Revista CC

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Nº 64 / ANO XVIII JUNHO 2014

EXCESSOS, FALTAS E REDE DE RELAÇÕES PENSANDO QUALIDADE A PARTIR DO SISTEMA DE QUALIDADE FLACSI EDUCAÇÃO AMBIENTAL: “COM AS MÃOS NA MASSA” PINHEIRAL: REFAZENDO LAÇOS ABRA-SE: POR UMA CULTURA DA HOSPITALIDADE NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE



EXPEDIENTE

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EDITORIAL FLACSI CLICK UNIDADE de ensino I ESPORTE SUSTENTABILIDADE PRA TODA VIDA ESPIRITUALIDADE ENQUETE NOTÍCIAS FAMÍLIA APP CLICK UNIDADE de ensino II PEDAGOGIA INTEGRAÇÃO LITERATURA MEMÓRIA TECNOLOGIA HOSPITALIDADE JESUÍTAS PASSATEMPO

ESPAÇO DO LEITOR Se você quiser fazer comentários, sugestões, críticas ou tirar dúvidas, entre em contato conosco pelo telefone (48) 3251-1500 ou pelo e-mail comunicacao@colegiocatarinense.g12.br

DIRETOR-GERAL Afonso Luiz Silva DIRETORA ACADÊMICA Jane Lúcia Pedro DIRETOR ADMINISTRATIVO Fábio Luiz Marian Pedro CONSELHO EDITORIAL Carlos Eduardo Martins Louisa Carla Farina Schröter Márcio Alexandre Pereira Patrícia Grumiche Silva Pe. João Quirino Weber Rozangela Kons Martendal Rodrigo dos Passos Magali Schmitz Knoll PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Marcca Comunicação FOTOGRAFIAS Márcio Alexandre Pereira Tiago Cristhian Costa José Renato Duarte Acervo Colégio Catarinense REVISÃO E CORREÇÃO DE TEXTOS Danieli Galvani João Júlio Freitas de Oliveira CONTATO Setor de Comunicação (48) 3251-1593 R. Esteves Júnior, 711 – Centro Florianópolis/SC – CEP 88015-130 (48) 3251-1500 www.colegiocatarinense.g12.br


editorial

Uma expressão literária do nosso cotidiano escolar Ler, falar e escrever são atividades que pertencem à arte de comunicar, propor, expressar e revelar nossos sentimentos. Através delas, confrontamos análises e percepções da vida, agregamos inspirações e refletimos sobre o cotidiano. A edição nº 64/ANO XVIII da revista Conviva chega aos nossos leitores como produção e expressão literária do nosso cotidiano escolar, mostrando projetos, ações e reflexões acadêmicas, pedagógicas e dos contextos social, histórico e eclesial, nos quais estamos inseridos. Procuramos, com esta revista, fazer circular as tão ricas vivências estabelecidas através da rede de relacionamentos diários do Colégio Catarinense. Nesse sentido, um dos assuntos explorados nesta edição, dado o momento que vivemos, aborda as práticas esportivas. Como país-sede da Copa do Mundo, o Brasil viveu, nos últimos anos, grandes expectativas acerca dos sentimentos inerentes à realização do Mundial: o futebol sempre foi uma paixão do nosso povo, mas, infelizmente, foi muito utilizado como manobra “politiqueira” de poucos que usurpam o poder e se aproveitam desses momentos de “paixão nacional” para acobertar desmandos administrativos, corrupções, injustiças, e interesses partidários. Oportunamente, a revista traz a hospitalidade à tona, enaltecendo o

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caráter integrador do esporte como objetivo maior de sua prática; através dele, experimentamos um momento único de aproximação dos povos. A esse respeito, a revista traz o legado da prática do futebol, propagado e semeado também pelos jesuítas desde o século XIX.

é lembrada nesta edição da Conviva. O Dia de Integração e Ação Social, as experiências do Pinheiral e os laços que nos envolvem em comunidade possibilitam que busquemos sempre ser “mais e melhores, com o objetivo de colocar a própria vida, nossos dons e talentos a serviço do próximo”. (MAGIS).

Em tempos em que tantos turistas são recebidos com carinho por nosso povo, precisamos ficar atentos à necessidade de ser difundida a cultura hospitaleira em benefício das comunidades latinoamericanas. A busca pelo Magis deve nos impulsionar na missão em prol dos refugiados, ajudando-os, acolhendo-os e oferecendo-lhes serviços humanitários. Nesse sentido, a campanha “Abra-se à Hospitalidade”, promovida pela FLACSI em ocasião do Dia Mundial dos Refugiados, dialoga com nossas práticas diárias de cuidado e respeito com o outro.

Esperamos que os artigos, comentários, clicks fotográficos e projetos desta edição sejam convidativos a uma boa leitura e que proporcionem, ao mesmo tempo, lazer e aprendizado. Paz e Bem!

Nesta edição, o leitor também apreciará reflexões importantes acerca do processo educacional desenvolvido no CC, subsidiado pelas ciências e modernidades das quais dispomos atualmente. Em uma entrevista feita com a professora Cléia Bernardete Fritzke Abdalla, observamos quão nobre é o trabalho docente, quando abraçado com dedicação a missão do Colégio Catarinense. A importância dos laços afetivos estabelecidos com o próximo também

Afonso Luiz Silva Diretor-geral do Colégio Catarinense


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GERAR ENERGIA É O QUE NOS FAZ ACORDAR TODOS OS DIAS. FAZER ISSO COM SUSTENTABILIDADE É O QUE NOS FAZ DORMIR BEM TODAS AS NOITES.

Produzir energia de forma sustentável é um compromisso da Tractebel com o futuro. Por isso, além de utilizar fontes renováveis em mais de 80% de tudo o que produz, a empresa investe em melhorias ambientais, apoia as comunidades em que está inserida e contribui para o desenvolvimento social e cultural de diversas regiões. É a Tractebel gerando desenvolvimento, oportunidades e a energia de que o futuro precisa.


FLACSI

Pensando qualidade a partir do Sistema de Qualidade FLACSI Sônia M. V. Magalhães - Assessora de Educação Básica

O Sistema de Qualidade da Gestão Educativa que a FLACSI está propondo aos colégios jesuítas da América Latina pode ser visto apenas como uma ferramenta de gestão de qualidade. Isso já seria bom e de grande ajuda para os colégios, afinal, trata-se de um programa bem desenhado, com método e instrumentos testados e ajustados a partir de um piloto aplicado em dez colégios. No entanto, existe, também, a possibilidade de amplificar os efeitos do Sistema e reconhecê-lo como uma oportunidade de revisão dos critérios que sustentam nossas percepções, opiniões e até mesmo avaliações sobre o trabalho que fazemos nos colégios.

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Conversando com um grupo de diretores e coordenadores do Colégio Catarinense, surgiu a discussão sobre o que entendemos por “qualidade”. Depois de alguma conversa, começamos a nos perguntar o que mais poderia nos trazer um sistema como esse, além de melhorias naquilo que já fazemos de bom e até bem feito. Em algum momento da conversa, chegamos ao seguinte ponto: o sistema poderia nos ajudar a reconhecer que nem tudo que é bom (e até bem feito) produz o bem. Na verdade, o que queremos é mais do que fazer bem feito. Nesse ponto, paramos, conversamos mais, refletimos, de fato, que nem tudo que

é bom produz o bem. Será essa uma frase de efeito ou fará algum sentido para a nossa reflexão? Pergunta boa e necessária para avançar... E avançamos. Levar a sério essa afirmação talvez nos remeta mais às finalidades do nosso trabalho do que efetivamente ao trabalho. Por certo, tal exercício nos ajuda a sair da segurança que sentimos ao constatar que fazemos bem feito para aprofundar sobre as razões pelas quais fazemos isto ou aquilo, deste ou daquele modo e, quem sabe, começar a perguntar se não deveríamos estar fazendo outras coisas, obviamente também realizadas com qualidade, isso é pressuposto.


Seguindo a conversa, começamos a nos dar conta de que não raramente estamos envolvidos e, às vezes, envolvidos com comodidade pelo bom trabalho que realizamos. Nem sempre nos perguntamos se a boa aula, a boa atividade de pastoral, a boa estrutura física do colégio, os bons professores contribuem para a realização do bem que o colégio quer produzir a partir da atividade educativa que desenvolve. Para isso, precisaríamos estar sempre conscientes de que o bem produzido não se mede pela bondade da coisa em si, mas pelos efeitos que produz aquilo que fazemos. Às vezes, avaliamos a “coisa” como um fim em si mesma, e por isso mesmo nos apegamos a tantas

delas: programas, atividades, estruturas e até processos. A literatura das ciências organizacionais indica que fazer bem feito nada mais é que um indicador de eficiência. Para avançar na direção da eficácia, dizem os especialistas, há que fazer bem feita a coisa certa, a partir da razão de ser da instituição. Afinal, existimos para quê? Lido de trás para frente: há que saber muito bem o que se quer para definir o que deve ser feito. Fazer bem feito é uma espécie de obrigação ou condição de sobrevivência, uma vez que está na base dessa pequena pirâmide que diferencia as instituições eficientes das eficazes.

