Ata Assembleia Extraordinária 31/05/2016

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Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira Ata Assembleia Geral Extraordinária Data: 31/05/2016 Horário: 20h00 – 01h00 Mesa da assembleia: Samyah, Cebola e Folha

Local: Salão de Eventos

Pautas: 1. Mobilizações Recentes; 2. Greve dos Estudantes

Informes: 1. sexta-feira, dia 03/05, vai acontecer um ato contra a cultura do estupro, vai sair 12h da praça XV; 2. dia 18/06 vai acontecer a marcha da maconha; 3. reunião para organizar o ato das mulheres contra o temer; 4. Piracicaba paralisada hoje; Ribeirão paralisada hoje e manifestou apoio, mais de 83% dos cursos estão mobilizados 5. Festa do brega acontecerá sexta-feira; 6. Ufscar pede apoio a mobilização. Tiveram uma assembleia com mais de 2000 estudantes e tiveram paralisação. Pautas: contra o governo golpista e contra os cortes da educação. Levar o debate para fora da universidade de São Paulo; 7. Audiência Pública para discutir a violência no entorno do campus. 18h30 na sala das sessões. 8. quinta-feira. 02/05, vai ter paralisação do SINTUSP. Fala de Abertura da Mesa Na última assembleia que ocorreu no dia 19/05. Eixos políticos que foram decididos: aumento do repasse do ICMS, em defesa de uma universidade publica, gratuita e de qualidade, por cotas étnicoraciais e sociais. Decidido a reativação do comitê de mobilização, dia de paralisação e assembleia para o dia 31/05. Ocupação dos secundaristas para mudar o posicionamento do governo com as medidas da educação. O contexto de fora é importante para ressaltar que tem vindo uma política grande que ataca diversas escolas públicas e o ensino de qualidade. Temos que ficar espertos para não perdermos o nosso direito. Fala do Comitê MobilizaCAASO Foi tirado na última assembleia um calendário para ter uma discussãoo no campus sobre isso, para as pessoas entenderem o que está acontecendo. O comitê trabalharia para realizar essas atividades. O comitê foi divido em três frentes: atividades (responsável pelas atividades de hoje), comunicação (atingir os estudantes fisicamente e pela internet) e a comissão dos piquetes (para construir o dia da paralisação. Tivemos roda de conversa com as SA’s para se aproximar com os estudantes, e discussão sobre as reinvindicações e também sobre as mobilizações recentes. Ontem a noite teve uma reunião do comitê grande na qual foi organizado o dia de hoje baseado com as rodas de conversa e nas informações das SA’s. A ideia da paralisação foi ter um debate importante e qualificado dentro do campus. Teve um debate hoje com 4 professores, estudantes e alunos sobre o futuro da educação, os professores da ADUSP tiraram greve e o SINTUSP também tirou greve. Com todas as atividades o comitê conseguiu cumprir com o que foi proposto e aumentar o debate no campus, trazendo uma assembleia cheia e qualificada. Ficamos muito felizes de ver esse Salão de Eventos lotado.

CENTRO ACADÊMICO ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA – CNPJ: 59.622.605/0001-67 AV. TRABALHADOR SANCARLENSE, Nº 400 – CEP: 13566-690 – SÃO CARLOS – SP TELEFONE: (16) 3371-9699 RAMAL: (16) 3373-9654


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Repasse da conversa que teve no curso. Então trouxeram uma carta para mostrar o posicionamento. Foi discutido os pontos da assembleia anterior e contou com muitas pessoas do curso. Discussão em torno do pagamento de mensalidade, com aspectos contra e a favor. Unanimidade sobre a auditoria das contas da USP, precisamos saber como a USP chegou a esse ponto e quais foram os reais problemas. Aumento do repasse do ICMS precisaria do respaldo da auditoria, questionamento da aplicabilidade dessa questão tendo em vista que isso tiraria verba de algum outro investimento.

