Degusta darkness

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APED - Apoio e Produção Editora Ltda.

O Senhor da Escuridão

Allan AllanMaggessi Maggess






Copyright © 2014 by Allan Maggessi Todos os direitos desta edição reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida por qualquer processo eletrônico ou mecânico, fotocopiada ou gravada sem autorização expressa do autor. ISBN: 978-85-8255-049-6 Projeto gráfico: Aped - Apoio e Produção Editora Ltda. Editoração eletrônica: Thiago Ribeiro Revisão: Aped - Apoio e Produção Editora Ltda. Capa: Thiago Ribeiro

CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros – RJ M172d Maggessi, Allan, 1986 Darkness : o senhor da escuridão / Allan Maggessi. - 1. ed. - Rio de Janeiro : APED, 2014. 256 p. : il. ; 21 cm. ISBN 978-85-8255-049-6 1. Ficção brasileira. I. Título. 13-07584

CDD: 869.93 CDU: 821.134.3(81)-3

01/12/2013 04/12/2013

Aped - Apoio & Produção Editora Ltda. Rua Sylvio da Rocha Pollis, 201 – bl. 04 – 1106 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro – RJ – 22793-395 Tel.: (21) 3183-0849/ 9996-9067 www.apededitora.com.br aped@wnetrj.com.br


Dedico esta obra a todos aqueles que me apoiaram e acreditaram no meu sonho desde o comeรงo.



Agradeço em especial a minha mãe, Wilma Izascun Pereira, minha primeira leitora e maior fã. E também a minha noiva, Nathalia Costa da Silva Borges, que foi a primeira a ouvir e acreditar em minha história.

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Sumário

Capítulo 1 – Um Estranho Poderoso • 11 Capítulo 2 – Um Presente Valioso • 29 Capítulo 3 – O Primeiro Inimigo • 35 Capítulo 4 – Um Novo Chefe • 41 Capítulo 5 – O Encontro com uma Ameaça Mortal • 51 Capítulo 6 – O Inimigo do meu Inimigo • 67 Capítulo 7 – Um Aliado Poderoso • 71 Capítulo 8 – O Mundo Começa a Mudar • 79 Capítulo 9 – O Plano Começa a Dar Certo • 83 Capítulo 10 – Um Mundo de Caos • 87 Capítulo 11 – Fim do Treino, Começo da Luta • 91 Capítulo 12 – Uma Armadilha Mortal • 97 Capítulo 13 – A Difícil Busca por Mais Poder • 103 Capítulo 14 – O Fim da Parceria • 115 Capítulo 15 – Confronto na Escuridão • 119 9


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Capítulo 16 – A Humanidade Corre Perigo • 137 Capítulo 17 – Enfim, o Domínio da Escuridão • 139 Capítulo 18 – O Retorno ao Mundo dos Humanos • 159 Capítulo 19 – O Reencontro • 165 Capítulo 20 – Conhecendo o Resto da Família • 175 Capítulo 21 – A Proteção de Avalon • 195 Capítulo 22 – A Grande Batalha • 217 Capítulo 23 – O Renascer da Humanidade • 243 Capítulo 24 – A Última Justiça no Mundo dos Homens • 249

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Capítulo 1 Um Estranho Poderoso

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ra apenas mais um dia normal de trabalho. A única coisa fora do comum era que apesar de o sol estar brilhando alto e imponente, estampado em um céu totalmente azulado todos na cidade do Rio de Janeiro, usavam suas roupas mais quentes. Patrick Shadow não fugia a regra, estava usando um belo sobretudo preto que há anos não tirava do seu guarda-roupas, desde a última visita a sua cidade natal, Stirling, na Escócia. Patrick andava desolado pela rua com a cabeça baixa, as lágrimas rolavam por seu rosto, a solidão e o desespero tomavam conta de seu corpo. Seu andar era tão automático e sem rumo que quando saiu do choque estava perdido, havia andado por um longo tempo. Sabia disso, pois o sol já havia se posto, porém não fazia ideia de quantas horas havia caminhado sem rumo. Estava assim porque não conseguia lidar com a notícia que havia recebido mais cedo, naquele mesmo dia. O recado que lhe foi dado pelo seu chefe abalaria a vida de qualquer um, e seu peso foi maior para Patrick. A notícia da morte da sua esposa havia acabado com todos os seus sonhos e com tudo que Patrick havia construído. Pois sem sua amada Adrien, ele estava só no mundo. Não tinha filhos, ninguém que pudesse chamar de amigo e nem 11