Voltando à frase que gerou a conversa, diferenciar o bom (ou bem feito) do bem que produz é distinguir função (ou tarefa) de missão (ou finalidade); é fazer a experiência de migrar da avaliação de um colégio apenas pelo bom ou bem feito que realiza e olhar para essas instituições, perguntando-nos, antes de mais nada, se o que fazemos no cotidiano das escolas dá conta do que pretendemos como instituição católica e jesuíta. Para fazer bem feito, muita coisa boa é condição necessária, mas insuficiente para qualificar uma instituição educativa que pretenda contribuir, ainda que modestamente, para a transformação da sociedade.


CLICK UNIDADE DE ENSINO I João, Profª Cláudia, Ana Clara e Isadora.

Carolina Ventura, Valentina Couto,

Profª Janaina Zanardo e Manuela Fonseca.

Lívia Santos, Educadora Adriana e Helena Cruz.

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Nicole S. Buss, Ana Laura Pelajo, Educadora Terezinha e Anna B Gentil.

Gabriela, Profª Vanessa, Nathália e Martina.

Maitê, Profª Ana Carolina e Igor.

Vicente, Profª Pâmela, Gustavo e Manuela.

Isabella S, Profª Elisa e Sofia.

Maria Carolina, Profª Letícia, Bárbara Medeiros e Vitória.


Orientadora Berenice, Orientadora Andréa, Pedro Antônio, Maria Eduarda, Heloisa Catarina e Mariana Franca.

Ricardo, Profª Isadora, Davi, Enrico, Profª Maria Carla, Enzo e Valentina.

Sofia, Maria Eduarda, Prof. Paulo, Geórgia, Luciana, Profª Marília, e Maria Catarina.

Agatha, Isabela, Educador Felipe, Isabela C, Enzo e André Felipe.

Rafaela, Aline e Sofia.

Pedro, Profª Carla, Thayná e Bruna.

Arthur, Profª Kátia Hipólito, Luiz e Maria Eduarda.

Juan, Homero, Profª Cris, Gabriela e Igor.

Pedro S. Sarda, Profª Luciane, Poliana S. Sarda e João S. Sarda.

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Profª Poline, Lara, Murilo e Profª Isabel.


ESPORTE

COMPETIR, MAS COM MODERAÇÃO E LEALDADE Rodrigo Nagel - Coordenador das Categorias de Base do Figueirense Futebol Clube

A competição é condição inerente ao esporte, assim como a ética. Falo isso porque a filosofia da “vitória, custe o que custar” é a fiel reprodução de valores sociais arraigados à nossa cultura. Todos os fenômenos sociais que permeiam a nossa história e a cada dia estão mais evidentes e banalizados, como o crescimento da violência e a corrupção, são facilmente observados em nossas arenas esportivas, quer seja entre os atletas ou entre os torcedores. Infelizmente, muitos acreditam que os fins justificam os meios, e a prática de atos ilícitos ou antiéticos para vencer ou levar vantagem é, muitas vezes, reforçada como uma qualidade de quem a faz. Comumente, as pessoas validam comportamentos inadequados como legítimos: “Fulano foi esperto”, “Cicrano foi malandro”. No esporte, isso fica evidente quando um atleta simula uma agressão, uma falta ou uma lesão, agride um adversário, incita a violência ou promove atos discriminatórios. Não precisamos nos esforçar muito para reconhecermos esses comportamentos no nosso cotidiano, seja no esporte ou não, e o que mais preocupa é quando a mídia e o senso comum qualificam esse tipo de atitude como normal e pertinente ao esporte, o que, de fato, não é! Mas o que a ética tem a ver com cooperação? Tudo! Cooperação é uma relação baseada na colaboração entre

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indivíduos ou grupos de indivíduos que buscam alcançar objetivos comuns, e essas interações são reguladas por regras, valores e convenções sociais, conceitos fundamentalmente atrelados à ética. O esporte é educativo; ele nos expõe a diversas situações em que podemos compartilhar atitudes positivas, éticas e solidárias. Através do esporte, constitui‑se o ambiente perfeito para vivenciar a vitória e a derrota, mostrar virtudes e fraquezas, aprender e ensinar, entender que vencer é importante, mas de forma justa e honesta.

Então, não deixe de competir todos os dias, mas com moderação e lealdade!


SUSTENTABILIDADE

Educação Ambiental “Com as mãos na massa” Louisa Carla Farina Schröter - Coordenadora do Comitê Lixo Zero

Inaugurado em setembro de 2013, o residuário central do Colégio Catarinense consolida-se como uma poderosa ferramenta de educação ambiental. Os conceitos trabalhados nesse espaço transcendem nossas matrizes curriculares e tornam concreto o engajamento de meninos e meninas na preservação do planeta e na necessidade de se viver de maneira mais simples e sustentável. Uma visita ao residuário central é uma experiência transformadora. Nesse local, alunos e colaboradores participam de oficinas e vivências acerca da triagem de resíduos, que permitem o aprofundamento de temáticas relacionadas ao tema da sustentabilidade. Além de promover a qualificação dos processos de informação, o projeto busca refletir sobre a crise ambiental, considerando suas problemáticas e a promoção da ética ambiental, o que reflete nossa responsabilidade sobre a plenitude da vida.

As aulas monitoradas no residuário contam com a presença dos alunos, de seus professores regentes e dos integrantes do Comitê Lixo Zero, fazendo com que crianças e adultos ponham, literalmente, a mão na massa. Isso significa conhecer os tipos de

ênfase na redução de emissão desses resíduos e uma reflexão sobre o consumismo, evitando, dessa forma, o uso indiscriminado dos recursos naturais e a degradação ambiental. Os alunos do Colégio Catarinense podem conferir, nessa visita, que a

resíduos, organizá-los por categorias, compreender suas características de decomposição e as possibilidades de reciclagem e reúso. Há, além disso, a

educação ambiental se faz para além dos conceitos teóricos, devendo se constituir em práticas efetivas e concretas que pautem a vida das


pessoas na comunidade escolar e que devam ser levadas para a vida. O diálogo com o contexto é parte essencial do Paradigma Pedagógico Inaciano. O Comitê Lixo Zero busca constantemente mostrar, à comunidade educativa, que uma relação de equilíbrio com o meio ambiente começa pelo respeito aos seus processos e pela consciência de que todos constituem parte integrante de uma realidade maior. Assim, a preocupação com a sustentabilidade constitui-se como a tônica central de todas as suas proposições. Para a efetivação de tal projeto, há um longo processo a ser trilhado junto a toda a comunidade, buscando a conscientização de que podemos reduzir a produção de lixo, consumindo menos, reutilizando e encaminhando adequadamente os resíduos. Todos nós somos responsáveis pelo descarte apropriado daquilo que produzimos, e o papel do projeto Lixo Zero é contribuir na avaliação e no exame de hábitos e

costumes, questionando a lógica do consumismo e do descarte. Impregnado de valores, repleto de possibilidades formativas e diversificado quanto às suas formas de abordagem, o projeto segue desafiando a comunidade a viver com mais simplicidade e de forma a repensar seus padrões de relacionamento com a natureza e com os demais.

A necessidade de uma mudança de atitude, em vista de reconciliação com a criação, nasce de nossa fé, enquanto nossa condição humana nos torna conscientes da análise racional e científica dos problemas. Referências: SECRETARIADO DE JUSTIÇA SOCIAL E ECOLOGIA DA COMPANHIA DE JESUS. Curar um mundo ferido: relatório especial sobre ecologia. São Leopoldo: Instituto Humanitas Unisinos, 2011


MAGIS

O QUE É MAGIS ? Muito utilizado por Santo Inácio de Loyola, o termo Magis significa tudo aquilo que podemos fazer para nos superar e sermos pessoas melhores.

Ser Magis é ser mais. O PROJETO MAGIS

O Projeto Magis é uma proposta que visa a ampliar oportunidades educativas. A partir dele, os alunos do Colégio Catarinense têm uma infinidade de atividades complementares – integradas ao Currículo Escolar – que combinam conhecimento, convivência, formação e alegria, envolvendo esporte, arte, cultura, aprofundamento de aprendizagem e pastoral, todas visando à formação integral e social dos alunos.