1. Mobilizações Recentes •

Visão prática da creche. Falta de verba. Custo de um aluno na creche da usp x custo em outras universidades paulistas. Enquanto a USP quer acabar com a creche e não abre a seleção já faz dois anos. Ao invés de atender 90 crianças está atendendo apenas 64. O problema da creche é a folha de pagamento e a USP investiu dinheiro nas pedagogas com pesquisas e especializações, entretanto elas não são registradas como educadoras e sim como técnicas administrativas. Com o fechamento da creche a USP vai ter prejuízo financeiro com todo o investimento que foi feito e o quadro de funcionários não desaparece e estaria trabalhando com desvio de função, aumentando inclusive os gastos com a creche. Além da questão de alunos não terem acesso a creche, a USP ta pegando um patrimônio imaterial e jogar fora com o fechamento da creche. Na próxima reunião do CO provavelmente será anunciado o fim da creche, se nada acontecer, daqui 3 anos não teremos creche nem escola de aplicação na USP. Parabenização ao CAASO e a assembleia. Todos os assuntos falados até agora foram economia. Até agora se recusam a utilização de economia solidária. Peço que pensem no processo de autogestão. Esse país é muito rico e somos roubados, prejuízo ambiental enorme. Educacão cosmopolita de Paulo Freire é o que precisamos ter. Tenho observado que por mais que sejam nobre as propostas reinvindicadas todas se barram na questão orçamentária. Greve um antibiótico que deve ser usado apenas em último caso. Temos que reinvindicar coisas pequenas que façam a diferença. Repasse de conversa da roda da SAPA (ambiental). Foram dois momentos bem positivos. Foi levantado questionamentos em relação as metodologias que são usadas para que o movimento estudantil se renove de uma maneira que não se gere um desgaste e que tenha um debate democrático. Em geral a ambiental ta apoiando o movimento mas com o pedido de se repensar as metodologias. Temos uma crise na USP que não fazemos ideia por falta de transparência. O Zago se usa disso para empurrar medidas que vão levar ao sucateamento da universidade. Nao temos como cobrar isso dele sem se unir e termos força para falar “não”. As greves são um claro “não”. Estou aberto a outras propostas que possam incomodar o Zago da mesma maneira, mas eu por enquanto não vejo isso. Quem veio no debate viu a questão do reajuste. O problema e que a usp nao abre as contas, mesmo diante de um tribunal. Tem um bilhão investidos em “outros investimentos”, mas nao tem nada pro bandejão, nao tem nada pra creche. Esse

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momento no brasil nos vemos um pais indo pro brejo, a universidade indo pro brejo e nao temos as redias, afinal, essa e a universidade menos democrática e com acesso restrito. “Os dias mais bonitos vao ser aqueles que a gente lutou”. E a hora de modificar o nosso destino. Discutir sobre a validade dos meios que estão sendo utilizados. Pensar muito bem antes de sobre deliberar e impor aquilo o que a gente acha correto. Tomar cuidado que na hora de lutar pelos direitos, não serem aqueles que tirem os direitos dos outros trancando as salas de aula. Estou aqui por dois motivos: manifesto de repúdio a qualquer atitude que o CAASO pode vir tomar; muita gente gosta de colocar a liberdade em qualquer lugar, você ir contra a liberdade de alguém é como fazer uma agressão física. Eu não concordo que os fins justificam os meios. Ponto crucial é a racionalidade. Ela diferencia o ser humano de qualquer outro animal, o colega de vocês também é portador de racionalidade. Se você tem uma ideologia você tem o direito de conversar e convencer o colega sobre seus pontos, mas quando você impõe você desconsidera que as pessoas como seres humanos são portadoras de racionalidade e é a mesma coisa como trata-las como bixos. “Educar é tornar o homem consciente de si mesmo (...)” esse espaço é quando a gente se educa e quando a gente se forma. Não podemos deixar esse projeto de universidade que está se colocando se concretizar. Eu não quero ser comercializada nem que a universidade seja com intuito de produzir mercadorias. Esse espaço não produz nada para o mercado e só com uma universidade pública podemos defender eles até o final. É muito triste que a crise se reflita na educação. A universidade estadual do RJ está fechada por falta de verba e desde então a universidade não consegue abrir as portas. Hoje pude participar da roda de conversa no curso e da assembleia, concordo com todas as pautas e precisamos fazer algo para que seja modificado. Se a nossa luta pela educação, nosso maior exemplo deve ser feito dentro das salas de aula. Desconheço outros meios de reinvindicação que não seja a greve. Se estamos lutando pela educaçãoo, porque devemos abrir mão das aulas? Vale a pena ressaltar que num momento de decisão como esse temos momento de dilema e dicotimia. Como mudar a sociedade? Como a sociedade trabalha em prol de si próprio? Como pensar isso no escopo da universidade? Momento de reflexão de cada um tendo em vista essa perspectiva. Pensar que ambos os lados tem aspectos contraproducentes. Havendo greve isso vai afetar profundamento o planejamento que temos na educação. Vale a pena pensar que se não houver algum tipo de medida podemos comprometer esse tipo de planejamento dos próximos jovens que estão por vir. IFSC – o cefisc organizou uma reunião aberta ontem para conversar sobre a paralisação e foram umas 80 pessoas (um número grande de alunos para o curso). Se até o IFSC já está nessa ‘vibe’, fica de indicativo para os outros institutos. Estamos aqui hoje para votar contra ou a favor da greve. O que eu penso de uma greve: uma ferramenta poderosa e deve ser massiva e curta. Gostaria de fazer um pedido aos contrários a greve para respeitar isso que em pouco tempo tudo volta ao normal. Pedir também aos favoráveis à greve pensar em propostas realistas para uma greve que seja efetiva.