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uma família para lhe dar apoio em um dia como este. Resumindo, seu mundo havia se tornado apenas solidão. No momento em que Patrick retomou a consciência, começou a sentir todo o peso dessa solidão, não conseguiu mais se manter em pé, a dor que sentia parecia ter drenado todas as suas forças para fora de seu corpo tornando impossível para as suas pernas sustentarem o peso que parecia ser de todo o mundo em seu corpo, caiu de joelhos em um beco perto de uma caçamba de lixo, olhou para o céu procurando algum tipo de consolo ou ajuda algo que pudesse livrá-lo daquela solidão. Mas no céu não havia resposta, apenas a lua parecia contemplar o seu sofrimento e, por um breve momento, pareceu a Patrick que a lua sorria, feliz se deleitando com seu sofrimento. Então, depois de um longo tempo ali parado, olhando para a lua, Patrick sentiu uma grande identificação com ela, pois percebeu que assim como ele a lua era solitária, era cercada por estrelas, como ele de pessoas, e mesmo assim, brilhava sozinha, imponente, porém solitária, alheia a todas as suas irmãs que a rodeavam em um céu sem nuvens e estrelado como aquele. No momento em que esses pensamentos rodeavam sua cabeça, escutou um barulho ao seu lado. Olhou assustado, não parecia haver mais ninguém na rua, muito menos tão perto assim. O homem que se aproximava parecia brilhar, Patrick pensou que pudesse ser por conta de seus olhos ainda cheios de lágrimas. O homem era alto e imponente, com um físico avantajado e uma beleza que para Patrick não parecia humana. — Percebo seu sofrimento. — Disse o homem. Patrick não estava a fim de conversa, muito menos de ser consolado por um estranho, mas por algum motivo, não conseguiu ser rude com o estranho. — Está tão aparente assim é? — Disse Patrick em tom desdenhoso. O homem reagiu apenas com um sorriso e continuou a seguir na sua direção, com passos firmes e confiantes. O homem era realmente imponente, pensou Patrick, ele poderia coagir qualquer pessoa apenas com seu jeito confiante e prepotente. 12


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— Sei porque choras meu rapaz. Eu tudo vejo, também sei que você se sente só, abandonado pelo mundo, se sente tão só quanto a lua que você admirava agora há pouco. — O que você sabe sobre minha vida? Eu nem ao menos conheço você. — Você está mais uma vez enganado jovem. Você me vê quase todos os dias, apenas nunca imaginou que eu pudesse te ver também. — Patrick que já estava achando tudo aquilo estranho, ficou mais confuso ainda. Por que o homem o chamava de jovem se ele não aparentava ter mais idade que ele? E como o homem podia dizer que todos os dias Patrick o olhava, se ele tinha certeza de que nunca o tinha visto. “Seria impossível esquecer esse homem”, pensou Patrick. — Você está me confundindo com alguém. — Ao dizer isso, Patrick levantou-se, pronto para sair dali o mais depressa possível para longe daquele misterioso homem. Ao chegar perto do homem para sair do beco, percebeu que ele ainda brilhava. Um frio o atingiu de forma inesperada. O homem se colocou em sua frente, entre ele e a saída do beco para a rua. — Aonde pensa que vai? Ainda não terminamos nossa conversa. Patrick ficou nervoso, não podia acreditar naquilo, no dia da morte de sua esposa, seria assaltado em um beco escuro e sujo como aquele. Sua raiva irrompeu por seus músculos e antes que pudesse perceber, havia desferido um soco com toda a força que possuía na direção do seu possível agressor. Tinha certeza de que o havia acertado, pois o homem estava parado, imóvel até um piscar de olhos antes. Foi quando Patrick sentiu seu punho passar no vazio e a força do golpe o derrubou sem jeito na calçada. Havia posto todo o peso de seu corpo na tentativa de nocautear aquele misterioso homem. Quando se recompôs, Patrick procurou pelo homem, esperando que ele revidasse o golpe e o pegasse totalmente desprevenido. O que viu o confundiu, ele não sabia se era um truque de sua mente ou se aquilo realmente havia aconteci13


