EM Novembro | Dezembro 2023

Page 1



EM | Novembro / Dezembro | 2023

Sumário PESQUISA

GUIA – 1

Os Produtos do Ano 2023

Sistemas de armazenamento de energia O guia traz as especificações de sistemas de armazenamento fornecidos no mercado brasileiro, como tipo de conexão (c.a. ou c.c.), faixas de potências atendidas, energia máxima, fator de potência, distorção harmônica e outras, e também detalha características das baterias empregadas: tecnologia, número de células, tensão máxima e mínima, correntes máximas de carga e descarga, temperatura de operação, dimensões e massa.

EM apresenta os resultados do tradicional levantamento que aponta o desempenho relativo de vendas das marcas de produtos para instalações elétricas no universo dos revendedores.

24

CONGRESSO

34

GUIA – 2

Sendi debate o papel da distribuição na transição energética

Barramentos blindados Entre as vantagens dos barramentos blindados, destacam-se a rapidez e segurança na instalação, menores perdas elétricas, flexibilidade, baixa manutenção e menor necessidade de espaço. O guia apresenta a oferta de fornecedores dessas chamadas linhas pré-fabricadas, com as especificações técnicas e materiais empregados na fabricação.

O segmento de distribuição de energia se reuniu em evento realizado no Espírito Santo, sob coordenação da Abradee e tendo a EDP como anfitriã, para discutir desafios, oportunidades e novos modelos de negócios impulsionados pelas mudanças em curso no setor elétrico, como evolução da geração distribuída, abertura do mercado, empoderamento do consumidor, novas tecnologias, etc. EM relata aqui os principais pontos dos debates.

52

36 FEIRA

GUIA – 3

De olho na inovação, ExpoSendi 2023 apresenta novas tecnologias

Empresas de engenharia, instalações e serviços técnicos especializados

Considerado o maior evento de distribuição da América Latina, o Sendi 2023 reuniu em Vitória (ES) 3,5 mil participantes e teve programação que incluiu mais de 220 trabalhos técnicos, 39 palestrantes e Rodeio Nacional dos Eletricistas e muito mais. A ExpoSendi teve acima de 150 empresas destacando seus produtos e serviços para distribuição de energia. Algumas dessas soluções são apresentadas nesta reportagem.

44

SEÇÕES

COLUNAS

4 Carta ao Leitor No Circuito 6 EM Sintonia 20 Agenda 76 Produtos 78 Publicações 81 81 Índice de Anunciantes

56 58 60 82

EM Aterramento EM Ex EM Profissionais Momento

O guia relaciona prestadores de serviços desde consultoria e estudos até manutenção, passando por projeto, execução, inspeção, comissionamento e outros. As áreas de atuação vão de hidrelétricas a instalações residenciais, cobrindo ainda SPDA, eficientização, iluminação, segurança e automação. As empresas estão agrupadas por Unidade da Federação (UF) ― para São Paulo, SP-I (interior) e SP-G (Grande São Paulo).

62

Capa Roberto Monticelli Wydra, Foto: JU.STOCKER (via Shutterstock) As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por EM podendo mesmo ser contrárias a estas.

3


4

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Carta ao Leitor

Mauro Crestani editor de EM

As dores e os valores da distribuição de energia elétrica O setor de distribuição de energia brasileiro é um dos mais solicitados e intricados no mundo. País de dimensões gigantescas, o Brasil tem dezenas de empresas dublês de operadoras de redes e vendedoras de energia para 89 milhões de unidades consumidoras, por meio de uma malha de distribuição de 3,9 milhões de quilômetros. Em novembro, esse setor reuniu-se novamente em seu mais importante e tradicional encontro, o Sendi - Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica, para trocar impressões e experiências e também aflições. Nas salas de apresentações e debates do Carapina Centro de Eventos em Serra, no Espírito Santo, 3.500 profissionais de distribuição discutiram estratégias para lidar com as grandes e inevitáveis transformações que lhes estão sendo impostas pela atual onda de liberalização, que assume basicamente duas formas: a liberdade de comprar energia de quem se queira e a liberdade de produzir a própria energia, duas mudanças já consolidadas em outros países mas que por aqui ainda assustam. Acomodadas a uma realidade imutável durante décadas — “eu faço a rede e lhe forneço energia; você paga” —, essas empresas tentam agora encontrar a forma ideal para atuarem frente à multiplicidade de variáveis que surgem e precisam ser equacionadas. Como bem descreve a reportagem de EM sobre o Sendi 2023 nesta edição, estão na mesa muitas propostas para enfrentar as dificuldades trazidas pela crescente liberalização do mercado de energia e pelo avanço da geração solar país afora, entre outras urgências. Mas, como é próprio dos mecanismos gigantescos, na distribuição brasileira tudo é muito lento. Um exemplo: países com percentuais até maiores de geração distribuída conectada já administram bem fluxos de energia bidirecionais em suas redes. Nós não. O programa de P&D da Aneel existe há 23 anos e já consumiu muitos milhões de reais do consumidor de energia elétrica em projetos e convênios. Mas, sem desmerecer bons resultados obtidos, até hoje ainda não operamos as redes com mais inteligência, automação e agilidade para lidar com inversões de fluxos, ainda não implementamos uma base adequada de medição inteligente e nem reformamos o sistema tarifário, para ficar apenas em alguns aspectos. Talvez seja a hora de redirecionamentos. A distribuição de eletricidade brasileira é admirável por sua organização e resiliência, tem empresas robustas e uma articulação exemplar em torno da Abradee, a associação do setor. Mas seu negócio é fornecer serviços de rede e não vender energia, o que hoje fazem por força de lei. No futuro, quando puderem finalmente focar em seu core business, a lentidão dos processos de mudança atuais pode vir a cobrar seu preço. NBR 5410 – No final de novembro a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas colocou em consulta nacional o projeto da nova edição da norma ABNT NBR 5410:2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, depois de árduo processo de revisão que durou nove anos e meio. O período de consulta se estende até o final de fevereiro e depois disso serão analisados os votos. A publicação está prevista para até meados de julho próximo. Acompanharemos.

DIRETORES Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis PUBLICIDADE Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Eliane Giacomett eliane.giacomett@arandaeditora.com.br Ivete Lobo ivete.lobo@arandaeditora.com.br Priscilla Cazarotti priscilla.cazarotti@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300 REPRESENTANTES BRASIL Interior de São Paulo e Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho – cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – Rua Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 99728-3060; romildoparana@gmail.com Rio Grande do Sul: Maria José da Silva tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 981-799-661; maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou, Zhejiang 310004 (86-571) 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal tel.: +49 202 27169 13. fax: +49 202 27169 20 www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de Italy:Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 20148 Milan – tel.: +39 2 39216180, fax: +39 2 39217082 grquaini@tin.it Japan:Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073 – tel: +81-(0)3-3263-5065, fax: +81-(0)3-3234-2064 aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu Seoul 134-070 – tel: +82 2 481-3411, fax: +82 2 481-3414. jesmedia@unitel.co.kr Switzerland:Rico Dormann - Media Consultant Marketing Moosstrasse 7,CH-8803 Rüschlikon tel.: +41 44 720-8550, fax: +41 44 721-1474. dormann@rdormann.ch Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1; Taichung, 408 tel.: +886 4 2325-1784, fax: +886 4 2325-2967. global@acw.com.tw UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden):Mr. Edward J. Kania - Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188 ekania@btinternet.com USA:Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY 11566-5209 – tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568. arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. PRODUÇÃO Sarah Esther Betti, Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva. CIRCULAÇÃO Clayton Santos Delfino Tel.: (011) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br SERVIÇOS Impressão e acabamento: Ipsis Gráfica e Editora Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima PROJETO RudekWydra site: www.rudekwydra.com.br Roberto Monticelli Wydra atendimento@rudekwydra.com.br TIRAGEM 12 000 exemplares ELETRICIDADE MODERNA, revista brasileira de eletricidade e eletrônica, é uma publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e correspondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. TEL. + 55 (11) 3824-5300 em@arandaeditora.com.br | www.arandaeditora.com.br



6

EM | Novembro / Dezembro | 2023

No Circuito NBR 5410 entra em consulta nacional A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas colocou em consulta nacional em 28 de novembro a revisão da norma ABNT NBR 5410:2004, que estabelece as condições a serem atendidas pelas instalações elétricas de baixa tensão, para garantir a segurança de pessoas e animais e o funcionamento adequado dos sistemas. O prazo para recebimento de sugestões termina em 29 de fevereiro de 2024. O projeto de revisão da norma, elaborado pela Comissão de Estudo de Instalações Elétricas de Baixa Tensão (CE003:064.001) do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), se iniciou em fevereiro de 2014 e terminou em agosto de 2023. A norma é aplicável ao projeto, execução, manutenção e verificação das instalações elétricas em edificações de uso residencial e comercial, locais de afluência de público, estabelecimentos industriais, agrícolas e hortícolas, além de edificações pré-fabricadas, áreas de concentração de reboques, de acampamento e instalações análogas, canteiros de obras e exposições, entre outros locais. Também é aplicada para circuitos não internos aos equipamentos, operando sob tensão superior a 1 000 V derivada de uma instalação com tensão no máximo igual a 1000 V em corrente alternada. Seriam exemplos circuitos de lâmpadas de descarga, de precipitadores eletrostáticos, de toda fiação ou linha elétrica que não sejam cobertas pelas normas dos equipamentos

A norma que trata de instalações elétricas de baixa tensão fica em consulta até o fim de fevereiro

de utilização ou de instalação consumidora externa às edificações. Além disso, a norma é aplicada a linhas fixas de comunicação, de sinalização e de comando (à exceção dos circuitos internos dos equipamentos). Depois de finalizada a fase de consulta, a comissão de estudo vai analisar as contribuições a partir do dia 1o de março até 5 de junho de 2024. Após isso, até 26 de junho será realizada a análise do processo da consulta e, por fim, a publicação da norma se dará entre 27 de junho e 12 de julho de 2024.

Eletrosul vai gerar energia do biogás Está em andamento no município de Itapiranga, em Santa Catarina, obras de projeto da Eletrobras CGT Eletrosul para implantar uma rede completa para aproveitamento do biogás gerado por dejetos suínos e bovinos de produtores da região. Como parte do programa de P&D Aneel da concessionária, a conclusão das obras deve ocorrer até o fim de 2023 e o seu comissionamento até o início de 2024, entrando em operação monitorada até o início de 2025. Sob investimento de R$ 6,6 milhões, a iniciativa prevê a implantação de um gasoduto com 11 quilômetros para o biogás canalizado, uma minicentral termoelétrica (MCT) de 480 kVA, subestação para conexão à rede de distribuição primária da concessionária local e ainda 11 biodigestores com diferentes tecnologias. Além de ter como meta desenvolver conhecimento técnico para projetos a serem replicados no país, em 2026 está prevista a cessão não onerosa da infraestrutura aos produtores rurais locais. O conjunto de biodigestores será composto por oito unidades do tipo lagoa coberta, de aço inox, pedra ardósia e outro de concreto, além de outros digestatos em madeira. No momento, revela a empresa, ocorre a instalação da planta do biodigestor de pedra ardósia, em fase final, sendo que o gasômetro do projeto está pronto. Além

Projeto em Santa Catarina aproveita biogás de dejetos suínos e bovinos e contará com gasoduto e minicentral térmica

disso, está sendo finalizada a automação da casa de máquinas e dois biodigestores estão completamente cobertos e produzindo biogás. O processo de biodigestão vai gerar ainda uma série de subprodutos com potencial comercial, como gás carbônico, biofertilizante e o biochar (carvão vegetal empregado para correção de solo). Além disso, a energia elétrica gerada vai reduzir os custos dos produtores rurais. Após conclusão das obras e comissionamento, a pesquisa prevê monitoramento da operação da infraestrutura construída durante um ano, para padrões tecnológicos e modelos de negócios mais aplicáveis ao contexto brasileiro.

Luz para Todos vai ter orçamento de R$ 2,5 bilhões O MME - Ministério de Minas e Energia aprovou o orçamento de 2024 do programa de universalização de energia elétrica, o Luz Para Todos. Estão previstos cerca de R$ 2,5 bilhões para o programa, que foi relançado em agosto de 2023. A previsão do governo federal é a de que até 500 mil famílias sejam beneficiadas até 2026, incluindo a população rural, em especial no Norte do país, e em regiões remotas da Amazônia Legal. Desde seu início, em 2003, mais de 3,6 milhões de residências receberam energia elétrica. O


EM | Novembro / Dezembro | 2023

Foto: Divulgação/PAC

O desenvolvimento foi implantado como protótipo de pesquisa em hidrelétrica no Paraná Meta do governo federal é atender 500 mil famílias até 2026

orçamento de 2024 foi objeto da consulta pública MME 154/2023, que recebeu 23 contribuições. Os valores aprovados serão repassados a partir da CDE - Conta de Desenvolvimento Energético, cujo orçamento será consolidado pela CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica com aprovação da Aneel. Até o fim de 2024, segundo o MME, serão firmados mais 22 novos contratos para a execução do programa em diferentes regiões do País.

Copel desenvolve transformador com novo isolamento A Usina Hidrelétrica Governador Parigot de Souza, da Copel, em Antonina, no Paraná, instalou um novo transformador fabricado com sistema de isolamento para a classe de tensão de 230 kV. O equipamento é um protótipo operacional que usa óleo vegetal e papel híbrido (kraft com revestimento de polímero) como isolantes. O transformador instalado na usina de 260 MW foi desenvolvido em um projeto de P&D da Copel GT, em parceria com a UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, do Rio Grande do Sul, e com a Vegoor Tecnologia Aplicada, sob um investimento de R$ 10 milhões.

Depois de ter passado por ensaios em fábrica, o transformador passará por validação na usina. A inovação da tecnologia é deixar de usar óleo mineral, como tradicionalmente os transformadores que operam em alta tensão (230 kV ou mais) são isolados. “A inserção e a pesquisa de novos materiais isolantes possibilitam um avanço tecnológico para o setor elétrico e para a indústria”, disse o gerente de projeto de P&D da Copel, Marco Antonio Marin. A expectativa com o uso do papel híbrido como isolante sólido é a de que o tratamento do óleo isolante seja reduzido em até 50%. Além disso, o investimento em sistemas de monitoramento avançados, que otimizam o sistema de refrigeração e fazem parte do projeto de P&D, tem potencial de reduzir os custos de substituição de transformadores, prolongando a vida útil em até 30%.

ABNT cria comissão para segurança em baterias A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas criou recentemente uma comissão de estudo de segurança contra incêndio em sistemas contendo acumuladores de energia, ou seja, de baterias de armazenamento. Trata-se da comissão ABNT/CE-024:102.009, iniciativa do Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (CB-024) da ABNT.

Para o superintendente do ABNT/CB-024, Rogério Lin, a comissão de estudos atende à necessidade de prevenir os riscos potenciais que surgiram com o aumento da densidade energética das novas tecnologias de armazenamento, com destaque para as baterias de lítio. Apesar de mais eficientes no carregamento, durabilidade e na vida útil, afirma Lin, há riscos nos sistemas que devem ser mitigados e controlados, não somente na sua origem, como também em casos em que são inevitáveis. “Um dos riscos existentes é a fuga térmica, fenômeno que ocorre raramente, mas que gera um risco de incêndio de grande impacto, principalmente quando localizado dentro das edificações”, disse o superintendente durante o lançamento da comissão em evento transmitido pelo canal do YouTube do CB-024. O objetivo é estudar meios normativos para prevenir riscos potenciais provocados pelo aumento da densidade energética

“A ABNT sempre na vanguarda das inovações e novas tecnologias instaura mais uma comissão de estudos de tema importante e atual que trata de sistemas contendo acumuladores de energia e as técnicas necessárias para segurança contra incêndio, uma questão que vem causando grande preocupação devido ao crescente uso de baterias em equipamentos estacionários ou móveis”, disse também no evento online o presidente da ABNT, Mario William Esper. Foram convidados para participar da nova comissão de especialistas de múltiplos setores, como de veículos eletrificados (automotivo, máquinas, marítimo e aéreo), ferramentas portáteis sem fio, eletroeletrônicos contendo bateria, recicladoras de baterias, sistemas fotovoltaicos, eólicos, fabricantes e montadoras de baterias. Os interessados em participar podem entrar em contato pelo e-mail: cb24@abnt.org.br.

7


8

EM | Novembro / Dezembro | 2023

No Circuito CPFL Soluções abre loja para comercialização A CPFL Soluções, voltada para produtos e serviços para gestão e contratação de energia, colocou em operação sua plataforma de e-commerce. Sob investimento de R$ 7 milhões, a ferramenta visa contratação de energia de curto prazo, compra de créditos de carbono e de certificados I-REC. Segundo comunicado da empresa, a plataforma também facilita o processo de migração para o mercado livre de energia, em um momento importante, já que todos os consumidores da alta tensão estarão aptos a ir ao ACL a partir de janeiro de 2024.

de mercado da CPFL Soluções, Lucas Zajd. O link para a loja virtual é www.loja.cpfl solucoes.com.br.

Cemig cede CGH para laboratório H2V da Unifei A estatal mineira de energia Cemig e a Unifei - Universidade Federal de Itajubá, também de Minas Gerais, assinaram acordo de cooperação para colaboração institucional, científica e tecnológica para desenvolvimentos de hidrogênio verde. A ideia é apoiar o Centro de Hidrogênio Verde, o CH2V, que funciona na Unifei. Parte do novo acordo é transferir uma central geradora hidrelétrica (CGH) da Cemig, a Luiz Dias, de forma não onerosa à Unifei, para ser utilizada na compensação da energia que será empregada no la-

E-commerce da empresa negocia energia, créditos de carbono, I-RECs e migração ao ACL

Serão elegíveis à migração indústrias, empresas e redes de serviços e de varejo de médio porte ou que tenham consumo mensal acima de R$ 5 mil e conectadas em alta e média tensão. Com o e-commerce, parte do processo de migração poderá ser feito no ambiente digital. Ainda de acordo com a empresa, isso pode ser feito na plataforma de forma simples e rápida, com desconto fixo mensal na conta de luz garantido em contrato. No ambiente digital também é possível contratar energia de curto prazo. A partir de 2024, estará disponível ainda a compra de créditos de carbono e de certificados I-REC. O sistema da CPFL Soluções conta com tecnologia da Salesforce. “Nosso objetivo é proporcionar uma experiência ágil e intuitiva a nossos clientes, que estão cada vez mais conectados”, afirmou o diretor de regulação e inteligência

Energia da central geradora será compensada para uso do CH2V, especializado em pesquisa de hidrogênio verde

boratório do CH2V. Inaugurada em 1914, a CGH está instalada no rio Lourenço Velho, no município de Itajubá, e tem duas unidades geradoras, com 1,62 MW de potência instalada. Além disso, o acordo prevê a colaboração abrangendo atividades de pesquisa, desenvolvimento e serviços científicos e tecnológicos, além de formação, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos, absorção e transferência de tecnologias. Há ainda parceria para prototipação e desenvolvimento de sistemas em hardware e software. O CH2V foi construído no âmbito do Centro de Excelência de Conservação de Energia, uma parceria com a Cemig. O objetivo

do centro de excelência é ajudar as indústrias mineira e brasileira a atravessarem a transição energética, reduzindo a pegada de carbono de seus produtos.

Ocorrência de raios dispara em São Paulo A Enel Distribuição São Paulo, concessionária responsável pela distribuição de energia para 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, contabilizou em outubro de 2023 o total de ocorrência de 4.498 raios em toda a área de concessão, segundo dados coletados por seu sistema de monitoramento e alerta. Trata-se de resultado considerado atípico comparado com o mesmo mês de 2022, em que foram registrados apenas 35 raios. Os municípios mais atingidos em outubro foram a capital paulista com 1.518 raios, seguida por São Bernardo do Campo (548), Cajamar (332), São Lourenço da Serra (285), Cotia (236), Juquitiba (224) e Santo André (218). No mês de setembro, foram contabilizados 1.449 raios nos 24 municípios da área de concessão da companhia, com aumento de 241% em relação ao mesmo período no ano passado, quando foram registrados 600 raios. O sistema de monitoramento e alerta da Enel detecta chuvas, ventos fortes e descargas atmosféricas, mas também auxilia na verificação de possíveis ocorrências na rede da distribuidora. Isso permite que técnicos monitorem, em tempo real, toda a área de concessão. Em caso de alerta, é possível agir de maneira mais rápida, diz a empresa em comunicado. O trabalho é realizado 24 horas por dia, a partir de satélite, com dados fornecidos em tempo real pelo Climatempo. Com a alta incidência de raios, a Enel elencou alguns cuidados que devem ser tomados pela população, como evitar, em


Driving efficiency and sustainability


10

EM | Novembro / Dezembro | 2023

No Circuito IBS Energy construirá térmica a biomassa

Apenas em outubro foram 4,4 mil eventos, contra 35 do mesmo período do ano passado

momentos de tempestade, o uso do celular, de secador de cabelo, ferro elétrico e outros aparelhos conectados à tomada. A concessionária também recomenda evitar o uso de chuveiros e torneiras elétricas, além de consertos de instalações elétricas. Embora a Enel recomende a permanência dentro de casa durante tempestades com risco de raios, caso a pessoa esteja na rua a opção mais racional é evitar contato com objetos metálicos, cercas de arame, tubos metálicos e principalmente linhas telefônicas ou elétricas. Também é prudente evitar locais como campos abertos, piscinas, lagos, praias, árvores isoladas, postes e locais elevados.

O grupo IBS Energy iniciou a construção da Usina Termelétrica Cidade do Livro, em Lençóis Paulista, no noroeste do estado de São Paulo. Sob investimento de R$ 650 milhões, a usina terá 80 MW de capacidade instalada e vai ser alimentada com múltiplos tipos de biomassa. A UTE foi a única a biomassa a vencer o primeiro leilão de reserva de capacidade da Aneel, em 2021. Instalada em área de 146 mil metros quadrados, a queima da usina vai utilizar o bagaço e a palha da cana de açúcar e o cavaco de madeira, com flexibilidade para utilizar outros tipos de biomassa, como resíduos florestais, palha de milho e demais fontes oriundas da agroindústria da região. Para sua operação, a demanda por biomassa será equivalente a uma área de 20 mil hectares de floresta plantada de eucalipto. Com a queima direta de biomassa em caldeira, a planta deverá gerar 250 t/h de vapor, que por sua vez alimentarão dois geradores de 40 MW cada.

