Anna Guerra, do mito ao dito.
Devemos à distante Grecia Antiga, algumas das contribuiçõe mais importantes da Civilização Ocidental: na mitologia, na filosofia, na democracia e no teatro, para não dizer nas artes em geral.
Freud, sabiamente, elegeu a mitilogia grega para traçar paralelos entre a criação do mito e as emoções e instituições humanas: o amor, o ódio, a sagacidade, a traição, o incesto, a glória, o inferno.
Anna Guerra revisita, agora, a cultura grega, para manifestar suas próprias essências e reafirmar sua pernambucanidade.
Anna transplanta o Monte Olimpo para o Morro da Conceição, no Recife.
Sua Afrodite renasce nas águas do Capiberibe, numa linda Senhora da Conceição. Seu Zeus, (oxalá Xango o proteja!), cruza etnias africanas e indígenas com as dos povos do mar Egeu, enquanto argonautas içam velas de jangadas entre as falésias de Petribu.
Pastores e suas flautas vestem gibões de couro no universo de Anna e as ovelhas mugem e balem, trasvestidos de bovinos e caprinos, embalados por aboios:
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