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Temos que lembrar que não estamos dentro de uma bolha. Somos conduzidos por projetos de pessoas que regem a faculdade o país, isso tudo. Sobre o governo federal para lembrarmos: incorporação do ministério da cultura ao ministério da educação; verba voltada para votação sem um mínimo. Para os futuros pós-graduandos, que pensem que se não tiverem bolsas, além de trabalhar de graça, vão pagar para trabalhar. Chamar a galera pra estorar a bolha e nos posicionarmos mais. Não podemos ficar na bolha da USP. Temos que lutar por tudo que está acontecendo. Tem um movimento nacional contra todos os retrocessos, não podemos ficar parados. Pressão para o retorno do ministério da cultura funcionou. UNESP e UFSCar está mobilizada. Corte de relações com outros países europeus por considerarem um governo ilegítimo. Retornar o debate sobre cotas raciais e sociais indissociáveis. É muito importante que o movimento estudantil crie uma comissão para pensar proporcionalmente uma política de cotas para cada curso e que esse assunto não seja esquecido. Permanência. Desde que entrei em 2013 houve vários cortes. Eu preciso da permanência para estar aqui, eu quero me formar e preciso dela para isso. Muitas pessoas questionam a auto gestão do alojamento. A maioria da USP não tem acesso a universidade, e o que tem é discriminado e excluído. É difícil para a gente não ter acesso. Vocês querem ter o diploma? De que adianta ter um diploma se a USP não passa mais no MEC. Vocês tem que perceber que a universidade está desmontando. Se for um diploma que vocês querem, procurem uma escola particular, a universidade pública tem a responsabilidade de formar pessoas para além do meio acadêmico. Ressaltar o caráter autoritário do piquete e que a pauta aqui não é política nacional. Estamos aqui sobre crise financeira: não vi um cálculo sobre a receita da USP que vem majoritariamente do ICMS, e a economia do Brasil está caindo que afeta diretamente o orçamento da USP. Não podemos ignorar o mercado porque se ele for mal a universidade não vai ter verba. Falta o incentivo da iniciativa privada. Sugiro votação por urna durante uma semana mantendo as rodas de conversa. Quando o CAASO organiza espaços de debate/conversas poucas pessoas comparecem, menos de 1% dos alunos. Quem ta tirando seus direitos é o Zago não o CAASO. Acabamos de passar por um golpe no país. Tentamos e deu certo o espaço está cheio hoje. Vivemos um cenário a nível nacional e estadual de governos muito instáveis. Esse é o momento de garantirmos o nosso direito enquanto cidadãos. Temos a oportunidade de unificar a todas as lutas que estão travando no cenário atual (federais, estaduais, mulheres, lgbt). No fundo, enquanto estudantes da USP, conseguimos colocar na pauta do dia a Educação. Se queremos defender a educação, temos que nos associar aos outros movimentos. Precisamos ir para as ruas e colocar as nossas pautas e barrar os cortes e ajustes fiscais. Falaram muito bem! Quem ta tirando nossos direitos não é o CAASO/SA’s e sim a burguesia. Estudei em escola pública a vida inteira e nunca tive o direito de estudar, não tínhamos meios de manifestações. Agora a gente está obtendo. Venho defender dois pontos: cotas e bolsas. Simplismente cortaram a bolsa de cultura extensão e ensinar com pesquisa e unificaram as bolsas.Você não consegue se inscrever. Foram cortadas 2400 bolsas. Eu mesmo jea tive que trancar 2x o curso porque tive que trabalhar. O piquete