A UTE Cidade do Livro, em Lençóis Paulista, venceu leilão de reserva de capacidade e terá 80 MW

O nome da UTE é uma homenagem à cidade onde ela está instalada, Lençóis Paulista, reconhecida oficialmente pela União como a “capital nacional do livro”. Segundo comunicado da IBS, o local reúne uma série de fatores logísticos e ambientais favoráveis, como o apoio da administração pública, acesso, ampla oferta de biomassa, disponibilidade de água e infraestrutura para o escoamento de energia. “Lençóis Paulista tem uma grande oferta de biomassa e resíduos oriundos das empresas ali instaladas. Além disso, a região apresenta ótima infraestrutura logística. O apoio do poder público local e a receptividade da comunidade também foram fatores determinantes na escolha da cidade”,


EM | Novembro / Dezembro | 2023

afirma o CEO da IBS Energy, Luiz Mello. A UTE Cidade do Livro é o primeiro projeto do grupo em geração própria, que será comercializada no mercado livre. O projeto já tem todas as condições necessárias, com contratos assinados para linha de distribuição e ponto de conexão para o despacho da energia. A operação comercial está prevista para julho de 2026.

Receita Federal intensifica combate a fraudes de LEDs A Receita Federal do Brasil já realizou 3.512 autuações por importação fraudulenta de luminárias e equipamentos LED desde 2017, quando introduziu a Opera-

Operação Lúmen já fez 3.512 autuações e aplicou multas com valor total de R$ 68 milhões

ção Lúmen, voltada exclusivamente para combater irregularidades nos processos de importação de lâmpadas, dispositivos e acessórios LED. As ações resultaram em multas superiores a R$ 68 milhões. As fraudes identificadas ocorrem principalmente na indicação de valores inferiores aos importados pelas empresas nas declarações de importação (DI). Isso faz a incidência de impostos sobre os produtos ser menor, o que afeta a arrecadação tributária e desequilibra a concorrência no mercado de LED.

Neste cenário, cálculos da Abilumi - Associação Brasileira de Fabricantes e/ou Importadores de Produtos de Iluminação estimam que o percentual de impostos pagos não chega a 30% do custo real das importações. Mas segundo a associação o impacto pode ser ainda maior, uma vez que já foram identificadas declarações de importação com apenas 10% do valor real do produto. O mercado de LED movimentou entre 2020 e 2022 mais de R$ 6,5 bilhões. Para combater a sonegação, a Coordenação Especial de Gestão de Riscos Aduaneiros (Corad), órgão de inteligência da Receita Federal, tem recebido e analisado denúncias, as quais são encaminhadas aos auditores nos portos e aeroportos brasileiros. Com apoio da Abilumi, essas ações têm resultado em checagem mais apurada das mercadorias e dos documentos de importações com suspeitas de fraudes.

11


12

EM | Novembro / Dezembro | 2023

No Circuito A grande maioria das fraudes tem sido registrada na cadeia de importações de LED a partir dos portos de Santa Catarina, considerado um dos principais pontos de comércio internacional do Brasil, com registro de US$ 41 bilhões entre exportações e importações em 2022. “As importações de lâmpadas e luminárias LED vêm sofrendo muito com práticas desleais de importadores, que acabam por subfaturar os produtos que importam, gerando uma concorrência desleal com as empresas cumpridoras de suas obrigações, como também lesando o Fisco, que deixa de arrecadar os impostos corretos. Nesse sentido, a Operação Lúmen merece reconhecimento e apoio do setor por ampliar o rigor da fiscalização aduaneira em um mercado que deve continuar crescendo com solidez”, disse o presidente executivo da Abilumi, Georges Blum. Apesar dos elogios, Blum ressalta, no entanto, ser preciso superar alguns desafios. O principal é a necessidade de aumento do efetivo da Receita Federal para os processos de fiscalização. Além disso, há demanda por informatização dos dados sobre as importações brasileiras, a partir, por exemplo, da retomada de sistemas como o Siscori, que organizava e disponibilizava informações aduaneiras para a sociedade.

Eólicas vão demandar 240 mil novos técnicos A indústria eólica global vai demandar, nos próximos cinco anos, mais de 240 mil novos técnicos para suportar a projeção de crescimento de capacidade instalada no período. A conclusão é do relatório Global Wind Workforce 2023-2027, da Organização Global de Energia Eólica (GWO, na sigla em inglês) e do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC). Com o novo contingente de funcionários, que se somariam aos atuais empregados da indústria, o total de mão de obra seria

Freepik

A projeção é de estudo do GWEC e da GWO, com base em crescimento da fonte nos próximos cinco anos

de 574 mil profissionais especializados, os quais para o estudo conseguiriam construir, instalar e manter a capacidade eólica global prevista até 2027. Para o relatório, o ritmo anual de incremento deve passar no período dos 78 GW registrados em 2022 para 155 GW em 2027. Com isso, a potência instalada no mundo da fonte eólica deve superar 1,5 TW em 2027. Como alerta a governos e empresas, a nova mão de obra, segundo a análise do relatório, que representaria 43% do total de técnicos do setor, vai demandar investimentos em educação, treinamento e recrutamento e transferência de profissionais de outros setores, principalmente do mercado de óleo e gás offshore. As inovações tecnológicas do setor e a expansão das eólicas offshore, para o relatório, são as motivações principais para a necessidade de aumento de 17% no número de novos técnicos, que representam 84.600 vagas. A demanda total de 243,8 mil profissionais é por conta das mais 159.200 vagas que precisam ser abertas para substituir a taxa média de 6% de empregados que sairão naturalmente do mercado eólico no período.

ACL terá mais de 10 mil novos consumidores Mais de 10,6 mil empresas já informaram às distribuidoras que vão migrar para o mercado livre de energia a partir de janei-

ro de 2024, aponta levantamento da Aneel. Trata-se de consumidores de média e alta tensão do grupo A que se beneficiarão da Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia, que concedeu o direito de escolher o fornecedor de energia elétrica a todos os consumidores dessa classe de tensão. O grupo A tem aproximadamente 202 mil unidades consumidoras, principalmente empresas, tanto indústrias como comércios e de serviços. Desse total, mais de 36 mil migraram antes da Portaria, a maior parte por estarem acima da carga de 500 kW, limite mínimo que permitia a mudança para o ACL e que a partir de 2024 não existirá mais.

Empresas na média e alta tensão já comunicaram que deixarão o mercado regulado em 2024, por conta da Portaria 50

Com o novo cenário, o potencial de migração, portanto, é de aproximadamente 165 mil unidades consumidoras. Já ao se considerar os consumidores em baixa tensão, inseridos no Grupo B, há um universo de 89 milhões, formado principalmente por residências. Estes continuam sem autorização legal para escolher o fornecedor de energia elétrica, mas a expectativa é que até 2026 o mercado seja aberto a eles. No mundo, 35 países têm mercado livre de energia acessível a todos os consumidores. “Já há mais de 10 mil consumidores, que são empresas industriais e comerciais de menor porte e que consomem energia elétrica em alta tensão, que fecharam contratos com novos fornecedores, comprando energia por prazos diversos, com significativa redução de preços, cujos descontos podem chegar a algo entre 30% e 40%”,



14

EM | Novembro / Dezembro | 2023

No Circuito disse o presidente-executivo da Abraceel Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, Rodrigo Ferreira.

Eletronuclear lançará edital para Angra 3 O presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court, afirmou recentemente que pretende cumprir todas as etapas até o fim de 2024 para lançar o edital internacional para as obras de Angra 3, a terceira usina do complexo nuclear de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A construção deve gerar sete mil empregos diretos e 20 mil indiretos, com a movimentação de recursos da ordem de R$ 20 bilhões, afirmou o presidente ao apresentar os planos da Eletronuclear na 8a Conferência Cidades Verdes, no Rio. Como determinou o Conselho Nacional de Política Energética, a Eletronuclear contratou o BNDES para fazer a modelagem de captação de recursos e retorno do investimento, e o modelo precisará ser aprovado pelo Ministério das Minas e Energia. “Esperamos que até 2024 isso

esteja concluído para que a gente possa determinar a captação do recurso, lançar o edital internacional [para contratação] de epecista (...) para fazer conclusão da construção da usina”, disse o presidente. Ele ressaltou a baixa emissão de carbono na produção de energia nuclear, o que tem levado diversos países a retomarem a construção de usinas. “A energia nuclear emite apenas 12 gramas de carbono por kWh, sendo comparável apenas à energia eólica, enquanto outras fontes chegam a emitir 400 [g/kWh]. Por isso o mundo inteiro discute esse caminho para a transição energética”, afirmou o presidente da Eletronuclear. Segundo Grand Court, a operação de Angra 1 e Angra 2 nunca causou problema grave à população, ao meio ambiente ou aos trabalhadores. Além disso, o complexo possibilita o desenvolvimento do hidrogênio como fonte de energia. “Nós já produzimos hidrogênio para a usina, temos muitos estudos, e agora vamos partir para o estudo de viabilidade técnica e econômica para produzir hidrogênio em quantidade suficiente para gerar energia”. Segundo nota da Eletronuclear, “a construção de Angra 3 e a possível geração de energia por hidrogênio na região reforçam o domínio

Obras devem gerar 27 mil empregos. Empresa estuda produção de hidrogênio nas usinas de Angra

da cadeia de produção pelo Rio de Janeiro, consolidando o estado como capital da energia no País”.

Aneel aprova edital de leilão de transmissão A Aneel aprovou a minuta do edital do primeiro leilão de transmissão marcado para o próximo ano, o 1/2024, que acontecerá no dia 28 de março na sede da B3,


EM | Novembro / Dezembro | 2023

em São Paulo. O certame visa a construção e manutenção de 6.464 quilômetros em linhas de transmissão novas e seccionamentos e de 9.200 MW em capacidade de transformação. Dos 15 lotes propostos, seis têm investimento previsto superior a R$ 1 bilhão. A construção dos 69 empreendimentos tem estimativa de criação de 35 mil empregos diretos e indiretos. O destaque é o item 6, cuja construção é estimada em R$ 3,39 bilhões, com 726 km em linhas de transmissão e duas subestações nos estados da Bahia e de Minas Gerais. Quanto ao prazo de construção, o mais longo é o do Lote 12, com 72 meses. Com aviso de licitação previsto para fevereiro de 2024, o próximo leilão tem como novidade o fato de as empresas vencedoras precisarem comprovar a implementação de obra similar correspondente a pelo menos 30% do porte do escopo das obras no lote disputado. No caso de linha de transmissão, esse

proponente vencedora deverá apresentar as demonstrações contábeis acompanhadas de parecer de auditor independente registrado na CVM - Comissão de Valores Mobiliários. As precauções visam evitar o ocorrido no leilão 01/2023, quando a principal vencedora dos lotes, o consórcio Gênesis, foi inabilitado na fase de qualificação.

Marcado para 28 de março, certame tem 15 lotes para construção de 6.464 quilômetros de linhas

percentual será correspondente à extensão do empreendimento na mesma tensão. Em relação à subestação ou instalação de equipamentos, será considerada a potência do empreendimento ou do equipamento. A habilitação econômica e financeira das proponentes também passará por alterações em relação aos editais anteriores. A

MME enquadra projetos de transmissão no Reidi O MME - Ministério de Minas e Energia enquadrou os projetos de infraestrutura de transmissão de energia elétrica licitados no leilão de transmissão 01/2023 no Reidi - Regime Especial de Incentivos para

15


16

EM | Novembro / Dezembro | 2023

No Circuito o Desenvolvimento da Infraestrutura e como prioritários para emissão de debêntures incentivadas. A decisão foi via publicação da Portaria 2.666/SNTEP/MME. A aprovação ocorre um mês após a assinatura dos contratos de concessão do leilão, considerado o maior de transmissão já realizado pela Aneel. Ele envolve a construção de 6185 quilômetros de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 400 MVA, com previsão de investimentos da ordem de R$ 15,7 bilhões nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Sergipe. Com o Reidi, a previsão é que ocorra redução das tarifas aos consumidores, com estímulo ao investimento privado em infraestrutura. Os empreendimentos enquadrados no programa têm suspensas suas contribuições de PIS/Pasep e Cofins por cinco anos, em aquisições, locações e importações de bens e serviços. Já a aprovação dos projetos como prioritários para emissão de debêntures incentivadas permite às empresas captar recursos no mercado para financiar infraestrutura. A vantagem é que os investidores contam com isenção ou redução de Imposto de Renda.

Entidade quer mais PCHs e CGHs na matriz A Associação Brasileira de Centrais Geradoras Hidrelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch) apresentou um plano para o Ministério de Minas e Energia de maior inserção das PCHs e CGHs na matriz elétrica brasileira. A ideia da associação é que se inclua bloco de projetos em um total de 7 GW, sendo 2 GW em curto e médio prazo e outros 5 GW a longo prazo. Nos últimos cinco anos, 65 PCHs e 52 CGHs — que produzem até 50 megawatts de energia — entraram em operação no Brasil, totalizando 938,81 MW de potência instalada. Ao todo, as 117 pequenas usinas geraram um investimento de R$ 7,9 bilhões. Além disso, aponta a Abrapch, cerca

Plano foi apresentado ao MME. Ideia é acrescentar 2 GW no curto prazo e o restante no longo prazo

de 110 PCHs e CGHs estão em construção ou aguardando licenciamento. Há ainda mais 594 pequenas usinas em fase de Despacho de Registro de Intenção à Outorga de Autorização (DRI) ou Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica (DRS), para que o interessado requeira o licenciamento ambiental. Outros 598 processos encontram-se em estágio de eixo disponível, ou seja, aptos para usuários interessados no desenvolvimento de estudos de inventário hidrelétrico. Para a presidente da Abrapch, Alessandra Torres de Carvalho, a estabilidade da matriz elétrica do Brasil depende da expansão da fonte hídrica. Segundo ela, o plano poderia definir a divisão equilibrada das fontes energéticas para abastecer o mercado interno de eletricidade, combinando hidrelétricas, eólicas, solares e térmicas “limpas” (biomassa, biogás, resíduos sólidos). “É preciso indicar medidas necessárias para a viabilização de quantitativos para cada uma das fontes, precificando atributos e corrigindo distorções comerciais, fiscais e financeiras de cada uma”, disse.

Abracopel publica raio-X de instalações comerciais A Abracopel - Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade lançou recentemente o livro “Raio-X das Instalações Elétricas Comerciais Brasileiras”, publicação com dados de pesquisa nacional resultante da ação conjunta de uma rede de profissionais trei-


EM | Novembro / Dezembro | 2023

17

Pesquisa detectou problemas como falta de projeto elétrico, proteções inadequadas e práticas inadequadas, que tornam as instalações inseguras

nados pela entidade, abrangendo diversos estados brasileiros. O estudo constatou diversos problemas nessas instalações, como o fato de apenas 35% dos imóveis onde funcionam os estabelecimentos comerciais pesquisados possuírem projeto elétrico, ainda que a maioria destes tenha sido realizada por engenheiros eletricistas. Outro dado preocupante é que, em aproximadamente 28% dos imóveis, o trabalho de execução da instalação elétrica foi realizado por profissionais não qualificados. Na pesquisa, as características das instalações elétricas foram avaliadas em termos de sistemas de aterramento, quadros de distribuição, proteções contra sobrecorrente, proteções diferenciais residuais e proteções contra surtos de tensão. Observou-se que 43,6% dos imóveis possuíam sistema de aterramento funcional, além da presença de quadro geral de distribuição com disjuntores termomagnéticos na maioria dos casos. Mas em mais da metade verificou-se falta de proteções adequadas contra choques elétricos (dispositivos DR) e surtos de tensão (DPS). Um outro ponto de atenção foi a constatação do uso extensivo de adaptadores-multiplicadores de tomadas (benjamins) e extensões. “Restou claro que muitos imóveis comerciais no Brasil apresentam deficiências nas instalações elétricas, como a falta de projeto elétrico, proteções inadequadas e práticas inseguras, que representam riscos para a segurança dos usuários e podem causar acidentes graves”, diz o texto de apresentação do estudo. Os pesquisadores obtiveram 494 questionários respondidos, distribuídos de maneira representativa por todo o território brasileiro, incluindo o Distrito Federal. A amostra incluiu imóveis em áreas urbanas e rurais, permitindo uma análise


18

EM | Novembro / Dezembro | 2023

No Circuito comparativa entre esses dois contextos. Além disso, foram considerados diferentes tamanhos de cidades, categorizando os imóveis de acordo com o número de habitantes nas áreas urbanas. Segundo consta do próprio relatório, os resultados obtidos podem subsidiar ações e iniciativas para aprimorar a segurança elétrica nesses ambientes, visando à proteção dos usuários e a prevenção de acidentes envolvendo eletricidade. O link para baixar o livro, gratuitamente, é https://mkt.abracopel.org.br/w/1e2ceXjpe88vP7GVdFWce5-a-afd6e!uid?egu=eq5853pg3v9fz59b.

Notas Banco de carga de 6 MW – A Tecnogera, que fornece soluções em energia temporária, segurança energética e implantação

e operação de plantas de energia, está finalizando o projeto do primeiro banco de carga com 6 MW de potência. O objetivo é concluir o projeto nos próximos meses e disponibilizar a novidade ao mercado nos primeiros meses de 2024. A empresa, que atualmente trabalha com bancos de carga de 3 MW, identificou, com o avanço dos parques eólicos e aumento da potência dos aerogeradores, a necessidade de desenvolvimento dos bancos de carga de 6 MW, que também atenderão parques solares fotovoltaicos. Com uma frota de 50 MW de bancos de carga resistivos e 10 Mvar em bancos de carga reativo-indutivo, a Tecnogera passou a atuar no comissionamento de parques eólicos em 2013 e, desde então já comissionou mais de 3700 aerogeradores e uma potência de 10 GW. Nos parques solares fotovoltaicos a atuação teve início em 2018 e já são 16 parques comissionados em cinco estados,

totalizando 4,5GW. Somente nos últimos dois anos a empresa foi responsável pelo comissionamento de 1/3 do total de aerogeradores que entraram em operação no País. Atualização HVDC – A Hitachi Energy fechou contrato para fornecer à Taesa, grupo de transmissão de energia elétrica do Brasil, uma atualização da estação conversora de corrente contínua de alta tensão (HVDC) de Garabi, em Garruchos, no Rio Grande do Sul. O link pode transmitir até 2200 MW, o que deve, segundo a Hitachi, torná-lo o sistema HVDC back-to-back mais poderoso do mundo. A estação conversora de Garabi faz a troca de energia entre a Argentina e o Brasil. O sistema de transmissão compreende 490 quilômetros de linhas aéreas de corrente alternada entre as subestações do norte da Argentina e do sul do Brasil e a estação conversora HVDC de Garabi,


EM | Novembro / Dezembro | 2023

no Brasil, perto da fronteira. A estação iniciou a operação comercial completa em 2000 e, após mais de 20 anos em operação, o sistema de controle e proteção será atualizado com a tecnologia Mach, da Hitachi Energy. Esta será a primeira atualização HVDC no Brasil. Aquisição de ativos eólicos – A norueguesa Statkraft fechou acordo para aquisição da Enerfín, subsidiária renovável da espanhola Elecnor no Brasil, com ativos de eólicas no Brasil. Segundo a empresa, a transação a posiciona como um dos três maiores geradores de energia eólica do País. A Statkraft passará a administrar nove parques eólicos em operação, agregando 632 MW no seu portfólio. Os empreendimentos estão situados no Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte. Em construção, são 68 MW, localizados no Estado de Pernambuco. A transação inclui também portfólio de projetos em

vários estágios de desenvolvimento. Com isto, após a integração, a Statkraft ultrapassará a marca de 2 GW. Em agosto, a empresa já havia comprado dois parques eólicos da EDP Renováveis, no Rio Grande do Norte. Também foi anunciada, em setembro, a compra de 18,69% do capital da Statkraft Energias Renováveis (SKER), que pertencia à Fundação dos Economiários Federais (Funcef). Ainda neste ano, a Statkraft obteve a aprovação da Aneel de sete outorgas dos seus primeiros projetos solares na Bahia. Complexo eólico – A AES Brasil e a Unipar, produtora de cloro-soda, inauguraram o Complexo Eólico Tucano, localizado nos municípios baianos de Tucano, Biritinga e Araci. A entrada completa em operação do empreendimento, com 52 aerogeradores e 322 MW de capacidade instalada, tem como diferencial ser operado apenas por mulheres. Com investimentos

de R$ 1,5 bilhão, o complexo integra o portfólio de 23 ativos da AES Brasil em sete estados brasileiros, nas fontes eólica, solar e hídrica. O portfólio do grupo norte-americano soma 5,2 GW de capacidade instalada proveniente de fontes renováveis — incluindo os empreendimentos em construção. Especificamente na Bahia, a companhia já opera o Complexo Eólico Alto Sertão II desde 2017. No complexo Tucano, Unipar e a AES Brasil têm firmada uma joint venture para geração de 155 MW de energia renovável. O acordo garantirá à Unipar energia por um período de 20 anos, com fornecimento de 2023 até 2043. Com a parceria, a Unipar pretende obter 100% de toda a demanda de energia elétrica das operações no Brasil oriundas de fontes renováveis até 2025, sendo 80% por meio de contratos de autoprodução, como este na Bahia.

19


20

EM | Novembro / Dezembro | 2023

EM Sintonia Energia do lixo Os três países que lideram a menor posição de produção de lixo (potencial fonte de produção de energia) em 2022 são: Nova Zelândia, Turquia e Letônia. Os Estados Unidos são os maiores produtores de lixo por habitante do planeta, em 36 países estudados. O Reino Unido está em vigésimo lugar. A Coreia do Sul recicla e gera energia a partir do lixo nada menos do que 60,2% do seu potencial. A Dinamarca, 35,6%. A Alemanha 47,8%. A reciclagem desses dois últimos é da mesma ordem. Porém a Dinamarca incinera 30% a mais. A 28a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, entre 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai, leva Yuri Schmitke do Brasil, da Abren - Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos, para falar sobre mitigação das mudanças climáticas. Em foco, estará a maior usina do gênero no mundo, que processa 5500 toneladas/dia de lixo urbano, cerca de 45% do volume de Dubai. Ela conta com cinco linhas e gera até 193 MW de potência instalada, atendendendo 120 mil residências.

Metano As emissões de metano do setor de resíduos se equiparam às emissões de todo o setor agrícola, sendo o gás o segundo maior impulsionador de mudanças climáticas antropogênicas, informa o PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. A quantidade média gerada em aterros foi estimada em 0,05 toneladas de metano por tonelada de resíduos ali depositados.

Biometano A L’Oreal está inserindo o biometano de gás verde em frota contratada de caminhões. São gases de aterros sanitários depois de purificados. Substitui assim o GNV e o diesel. O Grupo Urca fornecerá 3,6 milhões de metros cúbicos do gás verde para os deslocamentos

entre a Vila Jaguara, na cidade de São Paulo, e o município de Jarinu, SP.

Armazenamento O presidente da Anesolar - Associação Nordestina de Energia Solar, Daniel Lima, espera forte crescimento da armazenagem de energia nesta década no Brasil. Ele estima que o País atingirá 11 GW instalados de capacidade até 2050. O armazenamento de energia resolve a questão da simultaneidade entre geração e consumo. Permite modular os recursos e gerenciar oferta e demanda de energia, trazendo equilíbrio para o sistema e tornando-o mais seguro e confiável. A oferta intermitente de energia solar e eólica, mais a injeção de geração distribuída, demandarão a armazenagem. Prevê-se que a tecnologia suavizará picos de demanda e de oferta no sistema integrado nacional. Lima pede que se acompanhem os custos e a segurança regulatória requisitados.

