, até mesmo, continuar dando sentido à sua vida. O Papa Francisco, ainda no mês de janeiro de 2019, dia 24, alertou contra notícias falsas afirmando que elas estão ligadas à sede de poder e podem incitar ao

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A PAZ PARA 2O2O

ódio e fomentar conflitos. Na jornada mundial das comunicações sociais, em 13 de maio destacou: “As notícias falsas são um sinal de intolerância e de atitudes hipersensíveis e levam apenas à propagação da arrogância e do ódio. Esse é o resultado da mentira.” E continua: “O drama da desinformação é desacreditar do outro, apresentá-lo como inimigo, até chegar à demonização que favorece os conflitos”. Tudo isto tem a ver com a construção da paz. As soluções precisam apontar, portanto, para a educação, para a verdade, para que as pessoas possam discernir, avaliar, ponderar desejos e inclinações e assim se tornarem construtores da paz. No dia 8 de dezembro de 2019 recebemos com alegria o belo pronunciamento do Santo Padre para o Dia Mundial da Paz, de 1 de janeiro de 2020. No primeiro ponto trata da “Paz, caminho de esperança face aos obstáculos das provações”. Insiste que a paz é um “bem precioso, objeto da nossa esperança”. Mostra que a falta de paz provém de muitas injustiças sociais e

individuais fazendo uma retrospectiva, mesmo que pequena, de conflitos que a humanidade vive no momento. Encerra este ponto sugerindo como vencer a indiferença: “Devemos procurar uma fraternidade real, baseada na origem comum de Deus e vivida no diálogo e na confiança mútua. O desejo de paz está profundamente inscrito no coração do homem e não devemos resignar-nos com nada de menos”.

No segundo ponto indica: “A paz, caminho de escuta baseado na memória, solidariedade e fraternidade”. Faz memória dos muitos conflitos e que, para manter a paz é preciso saber olhar os prejuízos vários que eles trouxeram para a humanidade. Deixa clara a necessidade de testemunhas da paz. Conclui dizendo: “Na nossa experiência cristã, fazemos constantemente memória de Cristo, que deu a sua vida pela nossa reconciliação (cf. Rm 5, 6-11). A Igreja participa plenamente na busca duma ordem justa, continuando a

Acesse a agenda do arcebispo utilizando o QR Code


servir o bem comum e a alimentar a esperança da paz, através da transmissão dos valores cristãos, do ensinamento moral e das obras sociais e educacionais”. O terceiro ponto trata da “Paz, caminho de reconciliação na comunhão fraterna”. Ali provoca a necessidade de abandonar o desejo de dominação. Cita, sobretudo, o texto de Mateus 18,21-22. Evoca a “força do perdão e a capacidade de nos reconhecermos como irmãos e irmãs”. Aprender a viver no perdão aumenta a nossa capacidade de nos tornarmos mulheres e homens de paz. Além disso, sugere “formas de atividade econômica caracterizadas por quotas de gratuidade e de comunhão”. No quarto ponto chama atenção para as questões de uma “conversão ecológica”. Sobre ela podemos refletir em outra oportunidade. No quinto ponto aponta para caminho da reconciliação. Este “requer paciência e confiança. Não se obtém a paz, se não a esperamos”. É preciso acreditar na “possibi-

lidade da paz”, na cultura do encontro, romper com a cultura da ameaça, ultrapassar os limites dos nossos horizontes estreitos. A paz é uma necessidade de todos. Para nós, discípulos do Senhor, indica que o caminho da paz é apoiado também pelo sacramento da Reconciliação. Ele renova pessoas e comunidades e convida a manter “o olhar fixo em Jesus”, o Príncipe da Paz. Com este artigo estamos iniciando uma nova etapa da comunicação da Arquidiocese de Londrina: a primeira publicação da Revista Comunidade. Que Deus abençoe este empreendimento, oriente a todos os articulistas a produzirem caminhos para a paz, a cultura do encontro, da reconciliação, da busca das periferias geográficas e existenciais. Que a paz de Deus esteja com todos!

ERNANI ROBERTO

AÇÃO PASTORAL

MISSA DE NATAL

O arcebispo dom Geremias Steinmetz celebrou a Vigília de Natal, no dia 24 de dezembro, na Catedral do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja Mãe da Arquidiocese de Londrina, onde está localizada a cátedra (cadeira) do arcebispo. Na homilia, o arcebispo convidou os fiéis a olharem para o presépio e refletirem a partir dos ensinamentos do Papa Francisco. “Deus não se serve da força, do poder para intervir na história, é através de um menino, símbolo da fragilidade, da dependência, que Deus propõe aos homens o seu projeto de salvação.” TIAGO QUEIROZ

PALESTRA PARA JOVENS

No dia 19 de dezembro, dom Geremias ministrou palestra sobre a Exortação Apostólica do Papa Francisco, Cristo Vive, para os jovens da Diocese de Foz do Iguaçu no Acampamento da Pastoral do Pós Crisma, realizado no Monte Carmelo, em Londrina. PASCOM PAROQUIAL

DOM GEREMIAS STEINMETZ Arcebispo de Londrina

CELEBRAÇÃO

Dom Geremias presidiu a Santa Missa no dia 15 de dezembro, na Capela Rainha da Paz, na Paróquia Nossa Senhora da Glória, Decanato Norte, concelebrada pelo padre Mauro Custódio CMF, antigo pároco, que celebrou seus 40 anos de vida sacerdotal.


TERUMI SAKAI

PERGUNTA DO MÊS

QUAL A DIFERENÇA entre pároco e vigário? Há muita dúvida sobre a função que exercem o pároco e o vigário em uma paróquia. Conforme o Direito Canônico, o pároco é o “pastor da paróquia a ele confiada; exerce o cuidado pastoral da comunidade que lhe foi entregue, sob a autoridade do Bispo diocesano, em cujo ministério de Cristo é chamado a participar, a fim de exercer em favor dessa comunidade o múnus de ensinar, santificar e governar, com a cooperação também de outros presbíteros ou diáconos e com a colaboração dos fiéis leigos, de acordo com o direito” (Can. 519). O pároco é o responsável da vida religiosa, sacramental e litúrgica da sua paróquia (cc.

