Jewellery Mag Dezembro 2018

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J E W E L L E R Y M A G D E Z E M B R O

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06 P O R T U G U E S E J E W E L L E RY X M A AT

M AT É R I A P R I M A Apresentação do Projeto

12 D E S TAQ U E S

SHAPERS 4.0

04 E N T R E V I S TA

GONÇALO CASEIRO Presidente do Conselho de Administração da Imprensa Nacional – Casa da Moeda

Exposição e Conferências no Ministério da Economia


D E U S A

M Ã E

Cris Maria Jewelry “As peças CRIS MARIA JEWELRY buscam, na simplicidade, o sofisticado e o original. As suas coleções são compostas por peças simples e versáteis para serem usadas todos os dias, mas também por peças mais arrojadas, para quem ouse, ou para uma ocasião especial.”


E D I

T O R I A L

Ana Freitas, Presidente da AORP

M

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É

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A expressão serve de ponto de partida para a iniciativa “Portuguese Jewellery x MAAT”, em destaque nesta edição. A forma como a nova joalharia portuguesa se molda com diferentes materiais, perspetivas e visões, encontrando eco num mercado sedento de novos conceitos e abordagens.

E porque estamos no início de um novo ano, lanço o repto aos nossos Associados: desafiem-nos, questionem-nos, partilhem connosco as vossas ideias, aspirações, inspirações. Dêem-nos matéria-prima para continuar a criar, surpreender e a elevar a joalharia portuguesa no mundo.

Como tanto preconizamos na nossa campanha internacional “À La Carte” a joalharia portuguesa serve-se hoje em dia em doses generosas de criatividade, que permitem oferecer propostas para todos os gostos.

Gostaria de destacar ainda nesta edição, a grande entrevista ao Dr. Gonçalo Caseiro, Presidente do Conselho de Administração da Imprensa Nacional – Casa da Moeda, que nos esclarece sobre as grandes mudanças que se estão a operar nas Contrastarias, no sentido de oferecer um modelo mais ágil e adaptado às novas dinâmicas do setor. Uma entidade com a qual temos vindo a colaborar de forma aberta e cooperativa, com vista à defesa dos interesses das nossas empresas, mas acima de tudo, à criação das bases para apoiar o grande impulso de renovação e crescimento a que assistimos no nosso setor.

Essa nova essência ganha forma nesta iniciativa desenvolvida pela AORP em parceria com o Museu MAAT, em Lisboa, onde arte, arquitetura e tecnologia se cruzam num espaço de debate, descoberta, pensamento crítico e diálogo internacional. Depois de Serralves, no Porto, a joalharia portuguesa ganha uma nova aliança de peso na sua estratégia de projeção nacional e internacional. Este projeto mostra também como este conceito de “matéria-prima” também se estende ao trabalho que a AORP tem desenvolvido para promoção da joalharia portuguesa, desafiando os limites da imaginação, construindo novos palcos e pontes de contacto, trazendo para o setor novos protagonistas e parceiros económicos, desbravando caminhos, abrindo horizontes. Também na nossa estratégia, tudo é matéria-prima ao serviço da nossa visão.

Olhamos para o novo ano com a ambição renovada. Vêm aí novos e entusiasmantes projetos. A AORP deseja a todos os seus Associados um novo ano repleto de felicidade e sucesso.

É tempo de REnovação! Feliz 2019!

C ONC E ÇÃO GRÁF ICA

CA P A

E D I T O RI A L

I M PRE S S ÃO

P ROP RIEDA DE

Gab i n e t e d e Co mu n i ca ça o e I ma g e m A O R P s i l vi a. s i l va a o r p.p t ma f a l d a . mo r ai s a or p .p t

fotografia, frederico martins lalaland studios FRENTE - anel nUUK, BRINCOS MEL JEWEL VERSO - BRINCOS NUUK

AORP geral aorp.pt

G ráfica Pacen se

A ORP w w w . a o r p. pt


02 TENDÊNCIAS

matéria portuguese jewellery x maat

04

Arte, arquitetura, tecnologia. A joalharia portuguesa projeta-se hoje em dia como uma forma de expressão criativa, onde a tradição da técnica e os metais nobres se fundem com novas perspetivas, texturas e materiais. Onde tudo é matéria-prima para a criação.

02

01

FAÇ A PA R T E DA J E W E L L E RY M AG Se é nosso/a associado/a, envie as suas fotografias de produto em alta resolução para comunicacao@aorp.pt

03


03 TENDÊNCIAS

prima 05

01 Anel, VANGLÓRIA; 02 Pulseira, ANA PINA; 03 Brincos, DALILA GOMES; 04 Anel, MATER JEWELLERY TALES;

06

05 Colar, ROMEU BETTENCOURT; 06 Anel, JOANA SANTOS; 07 Brincos, KATHIA BUCHO

07


04 ENTREVISTA

GONÇA LO CASEIRO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA IMPRENSA NACIONAL – CASA DA MOEDA

Assumindo a presidência da INCM desde outubro de 2017, tem vindo a liderar um conjunto de mudanças estruturais, com impacto direto nas dinâmicas do setor da ourivesaria, sobretudo ao nível da atuação das Contrastarias, que ganham agora novas responsabilidades e competências. Em entrevista à Jewellery Mag, Gonçalo Caseiro partilha a sua visão sobre o setor e sobre o papel atual e futuro das Contrastarias.