Energia solar Os principais fatores que determinam a perda de desempenho dos painéis solares brasileiros são: falhas de equipamento, perdas pelo fornecimento nas redes externas, queda de irradiação e sujidade dos painéis. O especialista Gustavo Souza indica falhas nos inversores, trackers e transformadores.

Clima A mudança em curso não é só da temperatura. A média da Terra implica calor e frio intensos nos hemisférios. Este fato influi em tudo: alimentação, saúde, habitação, segurança, trabalho. Vêm-se secas intensas, escassez de água, incêndios severos, derretimento do gelo polar, aumento do nível do mar, inundações, tempestades, perda da qualidade dos solos e declínio da produtividade. São informes recentes de Antônio Guterrez, secretário geral da ONU.


EXPO CENTER NORTE, SÃO PAULO, SP

A maior plataforma latino-americana para a nova realidade energética e de mobilidade


INTERSOLAR SOUTH AMERICA _ ___ A maior feira & congresso da América Latina para o setor solar

A Intersolar South America é a maior feira & congresso da América Latina para o setor solar, enfocando os ramos de fotovoltaicos, produção FV e tecnologias termossolares. Simultaneamente, no Congresso Intersolar South America, especialistas renomados esclarecem assuntos atuais do setor. Com vistas a alavancar o alto potencial de energia solar da América Latina, a Intersolar South America congrega fabricantes, fornecedoras, distribuidoras,

prestadoras de serviços e parceiras da indústria solar no esforço de criar um meio-ambiente mais limpo. A feira é a oportunidade ideal para discutir a situação atual e as tendências estratégicas dos mercados fotovoltaicos latino-americanos, bem como as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios. Com eventos distribuídos em quatro continentes, a Intersolar é mundialmente o principal ciclo de feiras e congressos para o setor solar.

EES _ ___SOUTH AMERICA O evento essencial para baterias e sistemas de armazenamento de energia na América Latina A ees South America e o evento essencial para baterias e sistemas de armazenamento de energia na América Latina, enfocando soluções de armazenamento de energia para apoiar e complementar sistemas energéticos com número crescente de fontes renováveis de energia, e integrando prossumidores e veículos elétricos. A ees South America congrega investidores, concessionárias,

instaladoras, fabricantes e empreiteiras do mundo todo. A feira é a oportunidade ideal para discutir a situação atual e as tendências estratégicas dos mercados fotovoltaicos latino-americanos, bem como as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios. Juntamente com a ees Europe em Munique e a ees India em Gandhinagar, o ciclo de feiras ees está representado em três continentes.


ELETROTEC+EM-POWER SOUTH AMERICA _ ___ O evento de infraestrutura elétrica e gestão de energia

A Eletrotec+EM-Power South America é o evento de infraestrutura elétrica e gestão de energia, enfocando tanto tecnologias de distribuição de energia elétrica quanto serviços e soluções informáticas para gestão de energia aos níveis de rede, de serviços públicos e de edificações. A feira é voltada para

profissionais e empresas dos ramos de projeto, montagem e manutenção de infraestrutura elétrica atuando em geração distribuída a partir de fontes renováveis, redes de distribuição aérea e subterrânea, subestações transformadoras, iluminação pública, instalações industriais e prediais.

POWER2DRIVE SOUTH AMERICA _ ___ A feira e congresso fundamental para infraestrutura de carregamento e eletro-mobilidade na América Latina Em 2024, a Power2Drive South America fará sua estreia como a feira & congresso fundamental para infraestrutura de carregamento e eletromobilidade na América Latina, enfocando a relevância do carro elétrico na matriz energética e na sustentabilidade do transporte no futuro, e apresentando soluções inovadoras de carregamento, conceitos de bateria e modelos de negócios para uma eletromobilidade sustentável. A Power2Drive South America é o ponto de encontro ideal para

fabricantes, fornecedoras, instaladoras, distribuidoras, administradoras de frotas e de energia, fornecedoras e eletro-mobilidade e novas empresas. A feira é uma oportunidade para discutir a situação atual e as tendências estratégicas dos mercados fotovoltaicos latino-americanos, bem como as inovações tecnológicas e as novas oportunidades de negócios. Juntamente com a Power2Drive Europe em Munique e a Power2Drive India em Gandhinagar, o ciclo de feiras está representado em três continentes.


24

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Pesquisa

Os Produtos do Ano 2023 EM apresenta os resultados do tradicional levantamento que aponta o desempenho relativo de vendas das marcas no universo dos revendedores de material elétrico da Redação de EM O mercado de revenda e distribuição de materiais elétricos é pujante no Brasil: movimenta anualmente, segundo dados da Abreme – Associação Brasileira dos Revendedores de Materiais Elétricos, cerca de R$ 50 bilhões. Entre as muitas marcas existentes no mercado, há aquelas que se destacam nos canais de distribuição, sendo as mais procuradas pelos consumidores. Conhecer as marcas mais bem posicionadas em vendas é uma importante referência para a indústria do setor, consumidores e também para as lojas de materiais elétricos. E é por isso que a revista Eletricidade Moderna realiza desde 1976 a pesquisa “Os Produtos do Ano”, que justamente aponta as marcas mais vendidas de dezenas de produtos para instalações elétricas e de iluminação, a partir de respostas fornecidas por revendedores de várias regiões do País. O levantamento é composto por 36 produtos, que são de uso corrente em instalações elétricas, como lâmpadas LED, luminárias e equipamentos auxiliares de iluminação, proteção contra descargas atmosféricas, caixas,

quadros, contatores e vários outros produtos. Nesta edição, 129 revendedores e distribuidores de materiais elétricos que atuam no mercado nacional participaram do levantamento – o gráfico ao lado informa, percentualmente, em quais Estados estão localizadas as revendas pesquisadas. Já a lista com os nomes dessas empresas e onde estão sediadas está disponível na página de EM na Internet, no endereço https://www.arandanet.com.br/ assets/pdfs/PA_2023_consultados.pdf. Os resultados de desempenho das marcas, ou seja, a proporção de revendedores que apontaram determinada marca como a mais vendida, são publicados na forma de tabelas, uma para cada produto pesquisado. Para permitir aos leitores avaliar a evolução de uma marca de um ano para outro, os dados da pesquisa de 2022 são também divulgados. Um resumo das marcas vencedoras em cada um dos produtos pesquisados pode ser conferido no quadro da página ao lado.

Distribuição geográfica dos revendedores que responderam à pesquisa

Vale destacar que cada tabela tem seu universo específico, pois nem todos os revendedores comercializam todos os itens que compõem a pesquisa. Ou seja, o universo específico corresponde ao número de revendedores pesquisados que declararam comercializar o produto em questão, e não ao universo total, que seria o número total de respostas recebidas. Por conseguinte, as porcentagens apresentadas referem-se ao universo daquele produto específico, e não ao número total de respostas. Outro ponto importante é que as tabelas não trazem todas as marcas citadas pelos revendedores, tendo sido excluídas da apresentação as que não atingiram pelo menos 2% de indicações, considerando o universo de cada produto. Além disso, em alguns itens, verificam-se empates entre duas ou mais marcas na primeira colocação. Há casos em que os percentuais de indicações obtidos pelas marcas são muito próximos e o empate é evidente. Mas houve situações em que foi necessário empregar análise estatística das proporções, por meio de um programa especialmente desenvolvido para os objetivos da pesquisa. As respostas permitem ainda extrair outras informações sobre o canal de revenda de material elétrico, como os produtos mais presentes nas lojas, independentemente de marcas, e os melhores percentuais de “mais vendida” obtidos pelas marcas, em relação ao universo total da pesquisa. Essas informações podem ser conferidas nas tabelas na página ao lado que indicam, respectivamente, os dez produtos apontados como os mais comercializados e as dez marcas mais vendidas pelos revendedores pesquisados, com os produtos associados a tais indicações.


EM | Novembro / Dezembro | 2023

As marcas vencedoras de “Os Produtos do Ano 2023”

Tabela I - Os produtos mais presentes nas revendas Revendedores pesquisados que o comercializam

Produto

Produto

Marca

Abraçadeiras e identificadores para fios e cabos

Hellermanntyton

Blocos autônomos para iluminação de emergência

Segurimax

% de 129

Disjuntores industriais em caixa moldada

118

91,5

Bornes/conectores para trilhos

JNG e Weidmüller/Conexel

Fios e cabos BT

118

91,5

Botões, botoeiras e sinalizadores

WEG

Dispositivos de proteção contra surtos (DPS)

115

89,1

Caixas de ligação (caixas de derivação)

Tramontina

Minidisjuntores (disjuntores modulares)

Caixas para medidores

TAF

115

89,1

Canaletas para instalação aparente

Enerbras e Schneider Electric

Plugues e tomadas industriais

114

88,4

WEG

Dispositivos DR (Proteção Diferencial-Residual)

Chaves seccionadoras de baixa tensão (ação rápida)

113

87,6

Relés fotoelétricos

112

86,8

Interruptores e tomadas para instalação predial

111

86,0

Quadros de distribuição para instalação predial

111

Lâmpadas LED

109

Produto

WEG Legrand e Exatron

84,5

Dispositivos de proteção contra surtos (DPS)

Clamper

Dispositivos DR (proteção diferencialresidual)

Soprano

Eletrocalhas

Perfil Líder e Eletropoll

Eletrodutos isolantes e acessórios

Tigre

Eletrodutos metálicos e acessórios

Elecon

Revendedores que apontaram a marca como a mais vendida

54

41,9

Intelli

Conectores e terminais BT

51

39,5

Tramontina

Conduletes

50

38,7

HellermannTyton

Abraçadeiras e identificadores para fios e cabos

41

31,8

Clamper

Dispositivos de proteção contra surtos (DPS)

41

Steck

Plugues e tomadas industriais

39

Exatron

Sensores/ detectores de presença

39

30,2

WEG

Contatores

36

27,9

Exatron

Relés fotoelétricos

35

27,1 25,6

33

Intelli

Soprano

Hastes de aterramento

Disjuntores industriais em caixa moldada

Conectores e terminais BT Contatores Dimmers (variadores de luminosidade)

% de 129

Soprano

Tramontina

Disjuntores industriais em caixa moldada

N° Intelli

WEG

Conduletes

86,0

Tabela II - As marcas mais vendidas

Marca

Comutadores (chaves rotativas)

31,8

30,2

Ferragens para redes de distribuição

Romagnole

Fios e cabos BT

Corfio e SIL

Fusíveis tipo D e NH

WEG

Hastes de aterramento

Intelli

Interruptores e tomadas para instalação predial

Legrand e Tramontina

Lâmpadas LED

Avant

Leitos para cabos

Eletropoll, Inecel, Perfil Líder, Elecon e Real Perfil

Luminárias, projetores e refletores

Olivo e Ourolux

Material elétrico blindado

Wetzel e Telbra

Minidisjuntores (disjuntores modulares)

Soprano

Minuterias

Exatron

Perfilados e acessórios

Eletropoll e Perfil Líder

Plugues e tomadas industriais

Steck

Quadros de distribuição para instalação predial

Legrand

Relés fotoelétricos

Exatron

Sensores/detectores de presença

Exatron

Sistemas de para-raios prediais (sistema completo)

Paratec

25


26

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Pesquisa


PRODUTO

DO ANO Ferragens Eletrotécnicas Em 2023 a Romagnole mais uma vez recebe o Prêmio Qualidade em ferragens para redes de distribuição. Este reconhecimento é a prova de nosso compromisso com a qualidade e conformidade, sempre respeitando as normas vigentes.

Acesse o QR code e fale com nossos especialistas!


28

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Pesquisa



30

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Pesquisa


EM | Novembro / Dezembro | 2023

31


32

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Pesquisa



EM | Novembro / Dezembro | 2023

Guia – 1

Sistemas de armazenamento de energia

127 a 220 220 a 380

48

60

1

<2

115

32

0,8

<3

93

40

3 a 15

5,8

• •

1a 1.000

110 a 440

• • • •

0,05 a 180

100 a 380

12 a 48

10 a 1.200

-1a1

2 a 20

90 a 98

Li-Ion

4a8

40 a 100 a 220 a • • 100.000 400.000 34.500

500 a 1.500

180 a 1.700

0a1

0a5

85 a 90

Lítio=Íon

24 por módulo

1

VRLA Chumbo

44,8

0,25 a 0,5

0,5 a 1

EnerSys – (11) 99800-7359 info@br.enersys.com

200

2,4

1,75

60

20

SolaX Power – (34) 99667-0319 gilberto.camargos@solaxpower.com

50

3,27

2,5

30

30

4,5 a 1.500

2 a 12

50 a 300

4

50 a 280

3,7

Faixa de temperatura ambiente (°C)

57,6

Vida útil (anos)

50 a 100

Dados gerais Vida útil (ciclos)

Corrente máxima de descarga (A)

Corrente máxima de carga (A)

Tensão mínima da bateria (V/cel)

Tensão máxima da bateria (V/cel)

Beny New Energy – (11) 91919-0007 andre.mattioli@beny.com

WEG – (47) 99144-5342 estefano@weg.net

LiFePo

• • • •

7 a 2.500 1,5 a 2,4 1,0 a 1,85 10% C10

CSB, Taiwan, Vertiv / China

24

3

Adelco – (11) 4199-7524 bruno@adelco.com.br

Union – (11) 99357-2392 sayar@unionsistemas.com.br Victron Energy (*) www.victronenergy.com jortiz@victronenergy.com

Chumbo-puro, Redox

3

Fabricante / País de origem

Chumbo ácidas VRLA e ventiladas Até 400 LFP

Dados da bateria (continuação) Empresa – Telefone E-mail

Número de células

90

• • • • CSB, Taiwan, Vertiv / China

WEG – (47) 99144-5342 estefano@weg.net

≥5

Tecnologia

10 a 20

25

5.000

-20 a +60 > 10

> 6.000

Massa (kg)

Union – (11) 99357-2392 sayar@unionsistemas.com.br Victron Energy (*) www.victronenergy.com jortiz@victronenergy.com

0,92

Dados da bateria

Dimensões (mm)

EnerSys – (11) 99800-7359 info@br.enersys.com SolaX Power – (34) 99667-0319 gilberto.camargos@solaxpower.com

Eficiência do sistema (%)

2.500 a 2,56 a 5.000 5,12

Distorção harmônica total (DHT) (% )

480

Fator de potência da rede (cos ϕ)

Beny New Energy – (11) 91919-0007 andre.mattioli@beny.com

690

Corrente alternada máxima (A)

1.000

Tensão nominal CC (V)

Potência nominal CA (kW)

• • • •

Fabricante / País de origem

Energia máxima CA (kWh)

Para conexão CA Para conexão CC Monofásico Trifásico

Adelco – (11) 4199-7524 bruno@adelco.com.br

Empresa – Telefone E-mail

Tensão nominal da rede CA (V)

O guia traz as especificações de sistemas de armazenamento fornecidos no mercado brasileiro, como tipo de conexão (c.a. ou c.c.), faixas de potências atendidas, energia máxima, fator de potência, distorção harmônica e outras, e também detalha características das baterias empregadas: tecnologia, número de células, tensão máxima e mínima, correntes máximas de carga e descarga, temperatura de operação, dimensões e massa.

Redação de EM

Capacidade da bateria (Ah)

34

6,5 a 176 340*466*178 a 370*570*178

28 a 44

25

10 -20 a 50

3

100 a 600 100 a 600 50 a 280

50 a 280

3.000 a 6.000

2 a 15

-20 a +50

4.000 a 6.000

15 a 20

-10 a 50

Nota: (*) A empresa procura por representante para o Brasil. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 52 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, novembro / dezembro de 2023. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.



36

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Congresso

Sendi debate o papel da distribuição na transição energética

O segmento de distribuição de energia se reuniu em evento realizado no Espírito Santo, sob coordenação da Abradee e tendo a EDP como anfitriã, para discutir os desafios, oportunidades e os novos modelos de negócios impulsionados pelas mudanças em curso no setor elétrico, como a evolução da geração distribuída, abertura do mercado livre, empoderamento do consumidor, novas tecnologias, etc. Veja aqui alguns dos assuntos debatidos.

Redação de EM

C

om mais de 89 milhões de unidades consumidoras atendidas e investimentos superiores a R$ 31 bilhões em 2022, a distribuição, serviço público com maior abrangência no Brasil, passa por um período de transformações intensas, impulsionadas principalmente pelo crescimento exponencial da geração distribuída e pela progressiva abertura do mercado livre. Essas mudanças, entre outras, estão redefinindo o papel das distribuidoras e sua interação com o planejamento do sistema, bem como operação e manutenção da rede. Tais questões foram debatidas durante a 24a edição do Sendi - Se-

minário Nacional de Distribuição de Energia, realizado em Vitória, ES, em novembro. Considerado o maior evento de distribuição da América Latina, o Sendi reuniu 3,5 mil participantes e contou com a apresentação de mais de 220 trabalhos técnicos e exposição com 150 empresas, além de 39 palestras com especialistas renomados.

em transações físicas e virtuais. Ele destaca que a alta penetração desses recursos exige uma mudança de paradigma, onde as distribuidoras não apenas garantam a disponibilidade da rede, mas também desempenhem uma função de operador do sistema de distribuição. Falco ressalta a importância de discutir modelos e a nova governança da interação das distribuidoras com o ONS Operador Nacional do Sistema Elétrico, especialmente em um contexto de uso da flexibilidade proveniente dos recursos energéticos distribuídos.

De acordo com Roberto Falco, diretor associado da Accenture e um dos painelistas do Sendi, os recursos energéticos distribuídos estão criando um ecossistema complexo, com novos processos, novos agentes e maior complexidade Vítor Machado

Diante do aumento exponencial da geração distribuída – sobretudo da fonte solar, que de 2017 a 2023 registrou crescimento médio de 114% ao ano –, a questão da interação com a rede tornou-se prioritária no setor elétrico. Luiz Henrique, vice-presidente de distribuição da CPFL Energia, enfatiza a importância de todos os consumidores contribuírem para a infraestrutura de distribuição e transmissão de energia, pois acredita que a geração distribuída é vantajosa devido à existência da rede elétrica, que atua como uma “bateria nacional”, otimizando a geração e enfrentando a intermitência das renováveis. De acordo com Tatiane Pestana, gerente executiva do ONS, a “corrida do ouro” da geração distribuída, impulsionada pela publicação da Lei 14300, provocou uma série de impactos na distribuição de energia, tanto do ponto de vista ta-


EM | Novembro / Dezembro | 2023

A inversão de fluxo na rede de distribuição de energia elétrica, que ocorre quando a quantidade de energia elétrica injetada proveniente da geração distribuída é maior do que a demanda dos consumidores conectados, tem sido objeto de intenso debate no setor elétrico. Esse fenômeno provoca efeitos indesejados, como sobrecarga, desequilíbrio de tensão e interrupções no fornecimento de energia elétrica. Segundo Carlos Alberto Mattar, superintendente de regulação dos serviços de transmissão e distribuição de energia elétrica da Aneel, existem vários projetos de pesquisa e desenvolvimento em andamento, tanto de empresas de distribuição quanto de transmissão, para reduzir os impactos causados pela inversão de fluxo. Alguns deles apontam para o desenvolvimento de mecanismos mais eficientes para controle dos horários de injeção da energia, possibilitando que os centros de operação das distribuidoras atuem de forma mais efetiva e monitorem a carga dos inversores. No âmbito do ONS, Pestana enfatiza a preparação para as mudanças em curso na operação, especialmente com a expansão das fontes renováveis intermitentes. Ela destaca que a inserção dos recursos energéticos distribuídos é um

desafio inerente à transição energética e a inversão de fluxo tem sido objeto de estudos do órgão em conjunto com as distribuidoras. “Temos atualizado os requisitos de conexão dos inversores para mitigar o desligamento das cargas, realizado estudos sobre a modelagem das cargas de micro e minigeração distribuída, além de formas de representação desse cenário nos modelos de operação”. A Aneel também tem conduzido estudos em parceria com universidades, centros de pesquisa e grandes consultorias para buscar soluções para esse novo desafio. “O parecer de acesso é obrigatório, mas ainda não sabemos como operar a rede com essa quantidade de inversores nem como planejá-la”, afirma Mattar. Vítor Machado

rifário quanto operacional. Uma das consequências da inserção maciça da mini e microgeração são as variações de tensão, que, segundo Pestana, exigem mais investimentos em reforma de circuitos, aumentando o Capex das empresas. Além disso, ela ressalta o carregamento da rede, que registra aumento brusco de consumo na ponta, entre 18h e 20h, por conta da saída da geração solar e entrada das cargas. Por sua vez, Alisson Chagas, superintendente de engenharia da Cemig, relata que a expansão da GD exige das concessionárias investimentos significativos em pessoal e ferramentas de análise. Segundo ele, entre 2018 e 2022, a Cemig investiu aproximadamente R$ 2,3 bilhões em obras para conexão da geração distribuída e em reforços na rede devido ao impacto dessa modalidade de geração.

Tatiane Pestana, do ONS: “Temos atualizado os requisitos de conexão dos inversores para mitigar o desligamento das cargas, realizado estudos sobre a modelagem das cargas de micro e minigeração distribuída, além de formas de representação desse cenário nos modelos de operação”

Pestana enfatiza a colaboração entre o ONS e a Aneel na discussão do tema sobre recursos energéticos distribuídos, visando avanços na operação do sistema e também na regulação setorial. Ela informa que o ONS está revisando seu planejamento estratégico para lidar com a operação cada vez mais complexa do sistema. “Estamos investindo em diversas tecnologias, processos e ferramentas para suporte e operação do sistema em tempo real devido à inserção massiva de geração renovável intermitente”, afirma. Outra consequência da descentralização, segundo a gerente executiva do ONS, é a necessidade de sinais de preço

para que, a partir de incentivos adequados, os recursos energéticos distribuídos prestem serviços para modulação da carga. “Essa questão envolve correção de encargos e subsídios e criação de modelos que reflitam melhor a realidade operativa”, afirma. Ela prevê a elaboração de uma plataforma onde recursos distribuídos possam ofertar serviços diretamente para distribuidoras ou para o ONS. Mattar também destaca a importância de precificar serviços que podem ser prestados pela geração distribuída e auxiliarem tanto a operação do sistema quanto a melhoria da qualidade do fornecimento. “Estamos trabalhando em conjunto com o ONS uma forma de precificar esses serviços ancilares”. De acordo com Pestana, o ONS também está trabalhando junto com as distribuidoras no desenvolvimento de comandos que permitam controle, segurança e qualidade à operação do sistema. Além disso, ela pontua a necessidade de avanços em requisitos de comunicação e de interoperabilidade dos equipamentos de geração distribuída para viabilizar a gestão desses ativos nas salas de controle das distribuidoras. A gerente executiva ressalta que a implementação desses mecanismos permitirá um controle mais preciso da geração, possibilitando que os geradores distribuídos recebam comandos para ofertar flexibilidade ao sistema de distribuição. “No entanto, deve haver uma atuação do regulador junto a essa geração distribuída no sentido de aprovar requisitos que viabilizem esse processo”, destaca.