528-530). Estando em comunhão hierárquica com o bispo diocesano, o pároco estará outrossim em comunhão fraterna com os outros presbíteros, diáconos e leigos. O vigário paroquial ajuda o pároco no exercício do ministério paroquial. “Para o adequado cuidado pastoral da paróquia, sempre que for necessário ou oportuno, pode-

CONFORME O DIREITO CANÔNICO, O PÁROCO É O “PASTOR DA PARÓQUIA A ELE CONFIADA

-se dar ao pároco um ou mais vigários paroquiais que, como co o p e ra d o re s d o p á ro co e participantes da sua solicitude, prestam sua ajuda no ministério pastoral, de comum acordo e trabalho com o pároco” (Can. 545). Vigário etimologicamente significa aquele que faz as vezes de alguém. O vigário paroquial é um presbítero que auxilia o pároco no ministério sacerdotal, está sob a autoridade do pároco e age conjuntamente com ele. Entre o vigário paroquial e o seu pároco há uma diferença hierárquica, não - evidentemente por motivo do sacramento da ordem, porque ambos são presbíteros, mas por motivo da de-

pendência do vigário paroquial do seu pároco. O can. 548 define as obrigações gerais do vigário paroquial. No texto são indicadas quatro fontes das obrigações gerais: 1. os cânones deste capítulo (cc. 545-552); 2. os estatutos diocesanos que são o sínodo diocesano, outras normas, os programas pastorais; 3. o decreto de nomeação do Bispo diocesano; 4. as disposições do pároco. O vigário paroquial faz aquilo que faz o pároco, exceto aquilo que compete exclusivamente ao pároco. PADRE WALTER DINIZ Chanceler da Arquidiocese de Londrina

Tem alguma dúvidas sobre a Igreja, os sacramentos, a liturgia mande sua pergunta para o e-mail revista@arquidioceselondrina.com.br e ela será respondida por um padre da Arquidiocese de Londrina. 6 | FEVEREIRO DE 2020


PLANO PARTE POR PARTE

2ª Urgência: Igreja, Casa da Iniciação à

VIDA CRISTÃ Uma Igreja que se compromete com a formação do povo de Deus

Vamos dar mais um passo no conhecimento do nosso XVII Plano Arquidiocesano da Ação Evangelizadora. Na edição passada nos deparamos com o desafio do clericalismo e do ritualismo que subsiste em algumas comunidades. Ser Igreja/comunidade é mais do que uma liturgia “fechada” e “presa” nas rubricas. Ser Igreja/comunidade não pode depender única e exclusivamente das decisões do padre. Comunidades Eclesiais Missionárias assumem suas responsabilidades como Igreja, em uma Eclesiologia de Comunhão plena. O terceiro âmbito, o âmbito da sociedade, convida, na sua diretriz, a Igreja a ser testemunho verdadeiro de vida cristã, com compromissos e relações solidárias dentro da comunidade, sendo testemunho diante de uma sociedade individualista e consumista. O Papa Paulo VI, na exortação apostólica “Evangelii Nuntiandi”, promulgada em 8 de dezembro de 1975, fala da evangelização

SER IGREJA/COMUNIDADE É MAIS DO QUE UMA LITURGIA “FECHADA” E “PRESA” NAS RUBRICAS

EDNA VIEIRA

RESUMINDO, A IGREJA EVANGELIZARÁ CADA VEZ MAIS QUANTO MAIOR FOR O TESTEMUNHO

dos povos: “Será pois, pelo seu comportamento, pela sua vida, que a Igreja há de, antes de mais nada, evangelizar este mundo; ou seja, pelo seu testemunho vivido com fidelidade ao Senhor Jesus, testemunho de pobreza, de desapego e de liberdade frente aos poderes deste mundo; numa palavra, testemunho de santidade.” Resumindo, a Igreja evangelizará cada vez mais quanto maior for o testemunho. Uma proposta muito prática neste sentido vem do próprio texto do plano: reflexões, celebrações e ação concretas sugeridas pela Campanha da Fraternidade. Não só durante o tempo quaresmal, mas durante o ano todo. Porém, tudo se tornaria vão se não motivássemos as Santas Missões Permanentes. Visitas missionárias não para trazer as pessoas para a Igreja, mas para mostrar a elas Jesus Cristo, o único que pode vencer o individualismo que nos cerca, e apresentar também a comunidade e a Igreja a essas pessoas. No próximo mês veremos a terceira urgência: Igreja como lugar da animação bíblica da vida e da pastoral. PE. ALEXANDRE ALVES FILHO Coordenação Ação Evangelizadora


apóstol

No limiar dos

Neste mês, o arcebispo dom Geremias Steinmetz, juntamente com os bispos do Paraná, tem um encontro marcado com o Papa Francisco, em Roma: a visita Ad Limina Apostolorum

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também visitarão os vários Dicastérios do Vaticano, que são os departamentos de ajuda ao papa. “Nós iremos, em nome das nossas dioceses, estar com o Santo Padre, fazendo essa visita ao túmulo dos apóstolos, aos discatérios mais importantes da Santa Sé, para tratar de diversos assuntos com os cardeais prefeitos, com os técnicos da Igreja, sobre a evangelização dos povos, a cultura, a formação do clero, o laicato, e até mesmo sobre a função dos bispos”, explica dom Geremias Steinmetz, arcebispo de

ça a realidade da Igreja em todo o mundo e possa continuar presidindo a Igreja de Cristo. Apesar de ser prevista no Código de Direito Canônico a cada cinco anos, a última Visita Ad Limina dos bispos do Paraná foi há quase 10 anos, de 3 a 13 de novembro de 2010, no pontificado do Papa Bento XVI. A troca de pontífices em 2013 colaborou para que esse intervalo de tempo entre as visitas fosse maior. Por isso, para dez dos 22 bispos que irão a Roma, esta é a primeira visita Ad Limina.