1. PASSADO POUCO MAIS DE UM ANO DESDE QUE ENTROU EM FUNÇÕES, É POSSÍVEL FAZER JÁ UM BALANÇO? A Imprensa Nacional – Casa da Moeda, SA, é uma empresa de capitais exclusivamente públicos, sendo uma organização multicentenária - aliás a própria Imprensa Nacional faz este ano, 250 anos - pelo que podemos sempre afirmar que, passado pouco mais de um ano da atual gestão, é devido um balanço deste período. Antes de entrarmos nessa questão, importa realçar que estamos a percorrer um processo de transformação efetiva do nosso negócio. Fomos conhecidos, mais do que o desejável, pela mercantilização da burocracia no Estado, os impressos que se compravam, que faziam do cidadão um estafeta, e que o Sim-

3. QUAIS AS ÁREAS ESTRATÉGICAS DE INTERVENÇÃO NESTE PRIMEIRO ANO DE MANDATO?

plex, e bem, foi eliminando e desmaterializando, sendo que hoje

Estes números demonstram já a prossecução de quatro eixos

somos um parceiro primordial em projetos de modernização

estratégicos, primeiro, trabalhar a eficiência interna, com aposta

administrativa, de inovação tecnológica, como é o caso do Cartão

em novas tecnologias, na robótica, na inteligência artificial, entre

de Cidadão, do Passaporte Eletrónico ou, mais recentemente, do

outros, segundo, internacionalizar os produtos e serviços em

Livro de Reclamações Eletrónico. O futuro é ainda mais desafian-

que primamos pela excelência, veja-se por exemplo, o caso das

te, na identidade digital, nas capacidades para certificar física e

várias equipas que temos este ano a trabalhar em São Tomé, que

digitalmente artefatos, que vão desde uma garrafa de vinho, a

lançou recentemente o seu passaporte eletrónico, ou o caso de

uma peça de merchandising, garantindo ao consumidor que o que

Cabo Verde, que apresentou o cartão nacional de identificação,

encomendou, cada vez mais online, é o que recebe em casa, entre

ou ainda o caso de Moçambique, com a criação da infraestrutu-

muitos outros desafios.

ra de chaves criptográficas do Estado. A inovação na oferta de produtos e serviços, sendo certo que mais à frente na entrevista

2. SIM, MAS UM BALANÇO MAIS CONCRETO? Vamos a isso. Iniciando pela vertente financeira, conseguimos manter o volume de negócios em cerca de 100M€, perspetivando-se atingir um EBIDTA de 35M€ para o ano que agora termina. Contudo, é trivial verificarmos que as rubricas que compõem a nossa atividade alteraram-se substancialmente. Por um lado, pelas boas razões relacionadas com a recuperação de rendimentos dos nossos trabalhadores e outros direitos “congelados” durante a fase de intervenção externa. Por outro lado, também podemos

falaremos disso em detalhe para a área da Contrastaria e ainda, a capitalização dos nossos recursos, maximizando as competências existentes na empresa e possibilitando a internacionalização de todas as atividades especializadas de valor acrescentado, são os dois últimos eixos em que concentramos a nossa estratégia de visão para o futuro. 4. MAS ESSES EIXOS ESTRATÉGICOS TÊM IMPACTO TRANSVERSAL NAS DIVERSAS UNIDADES DE NEGÓCIO?

facilmente concluir que esse movimento foi largamente compen-

Sim, desde a nossa vertente editorial, passando pelas atividades

sado pela evolução significativa em termos de eficiência opera-

fabris, até às Contrastarias. Na vertente editorial, reafirmando

cional, assente na aposta na inovação, o que permitiu manter um

o compromisso com os autores portugueses, lançando prémios

desempenho empresarial com índices bastante sólidos.

literários em Portugal, em países de língua oficial portuguesa e, em breve, um prémio para os portugueses espalhados por esse mundo fora. Na Moeda, com novas técnicas de fabrico, novos metais e técnicas de cunhagem, entre outras inovações que serão apresentadas em breve. Na gráfica de segurança e nas soluções de segurança, onde a parceria com as universidades e os centros de investigação foi mais aprofundada, com a apresentação de novos produtos e pedidos de patentes mundiais.


05 ENTREVISTA

8. MENCIONOU A FISCALIZAÇÃO, QUAL SERÁ A POSTURA ADOTADA PELAS CONTRASTARIAS ENQUANTO NOVA ENTI5. E NA CONTRASTARIA? Na Contrastaria, sobre a qual importa falar mais em detalhe e onde o investimento percorre os quatro eixos que referi, vamos ter novidades, já no primeiro semestre de 2019, entrará em funcionamento o novo sistema de gestão das Contrastarias, que vai permitir implementar um controlo interno mais eficaz, mas por outro lado dar uma especial relevância aos nossos clientes, possibilitando uma comunicação em tempo real sobre o estado de um lote, bastando-lhes usar o telemóvel e questionar através de mensagem (sms), recebendo reposta pela mesma via, de forma automática. Prevê-se igualmente que no primeiro semestre de 2019, entre em funcionamento o novo site das Contrastarias, que irá dotar o setor com melhor e mais informação, sobre as marcas,

DADE FISCALIZADORA? Naturalmente seremos uma entidade fiscalizadora do setor e não apenas dos operadores económicos que hoje interagem com a Contrastaria. Quero com isto observar que uma das orientações estratégicas será assegurar que a base de fiscalização é abrangente, implicando para tal um trabalho estreito com as associações. A visão de uma fiscalização eficaz, passa por uma perspetiva ampla daquilo que é a realidade deste setor, tendo como principais objetivos a proteção do consumidor e o normal funcionamento de mercado. 9. ESTE FOI UM ANO DE GRANDES MUDANÇAS. QUAIS CONSIDERA TEREM SIDO OS PONTOS CRÍTICOS DE MELHORIA E INOVAÇÃO NO SERVIÇO DAS CONTRASTARIAS?

oficiais ou de autor, deixando-o ao nível daquilo que melhor se faz

Sim, é um facto que foi um ano com significativas mudanças no

no mundo. A melhoria dos espaços da contrastaria para beneficiar os

mundo das contrastarias, nomeadamente, na reestruturação dos

técnicos que todos os dias tornam possível esta atividade bem como,

serviços e na implementação de novos projetos que irão ter (e al-

a relação com os nossos clientes é intenção clara para nós.

guns já têm) impacto junto dos principais atores desta atividade. A comunicação, sendo um fator de enorme relevância, também foi

6. MAS MENCIONOU TAMBÉM INOVAÇÃO. NA CONTRASTARIA

alvo de melhorias, com a constituição do Conselho Consultivo de

VAMOS TER NOVIDADES NESSE ÂMBITO?