Mercado livre Tendo em vista a abertura total do ACL - Ambiente de Livre Comercialização a clientes de média e alta tensão e seus impactos na distribuição, o assunto também foi pauta no evento. O mercado livre de energia detém atualmente cerca de 37 mil consumidores no Brasil e já responde por 35% da carga. Com a ampliação do acesso em janeiro de 2024, que permitirá a migração a indústrias e estabelecimentos comerciais atendidos em tensão acima de 2,3 kV, a estimativa é de que mais de 70 mil unidades

37


38

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Congresso

Especialistas destacam a importância de uma liberalização do mercado equilibrada, respaldada por regras bem definidas, a fim de assegurar a sustentabilidade do negócio. Segundo Luiz Henrique, da CPFL, é preciso debater o funcionamento do mercado livre, incluindo questões como inadimplência, retorno ao mercado cativo, etc. Ele ressalta que é crucial considerar as consequências no mercado regulado da transferência massiva de clientes para o ambiente de livre comercialização. “Trata-se de um grande desafio para a regulação e para a política setorial e muito maior para a distribuição, que terá que se reorganizar para enfrentar esse ambiente”. Em meio a uma gama de obstáculos e diversas propostas de solução, o consenso geral é de que o primeiro grande desafio do segmento de distribuição é desvincular a remuneração do fio e da energia. Segundo os especialistas, essa mudança vai esclarecer as responsabilidades, custos e remunerações associados a cada uma das funções. Ricardo Tili, diretor da Aneel, defende que essa separação proporcionará maior transparência e empoderamento ao consumidor, que poderá efetivamente pagar pela parte de distribuição à concessionária e optar onde comprar energia. “Uma vez que os custos de distribuição aumentam menos do que a inflação, o consumidor terá maior clareza de vários componentes que não são de distribuição e estão embutidos na tarifa”. De acordo com Marcos Madureira, presidente da Abradee - Associação Brasileira de Distribuidores Energia Elétrica, a parcela da tarifa referente à energia não oferece ganhos substanciais para as distribuidoras, uma vez que a energia é comercializada pelo mesmo preço que foi adquirida em leilão. “O negócio da distribuidora é o fio. Desta forma, em teoria, tanto faz atender um consumidor do mercado livre ou do cativo, já que a distribuidora é remunerada pelo uso da rede, utilizada tanto pelos consumidores atendidos no ACL quanto ACR”.

Vítor Machado

consumidoras estejam aptas a aderir à nova modalidade.

Marcos Madureira, da Abradee: “Tanto a abertura de mercado quanto a introdução de recursos energéticos distribuídos não podem trazer custos para o consumidor”

Para João Marques, presidente da EDP, a liberalização do mercado não é incompatível com a distribuição. Segundo ele, a comercialização de energia é uma responsabilidade não desejada pelas distribuidoras, pois o cerne do negócio é a gestão da rede. No entanto, Marques defende que a abertura seja gradual, pois reconhece que há questões muito pertinentes a serem tratadas nesse processo. “Até chegar na pessoa física, há que ter alguma experiência nesta evolução. Quem decide ficar no mercado cativo não pode ser penalizado”, completa. Para Marques, a venda de energia deve ser, por um lado, feita a preços de mercado, mas, por outro, é necessário que também exista um preço regulado, definido pelo Estado, que garanta o acesso à energia a todos os brasileiros. “Será que o mercado livre está interessado em vender energia a todos? Será que não vai exigir garantias de renda mínima?”, questiona. Para Luiz Henrique, os mercados regulado e livre vão coexistir, e haverá espaço para ambos, mas ele destaca a importância de evitar que um prejudique o outro. “Muitos consumidores não vão migrar porque não serão representados por um comercializador varejista”, prevê. Segundo Madureira, há efeitos produzidos pela migração que impactam os consumidores e, consequentemente, as distribuidoras. Um deles é o aumento dos custos para os que permanecem no mercado regulado em função do pagamento do lastro de capacidade, considerado essencial para a segurança do setor elétrico. “O lastro, cuja energia é mais cara, é necessário ao funcionamento do sistema. Então, a abertura deve prover equilíbrio entre os dois mercados”. Madureira destaca ainda que a geração distribuída, por não pagar pelo uso da rede de distribuição e não recolher en-



40

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Congresso

Outro impacto causado pela migração ao mercado livre e pela evolução da geração distribuída é a sobrecontratação de energia, haja vista que as distribuidoras têm contratos de compra de longo prazo, aponta o presidente da Abradee. Madureira destaca que a sobrecontratação é sistêmica e, portanto, não é possível realocar a energia, que acaba sendo liquidada ao valor do PLD – Preço de Liquidação das Diferenças. “Se o PLD é inferior ao preço de compra de energia, essa diferença é mais um item que onera o consumidor”, afirma. A proliferação dos recursos energéticos distribuídos, o crescimento da eletrificação, a expansão dos veículos elétricos e das soluções de armazenamento de energia também causam preocupação em relação à capacidade das redes. Para João Marques, a rede de distribuição brasileira é bem estruturada, embora necessite de maior resiliência e automação para enfrentar esse novo cenário. Carlos Andrade, vice-presidente de clientes e inovação da EDP, destaca a colaboração entre empresas e universidades, por meio de projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), para encontrar soluçõesenovosmodelosdenegóciopara o segmento de distribuição. Segundo ele, as startups também têm sido procuradas para ajudar na transição energética e no novo papel das distribuidoras no futuro. A perspectiva é de que as distribuidoras

João Marques, da EDP: “Quem decide ficar no mercado cativo não pode ser penalizado”

sejam facilitadoras nas relações entre os diversos agentes do sistema. Para Marques, a inovação deve surgir a partir das necessidades operacionais. “Não se pode impor a inovação à operação. É a operação que tem que sentir o que deseja. Muitos dos nossos desenvolvimentos de inovação são derivados de necessidades operacionais”. Para ele, o relacionamento com startups também nasce da demanda interna. “Colocamos os desafios para as startups buscarem soluções”. Apesar dos esforços no sentido da inovação, a evolução tecnológica é reconhecida como um desafio, sendo a informação considerada peça chave para o sucesso das companhias. No setor elétrico, prevê-se que a informação vai permitir maior fiscalização, melhor conhecimento dos hábitos do consumidor e a criação de tarifas personalizadas. Nesse contexto, a medição inteligente assume papel de destaque, uma vez que muitos profissionais do setor elétrico apontam que, para o desenvolvimento de uma tarifa dinâmica, capaz de oferecer a possibilidade de gestão, é essencial que o consumidor tenha acesso às informações de consumo. Madureira também aposta na medição inteligente como um meio para a criação de uma tarifa mais adequada aos consumidores de baixa tensão. “É fundamental usar os recursos desses medidores, oferecendo uma sinalização ao consumidor do momento mais adequado para usar a energia. Ao mesmo tempo, para o maior avanço do smart metering, é necessário desenvolver essas tarifas”. Segundo Tili, existe hoje uma demanda crescente por uma tarifa que reflita melhor o anseio da sociedade. “O atual modelo tarifário do Brasil está gerando

Vítor Machado

cargos, transfere custos para o mercado regulado. “Os subsídios são uma prática nociva no Brasil. Tanto a abertura de mercado quanto a introdução de recursos energéticos distribuídos não podem trazer custos para o consumidor”, reforça. João Marques acredita que a distribuição e geração distribuída não são opostas, desde que haja transparência e ausência de subsídios cruzados. A alta carga de tributos na conta de energia, que encarece a conta e, por conseguinte, aumenta a inadimplência e o furto de energia elétrica, é considerada prejudicial pelas distribuidoras.

algumas distorções que podem inviabilizar o desenvolvimento em algumas áreas de concessão”, afirma. Para contribuir com a evolução do modelo tarifário, a Aneel tem se dedicado a projetos piloto denominados sandboxes. A primeira chamada foi lançada em abril, que resultou na aprovação de seis das 14 propostas apresentadas: Tarifa binômia aplicada a consumidores de baixa tensão, da CPFL; Sandbox para consumidores residenciais, da Enel; Piloto sobre resposta de demanda na baixa tensão, da EDP; Aplicação conjunta de tarifas binômias na TUSD e Time of Use (TOU) na TE para baixa tensão, da Neoenergia; Tarifa horo-sazonal-locacional, da Equatorial; e Tarifa horária - Time of Use (TOU), Dinâmica e PréPagamento, da Energisa. A metodologia de sandbox prevê uma autorização temporária para que os agentes desenvolvam modelos de negócios inovadores e avaliem técnicas e tecnologias, mediante o cumprimento de critérios e de limites estabelecidos pela agência reguladora. Tili destaca que o projeto piloto permite testar a inovação tecnológica em um ambiente controlado, verificando as reais consequências das mudanças e oferecendo a possibilidade de aplicação prática. “Não se pode fazer uma mudança drástica em toda uma área de concessão. É uma curva de aprendizado”. Recentemente, a Aneel aprovou a abertura da segunda chamada pública para recebimento de propostas de sandboxes tarifários das distribuidoras. As empresas poderão apresentar propostas por meio do sistema eletrônico da Aneel, que vai avaliar e autorizar o início de execução dos projetos. O programa de P&D prevê três chamadas públicas para experimentações tarifárias, ao longo dos cinco anos de vigência do projeto.

Armazenamento de energia De acordo com Tili, assim como não há avanço tarifário sem medição inteligen-



EM | Novembro / Dezembro | 2023

Congresso te, a expansão das energias renováveis implica o desenvolvimento do segmento de armazenamento de energia. E esse foi outro tema discutido no Sendi, e que é foco de consulta pública da Aneel. O órgão abriu em outubro a CP 039/2023 para discutir alternativas de soluções regulatórias para a inserção de sistemas de armazenamento de energia no Setor Elétrico Brasileiro (SEB). A meta das propostas é fazer adaptações regulatórias para permitir que os sistemas de armazenamento, incluindo usinas reversíveis, sirvam como ferramenta de apoio à transição energética. Ao todo, a Aneel propõe na consulta pública oito soluções normativas e cinco não-normativas. Entre as primeiras, destacam-se os modelos propostos para definição do montante, contratação e tarifação pelo uso do sistema de transmissão e distribuição (MUST-D, CUST-D e TUST-D) pelas baterias. Também há proposta para definições de outorga para usinas reversíveis, para armazenadores autônomos, usinas com sistemas de armazenamento e para aprimoramento de modos de remuneração. No caso das propostas não-normativas, há sugestões para elaboração de procedimentos para a divulgação de dados

Divulgação

42

Ricardo Tili, da Aneel: “É necessário blindar a rede o máximo possível contra os eventos climáticos e ter um plano de ação para recompô-la rapidamente”

da regulação e sobre o mercado, além de critérios para incentivar no País projetos de pesquisa e unidades piloto. Há ainda a preocupação em adotar medidas para ampliação do conhecimento sobre os sistemas, com fomento a cursos e eventos, e de criação de agendas entre instituições públicas e privadas ligadas ao setor para fomentar a tecnologia. A proposta da Aneel dividiu o tema em três ciclos temporais, todos eles com períodos de 18 meses. No primeiro, de 2022/2023, o foco é caracterizar os recursos de armazenamento e definir os serviços a serem prestados. Fazem parte dessa agenda ainda o acesso da energia armazenada à comercialização e ajustes para eliminar barreiras regulatórias aos serviços prestados ao sistema. O segundo ciclo, 2023/2024, abordará as especificidades das usinas hidrelétricas reversíveis de ciclo aberto, ou seja, aquelas não conectadas a um curso

d’água ou que não interfiram significativamente no regime hidrológico. Essa etapa também tem meta de avaliar os chamados sandboxes regulatórios para questões de interesse, como as receitas necessárias para viabilizar economicamente o armazenamento. No último ciclo, 2024/2025, estão previstos debates mais complexos, como os que envolvem regulação sobre os agregadores de serviços, além de simulações nos modelos computacionais e exploração de novos modelos de negócio como aplicações de armazenamento para a mitigação de curtailment e constrainedoff das usinas de geração. Eventos climáticos Apesar de já fazer parte da agenda do evento, as discussões sobre a relação dos eventosclimáticoscomofornecimentode energia foram ampliadas em virtude do apagão em São Paulo desencadeado por uma tempestade, que deixou sem energia milhares de consumidores durante dias, no início de novembro de 2023. Segundo Madureira, as concessionárias de distribuição estão se preparando para lidar com a maior frequência e intensidade desses fenômenos. A automação das redes é considerada uma


EM | Novembro / Dezembro | 2023

das principais estratégias para melhorar tanto a continuidade do fornecimento quanto reduzir a duração de faltas. “Há produtos inovadores que permitem, por exemplo, a identificação automática de uma falta de energia e a avaliação da viabilidade de religamento parcial do sistema”. Além disso, segundo ele, a automação das redes também assume maior importância pela dificuldade de deslocamento das equipes, seja por conta do trânsito ou em momentos de caos, como quedas de árvores, enchentes, etc. “Investir em equipamentos de proteção a distância é um ganho importante para as empresas”, considera o presidente da Abradee. Para Tili, diretor da Aneel, a maior frequência e intensidade dos eventos climáticos exigem respostas mais rápidas e um plano de ação preventivo para reduzir os impactos causados. “É necessário blindar a rede o máximo possível con-

tra esses eventos e ter um plano de ação para recompô-la rapidamente”. Já João Marques, da EPD, considera que a evolução dos eventos climáticos exige um processo de melhoria contínua das redes, a fim de garantir maior resiliência do sistema, e defende a capilaridade da rede como uma forma de reduzir falhas no fornecimento. “A queda de uma árvore em uma localidade servida por uma linha ponto-a-ponto cortará o fornecimento total de energia. Já uma área atendida por uma rede de vários pontos terá maior resiliência. O futuro requer cada vez mais um sistema elétrico robusto e moderno”. Outro ponto abordado pelo presidente da EDP é a necessidade de gestão e equilíbrio entre rede e arborização para garantir segurança à operação. “A localização, tipo de árvores assim como o tipo de fio a ser usado devem ser considerados num planejamento”. Ele também aposta em planos de

contingência para resolver falhas mais rapidamente. “No momento do acontecimento, não há capacidade de resposta se não houve planejamento”. Marques salienta ainda que o investimento para melhoria das redes é fundamental para a qualidade do serviço e não pressupõe necessariamente aumento das tarifas. “No Espírito Santo, a EDP mais do que duplicou o investimento sem impacto significativo nas tarifas”, afirma. Quanto à expansão das redes subterrâneas para proteger as redes dos eventos climáticos, Marques reconhece sua eficácia, mas ressalta a necessidade de um olhar cuidadoso para a solução devido aos altos custos e sugere um co-pagamento para aqueles que se beneficiam dessa tecnologia, que não é acessível a toda a rede de concessão. “Não podemos considerar a rede subterrânea como uma solução básica”, conclui.

43


44

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Feira

De olho na inovação, ExpoSendi 2023 apresenta novas tecnologias Redação de EM

C

onsiderado o maior evento de distribuição da América Latina, o Sendi 2023 reuniu mais de 3,5 mil participantes e contou com uma ampla programação, que incluiu mais de 220 trabalhos técnicos, 39 palestrantes, Rodeio Nacional dos Eletricistas com a participação de 15 equipes de seis estados, pitchs com mais de 20 startpus, além de networking, workshops e atrações culturais e artísticas. Realizado entre os dias 7 e 10 de novembro pelo Instituto Abradee, tendo a EDP como anfitriã, o evento ocupou mais de 20 mil metros quadrados no Pavilhão de Carapina, e

promoveu o debate sobre os principais desafios e oportunidades do segmento, compreendendo macrotendências de transformação do setor de energia, gestão inteligente da rede, soluções para clientes, tendências e fomento à inovação, sustentabilidade do negócio e liberalização do mercado. Entre os temas debatidos, destacaram-se o aceno positivo para a abertura de mercado, porém com tratamentos regulatórios; a previsibilidade regulatória, reforçando diretrizes para a prorrogação das concessões de forma não onerosa; e a diminuição dos subsídios. A próxima edição aconte-

cerá em 2025, em Belo Horizonte, MG, tendo como empresa anfitriã a Cemig.

Gestão de transformadores

ao transformador, é possível coletar dados de temperatura, corrente, tensão, etc. Tais dados são disponibilizados automaticamente por meio de conexão wi-fi, Ethernet/IP ou 4G e analisados pelo módulo Specialist, que aplica algoritmos de inteligência artificial e machine learning para diagnóstico dos transformadores. Segundo a empresa, a solução possibilita otimizar as paradas dos transformadores para manutenções preventivas, além da identificação e envio de alarmes em casos de falhas ligadas à sobretensão secundária ou sobreaquecimento.

Simulador de regulador de tensão

A WEG mostrou na feira a solução Weg Transformer Fleet Management, desenvolvida para monitorar e elevar a disponibilidade da frota de transformadores dos tipos seco e a óleo. Por meio do WEG Industrial Transformer Scan, acoplado

www.weg.net

O Sendi 2023 contou ainda com uma área expositiva com mais 150 empresas participantes, a ExpoSendi, onde foram expostos diversos produtos para o segmento de distribuição de energia. Em um cenário de transição energética, novas tecnologias são consideradas essenciais para enfrentar desafios crescentes relacionados à demanda de energia, mudanças climáticas e crescimento da eletrificação, entre outros temas. Algumas dessas soluções são aqui apresentadas.

A TSEA apresentou no evento o SimVolt, um simulador de regulador de tensão, desenvolvido com tecnologia


engenharia

Há 44 anos levando energia para as principais obras do país.

Ano após ano estamos expandindo nossas operações e investindo em tecnologia, com soluções para atender obras industriais, de geração de energia, corporativas e de infraestrutura. Acesse nosso site e entre em contato com nossa equipe de engenharia.

mse.com.br


46

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Feira exclusiva pela companhia. Segundo a empresa, o equipamento demonstrou eficiência, precisão e segurança em testes de performance em uma ampla gama de tarefas essenciais para o controle de tensão. A TSEA também expôs sua linha de reguladores monofásicos. www.tseaenergia.com.br

Monitoramento inteligente A FiberX, que atua nas áreas de telecom, renováveis, serviços e treinamentos, divulgou na exposição as soluções que fornece, como monitoramento e suporte para redes; consultoria especializada para design de redes e projetos de infraestrutura; implantação e comissionamento de infraestrutura de projetos e equipamentos; fornecimento de equipamentos fotovoltaicos para projetos de pequeno a grande porte, etc. Um dos destaques na feira foi o Mise – Monitoramento Inteligente para o Setor Elétrico, uma solução de monitoramento inteligente de vídeo baseado em inteligência artificial, que permite que os ativos sob inspeção possam ser encontrados com precisão. Segundo a empresa, isso possibilita a melhoria de precisão dos alarmes, de modo que as equipes de operação e manutenção tenham mais clareza da situação, acelerando o tempo de resposta para solução do problema.

terminais, espaçadores, isoladores poliméricos, barramentos, caixas e aterramentos. O grampo de linha viva GLV 40 XFR é utilizado para conexões na rede primária 15, 25 e 36 kV, envolvendo fios e cabos de cobre e alumínio nas combinações alumínio-alumínio, alumínio-cobre e estribos e alumínio-cobre. www.condumax.com.br / www.incesa.com.br

Transformadores A Itaipu Transformadores destacou no evento seus transformadores de força na potência de até 40 MVA, nas classes de 15, 24,2, 36,2, 72,5 e 145 kV. Feito sob medida para cada tipo de projeto, o equipamento é indicado para subestações de distribuição

www.fiberx.com.br

Cabos, conexões e acessórios A Condumax apresentou na feira seus diversos modelos de fios e cabos de cobre BT e cabos de alumínio. Já a Incesa, que fornece soluções de conexões e acessórios para a distribuição de energia, mostrou na ExpoSendi seus conectores, grampos,

de concessionárias, subestações industriais, etc. A empresa também mostrou na feira transformadores monofásicos e trifásicos de distribuição, de média força com enchimento integral, a seco, pedestais e subterrâneos, entre outros. www.itaiputransformadores.com.br


EM | Novembro / Dezembro | 2023

Ferramentas para manutenção

Compensador de potência reativa

A Ritz fornece ferramentas para manutenção em sistemas energizados e desenergizados. Na feira, a empresa mostrou diversos produtos que fabrica, como varas e bastões de manobra, instrumentos de testes e detecção de tensão, ferramentas para aterramento temporário, coberturas e luvas isolantes, ferramentas universais, plataformas e escadas, além de ferramentas para trasmissão, como bastões isolantes, berços, jugos, etc.

Um dos produtos apresentados pela ITB na exposição foi o compensador dinâmico de potência reativa. Segundo a empresa, o equipamento fornece flexibilidade e adequação ao sistema, compensação por

www.ritzbrasil.com

fase, medição de tensão, corrente e fator de potência por fase, regulagem por fator de potência e por tensão, operação automática ou manual. Entre as principais vantagens da solução, a ITB destaca a postergação de investimentos, redução dos níveis de corrente a montante com consequente redução das perdas, possibilidade de atenuação de harmônicos, manutenção reduzida, elevação da vida útil dos elementos reativos, etc. ww.itb.ind.br

Chave de distribuição A S&C divulgou em seu estande a chave de distribuição subterrânea Vista Green, que não usa gás SF6, mas sim uma composição com gás isolante Novec 4710, da 3M. Segundo a empresa, o dispositivo conta com três posições com aterramento, simplificando ma-

47


48

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Feira nobras e manuseio de cabos. Possui gaps padrão para visão das posições da chave, atende a padrões de resistência a arco, e tem tanque hermeticamente selado para eliminar a manipulação de gás pelos operadores, entre outras características. sandc.com/vistautilities

Medição de energia A Nansen apresentou a plataforma de medição de energia Sanplat, que reúne funções de medição, faturamento, gerenciamento de dados, coleta automá-

tica de dados dos medidores, controle de carga, monitoramento de status, análise de perdas, estatísticas, relatórios, alarmes, etc. Segundo a empresa, a solução otimiza a operação em campo, reduz o custo operacional e eleva a qualidade do serviço. nansen.com.br

Serviços, consultoria A CPFL Soluções fornece diversos serviços para empresas, visando proporcionar economia e melhoria de desempenho em energia. A companhia fornece consultoria para a gestão de energia; apoio no mercado livre, desde o processo de habilitação até gestão das operações; trabalha com créditos de carbono, utilizados pelas organizações para compensar ou abater as emissões de

gases de efeito estufa; e oferece serviços de infraestrutura e de energia, desde a construção até energização nos segmentos de transmissão, subestações e cabines de medição. A empresa também atua na manutenção em instalações elétricas, reforma de transformadores e equipamentos elétricos, eficiência energética e geração distribuída.