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Em um gesto de comunhão com a Igreja e com o papa, os bispos do Paraná peregrinam, de 17 a 27 de fevereiro, até Roma, para venerar o sepulcro dos apóstolos Pedro e Paulo e encontrar o Papa Francisco, vigário de Cristo na terra. A visita, prevista no Código de Direito Canônico, é feita de cinco em cinco anos por todos os bispos do mundo, divididos por países ou regionais. Nos dez dias em que estarão em Roma, os bispos

Londrina e presidente do Regional Sul 2 (Igreja do Paraná), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na ocasião, o episcopado apresenta ao papa um relatório completo da situação de sua diocese. O relatório apresenta como se dá a caminhada da arquidiocese em 20 aspectos diferentes, como vida cristã litúrgica e sacramental, leigos, meios de comunicação social e ministério e vida consagrada. O relatório foi enviado seis meses antes da visita para a Congregação dos Bispos, que o apresentará ao Santa Padre para que o pontífice conheça a realidade de cada Igreja particular. O relatório é um instrumento para que o papa, junto com seus assistentes mais próximos, conhe-

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olos

ESPECIAL

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Dom Geremias, ordenado bispo em 2011, também está na expectativa. “Primeiro o encontro com o papa. Mas ao mesmo tempo, voltar às raízes da fé. Quer dizer, os locais onde os apóstolos foram martirizados por causa da fé, ali morreram, testemunharam, e ali a gente viu a fé florescer nos primeiros tempos da Igreja”, explica o arcebispo. “Para saber para onde nós vamos conduzir a Igreja nos nossos tempos é muito bom saber de onde vem a fé, de onde vem a Igreja, quanto sangue já foi derramado por causa da Cruz do nosso Senhor Jesus Cristo. É um momento bonito, um momento de espiritualidade muito profunda, de cultivarmos a unidade, a voltarmos também teologicamente às primeiras experiências da nossa fé”, completa dom Geremias. O bispo auxiliar de Curitiba, secretário do Regional Sul 2, dom Amilton Manoel da Silva, explica que a visita Ad Limina tem como base a unidade, a comunhão e a sinodalidade, que significa caminhar juntos. “Somos uma Igreja que fazemos um caminho juntos, não só os pastores com o pastor maior, o Papa, mas como povo de Deus a caminho. Com certeza levaremos todo o povo de Deus conosco, nas orações, nas partilhas, na exposição para o Papa Francisco sobre a caminhada das dioceses e contamos que todo o povo de Deus também nos acompanhará com a oração. Essa é a beleza da Igreja: estamos juntos e juntos vamos nos fortalecendo na fé, na esperança e na caridade”, explica o bispo. JULIANA MASTELINI MOYSES Pascom Arquidiocesana

MOMENTOS ALTOS DA VISITA:

n PEREGRINAÇÃO AOS TÚMULOS DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO A veneração ao túmulo dos príncipes dos apóstolos Pedro e Paulo é uma devoção praticada desde o início do cristianismo assumida pelos bispos para expressar a unidade e a comunhão eclesial, visto que os bispos são os sucessores dos apóstolos. n ENCONTRO COM O SANTO PADRE O Papa Francisco receberá os bispos em audiência na manhã do dia 24 de fevereiro. Na ocasião, antes de ouvirem o Santo Padre, dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e presidente do Regional Sul 2 da CNBB, irá dirigir a palavra ao papa em nome de todos os bispos. n CELEBRAÇÃO NAS BASÍLICAS DE ROMA E DICASTÉRIOS DA CÚRIA ROMANA Por fim, os bispos vão celebrar a Santa Missa na basílicas de Roma e visitar os vários dicastérios da Cúria Romana, oportunidade de fortalecer a comunhão com a Santa Sé e conhecer os direcionamentos da Igreja em seus diversos âmbitos de atuação.

PRIMEIRO O ENCONTRO COM O PAPA. MAS AO MESMO TEMPO, VOLTAR ÀS RAÍZES DA FÉ”

A VISITA AD LIMINA TEM COMO BASE A UNIDADE, A COMUNHÃO E A SINODALIDADE, QUE SIGNIFICA CAMINHAR JUNTOS


FOTOS: SHUTERSTOCK

NOS PASSOS DE PEDRO E PAULO

Em latim, ad limina apostolorum significa no limiar dos apóstolos, ou seja, os bispos vão visitar os locais onde os apóstolos Pedro e Paulo desenvolveram suas vidas e suas atividades. Esses dois apóstolos, explica dom Geremias, precisam ser reverenciados por aqueles que são os seus sucessores para guiar a Igreja. “Vamos visitar esses locais, os túmulos dos apóstolos, as Basílicas de Roma, o Santo Padre, voltando às origens dessa bonita realidade que temos na Igreja Católica, que é a figura do Santo Padre, a quem somos chamados à fidelidade. A gente quer revestir esse momento da visita com essa espiritualidade e ao mesmo tempo com o realismo do que significa viver a unidade da Igreja nos nossos tempos”, explica o arcebispo. n CONTINUA NA PÁG.12


DOM GEREMIAS FALARÁ AO PAPA EM NOME DOS BISPOS DO PARANÁ

TERUMI SAKAI

Como presidente do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Londrina tem a responsabilidade de dirigir a palavra ao Santo Padre em nome dos bispos do Paraná. Dom Geremias também é quem irá presidir a celebração eucarística na Basílica de São Pedro. “É uma grande honra, sem dúvida nenhuma, nunca pensei, nunca sonhei em dirigir um dia a palavra ao Santo Padre, ainda mais em nome dos bispos do Paraná. Quero fazer um discurso bem articulado que não pode ser de muito tempo, alguns minutos apenas, para depois o Santo Padre poder dirigir também a nós a sua palavra e aquilo que ele pensa da Igreja, por onde nós devemos continuar trabalhando”.

