SUSTENTABILIDADE
16 – PLÁSTICO INDUSTRIAL – MAI. 2021
O mercado de plásticos em direção a uma economia mais limpa Já faz algum tempo que os materiais plásticos foram oficialmente declarados vilões ambientais, passando a enfrentar a rejeição de parcelas da população e o ataque de instituições de defesa do meio ambiente. A cadeia produtiva, porém, engajou-se na criação de soluções para tornar a rota de obtenção de resinas mais limpa, além de promover a reciclagem como meio de dar destinação correta aos produtos em final de vida útil.
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or mais que se comprove o quanto os materiais plásticos são indispensáveis para o modo de vida da sociedade atual, o fato é que toda a sua cadeia produtiva precisou agir para remediar décadas de descaso com o passivo ambiental gerado pelo descarte inconsequente, sobretudo de embalagens não retornáveis. A cadeia atentou para isso há pelo menos uma década, ao se dar conta de que havia um preço a pagar pelo longo período de prosperidade vivido antes que a fatura ambiental
chegasse, e chegasse alta. A indústria petroquímica já se movia em direção a um modelo mais sustentável antes mesmo de a Fundação Ellen MacArthur propor, em 2018, durante a conferência Our Ocean, em Bali, a criação de um compromisso global denominado Nova Economia do Plástico, que tem por objetivo acelerar a transição da cadeia do plástico para um modelo de economia circular, com base nos cinco princípios apontados na figura abaixo.
Cinco pilares do compromisso global denominado Nova Economia do Plástico
Por Hellen Souza, da redação
Um pouco de história recente Entre as edições de 2007 e 2010 da feira K, um termômetro dos ânimos desta indústria, foram registradas iniciativas das empresas no sentido de tornar as atividades que envolvem o plástico mais amigáveis do ponto de vista ecológico. Mesmo em meio à grave Crise do suprime, que em 2008 derrubou as cotações do petróleo, sua principal matéria-prima, importantes players do setor petroquímico seguiram seus planos em direção a um futuro mais verde. Data daquele período a iniciativa da Braskem no desenvolvimento de rotas independentes para a obtenção de matérias-primas, com a síntese do etileno a partir do etanol de cana-de-açúcar, obtendo-se assim o monômero para a síntese do chamado polietileno “verde” que mais tarde levaria o selo I’m Green, identificável em muitos produtos finais tanto no Brasil quanto no exterior. Até 2025, a proposta da empresa é a ampliação