Espaçador com garras O espaçador losangular com garras, apresentado na feira pela PLP, é utilizado em redes compactas de distribuição, com cabos cobertos. É pendurado em cabos mensageiros e utilizado como suporte para manter o espaçamento dos cabos condutores em um sistema trifásico. O projeto das garras tem a função de segurar os cabos

mantendo a pressão de aperto através de um sistema mecânico. O produto é fabricado por um processo de injeção em polietileno de alta densidade na cor cinza e com resistência ao trilhamento elétrico. A PLP também mostrou seu isolador pilar polimérico com fixação para cabos, entre outras soluções. www.plp.com.br

Produtos fotovoltaicos A Fortlev, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos, mostrou na Exposendi, os produtos que oferece no mercado, como módulos fotovoltaicos, caixas de passagem, estruturas de solo, tecnologia para bombeamento solar, etc. A estrutura de

solo fornecida pela empresa é fundada em concreto e tem suporte monoposte para dois módulos em orientação de retrato. É feita em aço Z-600 com duplo banho de zinco. fortlevsolar.com.br

Cabos, hastes e acessórios O Grupo Intelli mostrou na feira os diversos produtos fornecidos, como condutores, fios e cabos bimetálicos,

hastes e acessórios para aterramento, terminais, luvas de emenda, conectores, grampos e ferramentas de aplicação. O cabo de alumínio coberto, um dos destaques, possui condutores de alumínio compactados com cobertura em XLPE para 15, 25 e 35 kV, disponíveis em cabos de 35 a 300 mm2. www.grupointelli.com.br

Serviços metereológicos A Tempo OK, que atua no desenvolvimento de tecnologias, soluções e serviços meteorológicos para diversos setores da economia, como o setor elétrico, eventos e infraestrutura, também participou da Exposendi. A empresa conta com um banco de dados meteorológico, assessoria técnica especializada, dashboards intuitivos e personalizáveis. Atua na modelagem meteorológica regional de alta resolução, previsão de curto (até 15 dias) e longo prazo (até 1 ano), análise climática (projeção até 30 anos), monitoramen-



50

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Feira to meteorológico e desenvolvimento de novas tecnologias. www.tempook.com

Usinas fotovoltaicas A Romagnole fornece soluções completas para usinas fotovoltaicas em projetos acima de 1 MWp. O kit gerador, que foi apresentado na feira, é dimensionado de acordo com o projeto, e conta com

Disjuntores e religadores A Magvatech destacou na feira os disjuntores trifásicos a vácuo e religadores automáticos. Projetados com sistema de controle e proteção e tecnologia de interrupção a vácuo, os religadores Rec 15/25/35 são utilizados para automação de alimentadores radiais e de loops e painéis de distribuição em subestações. Possuem contatos digitais 12 saídas e 12 entradas, conectividade sem fio, automação de rede Rezip e até quatro disparos. Outras características: medição de dados de tensão, corrente e potência, suporte aos protocolos Modbus, DNP3 e IEC-104, carga fria e filtro de inrush, lógica programável personalizada, etc. magvatech.com.br

equipamentos fabricados pela companhia, como transformadores, cabines metálicas, estruturas fixas e trackers, religadores, skids e redes de distribuição, e outros produtos fornecidos por empresas do mercado, como módulos, inversores e acessórios.

Multimedidor portátil A linha ADR1000 foi um dos destaques da Montrel na feira. Trata-se de um multimedidor portátil trifásico,

www.romagnole.com.br

Compressão de terminais O cabeçote prensa terminal de compressão, lançado pela Restart, tem o objetivo de simplificar e otimizar o processo de

compressão de terminais, luvas e emendas, proporcionando uma crimpagem precisa. Um dos objetivos do produto é garantir maior controle e segurança durante a conexão. www.restartbrasil.com.br

que utiliza clamps (TCs) para monitorar a carga da unidade consumidora durante ensaios, evitando interrupções no fornecimento de energia. Segundo a empresa, o equipamento permite a execução do ensaio utilizando a carga da unidade consumidora de forma rápida e precisa. Conta ainda com proteção contra queima por ligação incorreta, sendo uma ferramenta


EM | Novembro / Dezembro | 2023

segura para operações em campo, minimizando riscos e prevenindo danos, afirma a empresa.

Resina para instalação de postes

montrel.com.br/p

A H.B. Fulller mostrou na exposição uma alternativa ao concreto para engastamento de postes e instalação de estruturas verticais. Trata-se da Fast 2k, uma resina expansível de poliuretano hidrofóbica de duas partes que se expande para preencher o vazio periférico entre

Comunicação via satélite A Velp Tecnologia apresentou o vSkyRecloser, uma solução para o controle de religadores e dispositivos em regiões remotas. De acordo com a empresa, a tecnologia via satélite assegura alta disponibilidade mesmo quando há falhas de outros meios de comunicação. A companhia também fornece soluções para medição de clientes via satélite, de telemetria de estações pluviométricas e comunicação com equipes de campo. velp.com.br

um poste e o solo. A empresa afirma que, devido à alta resistência, o produto pode suportar estruturalmente o poste sem que as propriedades físicas sejam afetadas pelas condições de solo úmido. Entre 15 e 30 minutos após aplicada, a espuma atinge 80% da sua força total, permitindo a instalação de dispositivos e transformadores. fast2k.com

51


EM | Novembro / Dezembro | 2023

Guia – 2

Barramentos blindados

Acabamento

Corrente suportável nominal (1s) kA (Icw)

690

350 a 6.000

50

Flexmaster – (51) 3334-0005 flexmaster@flexmaster.ind.br

até 1.000

250 a 2.000

45

4

Forza – (41) 99891-7236 comercial01@forza-ind.com.br

até 1.000

800 a 4.000

65

12

-5 a +40

• • • •

• •

42 a 54

GPB Barramentos – (11) 4752-9900 vendas@gimipogliano.com.br

até 1.000

160 a 6.300

120

12

-5 a +55

• • • • • • •

55 a 68

Holec Barras – (15) 3268-1773 vendas@hbindustria.com.br

1.000

200 a 6.000

60

12

-10 a +40

• •

31 a 55

Helzin – (11) 2634-3330 contato@helzinsolutions.com.br

1.000

250 a 5.000

20 a 200

10

-35 a +40

• •

Novemp – (11) 99408-7329 vendas@novemp.com.br

830

800 a 4.000

44,5 a 87

8

-5 a 40

31 a 55

Powerbus – (47) 3344-0938 wmotta@powerbus.com.br

38.000

800 a 33.000

31,5 a 400

12 a 170

-10 a +55

• •

• •

31 a 65

Prodesbus – (11) 98377-1370 alex.caetno@prodesbus.com.br

1.000

160 a 6.000

300

35 a 60

• • • • • • •

31 a 66

Vepan – (11) 99133-4032 vendas@vepan.com.br

1.000

250 a 5.000

12 a 120

8

-5 a 40

• • • • • • •

31 a 55

WEG – (47) 3276-4000 elius@weg.net

690

250 a 6.300

12 a 120

1

-15 a +45

• • • • • • •

31 a 55

Grau de proteção (IP)

5 a 45

• • •

31 a 55

• •

31 a 52

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 38 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, novembro / dezembro de 2023. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Barras

de cobre de alumínio em aço em alumínio zincado epóxi a pó poliéster a pó

BBTEC – (11) 3421-4896 comercial@barramentosblindados.com.br

Temperatura ambiente (°C)

Empresa – Telefone E-mail

Invólucro

Corrente nominal (A)

Redação de EM

Nível básico de impulso (kV)

Entre as vantagens dos barramentos blindados, destacam-se a rapidez e segurança na instalação, menores perdas elétricas, flexibilidade, baixa manutenção e menor necessidade de espaço. O guia apresenta a oferta de fornecedores dessas chamadas linhas pré-fabricadas, com as especificações técnicas e materiais empregados na fabricação ― a descrição das características dos produtos inicia-se aqui e continua na página 54.

Tensão nominal (V c.a.)

52

55


TEMOSASOLUÇÃO

COMPLETA

PARAASUAI NSTALAÇÃO

PAI NELDEDI STRI BUI ÇÃO EM BAI XATENSÃO ATÉ6300A

CONHEÇA NOSSASSOLUÇÕES Ski dEcosol arGI R; Quadr osepai néi sdebai xat ensãoaar ; Bar r ament osbl i ndados; Si st emademedi çãoel et r ôni cacent r al i zada;

Pai néi sdemédi at ensãoi sol adosem SF6; Manut ençãopr edi t i va,pr event i va,emer genci al ; Sensordemoni t or ament odet emper at ur a; Revi sãopr ogr amada.

+55( 1 1 )47529900

gr upogi mi . com. br

vendas@gi mi . com. br

GI MISol uções

Par amai or es i nf or mações


EM | Novembro / Dezembro | 2023

Guia – 2

Forza – (41) 99891-7236 comercial01@forza-ind.com.br GPB Barramentos – (11) 4752-9900 vendas@gimipogliano.com.br HB Holec Barras – (15) 3268-1773 vendas@hbindustria.com.br Helzin – (11) 2634-3330 contato@helzinsolutions.com.br Novemp – (11) 99408-7329 vendas@novemp.com.br Powerbus – (47) 3344-0938 wmotta@powerbus.com.br Prodesbus – (11) 98377-1370 alex.caetno@prodesbus.com.br Vepan – (11) 99133-4032 vendas@vepan.com.br WEG – (47) 3276-4000 elius@weg.net

Não ventilado

Baixa impedância

Para transmissão, sem caixas de derivação

Para distribuição, com caixas de derivação extraíveis

Barreira corta fogo (min)

BBTEC – (11) 3421-4896 comercial@barramentosblindados.com.br Flexmaster – (51) 3334-0005 flexmaster@flexmaster.ind.br

Ventilado

Empresa – Telefone E-mail

Normas técnicas

Barras coladas

Configuração

Barras espaçadas

54

120

• •

ABNT NBR

IEC

61439-1/6

61439-1/6 60439-2

120

61439-6

61439-6

240

61439-1/6

61439-1/6

61439-6

61439-6

61439-1/6

61439-1/6

5410

61439

60

61439-6

62 271-200

240

61439

61439

120

61439-1/6

61439-1/6

120 a 240

61.439-6, 60.529, 5410 e 16019

61439-6 e 60529

Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 38 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, novembro / dezembro de 2023. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.



56

EM | Novembro / Dezembro | 2023

EM Aterramento

Revisandoos DPS

DPS tipo I se situa entre 12,5 kA e 50 kA (10/350 µs), a corrente de surto para o DPS tipo II deve, na maioria dos casos, ser de 20/40 kA (8/20 µs) e para o tipo III, no máximo, de 10 kA ( 8/20 µs).

Sergio Roberto Santos

Sendo esta nossa última edição do ano, vale a pena revisar conceitos básicos sobre os Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS), para que possamos utilizá-los corretamente. Um DPS não realiza trabalho ou transmite informações. Por isso uma instalação pode operar sem eles, mas neste caso fica vulnerável às sobretensões transitórias e correntes de surto, provocadas por descargas atmosféricas, diretas ou indiretas, ou chaveamentos. Anualmente muitos equipamentos, como câmeras e elevadores, por exemplo, falham devido à falta de Medidas de Proteção contra Surtos (MPS), sem que seus proprietários sejam alertados sobre isso pelos prestadores de serviço da área elétrica. Os DPS não são filtros, estabilizadores ou nobreaks, não os substituindo ou sendo substituídos por eles. Sua função é desviar uma corrente de surto, de alta intensidade e curtíssima duração, voltando ao estado inicial após o final deste processo. Caso a sobretensão em seus terminais seja temporária e não transitória, ele poderá ser destruído. Por isso, como outros componentes de uma instalação elétrica, a sua integridade e atuação depende de vários fatores que vão além da sua própria qualidade. Apesar de possuir a palavra proteção em seu nome, um DPS precisa ter à montante um dispositivo de proteção contra sobrecorrentes, fusível ou disjuntor, cujo valor da corrente nominal não é calculado pelo projetista mas indicado pelo fabricante do DPS na sua folha de dados. Como os DPS podem terminar a sua vida útil como uma chave fechada, ele deve ser retirado do cir-

cuito sem colocar em risco a instalação, caso isto aconteça. O principal parâmetro de um DPS é o seu tipo (classe), que indica a sua posição, em relação às Zonas de Proteção contra Raios (ZPR). O tipo (I, II ou III) do DPS determina a forma de onda da corrente de surto, na qual ele foi ensaiado, e o seu Nível de Proteção (Up). Comparar DPS de tipos diferentes é inadequado, sendo um erro que um projetista não pode cometer. Além da sua especificação, caso não seja instalado corretamente, um DPS não protegerá a instalação. Isto acontecerá se o DPS estiver afastado do ponto que deve ser protegido, ou se o comprimento dos cabos de conexão for maior do que 0,5 metro, considerando a entrada e a saída do dispositivo. Um DPS não é um disjuntor ou fusível que respondem à passagem da corrente através deles. A sua atuação depende da tensão em seus terminais, e se esta não ultrapassar o valor da tensão máxima de operação continua (Uc) do dispositivo, ele permanecerá como uma chave aberta.

Além da sua especificação e instalação, também é necessário inspecionar os DPS periodicamente, principalmente os que utilizam varistores porque estes se degradam à medida que atuam. Seja através de inspeção visual ou remota, deve ser verificado se o DPS se encontra apto a atuar, principalmente após uma descarga atmosférica na edificação ou próxima a ela. Mesmo que não seja registrada tal ocorrência, ao final do período de descargas atmosféricas uma inspeção em todos os DPS instalados é altamente recomendada. Outro aspecto em que devemos evoluir em 2024 é a necessidade da proteção das linhas de sinal. Caso elas não sejam protegidas com DPS específicos, a presença de DPS de energia não será suficiente, já que os surtos se propagam através dos condutores de sinal até os Equipamentos de Tecnologia da Informação (ETI). A especificação de um DPS de sinal é algo fácil para quem já especifica os DPS de energia, bastando um conhecimento básico sobre os ETI que deverão ser protegidos, o que pode ser facilmente obtido. Como não existem infinitos modelos de ETI, à medida que se aprende a protegê-los, a especificação de DPS para eles torna-se automática.

O cálculo da corrente de surto que um DPS deve conduzir é uma estimativa, já que depende de inúmeros parâmetros, a maioria relacionados às descargas atmosféricas, de natureza estatística. Por isso, enquanto o valor da corrente de impulso para o

Engenheiro eletricista da Lambda Consultoria, consultor da Embrastec e mestre em energia pelo Instituto de Energia e Ambiente da USP, Sergio Roberto Santos apresenta e analisa nesta coluna aspectos de aterramento, proteção contra descargas atmosféricas e sobretensões transitórias, temas aos quais se dedica há mais de 20 anos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail: em_aterramento@ arandaeditora.com.br, mencionando “EM-Aterramento” no assunto.



58

EM | Novembro / Dezembro | 2023

EM Ex

Baterias de lítio

da sala durante o evento de liberação de gases. Presumiu-se que a ignição ocorreria no ponto de atmosfera inflamável de maior concentração, ou seja, o mais próximo à fonte de emissão.

Estellito Rangel Júnior

Após três anos de um trabalho que reuniu autoridades marítimas norueguesas, dinamarquesas, norte-americanas, fabricantes de baterias, integradores de sistemas, fornecedores de sistemas de extinção de incêndios, estaleiros e armadores, foi publicado o documento “Referência técnica para riscos de explosão e supressão de incêndios em baterias de íons de lítio”. O estudo aborda tais riscos nas salas de baterias marítimas e propõe novas considerações de segurança, com base na eficácia dos sistemas de extinção de incêndios hoje disponíveis, e na efetiva diminuição de temperatura do entorno. Os ensaios laboratoriais detalharam o que acontece durante um incêndio em uma sala de baterias, incluindo a liberação de gases, o alcance das chamas, as taxas de elevação de temperatura e várias outras características. Algumas conclusões do estudo são mostradas a seguir. Liberação de gases Os gases de escape em uma bateria de íons de lítio são conhecidos por serem inflamáveis e também tóxicos. Isto representa um risco de explosão nas salas de baterias, pois, dependendo do tamanho desses locais, a concentração de alguns gases pode exceder o respectivo LIE. A determinação precisa dos constituintes desses gases é difícil, pois depende de ferramental complexo. No ensaio de avalanche térmica, percebeuse que a quantidade de oxigênio liberada não é suficiente para afetar a combustibilidade externa à célula. Considera-se mais provável que o O2 seja liberado internamente à célula e desempenhe um papel

central no início da avalanche térmica. Isto também resulta em um desenvolvimento de calor mais agressivo e em um aumento da produção de CO ou CO2. Os gases residuais na fase inicial dos eventos de avalanche térmica são mais frios do que os gases liberados nas fases posteriores. O gás residual inicial pode tornar-se mais pesado que o ar, acumulando-se no nível do chão. A recomendação, portanto, é que sejam instalados detetores de gás perto do chão e do teto. Se for necessário entrar na sala após um evento, todos os gases tóxicos identificados deverão ser considerados, como monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, cloreto de hidrogênio, fluoreto de hidrogênio, cianeto de hidrogênio, benzeno e tolueno. Ventilação nas salas A pesquisa também buscou conhecer o quanto os sistemas de ventilação poderiam evitar o acúmulo de gases inflamáveis. Uma conclusão é que a ventilação, por si só, não mitigará adequadamente o acúmulo de gases se uma parte significativa das baterias entrar em ignição. Dois modelos CFD e diferentes cenários de liberação de gás foram usados para analisar taxas de ventilação e diferentes volumes de salas para fornecer orientações sobre como reduzir a concentração de gases inflamáveis, evitando a formação de atmosferas explosivas. Simulações também foram executadas para diferentes volumes de liberação de gases que representariam falhas de módulos de baterias de diferentes capacidades. A análise CFD realizada buscou encontrar o tamanho máximo da nuvem dentro

Uma taxa de ventilação de 6 ta/h pode ser suficiente para diluir “pequenas” liberações de gás, porém, com baterias grandes, nem 100 ta/h poderá diminuir significativamente a concentração abaixo do LIE. O relatório sugeriu uma fórmula experimental para dimensionar preliminarmente o número de trocas de ar da sala em função do tamanho das baterias. Projeto das salas Outra conclusão importante do estudo foi a necessidade de o projeto da sala de baterias ter barreiras de segurança preventivas para que as emissões de fogo e gases sejam limitadas à menor parte possível do conjunto de baterias. Os sistemas de supressão de incêndio avaliados foram: • •

Sprinklers: oferecem a possibilidade de um grande volume de água, para absorção máxima de calor. Hi-Fog: sistema de névoa de água de alta pressão que aumenta a área de superfície para absorção de calor. Um sistema típico de névoa de água teria capacidade para, no mínimo, 30 minutos de liberação de água doce, seguido de acesso de reserva à água do mar a partir do sistema principal de incêndio do navio. Novec 1230: sistema equivalente de supressão de incêndio baseado em gás. Sua principal função é apagar chamas e resfriar fisicamente abaixo da temperatura de ignição o que objeto sob queima, inibindo quimicamente a fonte de combustível. FIFI4Marine CAFS: sistema baseado em espuma, que pode ser instalado para implantação diretamente nos módulos de bateria, nos racks ou na


EM | Novembro / Dezembro | 2023

sala. No relatório foi testada apenas a injeção direta nos módulos. Todos os sistemas testados foram capazes de extinguir chamas visíveis, exceto os sprinklers, porque não foi possível passar água suficiente entre os módulos, de modo que foram observadas chamas mesmo durante o lançamento da água. O Hi-Fog, o Novec 1230 e a espuma de injeção direta da FIFI4Marine conseguiram extinguir as chamas nos módulos utilizados no teste. Sistemas à base de espuma e à base de água reduziram as temperaturas de incêndio da bateria principal para menos de 80°C em 600 segundos. Isto representa uma melhoria significativa em relação ao que pode ser alcançado com meios de supressão de incêndio aplicados fora do módulo – onde a temperatura de incêndio da bateria princi-

pal não foi afetada e ficou estável em torno de 900°C. Conclusões A preocupação com as baterias de íons de lítio é crescente, e as autoridades de transporte marítimo e aéreo já lançaram várias restrições à movimentação desta carga, que já causou volumosos prejuízos. As baterias de íons de lítio estão sendo utilizadas em cerca de 300 navios atualmente em operação ou em construção. O estudo foi iniciado a partir de uma explosão a bordo de um navio norueguês que transpor-

tava carros híbridos, em outubro de 2019, que se acredita ter sido causada por um vazamento em uma junta do sistema de refrigerante líquido do sistema de armazenamento de energia por baterias. Como os sistemas de combate a incêndio atuais não são completamente eficientes quando as baterias de íons de lítio estão envolvidas, a principal medida preventiva continuará sendo a restrição ao uso destas, forçando os fabricantes a melhorarem a tecnologia e oferecerem produtos seguros para as instalações e pessoas.

Estellito Rangel Júnior, engenheiro eletricista, primeiro representante brasileiro de Technical Committee 31 da IEC, apresenta e discute nesta coluna temas relativos a instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas brasileiras e internacionais, certificação de conformidade, novos produtos e análises de casos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail em@arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” EM-Ex.

59


60

EM | Novembro / Dezembro | 2023

EM Profissionais

Eletromobilidade e a regulação (a REN 1000 da Aneel) Vinícius Ayrão

Caro(a) leitor(a), espero que após a leitura da coluna da edição anterior você tenha decidido que está na hora de investir em eletromobilidade. Sendo engenheiro(a) ou técnico(a), o seu primeiro impulso vai ser de adquirir conhecimentos de ordem técnica. Aliás, ao escrever o artigo anterior, minha ideia era justamente abordar assuntos técnicos, mas um comentário de Thiago Bao Ribeiro no Linkedin chamou-me a atenção sobre os aspectos regulatórios, e refletindo sobre isso, julgo que devo tratar antes desses aspectos.

A regulação e o engenheiro eletricista Os profissionais de perfis mais técnicos (ou seja, que possuem um labor que demanda conhecimentos técnicos de engenharia em seu dia a dia) costumam não dar grande atenção às resoluções da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica.

gia é a que trata das Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica. A primeira resolução normativa da Aneel sobre o tema foi a REN 456/2000, que veio a ser substituída pela REN 414/2010 (a qual entrou em vigor em 2011). Mas tanto a REN 456 quanto a REN 414 foram pensadas para um mundo diferente, onde os consumidores eram, em sua maioria, agentes passivos, que apenas consumiam energia e pronto. O setor elétrico se desenvolveu, consumidores passaram a gerar sua própria energia, foi criado o Sistema de Compensação de Energia Elétrica para a geração distribuída (GD) e o mercado livre de energia foi sendo ampliado. Para novas e tantas mudanças, novas resoluções precisaram ser emitidas. Desnecessário dizer que o setor elétrico é bastante dinâmico e correlacionado, de modo que uma resolução acabava interferindo em outra e, muitas vezes, esses documentos não eram harmonizados, o que gerava um desafio enorme para as empresas do setor elétrico e os consumidores de energia elétrica.