Ourivesaria, o que resultou na criação de vários grupos de traba-

Apresentámos já este ano na convenção sobre o controlo e marcação de artefactos de metais preciosos, associação internacional de contrastarias e no Conselho Consultivo de Ourivesaria, a tecnologia UniqueMark, que confere a garantia da autenticidade e de rastreabilidade de uma peça, através de uma marca única,

lho temáticos com enorme significado para todo este setor. 10. A AORP E A INCM TÊM TRABALHADO EM ESTREITA PARCERIA, COMO VÊ O PAPEL DAS ASSOCIAÇÕES NA CRIAÇÃO DE UMA PONTE ENTRE O SETOR E A VOSSA ENTIDADE?

não replicável e que tem como base um algoritmo de dispersão

Tem sido desenvolvido um trabalho bastante profícuo entre as

aleatória, de fácil leitura ótica através da câmara de um simples

associações do setor e a INCM, uma ponte que tem facilitado a

smartphone e com ligação direta a uma plataforma, onde irão

partilha de opiniões, de esclarecimentos e uma abordagem a no-

constar todas as informações relevantes, com diferentes níveis

vos projetos e desafios para o setor. Um trabalho realizado entre

de acesso. A UniqueMark confere aos artigos detentores desta

todos aqueles que se sentam à mesa do Conselho Consultivo da

marcação um reconhecimento e rastreamento da peça, sobretudo

Ourivesaria e que tem obtido excelentes resultados.

através da ligação a uma plataforma com diferentes níveis de acesso, em qualquer espaço físico e temporal.

11. COMO ASSISTE À RÁPIDA EVOLUÇÃO QUE O SETOR DA OURIVESARIA TEM ATRAVESSADO NOS ÚLTIMOS ANOS?

7. APROXIMANDO A LUPA AO SETOR DA OURIVESARIA, NA SUA VISÃO QUAL DEVE SER O PAPEL DAS CONTRASTARIAS NO APOIO AO DESENVOLVIMENTO E MODERNIZAÇÃO DO SETOR?

O setor da ourivesaria esteve durante muito tempo apoiado apenas no mercado interno e é com natural agrado que observo a internacionalização e a conquista de novos mercados, adotando

Por um lado, temos de assegurar a necessária proteção do consu-

novas tendências e novas formas de contato com o consumidor,

midor. Tal significa melhorar a comunicação das marcas, a forma

que revitalizam a arte e projetam este setor para novos hori-

de as interpretar, entre outros aspetos. Daí o aparecimento de um

zontes, aceitando desafios, em que a tradição se reinventa e se

novo site e a implementação de um plano de comunicação mais

renova pela mão de jovens designers, artesãos e industriais.

direta e eficaz. Por outro lado, devemos contribuir para assegurar a concorrência leal entre os diferentes agentes económicos, por exemplo assegurando um papel muito ativo na fiscalização, mas também garantindo os procedimentos e normativos internos mais adequados às necessidades do mercado.


06 PORTUGUESE JEWELLERY X MAAT

A AORP e o MAAT – Museu de Arte, Arquitetura eTecnologia, em Lisboa, unem-se para dar a conhecer sete jovens criadores que representam a nova joalharia portuguesa. Além de apresentarem as suas coleções em nome próprio na loja, os designers irão desenvolver uma edição exclusiva inspirada no museu. Joana Santos, Vangloria, Ana Pina, Kathia Bucho, Mater Jewellery Tales, Romeu Bettencourt e Dalila Gomes foram os designers selecionados para integrar a iniciativa “Portuguese Jewellery X MAAT: Matéria-prima”. De forma rotativa, as sete marcas de autor estarão individualmente, pelo período de dois meses, à venda na loja do MAAT, juntando-se às duas marcas residentes, Maria Avillez e Leonor Silva. A seleção representa a nova geração de joalheiros, que aliam a tradição da arte a novos conceitos contemporâneos de design. Para Fátima Santos, Secretária-Geral da AORP, “a joalharia portuguesa ganhou novos protagonistas. Provenientes de áreas muito diversas, como arquitetura, arte, design e até marketing e publicidade, trazem à joalharia portuguesa novas ferramentas e matérias-primas, não só de forma literal, porque gostam de experimentar novos materiais, mas sobretudo a nível de conceitos e abordagens influenciados pela sua formação, experiência e assinatura pessoal.”

O projeto irá culminar com a criação de uma coleção exclusiva, inspirada no edifício do MAAT, um projeto da arquiteta britânica Amanda Levete, que foi já distinguido a nível internacional por prémios como Best Museum Architecture of the Year e o Best of Best Iconic Awards 2017. “Esta parceria com o MAAT tem uma dupla missão: por um lado, dar palco aos novos designers, que têm aqui uma montra para o mundo, mas também criar um desafio coletivo que mostre como a joalharia portuguesa é neste momento muito versátil e multifacetada, com propostas para todos os gostos, como tanto preconizamos na nossa campanha internacional Portuguese Jewellery À La Carte”. Recorde-se que, em 2017, a AORP associou-se ao Museu de Serralves no Porto, com a criação de uma coleção exclusiva inspirada na arquitetura do museu e casa de Serralves. A iniciativa “Portuguese Jewellery Serralves Special Edition” uniu seis marcas e esteve em exposição e à venda durante um ano na loja do museu.


07 PORTUGUESE JEWELLERY X MAAT

C A L E N DÁ R I O JOANA SANTOS JEWELLERY dez 18+jan 19 VANGLÓRIA JEWELLERY DESIGN fev+mar ANA PINA abr+mai KATHIA BUCHO JEWELRY jun+jul MATER JEWELLERY TALES ago+set ROMEU BETTENCOURT out+nov DALILA GOMES JEWELLERY dez 19+jan 20

Licenciada em arquitetura, Joana Santos olhou sempre para a joalharia com grande curiosidade, razão que a levou, em 2013, a iniciar a sua jornada de descoberta e aprendizagem. Não deixando de transportar todo o conhecimento e experiência da formação original para as suas peças, o seu desenho é minimal e geométrico e inspira-se em formas arquitetónicas, mas também nos movimentos da natureza e na arte, contrastando a racionalidade da linha com a delicadeza da técnica e a imprevisibilidade do detalhe. MATÉRIA-PRIMA: Fio de pesca “No fundo do mar há brancos pavores Onde as plantas são animais E os animais são flores. (...) Mas por mais bela que seja cada coisa Tem um monstro em si suspenso.” A poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen serviu de inspiração à coleção Ouriço de Joana Santos, que representa o seu lado mais artístico e concetual, expresso na conjugação da nobreza da prata com a maleabilidade e exuberância do fio de pesca vermelho.

