"A arquitetura é a arte que determina a identidade do nosso tempo e melhora a vida das pessoas.”
(Santiago Calatrava, arquiteto do Museu do Amanhã)
Apresentamos esta cartilha como trabalho final da disciplina “Estudos Sociais e Urbanos: Práticas Extensionistas”, e feita coletivamente pela turma do terceiro semestre de 2025 do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac, Campus Santo Amaro
Ao longo deste semestre, lidamos com assuntos referentes ao campo de atuação do profissional formado em nosso curso de graduação Para alguns de nós também foi uma surpresa ver todo o universo de possibilidades de trabalho que vão além do projeto de uma edificação.
Em breve, estaremos presentes para planejar desde construções e requalificações de equipamentos urbanos, vias e praças, conjuntos habitacionais populares, até cenários de filmes e peças de teatros, enfim, um grande número de possibilidades de atuação.
Esperamos que você, leitor, também se surpreenda com o universo de possibilidades de atuação que a nossa futura profissão possibilita.
Desejamos uma boa leitura!
Docentesdadisciplina
Arq.Ms.Profa.AnaCarolinaFerreiraMendes
Arq.Ms.Prof.MaurícioMiguelPetrosino
Alunos
AnaMarthaSuzukiFreitas
AndréFerraz
ArthurAraújoGonçalves
BiancaHirschmannBranco
BiancaSantana
BiancaShaw
BrunaCastellariRodriguesdeAlmeida
CatharinaMotaBasaglia
CaylaneOliveira
DiogoAndradeCoelho
EnzoLonghiBitencourtFeller
FernandoMontes
GabrielaGiroto
GabrielaGomesdosSantos
GustavoShimizuPassos
HeloisaCamargo
IêdaMariadeMedeiros
IsabelLonettadoAmaral
IstherRochaSampaiodosSantos
JuliaAlmeidaOtero
JulianaSoaresCosta
JullianaTavora
LeticiaAmaraldeSousa
LuaraCosta
MarcelaIezziSigoli
MariaIsabelFernandesFrançois
MariaLuisaMartinaAmorim
MarianaTavaresMalheiro
OtávioSilva
RodrigodaSilva
SophiaCaldeiraNogueira
StellaAngeloTibolla
SUMÁRIO
1. Requalificação (Retrofit) e Restauração 4
1.1 Biblioteca Mercado Jefferson
1.2 Edifício Virgínia
1.3 Cinemateca Brasileira
2. Arquitetura Efêmera 7
2.1 Pavilhão Brasil
2.2 Just a Minute
2.3 Feira da Cidade
3. Cenografia
3.1 Mais de Mil Brinquedos para Crianças Brasileiras
3.2 Castelo Rá-Tim-Bum
3.3 Wicked
41 Praça da Matriz
4.2 Aterro do Flamengo
4.3 Jardim de Chuva
5. Habitação Social 16
5.1 SEHAB Heliópolis
5.2 Conjunto Habitacional CECAP
5.3 Habitação Elzenhof Veenoord
6. Desenho Urbano
61 Terminal e Parque Urbano em São Luís
62 Ladeira da Barroquinha
63 Reabilitação Urbana de Alto de Bomba 7. Considerações Finais
7. 1 Etapa Inicial: Primeiro Questionamento ao Público
7.2 Respostas e Resultados
7.3 Considerações Finais
BIBLIOTECAMERCADO JEFFERSON
A Biblioteca Jefferson foi construída originalmente como sede
do Tribunal de Justiça de Nova York, em estilo vitoriano e
gótico O complexo incluía escritórios, sala de tribunal, torre
com sino (usada para alertar bombeiros), e uma prisão
Também abrigava um grande mercado de feirantes
Após anos como tribunal, o prédio foi abandonado em 1959 e
quase demolido, mas a mobilização dos moradores garantiu
sua preservação Em 1967, foi reaberto como biblioteca,
mantendo sua estrutura original, com salas adaptadas para
leitura Até hoje, é restaurada para preservar seu patrimônio
histórico.