As atividades acontecem em contraturno: Quem estuda de manhã faz à tarde, quem estuda à tarde faz de manhã. É mais tempo para aprender. são mais experiências para viver. Para mais informações, ligue (48) 3251 1500


PRA TODA VIDA

Lição de vida Durante 42 anos, nossa ex-diretora acadêmica contribuiu como educadora e colaboradora da Companhia de Jesus e com a missão do Colégio Catarinense. Carlos Eduardo Martins - Jornalista

Perfil: Cléia Bernardete Fritzke Abdalla graduou-se em História pela UFSC, em 1969, e formou-se também em Direito, pela mesma universidade, no ano de 1973. Nessa época, Cléia viveu a experiência pioneira de constituir o primeiro escritório de advocacia de Florianópolis gerido exclusivamente por mulheres. Em sua vida, a advocacia foi exercida por quinze anos, mas seu verdadeiro espaço de realização pessoal e profissional só foi encontrado junto à escola e às suas dinâmicas. Nos quarenta e dois anos de contribuições prestadas ao Colégio Catarinense, professora Cléia assumiu diversas funções: professora, coordenadorageral, assessora pedagógica e, nos últimos cinco anos, diretora acadêmica. O que a Educação e o Direito têm em comum e como marcaram a sua formação pessoal? Educação e Direito têm o ser humano como referência; as duas áreas veem o cidadão como portador de direitos e deveres para com a sociedade em que está inserido. Enquanto o Direito luta para que essa realidade seja constantemente observada e respeitada, cabe, à Educação, preparar esses futuros cidadãos para que vivam a cidadania em

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plenitude, de modo a conhecerem seus direitos, lutarem por eles e cumprirem seus deveres, a fim de que todos possam viver alegremente e em harmonia. Por serem áreas tão próximas e vislumbrarem objetivos semelhantes, creio ter sido atraída por ambas as profissões. No entanto, opto pela Educação talvez por perceber ser mais fácil trabalhar com corações e mentes livres, abertas e desejosas por conhecimento. Como a Educação entrou na sua vida, tornando-se o marco da sua trajetória profissional? A Educação entrou em minha vida desde a mais tenra idade, pois sempre me vi professora, ansiosa por partilhar minhas descobertas com os demais. Estudar era prazer; ler era passatempo predileto. Talvez minha escolha tenha sido por influência de meus pais, que não eram professores, mas defendiam a profissão e a exaltavam sempre. Professores eram sempre referências importantes, e estudar era sempre o melhor caminho apontado. É preciso levar em conta que estávamos nos anos 50/60, e poder chegar a uma universidade morando no interior de Santa Catarina não era tão natural assim. Logo,

o desafio tão necessário para o jovem também estava presente e era bastante incentivado. Hoje, percebo o porquê do cuidado de meus pais, ao optarem por escolas que nos provocassem a pensar, a discutir e a refletir. Os debates e as pesquisas eram constantes especialmente nos almoços e jantares, e meus pais também sempre estavam lendo, ouvindo as notícias e trocando ideias comigo e meus irmãos. Nossa casa era repleta de livros, especialmente da chamada cultura erudita, e de obrasprimas cuja riqueza apenas nos ficou clara com o passar do tempo.


A senhora transitou por diversas funções dentro do Colégio Catarinense. O que diferencia cada uma das atribuições, que, apesar de distintas, têm como único foco o processo educativo do aluno? Transitei, na área pedagógica, por todos os setores: na sala de aula, lecionei História, EMC e OSPB desde a antiga 5ª série até a 3ª série do Ensino Médio. Depois, como representante de área de Ciências Humanas, fui coordenadoraadjunta, coordenadora do 1º Grau e coordenadora-geral; acompanhei o desenvolvimento pedagógico e a formação dos professores desde as séries iniciais até o Ensino Médio. Finalmente, assumi a Direção Acadêmica. Portanto, desenvolvi minha trajetória a partir de todo o conhecimento e da atuação anterior em todas as áreas pedagógicas, inclusive dominando todas as atividades. O CC sempre valorizou o professor, pois sabe que dependem dele toda a orientação e o traçar do caminho educacional. Por isso, voltamos a ter o Serviço de Orientação Pedagógica distribuído por áreas do conhecimento, um responsável geral pelas orientações, para que haja unidade nas ações, e ainda uma Assessoria Pedagógica, que auxilia

nos estudos e no acompanhamento das constantes e inúmeras demandas que permeiam o campo da Educação no âmbito global. Qual o principal espaço de formação que fará a diferença na caminhada do educador? Lembro que ser um professor competente e entusiasmado com seu trabalho não surge por “dom”, vocação ou sacerdócio. É preciso que a pessoa queira, dedique-se, realize tudo com amor e ideal e, acima de tudo, seja consciente de que é grande responsável por disponibilizar, às novas gerações, as expectativas de comportamentos que se esperam poder servir para reduzir as relações de poder na sociedade. Para o desenvolvimento de uma prática docente de qualidade, é necessário

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que o professor estude, autoanalisese, tenha clara sua visão de sociedade e o que deseja semear, de modo a planejar sua prática pedagógica; seu preparo precisa ser especializado nos conhecimentos científicos e na sua formação pedagógica, para que a

atividade de ensinar supere os níveis do senso comum, tornando-se uma atividade sistematizada. É necessário


também, ao professor, que tenha uma boa formação ética e política, para que possa educar a partir de valores, visando a um mundo melhor. A prática docente deve ser transformadora; o professor não pode querer apenas mudar o comportamento do aluno, mas educar para o futuro, para termos um mundo melhor. É necessário acompanhar os alunos segundo o tempo no contexto amplo: social, político e econômico, desenvolvendo alunos críticos, conscientes de seu papel. O aluno, por sua vez, precisa reconhecer, na figura de seus professores, cidadãos engajados na luta pela dignidade e pela democracia; o docente, ainda, deve manter-se aberto a novos conhecimentos e à autocrítica constante, através da reflexão sobre a ação. Quais as transformações no processo educacional que chamam a sua atenção nesses quarenta e dois anos de atuação?

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Principalmente a constatação, ainda que tardia, de que Educação não pode passar por experiências com crianças e jovens. É preciso que as outras ciências, tais como as neurociências, a psicologia e a sociologia, estejam a serviço da educação, para que possamos desenvolver ao máximo as capacidades de aprendizagem, criatividade e mudança do ser humano.

Dadas as mudanças sociais e na dinâmica familiar, nos dias de hoje, o aluno passou a ficar mais tempo no Colégio, livremente; esse é o seu ambiente predileto. É na escola que as famílias sentem‑se s e g u r a s , sabendo que seus filhos estão sendo acolhidos, preparados para a vida, e aprendendo sempre, pois o Colégio tem o cuidado de formar com qualidade não somente os professores, mas todos os colaboradores.


Espiritualidade

Laços dos Evangelhos

Os Evangelhos lembram uma rede de relacionamentos que envolvem a todos nós. Pe. João Quirino Weber, sj – Assessor Espiritual

Os Evangelhos registram e ensinam grande diversidade de laços entre as pessoas, entre Jesus e o povo, entre Jesus e o Pai. Uma rede de relacionamentos que envolvem a todos nós é lembrada nos Evangelhos. A palavra laços evoca, em nós, experiências contraditórias. Há laços que escravizam, assim como há laços que libertam. Existem laços de ódio, de inveja, de agressão, que ferem a vida e se qualificam como defesa e ataque. Os laços de amor, de partilha, de compromisso, de conversa e de acolhida, pelo contrário, geram paz, felicidade, união, e se qualificam como soma e agregação, essenciais para a realização profunda do ser humano. Há, também, laços oferecidos e não correspondidos... Há laços rompidos... O ideal é criar e alimentar laços de reciprocidade responsável.

rompem-se esses laços; é excluído. Zaqueu, agora, busca alguém que o possa ajudar; quer ver Jesus nem que seja de longe e às escondidas. Jesus vê Zaqueu em cima de uma árvore. Jesus para e tece novos laços: “Zaqueu, desce depressa, pois hoje devo ficar em tua casa”. Zaqueu acolhe com alegria a Jesus em sua família e promete uma nova vida: “Senhor, eis que dou a metade dos meus bens aos pobres”. Nessa passagem, novos laços de partilha e de corresponsabilidade são criados. Jesus confirma o gesto de mudança de Zaqueu: “Hoje entrou a salvação nesta casa”. Jesus convida. (Mc 10,17-27) Um jovem vem correndo, cheio de alegria e de esperança, querendo criar novos laços de vida: “Bom, Mestre, que farei para herdar a vida eterna?”.

Os Evangelhos nos relatam que Jesus oferece e cria diversos laços com as pessoas da Palestina. Jesus circula, vai e vem ao encontro dos fariseus, dos pecadores, dos enfermos, das crianças; ele cria laços dinâmicos que se ajustam às situações das pessoas encontradas e buscadas. Da parte de Jesus, os laços são sempre de ajuda, acolhida, perdão, salvação, enfim... Os laços se tornam diálogos, instruções, toques, escutas e até refeições.

Jesus fita o jovem com amor e diz: “Vai, vende o que tens e dá aos pobres [...], depois, vem e segue-me”. O jovem não aceita o convite e vai embora, retomando a vida de antes, frustrado e triste.

Jesus conversa. (Jo 4,4-42) Jesus conversa com a mulher samaritana: “Dáme de beber”. O pedido provoca uma reação estranha na mulher: “Como, sendo judeu, tu me pedes de beber a mim, que sou samaritana?”.

Uma pecadora pública, conhecida do fariseu, também entra na casa, mas sem ser convidada. Ela traz, no coração, laços de confiança em Jesus e espera romper o laço de pecado de sua vida. Ela chora, beija os pés de Jesus e os molha com suas lágrimas. Jesus aceita os gestos de confiança “escandalosa para o fariseu”.