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está longe de ser a melhor metodologia. Já esgotamos todas essas possibilidades. Quem precisa da permanência estudantil está presente, os outros não estão aqui porque não precisam disso. Precisamos de permanência na nossa universidade. Sabemos que o país e a USP está numa crise imensa. Até quando nossa greve iria? Quais pontos parariam nossa greve? Se conseguirmos todos os pontos a crise na USP e a crise no país seria solucionada? A greve atrapalha muito. Pensar que a sociedade paga nosso tempo aqui, mostra que temos uma dívida com a sociedade e esquecer disso. Ter USP deficitária é algo muito triste – menos alunos, menos professores, mais cortes. O que vamos fazer enquanto estamos aqui? O que vamos fazer quando sairmos daqui? O direito de ir e vir para mim nunca existiu por eu ser mulher. Ninguém tem uma resposta mágica do que fazer com a universidade. Por isso temos que parar para pensar. Precisamos que essa pauta seja prioridade máxima. Por isso fazemos de tudo para que essa mobilização aconteça. A luta contra a retirada dos diretos lgbt’s e das mulheres não forem prioridade. A educação não é feita apenas na sala de aula ela é feita na rua, enquanto isso não estiver acontecendo não estaremos cumprindo nosso papel no mundo. Como as pessoas tem uma seletividade ao se indignar. Não vejo as pessoas se indignarem com os funcionários, demissão sem aviso prévio, condições de serviço. Proporção racial desse corpo estudantil. Quantos negros temos aqui? A população negra desse país não tem direito a vida! Não é falar de USP é falar de vida! Essa mentalidade que temos olhando para nosso próprio umbigo. Enquanto não tomarmos vergonha na cara vai ter gente achando bonito protestar contra a corrupção com a camiseta da cbf. Agradecer todo mundo. Participei dos piquetes hoje e to vendo gente que conversei aqui na assembleia. Muitos disseram da sua liberdade individual, vocês tem o direito de ir e vir só é possível porque estamos num espaço público. Ao invés de lutar pelos direitos individuais precisamos lutar pelo direito coletivo da educação. Vi muitas pessoas falarem sobre o ICMS. A solução parece óbvia com o aumento do orçamento. As camadas mais pobres são os que pagam mais imposto nesse país. Cada produto que é comprado tem uma porcentagem de imposto nisso. Isso recai a principio sobre a população mais pobre que paga esse imposto. Qual a atitude que vamos tomar vamos discutir na assembleia. Sabemos que a USP está mais transparente. Dados do site de transparência. Com a paralisação 900 mil reais foram gastos nesse dia de paralisação. Isso corresponde a 65% do orçamento anual da creche. Mesmo assim a USP aumentou o investimento em permanência estudantil. Quanto ao piquete questiono a forma como foi utilizada. Se a greve for aceita aqui vai ser legítima e não obrigatória. Sabemos que o Brasil está em recessão econômica por causa da crise atual e também por causa da inflação. Queremos aumentar esse repasse, mas vamos tirar de onde? Haverá aumento da carga tributária. E quanto maior for a carga tributária, menos comida terá na mesa dos trabalhadores. Quais problemas estamos passando e quais são as propostas de resolvê-los Não tem como desvincular o externo do interno. Eu como mulher tenho sofrido vários ataques pelo governo temer: representatividade e alexandre frota. A questão da violência contra a mulher tem sido debatida entre as estudantes, mas é difícil questão