Biblioteca Jefferson depois de suas restaurações e retrofit (Fonte: New York Public Library)
Planta da quadra, mostrando a localização original da prisão sala de tribunal escritórios e mercado (Fonte: Instagram Jefferson market li brary)
Vista aérea atual da torre (Fonte: The
Local:4256thAve,New York,NY10011,Estados
Unidos
Construçãooriginal
Arquitetura:F.C.Witherse
C.Vaux.
Anodoprojeto:1875-1877.
Estrutura:tijolovermelho, calcário
Retrofit
Arquitetura:Giorgio
Cavaglieri
Anodoprojeto:1964
Para saber mais, acesse:
Jefferson Market
Garden HISTORYJefferson Library
Amny-Jefferson Market Library
Por que conhecer esta obra?
O edifício foi projetado por alguns dos arquitetos mais influentes da sociedade nova-iorquina da época, responsáveis por outras obras icônicas, como o Metropolitan Museum of Art, o Central Park e o Museu Americano de História Natural de Nova York. Com sua arquitetura, o edifício foi considerado por muito tempo um dos mais belos da cidade no século XIX Além disso, foi um dos primeiros edifícios nos Estados Unidos a passar por um processo de reforma e reutilização, tornando-se um marco para uma nova era de preservação de edificações históricas no país
R E Q U A L I F I C A Ç Ã OR E S T A U R O / R E T R O F I
Clio)
Vista interna da sala de leitura para adultos antiga sala de tribunal (Fonte: amNY)
Vista do Tribunal em 1880 mostrando toda sua extensão (a prisão foi demolida em 1973 por situação insalubre e construída um jardim) (Fonte New York Historical Society)
EDIFÍCIOVIRGÍNIA
Encomendado pela família Matarazzo, para servir de renda
para Virgínia Matarazzo, o Edifício Virgínia foi projetado em
1951 pelo arquiteto José Augusto Belluci e construído pelo
engenheiro civil Luiz Maiorana.
Sempre foi ocupado por famílias de renda alta e média, no
entanto, com o esvaziamento do centro de São Paulo a partir
dos anos 1970, grande parte da população rica se deslocou
para outras regiões da cidade Em 2020, com o prédio já
totalmente abandonado, a incorporadora Somauma iniciou o
processo para o retrofit do edifício, contando com o projeto de
arquitetura do escritório Metrópole Arquitetos.
Local: Rua Martins Fontes, 197,SãoPaulo,SP
Construçãooriginal
Arquitetura: José Augusto
Bellucci
Anodoprojeto:1951
Estrutura:concreto
Retrofit
Arquitetura:Metrópole Arquitetos.
Anodoprojeto:2024.
Incorporadora:Somauma.
Para saber mais, acesse:
Casa e JardimRetrofit do Edifício
Virgí
SomaumaEdifício Virgínia
Por que conhecer esta obra?
É importante para entender como o retrofit pode ser usado na manutenção de prédios históricos em São Paulo
Foram reaproveitados móveis e objetos antigos do edifício e materiais das demolições internas (para compor o granilite da bancadas da cozinha), bem como o piso de madeira, que foi restaurado
A utilização desses elementos na adoção do retrofit em vez de uma demolição total enfatiza a preocupação com a sustentabilidade e revitalização da região. E, finalmente, retomar à paisagem da cidade uma obra arquitetônica de qualidade estrutural e histórica é um bem precioso para a memória coletiva, além de promover valorização imobiliária e revitalização na região
R E Q U A L I F I C A Ç Ã OR E S T A U R O / R E T R O F I T 5
Perspectiva da construção original de 1951 (Fonte: arquivo arq)
Vista frontal do prédio do projeto de retrofit, esquina das ruas Martins Fontes e Álvaro de Carvalho (Fonte: Metrópole Arquitetos)
Situação do prédio antes do início do retrofit (Fonte: Rafael DAndrea)
Apartamento decorado do retrofit (Fonte: Somauma)
Vista lateral do projeto de retrofit Vemos a revitalização da área comercial do térreo tornando a fachada ativa e possibilitando uma conexão entre as ruas Martins Fontes e Álvaro de Carvalho por meio da galeria (Fonte: Metrópole Arquitetos)
CINEMATECA BRASILEIRA
Em 1884, foi realizado um concurso para projetar o edifício
original, que seria um matadouro O engenheiro alemão Alberto
Kuhlmann foi o ganhador, e a obra foi finalizada em 1887.