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do. O homem parecia estar a mais ou menos cinco metros de distância dele. Patrick ficou parado, confuso, sem reação, diante de tamanha impotência que o atingiu, como um soco em seu estomago. Toda a solidão e sofrimento pela morte de Adrien voltaram a lhe afligir. — Tá certo, eu desisto! Você pode levar o que você quiser, pode até me matar. Eu não tenho mais força, não quero mais lutar, não quero mais viver. Neste momento, o misterioso homem irrompeu em uma fúria devastadora, sua voz passou a soar áspera, ele não a ergueu, mas o fato de não ter berrado com Patrick não amenizou a sensação de impotência diante de tamanha fúria. — Você tem a prepotência de pensar que pode escolher se você vai viver ou morrer. Não passa de um nada no momento. Seres humanos, eles pensam que podem dominar o mundo. Que o mundo gira e se comporta conforme suas ações e seus atos. Vocês se acham tão importantes, acham que podem interferir no comportamento do mundo, na natureza, acham que podem dominar o mar, o sol, as florestas, a mim. Vocês não passam de um brinquedo em nossas mãos. “Nossas mãos? o que diabos ele quer dizer com isso? Vocês seres humanos? Como pode um lunático ser tão imponente?” Pensou Patrick. Porém em algum lugar no fundo de sua consciência Patrick sabia que aquele homem não era um maluco qualquer, não era louco e ele estava chegando a conclusão de que muito menos um qualquer. O brilho que o homem emanava havia se tornado mais intenso em sua fúria. Mas agora se dissipava, como se com ele levasse a fúria esmagadora que Patrick sentira momentos antes. Começava a se arrepender amargamente de ter tentado socar aquele homem. “Mas por que será que ele não irrompeu em fúria quando eu tentei socá-lo, apenas quando disse que já não ligava mais para a minha vida”. Pensou Patrick. Neste momento o homem aproximou-se dele, agachou ao seu lado, olhou em seus olhos e por algum motivo aquele olhar o imobilizou por completo. 14


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— Você quer saber quem eu sou não quer? — Disse o homem. Naquele momento nada mais importava a Patrick, ele estava totalmente entregue aquele homem como se o olhar dele fosse capaz de fazer com que Patrick fizesse qualquer coisa que ele mandasse. Literalmente qualquer coisa. Patrick apenas acenou com a cabeça confirmando, não conseguia falar. — Pois bem Patrick, eu sou aquele que tem nome de mulher, que dizem influenciar a maré. Sou aquele que em noites escuras, traz a luz a esse povo ingrato que habita essa nobre arte feita por ela, a toda poderosa que gosta da brincadeira com vocês, que tem piedade de sua raça, sou eu o responsável por este mundo existir, por criar condições para que sua raça imunda exista. Por não deixar que quando a poderosa se vai este mundo não se torne apenas escuridão. Resumindo, sou a babá desta terra que se tornou fétida. Eu sou Lua. “O quê?! Definitivamente ele é louco, não há mais dúvidas” pensou. A surpresa de tal revelação havia tirado Patrick do estado de transe, e agora ele começava a suspeitar que sua debilitação e sua dor o houvessem levado a dar créditos demais a um maluco, um lunático. Segundo ele mesmo, realmente um lunático. — Não acredita em mim não é? Evolução, essa foi uma das desgraças no mundo que eu tentei conter. Quando a poderosa permitiu que a humanidade tivesse acesso a um pouco de seu poder eu fui contra, mas como sempre ela nunca dá ouvidos a ninguém. A sua “racinha” já foi mais prudente, já nos reverenciou. Tratavam-nos... Como é que era chamado mesmo? Deuses. Isso, eles nos chamavam de deuses, dedicavam a nós o devido respeito. Hoje em dia, não consigo nem convencer um desiludido como você do meu poder. — Você não pode ser a Lua, como você pode estar em dois lugares ao mesmo tempo? — Você pensa mesmo que pode compreender meus poderes? Você não pode nem ao menos compreender o seu poder. E eu não estou em dois lugares, estou apenas aqui. — Então o que é aquilo ali em ci... — Patrick interrompeu a frase no meio, o céu que há poucos instantes estava claro e sem 15


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uma única nuvem, agora encobria todas as estrelas que Patrick havia contemplado e com elas a lua. “Isto não pode ser verdade, eu devo estar tão maluco quanto ele por ainda lhe dar créditos”, pensou Patrick, mas novamente aquela intuição o atingiu, por mais absurdo que pudesse parecer, algo levou Patrick a acreditar. Aquele homem era a Lua, ou melhor o Lua. — Mas o que você quer? — Perguntou Patrick. O homem abriu um leve sorriso malicioso, parecia uma aranha que havia prendido a presa em sua teia e agora brincava com ela. — Apenas te dar poder. Um poder que você jamais pensou que pudesse existir, que pode te transformar em um ser como eu. Capaz de realizar feitos incríveis que nenhum outro ser humano jamais conseguiria. Bem quase nenhum. Esta última frase fez com que calafrios percorressem todo o corpo de Patrick, agora a mesma voz que o alertara de que aquele homem de fato era o Lua, o alertava de que aquilo não era uma proposta tão boa quanto parecia. Porém, dessa vez ele optou por não escutá-la, Lua conseguia ser muito persuasivo. — E qual seria este poder? — Perguntou Patrick — É um poder sem dimensões, você seria capaz de controlar toda a escuridão. Teria poderes inimagináveis para um ser humano comum, como você é agora. — Controlar a escuridão? Como isso seria possível. — Pois bem, tentarei lhe explicar um pouco. A escuridão não é uma coisa aleatória, como vocês seres humanos pensam. Ela é dominada por um senhor, e sempre deve ter um senhor. Ela obedece a seus comandos, dobra-se a sua vontade. Ao contrário do que os humanos pensam, a escuridão não é a simples ausência de luz, é um poder que tem seus limites desconhecidos. Há quem diga que aquele que controlar a escuridão poderá ter um poder maior até do que o da poderosa. As palavras do Lua seduziam Patrick, com enorme facilidade. No momento, ele podia até esquecer a dor e o sofrimento que estava sentindo antes. A ideia de ter um poder como este em suas mãos, começava a dar um novo sentido para que Patrick vivesse. A preocupação com a solidão já não era tão grande. 16