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prática. Já conversamos com os dirigentes mas sentimos falta de um apoio para lgbt’s, negros e mulheres, além das mães. A questão da creche é muito importante. Violência é sofrer assedio moral por não conseguir estar dentro da universidade! Se a política está tão ruim é porque nos afastamos dos espaços políticos. Precisamos ocupar a política, participar dos espaços, ter liberdade. Compromisso histórico do país por lutar uma universidade mais justa. Tenho acordo que precisamos entender qual o problema real da universidade: hoje a universidade gasta mais que arrecada. Temos duas opções, ou reduzir o tamanho da universidade ou ganhar mais dinheiro para a universidade. Precisamos colocar os debates reais: dívida pública que consome 50% dos orçamentos e reforma do sistema tributário. É importante que tenhamos uma universidade mais acessível e não precária. Filho de pais da classe trabalhadora que viveram na ditadura e estudaram em escola publica de qualidade. Emque momento as escolas foram de boas para ruim? Orcamento ta apertado ou sera que vem de projeto politico, de prioridade, de vontade? Queremos um projeto politico que vise educação publica de qualidade e que nao venha com o discurso de que o que falta e dinheiro. Temos o dever de mostrar pro brasil que essa universidade e nossa e vamos defende-la a torto e a direito. Estou aqui desde 93, eu trabalhava no laboratório, vi muitas greves acontecerem. O estado democrático veio da revolução. Nos somos os soberanos, nos temos que fazer a diferença, mostrar pro governo que temos forca. Gostaria que vocês se unissem em prol do estado de direito. Queria explicar o momento politico da USP. Percebemos que os reitores tem uma politica ne-liberal que ataca os direitos dos estudantes, funcionários e professores. Ja tivemos greves vitoriosas, temos ocupações em vários estados, o momento esta radicalizado, primavera feminista, o campus nao pode ficar pra tras. Cursos em greve. Temos que radicalizar o movimento, pensar bem, mas que seja propositiva, coerente e consequente. O que ta acontecendo na usp nao aconteceu por acaso, e um projeto. Nao vamos aceitar que esse projeto caia sobre os trabalhadores. Queremos taxacao de grandes fortunas, auditoria da divida. A creche que esta sendo cortada custa menos do que o café que se consome na usp. O HU tem um orçamento menor do que a reitoria da USP. Se e pra enxugar vamos enxugar a reitoria, abrir as contas. Zago nao ta admitindo a abertura das contas, o golpe vem do Zago. Disvinculacoes, precarizações , nao vamos aceitar nenhum retrocesso a mais e nenhum direito a menos. O plano de desmonte vem de longe. A gente nao escolheu a reitoria, nao elegeu os diretores, nao participamos de nenhuma decisão que trouxe a crise. E nao participamos da decisão de como acabar com a crise. Temos vários ataques concretos, e nao so na USP. Temos cursos mobilizados em defesa da universidade. Temos que garantir que a qualidade do ensino avance, que as pessoas consigam entrar na universidade. Temos que tirar uma luta unificada. Se nao atinge hoje, vao atingir amanha. Reinvindico a greve, a paralisação como instrumentos. Temos que mostrar que existimos e que lutamos. A creche faz pesquisa (99 artigos em 2 anos), extensão (varias creches da rede municipal usam como exemplo), ensino (da educação básica, direito da criança) e assistência (sem vagas muitos nao conseguem permanecer aqui. Quando você fecha a creche você atinge