Entre 1985 e 1991, a construção é tombada nas esferas
municipal e estadual. Em 1988, a prefeitura de São Paulo cede
a área do antigo matadouro para a Cinemateca Brasileira,
onde está implantada no local desde 1992.
O projeto inicial de restauração dos antigos galpões é
idealizado pelos arquitetos Lúcio Gomes Machado e Eduardo de
Jesus Rodrigues Nelson Dupré assume o trabalho de
reconfiguração dos edifícios Ao recompor as características
estéticas e históricas, o projeto de reforma propõe elementos
contemporâneos às edificações originais No galpão onde se
encontra a sala de cinema Grande Otelo, os trilhos do trem,
utilizados para o transporte de animais à época do matadouro,
estão preservados sob um piso de vidro
Local:LargoSenadorRaul Cardoso,207,SãoPaulo,SP.
Construçãooriginal
Arquitetura:Alberto Kuhlmann(arquiteto alemão).
Anodoprojeto:1884-1887.
Estrutura:tijolosdebarro (alvenaria)
Retrofit
Arquitetura:NelsonDupré
Anodoprojeto:1997
Para saber mais, acesse:
Cinemateca
Brasileira- A
Cinemateca/ instalações
Cinemateca
Brasileira - Linha do Tempo 1940
Folha de S Paulo-
Conheça a
Cinemateca
Brasileira
Programação da Cinemateca
Por que conhecer esta obra?
Além de reformar uma construção do final do século XIX que foi tombada por seu valor histórico, há a riqueza de cultura oferecida no espaço com exibição de filmes do seu rico acervo. Ao realizar a reforma, foi respeitada a construção original e incluídos alguns elementos que harmonizam com o existente O prédio em si já é objeto de apreciação cultural e abriga uma arte rica em sua programação
R E Q U
Perspectiva da cinemateca a partir de sua fachada (Fonte: Cinemateca Org)
Vista lateral da Cinemateca Brasileira onde acontece exibições ao ar livre (Fonte: Cinemateca Org)
Corredor central da Cinemateca Brasileira com cobertura em vidro (Fonte: Wikipédia)
Vista lateral com uma sessão de exibição de filme ao ar livre (Fonte Cinemateca Org)
PAVILHÃOBRASIL
O Pavilhão do Brasil na Expo Milão 2015 foi um espaço criado para representar o país em uma grande exposição mundial sobre alimentação e sustentabilidade Como o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, ele usou essa oportunidade para mostrar sua diversidade, inovação e preocupação com o meio ambiente
O pavilhão, vencedor de concurso para propostas para a Feira de Milão, foi projetado pelo Studio Arthur Casas e pelo Atelier Marko Brajovic, com o tema “Brasil: alimentando o mundo com soluções” Ele simbolizava o sistema em rede globalizado e a inovação agrícola do país Assim, inspirados na metáfora da rede, projetaram uma grande rede flexível e interativa, um elemento em foco no pavilhão, que espacial e simbolicamente integra, conecta e distribui as pessoas, além de promover um passeio lúdico e inusitado
Em síntese, a diversidade cultural, étnica, climática e produtiva brasileira foram o ponto de partida do projeto, que buscou os muitos componentes da natureza, indústria e cultura brasileira
Vista superior da rede suspensa de acesso livre para visitantes Um recurso sensorial que promoveu interatividade e diversão para aqueles que visitaram (Fonte Filippo Poli)
Estrutura composta por pilares cabos e vigas de aço, um espaço aberto ao trânsito de pedestres e translúcido em algumas partes com a presença de finas grades metálicas (Fonte: Filippo Poli)
Decoração interna e exposição vegetal dentro do pavilhão organizada num fluxo meândrico Detalhe para os visitantes que caminham pela rede de cordas (Fonte: Filippo Poli)
Estrutura de aço vista no sentido oposto ao da fotografia acima capturando tanto o volume do pavilhão pergolado quanto o volume anexado onde havia café, restaurante e um segundo espaço para exposições específicas (Fonte Filippo Poli)
Local: Milão,Itália
Evento:ExpoMilão2015
Arquitetura:AtelierMarko
Brajovic,StudioArthur Casas
Anodoprojeto:2015
Materiais: metal
Área:3674m²
Para saber mais, acesse:
Por que conhecer esta obra?