Nessa passagem, laços de oposição vão tornandose laços de confiança e de partilha de vida: a mulher abre o seu coração inquieto e Jesus revela o seu coração de salvador e messias. A conversa culmina em missão: a mulher samaritana leva a boa notícia aos compatriotas, e os laços se multiplicam. Jesus toca. (Mc 1,40-45) Um leproso se anima e suplica: “Se queres, tens o poder de curar-me”. Jesus toca o enfermo e confirma: “Quero, fica curado”. E o curado não consegue calar a sua alegria, comunicando o acontecido a muitos outros enfermos e criandolhes novos laços de esperança. Jesus vê. (Lc 19,1-10) O publicano Zaqueu conserva, no coração, os laços de pertença à comunidade da sinagoga de Cafarnaum. Mas, uma vez registrado funcionário dos romanos como cobrador de impostos,

Jesus à mesa (Lc 7,36-50) Um fariseu, para reforçar os laços de hostilidade para com o Mestre, convida Jesus para uma refeição. Jesus aceita.

Então, Jesus dirige-se ao anfitrião para converter o coração dele. Jesus o faz pensar: “Quem ama mais (é mais agradecido): aquele a quem foi perdoada uma grande quantia ou aquele a quem foram perdoados poucos denários?”. O fariseu julga bem a situação. Jesus tenta iluminar as atitudes do fariseu, sua falta de educação e seus pensamentos repreensivos a Jesus e à pecadora. E Jesus declara: “Ela ama muito. Tu amas pouco”. Dirigindo-se à mulher: “Vai!” A tua fé te salvou”. Para o fariseu, os laços com Jesus endureceram seu coração. Para a pecadora, porém, foram de liberdade. Jesus ensina. (Mc 10,35-45) Os irmãos Zebedeu, Tiago e João ambicionam

laços de poder: “Mestre, concede-nos, na tua glória, sentarmo-nos um à tua direita e outro à tua esquerda”. Jesus escuta e ensina: Aqueles que ambicionam o poder, como acontece entre as nações, oprimem e tiranizam; “entre vós não será assim, ao contrário: aquele que, dentre vós, quiser ser grande, seja o vosso servidor, e aquele que quiser ser o primeiro dentre vós, seja o servo de todos”. Esse é o ensinamento, essa é a postura de Jesus: um caminho novo que leva à verdadeira felicidade e à desejada fraternidade. Jesus em família (Jo 19,25-27) Até na cruz Jesus se comunica e expressa seus laços familiares. O contexto é de extremo sofrimento (Jesus ama até o fim, cf. Jo 13,1), mas conserva o clima familiar: palavras como perto, teu, tua, mulher, mãe, filho, irmã, discípulo, nomes concretos, como Madalena, casa, são palavras que revelam a linguagem do coração, que mantém laços de familiaridade qual pequeno oásis no pior deserto do pior sofrimento imaginável. A partir desses laços e para muito além deles, Jesus reza pelos que o matam: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!”. Jesus acompanha. (Lc 24,13-35) Jesus caminha com os discípulos de Emaús na sua decepção; ele vai ao encontro deles, escuta suas palavras e o seu coração sofrido, pergunta, explica e esclarece os acontecimentos a partir das Escrituras, aceita o convite de entrar na casa, celebra a ceia e, assim, “abrasa e revitaliza os corações” dos discípulos que estavam a caminho da desistência. Eles voltam na mesma noite para Jerusalém, a fim de associarem-se aos demais no anúncio mais maravilhoso que já se ouviu: “É verdade! O Senhor ressuscitou!”. E nós? Nossos laços familiares, sociais, lúdicos e amistosos deveriam inspirar-se, fortalecer-se e confirmar-se a cada dia nos mais diferentes laços que Jesus vivenciou. Todos os laços humanos entre nós seriam, então, fecundos para gerar união, mudanças, nova vida, paz e fraternidade. Como Jesus, ainda que a oferta de nossos laços de servir, de ajudar, de perdoar e reconciliar não sejam correspondidos ou aceitos, não deveríamos alterar o nosso coração nem adulterar as nossas motivações de vida no seguimento desse mesmo Mestre e Salvador. A vida de Jesus Cristo, com seu exemplo e seus ensinamentos, ilumina e mantém a nossa intencionalidade de sermos criadores de laços de comunhão e de amor inabaláveis e fontes permanentes de felicidade.

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ENQUETE

ENQUETE QUAL O MEIO QUE VOCÊ MAIS UTILIZA DIARIAMENTE PARA SE COMUNICAR COM OS SEUS PARENTES E AMIGOS ?

4ºA EFI Bruno Fernandez

“Telefone Celular” 5ºB EFI André Dalpiaz

“Facebook”

“Telefone Celular”

“Telefone celular”

4ºA EFI Elisa Tasca Hausmann

“Telefone”

“Telefone Celular”

4ºA EFI Lucia da Silva Gavioli

3ºC EM Pedro Loureiro Balbão

“Telefone”

“Facebook”

4ºA EFI Roberto Cintra de Vicenzi

“WhatsApp” 4ºA EFI Paula Nort Küste

“WhatsApp” 4ºA EFI Eduarda Barbi Arcari

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5ºB EFI Isabella Vandresen

8ºB EM Isabella K

“Facebook” 8ºB EM Vanessa

“WhatsApp” 2ºA EM Ana Victoria Zamboretti


“Facebook”

“Viber”

2ºA EM Lígia Joenck

9ºA EFII Bianca S. Sedrani

“WhatsApp”

“Facebook”

2ºE EM Jonathan Costa Garcia

9ºA EFII Luana Dorna

“Telefone Celular”

“WhatsApp”

3ºB EFI Maria Eduarda Amorim Ferreira

“Twitter”

1ºA EM Luisa Real

“WhatsApp”

9ºA EFII Isabela de Brida

1ºA EM Maria Eduarda Buss

“Twitter”

“WhatsApp”

9ºA EFII Giovanna de Brida

2ºE EM Guilherme Mazarakis Elias

“Facebook” 9ºA EFII Ingrid S. Vieira

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notícias

Nova sala de professores da Unidade de Ensino I A Unidade de Ensino I iniciou 2014 com a nova sala de professores,que conta com três espaços bem definidos: estudo e planejamento; descanso e lanche. Anexa a ela, existe uma nova sala de trabalho, que conta com computadores para uso dos professores. Uma grande reforma foi feita para dar mais conforto e bem-estar aos professores.

Colégio Catarinense inaugura capela e memorial João Paulo II A comunidade educativa do Colégio Catarinense inaugurou dois espaços em homenagem ao Beato João Paulo II, no prédio que leva seu nome e abriga os anos iniciais da Unidade de Ensino I. Em outubro de 1991, o Papa João Paulo II esteve em Florianópolis e hospedou-se na residência dos jesuítas, junto ao Colégio Catarinense. A capela faz memória ao oratório em que o Papa João Paulo II fazia suas orações, mantendo o genuflexório e o sacrário originais. O quarto onde o Papa se hospedou foi preservado na forma original e transformado em um memorial de sua visita, reunindo fotos de sua passagem por Florianópolis, do encontro com os jesuítas, das reportagens de jornais que noticiaram a visita, bem como o vídeo da missa campal e de outros encontros.

Grêmio Teotônio Vilela tem nova diretoria O ano de 2014 iniciou-se com a nova diretoria do Grêmio Estudantil Teotônio Vilela, eleita no ano passado. O grupo, intitulado “Catarinense do Futuro”, é composto da seguinte forma: Presidente: Theodoro Ganzo Aydos (2ª F); Vice-presidente: Kevin Sean Ganzo Fernandez McCray (em intercâmbio); 1º secretário: João Eduardo Fronza (2ªD); 2ª secretária: Hana Wolf Klein (2ª F); 1ª tesoureira: Victória Lapa Cavalcante (2ªF); 2ª tesoureira: Camila Ferrari Mendonça (2ªA). Para o presidente, o maior desafio será aumentar a participação e a adesão dos alunos ao Grêmio Estudantil. “Vamos trabalhar com todos os representantes de turma para fortalecer o Grêmio. A sala de convivência será, além da nossa sede, um espaço de acolhida e a porta de entrada para a participação de todos”, destacou Theodoro.

Interséries 2014: Esporte e Integração Nos jogos interséries, os alunos participam de atividades esportivas e recreativas que têm como objetivo complementar o trabalho realizado nas aulas de Educação Física, além de proporcionar uma experiência de organização de equipes para a Olimpíada, que acontece no mês de julho. O torneio também visa a resgatar e enfatizar, através da prática do esporte, valores como solidariedade, lealdade, justiça e responsabilidade, inserindo-se, dessa forma, no contexto das demais disciplinas trabalhadas no Colégio Catarinense.

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Exposição Paisagens Urbanas Robert Rudolf Mezzomo, aluno da 1a série do Ensino Médio do Colégio Catarinense, expôs seu trabalho na biblioteca do CC. A proposta da exposição partiu através das aulas de Arte do Colégio. A professora observou o talento de Robert para o desenho e, depois de levar algumas câmeras fotográficas antigas para a sala de aula, notou o interesse e o conhecimento do aluno pelo material. Foi, então, proposta pela professora Yáskara Beiler Dalla Rosa a exposição, na qual Robert poderia escolher o material que seria trabalhado, optando, assim, pela fotografia. A exposição “Paisagens Urbanas” revelou um olhar inovador sobre a Florianópolis contemporânea, opondo o moderno ao tradicional em dez imagens coloridas que retratam as fachadas de casas no contexto urbano da Ilha de Santa Catarina.