J OA N A S A N TO S

dez 18 - jan 19


08 PORTUGUESE JEWELLERY X MAAT

VA N G LÓ R I A

fev -

mar

Vanessa Pires é a designer e criadora das joias Vanglória. Licenciada em Marketing e Publicidade, foi na joalharia que encontrou a sua paixão. As suas criações, concebidas artesanalmente, recorrendo a técnicas tradicionais, têm uma forte componente conceptual, e resultam da fusão entre o mundo concreto das formas e a intangibilidade das emoções, num processo alquímico que traz à luz joias arrojadas, plenas de simbolismo. MATÉRIA-PRIMA: Concha de Nautilus A Proporção Áurea, também conhecida por Phi, pode ser encontrada em inúmeros elementos do universo, sendo considerada por muitos como a manifestação divina da beleza perfeita. Um desses elementos é a concha de nautilus pompilius, que serve de inspiração à coleção Nautilus, da Vangloria. Uma fascinante representação natural da construção geométrica da espiral de Fibonacci, em que a divisão de um qualquer número sequencial pelo seu precedente vai tender para o Phi. fev - mar

As coleções de Ana Pina aliam a sua experiência em arquitectura a técnicas tradicionais de joalharia e conceitos contemporâneos de design, na criação de peças com inspiração marcadamente abstrata e geométrica. Peças únicas ou coleções limitadas articulam elementos de um vocabulário comum, num jogo de contrastes e texturas, relações geométricas e assimetrias, como se de letras que compõem palavras inseridas num texto maior se tratassem. MATÉRIA-PRIMA: Esquadro A criatividade de Ana Pina desenha-se a regra e esquadro. Em linhas que se intersetam, ângulos perfeitos e formas modulares. Geometria, estrutura, equilíbrio. A tríade ganha forma na coleção Modular de Ana Pina, inspirada na repetição e variação de elementos arquitetónicos. Nesta fusão entre os dois mundos, Ana Pina tem no esquadro o instrumento de criação. A objetividade da função ganha emoção no legado de talento, que herdou do seu pai, titular original dos seus esquadros de metal.

abr - mai

ANA PINA


09 PORTUGUESE JEWELLERY X MAAT

K AT H I A B U C H O Atraída pela elegante simplicidade das linhas minimalistas, Kathia Bucho vagueia entre estruturas mecânicas e formas geométricas extraídas do seu ambiente urbano original, introduzindo no seu trabalho detalhes inesperados que resultam em ergonómicas esculturas como uma pequena extensão do corpo que as usa. Do tradicional trabalho de joalharia clássica em materiais nobres à utilização de plásticos, nylons e borrachas, do esboço inicial em papel à criação digital, Kathia explora o seu universo quotidiano, transformando-o em peças que refletem uma verdadeira visão artística independente. MATÉRIA-PRIMA: Cimento O universo urbano e a sua dicotomia servem de cenário à criação de Kathia Bucho. A sua coleção City Affairs reflete a forma como nos integramos nas cidades em que habitamos. Revela formas e arestas definidas, representando o contexto arquitetónico citadino e salienta texturas que sugerem o betão e as luzes cintilantes da noite. A coleção simboliza as representações alegóricas do negativo vs positivo e a energia vibrante do ambiente urbano. jun - jul

Contar histórias, histórias que fiquem guardadas na memória. Razão que levou Sara Coutinho, designer de produto de formação, a fundar a MATER jewellery tales. O seu trabalho está assente no legado histórico, cultural e humano, onde procura testemunhar com sensibilidade, objetividade e sensualidade território frágil. Cada peça é o resultado de fragmentos do mundo vivido e sonhado. Interpretações geometrizadas que sofrem sucessivas simplificações para que estas memórias permaneçam, através das joias. MATÉRIA-PRIMA: Calçada Portuguesa “Mar de pedras que inunda as nossas ruas, cantando dura poesia.” A Calçada Portuguesa é uma herança de história e cultura, que em muito se assemelha à arte de criar uma joia. Um saber-fazer, passado de geração em geração, que se materializa em cada mosaico. A tradição do desenho, a manualidade da execução, a atenção ao detalhe. A analogia molda a coleção “Calçada” de Mater Jewellery Tales, onde ao unir as duas artes se crava a identidade de um país.

ago - set

M AT E R J E W E L L E RY TA L E S


10 PORTUGUESE JEWELLERY X MAAT

ROMEU BETTENCOURT Romeu Bettencourt nasceu nos Açores e sonhou ser piloto deste pequeno. A sua paixão pelas dinâmicas e mecânicas aeroespaciais quase o levaram a enveredar pelas leis da engenharia, mas deixou-se antes enredar pela liberdade da criação. E é nesse paradoxo que se constroem as suas peças. Partindo de experiências e modelações plásticas, desenha joias de elegância subtil. Entre a geometria do desenho e a leveza do movimento, entre as linhas mecânicas e as formas sedutoramente femininas. MATÉRIA-PRIMA: Hélice O movimento das hélices de um avião sempre seduziu Romeu Bettencourt. A força e a energia da rotação, a precisão das leis da aerodinâmica, o rigor da simetria. A coleção Cuddle de Romeu Bettencourt representa este seu fascínio com a engenharia aeroespacial. Criando a ilusão de um movimento permanente, as suas joias revelam uma lógica quase matemática revestida de uma delicadeza graciosa, num equilíbrio perfeito. out - nov

Simplicidade, versatilidade e equilíbrio são alguns dos princípios subjacentes ao desenho das joias de Dalila Gomes. Licenciada

