MEMORIÁFRICA MEMORIÁFRICA
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Produzido por PATRICIA SANTOS & ANA CARLA PINHEIRO
Orientação
Barbara Szaniecki
Contatos
PATRICIA SANTOS
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ANA CARLA PINHEIRO
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Conteúdo e Projeto gráfico desenvolvidos na disciplina Projeto de Comunicação 2, na Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI | UERJ)
Rua do Passeio, 80 — Centro
20031-040 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2332-6910
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caminho já está completamente escuro. É o tipo de passagem que dá medo de seguir em frente quando a noite cai. A Mauá por outro lado estava lotando cada vez mais...
O Cais do Valongo era o principal ponto de desembarque e compra e venda de negros escravizados no Brasil. Ao longo do tempo, foi aterrado duas vezes na tentativa de encobrir o passado vergonhoso do país.
Durante as obras de revitalização do Porto Maravilha, o Cais foi redescoberto. Além dele, foram encontrados também outros resquícios do Brasil escravagista, que haviam sido soterrados durante os processos anteriores de “progressismo” da cidade. Hoje o Valongo é considerado sítio arqueológico, nomeado Patrimônio da humanidade pela UNESCO. Devido à história, a região portuária recebeu o nome de Pequena África.
É esquisito pensar que essa região também faz parte do Porto Maravilha. Não entendo porque um lado realmente é tratado pelo governo como “maravilha”, enquanto essa região não parece ser tão maravilhosa assim. Aqui também tem museus! O Centro Cultural Pequena África, o IPN Pretos Novos, o MUHCAB... Com certeza se o governo olhasse para cá como olha para o outro lado do ‘Porto Maravilha’, esse lugar também seria um grande atrativo turístico, afinal, ele tem muita história para contar.
Assim que a gente desceu pro Cais, eu senti um ambiente pesado. Não me deu vontade de ficar ali por muito tempo. Por um momento, vieram umas imagens na minha mente e eu só queria de alguma forma impedir o passado de acontecer. — Júlia Oliveira
Pedra do salLargo da prainha
Valongo: do Latim, ‘Vale longo’. A palavra foi ressignificada após nomear os locais de desembarque de negros escravizados, recebendo um caráter negativo.
A renúncia do termo ‘Valongo’ em favor de outro termo valorizativo para nomear a região do Cais, é um ato de resistência.
sado, porém praticamente abandonadas pelo poder público.
vos, hoje existe um memorial e o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos — áreas que relembram mais o -pas
Onde havia o Cais do Valongo e o Cemitério dos Pretos -No
vista sob “lentes cor-de-rosa” pelo poder público e -“maque ada” com relação ao seu passado histórico.
com seus famosos museus — uma área mais privilegiada,
Onde havia a Praça da Prainha hoje existe a Praça Mauá
cando e suas microrregiões passaram a receber diferentes níveis de atenção pelo poder público.
O porto imperial — hoje chamado Porto Maravilha — era o principal local de desembarque de africanos escravizados no Brasil. Com o passar dos anos a região foi se -modifi
maior arranha-céu da América Latina.
Ao longo dos séculos, a região do porto foi palco de outras transformações arquitetônicas importantes que embasaram esse discurso progressista. Por exemplo, a construção do Edifício A Noite, em 1927, na época de sua inauguração, o
Praça Mauá, museus com “cara de futuro”, dentre outros atrativos turísticos.
O projeto Porto Maravilha surgiu, em 2014, trazendo um discurso de ressignificação e reestruturação urbana, que transformou toda a zona portuária, originando uma nova
fazendo fotografias, patinando, e tem até gente pescando na Baía, na parte de trás do Museu do Amanhã.
Como hoje é dia de gratuidade no M.A, tem muita gente por aqui. Vejo alguns grupos de alunos de escolas públicas, famílias, grupos de amigos e casais... Pessoas de todas as idades. Todos param para tirar fotos na frente dos Museus ou sentados na frente da Baía. Percebo que a praça tem diversos usos, é um ponto turístico que dá acesso aos museus, mas também é um local de -des canso para quem trabalha perto daqui. Algumas pessoas estão
Saí do VLT e andei na frente do MAR, dos prédios da Marinha e rodeei o M.A. Sei que toda essa área faz parte do Circuito de -Me mória Africana, mas por incrível que pareça, só encontrei uma -pla ca falando sobre isso. Talvez os turistas nem saibam direito sobre a história daqui.
Dei uma volta por toda Mauá.
está bastante movimentada. Ainda no VLT, vi um grupo de turistas estrangeiros que vinham para o Museu do Amanhã. Agora aqui sentada próximo ao museu, vejo muito mais deles. -Pare cem se sentir em casa, talvez por estarem em um ambiente meio parecido com tantos outros na Europa e Estados Unidos.
Apesar de estar nublado e de vez em quando cair alguns chuviscos, a região da Praça Mauá
Terça-feira, 11/04/2023 13:00h