Oração pela Visita Ad Limina dos bispos do Paraná

Ó Deus, Pastor eterno, nós vos agradecemos pelo dom da Igreja una, santa, católica e apostólica, que é no mundo um sinal visível do vosso amor. Unidos, pela fé, às pessoas de todas as nações, formamos um único povo, renovados em Jesus Cristo. Concedei ao nosso arcebispo dom Geremias, a liderança do Bom Pastor, para governar a nossa Arquidiocese de Londrina, em comunhão com a Igreja de Roma, que a preside na caridade. Pedimos as luzes do Espírito Santo para os Bispos do Paraná, nesse tempo de graça que é a Visita Ad Limina Apostolorum. Em comunhão com eles, peregrinamos, espiritualmente, até Roma, para venerar o Sepulcro dos Apóstolos e encontrar o Santo Padre, que é o sucessor de São Pedro, a quem Jesus confiou a Igreja. Por Jesus Cristo, nosso Senhor, na unidade do Espírito Santo. Amém. (Rezar um Pai Nosso, três Ave Marias e um Glória ao Pai)

NATURALIDADE DOS BISPOS n 10 paranaenses, 7 paulistas, 6 mineiros, 3 gaúchos, 2 catarinenses, 1 maltês, 1 italiano, 1 paraguaio n Do total de 10.444.526 habitantes do Estado (IBGE Censo 2010), os membros da Igreja Católica são 7.268.935, ou seja, 69,6% do total. A média brasileira é de 62%, portanto os católicos paranaenses estão acima da média nacional.

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n Há ainda 11 bispos nascidos no estado do Paraná atuando em outros regionais da CNBB. n O episcopado brasileiro tem 478 bispos e 21 nascidos no Paraná, sendo o quinto maior grupo no colégio de bispos brasileiros.


KARINA DE CARVALHO

BISPOS DO PARANÁ NA VISITA AD LIMINA

Dom José Antônio Peruzzo – Arcebispo de Curitiba Dom Amilton Manoel da Silva – Bispo auxiliar de Curitiba Dom Francisco Cota de Oliveira – Bispo auxiliar de Curitiba Dom Celso Antônio Marchiori – Bispo de São José dos Pinhais Dom Edmar Peron – Bispo de Paranaguá Dom Walter Jorge Pinto – Bispo de União da Vitória Dom Sérgio Arthur Braschi – Bispo de Ponta Grossa Dom Antonio Wagner da Silva – Bispo de Guarapuava Dom Geremias Steinmetz – Arcebispo de Londrina Dom Manoel João Francisco – Bispo de Cornélio Procópio Dom Carlos José de Oliveira – Bispo de Apucarana

Dom Antônio Braz Benevente – Bispo de Jacarezinho Dom Mauro Aparecido dos Santos – Arcebispo de Cascavel Dom Sérgio de Deus Borges – Bispo de Foz do Iguaçu Dom Edgar Xavier Ertl – Bispo de Palmas/Francisco Beltrão Dom João Carlos Seneme – Bispo de Toledo Dom Anuar Battisti – Arcebispo emérito de Maringá Dom Mário Spaki – Bispo de Paranavaí Dom Bruno Elizeu Versari – Bispo de Campo Mourão Dom João Mamede Filho – Bispo de Umuarama Dom Volodemer Koubetch – Arcebispo Metropolita da Arquieparquia São João Batista Dom Meron Mazur – Bispo Eparca – Mitra Eparquial N. S. Imaculada Conceição

A IGREJA CATÓLICA NO PARANÁ E O EPISCOPADO - DADOS DE 2017 n Regional Sul 2 da CNBB: Estado do Paraná (PR) n Superfície: 200.496,9 km². n População IBGE ano 2014: 11.059.030 habitantes. n Densidade demográfica: 55,2 hab/km². (IBGE 2014). n Total de 20 circunscrições eclesiásticas: 4 arquidioceses, 14 dioceses de rito latino e 2 do rito ucraniano (uma arquieparquia e uma eparquia) n Paróquias: 993

n Presbíteros: 1721 padres, sendo 801 religiosos e 920 do clero diocesano n Diáconos permanentes: 508 n Religiosos consagrados: 1428 n Religiosas de vida consagrada e monjas: 2581 irmãs n Catequistas: 10 mil n Atualmente 31 bispos vivos. São 21 bispos na ativa e 10 eméritos vivos. FONTE: CNBB/REGIONAL SUL 2 FEVEREIRO DE 2020 | 13


formato JC em novo

COMUNICAÇÃO

O informativo da Arquidiocese de Londrina se transforma em revista, ganha novas seções e abre mais espaço para as atividades das paróquias

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Depois de três décadas circulando no formato jornal, o informativo da Arquidiocese de Londrina chega às paróquias em um novo formato, mas sem perder a sua característica principal de evangelizar. O Jornal da Comunidade vira Revista Comunidade e se transforma em uma revista, que vai privilegiar as imagens, mas sem deixar de lado o conteúdo de qualidade. O objetivo é fazer algo mais atrativo visualmente. “A revista traz essa possibilidade de trabalhar com mais fotos e imagens. A revista tem uma durabilidade maior [em termos de impressão] do que o jornal. O papel jornal se deteriora rápido”, explica Juliana Mastelini Moyses, editora da revista e jornalista da Arquidiocese de Londrina. As edições vão equilibrar matérias para dar destaque às fotografias, com reportagens mais aprofundadas sobre a Igreja e o cotidiano. Assim a revista será um veículo de informação e formação. “As matérias do JC são de conteúdo e bem apuradas. São matérias que podem ser usadas de referência, que esclarecem sobre a nossa fé, datas litúrgicas ou um tema importante. A revista vai valorizar isso”, afirma a editora. Segundo ela, no formato jornal [pela qualidade do papel] esse conteúdo ficava perdido, passando a impressão de ser um conteúdo rápido. “Esperamos que as pessoas consigam aproveitar melhor esse conteúdo”, diz. Para o arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz, a revista possibilita o aprofundamento dos assuntos, com bons articulistas e boas reportagens. “Penso realmente que uma revista pode prestar um serviço pastoral melhor do que o jornal. Muitas vezes as pessoas têm uma certa dificuldade na leitura do jornal, a revista, por ter um formato mais permanente, seja mais adequado”, afirma dom Geremias.

Primeira edição do JC, janeiro de 1989

Última edição do JC no formato jornal, dezembro 2019

Primeira edição da Revista Comunidade, fevereiro de 2020

E continua dizendo que “muitas dioceses do Paraná têm revista, nós que continuávamos com o jornal. Creio que podemos dar um passo para ter um trabalho ainda melhor, que prepare e produza textos bons, com reflexões teológicas, bíblicas e sobretudo para que as pessoas possam se formarem por esse meio de comunicação.”


