Revista zine Memoriáfrica - lado maravilha

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MEMORIÁFRICA MEMORIÁFRICA

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MEMORIÁFRICA

MEMORIÁFRICA, 2023.

Produzido por PATRICIA SANTOS & ANA CARLA PINHEIRO

Orientação

Barbara Szaniecki

Contatos

PATRICIA SANTOS

@patricia.s2_

www.behance.net/patriciasportfolio

www.linkedin.com/in/patricia-santos2

ANA CARLA PINHEIRO

@anips

www.behance.net/anapds

www.linkedin.com/in/anapds

Conteúdo e Projeto gráfico desenvolvidos na disciplina Projeto de Comunicação 2, na Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI | UERJ)

Rua do Passeio, 80 — Centro

20031-040 – Rio de Janeiro – RJ

Tel.: (21) 2332-6910

www.esdi.uerj.br

Área

Terça-feira, 11/04/2023 13:00h

Apesar de estar nublado e de vez em quando cair alguns chuviscos, a região da Praça Mauá está bastante movimentada. Ainda no VLT, vi um grupo de turistas estrangeiros que vinham para o Museu do Amanhã. Agora aqui sentada próximo ao museu, vejo muito mais deles. Parecem se sentir em casa, talvez por estarem em um ambiente meio parecido com tantos outros na Europa e Estados Unidos.

MARAVILHA
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ESTAMOS NA PEQUENA ÁFRICA?

ESTAMOS NA PEQUENA ÁFRICA?

Dei uma volta por toda Mauá. Saí do VLT e andei na frente do MAR, dos prédios da Marinha e rodeei o M.A. Sei que toda essa área faz parte do Circuito de Memória Africana, mas por incrível que pareça, só encontrei uma placa falando sobre isso. Talvez os turistas nem saibam direito sobre a história daqui.

Como hoje é dia de gratuidade no M.A, tem muita gente por aqui. Vejo alguns grupos de alunos de escolas públicas, famílias, grupos de amigos e casais... Pessoas de todas as idades. Todos param para tirar fotos na frente dos Museus ou sentados na frente da Baía.

Percebo que a praça tem diversos usos, é um ponto turístico que dá acesso aos museus, mas também é um local de descanso para quem trabalha perto daqui. Algumas pessoas estão fazendo fotografias, patinando, e tem até gente pescando na Baía, na parte de trás do Museu do Amanhã.

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O projeto Porto Maravilha surgiu, em 2014, trazendo um discurso de ressignificação e reestruturação urbana, que transformou toda a zona portuária, originando uma nova Praça Mauá, museus com “cara de futuro”, dentre outros atrativos turísticos.

Ao longo dos séculos, a região do porto foi palco de outras transformações arquitetônicas importantes que embasaram esse discurso progressista. Por exemplo, a construção do Edifício A Noite, em 1927, na época de sua inauguração, o maior arranha-céu da América Latina.

A Noite Museu do Amanhã

VALONGO MARAVILHA?

LENTES COR-DE-ROSA?

O porto imperial — hoje chamado Porto Maravilha — era o principal local de desembarque de africanos escravizados no Brasil. Com o passar dos anos a região foi se modificando e suas microrregiões passaram a receber diferentes níveis de atenção pelo poder público.

Onde havia a Praça da Prainha hoje existe a Praça Mauá com seus famosos museus — uma área mais privilegiada, vista sob “lentes cor-de-rosa” pelo poder público e “maqueada” com relação ao seu passado histórico.

Onde havia o Cais do Valongo e o Cemitério dos Pretos Novos, hoje existe um memorial e o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos — áreas que relembram mais o passado, porém praticamente abandonadas pelo poder público.

Todo o Porto é tratado como Maravilha?

Todo o Porto é tratado como Maravilha?

otnemitsevni od onrevog ?iuqa
oêdac
Todo o Porto é tratado como Maravilha? Todo o Porto é tratado como Maravilha? um lugar querido pelo p o der p úblico

A renúncia do termo ‘Valongo’ em favor de outro termo valorizativo para nomear a região do Cais, é um ato de resistência.

A palavra foi ressignificada após nomear os locais de desembarque de negros escravizados, recebendo um caráter negativo.

Valongo: do Latim, ‘Vale longo’.

VALONGO?

memoriáfrica

Assim que a gente desceu pro Cais, eu senti um -am biente pesado. Não me deu vontade de ficar ali por muito tempo. Por um momento, vieram umas imagens na minha mente e eu só queria de alguma forma -impe dir o passado de acontecer.

Pedra do sal

Largo da prainha

também seria um grande atrativo turístico, afinal, ele tem muita história para contar.

Pequena África, o IPN Pretos Novos, o MUHCAB... Com certeza se o governo olhasse para cá como olha para o outro lado do ‘Porto Maravilha’, esse lugar

É esquisito pensar que essa região também faz -par te do Porto Maravilha. Não entendo porque um lado realmente é tratado pelo governo como “maravilha”, enquanto essa região não parece ser tão maravilhosa assim. Aqui também tem museus! O Centro Cultural

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esembarqueD

escravos no

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aisc oD

ado Patrimônio da humanidade pela UNESCO. Devido à -his

cidade. Hoje o Valongo é considerado sítio arqueológico, -nome

rados durante os processos anteriores de “progressismo” da

tros resquícios do Brasil escravagista, que haviam sido -soter

Além dele, foram encontrados também -ou

foi redescoberto.

Durante as obras de revitalização do Porto Maravilha, o Cais

o passado vergonhoso do país.

do tempo, foi aterrado duas vezes na tentativa de encobrir

compra e venda de negros escravizados no Brasil. Ao longo

O Cais do Valongo era o principal ponto de desembarque e

eD
tória, a região portuária recebeu o nome de Pequena África. aisc oD
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PEQUENA ÁFRICA
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de Pequena Áfri ca

a região portuária recebeu o nome

Devido à história,

VALONGO

até o Cais do Valongo. Ainda nesse horário, o caminho já está completamente escuro. É o tipo de passagem que dá medo de seguir em frente quando a noite cai. A Mauá por outro lado estava lotando cada vez mais...

ÁREA
MEMORIÁFRICA, 2023. Produzido por PATRICIA SANTOS & ANA CARLA PINHEIRO Orientação Barbara Szaniecki Contatos PATRICIA SANTOS @patricia.s2_ www.behance.net/patriciasportfolio www.linkedin.com/in/patricia-santos2 ANA CARLA PINHEIRO @anips www.behance.net/anapds www.linkedin.com/in/anapds Conteúdo e Projeto gráfico desenvolvidos na disciplina Projeto de Comunicação 2, na Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI | UERJ) Rua do Passeio, 80 — Centro 20031-040 – Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21) 2332-6910 www.esdi.uerj.br

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