DA L I L A G O M E S

em arquitetura, os traços da sua formação são evidentes nas suas peças, como a geometria, a estrutura, a ‘simetria assimétrica’, o movimento, a ilusão de ótica, sensação de infinito, entre outros. Nas joias de Dalila Gomes tudo é definido e desenhado ao pormenor, tudo tem de ser lógico e claro, regido pelas proporções certas. Na busca da perfeição, valoriza-se o rigor formal e a qualidade dos acabamentos. MATÉRIA-PRIMA: Papel A paixão de Dalila Gomes pela arquitetura desvenda-se em todo o seu processo criativo. A começar pelo desenho, em que não dispensa o papel. Cúmplice dos seus ensaios, esboços e esquiços. A tela branca para a sua fértil imaginação, que tem no próprio material uma inspiração, pela sua leveza, contornos, vincos, sombras, que em muito caracterizam a sua estética. Mas também é do papel que parte para a maquetização das peças. Explorando a versatilidade e descompromisso do material na experimentação de novas formas. A sua coleção Twice é reflexo disso mesmo. Uma interseção de formas côncavas e convexas, que criam um efeito ótico quase hipnotizador.

dez 19 - jan 20


Lanรงamento do Projeto na Loja do MAAT


12 SHAPERS 4.0


13 SHAPERS 4.0

“ N U M M U N D O M O D E L A D O P E L A T E C N O LO G I A E G LO BA L I Z AÇ ÃO, A J OA L H A R I A I M P Õ E - S E P E L A AU T E N T I C I DA D E E S I N G U L A R I DA D E D O T R A BA L H O A RT E S A N A L E D O S M É T O D O S T R A D I C I O N A I S .”

Sendo um dos setores da economia com mais rápido crescimento internacional, a joalharia portuguesa está a afirmar-se no mundo pela forma como conjuga a tradição da arte e as técnicas artesanais com uma nova visão criativa e inovadora. A convite do Ministério da Economia, a AORP promoveu, entre 21 de setembro e 19 de outubro, a exposição “Shapers 4.0” no espaço 560 do Ministério. Numa abordagem imersiva, a mostra contava a história de doze artesãos e das suas ferramentas de trabalho, tendo sido acompanhada por uma projeção-vídeo desenvolvida para o efeito.

Uma experiência sensorial que transportou o visitante para o ambiente das oficinas tradicionais, através de sensações, sons e interações. Para Fátima Santos, Secretária-Geral da AORP, “Num mundo modelado pela tecnologia e globalização, a joalharia impõe-se pela autenticidade e singularidade do trabalho artesanal e dos métodos tradicionais. Neste cruzamento, conseguimos responder tanto ao mercado do luxo que busca exclusividade e costumização, como oferecer marcas para diferentes segmentos, dos mais massivos aos nichos de mercado, que ganham na economia digital a escala necessária”.


14 SHAPERS 4.0

CONFERÊNCIAS “SHAPERS 4.0” A exposição “Shapers 4.0” foi acompanhada por um ciclo de debates com as marcas e os protagonistas que estão a liderar a transição da joalharia portuguesa para os novos contextos do mercado global e digital. A primeira conferência aconteceu no dia inaugural da exposição, a 21 de setembro, tendo o mesmo tema, “Shapers 4.0”. Presidida pela Secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann, deu a conhecer o caso de três das mais antigas oficinas de joalharia portuguesa, que se souberam reinventar e projetar nos mercados internacionais: Leitão & Irmão, outrora joalheiros da Coroa Portuguesa, J. Monteiro de Sousa, especialista em filigrana e Topázio, marca centenária dedicada à arte da prata. O segundo debate teve lugar a 1 de outubro, com o tema “Craftsmanship na Economia Global”, e partilhou o exemplo de Liliana Guerreiro, designer de joias portuguesa que renova a técnica da filigrana em formas contemporâneas e minimais e Portugal Jewels, representada por Alexandre Bastos Gomes, uma marca que leva a tradição da joalharia portuguesa aos quatro cantos do mundo.


15 SHAPERS 4.0


16 EVENTOS FUTUROS

ANO NOVO, AMBIÇ ÕES RENOVA DAS A AG E N DA D E F E I R AS I N T E R N AC I O N A I S E M 2 019 T R A Z A LG U M AS N OV I DA D E S , CO M O O B J E T I VO D E R E F O R Ç A R A P R E S E N Ç A DA J OA L H A R I A P O RT U G U E S A E M M E R C A D O S C A DA V E Z M A I S CO N S O L I DA D O S , CO M O F R A N Ç A E A L E M A N H A .

O ano arranca em Berlim, onde, pela primeira vez, a AORP promove uma participação coletiva de joalharia portuguesa na Show&Order. Integrada na Premium, prestigiado evento trade da indústria da moda, esta mostra acontece em simultâneo com a Semana da Moda de Berlim, de 15 a 18 de janeiro, atraindo compradores de toda a Europa e do mundo. O evento ocupa o emblemático edifício Kühlhaus Berlin e destaca-se não apenas pela qualidade das marcas apresentadas, que resultam de uma criteriosa curadoria, como também pela forma criativa de exposição e interação com os visitantes. O desafio elevou a ambição da AORP, que terá um espaço com a assinatura do estúdio 44 flavours, uma irreverente e reputada agência criativa alemã. Ao lado das grandes insígnias internacionais, estarão três marcas portuguesas de joias: Coquine, Cris Maria Jewelry e Sopro Jewellery. Segue-se mais uma estreia, desta vez em Paris, o segundo maior mercado das exportações portuguesas. A par da participação habitual na Bijorhca Paris, a AORP irá também marcar presença na Who’s Next, considerada um barómetro de tendências de moda para os profissionais do setor. Partilhando o mesmo Parque de Exposição, em Porte de Versailles, as feiras decorrem de 18 a 21 de janeiro e receberão um total de sete marcas nacionais. A Who’s Next é a aposta de Bruno da Rocha, Sopro Jewellery e Wings of Feeling, enquanto Astorga, Elza Pereira, Innamorata e Tânia Gil voltam a marcar presença num dos mais reputados eventos de joalharia da Europa, a Bijorhca Paris. Em simultâneo, decorre em Vicenza, capital da joalharia de Itália, a VincenzaOro. De 18 a 23 de janeiro, A. J. Amorim, Styliano Jewellery e Galeiras reforçam a sua posição no mercado italiano. Pela segunda vez, a AORP viaja depois até ao Japão, para promover a participação portuguesa na International Jewellery Tokyo, de 23 a 36 de janeiro. O mercado nipónico é a aposta da Galeiras, Goris e Inês Barbosa.