Voltando no tempo, eu percebo que sempre deixamos as distribuidoras de energia afirmarem o que podíamos ou não fazer, sem nos atentarmos que, como concessionária de serviços públicos, elas têm direitos e deveres que estão determinados por resoluções da Aneel. Os direitos e deveres das concessionárias junto aos consumidores de energia eram regidos antigamente por decretos emitidos pelo extinto DNAEE - Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica, e atualmente o são pelas resoluções normativas (REN) da Aneel.

Em dezembro de 2021 a Aneel publicou a REN 1000 (posteriormente aprimorada pela REN 1059/2023), que veio unificar resoluções referentes às Condições Gerais de Fornecimento, ao Mercado Livre e à Geração Distribuída no Sistema de Compensação de Energia. A REN 1000 possui “apenas” 304 páginas.

A resolução mais importante para os profissionais que atuam com entradas de ener-

Mas por que estou tocando nesse assunto? Vejamos a seguir.

Posso vender energia elétrica? A venda de energia elétrica não pode ser realizada por qualquer empresa, e para atender ao mercado regulado, apenas sendo uma concessionária de energia ou permissionária. Então, será que é possível ter um posto de abastecimento de carro elétrico? Afinal, estaríamos vendendo energia. Qual resolução da Aneel, se é que existe, trata disso? É justamente a REN 1000, e são os pontos dela que regulamentam o abastecimento veicular que comentamos a seguir. REN 1000/21 – Capítulo V – Das Instalações de Recarga de Veículos Elétricos – No capítulo V, em seu primeiro artigo (Art. 550), está esclarecido que a instalação de equipamentos de recarga apenas deve ser previamente comunicada à distribuidora em caso de: • conexão nova; • aumento ou redução de carga; ou • alteração do nível de tensão. Dessa forma, podemos entender que a Aneel trata a estação de recarga como uma carga elétrica qualquer, ou seja, é o consumidor e as empresas que ele contratar que devem atentar para as condições elétricas da unidade consumidora onde serão instaladas as estações. E nesse ponto precisamos de uma avaliação criteriosa quanto à demanda que a unidade consumidora e o agrupamento de medidores terão após a instalação das estações


EM | Novembro / Dezembro | 2023

de recarga. Nossas tabelas de fatores de demanda não tratam dos fatores de demanda para carregadores de veículos. Na verdade, em não havendo sistema de controle de carga das estações, o fator de demanda a ser considerado deverá ser 1 (essa afirmação será mais bem explicada nesta coluna na próxima edição). A falha dos projetistas e instaladores na avaliação da infraestrutura elétrica pode provocar desarmes de disjuntores (com perda de toda a energia elétrica da instalação), multa por demanda de ultrapassagem e incêndios, caso as instalações elétricas não estejam corretamente projetadas e instaladas (uma condição infelizmente bastante comum no Brasil). Em contrapartida, boas empresas e profissionais verificarão as necessidades ou não de reformas e adequações, tanto das instalações após o padrão de entrada quanto das instalações do próprio padrão, em si. Quando necessárias adequações na rede de distribuição, os critérios que definem a participação financeira do fornecedor, bem como os prazos de análise e de execução de obras em caso de ligações novas ou aumento de carga, estão descritos na própria REN 1000.

Mas posso ou não vender kWh para abastecimento de veículos elétricos? Vejamos o texto do Art. 554 da REN 1000: “É permitida a recarga de veículos elétricos que não sejam do titular da unidade consumidora em que se encontra a estação de recarga, inclusive para fins de exploração comercial a preços livremente negociados.” Pronto, é esse artigo que diz que você pode vender a energia elétrica para recarga de veículos elétricos. E qualquer um pode fazer isso, não é necessário ser um posto de combustível, por exemplo. Mas a Aneel dá com uma mão e retira com a outra. Não há impedimento tecnológico para os carros elétricos fornecerem energia à rede, se necessário, funcionando como um “armazenamento móvel”. A norma técnica ABNT de sistemas de abastecimento de veículos elétricos (NBR 17019) já prevê essa possibilidade. No entanto a Aneel a veda no Art. 555, transcrito a seguir: “Art. 555. É vedada a injeção de energia elétrica na rede de distribuição a partir dos veículos elétricos e a participação no sistema de compensação de energia elétrica de microgeração e minigeração distribuída.”

Requisitos das estações de recarga

Temos ainda um item bastante relevante que a REN 1000 traz, que é:

A REN 1000 determina que os equipamentos de recarga, quando não exclusivos de uso privado, devem ser compatíveis com protocolos abertos de domínio público para comunicação e supervisão de controle remoto.

“Art. 556. A distribuidora deve ressarcir os danos elétricos em veículo elétrico, observadas as condições estabelecidas nesta Resolução, podendo estabelecer norma específica de segurança elétrica para as instalações de recarga.”

Pequenos comércios que possuam estações de recarga para seus clientes, cobrando ou não, precisam atender a esses requisitos. Ou seja, os instaladores precisam saber o que estão instalando, não podem (ou não deveriam, pelo menos) comprar um carregador qualquer para instalar, sem saber se este possui ou não essas características.

Atentem que a concessionária pode ter que ressarcir os danos elétricos nos veículos. E a única forma que essa empresa terá de evitar esse pagamento será comprovar que as condições técnicas normativas não foram atendidas. Além disso, as concessionárias podem estabelecer normas específicas de segurança elétrica. Então, mesmo não sendo necessário comunicar a concessionária sobre a estação de recarga, as normas que elas porventura emitam deverão ser seguidas, e também, obviamente, as normas técnicas ABNT pertinentes, inclusive a NBR 17019. Ou seja, o domínio da NBR 17019 será imprescindível para os profissionais e empresas que instalarão as estações de recarga.

Conclusão Apesar de serem poucos pontos da REN 1000 que tratam das estações de recarga, esses trechos são de suma importância. Estações de recarga rápida ou instalações com muitas estações provavelmente precisarão de adequações de entrada de energia e aumentos de cargas. A REN 1000 aborda, de forma bastante detalhada, os limites e condições de fornecimento de energia, bem como as modalidades tarifárias disponíveis, o que a torna uma resolução fundamental para os profissionais que trabalharão com eletromobilidade. Na próxima edição, finalmente, entraremos em uma parte mais técnica de instalações elétricas para estações de recarga.

Engenheiro eletricista da Sinergia Consultoria, com grande experiência em projetos de instalações elétricas MT e BT, entradas de energia e instalações fotovoltaicas, conselheiro da ABGD - Associação Brasileira de Geração Distribuída e diretor técnico do Sindistal RJ - Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro, Vinícius Ayrão apresenta e discute nesta coluna aspectos ligados à atualização dos profissionais de eletricidade em relação às novas tecnologias e tendências do mercado. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões pelo e-mail: em_profissisonais@ arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” “EM Profissionais”.

61


62

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Guia – 3

Empresas de engenharia, instalações e serviços técnicos especializados

O guia relaciona prestadores de serviços desde consultoria e estudos até manutenção, passando por projeto, execução, inspeção, comissionamento e outros. As áreas de atuação vão de hidrelétricas a instalações residenciais, cobrindo ainda SPDA, eficientização, iluminação, segurança e automação. As empresas estão agrupadas por Unidade da Federação (UF) ― para São Paulo, SP-I (interior) e SP-G (Grande São Paulo).

Redação de EM Áreas de atuação

AM

• • • • • • • •

Enecrim – (92) 99500-3938 engecrim@engecrim.com.br I3M Engenharia – (92) 2126-4713 contato@i3m.com.br

AM

• • •

AM

Instaladora JJE – (92) 99239-6785 vistec@ijje.com.br

AM

• • • • • • • • •

3A-Enge – (73) 99981-5408 andersson@3aenge.com.br

BA

• • • • • • • •

Amar Engenharia – (71) 98805-8137 andremargalho.eng@gmail.com

BA

Arco Bahia – (71) 99199-5582 arco.galdino@hotmail.com

• •

• •

• • • •

Automação

Elétrica Nunes – (92) 99341-8153 jn_farias@hormail.com

• • • •

Predial (21)

De sistemas elétricos

AL

• •

Trabalho (20)

• • • • •

Nortan – (82) 99916-1729 augustocunha@nortanengenharia.com

Anti-intrusão (19)

AL

Anti-incêndio (18)

E3fix Engenharia – (82) 98200-6522 e3fix.engenharia@gmail.com

Iluminação (17)

UF

Segurança

Iluminação

Empresa – Telefone E-mail

Privada (16)

Consultoria, Estudos (1) Gerenciamento (2) Projeto e Especificação Execução/Instalação Inspeção e Certificação Comissionamento (3) Reforma (4) Manutenção Hidrelétricas (5) Geração térmica (6) Energia auxiliar (7) Sistemas eólicos (8) Sistemas fotovoltaicos (9) Linhas de transmissão AT Subestações MT Redes de distribuição Eletrificação rural Industriais Ex (10) De hospitais CPDs (11) Prediais (12) Prumada coletiva (13) SPDA (14) Eficientização (15) Qualidade da energia

Instalações elétricas

Pública

Serviços oferecidos

• • •

• • • • •

• • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • •

• • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • •

BA

• • • • •

• • • • • • • • •

Elektreng – (71) 99121-1609 contato@elektreng.com.br

BA

• •

ESO Engenharia – (73) 98827-1617 esoengenharia@yahoo.com.br

BA

• • • •

Gênesis – (74) 99189-6778 marcos.nascimento83@gmail.com

BA

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Kelvin Engenharia – (71) 99981-1574 kelvinengenharia@uol.com.br Pack Engenharia – (71) 4040-4040 contato@packengenharia.com.br

BA

BA

Power – (71) 98814-4343 janilton@powerengenharia.com.br Quality – (71) 3341-1414 quality@qualityltda.com.br Rconsult – (77) 3422-6653 rconsulte@rconsulte.com.br Aspro – (85) 3264-0388 atendimento@aspro.eng.br Siliom – (85) 98112-2812 contato@siliomenergia.com.br RCO – (61) 3041-8725 contato@rcoengenharia.com

• • •

• •

• • •

• •

• •

• •

• • • • • •

• • • • • •

• • • • •

• • • •

• • • • • • •

• • • •

• • • •

• • • • • • • • •

• • •

BA

• • • •

• • •

BA

• • •

BA

• • •

• • •

CE

CE

• • •

DF

• • • • • • • • • • •

• •

• • •

• • •

• •

• • • • • • •

• • • •

• • • • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • •

• • • • • • • • •

• • • • • • • •

• • •

• • •

• • •

• •

• • • •

• • • • • • • • • • •

• • • • •

• •

• • •

• • • • •

• •

• •

• • • •

• •

• • •

• •

• • • • •


63

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Áreas de atuação

• • • • • • • •

HybTech – (27) 99751-2975 hybtech@hybtech.com.br

ES

• •

Opta Consultoria – (27) 99526-6272 contato@optaengenharia.com

ES

Connect – (62) 3088-6422 contato@connectenergia.com.br

GO

Cristal – (62) 99234-0334 comercial@cristal.eng.br

GO

• • •

GR Industrial – (64) 3018-4040 contato@grindustrial.com.br

GO

• • • •

JR – (62) 99479-5988 rozevaljunior@hotmail.com

GO

Volga – (62) 8319-3232 carlos.leopoldo@volga.com.br

GO

• • • •

Algiztech – (31) 99186-0822 info@algiztech.com.br

MG

Amorim – (34) 3831-6300 amorim@amorimeng.com.br

• •

• • • • • • • • • •

• •

• • •

Automação Trabalho (20)

Anti-intrusão (19)

Anti-incêndio (18)

Iluminação (17)

Predial (21)

DF

De sistemas elétricos

Primaria Energia – (61) 9970-1994 primariaenergia1@gmail.com

Segurança

Iluminação

UF

Privada (16)

Empresa – Telefone E-mail

Consultoria, Estudos (1) Gerenciamento (2) Projeto e Especificação Execução/Instalação Inspeção e Certificação Comissionamento (3) Reforma (4) Manutenção Hidrelétricas (5) Geração térmica (6) Energia auxiliar (7) Sistemas eólicos (8) Sistemas fotovoltaicos (9) Linhas de transmissão AT Subestações MT Redes de distribuição Eletrificação rural Industriais Ex (10) De hospitais CPDs (11) Prediais (12) Prumada coletiva (13) SPDA (14) Eficientização (15) Qualidade da energia

Instalações elétricas

Pública

Serviços oferecidos

• • • • • • • • • • • • • • •

• • • •

• •

• •

• • • • • •

• • •

MG

• •

• • •

BHS Painéis – (31) 99950-4224 financeiro@bhspaineis.com.br

MG

• •

Castroviejo – (34) 9123-3890 contato@castroviejoengenharia.com.br

MG

• • • • •

• •

MG

MG

• • • • •

Esco – (31) 3273-7351 adalberto@escoenergy.com.br

MG

Escopo – (31) 99214-7537 comercial@escopotecnologia.com

MG

• • • • • • • •

Fasor Serviços – (31) 99249-4949 vendas.fasor@terra.com.br

MG

Fave – (31) 99959-9405 faverauto@outlook.com

MG

FiveStars – (31) 99924-0743 eduardo@fivestars.eng.br

MG

• • • • •

G2M Projetos – (37) 99928-6000 comercial@g2mprojetos.com.br

MG

• • •

Grupo Eletro – (31) 99527-5041 orcamento2@grupoeletropainel.com.br

MG

• •

Imersol Service – (31) 2128-8890 contato@imersol.com.br

MG

• • • • • •

Instalatec – (35) 98464-1065 instalatec.instalatec@gmail.com

MG

• • •

JCA Brasil – (31) 97133-1884 jcabrasil@yahoo.com

MG

• • • • • • • •

• • •

Lenz – (31) 98648-0450 comercial@lenzeletrica.com.br

MG

• •

• • •

Lumens – (31) 98895-0828 lumens@lumensengenharia.com.br

MG

• • •

• •

• •

• •

• • • • • • • • •

• • • •

• • • • •

• •

• •

• • •

• •

• • • • • • •

• •

• •

• • •

• • • •

• • •

• •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• •

• •

• •

• •

• •

• •

• • •

• •

• • • • • •

Elbi Eletrica – (31) 99157-4892

• • • • • • •

• • • • • • • • •

Engeparc – (31) 99971-7110 sergio@engeparc.com.br

• • •

• • •

• •

• •

• •

• • • • • •

• •

• • • •

• • •

• •

• • • •

• • • • • • • • • • • • • •


64

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Guia – 3 Áreas de atuação

MTO Consultoria – (31) 98419-3295 consultoriamto@gmail.com

MG

• • •

Salviano Eletricista – (35) 99825-7922 contato@salvianoeletricista.com.br

MG

Setta – (34) 9170-0103 comercial@gruposetta.com SM&A – (31) 3292-5113 contato@sma-eng.com.br Tearco – (31) 2111-0099 tearco@tearco.com.br

MG

• • • • • • • •

MG

• • •

Tecfic – (38) 99118-7627 ivantecfic@gmail.com

MG

Tesla Projetos – (38) 99899-4780 gerenciateslageradores@gmail.com

MG

Ultra Engenharia – (31) 99893-9990 comercial@ultra.eng.br

• •

• • •

• •

• •

MG

• •

• •

• • •

• • • • •

• • • • •

MG

• • •

• • • • •

Vetorial – (31) 3892-7882 vetorial@vetorial.eng.br

MG

• • • •

• • • •

Vision Engenharia – (31) 3215-6200 comercial@visionsistemas.com.br

MG

Elektron – (66) 98438-3405 felix@elektroneletricidade.com.br

MT

Eletro Tartari – (65) 98408-8048 etartari@terra.com.br

MT

JMG Serviços – (91) 98116-8996 jmg@jmgservicos.com.br

PA

• • • • •

Méson Solar – (91) 98438-1049 breno@mesonsolar.com.br

PA

Diagnotec – (81) 98723-3806 luizteceletrico@gmail.com

PE

• •

Eletril – (81) 99242-3051 eletril@eletril.com.br

PE

Proscel – (81) 99954-6381 proscelengenharia@yahoo.com.br

PE

Santana Eng – (81) 98421-6067 comercial@santanapaineis.com.br

PE

Start Elétrica – (81) 99403-5885 start.eletrica@gmail.com

PE

• • •

AR Instalações – (86) 98897-1360 ar.instalacoes@hotmail.com

PI

• •

• • • •

BR Soluções – (86) 98872-8675 brunolbaraujo@gmail.com

PI

• • •

• •

8.2 Especialistas – (41) 99671-8081 contato@8p2.com.br

PR

AS Engenharia – (42) 98811-0690 alexsebaje@crea.pr.org.br

PR

Ccpg – (42) 99972-1206 info@ccpg.eng.br

PR

• • •

Clintec – (41) 99619-5594 jose.catini@clintec.com.br

PR

a

• • • • • • • • •

• •

• •

• • •

• • •

• •

• • • • • • • •

• • •

• •

• • •

• • • • • • • • • • • • • •

• • • •

• •

• • •

• •

• •

• • •

• • • • • •

• • • • • • •

• • • • •

• • •

• • •

• • • • • • • • • • • •

• •

• • • • • • •

• • • •

• •

• •

• • • • • • • • •

• • • • • • •

• •

• •

• • • • •

• •

• • • • • • • • •

• • •

• •

• •

• • •

• • • • • • • •

• •

Automação

• • • •

Predial (21)

MG

• •

De sistemas elétricos

MSI – (37) 99872-0815 msi@msiautomacao.com.br

• •

Trabalho (20)

Anti-intrusão (19)

MG

Anti-incêndio (18)

Mais Home – (35) 98417-9738 elder.prolum@gmail.com

Iluminação (17)

UF

Segurança

Iluminação

Empresa – Telefone E-mail

Pública

Consultoria, Estudos (1) Gerenciamento (2) Projeto e Especificação Execução/Instalação Inspeção e Certificação Comissionamento (3) Reforma (4) Manutenção Hidrelétricas (5) Geração térmica (6) Energia auxiliar (7) Sistemas eólicos (8) Sistemas fotovoltaicos (9) Linhas de transmissão AT Subestações MT Redes de distribuição Eletrificação rural Industriais Ex (10) De hospitais CPDs (11) Prediais (12) Prumada coletiva (13) SPDA (14) Eficientização (15) Qualidade da energia

Instalações elétricas

Privada (16)

Serviços oferecidos

• • • • • • • •

• • •

• •

• •

• • • • • • • • •

• • •

• • •

• •

• • • •



66

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Guia – 3 Áreas de atuação

De Lucca – (43) 3322-1414 contato@deluccaengenharia.com.br

PR

• • • • • • • • •

• • •

Engebrazil – (43) 3323-1228 contato@engebrazil.com.br

PR

• •

• • • • • • • •

• • • •

Engeup – (45) 99942-6582 engenharia@engeup.com.br

PR

• • • • • • •

• •

• •

Forza – (41) 99891-7236 comercial01@forza-ind.com.br

PR

• •

Furukawa Electric – (41) 99962-1238 marketing@furukawalatam.com

PR

• • •

Instalo – (41) 3333-6262 daniel@instalo.com.br

PR

• • • •

Master Solar – (45) 99971-1910 recepcao@mastersolar.com.br

PR

• •

• • •

Miyagui – (41) 99114-6114 tkeletrico@gmail.com

PR

MS Engenharia – (44) 99127-3366 edzel@msengenhariaeletrica.com.br

PR

• • • •

Pontech – (43) 99150-9875 contato@pontech.com.br

PR

• • • • • •

Pethras – (21) 98882-6925 flaviomauricio@pethras.com.br

RJ

• • • •

Ponto Engenharia – (22) 99203-3225 projetos@pontoengenharia.com.br

RJ

Letech Energia – (21) 2391-3193 contato@letech.com.br

• • • • • • • • • • • • • • •

• • • •

• • • • •

Predial (21)

Automação

• • • • •

De sistemas elétricos

Trabalho (20)

Anti-intrusão (19)

Iluminação (17)

Anti-incêndio (18)

Segurança

Iluminação

UF

Privada (16)

Empresa – Telefone E-mail

Consultoria, Estudos (1) Gerenciamento (2) Projeto e Especificação Execução/Instalação Inspeção e Certificação Comissionamento (3) Reforma (4) Manutenção Hidrelétricas (5) Geração térmica (6) Energia auxiliar (7) Sistemas eólicos (8) Sistemas fotovoltaicos (9) Linhas de transmissão AT Subestações MT Redes de distribuição Eletrificação rural Industriais Ex (10) De hospitais CPDs (11) Prediais (12) Prumada coletiva (13) SPDA (14) Eficientização (15) Qualidade da energia

Instalações elétricas

Pública

Serviços oferecidos

• •

• •

• •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

RJ

Masalupri – (21) 97530-6222 masalupri@masalupri.com.br

RJ

• • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • •

SM Integração – (21) 98307-9179 carsolprojetos@gmail.com

RJ

• • • • • •

Seltec – (21) 97305-2261 comercial@seltecengenharia.com.br

RJ

• • • • • • • • • •

Träume Solutions – (22) 99858-4955 i.comercial@traumesolutions.com.br

RJ

Searq Solar – (84) 3608-0041 luizartur@searqsolar.com.br

RN

• • • • • • • •

Tesluz – (69) 98431-3159 tesluzeng@gmail.com

RO

• •

AFA Projetos – (51) 98418-0672 comercial@afainstalacoes.com.br

RS

• • • •

• •

Aldeia Solar – (51) 99849-0223 contato@aldeiasolar.com.br

RS

• • • •

• • •

Carlos Hirdes – (51) 99987-4309 cfhirdes@gmail.com

RS

• • • •

• •

CCM Automação – (53) 99972-9233 vendas@ccmautomacao.com.br

RS

• •

• •

Construtech – (54) 99267-9352 contato@construtechrs.com Drive Engenharia – (51) 3126-8232 contato@driveengenharia.com.br

RS

• • • • •

• •

RS

• • •

Energizar – (51) 98444-1222 energizar@energizar.com.br

RS

• • • • • • • •

• • •

• •

• • •

• • • • •

• • •

• • •

• • • • •

• • • • • • • •

• • • •

• • •

• •

• • •

• • • •

• •

• • • • • •

• • • • • • •

• • • • • • • •

• • • • •

• • • • • • • • •

• • • • • • • •

• • • • • • •

• • • • •

• • •

• • • • • • • •

• •

• • • • • • • • •

• • •

• • • • • •

• • • •

• • •

• •

• •

• • • •

• • • • •

• • • • • •

• • • • • •

• • • • • • • •

• •

• • • • • • • •

• •

• • • • • • •

• • •

• • • •



68

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Guia – 3 Áreas de atuação

RS

• • • • • • • •

Movva – (54) 99638-0907 contato@movvaengenharia.com.br

RS

• • • • • • • • •

• • • •

PCE – (55) 9962-0245 comercialpce@pce-eng.com.br

RS

• • • • • • • •

Potencial Eng – (51) 99987-3927 potencial@engpotencial.com.br

RS

RKJ Engenharia – (51) 99999-2455 rkj@rkjengenharia.com.br

RS

Safety Work – (53) 99976-4999 vinicius@smosc.com.br Serro Engenharia – (55) 3222-9930 serroeng@terra.com.br