Foi destaque na exposição internacional, mostrando como o Brasil contribui para a produção de alimentos no mundo de maneira sustentável e em grande escala
Não é apenas visual, mas também permite a participação ativa dos visitantes tanto tocando, explorando quanto aprendendo sobre práticas agrícolas e sustentabilidade, o que mostra a influência do conceito do espaço construído sobre as maneiras e qualidade em seu uso
A interação e o senso de rede enraizados tanto na cultura quanto na economia brasileira foram bem representados neste pavilhão
Registro visual do espaço interno movimentado de gente, registrando diversas interações com o pavilhão (Fonte Filippo Poli)
JUSTAMINUTE:CASAS POP-UP
As casas pop-up Just a minute foram criadas em 2015 após os
terremotos na região de Katmandu, no Nepal Milhares
habitantes ficaram desabrigados, e, para ajudá-los a se
reorganizar e retomar suas vidas, o escritório Barberio Colella
ARC projetou uma estrutura temporária utilizando materiais
locais para construir uma casa leve, compacta, durável e
econômica de forma rápida.
As casas foram projetadas para abrigar de 4 a 10 pessoas Elas
são transportadas já construídas, e poucas pessoas precisam
fazer sua instalação no local. Uma vez que a estrutura é
aberta, as camadas duplas de juta podem ser preenchidas com
Projetos emergenciais são soluções construtivas que visam responder rapidamente às necessidades humanas mais urgentes em situações de crise ou desastre A casa pop-up é uma solução criativa e com design harmônico e complexo, que pode ser instalada rapidamente Como o Nepal está em uma região muito montanhosa, essa solução foi adequada para o transporte emergencial na região, feito por meio de helicóptero Especialmente com o uso de um material leve, resistente e abundante na região como o bambu
Vista da casa emergencial do Nepal (Fonte: Archdaily)
Demonstração do transporte e montagem das casas (Fonte: Archdaily)
FEIRADACIDADE
O projeto é um remanejamento da “Feira do 4” , antiga feira de
comércio informal de rua da região O escritório de arquitetura
Meia Dois Nove planejou a estrutura para separar e organizar o
fluxo entre pedestres e veículos, ordenando a circulação da
região Seu funcionamento é essencial para a economia da
região, e o desenho do projeto estabelece um referencial
superior de qualidade para as construções oficiais, sendo um
exemplo para futuras edificações
A distribuição das bancas é um diferencial, pois permite livre
circulação e acesso igualitário a todos Os boxes da área
central da feira feira foram estrategicamente posicionados no
projeto de modo a gerarem grande circulação de clientes, beneficiando a comercialização dos demais produtos
Seu desenho chama a atenção e dá um diferencial para a região Suas principais vias de circulação se encontram no meio do pavilhão formando uma praça para descanso, com bancos em concreto, criando um ambiente de convívio social.
A forma do pavilhão e o material utilizado permitiram que a maior parte da edificação fosse fabricada e montada em apenas 60 dias de trabalho
Vista interna do pavilhão da feira (Fonte Archdaily)
Vista aérea do pavilhão (Fonte: Archdaily)
Vista externa do pavilhão da feira (Fonte: Archdaily)
MAISDEMILBRINQUEDOS PARACRIANÇAS BRASILEIRAS
A cenografia da exposição foi pensada para valorizar o ato de
brincar como expressão cultural e popular. Com uma proposta
inovadora, Lina rompeu com os modelos tradicionais de
exposição museológica ao criar um espaço acessível, interativo e sensorial
Os brinquedos foram dispostos em estruturas baixas, sem
vitrines, permitindo o contato direto com o público,
especialmente com as crianças, que eram tratadas como
protagonistas da experiência Os materiais utilizados como
madeira compensada e concreto remetem à simplicidade e
ao reaproveitamento, dialogando com a estética popular
brasileira
A organização dos brinquedos seguia critérios lúdicos e
sensoriais, e não necessariamente cronológicos ou temáticos,
criando uma ambientação poética e afetiva. Durante a
exposição o lago existente no Sesc Pompeia foi incorp
https://vitruvius co m br/revistas/read/ arquiteturismo/07 0 80/4932
Por que conhecer esta obra?