” A PAR DA PARTICIPAÇÃO HABITUAL NA BIJORHCA PARIS, A AORP IRÁ TAMBÉM MARCAR PRESENÇA NA WHO’S NEXT, CONSIDERADA UM BARÓMETRO DE TENDÊNCIAS DE MODA PARA OS PROFISSIONAIS DO SETOR.”

Do Oriente regressamos à Europa, para participar no duplo certame do país vizinho, a Madridjoya e Bisutex, de 7 a 10 de fevereiro. Reunindo visitantes profissionais de cerca de 80 países, continuam a ser uma montra privilegiada para a joalharia portuguesa e a merecer a aposta de Elza Pereira, Our Sins e Made to Envy, na Bisutex, e Gatz by Sandra Santos, Lider Sacos e Ourobrilho, na Madridjoya. E tradição é já também a participação portuguesa na Inhorgenta Munique, de 22 a 25 de fevereiro. O evento alemão tem vindo a tornar-se cada vez mais apelativo para as marcas nacionais, sobretudo para a joalharia contemporânea de autor, que é uma das grandes apostas do certame. A próxima edição receberá um recorde histórico de 17 marcas portuguesas: Allis Jewellery, Astorga, Bruno da Rocha, Gofrey, Inês Barbosa, Inês Telles, Leonor Silva, Margarida Reduto, Nevacril, Sara Sousa Pinto, Sopro Jewellery e a participação conjunta de Ana Bragança, Ana João, Barbara Goyri, Cecília Ribeiro, Mater Jewellery Tales e Carla Faro Barros, pelas Collectiva. O calendário do primeiro trimestre termina em Hong Kong, de 28 de fevereiro a 4 de março. Sendo este um dos mercados em mais rápido crescimento para as joias portuguesas, a participação é cada vez mais cobiçada, estando já fechada a participação das marcas Arpa, Dos Santos, Galeiras, Inês Barbosa e J. Soares.


17 NOTÍCIAS SETOR

NOVO REGULAMENTO DE F I S C A L I Z A Ç Ã O D A S AT I V I D A D E S REGULADAS PELO RJOC

Na sequência do previsto no novo RJOC - Regulamento Jurídico da Ourivesaria e das Contrastarias, concretamente no seu art. 95.º, caberá, a partir do próximo dia 1.1.2019, à INCM - Imprensa Nacional Casa da Moeda a fiscalização e a instrução os processos relativos a contraordenações previstas no RJOC. Assim, em nome da transparência e organização das ações de fiscalização, a INCM redigiu um Regulamento de Fiscalização das atividades reguladas pelo RJOC, que foi publicado em Diário da República com o n.º 251, 2.ª série a 31 de dezembro de 2018. Consulte o documento na íntegra em: www.aorp.pt/downloads


18 PORTUGUESE JEWELLERY NEWBORN X MINTY

Na última edição da Portojóia – Feira Internacional de Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria, a AORP sentou à mesa alguns dos novos criadores que redefinem a joalharia portuguesa. A instalação, inspirada no conceito da campanha internacional de promoção, “Portuguese Jewellery À La Carte”, apresentou as catorze marcas representadas no portal de moda portuguesa, Minty Square. Esta colaboração surge no âmbito da plataforma “Portuguese Jewellery Newborn”, criada pela AORP para promover os novos talentos da joalharia portuguesa. São estes: Ana João Jewelry, Carla Faro Barros, Mater Jewellery, Kathia Bucho, Nuuk, Mel Jewel, Mmutt, Dalila Gomes, Joana Mota Capitão, Inês Rio, As 3 Joias, Manuale, Sopro Jewellery e Romeu Bettencourt.

Puls e i ra s | D a li la G o n es Ane l | J oa na m ot a Ca pit ã o


19 PORTUGUESE JEWELLERY NEWBORN X MINTY

Cola r | I n ê s R io B r i nco s e A l fin et e | A s 3 Jo ia s

Pu ls ei ras, Anéi s e Porta- C haves | MMUT T

Colar | Ana João Jew e lr y Anéi s | C arla Faro Ba r ros

“A INSTALAÇÃO, INSPIRADA NO CONCEITO DA CAMPANHA INTERNACIONAL DE PROMOÇÃO, “PORTUGUESE JEWELLERY À LA CARTE”, APRESENTOU AS CATORZE MARCAS REPRESENTADAS N O P O RTA L D E M O DA P O RT U G U E S A , M I N T Y S Q UA R E .”


20 PORTUGUESE JEWELLERY NEWBORN X MINTY

Colar e Pu l seira | Mate r Jewe l l e ry Tal es A né i s | Kathia B u c ho

Bri ncos | Mel Jew el Anel e Bri ncos | NUUK

A né i s | Sopro Jew e lle r y B r i ncos e Puls e i ra | Romeu Betten co urt

“ E S TA CO L A B O R AÇ ÃO S U R G E N O Â M B I T O DA P L ATA F O R M A “ P O RT U G U E S E J E W E L L E RY N E W B O R N , C R I A DA P E L A AO R P PA R A P R O M OV E R O S N OVO S TA L E N T O S DA J OA L H A R I A P O RT U G U E S A .”


21 AGENDA INSTITUCIONAL

2 0 1 8

AGENDA I N S T I T U C I O N A L S

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O 8 a 11 Novembro

7 a 10 Setembro Feira Bijhorca

12 Setembro Reunião do Conselho Consultivo da Ourivesaria, no âmbito do RJOC

12 a 16 Setembro Feira Madrijoya 19 a 22 de Jan Feira Bijorhca, Paris

Feira SIERAAD

26 Setembro Entrevista ao programa “Portugal em Direto” da Antena 1

27 a 30 Setembro Feira Portojóia O

U

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B

10 Novembro RTP acompanha a comitiva de empresas portuguesas a expor na feira SIERAAD em Amesterdão.

13 Novembro R

Reunião realizada em Lisboa na INCM sobre a Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo.