NOVAS SEÇÕES Com o novo formato, a revista destaca mais espaço para os decanatos para trazer mais matérias das paróquias. Neste sentido, será fundamental a interação entre as Pastorais de Comunicação (Pascom) paroquiais e a equipe da revista para a divulgação dos conteúdos produzidos nas paróquias. Outra novidade é uma seção para tirar dúvidas sobre a Igreja, teologia, religião, entre outros assuntos. Em a “Pergunta do mês”, a cada edição um padre irá responder as dúvidas enviadas pelos leitores. “Temos muitas dúvidas sobre a religião e o que acontece no dia a dia, com essa seção temos a oportunidade de responder essas dúvidas”, comentou Juliana. A agenda dos eventos da arquidiocese e do arcebispo também ganharam espaço fixo, permitindo que os fiéis conheçam as atividades do arcebispo e para que possa se programar para participar dos eventos da Arquidiocese de Londrina. PREPARAÇÃO A mudança do JC vem sendo pensada há um bom tempo. Foram feitos dois testes para avaliar a aceitação dos leitores. As edições de setembro de 2017 e 2018, foram em revistas. A primeira sobre a posse de dom Geremias, e a segunda falava da JMJ (Jornada Missionária da Juventude). “Fomos estudando e nos preparando. Estávamos há seis meses conversando sobre isso [internamente e com o arcebispo] e decidimos começar o ano com o novo formato e ir melhorando. Tivemos uma caminhada muito boa nos dois últimos anos e pensamos que era o momento de dar mais um passo”, comenta Juliana. A revista tem espaço para anunciantes. Quem tiver interesse pode entrar em contato com a equipe da revista por e-mail pascom@arquidioceselondrina. com.br e pelo telefone 3371-3141. ALINE MACHADO PARODI PASCOM ARQUIDIOCESANA

JULIANA MASTELINI MOYSES

O programa tem cunho bíblico, teológico, litúrgico, pastoral, questões do dia a dia e assuntos em que a Igreja tem uma palavra

A VOZ DO PASTOR NAS ONDAS DO RÁDIO A Rádio Alvorada começou o ano com novidade na grade programação. O quadro A Voz do Pastor estreou em janeiro. Comandado pelo arcebispo de Londrina, dom Geremias Steinmetz, vai ao ar aos sábados e domingos em quatro horários. “É um quadro que vínhamos trabalhando há tempo, em formato que pudesse acrescentar alguma coisa às rádios, em que a palavra do arcebispo possa ser melhor pronunciada e, acima de tudo, a gente possa orientar as pessoas sobre os assuntos da atualidade”, disse dom Geremias. O quadro tem cunho bíblico, teológico, litúrgico, pastoral, questões do dia a dia e assuntos em que a Igreja tem uma palavra. Uma equipe de produção auxilia na escolha e pesquisa so-

É UM TEXTO PRODUZIDO EM QUE PROCURAMOS DIZER O QUE É O PENSAMENTO DA IGREJA”, DESTACOU O ARCEBISPO.

bre os temas abordados em cada edição. “É um texto produzido em que procuramos dizer o que é o pensamento da Igreja”, destacou o arcebispo. As reflexões sobre a realidade social, a doutrina social da Igreja, assuntos que tocam em questões concretas do dia a dia e que precisam de orientações do que diz o Evangelho também estarão na pauta. O ouvinte pode acompanhar o quadro pela Rádio Alvorada 106.3 FM, pelo site ou aplicativo da Rádio. A Voz do Pastor vai ao ar aos sábados e domingos às 6h30, 9h45, 13h30 e 18h30. A mensagem de domingo é transmitida também na Rádio Paiquerê FM 91.7, no programa Sementes do Reino, do jornalista Edson Ferreira.

Acesse pelo QR Code a primeira edição do JC de janeiro de 1989


ENTREVISTA

Casais feri é tema de curso em Roma

Juíza do Tribunal Eclesiástico de Londrina, Sueli Almeida da Silva, fala da sua participação na formação realizada no Tribunal Apostólico da Rota Romana Em novembro do ano passado, a juíza do Tribunal Eclesiástico de Londrina, Sueli Almeida da Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Canonistas, participou do Curso de formação para a tutela do matrimônio e o cuidado pastoral dos casais feridos, no Tribunal Apostólico da Rota Romana, em Roma. Foram mais de 400 participantes de diversos países, que durante uma semana estudaram temas relacionados a nulidade matrimonial. Sueli falou sobre a experiência de participar do curso e de receber uma bênção individual do Papa Francisco. Como foi essa formação? Todo ano o Tribunal da Rota Romana dá um curso para os membros dos tribunais do mundo todo, de uma semana, em Roma. Este ano, o curso falou sobre a questão dos casais, mais especificamente, dos casos especiais, que são os casais de segunda união. Tanto que o tema do curso foi “Os casais feridos”. Foi sobre a questão da nulidade, do processo novo de nulidade, mais rápido, que está tendo agora. Foi falado sobre os matrimônios ratificados e não consumados. Foram vários temas relacionados a nulidade matrimonial. É como se fosse uma reciclagem para todos os membros dos tribunais.

Depois da sua fala, o Papa Francisco cumprimentou um por um os mais de 400 participantes do curso

O que foi apresentado, na questão legal, sobre a nulidade do casamento? A questão da nulidade matrimonial dos processos mais breves, nos casos que são caríssimos, em que as partes estão de pleno acordo com a nulidade e as provas são muito claras. São processos que muitas vezes, pela análise do vigário judicial podem ser decididas pelo modo breve. E o que seria o processo no modo breve? Seria um processo do bispo diocesano, em que a

maioria das etapas do processo normal são suprimidas para que o processo se torne mais célere.

muitos processos antigos que estão se resolvendo. Dá para sentir que já estão mais rápidos.

Houve alteração nos critérios para a anulação do matrimônio? O que mudou com a “Motu Proprio” do Papa Francisco “Mitis Iudex Dominus Iesus” é que não tem segunda instância. Só irá a segunda instância se uma das partes apelar da sentença. Ganhou-se mais tempo. Os tribunais ainda estão na fase de ajuste. Há

Aumentou a procura pela anulação do casamento? Logo que saiu o “Motu Proprio” houve uma procura muito grande, porque as pessoas achavam que era só chegar e já estavam declarando nulo o matrimônio. Mas não deixou de existir o processo. Não é tão simples como se entendeu. Por isso que a gente foi fazer o curso lá. E o que


ridos ARQUIVO PESSOAL

fazer com esses casais, que muitas vezes não conseguem a nulidade? A questão da Amoris Laetitia [Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre o amor em família], dos padres usarem o discernimento de darem ou não a comunhão. Se colocou a questão de liberar ou não a comunhão a esses casais. E se chegou a alguma conclusão? O Papa não falou. Ele deixou isso para o discernimento dos padres, de acordo com seus bispos,

podem analisar caso a caso. O capítulo oitavo (Amoris Laetitia) fala para exercer a caminhada daquele casal, as motivações que levaram para que o primeiro matrimônio tivesse falido, quem deu causa, a caminhada de Igreja, razões para que ele [padre] possa liberar a comunhão para esse casal. Nenhum bispo vai falar libera a comunhão. O Papa não fez, deixou para que cada padre analisasse caso a caso. Como foi estar com o Papa Francisco? Você teve um contato mais próximo com ele, não é? Foi muito emocionante. Estou me recuperando da cirurgia [Sueli quebrou o pulso na véspera da viagem], estava com o braço todo enfaixado. Consegui chegar perto. Ele valoriza muito os tribunais. Pelo grande número de participantes, achamos que ele não ia cumprimentar um por um, mas ele cumprimentou um por um. Tive a sorte que meu braço estava machucado, então ele foi mais carinhoso [falou rindo]. Fez uma bênção. Guardei a atadura. Foi um momento mágico e especial. Mesmo que ele não cumprimentasse um por um, só o fato de estar em uma mesma sala com o Papa é uma coisa fenomenal. ALINE MACHADO PARODI Pascom arquidiocesana

SANTO

SÃO FRANCISCO DE SALES Padroeiro dos jornalistas, escritores e deficientes auditivos, São Francisco de Sales é conhecido como o santo da amabilidade. Não porque a amabilidade era uma atitude fácil, mas porque o santo lutou para dominar sua própria ira. Gostava de dizer: “Se erro, prefiro que seja por excesso de bondade que por demasiado rigor”. Sua extraordinária mansidão foi fruto de muitos esforços e trabalhos. Dizem que depois de sua morte, descobriu-se que sua mesa estava toda arranhada por baixo. Com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder sem amor e sem mansidão para as pessoas. Nos seus 55 anos de vida, buscou a santidade para si e também para os outros, considerado um grande condutor de almas à vida espiritual. Evangelizou e propagou a doutrina com suas pregações e escritos, por meio da imprensa, utilizando-se das novas tecnologias da época, e, principalmente, com seu testemunho e oração. São Vicente de Paulo, seu amigo, assim falava sobre ele: “Este servo de Deus conformou-se tão bem com o modelo divino que muitas vezes me pergunto com admiração como uma criatura ‘dada à fragilidade da natureza humana’ pôde alcançar tão elevado grau de perfeição… Sou levado a ver nele o homem que, dentre todos, mais fielmente reproduziu o amor do Filho de Deus sobre a terra’”. O Papa Bento XVI, em uma de suas audiências gerais, destacou o convite revolucionário que São Francisco fez a todos de viver a santidade na sua vida cotidiana e “a pertencer completamente a Deus, vivendo em plenitude a presença no mundo e as tarefas da sua condição”. REFERÊNCIAS: PAPA BENTO XVI. AUDIÊNCIA GERAL: 2 DE MARÇO DE 2011 CLEOFAS.COM.BR

SENHOR JESUS, QUE FAÇA EU A VOSSA AMOROSA VONTADE TODOS OS DIAS DA MINHA MISERÁVEL E FRÁGIL VIDA. NAS VOSSAS MÃOS, BOM DEUS, ENTREGO O MEU ESPÍRITO, O MEU CORAÇÃO, A MINHA MEMÓRIA, O MEU ENTENDIMENTO E TODA A MINHA VONTADE. CONCEDEI, PORÉM, QUE COM TUDO VOS SIRVA, VOS AME, VOS AGRADE E SEMPRE VOS LOUVE. AMÉM. AUTOR: SÃO FRANCISCO DE SALES

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TERUMI SAKAI

ARQUIDIOCESE

NEOSSACERDOTE da Igreja de Londrina

Pela imposição das mãos do arcebispo dom Geremias Steinmetz e oração da Igreja reunida, o diácono Welinton Ignacio foi ordenado padre no dia 21 de dezembro O diácono Welinton Ignacio foi ordenado padre no dia 21 de dezembro. A Santa Missa de ordenação foi na Paróquia São José, de Rolândia, e foi concelebrada por padres da arquidiocese, com a presença

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de familiares, amigos, diáconos, religiosos, seminaristas e fiéis. Na celebração, o ordenado prometeu obediência e assumiu diante da comunidade a missão com a Igreja e o povo de Deus. O lema esco-

lhido pelo neossacerdote é e x t r a í d o d o Ev a n g e l h o d e João: “Permanecei no meu amor” (15, 9b). Padre Welinton presidiu sua primeira missa no domingo, dia 22 de dezembro, na Paróquia da

Ressurreição, em Rolândia. Como sacerdote atuará como vigário do Santuário Nossa Senhora Aparecida, na Vila Nova, Decanato Leste. PASCOM ARQUIDIOCESANA


PARÓQUIAS

Catedral acolhe

NOVO VIGÁRIO Padre Emanuel de Paula foi apresentado à comunidade no dia 5 de janeiro

TERUMI SAKAI

Um grande número de fiéis, amigos e familiares participaram da celebração que acolheu o novo vigário da Catedral Metropolitana do Sagrado Coração de Jesus. “O padre Emanuel tem muitas virtudes, mas eu sempre admirei uma virtude: um homem alegre, sempre feliz. E isso é um bom sinal: de um bom ministro de Deus”, destacou o pároco, padre Rafael Solano. Ao final da Santa Missa, uma homenagem das pastorais: o novo vigário recebeu uma planta levada ao altar por casais, crianças e adolescentes. O novo vigário agradeceu familiares, amigos e pessoas de outras comunidades por onde já passou. “Peço orações para que eu possa sempre me manter firme no meu ministério.” (JULIE BICAS/PASCOM CATEDRAL) RENILSON GUIMARÃES

ORDENAÇÃO DIACONAL DO SEMINARISTA CAIO No dia 8 de dezembro, na Capela Sagrada Família da Paróquia Santa Rita de Cássia, Decanato Leste, o seminarista Caio Matheus Caldeira da Silva foi ordenado diácono transitório da Igreja de Londrina. A celebração foi presidida pelo arcebispo dom Geremias Steinmetz. O diaconato é o primeiro grau do sacramento da ordem. O diácono se dedica ao serviço ao povo de Deus na caridade, na palavra e na liturgia. Com a ordenação, o seminarista dá um novo passo em direção ao sacerdócio. O lema diaconal escolhido foi: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui que vos escolhi.” (Jo 15, 16a).

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PARÓQUIAS

tradiçã PARÓQUIA N. S. DO AMPARO PRESERVA A

da Folia de Reis

O grupo de Folia de Reis “Menino Deus” fez visitas nas casas, representando a história da viagem dos três reis magos até Belém para adorar o Menino Jesus.

Grupo de Folia de Reis Menino Deus, da Paróquia Nossa Senhora do Amparo

A Paróquia Nossa Senhora do Amparo, no Decanato Leste, apoia a tradição da Folia de Reis. Mas, afinal, o que significa tudo isso? A Folia de Reis não é apenas folclore, é uma verdadeira demonstração de fé, uma celebração da viagem que os Magos fizeram a Belém para adorar o

Menino Jesus. Quem deu nome aos Magos foi Magnelli, um historiador do século IX, em um documento chamado Pontificalis Ecclesiae Ravenatis. Os nomes são Gaspar, Baltazar e Melquior (não Belquior). Gaspar, rei de Sabá, na África oriental, presenteou Jesus com

FOTOS: PASCOM PAROQUIAL

mirra, uma espécie de perfume que se usava para ungir falecidos. Baltazar, rei de Társis, ofertou incenso (plantas aromáticas usadas para queimar em igrejas em solenidades). Melquior, nobre rei da Arábia, no continente asiático, entre o Mar Vermelho e o Golfo Pérsico. Os magos são considerados estudiosos e astrólogos, seguidores da doutrina masdeísta, mas quando souberam da notícia importante que Jesus iria nascer correram ao encontro desse Menino, que verdadeiramente salvaria a humanidade. Eles deixaram de lado tudo o que acreditavam. O encontro com o Menino Jesus foi uma mudança de vida. Por isso, a religiosidade popular é citada no Documento de Aparecida, número 258, como precioso tesouro da Igreja, que os venera como Santos Reis. PADRE LOURIVAL ZATI Paróquia N. S. do Amparo Decanato Leste

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ão FITAS

As cores das fitas na bandeira e nos instrumentos têm significados. O verde, vermelho e amarelo lembram a trilogia dos reis e os presentes ofertados. O branco, rosa e azul lembram a trilogia da Sagrada Família. Rosa: cor de São José, símbolo do amor e paciência. Azul, cor do céu e da Virgem Maria. Branco, cor do Menino Jesus, símbolo da paz.

A ESTRELA

Muitos poderiam pensar que se tratava de alinhamento de planetas, mas para os devotos, a estrela é a luz de Deus na vida daqueles que desejam conhecer Jesus. A Luz de Deus não pode brilhar onde existe maldade e se apaga diante do Palácio de Herodes. Por isso, os Magos precisam obter informações sobre o local do nascimento.

MANIFESTAÇÃO

A festa da Epifania do Senhor é celebrada no domingo mais próximo ao dia 6 de janeiro (Dia de Reis) e significa manifestação. Deus se manifesta para salvar seu povo e os cantadores de folia de reis se manifestam na fé e devoção, cantando, anunciando e evangelizando com a Bandeira de Santos Reis. Da noite de Natal até o dia 1 de janeiro, dia da Confraternização Universal, representa a viagem dos Magos até Belém e, do dia 2 de janeiro até o dia 6, significa o retorno aos seus reinos com a missão cumprida a suas vidas transformadas.

ORIGEM

A Folia de Reis surgiu na Espanha no início do Século XIII. De lá foi para Portugal. Os portugueses trouxeram para o Brasil, onde recebeu aprimoramentos. No Brasil, os reisados (ou festa dos Santos Reis) foram muito incentivados pelos padres Jesuítas. O Estado de Minas Gerais tornou-se o berço dessa modalidade. O nome de folia assusta um pouco, mas folia significa dança rápida ao som do pandeiro. Por isso, os cantadores são chamados foliões. Nesse caso, folia não significa bagunça. Pode também ser chamada de Companhia de Reis (cantadores que acompanham a bandeira). Existem danças típicas da Folia de Reis que são chamadas de corta jaca e meia lua. Os “Bastião’s” (erroneamente chamados de palhaços) têm uma ligação com a crença sebastianista surgida em Portugal depois que o rei dom Sebastião morreu misteriosamente na batalha de Alcácer Quebir, na África, em 1578. O povo acreditava que ele não havia morrido e iria voltar. Essa crença perdurou por muitos séculos. No Brasil, inseriu-se o personagem do bastião em algumas culturas e inclusive na Folia de Reis. O uso de máscaras é para manter a identidade de “o encoberto”. Todos sabem que ele é o “bastião”, mas não sabem quem é. Na tradição, os mascarados representam também os soldados e defensores da bandeira, não podem ausentar-se dela e nem andar na frente. Cabe a eles fazer versos sacros e engraçados para animar as pessoas presentes. (PADRE LOURIVAL ZATI)

OS MAGOS QUANDO SOUBERAM DA NOTÍCIA IMPORTANTE QUE JESUS IRIA NASCER CORRERAM AO ENCONTRO DESSE MENINO, QUE VERDADEIRAMENTE SALVARIA A HUMANIDADE

FONTE: LIVRO “HISTÓRIA, MENSAGENS E EMBAIXADAS DE FOLIA DE REIS”. (FRANCISCO GARBOSI)

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PAPA FRANCISCO

VATICAN NEWS

Não a histórias falsas e destrutivas, contar

O BEM QUE UNE

As histórias “podem ajudar-nos a entender e a dizer quem somos” porque “o homem é um ser narrador” que precisa “revestir-se de histórias para custodiar a própria vida”. O Papa Francisco ressalta isso em sua Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2020, publicada no dia 24 de janeiro, memória de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas. OUÇA E COMPARTILHE! Uma mensagem que, todavia, abraça um horizonte bem mais amplo do que a profissão jornalística, como efetivamente Francisco nos habituou desde sua primeira Mensagem para as Comunicações Sociais, a de 2014, quando traçou uma união ideal entre a figura evangélica do Bom Samaritano e a missão realizada hoje pelos “bons comunicadores”. Num tempo marcado pelo uso instrumental da palavra, utiliza-

Na 54ª Mensagem para as Comunicações Sociais sobre o tema “Para que possas contar e fixar na memória (Ex 10, 2). A vida faz-se história”, Francisco se detém sobre o valor da narração

da para causar divisão, “doença” da qual infelizmente o mundo católico não é imune, o Papa nos recorda que a comunicação é autêntica se edifica, não se destrói. Se é “humilde” na “busca da verdade”, como já ressaltado na audiência de maio passado aos jornalistas da Associação Imprensa Estrangeira. E diante do propagar-se de narrações “falsas e malvadas” – até a sofisticada aberração do deep fake (profunda falsificação) –, o Papa encoraja a fazer de modo que a narração fale “de nós e do belo que nos habita” ajudando “a reencontrar as raízes e a força para seguir adiante juntos”. Precisamos – é a sua exortação – “respirar a verdade das boas histórias”.

A SAGRADA ESCRITURA, UMA “HISTÓRIA DE HISTÓRIAS” Na Mensagem é citada a storytelling, técnica sempre mais em voga em vários ambientes da publicidade à política, mas a narração pensada por Francisco não segue lógicas mundanas. Tem um valor mais profundo que “recorda aquilo que somos aos olhos de Deus”. De resto, uma indicação reveladora daquilo que o Papa considera ser um modelo de narração vem já do tema escolhido para a Mensagem: “Para que possas contar e fixar na memória (Ex 10, 2). A vida faz-se história”. A Sagrada Escritura, observa o Pontífice, é “uma História de histórias” e acrescenta que a Bíblia nos mostra “um Deus que é cria-

dor e ao mesmo tempo narrador”. Propriamente “através do seu narrar – prossegue – Deus chama as coisas à vida e, no ápice, cria o homem e a mulher como seus livres interlocutores”. Na iminência da celebração do “Primeiro Domingo da Palavra de Deus”, instituída com a Carta Apostólica Aperuit Illis, Francisco nos convida, portanto, também com esta Mensagem, a fazer-nos próximos da Sagrada Escritura, a fazê-la nossa, recordando-nos que “a Bíblia é a grande história de amor entre Deus e a humanidade”. Por outro lado, como nos ensina o Livro do Êxodo – do qual o tema da Mensagem é extraído – aprendemos que “o conhecimento de Deus se transmite sobretudo contando, de geração em geração, como Ele continua se fazendo presente”. ALESSANDRO GISOTTI Vaticannews


DIA 2

ACONTECEU

DIA 9

n Formação Arquidiocesana sobre a CF 2020 no Auditório do Centro de Pastoral (Rua Dom Bosco, 145) HORÁRIO: das 8h30 às 16h n Posse do padre Paulo Roberto Martins na Paróquia Nossa Senhora Aparecida – KM9, Decanato Sul HORÁRIO: 8h n Posse do padre Rodolfo G. Trilstz (pároco) e padre Welinton Ignacio (vigário) no Santuário Nossa Senhora Aparecida, Vila Nova, Decanato Leste – HORÁRIO: 16h n Posse do padre Marcelo Aparecido Cruz na Paróquia Sant’Ana, Decanato Centro HORÁRIO: 19h

DIA 7 n Posse do padre Luis Carlos Greco da Silva na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Jardim Silvino, Cambé HORÁRIO: 19h30

DIA 8 n Reunião do Conselho Pastoral Arquidiocesano - Auditório do Centro de Pastoral HORÁRIO: das 14h às 16h45 n Posse do padre Olívio Gerônimo Júnior na Paróquia São Judas Tadeu, Decanato Oeste HORÁRIO: 19h30

n Posse do padre Vagne Gama dos Santos na Paróquia São Martinho, no distrito de São Martinho, Rolândia HORÁRIO: 8h n Posse do padre Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos na Paróquia São João Batista, Florestópolis, Decanato Porecatu HORÁRIO: 19h30

FOTOS: PASCOM PAROQUIAL

AGENDA FEVEREIRO

No dia 11 de janeiro a Cruz da Infância e Adolescência Missionária (IAM) visitou a Paróquia Cristo Rei, em Cambé. A Cruz está percorrendo todas as paróquias da arquidiocese em comemoração aos 25 anos da IAM em Londrina, celebrado em outubro

DIA 14

n Posse do padre Jorge Guillermo Arias Santisteban na Paróquia Cristo Rei, Lupionópolis, Decanato Porecatu HORÁRIO: 19h30

DIA 15

n Posse do frei César Gilmar Selbach na Paróquia Cristo Redentor, Jardim Piza, Decanato Sul HORÁRIO: 19h

Celebração da Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus e dia Mundial da Paz, em 1º de janeiro, na Paróquia Cristo Rei, de Lupionópolis

DIA 16

n Reunião Arquidiocesana do Apostolado da Oração - Catedral HORÁRIO: 14h n Encontro de Formação GBR Tema: Profetas - Paróquia Nossa Senhora Rainha do Universo HORÁRIO: das 8h às 11h30

Na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, Decanato Norte, o ícone do Sagrado Coração de Jesus, do Apostolado da Oração, peregrinou em visita aos doentes da comunidade

DIA 17

n 63º Aniversário da Arquidiocese de Londrina

DIA 25

n Carnaval - Vigília dos Adoradores da Eucarística - Capela N. Sra. da Esperança HORÁRIO: 7h às 15h

Na missa do dia 12 de janeiro na Paróquia Nossa Senhora das Graças, Vila Brasil, os coroinhas receberam a Capelinha de São Tarcísio, padroeiro dos coroinhas, vinda da Paróquia São Vicente de Paulo.

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