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Neste momento, outro homem entrou no beco, mas ao contrário do Lua, este não era nada imponente. Na verdade, ele estava magro, com olheiras fundas, roupas que mais pareciam trapos. Seu aspecto mais parecia o de um sem-teto, procurando abrigo em um beco como aquele. Porém, a reação do Lua não foi exatamente a que Patrick estava esperando. — Você parece perdido Holand, há quanto tempo não nos vemos? — Disse Lua dirigindo-se diretamente ao homem que ao que tudo indicava chamava-se Holand. — Pois é. Esta cena me parece bem familiar, a não ser pelo fato de que ao invés de eu estar sofrendo com a perda de alguém é este pobre coitado que está para cair em suas teias. Mas eu estou aqui justamente por isso, para evitar que como eu, este infeliz seja seduzido por seus truques. — Disse Holand. — Meu caro amigo, nunca tive a intenção de lhe prejudicar. A escuridão pode ser traiçoeira, mas nada do que eu lhe disse era mentira, o poder que lhe foi dado era infinito. — Sim, era realmente infinito. Mas você nunca conta a parte de que ele mais cedo ou mais tarde, isso tomará conta de você, e então você é quem passará a servir a escuridão, fazendo coisas terríveis, coisas das quais nunca mais conseguirá esquecer. Até que um dia você não aguenta mais o sofrimento e se mata, não é? — Pelo que me parece você ainda está vivo, não está? Pode estar um pouco acabado, mas vivo. — Sim estou vivo, mas com um único propósito. Vivo para que possa alertar pessoas como ele. — Disse Holand, apontando para Patrick. — Não faça isso rapaz, eu sei que agora esta proposta lhe parece tentadora, mas eu já passei por isso, e sei que este poder não vai livrá-lo da dor, apenas lhe trará mais dor. Patrick não se deixou alarmar por Holand, pois ao lado de Lua, ele sim parecia um louco e alguém indigno de crédito. A vida como ele conhecia havia acabado, ele não poderia suportar ter de voltar para casa e ver o local que construiu ao lado de Adrien vazio e solitário. Ele tinha certeza de que isso acabaria com ele. Portanto, uma única opção era válida para ele. — Eu aceito. — Disse Patrick. 17


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Holand ficou devastado, havia dedicado os últimos cinco anos de sua vida a apenas um propósito e havia falhado. Uma ira que a muito estava adormecida, começou a brotar no fundo de seu peito. Ele queria dar um soco em Patrick, mas o entendia muito bem. E fora isso, se ele já estivesse transformado em senhor da escuridão, aquilo poderia ser uma atitude com consequências devastadoras para os dois. — Você fez uma boa escolha. — Disse Lua — Muitos, como o nosso amigo Holand, se arrependeram. — E neste momento Lua começou a rir — espero que você tenha mais sorte, e não acabe como os outros. E continuando a sua risada, que aos ouvidos de Patrick pareciam um trovão, anunciando uma grande tempestade, Lua transformou-se em uma luz que ofuscou os olhos de Patrick e Holand, e desapareceu. Patrick, ainda atordoado, e sem conseguir enxergar muito bem, ficou surpreso com o sumiço de Lua. — Mas é só isso? Eu aceito e ele vai embora? Sem me dar uma explicação, sem me dizer o que eu devo fazer com os meus poderes? Isto é, se ele realmente me deu poderes. — Não se engane rapaz, você recebeu sim seus poderes, infelizmente você acaba de se amaldiçoar com eles. — O que você sabe sobre isso? Porque eu deveria lhe dar ouvidos? — Disse Patrick aos berros. Ele sentia uma raiva repentina, tá certo que o homem estava sendo um bocado intrometido, mas as maldades que lhe passavam pela cabeça iam além de qualquer coisa que ele já houvesse pensado, nem em dias em que ele se enfurecia com o trabalho ou com um estranho mal-educado na rua. Aqueles sentimentos o pegaram desprevenido e o assustaram. Ele nunca havia sentido tamanha raiva, parecia que ele poderia arrancar o coração de Holand e isso não significaria nada para ele. — Isso faz parte de ser o senhor da escuridão. — Disse Holand, pegando Patrick desprevenido como se ele conseguisse ler seus pensamentos. 18


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