O

161aOutubro 19 Fev

Realização da segunda conferência no âmbito do

18 a 22 Setembro Feira Hong Kong Jewellery & Gem Fair

18 e 19 Setembro OECD LEED Forum na Alfândega do Porto A ourivesaria portuguesa esteve presente, através do contributo do projeto COLLECTIVA no OECD Fórum for Local Development Practitioners, Entre25 a 28 de Jan preneurs and Social Innovators -“A new world of Feira International Tokyo, Tóquio work: Global trends andJewellery local actions”, que se realizou no Centro de Congressos Alfândega do Porto numa organização conjunta da OCDE, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e do IEFP-Instituto de Emprego e Formação Profissional.

31 a 4 de Fev

Feira MadridJoya e Bisutex, Madrid 21 Setembro Lançamento do Projeto SHAPERS 4.0 no Ministério da Economia

Feira Inhorgenta, Munique Projeto SHAPERS 4.0 no Ministério da Economia,

“Craftsmanship na Economia Global”, onde tivemos connosco a partilha do exemplo de duas designers de joalharia reconhecidas internacionalmente: Liliana Guerreiro, que venceu o prémio de “Melhor Peça M de A R Çna maior O feira do setor na Alemanha, Joalharia” a Inhorgenta Munique e Alexandre Bastos Gomes, CEO Portugal Jewels. A gestora e investidora Luísa 1 aDelgado 5 de Mar junta-se ao painel, moderado pela SecretáriaKong de Estado, Ana Teresa Lehmann. Hong International Jewellery

Show, Hong Kong 2 Outubro Reunião realizada em Lisboa, na INCM, do trabalho do Grupo de Trabalho criado no das competências do 7 de Mar Consultivo da Ourivesaria, sobre o BranConselho queamento Capitais e Combate ao Terrorismo. Reunião comdeAna Teresa Lehmann, Secretária de Estado da Indústria. Preparação de Campanha de atração de jovens à indústria tradicional.

10 a 14 Outubro Participação na Moda Lisboa, promovendo o Projeto Shapers 4.0.

Inauguração da Exposição Shapers 4.0 e realização 8 de Mar da primeira conferência com o mesmo nome que foi Reunião com a direção do Departamento presidida pela Secretária de Estado da Indústria, das Contrastarias - Imprensa Nacional Ana Teresa Lehmann, onde foi dado a conhecer o 15 Outubro caso de três das mais antigas oficinas de joalharia Casa da Moeda. Objetivo de estreitar relações Reunião com IAPMEI para preparação de um “Open portuguesa, que se souberam reinventar e projee discutir propostas melhorar a prestação de Day” ao setor da para ourivesaria. tar nos mercados internacionais: Leitão & Irmão, serviços da Contrastaria aos operadores económioutrora joalheiros da Coroa Portuguesa, J. Monteiro de Sousa, especialista em filigrana e Topázio, marca centenária dedicada à arte da prata.nas empresas participantes. 17 Outubro Apresentação da ROTA Criativa Gondomar.

22 a 26 Setembro Feira VicenzaOro

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15 Novembro Reunião realizada em Lisboa na INCM, no âmbito do Grupo de Trabalho criado para propor alterações ao RJOC.

20 Novembro Primeira sessão de trabalho com o Responsible Jewellery Council, no sentido da construção da estratégia da AORP e as empresas portuguesas virem a fazer parte desta instituição e dos standards por si criados.

29 e 30 Novembro Congresso Europeu de Joalharia Após interessantes conferências em La Bañeza (Léon), Madrid e Barcelona, a quarta reunião do Congresso Europeu de Joalharia realizou-se em novembro, no Porto, com a organização da Universidade Católica Portuguesa e o apoio da AORP. Os oradores deste ano foram convidados a explorar ideias sobre centros e periferias e a abordar a relação entre joias produzidas em “centros” da moda e joias produzidas em outros lugares.

30 Novembro Numa iniciativa da Católica Lisbon Business & Economics School inserida no Programa de Marketing de Produtos e Serviços de Luxo - Luxury Active Sharing, a AORP foi convidada a partilhar o projeto que tem vindo a ser desenvolvido no sentido da promoção da ourivesaria portuguesa. Esta partilha decorreu em Lisboa na Delloitte.

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6 Novembro Reunião realizada em Lisboa na INCM sobre o Regulamento de Fiscalização.

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4 Dezembro Apresentação do Projeto Portuguese Jewellery X MAAT, em Lisboa, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia.


22 ASSOCIADOS

HLC JEWELLERY Para Helena, a criação de joias nasceu como uma libertação. É a visão romântica que tem da vida que torna desejáveis as suas peças. Helena, tal como outros artistas, tem construído o seu mundo próprio, onde a natureza, mas também a fotografia, a arquitetura ou a música servem de fontes intermináveis de inspiração. As peças são reflexos subtis da personalidade e sensibilidade da designer. Depois de uma licenciatura em economia, incorre num curso de Joalharia, traçando assim um novo destino. Como ela, as suas peças reinventam-se permanentemente tornando-se na sua herança. Ao longo do tempo há um esforço constante para imprimir o detalhe que faça a diferença, que tão bem a caracteriza. www.hlc.pt

JOSÉ SANTOS JOALHEIROS Tem nas suas mãos um dom inato para a criação. Aos 5 anos, já pintava quadros a guache e aguarela, que as irmãs vendiam aos vizinhos. Depois, foi dando forma ao talento em peças de barro, prólogo impremeditado daquele que viria a ser o seu ofício. Começa a trabalhar em ourivesaria aos 11 anos e considera ter tido a sorte de aprender com os melhores mestres, que lhe permitiram as bases da técnica necessárias à liberdade da criação. Encontrou na modelação a cera a tela perfeita para dar asas à sua imaginação. As suas mãos apuraram o domínio da técnica, conseguindo alcançar todo o tipo de formas, movimentos e texturas que idealiza. Um mundo de infinitas possibilidades, conveniente seu génio eternamente inconformado. www.josesantosjoalheiros.pt