Colégio Catarinense avança no projeto de energia solar. Nesse primeiro semestre, o CC passou a contar com um protótipo do carro fotovoltaico integrando o projeto Lixo Zero e possibilitando, aos professores de Física, novas formas de ensinar o tema aos alunos. O Colégio adotou a tecnologia da energia solar para que, além de economia, a ideia traga, aos alunos, o conhecimento sobre o que é ser sustentável, buscando despertar a consciência ecológica e o consumo sustentável nos alunos.

Graduação A distância no CC oportuniza acesso ao ensino superior O colaborador do Colégio Catarinense, Marcelo Andrino da Cruz, recebeu seu diploma de conclusão do Curso Superior em Gestão de Recursos Humanos, na modalidade tecnólogo. Marcelo cursou sua graduação na UNISINOS (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), no Polo de Ensino a Distância, no Colégio Catarinense. Para o diretor administrativo do Colégio Catarinense, Fábio Luiz Marian Pedro, a formação constante dos colaboradores qualifica o serviço prestado aos alunos: “Somos uma instituição de ensino. Partindo dessa natureza, é nosso dever motivar nossos colaboradores a um constante caminhar na vida acadêmica. Além disso, a formação qualifica o serviço de cada um na comunidade educativa”.

Elian Lucci conversa com alunos do CC Elian Lucci, autor de grande parte dos livros didáticos de Geografia adotados pelo Colégio Catarinense, conversou com nossos alunos. A palestra de Elian objetivou motivar os alunos, preparando-os para um mundo em mudança, onde inovação e criatividade devem fazer parte do repertório dos jovens. O intuito foi orientá-los, dando-lhes exemplos cristalinos do que é ser criativo. A Companhia de Jesus, não podendo ignorar as grandes transformações do mundo, suas tendências e seus principais desafios, busca sempre trazer, para os seus alunos, temas que promovam a dignidade humana através de uma educação de qualidade, por meio da qual o amor e a justiça deem-se as mãos.

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Um dia de palestras no CC com o professor Pierluigi Piazzi O CC proporcionou, aos alunos, pais e professores, um dia de palestras com o renomado professor Pierluigi Piazzi. “Por que fazemos tantas provas e, depois delas, esquecemos tudo o que achávamos que tínhamos estudado?” “Qual a diferença entre aluno e estudante?” Essas e outras questões profundas foram abordadas de maneira descontraída pelo professor. Os alunos do CC tiveram a oportunidade de reformular seus conceitos do que é ser aluno e o que é ser estudante, com um método que aprimora técnicas de estudo e de aprendizagem. O professor explicou, durante cerca de uma hora, como nosso cérebro funciona. Foram cinco palestras envolvendo os alunos do 9º ano à 3ª série e uma palestra para os pais, que contou com a presença de mais de 600 pessoas.

Acampamento em Pinheiral renova A tradição Realizou-se uma convivência especial com alunos que participam semanalmente do projeto de voluntariado no asilo Irmão Joaquim e com o grupo de voluntários dirigentes do Pinheiral, composto por ex-alunos. Nesse acampamento, não foi utilizada a estrutura da casa, e a montagem das barracas e da fogueira foi uma das atividades que envolveram os cerca de trinta participantes. “O acampamento teve caráter experimental, pois há mais de trinta anos não era feito esse tipo de atividade. Essa edição contou com o diferencial da participação do público feminino ”, explicou Luiz Carlos Campos, jesuíta que acompanhou as atividades na Casa da Juventude. Os jovens viveram a experiência necessária de um acampamento longe do conforto ou do suporte oferecido pela Casa da Juventude.

Atletas do CC participam do Campeonato Catarinense de Patinação Artística. O Campeonato Catarinense de Patinação Artística foi realizado entre os dias 24 a 27 de abril, na cidade de Saudades, oeste do Estado. Participaram do evento 320 atletas de dezesseis escolas de Santa Catarina, e o Colégio Catarinense esteve representado por oito atletas: Fernanda Dietrich Bicca, Hanna Koepp Speck, Julia da Silva Lopes, Sabrina Schmitt Phillipi e Paula de Abreu Warken apresentaram-se na categoria “Novatos”, em que não há classificação com notas, apenas um parecer dos árbitros que as avaliam. Na categoria “Figuras Obrigatórias”, Isabella Fornari de Faria competiu na categoria de sete e oito anos, conseguindo a medalha de prata. Isabela Regis Coelho competiu na categoria nove e dez anos e foi campeã da modalidade. Na categoria “Livre”, Isabella Fornari de Faria obteve a segunda colocação no Nível 1 – de sete a oito anos, e Isabela Regis Coelho surpreendeu com uma coreografia impecável, ao vencer catorze concorrentes na categoria “Dente de Leite 3”.

O Professor Alisson Gassen competiu na categoria “Dupla de Dança” e também obteve a primeira colocação, classificando-se para o Campeonato Brasileiro, em maio, na cidade de Brusque – SC. Além do treinador, as mães acompanharam as atletas, dando total suporte e apoio às pequenas.

Colégio Catarinense é Tricampeão

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Letícia Schröter faturou o Blickwechsel, concurso promovido pelo Youth for Understanding (YFU) em cooperação com o PASCH, que concede bolsas para alunos de escolas parceiras por todo o mundo. O Colégio Catarinense é conveniado ao Instituto Goethe e oferece o curso de alemão aos alunos. A premiação do segundo lugar também ficou para o CC, com o aluno João Antônio Schimidt, que teve direito a uma bolsa de cinquenta por cento, e também terá a oportunidade de ir à Alemanha estudar. De oitenta concorrentes de dezesseis países diferentes, quatro dos finalistas foram brasileiros e, para nossa satisfação, três eram do CC.



família

EXCESSOS, FALTAS E REDE DE RELAÇÕES Andréa Serra Alvarenga – Psicóloga com formação em Psicanálise e Terapia Familiar

Sabemos que a base de qualquer relacionamento é a comunicação, mas também percebemos que, cada vez mais, as pessoas comunicamse e se relacionam superficialmente. Relacionar-se é indispensável para o desenvolvimento intelectual e emocional, mas é a superficialidade das relações que preocupa. Nascemos e já pertencemos a uma rede familiar. Ainda muito jovens, passamos a conviver com pessoas em uma escola/creche e, muito precocemente, relacionamo-nos através do mundo virtual. É possível observar que o tempo com a família está sendo cada vez mais reduzido e substituído pela companhia de outros grupos. Por conta de tantos excessos, como de trabalho, informações e coisas materiais, aos poucos, vamos aprendendo a não nos apegar. São tantas as possibilidades, tão voraz e imediato é o acesso a tudo, que incorporamos sem perceber um modo de nos relacionar superficialmente. Outra palavra importante nesse momento de nossas vidas é rapidez. Tudo precisa ser feito rapidamente, mas rapidez nem sempre é sinônimo de eficácia.

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As relações sólidas não são construídas do dia para a noite e passam por momentos de frustrações, os quais, geralmente, são superados. Como os jovens estarão preparados para construírem uma relação verdadeira e profunda, se tudo é tão fugaz e facilmente substituído? A juventude dos dias de hoje está familiarizada com situações em que quase não existe espaço simbólico para a frustração, pois pensa ser possível substituir as relações com facilidade. No entanto, sabemos que todos somos carentes de atenção, precisamos de relações verdadeiras e sólidas, mas com tantos excessos e tantas faltas, parece que essa necessidade está cada vez mais difícil de ser saciada. Precisamos desligar mais a televisão, desconectar-nos mais do celular e da internet e nos aproximar de corpo e alma das pessoas que consideramos importantes. Devemos ensinar os nossos filhos a relacionarem-se com mais profundidade, com o olhar nos olhos, escutando-os em suas verdadeiras necessidades e, com isso, acolhendo-os e fortalecendo o vínculo familiar, que está cada vez mais frágil. Andréa Serra Alvarenga

Não espere até que seja tarde!


Participe do grupo “Refletindo a formação emocional da família”, coordenado pela psicanalista Andréa Serra Alvarenga e patrocinado pela APP. O início do próximo grupo será em agosto.

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APP

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E PROFESSORES A Associação de Pais e Professores (APP) é uma entidade jurídica de direito privado, criada com a finalidade de colaborar para o aperfeiçoamento do processo educacional, para a assistência ao aluno e para a integração entre escola-família e comunidade. A APP é formada por pessoas comprometidas e abnegadas que, voluntariamente, trabalham em prol da educação de nossos filhos/alunos e do Colégio, visando ao mais amplo desenvolvimento das atividades escolares. Seu principal objetivo é manter os elos da comunicação constante entre os pais, professores, jesuítas e a direção, primando pela busca incessante por soluções equilibradas para os problemas coletivos do dia a dia escolar. Essa associação, como instituição independente e pró-ativa, visa a reunir esforços para contribuir direta e ativamente com a educação e a formação dos estudantes, objetivando alavancar, qualitativa e quantitativamente, o já avançado padrão de excelência das atividades desenvolvidas pelo Colégio Catarinense. Além disso, a APP funciona como uma importante ferramenta de apoio aos projetos educacionais.