A exposição “Mais de Mil Brinquedos para a Criança Brasileira”, é uma obra de grande relevância cultural, histórica e arquitetônica
Ela transcende o simples ato de expor brinquedos, propondo uma reflexão profunda sobre a infância, a identidade nacional e o papel do design na formação de uma sociedade mais criativa e igualitária
Reunindo brinquedos populares de diversas regiões do Brasil, desde artefatos artesanais até objetos industrializados, incluindo também brinquedos indígenas e afro-brasileiros Com isso, constrói-se um panorama diverso e democrático da infância brasileira, valorizando a cultura
e revelando
a criatividade, os saberes tradicionais e a realidade social de um povo
Espaço de exposição
(Fonte: Alvaro Razuk Arquitetura)
Exposição Mais de Mil Brinquedos para a Criança Brasileira , Sesc Pompeia, de 9 de julho de 2013 a 2 de fevereiro de 2014 (Foto: Caio Romano Guerra)
popular
como o brincar pode expressar
Espaço de exposição (Fonte: Claudia Afonso)
Exposição Mais de Mil Brinquedos para a Criança Brasileira (Foto: Caio Romano Guerra)
Barquinhos de miriti flutuando no lago do Sesc Pompeia durante a exposição ( Foto: Caio Romano Guerra)
CASTELORÁ-TIM-BUM
Inspirada em estilos gótico, medieval e vitoriano, com um
toque de fantasia, ela foi construída nos estúdios da TV
Cultura usando materiais como madeira, tecido e papel
machê, criando um universo lúdico e acolhedor.
Os ambientes do castelo como a biblioteca, o quarto do
Nino, o laboratório de Tíbio e Perônio, e a torre da Morgana
foram pensados para encantar e educar Cada espaço tinha
uma identidade visual própria e contribuía para o conteúdo
pedagógico do programa, sempre estimulando a imaginação
das crianças por meio de cores, formas e objetos curiosos
Além do impacto visual, o cenário se tornou um verdadeiro
personagem da série, ajudando a criar uma atmosfera mágica
onde os episódios se desenrolavam. O sucesso foi tão grande
que, anos depois, o cenário foi recriado em exposições
interativas e adaptações teatrais, mostrando seu valor
O "Castelo Rá-Tim-Bum" foi um programa sucesso de audiência e crítica, considerado um dos melhores produtos audiovisuais da história da TV brasileira. Abordou temas relevantes, como diversidade étnica e racismo, de forma acessível para crianças Além disso, o programa contribuía para o desenvolvimento infantil, ensinando sobre cultura brasileira, folclore e impactando toda uma geração
Sala do castelo e a famosa árvore da cobra celeste (Fonte: Folha de São Paulo)
Bastidores do programa (Fonte: Folha de São Paulo)
Bastidores do programa (Fonte: Folha de São Paulo)
Cenário da cozinha (Fonte Folha de São Paulo)
Maquete utilizada na abertura do programa (Fonte: Revista Veja)
A cenografia inclui corredores extensos cúpulas e arcos profundos que reforçam o clima
A cenografia de Wicked chama atenção por não utilizar CGI na
maioria de seus cenários, apostando em construções físicas
que conferem ao filme uma atmosfera mais real e envolvente
Essa escolha valoriza a materialidade dos espaços e reforça o
papel da arquitetura como elemento narrativo A grandiosidade
da Cidade das Esmeraldas, a composição arquitetônica da
Universidade de Shiz e o campo real com mais de 9 milhões de
tulipas plantadas são exemplos de como o espaço construído
pode expressar emoções, reforçar temas e enriquecer a experiência cinematográfica.
Local:SkyStudiosElstree, Inglaterra
Cenografia:NathanCrowley
Anodeprodução:2022–2024
Estreia:22denovembrode 2024
Gênero:Fantasiamusical
Para saber mais, acesse:
Universal Pictures
Brasil - Wicked construindo
Casa Vogue - Por dentro dos cenários incríveis do mundo de OZ
Elle Decor - Tour pelo set de “Wicked”
Por que conhecer esta obra?