RS

RS

• • • • •

Solaxis – (51) 98588-2552 contato@solaxis.com.br Sul Brasil – (54) 3226-6666 sulbrasil@sulbrasileletrica.com.br

RS

• • • •

• • •

RS

• •

Sul Engenharia – (51) 99878-7113 bruno@sulenge.com.br Transiente – (51) 3587-2587 transiente@transiente.com.br

RS

• • • • • • •

RS

• • • • •

Walm Lab – (51) 99986-0737 comercial@walmlab.com.br

RS

AVS Engenharia – (47) 98845-6325 avsengenharia@avs.eng.br

SC

Casa do Motor – (49) 99141-1576 jcberwanger@yahoo.com.br

SC

Dvolk – (47) 99117-7953 dvolk.eng@outlook.com

SC

• • •

Eletriseg – (47) 99266-7347 contato@eletriseg.eng.br

SC

• • • • • • • •

Engemase – (49) 99816-4377 engemase@engemase.com.br

SC

• • • •

Feluma – (49) 99174-0388 engenharia@feluma.com.br

SC

• •

Lado2 – (49) 99127-9886 lado2@lado2.com.br

SC

• •

Meta – (48) 99919-0202 gil@metaengenharia.eng.br

SC

• • • •

Saneblu – (47) 99141-4131 comercial@saneblu.com.br

SC

Tecnoeletro – (48) 3525-0441 comercial03@tecnoeletro.com Voltion – (47) 3044-1110 osvaldo@voltion.com.br

SC

• • • • • • • •

a

• •

• • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • •

• • • •

• • • • • • •

• • •

• • • • • • • •

• • • •

• •

• •

• • • •

• •

• • • • •

• • • •

• • • • • • •

• • • • • •

• • • •

• •

• • • • • • • • •

• • •

• •

• • •

• •

• • • •

• • • • • •

• • • • • • • • • • •

• •

• • •

• • • • •

• • • • •

• •

• • • • •

• •

• • • • • • • •

• • • • •

• • • • • •

• • • • •

• • •

• • •

• •

• • • • • • • •

• • •

SC

4B Projetos – (11) 99133-0775 4bprojetos@uol.com.br Afrontt – (11) 2844-8342 afrontt@afrontt.com

SP-G

• • •

SP-G

• • •

Ask Energy – (11) 99129-1586 comercial@askenergy.com.br

SP-G

• •

• • • •

• •

Automação

Ideal Home – (51) 99451-2220 atendimento@idealhome.com.br

Predial (21)

De sistemas elétricos

• •

Trabalho (20)

• • • • •

Anti-intrusão (19)

RS

Anti-incêndio (18)

Getec – (54) 99646-1988 administracao@getec1.com.br

Pública

UF

Privada (16)

Empresa – Telefone E-mail

Segurança

Iluminação (17)

Consultoria, Estudos (1) Gerenciamento (2) Projeto e Especificação Execução/Instalação Inspeção e Certificação Comissionamento (3) Reforma (4) Manutenção Hidrelétricas (5) Geração térmica (6) Energia auxiliar (7) Sistemas eólicos (8) Sistemas fotovoltaicos (9) Linhas de transmissão AT Subestações MT Redes de distribuição Eletrificação rural Industriais Ex (10) De hospitais CPDs (11) Prediais (12) Prumada coletiva (13) SPDA (14) Eficientização (15) Qualidade da energia

Instalações elétricas

Iluminação

Serviços oferecidos

• •

• • • •

• • • •

• • •

• • • • • • •

• • • •

• • •

• • • • • •

• •

• • • • • • • • • • • • • •

• •

• •

• •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • •

• •

• •


DISPOSITIVOS DE COMANDO, PROTEÇÃO, E MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Conheça nossa linha de Baixa Tensão

Nossa família de produtos de baixa tensão é composta por disjuntores, contatores, relés de sobrecarga e multimedidores. São mais de cinco mil itens fabricados no Japão, de fácil instalação e manutenção, além de alta qualidade, confiabilidade e custo-benefício. São disjuntores até 6.300A e partidas de motores até 800A que seguem as principais normas internacionais, atendendo vários tipos de aplicação. mitsubishielectric.com.br/facebook

mitsubishielectric.com.br/linkedin

mitsubishielectric.com.br/instagram

mitsubishielectric.com.br/youtube

mitsubishielectric.com.br/ia Produtos de baixa tensão


70

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Guia – 3 Áreas de atuação

• • • • • •

SP-G

• • •

Blondel – (11) 98207-6435 blondeleletrica@gmail.com Carlos Lara – (11) 2092-3911 carlos@carloslara.com.br

SP-G

• • •

• • • •

• • • • • •

• • •

SP-G

• • • • • • • •

• •

Connect Instalações – (11) 5641-2012 comercial@connect.srv.br

SP-G

• • • • • • • •

Consultiva – (11) 98828-7374 vendas@consultiva.srv.br

SP-G

• • • •

• • •

Dalo Eletrotécnica – (11) 94742-1927 dalo@dalo.com.br

SP-G

• • •

Denshi – (11) 97650-9358 alvaro@denshieletrica.com.br Dexxtra Solar (11) 2063-7428 contato@dexxtrasolar.com.br

SP-G

• • •

SP-G

• • • •

Direct – (11) 94746-4584 contato@directecnologia.com.br

SP-G

• • • • • • • •

EA Engenheiros – (11) 95258-7471 contato@engenheirosassociados.com.br

SP-G

Eapec – (11) 3253-3450 eapec@eapec.com.br

SP-G

• • •

Edda Energia – (11) 94763-6533 ana.silva@eddaenergia.com

SP-G

• • • • • •

EHM – (11) 99763-0361 gpa@ehm.com.br

SP-G

• • • • • • • •

Eletrol – (11) 3654-1075 contato@eletrol.com.br

SP-G

Elistec – (11) 97539-1596 elistec@gmail.com

SP-G

• • • • • • • •

Eltman – (11) 99277-6489 comercial@eltman.com.br

SP-G

• • •

• • • • • •

Emark – (11) 99607-9107 contato@emarkeletrica.com.br

SP-G

• • • • • • • •

En.Sis – (11) 99600-1700 en.sis@ensis.com.br

SP-G

Enarq – (11) 99612-9145 enarq.eng@uol.com.br

SP-G

• • • • • • • •

Engeind – (11) 99990-5480 engeind@uol.com.br

SP-G

• • •

Enge Torres – (11) 98345-9690 eng.torres@terra.com.br

SP-G

• •

Enprel – (11) 97337-9489 enprel@enprel.com.br

SP-G

• •

Esprel – (11) 99289-6373 esprel@uol.com.br

SP-G

FAN Engenharia – (11) 95720-7641 moliveira@fanengenharia.com.br

SP-G

• • • • • • • •

Fasor – (11) 4117-8397 contato@fasorengenharia.com.br

SP-G

• • • • • •

• •

• •

• •

• •

• •

Automação

• • •

• •

• •

• •

• • •

• • • • • • •

• •

• • •

• •

• • • • •

• • •

• • •

• • •

• • •

• • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • •

• • • •

• •

Trabalho (20)

• •

Anti-intrusão (19)

Anti-incêndio (18)

Iluminação (17)

• •

• • • • • •

• •

• • • •

• • • • • • • • •

• •

• • • • • • • • •

• •

• •

• •

• • •

• •

• • • • •

• • • • • • • •

• • • • • • • • • •

• • • • • • • •

• • • • •

• • • • • • • • •

• •

• • •

• • • • • • • • • • • • • • •

• • • •

• •

• • • • • • •

• • • • • • • • •

• • •

• •

• •

Predial (21)

SP-G

De sistemas elétricos

Barros Engenharia – (11) 95618-8669 aocbengenharia@gmail.com Baur do Brasil – (11) 2972-5272 atendimento@baurdobrasil.com.br

Segurança

Iluminação

UF

Privada (16)

Empresa – Telefone E-mail

Consultoria, Estudos (1) Gerenciamento (2) Projeto e Especificação Execução/Instalação Inspeção e Certificação Comissionamento (3) Reforma (4) Manutenção Hidrelétricas (5) Geração térmica (6) Energia auxiliar (7) Sistemas eólicos (8) Sistemas fotovoltaicos (9) Linhas de transmissão AT Subestações MT Redes de distribuição Eletrificação rural Industriais Ex (10) De hospitais CPDs (11) Prediais (12) Prumada coletiva (13) SPDA (14) Eficientização (15) Qualidade da energia

Instalações elétricas

Pública

Serviços oferecidos

• • •

• • • •

• •

• • • • •

• • • •

• • •

• • •

• • • • •

• •

• • • • • • •


Confie na excelência em proteção contra surtos elétricos. Confie na CLAMPER.

Linha CLAMPER Front CLAMPER Front V - CLAMPER Front Classe II CLAMPER Front Classe I/II - CLAMPER Connect CLAMPER Front Classe II (Bipolar) CLAMPER Front Classe II (Tripolar)

Produtos do Ano 2023: a CLAMPER é Campeã na Categoria DPS.

www.clamper.com.br (31) 3689.9500

Proteção é o nosso negócio!


72

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Guia – 3 Áreas de atuação

SP-G

• • • • • • • •

• • •

Hz Soluções – (11) 91361-9038 comercial@hzpaineis.com.br

SP-G

JC Passerini – (11) 99278-0001 fabio@jcpasserini.com.br

SP-G

JTR Engenharia – (11) 99975-5220 jtrengenharia@jtrengenharia.com.br

SP-G

• • • •

Mauro Yamashiro – (11) 99225-3898 mauro-vendas@uol.com.br

SP-G

MGV MDL – (11) 92002-5934 mdlprojetoseletricos@gmail.com

SP-G

• • • • •

• •

MN Engenharia – (11) 99615-1797 mn@mnconsultoria.com.br

SP-G

• •

Moino & Moino – (11) 99129-5490 moinonet@uol.com.br Omega Projetos – (11) 5585-3606 marco@omegaproj.com.br

SP-G

• •

SP-G

• •

• •

• • • • • •

• •

• • •

• • • • •

• • •

• •

• • • •

• • • • • •

• • •

• •

• •

• • • •

• •

• •

• • • • •

• •

• • •

• • • • • • • • •

• • • • •

• • • •

• •

• • • • • • • • •

SP-G

Pemac – (11) 4786-2504 pemaceng@pemaceng.com.br

SP-G

• • •

Pgmak – (11) 98362-3131 comercial@pgmak.com.br PHE – (11) 5574-6477 phe@pheprojetos.com.br

SP-G

• • •

SP-G

PQR – (11) 99915-7432 cristian.b@pqrma2.com

SP-G

• • •

Revimaq – (11) 97513-6857 projetos@revimaq.com.br

SP-G

Rewald – (11) 99934-2026 rewald@rewald.com.br

SP-G

Rlsol – (11) 2958-2366 sac@rlsol.com.br

SP-G

• •

• • •

Selgi – (11) 99972-2499 selgiltd@yahoo.com.br

SP-G

• • •

Sgqex – (11) 96221-6957 miranda@sgqex.com.br

SP-G

Sinpower – (11) 93315-4409 sinpower@sinpower.com.br

SP-G

• • • • • •

Tecpro – (11) 96224-1806 contato@tecproenergia.com.br

SP-G

• • •

Tecsus – (11) 4966-6265 comercial@tecsusengenharia.com

SP-G

• •

Therpac – (11) 97531-2088 therpac@terra.com.br

SP-G

THZ Engenharia – (11) 93015-3784 thomaz@thzengenharia.com.br

SP-G

• • •

Tolentino Energy – (11) 99974-0466 tolentino.bizelli@terra.com.br

SP-G

• • • •

• • • •

• •

• • •

• • • • •

• • •

• • •

• • • • •

Automação

Godoy – (11) 98746-4004 eduardo@godoyprojetos.com.br GTEL – (11) 2672-6400 gtel@gtelsa.com.br

• • •

Predial (21)

De sistemas elétricos

Trabalho (20)

Anti-intrusão (19)

SP-G

Anti-incêndio (18)

Figueiredo & Matos – (11) 97661-3470 fm.consultoria.ltda@terra.com.br

Iluminação (17)

UF

Pública

Empresa – Telefone E-mail

Segurança

Iluminação

Consultoria, Estudos (1) Gerenciamento (2) Projeto e Especificação Execução/Instalação Inspeção e Certificação Comissionamento (3) Reforma (4) Manutenção Hidrelétricas (5) Geração térmica (6) Energia auxiliar (7) Sistemas eólicos (8) Sistemas fotovoltaicos (9) Linhas de transmissão AT Subestações MT Redes de distribuição Eletrificação rural Industriais Ex (10) De hospitais CPDs (11) Prediais (12) Prumada coletiva (13) SPDA (14) Eficientização (15) Qualidade da energia

Instalações elétricas

Privada (16)

Serviços oferecidos

• • •

• • •

• • •

• • •

• •

• • •

• • •

• • • • •

• • •

• •

• • • • • •

• • • • • •

• • •

• •

• • • • • • •

• • • •

• •

• •

• • • •

• • • • •

• • •

• • • •

• • • •

• • • • •

• •

• •

• • •

• • •

• •

• •

• •

• • •

• •

• • • • •

• •

• •

• •

• •

• •

• • •

• •

• •


29–30

OUT 2024

PORTO BRAZIL, FIERGS EXPOALEGRE, CENTER NORTE, SÃO PAULO, BRAZIL

INTERSOLAR SUMIT SUL BRAZIL’S MOST SUCCESSFUL SOLAR EVENT BOOSTING O EVENTO DE INFRAESTRUTURA ELÉTRICA SOUTHEAST’S PV BUSINESS E GESTÃO DE ENERGIA INTERSOLAR SUMMIT BRASIL SUL EVENT FOR ELECTRICAL INFRASTRUCTURE OTHE PRINCIPAL EVENTO DO SETOR SOLAR BRASILEIRO AND ENERGY MANAGEMENT POTENCIALIZA OS NEGÓCIOS FV NO SUL

MARQUE EM SEU CALENDÁRIO SAVE THE DATE Part of

www.intersolar-summit-brasil.com


74

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Guia – 3 Áreas de atuação

Zaneng – (11) 2129-8223 SP-G zaneng@zaneng.com.br A&D Engenharia – (19) 97410-3900 SP-I denis@aed.eng.br AC Engenharia – (14) 99748-7466 SP-I vendas2@acengenhariaeletrica.com.br Alpha Gathi – (15) 99744-9221 SP-I gabriel@alphagathi.com.br Base Energia – (19) 3837-5067 SP-I contato@baseenergia.com.br Betel Belucci – (17) 99755-9804 SP-I betel@betelnet.com.br Casagrande – (19) 99791-3764 SP-I casagrande@casagrandeoit.com.br CT Energia – (16) 9913-6808 SP-I laurocatapani@ctenergia.com.br Dbtec – (12) 99703-5683 SP-I ivan.carneiro@dbtec.com.br DHG – (16) 99129-9743 SP-I contato@dhg.tec.br Diagnerg – (16) 98149-2209 SP-I comercial@diagnerg.com.br Ecotec – (12) 99649-4954 comercial2@ecotecmontagensindustriais. SP-I com.br Eletro Alta – (16) 99725-4514 SP-I comercial@eletroalta.com.br Eletro H-3 – (16) 99969-5653 SP-I eletroh3@eletroh3.com.br Eletron – (12) 99163-9377 SP-I eletronpinda@uol.com.br Elfon Service – (15) 2102-4777 SP-I atendimento@elfon.com.br Encoeng – (18) 99754-5567 SP-I encoeng@bol.com.br Engelenz – (12) 98159-7878 SP-I engenharia@engelenzengenharia.com.br GSI – (12) 98125-0327 SP-I gsi@gsiconsultoria.com.br IBL Construções – (14) 98125-2945 SP-I comorcial@ibl-bauru.com.br J Cursiol – (19) 99100-8795 SP-I jcengenharia@allianceimoveis.com K9 Automação – (16) 98111-8880 SP-I sergio@k9automacao.com.br Kart – (15) 99641-3035 SP-I kartengenharia@kartengenharia.com.br Lopes & Silva – (16) 98206-3231 SP-I engenharia@lopesesilva.net.br Lumos – (16) 99757-2156 SP-I contato@lumosenharia.com.br Luxy – (12) 99791-3748 SP-I luxy@luxy.com.br

• •

• • • • • • •

• •

• •

• • • • • • • •

• • • • •

• • •

• • • •

• •

• • • •

• • • •

• •

• • •

• • • • •

• • • •

• • • • • •

• • •

Automação Trabalho (20)

Anti-intrusão (19)

Anti-incêndio (18)

• •

• • • • •

• • •

• •

• •

• •

• •

• •

• • •

• •

• •

• • • • •

• •

• •

• • •

• •

• • •

• • • • •

• • •

• • • • • • • • • •

• •

• • •

• •

• • • • •

• • • • • • • • • •

• •

• • • •

• • •

• • • •

• • • • • • • • •

• • • • •

Iluminação (17)

• •

• • • • • •

• • • •

Iluminação

• • •

• •

• •

• • • • • • •

• • •

• • •

• • • • • •

• •

• •

• • •

• • •

• • • •

• •

• • • •

• •

• • •

• •

• •

• • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• •

• •

• • •

• •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • •

• •

• • • •

• • • •

• •

• • •

• • • • • • • • •

• • • • • • • • • • •

• •

• • •

Predial (21)

SP-G

Segurança

De sistemas elétricos

Trix – (11) 99989-7968 trixproj@gmail.com

UF

Pública

Empresa – Telefone E-mail

Consultoria, Estudos (1) Gerenciamento (2) Projeto e Especificação Execução/Instalação Inspeção e Certificação Comissionamento (3) Reforma (4) Manutenção Hidrelétricas (5) Geração térmica (6) Energia auxiliar (7) Sistemas eólicos (8) Sistemas fotovoltaicos (9) Linhas de transmissão AT Subestações MT Redes de distribuição Eletrificação rural Industriais Ex (10) De hospitais CPDs (11) Prediais (12) Prumada coletiva (13) SPDA (14) Eficientização (15) Qualidade da energia

Instalações elétricas

Privada (16)

Serviços oferecidos

• •

• •

• •

• • •

• • • •

• •


75

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Áreas de atuação

MA Coneglian – (14) 99696-3404 maconeglian@maconeglian.com.br Maex – (19) 99302-0358 vendas@maex.com.br Magueta – (13) 99799-1455 contato@maguetaengenharia.com.br Merotti Serviços – (19) 99797-7829 merotti@uol.com.br Mi Omega - Engenharia & Consultoria (12) 3322-7354 comercial@miomega.com.br MProj – (19) 3362-1640 contato@mproj.com.br Mult Light – (16) 3630-2600 comercial2@multlight.com.br Nadai Instalações – (19) 99255-0304 adilson@nadaiinstalacoes.com.br Paiol Engenharia – (19) 99388-0753 paulofreire@paiolengenharia.com.br Polis – (12) 99656-6705 comercial@polisengenharia.com.br Prime Traffos – (19) 98443-7416 contato@primetraffos.com.br Rio-Tech – (17) 4009-0500 comercial@rio-tech.com.br RSE – (19) 99256-5614 rse@rseengenharia.com.br ServMil – (12) 98875-2462 saulo@servmil.com.br SGM Instalações (19) 99614-4788 sgminstalacoes@uol.com.br Soeng – (19) 99704-3000 soeng@soeng.eng.br Solarit – (19) 98253-5131 contato@solaritbrasil.com.br Solstício – (19) 3500-6506 solsticio@solsticioenergia.com Tecnobell – (17) 99704-8991 contato@tecnobell.com.br Telel – (19) 99784-8838 telelararas@hotmail.com Terwan – (12) 3132-2100 comercial@terwan.com.br Varixx – (19) 98377-0036 service@varixx.com.br

SP-I

• • •

SP-I

SP-I

• • • • • • • •

SP-I

SP-I

• • •

SP-I

• • •

SP-I

SP-I

• • • •

SP-I

SP-I

• • • •

SP-I

• • •

SP-I

• • • • • • • • • • • • • • • • •

SP-I

• • •

Automação

Predial (21)

De sistemas elétricos

Trabalho (20)

Anti-intrusão (19)

Anti-incêndio (18)

Iluminação (17)

• • •

• •

• • • •

• •

• •

• •

• •

• •

• • •

• • •

• • •

• •

• •

• •

• •

• • • • • • • • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

SP-I

• • • • • • • •

SP-I

• •

SP-I

• • • • • •

SP-I

• • • •

SP-I

• • •

• • •

• •

• •

SP-I

SP-I

• • • •

SP-I

• • • • • • • • •

• • •

• • •

• • • • •

• • • • •

• • • •

• • •

• •

• •

• •

• • • • • • • •

• •

• • • •

• •

• •

• • •

• • • • • •

• • • • •

• • • •

• • •

• • • • • •

• • • • •

• • • •

• • • • • • •

• • • • • •

• •

• •

• • • • • • • • •

• • • • • • • • • •

• • • • • • • • • • • • •

• •

• • • • • •

• •

SP-I

• • • • •

Segurança

Iluminação

UF

Pública

Empresa – Telefone E-mail

Consultoria, Estudos (1) Gerenciamento (2) Projeto e Especificação Execução/Instalação Inspeção e Certificação Comissionamento (3) Reforma (4) Manutenção Hidrelétricas (5) Geração térmica (6) Energia auxiliar (7) Sistemas eólicos (8) Sistemas fotovoltaicos (9) Linhas de transmissão AT Subestações MT Redes de distribuição Eletrificação rural Industriais Ex (10) De hospitais CPDs (11) Prediais (12) Prumada coletiva (13) SPDA (14) Eficientização (15) Qualidade da energia

Instalações elétricas

Privada (16)

Serviços oferecidos

• • • • • •

• • • • • • • • •

• •

Notas: (1) Consultoria, estudos e diagnósticos; (2) Gerenciamento de projetos e/ou da execução; (3) Comissionamento e partida (start-up); (4) Reforma e modernização de instalações;(5) Incluindo as pequenas, mini e microcentrais hidrelétricas; (6) Centrais térmicas a vapor, a gás, ciclo combinado, cogeração (incluindo biomassa e biogás); (7) Tipicamente, geração diesel para suprimento de segurança, reserva ou em horários de ponta; (8) Geradores eólicos, incluindo os instalados em indústrias, propriedades rurais e edificações; (9) Geradores fotovoltaicos, incluindo os instalados em edificações industriais, comerciais, residenciais, rurais e outras; (10) Instalações elétricas em atmosferas explosivas; (11) Também conhecidos como “data centers”; (12) Instalações elétricas de edificações em geral — comerciais, de escritórios, residenciais, etc.; (13) Prumadas utilizando barramentos blindados, conectando todos os consumidores de uma edificação; (14) Proteção contra raios, aterramento, proteção contra surtos, detecção de descargas atmosféricas; (15) Eficiência energética: diagnóstico energético, análise das faturas de energia elétrica, projetos de otimização energética e de economia de energia, gerenciamento e controle de energia, correção do fator de potência — tipicamente, área de atuação das chamadas “Escos”; (16) Para indústrias, edificações, lojas, etc.; (17) Iluminação de segurança ou de emergência.; (18) Instalações de detecção e alarme de incêndio.; (19) Controle de acesso, alarmes, CFTV, etc.;(20) Segurança do trabalho em eletricidade (NR-10).; (21) Para edificações comerciais e residenciais (edifício e casa inteligentes). Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 52 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, novembro / dezembro de 2023. Este e muitos outros guias estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

• •


76

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Agenda

No Brasil CBENS – A próxima edição do CBENS - Congresso Brasileiro de Energia Solar, evento bienal promovido pela ABENS - Associação Brasileira de Energia Solar, será realizado de 27 a 31 de maio em Natal, RN, com organização do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER). O evento tem o objetivo de apresentar o estado da arte do desenvolvimento científico e tecnológico das aplicações da energia solar, em particular no Brasil, promovendo a troca de informações e experiências entre universidades, institutos de pesquisa, empresas, órgãos governamentais, agentes do setor energético e associações da sociedade civil. Informações em www. abens.org.br/evento.php?evento=3. Enase – O Enase – Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico acontecerá nos dias 19 e 20 de junho no Hotel Windsor Oceânico, no Rio de Janeiro, RJ. O evento pretende discutir as perspectivas para o setor elétrico nos próximos anos, visando a atualização profissional, networking e negócios. Serão realizados painéis com a presença de especialistas e autoridades no setor. Mais informações em www.enase.com.br. The smarter E – O evento The smarter E South America vai acontecer de 27 a 29 de agosto em São Paulo, SP. Realizado no Expo Center Norte, congregará os eventos: Intersolar South America - A maior feira & congresso para o setor solar da América do Sul; ees South America Feira de baterias e sistemas de armazenamento de energia; Power2Drive South America - Feira de Eletromobilidade; e Eletrotec+EM-Power South America - Feira de infraestrutura elétrica e gestão de energia. A organização é da Solar Promotion International GmbH e da Freiburg Management and Marketing International, com co-organização pela Aranda Eventos & Congressos. Informações: www.thesmartere.com.br.