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Por isso, a APP tem por finalidade colaborar com o aprimoramento do processo educacional, além de assistir ao aluno e promover a integração família-escola-comunidade. Os objetivos da APP são de natureza social, cultural, esportiva e educativa, sem caráter político, racial, religioso ou lucrativo. Uma APP, com representatividade e capacidade operacional, revela-se importante no sentido que contribui com as decisões tomadas pelo Colégio Catarinense no tocante à organização e ao funcionamento escolar nos aspectos administrativos e pedagógicos, assim como para trazer o seu estímulo e apoio às inovações em favor do desenvolvimento das atividades docentes. As famílias tornam-se sócias da APP/ CC, e como tal, têm o direito de participar, opinando, colaborando espontaneamente e acreditando em que o esforço de todos contribuirá para o processo de formação integral, com excelência e competência humana e acadêmica. À Diretoria da APP/CC, agradecemos

pelo comprometimento efetivo e afetivo com o Colégio Catarinense e por nos desafiar sempre na busca da qualidade educacional, que infelizmente é tão desprestigiada pelos poderes constituídos do nosso país. A Direção do Colégio agradece a parceria e está disponível a auxiliar em tudo que possa valorizar e potencializar a nossa proposta inaciana de educação. Paz e Bem!



CLICK UNIDADE DE ENSINO II Ana Luiza, Elisa, Maria Luisa, Prof. Telmo e Maria Eduarda.

Flávia Lisboa, Profª Tina, Isadora Lisboa e Júlia Noldin.

Luísa Lehmkuhl, Luísa C., Prof. Pedro, Laura L. e Maria Laura.

Gustavo Cesca, Laura Braile e as Educadoras Scheyla e Micheli

Alice, Isabel, Marina, Luiza, Catarina, Educador Gilberto e Isabela.

Luísa Mocelin, Profª Luciane, Juliana Felippon e Vitória Dequech.

Educador Sidnei e Enzo.

Manuella, Tiago, Ana Carolina e Gil.

Sofia Rodrigues, Flávia Gomes e as Educadoras Clarissa e Fabiane.


Chloé, Profª Suzana, Isabela R. e Júlia Valgas.

João Pedro, Mateus Gonçalves, Caetano Bazzan e o Educador Tafarel.

Natália Lapa, Ayelen Becker, Taina Furlani, Marcelo, Natalia Trindade e Vitória Rech.

Sofia, Eduarda, Diretora Jane e Manuela.

Douglas Laurindo, Camila Moreno, Prof. Delamare e Tatiane Garceis.

Os Educadores Cláudio e Evaldo.

Júlia Blasi, Prof. Denerval, Maria Eduarda Corrêa, Maria Fernanda e Bárbara Becker.

Pedro Meirelles, Jorge Henrique, Prof. Pedrinho, Prof. Anésio, Fábio Daniel e Pedro Augusto.

Maria Fernanda, Felipe Altmann e as Educadoras Vera e Mariângela

Profª Ana, Celina Galup, Victoria Magnani e Profª Mirta.

Victória, Brenda, Rebeca, Lídia e o Educador Jacson.


PEDAGOGIA

Uma alternativa para O DESENVOLVIMENTO das funções do pensamento Georgina Vivanco* - Psicóloga

Apresenta-se, aqui, uma das alternativas para o desenvolvimento das funções cognitivas. Trata-se do Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI), desenvolvido pelo professor Reuven Feuerstein, psicólogo e educador romeno, fundador e diretor do ICELP (Centro Internacional de Desenvolvimento do Potencial de Aprendizagem), sediado em Jerusalém, Israel. Esse programa é um dos programas aplicados das propostas da Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural e da Teoria da Experiência de Aprendizagem Mediada, que se baseiam na premissa de que todo indivíduo é modificável. Essa premissa não se sustenta somente pela boa vontade de acreditar nas potencialidades das pessoas, questão para nada desprezível, já que, muitas vezes, é “o acreditar” que mobiliza o “fazer”. Além disso, os avanços das neurociências têm permitido validar essa premissa, ao tornarem “mais verificável” esse “acreditar” nas enormes potencialidades humanas. A esse respeito, Feuerstein afirma: “ [...] as ciências são necessárias para guiar nossas perspectivas e nossa visão, mas não devem provocar o abandono do sistema de crenças, muito pelo contrário: [devem reforçar e reenergizar] os principais esforços de nossas crenças”. (Feuerstein, 2005, p.24). Feuerstein propõe um olhar para as potencialidades dos indivíduos, para a

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propensão a aprender, potencialidades que, muitas vezes, estão ocultas e exigem profundos mergulhos para serem trazidas às superfícies visíveis da cognição. Desde essa perspectiva, o PEI está projetado para desenvolver e estabelecer os fundamentos cognitivos da aprendizagem e do desenvolvimento do pensamento. Seu grande diferencial é fazer compreensível uma proposta teórica através de uma proposta metodológica. Em alguma medida, “o que se quer” é a modificabilidade cognitiva – ou o desenvolvimento do pensamento –, entendida através do “como fazê-lo”, ou seja: da intervenção cognitiva. Essa proposta considera a inteligência como um estado dentro de um processo dinâmico que responde tanto a intervenções internas como aos estímulos do ambiente, trazendo grados de plasticidade e flexibilidade que conduzem à expansão ilimitada dos esquemas neuronais. Ou seja: tal perspectiva separa-se do entendimento estático da inteligência como uma capacidade totalmente definida pela carga genética. A esse respeito, Feuerstein afirma que “é mais apropriado associar os fatores genéticos à produção de variações nos níveis de receptividade individual do que a situações de aprendizagens que podem demandar variações na qualidade e quantidade de investimento necessário para o desenvolvimento e a aprendizagem”.

(Feuerstein et al., 2005, p.15). Segundo o autor, “os cromossomos não têm a última palavra”. Assim, associa-se a inteligência humana a uma possibilidade, ao “vir a ser”, à propensão de ser significativamente mudado/afetado pela experiência e permitir o enriquecimento do repertório cognitivo do sujeito, o que implica novas formas de pensar, de atuar, e a criação de novos sistemas de necessidades nas funções do pensamento. Essa expansão ilimitada dos esquemas deveria ser o objetivo principal de qualquer interação de aprendizagem. O PEI contribui para a construção de instrumentos para o enriquecimento do processo de pensar, favorecendo o desenvolvimento das habilidades para definir problemas, fazer conexões, estabelecer relações, impulsionar a motivação intrínseca, controlar a impulsividade e tomar decisões autônomas na base de um comportamento flexível e plástico. Trata-se de um programa sem conteúdo específico, que pode ser considerado apenas um pretexto para trabalhar as habilidades cognitivas por meio de exercícios estruturados e orientados por funções cognitivas específicas. As atividades partem das mais simples para as mais complexas, do fácil para o difícil, do concreto ao abstrato. O conteúdo não é um objetivo em si mesmo: ele simplesmente permite estabelecer um foco diferencial sobre funções cognitivas que temos que corrigir, desenvolver ou aprimorar.


Tal proposta pode ser aplicada em grupos ou individualmente, com crianças ou adultos, em situações de aprendizagem formal, em empresas, com portadores de necessidades especiais, em clínicas psicopedagógicas, etc. O programa é composto por quatorze instrumentos; o primeiro nível prioriza as operações mentais básicas do pensamento, e o segundo nível concentra-se no pensamento relacional. Este programa implementa a essência da proposta de Feuerstein, isto é: o determinante, em uma situação de aprendizagem, é a qualidade da interação entre o estímulo e o sujeito que aprende, colocando o “acento” no nível não manifesto do desenpenho da inteligência. Em outras palavras, seu foco não é aquilo que o aprendiz já sabe, e sim sua capacidade de aprendizagem e a maneira como intervém para gerar contextos que permitam incrementá-la. *Doutoranda em Ciências da Educação (USACH – Chile). Mestre em Engenharia Elétrica (UFSC). Mestre em Desenvolvimento Cognitivo (Universidade Diego Portales – Chile). Certificada pelo ICELP (The Internacional Center for the Enhancement of Learnig Potencial, Israel) como Trainer para formação de mediadores e Especialista em LPAD (Avaliação Dinâmica da Propensão de Aprendizagem).