Conhecer a cenografia de Wicked é entender o papel fundamental do arquiteto na criação de cenários que não só embelezam, mas também contam histórias. O design de Crowley para o filme, com espaços como o campo de tulipas e a Universidade de Shiz, mostra como a cenografia física reforça a narrativa e intensifica a experiência do público O arquiteto, ao projetar esses espaços, cria uma conexão emocional entre o público e a história, fazendo com que o cenário se torne um personagem vital na trama Conhecer essa obra revela como a arquitetura pode ser usada para dar vida à narrativa e transformar um simples espaço em uma experiência imersiva
C E N O G R A F I A 12
A Cidade Esmeralda - Inspirada na White City da Feira Mundial de 1893, a cidade mistura neoclássico e art nouveau em uma escala monumental Incorpora alusões arquitetônicas a Louis Sullivan, Frank Lloyd Wright e muito mais (Fonte: Divulgação/Universal Pictures/Giles Keyte)
Biblioteca giratória de Shiz - Estantes reais que giravam durante a cena musical combinando cenografia com movimento coreografado (Fonte Divulgação/Universal Pictures/Giles Keyte)
Campo de flores de Munchkinland - Mais de 9 milhões de tulipas foram plantadas em um terreno de quase 7 acres para criar o cenário mágico da vila dos Munchkins (Fonte:Universal Pictures)
Floresta Oziana - Árvores moldadas de gesso estabelecem as bases para uma floresta ampliada por efeitos visuais (Fonte: Divulgação/Universal Pictures/Giles Keyte)
Universidade de shiz de Jon M Chus Wicked Inspirada em universidades europeias a Shiz mistura estilos italianos mouriscos e americanos
mágico e acadêmico do universo de Oz (Fonte Universal Pictures)
Conhecer a Praça da Matriz é importante para entender como o paisagismo pode valorizar a memória urbana e transformar espaços públicos em locais de convivência qualificados A reforma priorizou a acessibilidade, o cuidado com a vegetação existente e a criação de um ambiente agradável, unindo função social, beleza e respeito ao patrimônio histórico
Conhecer o Parque do Flamengo é fundamental para entender como o paisagismo moderno pode transformar a relação entre cidade e natureza Com formas orgânicas, áreas verdes amplas e integração com o entorno, o parque é um exemplo marcante de como o projeto paisagístico pode criar espaços públicos funcionais, belos e acessíveis.
Fotografia atual do Aterro do Flamengo
(Fonte: ArchDaily- Lota de Macedo Soares e o projeto do Parque do Flamengo) )
Fotografia da construção do Aterro do Flamengo (Fonte: Vitruvius- Parque do Flamengo, Rio de Janeiro – parte 2)
Planta do Aterro do Flamengo (Fonte: Vitruvius- Parque do Flamengo, Rio de Janeiro – parte 1)
JARDIMDECHUVA
ComopartedarequalificaçãodaAv SantoAmaro,foientregueumanova áreaverdecompostaporduaspraçasqueincluemjardinsdechuva Os jardinsajudamnadrenagemdaáguadachuvaemelhoramomicroclima local Aáreanaqualapraçafoiimplantadaéfrutodadesapropriaçãode umaquadra OespaçocontacomiluminaçãoemLED,calçadasacessíveise vegetaçãonativadaMataAtlântica,comoipêsdeváriascoreseoutras espéciesornamentais
Conhecer a obra é uma oportunidade de entender como soluções sustentáveis podem transformar o espaço urbano A obra integra jardins de chuva, vegetação nativa, acessibilidade e lazer, mostrando na prática como o urbanismo pode melhorar o microclima, reduzir alagamentos e valorizar a cidade.
A R Q U I T E T U R A D A P A I S A G E M
Fotografia do jardim de chuva localizado na Avenida Santo Amaro (fonte: Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras da Cidade de São Paulo)
Fotografia do jardim de chuva localizado na Avenida Santo Amaro (Fonte: Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras da Cidade de São Paulo)
Esquema do funcionamento de um jardim de chuva (Fonte Escritório Licuri Paisagismo)
SEHABHELIÓPOLIS
O projeto habitacional em Heliópolis substitui o tradicional modelo de torres isoladas pela tipologia de quadra europeia, com edifícios no alinhamento do lote e um pátio interno entre os edifícios
O conjunto possui 221 apartamentos e valoriza a integração entre edifício e rua, criando espaços de convivência Essa configuração reforça o pertencimento e a apropriação do espaço urbano
O terreno acidentado permitiu construções de até oito pavimentos sem a necessidade de elevadores. Para isso, foram criadas passarelas e pontes que conectam os blocos e aproveitam os desníveis Essa solução respeita a normas de inclinação máxima de rampas e aproveita todo o uso do lote
Parasabermais, acesse:
SehabHeliópolisBiseliKatchborian
Conjunto Habitacional Heliópolis-Galeria daArquitetura
Porqueconhecer essaobra?