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as crianças, os funcionários da creche (que precisam ser transferidos) e os pais. Nao e uma questão orcamentaria. Ano passado alguns professores estavam ganhando mais do que governados, e nao se falava de reduzir o salario deles porque era 1%. Mas a creche representa 0,4%. Alguns pais entraram com liminar, e um juiz estava concedendo liminar, mas ja deu pra tras e nao esta mais deixando crianças entrarem. Entramos com uma investigação e nao obtivemos resposta ainda. Algumas pessoas so vem pras aulas e nao ta nem ai porque a sociedade esta pagando pra gente estudar, so quer um diploma, nao vai nem gerar empregos quando se formar. O que a universidade espera da gente? Aqui nao esta saindo so o pessoal mais capacitado do pais, esta saindo também os lideres desse pais, seja de empresas seja de setor publico. Temos que sentar pra discutir, e estamos tentando discutir ha muito tempo, e se foi necessário usar piquete, se for necessário greve, paralisação pra conseguir sair com alguma vitória, precisamos fazer sim. “nao posso estar la pois tenho medo” foi o que me disse uma auxiliar de limpeza poucas horas antes da assembleia, apos ser convidada. Ela fez alguns relatos pra eu ler, ela trabalha ha 3 anos e falou que no ICMC eram 24 funcionarios da limpeza e agora tem 9. Quando 1 falta, o surpevisor aumenta a jornada de trabalho dos que nao faltaram e nao pagam hora extra. Falou também do abuso da hierarquia, nao pode nem usar celular durante o serviço. A precarização precariza e silencia a classe trabalhadora e esta acontecendo aqui na univerdade. Os piquetes fizeram com que varias opiniões diferentes fossem expostas. Nunca vi uma assembleia tao cheia. Greve, paralisação e piquete foram causas que trouxeram as pessoas pra ca. A gente nao ta interessado so em se formar, quero fazer uma universidade melhor pros secundaristas. Nosso inimigo estão no poder.

Votações: EIXOS POLÍTICOS: Pelo fim dos contratos das empresas terceirizadas pela manutenção da qualidade dos serviços do RU, de transporte e de limpeza – aprovada por constraste Contra o caráter e a forma das propostas da reitoria de alteração do regime de contratação dos professores e seu sistema de avaliação – aprovado por contraste Que os estudantes sejam ouvidos. Democracia na usp ja! Efetivação das comissões de segurança, de direitos humanos, do CAASO no campus 2, de usuários do bandejão e de transporte c1-c2 – aprovada por contraste Pelo cumprimento da lei Profei – aprovada por contraste Por mais democracia na USP! Votação direta para reitor, chefes de departamento, diretores de unidades e prefeitos dos campi, com participação das 3 categorias – aprovada por consenso

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Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira Exigencia de um posicionamento referente ao nosso posiocnamento pelo quadro docente do campus – aprovada por contraste Abertura do livro de contas da usp, com apuração independente das contas da universidade. Por mais transparência na USP – aprovada por consenso Contra os retrocessos na educação e retirada de direitos pelo governo de Temer – aprovado por contraste Contra todos os cortes na permanecia estudantil. Pelo retorno das 2400 bolsas pré-aprovadas (antigos “aprender com cultura e extensão” e “ensinar com pesquisa” no novo projeto unificado de bolsas (PUB), que sejam usados critérios socioeconômicos em sua concessão, e que possam ser oferecidas ao longo de toda a permanência do beneficiado na graduação. Manutencao das creches na usp, através da abertura das vagas seguindo a seleção no modelo anterior – aprovado por contraste ENCAMINHAMENTOS: Votacao das greves devem ser feitas por meio de urna – nao aprovado Greve – nao aprovado Manter o Indicativo de greve – aprovado Paralisação a semana que vem toda – nao aprovado Paralisacao na quinta (02/06) – aprovada por contraste Criação de uma secretaria na usp são carlos que receba denúncias de violência contra mulheres, negras e negros e lgbt’s – aprovado por contraste Tirar como diretriz do comitê de mobilização a discussãoo sobre novos métodos de mobilização do campus – aprovado por contraste Ato pela permanência estudantil no dia 28/06 no dia da reunião do CO (definir detalher no comitê) – aprovado por contraste Criação de uma comissão aberta para discutir Reforma Política – aprovado por contraste Incorporação do CAASO do ato do dia 07/06 em São Paulo – aprovado por contraste

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