CURSOS Mercado livre – A Ecom vai promover em janeiro capacitação profissional, gratuita e online, para o Mercado Livre de Energia. Os organizadores estimam um potencial de mais de 23 mil consumidores para migração ao Mercado Livre de Energia. Diante deste cenário promissor, a

Ecom Energia está explorando oportunidades de negócio nos estados do Nordeste, com especial atenção para Bahia, Ceará e Pernambuco, que estão com tarifas médias de energia acima da média nacional. Ministrado por especialistas das áreas técnica, comercial e regulatória da Ecom em módulos sobre regulação, cenário de mercado, comercialização e soluções de energia, o curso permite a atuação no mercado logo após a conclusão, afirma a empresa. Informações em https://ecomenergia.com.br. Relés – A Conprove Engenharia, de Uberlândia, MG, realiza treinamentos para qualificação profissional, dirigido a engenheiros, tecnólogos e técnicos, sobre vários temas, como geradores síncronos; transformadores e reatores de potência; subestações de média e alta tensão; relés de proteção; descargas parciais; transformadores de corrente e potencial convencionais e não convencionais; harmônicos, etc. Em março, serão realizados cursos sobre relés: Relés de proteção (IEDs) Siprotec 4 Siemens – Fundamentos, parametrização e testes (prático), de 11 a 14; Estudo e cálculo de curto circuito em redes e aplicações (teoria e prática), de 18 a 20; Relés de proteção (IEDs) ABB Relion – Fundamentos, parametrização e testes (prático), 21 e 22; e Relés de proteção (IEDs) Siprotec 5 Siemens – Fundamentos, parametrização e testes (prático), de 25 a 28. Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas em https://conprove.com. Indústria – A Mitsubishi Electric promove diversos webinars gratuitos, com carga horária aproximada de uma hora. As sessões online abordam inteligência artificial em inversores de frequência, redes industriais, regeneração de energia elétrica, robôs industriais, certificação LEED, entre outras. Inscrições no site mitsu bishielectric.com.br/webinars. Capacitação técnica – Por meio da plataforma Centro de Treinamentos, a Schneider Electric oferece capacitações e cursos nas áreas técnicas para engenheiros, eletricistas, técnicos, operadores e estudantes da área de tecnologia. Os cursos – com duração média de dois dias – podem ser realizados no formato online (com aulas ao vivo), presencial (no Centro de Distribuição Inteligente e Innovation Hub de Cajamar – SP) ou nas locações dos clientes. São oferecidos cursos sobre controladores lógicos, interfaces gráficas, sistemas de supervisão, relés de proteção, equipamentos de média e baixa tensão, sistemas de

energia ininterrupta e monitoramento e ar-condicionado de precisão. Mais informações sobre os treinamentos estão disponíveis em https:// loja.se.com/software-e-servicos. Proteção – A Termotécnica Para-raios realiza diversos cursos voltados a profissionais da área, como o curso de SPDA, que aborda, entre outros temas, estrutura e tabelas da nova norma, avaliação da necessidade de SPDA, análise do afastamento do SPDA das demais instalações e massas metálicas, dimensionamento do aterramento para dispersão da descarga atmosférica no solo, etc. Outro curso ministrado é o de MPS, que trata de características de um raio nas instalações de energia e de sinal, efeitos e danos de um raio em equipamentos eletroeletrônicos, princípios básicos e níveis de proteção de equipamentos, características dos protetores, etc. Informações: www.tel.com.br.

No Exterior Solar Quality – O Solar Quality Summit 2024 acontecerá de 23 a 24 de janeiro em Barcelona, Espanha. O evento vai reunir prestadores de serviços de EPC, O&M e gerenciamento de ativos, investidores, financiadores, consultores jurídicos e proprietários de ativos. O objetivo é incentivar negócios, explorar as melhores práticas na redução de risco de projetos solares e apresentar tecnologias disruptivas. Mais informações em www.solar-quality-summit.com. Carregamento de VEs – De 15 a 16 de abril, será realizado o EV Charging Infrastructure UK 2024, em Londres, Reino Unido. O evento pretende reunir desenvolvedores de pontos de carga elétrica, operadores de redes elétricas e planejadores de cidades e formuladores de políticas para explorar e estabelecer infraestrutura elétrica robusta e pontos de carga para atender às necessidades da nova geração de veículos elétricos. Mais informações em https://www.uk.evcharging-infrastructure.com. The smarter E/Intersolar Europe – Principal evento mundial do setor de energia solar, composto por feira e congresso, a Intersolar Europe 2024 vai acontecer de 18 a 21 de junho no centro de exposições Messe München, em Munique, na Alemanha, sob a plataforma de soluções de energia The smarter E Europe. Mais informações podem ser obtidas em https://www.thesmartere.de.



78

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Produtos UPS A NHS lançou recentemente uma linha de nobreaks com fator de potência 0,9, que, de acordo com a empresa, garante maior eficiência e confiabilidade. A nova série possui seis diferentes potências (de 1 kVA até 3,2 kVA), com modelos disponíveis tanto no formato de torre quanto em rack. Entre os destaques da família senoidal da NHS, estão o modelo rack de 2,2 kVA, que oferece potência adicional; e o nobreak 3,2 kVA rack, cuja principal característica é maior autonomia. Segundo a empresa, todos os equipamentos da linha possuem baterias de alta qualidade e utilizam transformadores feitos 100% de cobre, garantindo maior eficiência e durabilidade do nobreak. Os produtos são indicados para diversas aplicações, incluindo impressoras a

laser, radar de comunicação, equipamentos médicos e laboratoriais de alta sensibilidade, servidores, data centers, automação industrial e gestão de IoT. A NHS oferece rede de assistências técnicas em todo o País.

equipamentos visam identificar problemas de fios energizados e desenergizados, rupturas ou aberturas e curtos, além de disjuntores e fusíveis atrás de paredes, tetos e piso em ambientes residenciais, comerciais e industriais com classificação CAT IV 600 V. Contam com duas frequências de saída do transmissor, modos de rastreamento do receptor, oito níveis de sensibilidade e alicate de sinal. Outra característica, de acordo com a empresa, é

https://novvalight.com.br

VA, e são indicados para aplicações de uso residencial, industrial e comercial. Segundo a empresa, os autotransformadores são ideais para o segmento elétrico e de facilities, principalmente para atender as demandas de profissionais eletricistas, integradores e instaladores de equipamentos.

Caixas de piso

A divisão de materiais elétricos da Tramontina desenvolveu uma linha de tampas modulares para caixas de pisos voltada a ambientes residenciais e comerciais. A solução foi projetada para locais

https://tsshara.com.br

que o transmissor 2000 T, presente em ambos os modelos, possui os modos de rastreamento alto, baixo e loop (para a versão 2052) e alto, baixo e anel (para a versão 2062). Os equipamentos ainda detectam o sinal em fios e cabos usando dois métodos: rastreamento passivo sem o transmissor (para detecção de tensão sem contato) e rastreamento ativo com o transmissor (para todos os outros modos). Além disso, por meio da tecnologia patenteada Smart Sensor, os usuários do Fluke 2062 podem visualizar a orientação dos fios energizados em uma tela LCD TFT colorida de 3,5 polegadas e alta resolução.

www.nhs.com.br

www.fluke.com/pt-br

Localizadores de cabos

Autotransformadores

Os localizadores de cabos Fluke 2052 e Fluke 2062, lançados pela Fluke, foram projetados para proporcionar segurança em níveis perigosos de sobretensão transitória, com picos de até 8000 V. Os

garantia. Outras características da Discovery: classe de isolamento I; IP 65; impacto da resistência classificação IK7; fabricada em alumínio fundido; tensão de 220 V; frequência de 60 Hz; fator de potência 0,95; e potência da luminária 156-215 W.

A TS Shara fornece a linha de autotransformadores AT-3E, composta por cinco modelos, com capacidade para transformar a energia de 115 V para 220 V e de 220 V para 115 V. Os equipamentos têm potências que variam de 500 VA até 2000

Luminárias A Novvalight oferece a luminária redonda Discovery, que pode ser aplicada em galpões logísticos e industriais, pequenas instalações esportivas, estoques, lojas, supermercados e áreas fabris, internas ou externas, etc. O produto é uma high bay light que possibilita, segundo a empresa, a redução de pontos de iluminação com curvas uniformes,

que se ajustam aos requisitos específicos do pé-direito alto ou baixo, gerando economia. A luminária foi desenvolvida e é fabricada totalmente no Brasil, o que, de acordo com a Novvalight facilita a reposição, os projetos de retrofit e uso de

onde tomadas e conexões elétricas se encontram distantes das paredes. Segundo a empresa, o sistema modular simplifica a instalação das tampas para caixas de pisos, pois o conjunto (composto de caixa, anel de regulagem e tampa) pode ser montado e as conexões elétricas dos módulos realizadas no final da instalação com um simples clique. O sistema de encaixe é exclusivo para acomodar os módulos de interruptores e tomadas da linha Liz, da Tramontina. O produto atende normas de qualidade e segurança, como a NBR IEC 60670-1, NBR IEC 62262 e NBR 14622, bem como a NBR 14136 para os módulos utilizados. www.tramontina.com.br



SOMOSO I NSTI TUTO HEL ENA FL ORI SBAL

www. i hf . or g. br

Vocêpode f azera di f er ença.

Sev oc êes t áquer endoaj udaral gumai ns t i t ui ç ãobene c ent eeai ndanãos abe qual ,podei rdi r et oaos i t edoI ns t i t ut oHel enaFl or i s bal . Com um úni c oc l i quev oc êes t ar áal c anç ando34i ns t i t ui ç õesbene c ent es . Es s eéonúmer odeent i dadesqueoI ns t i t ut oHel enaFl or i s balapoi a. Com mai sdoaç ões ,poder emosf az erai ndamai semel hor . Podees t arc er t odequeas uadoaç ãoc hegar áaquem pr ec i s a.O I HFt r abal ha c om s er i edade,t r ans par ênc i aeét i c a,ev oc êpoder ác ompr ov ari s s o c onhec endoos i t eenosac ompanhando.T emosboasr az õespar ac r erque v oc êv ais et or narum doadorr egul ar .

Façaasuadoaçãoem :

www. i hf . or g. br / doe


EM | Novembro / Dezembro | 2023

Publicações Veículos elétricos

Emissões de termelétricas

Um levantamento realizado em setembro pela NeoCharge, empresa de soluções para recarga de veículos elétricos, aponta crescimento de 23%, em 7 meses, no número de veículos eletrificados que circulam no Brasil. As unidades passaram de 120.518 para 157.038, entre dezembro de 2022 e julho de 2023, de acordo com dados da Senatran, compilados e categorizados pela NeoCharge. No mesmo período, o número de carros 100% elétricos passou de 10.612 para

O “3o Inventário de emissões atmosféricas em usinas termelétricas”, elaborado pelo Iema Instituto de Energia e Meio Ambiente, revela que as 72 usinas termelétricas fósseis conectadas ao SIN - Sistema Interligado Nacional emitiram 19,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) em 2022. No ano passado, toda a geração termelétrica fóssil brasileira voltou a representar os mesmos 10% da geração de eletricidade na matriz elétrica de 20 anos atrás. Segundo o estudo, essa redução é reflexo de um período de condições climáticas favoráveis à geração hidrelétrica após a crise hídrica e do crescimento de outras fontes renováveis, como eólica e solar. Nesse cenário de diminuição expressiva na geração fóssil em favorecimento de fontes renováveis, o SIN como um todo apresentou queda significativa de emissão global, que variou de 92 tCO2e/ GWh em 2021 para 32 tCO2e/ GWh em 2022. A geração termelétrica proveniente do conjunto das usinas inventariadas totalizou 31,1 TWh em 2022. Em 2021, esse valor foi de 95,7 TWh, ou seja, houve uma queda de 67%. Apesar dessa redução, a demanda nacional por energia elétrica cresceu 3% de 2021 para 2022. O estudo mostra ainda que 23,3 TWh foram produzidos a partir do gás natural (41 plantas), o que corresponde a 75% do total inventariado. Já o carvão mineral foi responsável pela geração de 6,9 TWh, representando 22% da produção de eletricidade fóssil. As quatro usinas que mais emitiram GEE em

15.285, híbridos plug-in saltou de 25.954 para 35.407 unidades; e o de híbridos de 83.952 para 106.346 unidades. Em termos geográficos, a maior quantidade de veículos eletrificados está nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, com destaque para São Paulo (estado e capital), que lidera em todas as categorias. O estudo revela ainda as fabricantes que lideram o mercado de veículos elétricos no Brasil. O levantamento completo pode ser acessado em www.neocharge.com.br/ carros-eletricos-brasil.

2022 foram movidas a carvão mineral e estão localizadas no Sul do país. O destaque vai para Candiota III (RS) que, apesar de ter sido a quinta maior geradora em 2022, foi a maior emissora, responsável por 12% das emissões de todo o parque termelétrico estudado. Ainda que a elevada participação fóssil em 2021, devido à crise hídrica, e a subsequente queda em 2022, representada no atual estudo, possam ser consideradas atípicas, existe um aumento consistente na utilização de termeletricidade fóssil, conclui o estudo. A fonte passou de 30,6 TWh em 2000 para 91,8 TWh em 2020 (aumento de 200%), resultando em uma elevação de 113% nas emissões de GEE de todo o setor elétrico brasileiro, segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima. Vale lembrar que ainda nove projetos termelétricos entraram em operação em 2022, oito deles contratados no leilão emergencial de 2021 e que a lei da privatização da Eletrobras prevê a instalação de 8000 MW em termelétricas a gás até 2030. Por sua vez, a Lei 14.299/2022 busca a postergação de subsídios e da vida útil de usinas a carvão mineral até 2040. O estudo está disponível na íntegra em https://energiaeambiente.org.br/produto_tipo/ publicacoes.

Índice de anunciantes AMC................................................................................................... 47 Chint .................................................................................................. 55 Clamper............................................................................................. 71 Cobrecom .............................................................................. 2a capa Corfio .................................................................................................. 5 Dutoplast.......................................................................................... 67 Embrastec.........................................................................................20 Exatron.............................................................................................. 33 Galfogo..............................................................................................43 Gimi.................................................................................................... 53 Grupo Zillocchi................................................................................ 51 Hellermanntyton ............................................................................ 31 Hikvision........................................................................................... 59 HT Cabos.......................................................................................... 15 IHM .................................................................................................... 14 Inpol ................................................................................................... 57 Instrumental ................................................................................... 50 Kit Acessórios..................................................................................30 Krona ....................................................................................... 3a capa MCI..................................................................................................... 42

Merax ................................................................................................ 10 MF ...................................................................................................... 18 Mi Omega..................................................................................46, 65 Mitsubishi......................................................................................... 69 MSE Engenharia.............................................................................. 45 Novemp............................................................................................. 13 Paratec .............................................................................................. 16 Pasco Painéis ................................................................................... 18 Pextron.............................................................................................. 41 Real Perfil ........................................................................................ 11 Ribeiro Solar ....................................................................................54 Romagnole ....................................................................................... 27 Santana Painéis............................................................................... 50 SEW ................................................................................................... 39 Soprano............................................................................................. 49 Telbra................................................................................................. 29 Termotécnica...................................................................................38 Trael ................................................................................................... 17 Weg.................................................................................... 9 e 4a capa Wetzel ............................................................................................... 19

81


82

EM | Novembro / Dezembro | 2023

Momento

Progresso ou retrocesso no setor elétrico? Paulo Ludmer Desde 1989, neste espaço, erro pouco. Muitas vezes para o bem da Nação teria sido melhor errar muito. O editor-chefe da revista Eletricidade Moderna, jornalista Mauro Crestani, introduziu meu livro “Hemorragias Elétricas”, publicado em 2015 pela Artliber, escrevendo: “Até aqui o autor fez grandes acertos em seu prognóstico, o que nos leva a crer que suas previsões sobre o futuro do setor... têm boas chances de estarem corretas”. Entrementes, cito a premiada literata da Unicamp, prosadora Vilma Arêas, que afirma que “a realidade é mais extraordinária do que

2023, há hidrelétricas, pela primeira vez, desligando máquinas por secura na afluência (rio Madeira), e outras abrindo perigosamente os vertedouros sob lagos encharcados (Itaipu), inundando a jusante. Também em 2014 os lagos estavam assoreados e havia imprecisão na métrica da energia garantida das usinas hidrelétricas. Este ano, o futuro dos lagos aproxima-se da função de armazenagem de energia, vis-à-vis à geração intermitente. Em 2014, a recomendação era de que as subestações das linhas de transmissão mereciam mais e melhor manutenção. Agora, as subestações requerem melhor gestão operacional pois a geração intermitente, não despachável, ganhou dimensão, vide o blecaute a partir do Ceará. Ainda em 2014, verificou-se o crescimento da carga com a ascensão de estratos da população e eletrificação da vida contemporânea. Em 2023, é necessário refazer a topologia de carga continuamente. A introdução do carro elétrico e mobilidade em geral é imperiosa. As temperaturas mais altas

“As mudanças climáticas aí estão para renovar todas as previsões e prevenções que o setor elétrico brasileiro está a exigir”. Paulo Ludmer é jornalista, engenheiro, professor, consultor e autor de livros como Derriça Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber, 2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020). Website: www.pauloludmer.com.br.

a ficção”. E as mudanças climáticas aí estão para renovar todas as previsões e prevenções que o setor elétrico brasileiro está a exigir. Trago da página 88 do “Hemorragias Elétricas” a ausência das imposições das mudanças climáticas em curso, que os planejadores com enormes dificuldades terão de enfrentar. O aquecimento global se antecipou. E não há tempo a perder. Em 2014 não estava no radar com a agudeza deste tórrido verão. Em 2014, as hidrelétricas gastaram mais água do que seus dados de placa para gerar. Já em

aumentam os gradientes térmicos e demandam muito maiores esforços de refrigeração. As smart grids exigem qualidade elétrica nos kWh fornecidos. Se em 2014, o hidrogênio era uma quimera, com custo de produção e energia embutida afastando sua adoção, atualmente o hemisfério Norte conta com o hidrogênio verde a ser produzido no Brasil. Por sua vez, o roubo de energia na distribuição era indomável em 2014. Fios e cabos sumiam e os receptadores não eram tão difíceis

de encontrar. Este ano, explodiu a atividade de roubo de energia, de fios e cabos. O Estado do Crime convive generalizadamente com o Estado federal, estadual, municipal. O roubo de volume de água para irrigação em 2014 era intenso, como ilustra o rio São Francisco, e agora explode com a vertigem do garimpo que já contaminou com mercúrio águas da região Norte e, possivelmente, do Jequitinhonha. A construção de Angra III patinava há nove anos. Em 2023, a usina segue em passos de tartaruga e o plano de nucleares também. Já as usinas reversíveis faziam parte dos sonhos de engenheiros em 2014, bem como as maremotrizes. Atualmente, prosperam as usinas de biomassa, de biogás e de recicláveis do lixo. Houve notáveis progressos na biodigestão de hidrocarbonetos a partir de atividades agroindustriais (por exemplo, fábricas de gelatina de carcaças de porcos em Santa Catarina e no Centro-Oeste). Em 2014, as eólicas respiravam e as solares prometiam. Hoje em dia, ambas assumiram enorme fração do crescimento da oferta de energia. No âmbito da geração distribuída, detonam o modelo de negócios da distribuição com o qual concorrem e atrapalham. Afetam a distribuição de renda e os stakeholders da transmissão. Uma esperança que injeta Newton Duarte, presidente da Cogen - Associação da Indústria de Cogeração de Energia, vem do futuro do setor que representa, principalmente baseado nos experimentos do milho e da cana-de-açúcar, da qual tudo se aproveita. Com diversas tecnologias novas, a maioria já testada, pode-se esperar fornecimentos de biodiesel, metano, fertilizantes, hidrogênio, lignina e todo um universo da alcoolquímica (polietilênica). Na página 99 do destemido “Hemorragias Elétricas”, de 2015, escrevi um desabafo: “Do futuro Congresso Nacional, o setor elétrico brasileiro não deve esperar mudanças comportamentais relevantes. Ele traduz o estágio histórico da população. Ou seja, ignora completamente a complexidade, os meandros, os interstícios do universo da energia no País”. E 2023 não se diferenciará.



Impulsionamos hoje o amanhã da

TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO de energia.

A WEG está sempre focada em desenvolver novas tecnologias. Nessa jornada, agradecemos ao mercado pela confiança que nos incentiva a investir hoje para garantir o amanhã mais eficiente e sustentável.

Driving efficiency and sustainability www.weg.net


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.