23 ASSOCIADOS

ANTÓNIO MARINHO JEWELLERY A história da António Marinho é feita de vários capítulos. Inicialmente dedicada ao comércio de joias, encontrou mais tarde a oportunidade e vocação para criar a sua própria coleção. Nasceu a Gümus, marca que tem vindo a evoluir e a dar forma a coleções direcionadas para diferentes segmentos: Gümus Gold, que conjuga o requinte do ouro e das pedras preciosas com materiais orgânicos como tecidos e madeira; a Gümusman, coleção masculina; Gümus Baby, com peças especialmente desenhadas para os mais pequenos e a linha de alianças, Just Promise. Num equilíbrio perfeito entre a elegância e o requinte, as suas coleções seguem as tendências de moda internacionais, pautando-se pela qualidade e exigência de execução. www.antoniomarinho.pt

THE JEWELLERY EXPERIENCE Diogo Dalloz nasceu no Rio de Janeiro, mas foi em Portugal que descobriu o fascínio pela técnica e arte da ourivesaria portuguesa. Formado em Escultura, teve o seu primeiro contato com a joalharia em Portugal, num programa de intercâmbio na Universidade de Lisboa. Mais tarde, regressou, desta vez para a cidade do Porto, para frequentar a pós-graduação em “Design de Joalharia” e mestrado em “Design de Produto”, com enfoque no design de joias. Abriu agora o seu primeiro ponto de venda, nas Galerias Lumière, no Porto, espaço que acolhe projetos de design e decoração de autor. Além de expor a sua coleção, a loja e atelier afirma-se como espaço de interação e experiência, em que os visitantes poderão assistir à manufatura das peças ao vivo e participar na própria criação e personalização das suas peças. www.diogodalloz.com


24 SUGESTÕES

1 MAAT Museu de Ar te, Arquitetura e Tecnologia Tadashi Kawamata, Over Flow

Até 01.04.2019

2 Casa da Arquitetura Matosinhos Infinito Vão

3 Museo del Gioiello Vicenza

Até 28.04.2019 Over Flow, a exposição individual de Tadashi Kawamata na Galeria Oval do MAAT, foca questões em torno do turis-

“Infinito Vão – 90 Anos de Arquitetura

mo e sustentabilidade. Uma instalação

Brasileira” é o nome, inspirado na música

imersiva convida o visitante a experien-

e na voz de Gilberto Gil, da exposição

ciar uma paisagem marítima na sequên-

que a Casa da Arquitectura (CA) – Centro

cia de uma catástrofe ecológica imagi-

Português de Arquitectura acolhe até 28

nária em que os detritos transportados

de abril de 2019 e que tem curadoria de

pelos oceanos engoliram a civilização.

Fernando Serapião e Guilherme Wisnik.

Este artista japonês, mundialmente

A mostra é o resultado de um processo

conhecido pelos seus ambientes arqui-

de dois anos de trabalho que a Casa

tetónicos sustentáveis de grande escala,

da Arquitectura levou a cabo no Brasil,

desenvolveu o projeto ao longo de um

reunindo um património com mais de

ano de pesquisa e trabalho de campo

200 doações que vai integrar o acervo

em Portugal, culminando num workshop

permanente da Casa.

com artistas e arquitetos orientado pelo

A Coleção Arquitetura Brasileira, a mais

coletivo arquitetónico Os Espacialistas.

representativa realizada nos últimos

A instalação encomendada pelo MAAT

anos, é constituída por 103 projetos e

integra resíduos de plástico e barcos

mais de 50 mil elementos entre dese-

abandonados, recolhidos na costa

Olga Noronha, consagrada designer

nhos, fotografias, documentos textuais,

portuguesa durante as campanhas de

portuguesa, foi convidada a assumir a

filmes, maquetes, cerâmicas, entre

limpeza de praias (com o importante

curadoria da Sala “Future” do Museo del

outros. Estes juntam-se agora à galeria

contributo de voluntários da Brigada do

Gioiello, em Vicenza, que irá renovar toda

de autores ‘residentes’ como Eduardo

Mar, de associações da Câmara Munici-

a sua coleção permanente.

Souto de Moura, Paulo Mendes da Ro-

pal de Almada e do Porto da Nazaré).

A sala com toque português irá incluir

cha, Álvaro Siza Vieira, Pedro Ramalho e

peças exclusivas de cerca de 40 artistas,

João Álvaro Rocha, entre outros.

entre os quais Damien Hirst, Louise Bour-

III Edition

Até 31.12.2021

geois e trabalhos do MIT. Olga Noronha assina também o livro que introduz a exposição, os trabalhos selecionados e o que levou à sua escolha, assim como um vídeo que será emitido em permanência no museu.


CUR

SOS

EQU

PA R A

JOVE

I VA L ÊNC AO 1 2º AN IA O

NS

AGARRA O TEU FUTURO! FORMAÇÃO MODULAR Financiada Joalharia Cravação Filigrana Ourivesaria de Pratas Cinzelagem Repuxagem Microfusão CAD Banhos Químicos Informática Gestão e Marketing Comércio Linguas Estrangeiras Multimédia Não Financiada Joalharia Gemologia Relojoaria Avaliação de Joias

FORMAÇÃO PARA ADULTOS Nível Secundário Técnico/a de Ourivesaria Técnico/a de Fotografia Técnico/a de Informática

FORMAÇÃO DE FORMADORES Horário Laboral/Pós-Laboral Formação Pedagógica Inicial de Formadores ( formação não financiada )

SERVIÇOS Design de Joalharia Prototipagem Restauro Laboratório Soldadura a Laser Fundição

Rua Padre Augusto Maia, 12, 4420-245 Gondomar

Requisitos Escolaridade Mínima 9ºano Idade mínima 23 anos

FORMAÇÃO PARA JOVENS

Dupla Certificação Certificado Profissional Diploma de Nível Secundário Horário Laboral - 9h - 17h

Técnico/a de Ourivesaria Técnico/a Comercial Técnico/a de Informática Técnico/a de Multimédia Técnico/a de Fotografia Requisitos Jovens com idade inferior a 25 anos 9º ano de escolaridade Dupla Certificação Diploma de Nível Secundário Certificado Profissional Horário Laboral - 9h - 17h

geral@cindor.pt +351 224 662 730 WWW.CINDOR.PT



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