Referências Feuerstein, R. (s.d). La Teoria de la Modificabilidad Estructural Cognitiva. Saragoza: Mira Editores S.A. Feuerstein, R. (s.d). La Teoria de la Modificabilidad Estructural Cognitiva. Saragoza: Mira Editores S.A. Feuerstein, R et al. (1980). Instrumental Enrichment: an intervention program for cognitive modifiability. Glenview (Illinois): Scott, Foresman and Company Feuerstein, R (1988) Don´t Accept Me as I Am, USA Feuerstein, R. (1994 b) Enseñar, aprender, comprender. Nathan (Extraído y traducido por Cecilia Assael) Feuerstein, R., Feuerstein, R. S, Falik, L., & Rand, Y. (2005) The Feuerstein Instrumental Enrichment Program (Revised and expanded edition

of Instrumental Enrichment An Intervention Program for Cognitive Modifiability) ICELP Publications. Gomes, C. M. A. (2002) Feuerstein e a Construción Mediada do Conhecimento. Porto Alegre: Artmed Editora Ben Hur, M. (2000) Pei e Aprendizagem: Pontes e Transcendências. Texto do I Fórum Internacional PEI. Salvador:Fundação Luís Eduardo Magalhães Souza, A.M.M., Depresbiteris, L., Machado, O.T.M. (2004) A mediação como princípio educativo. As bases teóricas de Reuven Feuerstein. São Paulo: Editora SENAC. (no prelo) Vygotsky L. S. (1991) - Pensamento e Linguagem. São Paulo:Martins Fontes, 3a. edição


INTEGRAÇÃO

Integração e Ação Social: formação integral no CC Por Carlos Eduardo Martins – Jornalista

Os alunos do 9º ano e do Ensino Médio participaram do 16º Dia de Integração e Ação Social. Uma série de atividades culturais e sociais movimentaram as turmas, que buscavam o principal resultado: ajudar aqueles que mais precisam. Durante todo o dia, foram recolhidos alimentos, roupas, material de higiene, brinquedos e livros que serão doados para mais de vinte instituições filantrópicas da Grande Florianópolis, participantes dos projetos de formação humana do Colégio Catarinense. “Tivemos um grande dia de festa. O sentimento maior é de gratidão a cada

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aluno, professor e pai, os quais se dedicaram a tornar esse dia inesquecível. O evento proporcionou também um dia especial aos alunos dos terceiros anos, que tiveram, no dia de hoje, uma despedida dessa atividade como alunos. Somos todos vitoriosos com aqueles que serão beneficiados com as doações”, manifestou o diretorgeral, Afonso Luiz Silva, antes do anúncio oficial dos resultados. O Dia de Integração e Ação Social funciona como uma pequena gincana. Além das arrecadações, as turmas cumprem tarefas culturais, como a apresentação da quadrilha junina.

1º LUGAR – 3º C – 56.949 pontos

3º LUGAR – 3º D – 35.448 pontos

2º LUGAR – 2º J – 44.509 pontos

4º LUGAR – 2º E – 13.805 pontos


“Agradecemos o apoio da Direção, dos patrocinadores, dos professores e funcionários e, sobretudo, dos alunos, que ajudaram a tornar realidade este grande dia!”, manifestou o professor Sinésio Fernandes, coordenador da Unidade de Ensino II.

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LITERATURA Confie em Mim / Autor: Harlan Coben Editora: Arqueiro Indicação: A partir do Ensino Médio e para os que gostam dos livros policiais e de adrenalina pura!

Até onde você iria por amor à sua família? O livro “Confie em mim”, de Harlan Coben, narra a história da família Baye, que tem uma relação bastante conturbada. O filho de Mike e Tia Baye, Adam, é um adolescente problemático que carrega um trauma gigante: o suicídio de seu melhor amigo. Preocupados, os pais decidem instalar um programa de monitoramento no computador do garoto. Os primeiros relatórios não revelam nada importante, porém, quando Mike e Tia Baye já começavam a sentirem-se mais tranquilos, uma estranha mensagem muda completamente o rumo dos acontecimentos: “Fica de bico calado que a gente se safa.”.

Laços de Família / Autor: Clarice Lispector Editora: Rocco / Indicação: A partir do Ensino Médio e para aqueles que buscam uma visão filosófica da vida através das letras.

“Laços de Família”, publicado pela primeira vez em 1960, é um tesouro da ourivesaria literária. São treze contos, hoje tidos como clássicos. Entre eles, os aclamados “Amor”, “O crime do professor de Matemática”, “O búfalo” e “Feliz aniversário”, adaptado para a televisão por Ziembinsky. Neles, os personagens são sempre surpreendidos por uma modalidade perturbadora do insólito, no meio da banalidade de seus cotidianos. Em “Laços de família”, Clarice aprofunda sua técnica narrativa em uma abordagem quase fenomenológica, explorando a solidão, a morte, a incomunicabilidade e os abismos da existência.

Uma Escuridão Bonita / Autor: Ondjaki Editora: Pallas / Indicação: Crianças a partir dos sete anos de idade.

O livro “Uma Escuridão Bonita” ganhou o Prêmio FNLIJ 2014 – categoria melhor livro de literatura em língua portuguesa –, concedido pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. O medo do escuro talvez seja o primeiro grande desafio da infância, pois nós, humanos, na ausência de luz, podemos imaginar as coisas mais terríveis, quando enganados pelos outros sentidos: enxergamos sombras que tomam formas de monstros e ouvimos barulhos estranhos, que não nos deixam dormir à noite. Basta crescermos um pouco para a imaginação colocar a escuridão do nosso lado: as sombras, que antes assustavam, transformam-se em brincadeira na parede mais próxima, o que na, juventude, poderá servir para alimentar boas conversas, inventar histórias e realizar encontros mágicos.

O Menino que Quebrou o Tempo / Autor: José Maviael Monteiro Editora: Scipione / Indicação: Crianças a partir dos sete anos de idade.

Pedro Paulo é um garoto muito curioso. Um dia, ao entrar na casa do relojoeiro Mané, o menino aproveita e mexe em tudo. Mas o que ele quer mesmo é descobrir o mistério da ampulheta mágica, capaz de acertar a hora de todos os relógios. Porém, em uma distração, Pedro Paulo deixa a ampulheta cair, e ela se quebra. E o pior de tudo: isso faz pararem todos os relógios da cidade, quebrando o tempo e causando uma grande confusão. O que não se esperava era que, a partir de então, sem a correria contra o relógio, os laços da comunidade resurgiriam de forma mágica.

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MEMÓRIA

Pinheiral: Refazendo Laços Patrícia Grumiche Silva – Assistente de Biblioteca do Colégio Catarinense

Construída em 1941 para servir de Escola Apostólica na formação dos futuros padres e irmãos jesuítas, a casa do Pinheiral traz, desde o início, a vocação para a alegria. O primeiro

relato de estudantes do Colégio Catarinense que para lá foram em férias data de 1942 e está registrado em um livro cuidadosamente datilografado e ilustrado, chamado Pinheiral –

reminiscências

de

uma

aventura:

“Estamos no 4º bimestre, e já se fala, na roda dos passeantes, sobre as férias

próximas. Fala dali, conversa daqui, e de repente o Rvmo. Pe. Diretor manifestou a sua vontade de, nas férias, levar um grupo de uns vinte alunos a Pinheiral... corria o mês de janeiro célere como nunca. Os quintanistas da nossa roda foram-se dispersando, uns para o Rio, outros para São Paulo. Mas ficou a semente. Restavam, ainda, cinco valentes, que não se esqueceram do almejado passeio. Dia por dia, esses restantes atormentavam o Pe. Diretor com a pergunta que se tornou estribilho mesmo depois do passeio: ‘Sr. Padre, quando sai o passeio a Pinheiral, hein?’. Com calma única, o Pe. Diretor só levantava a mão com o braço flexionado para o lado e respondia: ‘Não sei, não sei’. No sábado, entretanto, ficou resolvido que encetaríamos o falado passeio, segunda feira, dia 26”. (Dr. Camélia). “Nosso divertimento predileto foi pescar. O Nelson e o Fr. Fonseca

pescaram tanto que até jogaram fora... A noite vinha chegando devagar, e já era hora de nos recolhermos. Pe. Ângelo contou-nos umas piadas, conversamos e ouvimos a linda voz do Maximiniano, que nos trará recordações no decorrer da vida”. (Mister Dib). “O que todos sabem: que o Nelsinho poetou, que bateu chapas, que voltou amarelo do banho na represa. Que o Bito sentiu um pruído vendo os muitos canários, que aguentou, em jejum, doze quilômetros, que destroncou a língua de tanto falar. Que choveu, daquele dia em diante, durante duas semanas; que voltamos satisfeitíssimos para casa; que o passeio ao Pinheiral desbancou o Cambirela. Que amolando Pe. Reitor, arranjam-se passeios de primeira... A constância mata o tédio, a iniciativa acaba com a preguiça! Viva os passeios!”. (Praefectus fregis).

Desses bravos guerreiros, só conhecemos os pseudônimos adotados na escrita do texto, primorosamente confeccionado. Esses são relatos que evidenciam laços entre alunos e jesuítas e enriquecem o passado e o presente dos nossos alunos, que ainda têm o Pinheiral como um lugar cativo em seus corações.

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TECNOLOGIA

Maior interação entre alunos e professores Louisa Carla Farina Schröter – Assessora Acadêmica do Colégio Catarinense

O Colégio Catarinense, a partir de março, passou a contar com um incremento em sua proposta pedagógica: foi implementado um ambiente virtual de aprendizagem. A plataforma Moodle foi escolhida porque torna mais fácil a interação entre alunos e professores, possibilitando a apropriação e o uso competente de ferramentas de comunicação e potencializando a participação dos sujeitos em seus aprendizados. O Moodle é um AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) usado por muitas instituições de ensino

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espalhadas por todo o mundo. Trata‑se de uma plataforma que possibilita o gerenciamento de conteúdos formativos, estimulando o trabalho colaborativo e possibilitando a troca de informações e conhecimentos através de suas funcionalidades. O Moodle é, também, uma ferramenta utilizada pelas escolas da Rede Jesuíta de Educação que potencializa a pertença à Rede e favorece a integração, a colaboração mútua e o apoio entre as obras pertencentes à Companhia, criando novas oportunidades na vasta cultura de relações conceituais.