OprojetoSEHABfazpartedo ProgramadeReurbanização deFavelasdaPrefeiturado MunicípiodeSãoPaulo A modulaçãocriaespaçosde qualidadeeversáteispara momentosdelazer O diferencialdoconjuntosão aspassarelasqueligamos edifícios
O projeto busca uma maior conexão com equipamentos
culturais e de serviços no entorno, através de um desenho
urbano que prioriza o transporte coletivo enquanto
potencializa as áreas culturais, esportivas e de lazer
Promovendo uma ocupação da avenida enquanto configura
uma barreira às margens do rio, o projeto redimensiona o
sistema viário, cria novas travessias para conexões, implementa ciclovia e faixa exclusiva de ônibus, melhorias na
iluminação pública e tratamento das calçadas
A reordenação da praça e do terminal rodoviário promove uma
melhor distribuição dos pontos comerciais e cria, a partir de
um redesenho da região, pequenas praças com equipamentos e mobiliários urbanos, como uma horta comunitária, um parque
infantil, áreas diversas para esportes, uma fonte lúdica, entre outros espaços
Arquitetos:
Natureza Urbana
Ano do projeto: 2018
Local: São Luís -
Maranhão
Área: 225 850 m2
Para saber mais, acesse:
https://naturezaur
bana.net/projetos
/terminal-e-
parque-urbano-
em-sao-luis/
Premiações:
Prêmio IAB
Maranhão 2021 -
Urbanismo,
Planejamento e
Cidade
Prêmio IAB Edição
Centenário –
Categoria
Urbanismo,
Planejamento e
Cidade
Finalista 9º
Prêmio de
em torno do Centro Antigo (Imagem: Meireles Junior - Natureza Urbana)
Parque(Imagem: Meireles Junior - Natureza Urbana)
Arquitetura
Instituto Tomie
Ohtake Akzonobel
SRC Design Award 2021
BUILD Architecture
Awards 2023 –
Best Urban Park
Design Project
UIA Guidebook for
the 2030 Agenda –
ODS 8 | Trabalho
decente e
crescimento econômico
Por que conhecer esta obra?
Os levantamentos sociais e análise da situação preexistente do local, contribuíram para o desenvolvimento de um projeto que atendesse as demandas e necessidades locais
(Fonte Meireles Junior - Natureza Urbana)
LADEIRADA BARROQUINHA
Levando em conta o patrimônio histórico edificado e
conciliando os diversos usos do lugar, o projeto da Ladeira da
Barroquinha tem um desenho orgânico que leva em conta os
diferentes fluxos, um grupo de pessoas que sai do terminal de
ônibus e vai em direção ao Centro Histórico e as pessoas que querem frequentar o comércio de couro artesanal - este, com
outro tempo
O desenho dessa grande escadaria é portanto, o resultado da organização dos usos; uma confortável escada contínua que
permite uma caminhada rápida que se desdobra em uma sequência de platôs que insinuam um caminhar mais lento
Os fluxos foram organizados em dois eixos: junto ao muro estão a rampa e uma escadaria contínua de degraus longos de três passadas, para acomodar os transeuntes que apenas querem atravessar o espaço No segundo eixo estão plataformas, como pequenas praças que dão acesso às lonas térreas (Imagem Ilana BesslerMetro Arquitetos)
Fluxo da ladeira (Imagem: Ilana Bessler - Metro Arquitetos)
O projeto começou com a transformação do cinema adjacente que depois avançou para o tratamento da escadaria da ladeira com a preocupação de limitar o número de vagas de estacionamento e a aumentar a área de encontros, como a que recebe mesas ao ar livre para a cafeteria do cinema (Imagem: Ilana Bessler - Metro Arquitetos)
Local: Salvador -
Bahia
Arquitetos: Metro
Arquitetos
Ano do Projeto: 2013-2015
Área: 244 000 m²
Área Construída: 2440,00 m²
Para saber mais, acesse:
https://metroarqu
itetos com br/proj
eto/ladeira-dabarroquinha/
Revista AU, N° 260, novembro de 2015
Por que conhecer esta obra?