Apesar de ser uma ferramenta conhecida por seu potencial de trabalho na Educação a Distância, a experiência referente à implementação de uma plataforma de trabalho como o Moodle permitirá que professores e alunos do Colégio Catarinense aprofundem experiências de aprendizagens, de modo a complementarem a relação presencial construída na sala de aula, através de uma infinidade de recursos que permitirão gerenciar e administrar conteúdos e arquivos, compartilhar materiais de estudo e pesquisa, coletar e avaliar atividades/tarefas.


Segundo a assessora acadêmica do Colégio, professora Louisa Schröter, a plataforma Moodle se caracterizará como uma força a mais no aprendizado. Através dela, alunos e professores estabelecerão um processo cada vez mais qualificado de ensinar e aprender. Dessa forma, o Colégio Catarinense objetiva qualificar os processos de aprendizagem dos alunos, inovando as práticas do corpo docente através de novas metodologias que explorem as tecnologias digitais. Os alunos estão sendo orientados a acessarem a plataforma por seus professores, e as famílias poderão ter acesso ao ambiente virtual para acompanhar o processo educacional através do mesmo login e da senha com que acessam o portal do CC.

O acesso será feito através do link MOODLE no site do Colégio. Lá, também, está disponível um tutorial para facilitar a navegação na plataforma.

Caso haja dúvidas sobre logins de acesso ou sobre a navegação, favor entrar em contato com o Protocolo do Colégio (3251-1529), ou através do e-mail: moodle@colegiocatarinense.g12.br


HOSPITALIDADE

Fui estrangeiro e me acolheste. Por uma cultura da hospitalidade na América Latina e no Caribe Louisa Carla Farina Schröter – Assessora Acadêmica do Colégio Catarinense

A Companhia de Jesus e suas obras afins iniciarão, a partir deste ano, na América Latina e no Caribe, uma campanha em favor da cultura da hospitalidade. A proposta visa a promover uma mudança de atitude em relação aos migrantes e refugiados, de modo a superar atitudes defensivas e receosas de desinteresse ou marginalização – que correspondem à cultura de rejeição –,

priorizando-se, assim, atitudes que tenham como fundamento a cultura do encontro e da hospitalidade, único modo possível de construir um mundo mais justo e fraterno, um mundo melhor. Com essa campanha, os jesuítas atenderão a um apelo do Papa Francisco, buscando fomentar a

experiência da hospitalidade como uma atitude e prática fundamental nas sociedades contemporâneas. O objetivo é contribuir para a construção da cidadania e de políticas públicas inclusivas, promovendo a hospitalidade e as práticas solidárias e tolerantes em prol de todos os migrantes e refugiados das diversas culturas da América Latina e do Caribe.

O Horizonte da Campanha A campanha quer favorecer a oportunidade de ampliar as visões limitadas para adquirir uma compreensão maior de mundo, das desigualdades sociais e das estruturas de injustiça que regem muitas de nossas relações cotidianas. Estas conduzem a atitudes xenófobas, à impossibilidade de

acesso aos direitos básicos para muitos homens e muitas mulheres em situação de mobilidade, à sua criminalização, à incompreensão da situação de desenraizamento e vulnerabilidade em que vivem tantas pessoas. Só quando abrirmos nosso coração (verdadeiramente!) à experiência da

outra pessoa, seremos capazes de superar as atitudes de superioridade ou desconfiança, muitas vezes ocultas em manifestações de assistencialismo, ajuda humanitária ou caridade sem compromisso transformador das estruturas que produzem iniquidade.

FAZEM PARTE DA CAMPANHA AS SEGUINTES INSTITUIÇÕES: CPAL (Conferência dos Provinciais da Companhia de Jesus da América Latina) RJN-JAC (Rede Jesuíta com Imigrantes da América Latina e do Caribe) FIFyA (Federação Internacional de Fé e Alegria) CVX (Comunidade de Vida Cristã) O objetivo da campanha é para a construção de uma e de uma política pública hospitaleira, solidária e

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contribuir cidadania inclusiva, tolerante,

sobretudo em relação às pessoas migrantes, desalojadas internas, refugiadas e deportadas, e às diversidades culturais na América Latina e no Caribe.

A previsão é que a campanha dure um ano, mas é possível que seja estendida até 2015, sendo desenvolvida a partir das seguintes estratégias:


1. Sensibilização e mobilização interna: em primeiro lugar, a campanha pretende fomentar “a hospitalidade em casa”, ou seja, as obras da Companhia de Jesus são chamadas a envolveremse ativamente não apenas mediante a promoção da campanha, mas também a adotar experiências concretas de acolhida, colaboração e hospitalidade com as pessoas migrantes, refugiadas e desalojadas. 2. Ampliação dos promotores: a campanha não é concebida como uma iniciativa exclusiva das redes que, por ora, promovem-na. Deseja-se fomentar uma gestão que incorpore,

como sujeitos de sua própria história, as próprias pessoas migrantes e refugiadas e suas organizações, além de outras redes de instituições civis.

Sensibilização e mobilização social: graças à articulação entre as 3.

obras, as redes, os sujeitos sociais e suas iniciativas, a campanha espera gerar regionalmente uma mensagem comum, uma sensibilização coletiva, uma mobilização planejada, com múltiplas e variadas ações nacionais. A campanha oferecerá algumas iniciativas e diversos materiais a todas as obras envolvidas na América Latina e no Caribe, a fim de que, em

cada país, sejam adaptados a seu contexto e desenvolvidos de acordo com suas possibilidades. Além disso, buscar‑se-á que as obras, instituições e/ou comunidades locais organizem suas próprias iniciativas, e com elas contribuam, levando em conta sua própria realidade e seu contexto.

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JESUÍTAS

Jesuítas em Campo Por Patrícia Grumiche Silva (Assistente de Biblioteca do Colégio Catarinense) e Rodrigo dos Passos (Coordenador - Adjunto da Unidade de Ensino II)

O jogo de futebol, tal qual conhecemos hoje, jogado entre times com onze jogadores, surgiu na Inglaterra, por volta de 1863, e foi trazido para o Brasil por Charles Miller, que passou a ser, então, considerado oficialmente o “pai” do futebol brasileiro. Em uma entrevista publicada na revista O Cruzeiro, o paulista conta que, voltando de uma viagem da Inglaterra, em 1894, trouxe, em sua mala, duas bolas de futebol e muita disposição para praticar o esporte. Dedicado e determinado a difundir a modalidade, foi sua paixão pelo futebol que lhe conferiu o mérito de precursor e grande divulgador do esporte no Brasil.

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No entanto, como as experiências humanas se dão de forma complexa, contam os historiadores que os primeiros passes já eram trocados em nossa terra antes mesmo dessa data. Alguns afirmam que o futebol chegou ao Brasil por meio dos marinheiros e jesuítas ingleses que para cá vinham em missão. Há registros, por exemplo, que, em 1878, tripulantes do navio Criméia fizeram uma exibição do jogo na praia da Glória (RJ) para a princesa Isabel. Outro registro é que, entre 1880 e 1890, o padre José Montero já incluía, no programa de Educação Física do Colégio São Luís, de Itu (SP), os jogos de futebol.

Em Santa Catarina, as contribuições dos jesuítas para o futebol possuem evidências significativas: Logo na abertura do Colégio Catarinense, em 1906, os padres instituíram a prática do esporte como modalidade recreativa. A atividade se dava de forma lúdica, pois pouco se sabia sobre as regras do jogo. Em 1910, um grupo de advogados que estava de passagem por Florianópolis procurou saber se existia alguma equipe que pudesse travar uma disputa. Informados de que os alunos do Colégio praticavam o “foot ball”, combinaram, com os padres, uma partida para o dia 14 de agosto, no campo do Manejo (atual Instituto Estadual de Educação).


Um dos advogados do time adversário, Romeu Miraido, prontificou-se a ensinar, ao time dos alunos, as regras do jogo. Tal foi sua surpresa quando, no dia marcado, os meninos venceram o jogo por 2 a 1. Essa é considerada a primeira partida de futebol do estado catarinense. Os valores da convivência e o compromisso com o bem comum são legados que os jesuítas

ensinam pelo exemplo. Cabe lembrar que, em 1924, foram oferecidas as dependências do Colégio Catarinense para a fundação da Liga Santa Catharina de Desportos Terrestres, atual Federação Catarinense de Futebol. Esse, de certo modo, pode ser considerado o “apito inicial” de coragem que espalhou a paixão pelo futebol em toda Santa Catarina.

Localizada dentro do Colégio Catarinense ginásio 1 - Horário de funcionamento 9h às 11h30mim | 12h30mim às 18h

Fone: 48 - 3225.6939


DESAFIOS

PASSATEMPO.

A TURMA DO BIBLINCANDO

JOGO DOS 7 ERROS

www.biblincando.com.br

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