A capacidade de respeitar os diferentes fluxos e o patrimônio histórico edificado, é um exemplo de como a arquitetura pode atuar em locais com construções antigas e históricas
S E N H O U R B A N O
(Fonte: Ilana Bessler - Metro Arquitetos)
REABILITAÇÃOURBANA DEALTODEBOMBA
A reabilitação urbana de Alto de Bomba é uma intervenção
feita pelo projeto OUTROS BAIRROS, projeto criado pelo governo
de Cabo Verde, com a intenção de reabilitar locais auto
construídos da região.
A intervenção mudou completamente o Alto de Bomba, que
antes era conhecido por ser um local com vias de terra, se
tornou muito mais acessível e organizado As ruas e passagens
foram feitas com a mão de obra local, de moradores do próprio
Alto de Bomba, e o levantamento foi feito com auxílio de estudantes de arquitetura
Parte da reabilitação (Imagem: Archdaily)
A atuação para o terreno só é possível pelo reconhecimento da malha urbana existente, mesmo sabendo do estado físico precário como preexistência que estrutura as relações sociais (Imagem Archdaily)
Área de intervenção após a conclusão da fase 3 a reabilitação do espaço público de Alto de Bomba afetando mais 89 habitações (Imagem: Archdaily)
Local: Mindelo -
Cabo Verde
Ano do Projeto: 2021
Arquitetos: Outros
Bairros
Área: 6965 m²
Para saber mais, acesse:
https://www archd
aily.com.br/br/945
781/reabilitacao-
urbana-de-alto-
de-bomba-
outros-bairros
http://www youtub
e.com/@OutrosBai
rros
https://espacodea
rquitetura.com/e
mpresas/outrosbairros/
Por que conhecer esta obra?
O projeto mudou completamente o ambiente, trazendo uma nova realidade para o local Ver como um projeto de arquitetura pode ir além de somente casas e prédios e que pode causar um impacto tão grande na vida de uma região é extremamente necessário
Por meio dos resultados da pesquisa feita pelos alunos, foi gerado o gráfico abaixo.
A pesquisa teve como público-alvo pessoas de 18 a 30 anos que não tinham o conhecimento das possíveis áreas de atuação de um arquiteto e urbanista. Cada aluno entrevistou 3 pessoas, apresentando para esse públicoalvo um questionário com as seguintes perguntas:
"O que faz um arquiteto e urbanista?"
"Como essa prática interfere no seu dia a dia?".
Classificamos as respostas recebidas em grandes temas, indicados no gráfico abaixo. É possível observar diferentes impressões que o público-alvo tem sobre a atuação de arquitetos e urbanistas.
*Pesquisa realizada com 96 pessoas
CONSIDERAÇÕESFINAIS
A partir das impressões iniciais observadas os alunos elaboraram esta cartilha com o intuito de apresentar referências que pudessem mudar suas perspectivas sobre o assunto A cartilha foi então apresentada às mesmas pessoas entrevistadas e ao final solicitamos respostas a um formulário. Grande parte do público-alvo informa que foi impactada de alguma forma após a leitura da cartilha, ou seja, passaramaenxergaroassuntodeoutra forma.
Vocêleuacartilha?
Quaiscategoriasmaischamaramsuaatenção?
Requalificação(Retrofit)eRestauração
Dentreostemasapresentados, oquemaischamouatençãofoi cenografia – acreditamos que issosedeveaofatodeseruma área menos conhecida Em contrapartida o tema desenho urbano foi o que menos chamou atenção, possivelmente pelo fato de cerca de 15% dos entrevistados já terem algum conhecimento sobreessetema.
Idade?
Além dos gráficos, tivemos duas perguntas dissertativas Das 59 respostas ao formulário, tivemos oseguinteretorno: