Prévia Gestão em Saúde

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EXPEDIENTE CEO DA

Silvane Castro

GERÊNCIA DE MARKETING

Gabriela Bacelar

JORNALISMO

Guilherme Ludwig

Jéssica Costa

DESIGN

Ana Roque

GESTÃO EM SAÚDE

Ano 1

Edição 1

Setembro de 2024

EDITORIAL 1

Um sonho que se torna realidade

PESSOAS 2

Entrevista com Dr. Bruno Vargas: liderança, experiência e empatia ESTRATÉGIAS

3

Como criar um planejamento estratégico para a sua clínica ESTRATÉGIAS

4

Autoconhecimento na gestão, onde sabedoria e ciência caminham juntas

ROTINAS E PROCESSOS 5

Sobre caos, gestão e crescimento

FERRAMENTAS 6

Uma forma inteligente de lidar com a inteligência artificial

INDICADORES 7

Entrevista com Dr. Mauricio Sato: o poder transformador da Jornada do Paciente

editorial

Um sonho que se torna

Todo projeto que se materializa, em algum momento, foi apenas um pensamento. Todos nasceram assim: das ideias mais simples e funcionais, como cozinhar uma massa para apreciar com vinho, até os grandes sonhos, como criar uma empresa cujo propósito é ajudar aqueles que cuidam de vidas a crescerem com significado.

Este projeto que você vê agora, a revista que lê neste momento, é mais um exemplo dessa verdade universal. O lançamento da revista Gestão em Saúde é fruto de um pensamento que ganhou vida e, hoje, se transforma em realidade.

Iniciamos pelo autoconhecimento. Revisitamos nosso propósito, manifestado em conteúdo de qualidade aos médicos empresários. Então criamos um planejamento Buscamos as pessoas para executá lo. Empregamos ferramentas conforme os processos de criação. Definidas as demandas, a liderança ancorada na cultura da Seven Gestão guiou cada passo.

Falando em sonhos, certamente eles também existem na sua clínica médica, assim como os inevitáveis desafios. Portanto, nesta edição, abordamos um pouco do que você vivencia na gestão da sua clínica médica hoje: liderança, experiência do paciente, inteligência artificial, planejamento estratégico e produtividade.

Desejo que a Gestão em Saúde te informe, inspire, entretenha e, acima de tudo, prove que os seus sonhos, hoje pensamentos, também podem se tornar realidade em breve. Conte com a Seven Gestão, conte conosco, conte comigo.

Com alegria pela realização de um sonho,

Entrevista: Dr. Bruno Varga fala sobre liderança, experiência e empatia

A forma como o líder trata a equipe reflete no atendimento ao paciente, por isso o bemestar começa já nos bastidores

Todo projeto que se materializa, em algum momento, foi apenas um pensamento. Na constante busca pela excelência em saúde, beleza e bem estar, alguns profissionais se destacam pela técnica, liderança e visão estratégica. Dr. Bruno Vargas é um exemplo vivo dessa poderosa combinação. O renomado dermatologista e fundador da Clínica Bruno Vargas, em Belo Horizonte, compartilhou conosco desafios, conquistas e aprendizados ao longo de sua bem sucedida carreira.

Entre os aspectos mais marcantes do Dr. Bruno Vargas estão sua visão de liderança e o compromisso com a equipe. O empresário destaca a necessidade de valorizar os profissionais e criar um ambiente de trabalho positivo.

“Valorize seus médicos, valorize seus profissionais. Coloque luz neles, seja luz para eles também, porque quando a gente vai caminhar junto, não é mais sobre a gente somente. Se for só sobre você, não vai funcionar”, aconselha.

A experiência do paciente é outro pilar na filosofia da Clínica Bruno Vargas. “A missão da clínica é trazer felicidade, então a experiência do paciente é muito importante. Se você oferece situações de afeto, de atenção, de carinho, isso faz parte da experiência do cliente. A conexão do médico com o paciente diz muito sobre a importância que você dá para ele”, explica. Esse cuidado é refletido em diversas melhorias na estrutura da clínica, como a implementação de serviços de manobristas e ambientes reservados para garantir privacidade e conforto durante os procedimentos.

Sobre crescimento, o Dr. Bruno Vargas conta que, para expandir o negócio, precisou rever seu papel entre as funções de médico e gestor. Dessa forma, passou a se dedicar mais à gestão para possibilitar o desenvolvimento da clínica.

tempo sob a orientação de Silvane Castro, CEO da Seven Gestão. O apoio de uma especialista ajudou desde a corajosa decisão de reservar um tempo para a gestão até a efetiva aplicação dessa ideia.

“Entendi que, para essa clínica crescer do jeito que gostaria, preciso ser um líder melhor. Preciso estar ali dando o tom, recebendo e dando feedbacks, tentando criar produtos e projetos, envelopar melhor nossos produtos e ter ideias fora do consultório médico,” conta.

Essa transição foi fundamental para o avanço da clínica e a manutenção da qualidade no atendimento. Mas não aconteceu da noite para o dia. Pelo contrário, exigiu um processo construído ao longo do

Hoje, o Dr. Bruno Vargas dedica o turno da manhã em alguns dias da semana para a gestão, enquanto no demais se exerce a profissão de médico. Um detalhe a princípio curioso, mas de suma importância, é que ele troca a roupa para cada papel que está assumindo. Assim, tanto o próprio Dr. quanto a equipe entendem claramente as diferenças entre as funções e seus respectivos momentos.

Como a superação de um desafio tão somente leva a descobrirmos outros, o trabalho conjunto entre a Seven Gestão e o Dr. Bruno Vargas continua. Atualmente, um dos projetos em que ambos estão trabalhando juntos é a implementação de práticas de governança corporativa na clínica, a fim de assegurar a condução ética e eficiente do negócio. O resultado será um livro de condutas, direitos, deveres, ou seja, de como se portar, o que reforça a importância de uma gestão bem estruturada.

1. Como o mapeamento da jornada impactou no desenvolvimento da clínica?

“O negócio nasceu como uma clínica dermatológica, nosso DNA é dermatológico. À medida que a clínica se desenvolveu, incorporamos outros núcleos, como tecnologia, nutrologia, ginecologia, angiologia, oftalmologia e um núcleo só de cabelo. Hoje, temos uma equipe multidisciplinar com mais de 10 médicos, e os pacientes conseguem resolver várias queixas no mesmo ambiente, o que lhes dá segurança e comodidade.”

2. Quais elementos você destacaria na experiência do paciente na sua clínica?

“Um elemento importante é o serviço de manobristas, que agrega muito valor ao proporcionar segurança e conforto aos pacientes. Outro ponto é o ambiente de acolhimento, onde os pacientes ficam antes dos procedimentos para terem privacidade e conforto com massoterapeuta, cardápio de experiências e vários elementos que ativam os 5 sentidos. Antes, quando a clínica era menor, esses espaços não existiam. Mas agora conseguimos dividir bem as áreas e proporcionar uma experiência melhor.”

3. Como você concilia seu papel de médico com o de gestor da clínica?

“Parei de atender nas manhãs para me dedicar à gestão da clínica. Agora atendo apenas à tarde e à noite. Para que a clínica cresça, eu preciso ser um líder melhor, dar o tom, receber e dar feedbacks, criar produtos e projetos e ter tempo para ideias fora do consultório.”

4. Quais são os benefícios de ter uma clínica multidisciplinar?

“O paciente consegue resolver muitas queixas no mesmo ambiente e no mesmo momento. Por exemplo, ele pode fazer o laser de varizes, o laser do rosto e ter um retorno da toxina, tudo no mesmo dia. Isso é uma grande comodidade, especialmente em uma cidade grande. O posicionamento da clínica agora é sobre um grupo de médicos especialistas em saúde, beleza e bem estar, não mais apenas sobre o Bruno Vargas dermatologista.”

5. O que os pacientes dizem sobre o atendimento na clínica?

“Eles ficam muito impactados. Como as coisas funcionam de forma muito organizada, sinérgica, com cada pessoa os recebendo com um sorriso no rosto, eles perguntaram para mim: ‘É assim mesmo? Eles conseguem manter esse semblante, esse sorriso, durante o dia todo, todos os dias do ano para atender cada um dos pacientes?’. Eu falei assim: ‘É desse jeito, o clima é esse, é um clima muito gostoso, uma atmosfera de trabalho muito favorável’.”

6. Qual a sua visão sobre a consultoria em gestão?

“Eu sempre acreditei nesse investimento. Eu nunca me arrependi dele. E eu vou contar uma coisa, eu entendi que, para a clínica crescer, eu preciso assumir esse papel. Eu tinha uma grande dificuldade de fazer isso porque eu tinha a percepção de que iria trabalhar menos, e teria menos faturamento. Eu tinha uma crença limitante e foi justamente o contrário.”

7. Como você vê o futuro da sua clínica e seu papel nela?

Vejo a clínica como um grupo de especialistas que proporciona uma experiência completa ao paciente. Continuarei atendendo porque amo o que faço, mas também me dedico à gestão para que a clínica cresça e melhore continuamente. É um equilíbrio entre ser médico e gestor, sempre buscando a melhor entrega para os pacientes.

1. Sobre a importância do reinvestimento

“A taxa de reinvestimento é muito elevada. Eu preciso deixar tudo ali. E eu deixo feliz. Vejo algumas empresas nas quais as pessoas retiram muito para ter uma vida boa. Mas a empresa não consegue crescer muito, porque não há reinvestimento.”

2. Sobre desafios e satisfação pessoal

“Eu preciso entender por que eu quero fazer isso. Só para ter mais facilidade e mais trabalho talvez não seja uma boa justificativa. Mas quando vejo que está alinhado ao meu propósito, fico tranquilo, apesar do risco e do desafio.”

3. Sobre cuidado com a experiência do paciente

“A experiência do paciente é a mais importante, sem dúvida. A conexão do médico com o paciente diz muito sobre a importância que você dá para ele. Se eu não fosse um médico que se preocupa com isso, poderia não estar aqui hoje.”

4. Sobre atendimento e estrutura da clínica

“Todos os espaços da clínica foram planejados para deixar o paciente seguro e à vontade. Temos o serviço de manobrista para ele vir de carro sem se preocupar, temos ambientes privativos para a realização dos procedimentos e experiências sensoriais, como massagem enquanto aguarda na sala de acolhimento e cardápio de alimentos e bebidas. Pensamos em como proporcionar uma boa experiência em cada espaço da clínica.”

5. Sobre visão de crescimento sustentável

“Para eu crescer, quero crescer com o mesmo grau de investimento e entrega. Manter o padrão de entrega em diferentes unidades é desafiador, mas possível com uma boa cultura e contratações assertivas.”

6. Sobre visão multidisciplinar

“Hoje a gente tem uma equipe multidisciplinar, uma equipe enorme. Então o que eu escuto dos meus pacientes é que eles se sentem seguros ali, porque conseguem transitar em todos os núcleos no mesmo ambiente e resolver boa parte dos problemas. Em outras palavras, a equipe multidisciplinar traz segurança e facilidade para os pacientes cuidarem da saúde e bem estar em um único lugar de confiança e referência.”

7. Sobre planejamento financeiro estratégico

“Um setor financeiro muito adequado, que sabe do seu propósito e consegue fazer um estudo financeiro bom, permite dar passos grandes mais preparados, com respaldo. Já dei passos grandes com menos respaldo, mas hoje são mais seguros.”

dicas do Dr. BrunoVargas

1. Para liderar uma equipe de profissionais

“Conseguir ser atrativo para esses médicos ao ponto que eles conseguem ver no líder uma pessoa desbravadora e uma possibilidade de crescimento maior do que teriam sozinhos. Então é desenvolver a habilidade de lidar e reconhecer o valor no outro e passar autoridade para ele junto à sua.”

2. Para criar um bom ambiente de trabalho

“Se eu não sou feliz dentro da empresa, se não estou

feliz com o coleguinha ao meu lado, eu não vou ter a condição de contribuir para que a minha clínica proporcione felicidade ao paciente. Então a gente tem que cuidar primeiro do nosso bastidor, da nossa equipe, para que a gente reflita isso para o paciente.”

3. Para a experiência do paciente

“Invista nas experiências e nos detalhes para criar um ambiente acolhedor, do qual os pacientes saiam não só satisfeitos com os resultados, mas também felizes com o que vivenciaram no processo.”

4. Para priorizar a gestão e liderança

“Procure ser um líder melhor. Desenvolva as competências para isso, como delegação de tarefas, feedbacks, criatividade, influência, negociação, inteligência emocional, empatia, entre outras. Além disso, separe um tempo exclusivo na sua agenda para as atividades relacionadas à gestão da clínica.”

5. Para influenciar a equipe positivamente

“Toda vez que um líder não está bem, reflete na equipe inteira. Então, vamos supor, quando estou numa fase ruim, num dia ruim, estou triste, mais ansioso, a equipe inteira fica ansiosa. Então, daí a importância da liderança bem conduzida.

Então, hoje eu tenho a consciência e, quando eu não estou bem, eu tento ficar bem porque eu sei que isso vai ser transmitido para toda a equipe.”

6. Para criar uma cultura e equipe fortes

“Foque na cultura da clínica, realizando reuniões periódicas para reforçar a missão, visão e valores, de modo que a equipe se torne embaixadora dessa cultura. Atente se também às pessoas do time. Quando convido alguém para se juntar à equipe, é porque estamos prontos para recebê lo e fazer a coisa certa naquele momento. Isso garante que o crescimento seja sustentável e alinhado com nossos valores.”

7. Para melhorar o ambiente da clínica

“Considere o ambiente da clínica uma extensão de sua casa. Por exemplo, na decoração, escolha elementos de alta qualidade que reflitam conforto e cuidado. Afinal, um ambiente bem planejado e agradável ajuda a criar uma conexão emocional com os pacientes e melhorar a experiência de atendimento.

ESTRATÉGIAS

Como criar um planejamento estratégico para a sua clínica

Da teoria à prática: aprenda a identificar onde você está, aonde quer chegar e como fazer isso!

“Para que planejar se eu posso ir direto para ação?”.

Este é um questionamento frequente por parte dos médicos nas consultorias e mentorias realizadas na Seven Gestão.

Em um primeiro momento, a questão faz sentido. Afinal, se você sabe o que fazer, basta colocar em prática. Mas a armadilha desse raciocínio se revela quando olhamos para

os riscos de se construir um negócio desestruturado e sofrer as consequências disso lá na frente, quando as operações e as exigências se tornarem mais intensas.

Sendo assim, uma das vantagens de tirar um tempo agora para planejar o futuro é que, se organizando, ainda que você assuma riscos no seu empreendimento, serão riscos calculados. E uma vez antecipados, você tem condições de traçar estratégias para contorná los.

Quando você vê um negócio bem-sucedido, é porque alguém, algum dia, tomou uma decisão corajosa”
Peter Drucker

“Ah, mas surgem imprevistos. Não é possível prever tudo!”. Concordamos com essa afirmação. De fato, nenhum planejamento é capaz de prever 100% dos cenários e te preparar para absolutamente tudo o que está por vir. Entretanto, ao planejar os próximos passos do seu negócio, os imprevistos serão a exceção, e não a regra. Logo, você ainda terá melhores condições para lidar com eles quando eventualmente aparecerem, já que as demais situações estarão controladas.

Organizar paracrescer

Para começar o planejamento estratégico da sua clínica, vamos usar como referência o Círculo de Ouro, apresentado por Simon Sinek no livro “Comece pelo Porquê: Como Grandes Líderes Inspiram Pessoas e Equipes a Agir”. Nessa obra, o autor defende que líderes notáveis, como Martin Luther King, Steve Jobs e os irmãos Wright, atingiram grandes feitos ao compreenderem os seus verdadeiros propósitos.

O Círculo de Ouro, se apresenta, na verdade, como um cone, cuja base é o “porquê”, o meio é o “como” e o topo, a menor parte, o “o quê”. Nesse sentido, a tese é começar pelo porquê, visto que este é o seu motivador, algo que te dá energia para superar os desafios e obstáculos que aparecerão. É importante ressaltar isso porque o fator emocional influencia. Se

não tivermos motivação, energia e otimismo, não conseguimos sair do lugar.

Inclusive, motivação é a palavra mais forte de um empreendedor. Por isso, é tão comum tirar negócios do papel. Só em 2023, foram abertas mais de 2,7 milhões de empresas no Brasil. Quantos médicos desejaram ter o próprio negócio e se motivaram rapidamente a executar?

Após esse passo, cabe entender profundamente o propósito, porque virão os desafios para manter a clínica funcionando.

O porquê

A organização de ideias, portanto, tem um quê emocional, uma fagulha de acreditar em si mesmo para finalmente dar o primeiro passo. Afinal, quem está desanimado ou acredita que existe uma fórmula genérica, acaba não criando o próprio plano ou, se chega a fazer isso, não o coloca em prática.

Considerando isso, o primeiro passo prático que vamos dar rumo à criação do planejamento estratégico é descobrir o nosso porquê, ou seja, nosso propósito. Para tanto, podemos recorrer à Roda da Vida, uma ferramenta visual em que realizamos uma autoavaliação.

Na Roda da Vida, você consegue avaliar diferentes aspectos da sua vida agora para medir onde quer estar daqui um tempo. Trata se de um círculo com diferentes áreas da sua vida, como familiar, profissional, financeira, amorosa, espiritual, etc. Cada setor pode receber uma nota de 0 a 10. Então você pode preencher uma do seu momento atual e outra com o que deseja para o futuro.

Há versões gratuitas e interativas da Roda da Vida na Internet. Basta pesquisar pela ferramenta, preencher suas notas atuais e salvar os resultados. Depois, repita o processo com as avaliações para o futuro. Assim, você poderá comparar facilmente onde está e aonde quer chegar.

Não existe um CNPJ forte sem um CPF forte. Essa frase fortalece a noção de autoconhecimento e alinhamento com os seus propósitos. Por isso, ao preencher a Roda da Vida, você está alimentando os seus anseios enquanto ser humano, os quais refletirão no planejamento estratégico da sua clínica médica, pois ela faz parte da sua vida também.

Uma dica para potencializar esse tipo de exercício é criar um mural de visualização. Conforme ensina a neurociência, o cérebro humano funciona de maneira visual, então, ao, por exemplo, pegar imagens na Internet que representem as conquistas que você deseja, isto aumenta a motivação para perseguir esses objetivos.

para visualizar aqueles itens e reforçar o senso de propósito. Alguns colaboradores da empresa seguiram o mesmo princípio, ao colocarem tais imagens como tela de fundo do celular.

Pergunte se: “o que é sucesso para mim?” ou “o que é riqueza para mim?”. Nesse exercício, use a técnica de brainstorming, na qual não se filtra absolutamente nenhuma resposta. Assim, você dá margem para seu cérebro sonhar e buscar ideias profundas, porém significativas para você.

Lembre-se, a vontade, a motivação, a energia, são as forças propulsoras que movem as pessoas para além da zona de conforto.

A combinação dessas técnicas de Roda da Vida, visualização e brainstorming é uma forma de encontrar o porquê, ou seja, o ponto de partida para o planejamento estratégico da sua clínica médica.

A própria CEO da Seven Gestão, Silvane Castro, pratica esse exercício. Em um arquivo de PowerPoint, a empresária reúne imagens que ilustram os sonhos dela. Daí, de tempos em tempos, ela revisita o arquivo

Como

Feito isso, entramos em outra etapa, a do como, isto é, das ferramentas e recursos. Nesta fase, precisamos descobrir como colocar em prática aquela visão do porquê. Para isso, normalmente recorremos à ajuda de outras pessoas. Portanto, aqui devemos refletir sobre quem serão as pessoas responsáveis pelo como. Você mesmo? Um prestador de serviço? Um sócio? Cônjuge?

Eis que mais um exercício pode te ajudar nessa descoberta, pois, ao responder a estas perguntas, você identificará o que precisa para começar.

Passo a passo dos construtores

Em que áreas você é suficiente ou está preparado? Das habilidades necessárias, quais você precisa desenvolver?

Quais pessoas podem complementar você?

As ideias não têm nenhum valor se não forem executadas.

Eis a importância de se mapearem os recursos humanos, competências e ferramentas a seu dispor e o que deve obter para alcançar o propósito descoberto na primeira etapa. Conforme responder às perguntas do passo a passo dos construtores, os itens acima começam a se tornar claros.

Seguindo nesse ritmo, você pode enquadrar as suas competências segundo os objetivos específicos.

Percebeu que, aos poucos, você consegue decidir se vai contratar outra pessoa, se vai fazer sozinho e se precisa desenvolver determinada competência?

No que diz respeito às competências, sejam suas, sejam das pessoas que entram na etapa do como, uma poderosa ferramenta é a avaliação do perfil comportamental. Ela revela aspectos comportamentais sobre você, indicando quais competências você tem mais desenvolvidas ou menos. Esse recurso de autoconhecimento joga luz sobre o que você precisa fazer.

Numa analogia com a construção de uma casa, primeiro veio o seu sonho. Então precisou de operários que executassem a obra, pois eles têm as competências necessárias para tanto. Ainda que você tenha algumas, provavelmente não terá todas.

Por exemplo, seu objetivo é deixar ser um negócio para ter um negócio. Isso demanda desenvolver uma equipe produtiva para executar a tarefas operacionais que até então se centralizavam em você. Para tal, as competências necessárias incluem empreendedorismo, liderança, automotivação e organização.

O quê

Seguindo no plano, chegou a hora de pensar quais atividade precisa realizar para conseguir seu objetivo. Então, recapitulando, primeiro tivemos a ideia. Depois descobrimos as competências necessárias. Agora listamos as ações para chegar lá. É o momento de estabelecer o “o quê”.

O nome disso é plano de ação. Trata se de um documento que detalha as etapas necessárias para alcançar um objetivo específico. É como um roteiro que indica o caminho a seguir, do ponto de partida à chegada. Contém as informações que você levantou nas etapas do porquê e como, mais outras adicionais: objetivo principal, etapas, responsáveis, recursos, prazo e investimento.

Para o sucesso desta etapa, é importante que o time tenha clareza sobre o que foi estabelecido no plano. Caso contrário, as ações praticadas serão incompatíveis com o planejado e não refletirão a essência da clínica.

Além desse registro formal do seu planejamento estratégico, cabe aplicar a lógica do ciclo PDCA: planejar, executar, checar, agir. Até então, concluímos a etapa do planejamento. Em seguida, vem a execução. Mas ela sozinha não basta. É necessário checar os resultados e agir em melhorias naquilo que saiu fora do esperado, ou seja, aperfeiçoar tanto o plano quanto a execução.

O elo entre teoria e prática

O Método Seven atua nas frentes Gestão de Pessoas, Gestão Financeira, Gestão de Negócios, Gestão Comercial e Gestão da Experiência, cada qual tendo 3 fatores de crescimento: pessoas, processos e indicadores.

A lógica é simples. Peguemos como exemplo a área de Finanças da sua clínica. Se você já tem profissionais competentes cuidando da parte financeira, seguindo rotinas definidas e eficientes, está tudo certo com os fatores pessoas e processos. No entanto, se não consegue mensurar os resultados e não sabe se poderia fazer melhor, então devemos fortalecer os indicadores.

Outro exemplo, agora sobre Gestão Comercial, que envolve

marketing e vendas. Suponha que suas ações nesse sentido estão completamente paradas. Logo, precisamos começar pelo pilar das pessoas, a fim de colocar em prática o que se almeja para esse campo: captar, converter e fidelizar pacientes. Para tanto, necessita se de profissionais de marketing e vendas, que tenham conhecimento especializado e direcionado aos objetivos estabelecidos.

Veja bem, você construiu um planejamento estratégico para a sua clínica, o qual mostra aonde você quer chegar, como e o que precisa para conseguir. Também compreendeu como o Método Seven auxilia na aplicação do plano ao nortear as áreas da gestão e os fatores dentro delas. Neste momento, o famoso “empurrãozinho” para começar pode ser o Diagnóstico de Maturidade da sua clínica.

Por meio dessa ferramenta, você descobre por onde deve começar, ou seja, qual a prioridade no momento. Assim, não só tem mais um impulso para agir, como também toma a decisão com mais propriedade.

Ancorado no Método Seven, o Diagnóstico de Maturidade identifica 3 níveis: expansão; consolidação; e estruturação. O primeiro é o de estruturação, momento em que a clínica precisa de numerosos ajustes e o grande pilar é ter as pessoas certas nos lugares certos. Em seguida, a consolidação ocorre quando há um equilíbrio, mas ainda existem melhorias. Os pontos chave são processos e ferramentas. Já a expansão se dá ao perceber um elevado grau de estabilidade na gestão do negócio, indicando que ele pode crescer. Nessa fase, já se está atento às análises dos indicadores.

A aplicação do diagnóstico depende apenas de responder como está o nível dos fatores de crescimento (pessoas, processos e indicadores) dentro de cada pilar da gestão (Negócios, Financeira, Comercial, Pessoas e Experiência).

Nesta versão simplificada, você pode classificá los conforme as cores do sinal: vermelho, amarelo ou verde.

O estado "vermelho" indica que a iniciativa não existe ou que há problemas graves ou obstáculos significativos que impedem seu progresso.

O estado "amarelo" indica que a iniciativa está progredindo, mas enfrenta desafios ou riscos que precisam ser gerenciados de perto.

O estado "verde" indica que a iniciativa está bem estruturada ou progredindo conforme o planejado, dentro do prazo e do orçamento estabelecidos

Todo o conhecimento está à sua disposição para colocar em prática.

Acesse o Diagnóstico de Maturidade desenvolvido pela Seven Gestão e faça o teste online gratuitamente.

E antes de hesitar em abrir, lembre se do seu porquê. Este é um importante passo rumo à realização do seu propósito!

Especialistas em gestão ao seu lado, fortalecendo seu negócio em um ciclo contínuo, personalizado e individualizado.

Sobrecarga, insegurança e frustração se transformarão em equilíbrio, tranquilidade e realização. Você quer vivenciar isso?

Saiba como o Signature pode ajudar sua clínica.

ESTRATÉGIAS

Autoconhecimento na gestão, onde sabedoria e ciência caminham juntas

De filósofos antigos a cientistas contemporâneos, há um consenso: entender e dominar a mente pode nos levar longe

Luzes neon intermitentes ressaltam o chamativo brilho de árvores verdes, vermelhas e azuis, nas quais se veem placas indicando direções aleatórias. Nesse cenário, ora encantador, ora assustador, uma garota e um gato travam um diálogo aparentemente inocente, mas do qual se extrai uma lição inspiradora:

para quem não sabe aonde ir, qualquer caminho serve.

Essa cena, eternizada no clássico “Alice no País das Maravilhas”, escrito pelo britânico Lewis Carrol e publicado originalmente em 1865 (mais de 150 anos atrás!), até hoje inspira líderes no mundo todo. Isso porque nos convida a pensar sobre o que queremos da vida, questão que, por consequência, leva a outras reflexões mais profundas.

Seja no âmbito pessoal, seja no profissional, o autoconhecimento é um poderoso meio para descobrirmos não só aonde queremos chegar, mas também onde estamos agora. Não à toa, no âmbito da gestão, por exemplo, ferramentas consolidadas como a Mandala Ikigai nos levam a olhar para dentro de nós mesmos, enquanto a Análise SWOT direciona o olhar para dentro dos nossos negócios.

Já a Análise SWOT auxilia na identificação de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do negócio, a fim de aproveitar os aspectos positivos e aperfeiçoar o que está em falta.

A Mandala Ikigai ajuda a visualizar a relação entre nossa paixão, missão, profissão e vocação, de modo a equilibrar esses fatores e trabalhar com mais motivação e propósito.

Ambas as ferramentas partem do princípio de que, ao compreender fatores internos sobre nós mesmos, conseguimos enxergar e lidar melhor com os externos do mundo ao nosso redor. Dessa forma, alcançamos um estado de equilíbrio que possibilita transformar nossa vida em todos os sentidos, inclusive profissional. Por isso, o autoconhecimento é essencial na área da gestão e faz parte dos fundamentos do Método Seven, desenvolvido pela Seven Gestão.

De sábios ancestrais a cientistas contemporâneos

Referências ao autoconhecimento como instrumento de transformação datam de milhares de anos. Hindus, chineses, budistas, persas, egípcios e gregos já destacavam a importância de conhecer a si mesmo.

“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.”

Sócrates defendia que as pessoas questionassem suas crenças para entenderem a si mesmas e o mundo. Usava o método socrático: identificar, investigar, refutar e reconstruir uma ideia.

Platão, com o Mito da Caverna, ilustrava a busca pelo verdadeiro conhecimento e a libertação das ilusões para alcançar o autoconhecimento.

Sócrates

Milhares de anos depois, a neurociência moderna trouxe bases concretas ao autoconhecimento. Santiago Ramón y Cajal propôs a teoria do neurônio como unidade básica do sistema nervoso. Charles Sherrington e Wilder Penfield contribuíram com descobertas neuromusculares e mapeamento do córtex cerebral.

Nos anos 1970 a 1990, técnicas de neuroimagem, como RM, TC, fMRI e PET, aprofundaram nossa compreensão do cérebro. Essa base científica tornou se uma aliada poderosa no autoconhecimento.

Mais um exemplo é o programa de Redução de Estresse Baseada em Mindfulness (MBSR), de Jon

Kabat Zinn. O MBSR combina meditação e yoga, mostrando que práticas milenares podem levar a mudanças cerebrais mensuráveis, como melhor regulação emocional e redução do estresse.

Por sua vez, o livro “O Erro de Descartes”, de António Damásio, destacou que cognição e emoção estão ligadas às condições físicas do corpo, influenciando decisões desde escolhas diárias até complexas.

Assim, tanto antigos sábios quanto cientistas modernos concordam:

o autoconhecimento nos ajuda a tomar melhores decisões e viver plenamente.

A conexão entre autoconhecimento e gestão

O autoconhecimento, aliado às descobertas da neurociência, tanto antigas quanto modernas, desempenha um papel crucial na gestão de clínicas e consultórios médicos. Entender a si mesmo não é apenas uma jornada pessoal, mas uma ferramenta poderosa que pode transformar a forma como lideramos e gerimos nossas equipes e negócios.

Na gestão, a primeira conexão entre autoconhecimento e eficácia gerencial se dá na tomada de decisões. A neurociência moderna confirma que a compreensão dos processos emocionais e cognitivos do cérebro melhora a capacidade de lidar com a pressão, tomar decisões informadas e manter a calma em momentos críticos.

impacta diretamente na comunicação. Sócrates e Platão, com suas filosofias de questionamento e busca pelo conhecimento verdadeiro, lembram da importância de uma comunicação clara e honesta. Em um ambiente clínico, no qual a precisão e a empatia são essenciais, entender suas próprias emoções possibilita ao gestor se comunicar bem, seja com pacientes, seja com a equipe.

Um gestor que compreende suas próprias emoções e reações tem mais clareza ao enfrentar situações complexas.

O autoconhecimento também

Além disso, a gestão baseada no autoconhecimento promove uma cultura de aprendizado contínuo. Quando os líderes demonstram vontade constante de entender e melhorar a si mesmos, inspiram a equipe a fazer igual. A neurociência mostra que essa abordagem pode levar a mudanças positivas no cérebro, como o aumento da neuroplasticidade, isto é, a capacidade do cérebro de se adaptar e aprender.

A relação entre autoconhecimento e gestão eficiente também se reflete na motivação da equipe. Líderes que conhecem suas próprias forças e fraquezas conseguem identificar e valorizar as habilidades individuais de seus colaboradores. Isso cria um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo.

Portanto, a gestão de clínicas e consultórios não se beneficia apenas das técnicas tradicionais de administração, mas também de uma profunda compreensão de si mesmo e do funcionamento do cérebro.

Integrar práticas de autoconhecimento e insights da neurociência moderna pode transformar a maneira como os médicos gerenciam seus negócios, promovendo um ambiente mais eficiente, empático e inovador.

estratégias para aumentar as vendas

Baseadas no livro “A Lógica do Consumo: Verdades e Mentiras sobre por que Compramos”, de Martin Lindstrom

Comunique-se de forma empática

Em todas as suas mídias, cuide para que sua linguagem transmita empatia, cuidado e apoio. Frases, como “Estamos aqui para cuidar de você”, “Seu bem estar é nossa prioridade” e “Acolhimento e excelência em cada atendimento” podem ajudar a criar uma conexão emocional positiva.

Na sala de espera e em outras áreas da clínica, use materiais visuais e informativos que transmitam mensagens de cuidado, apoio e acolhimento.

Utilize experiências sensoriais

Melhore a experiência sensorial dos pacientes na clínica. Você pode fazer isso de diversas formas, por exemplo: fragrâncias suaves e agradáveis na sala de espera para criar um ambiente relaxante; músicas calmas e tranquilizantes para reduzir a ansiedade; cores e texturas que transmitam conforto e segurança na decoração.

3

Crie rituais de atendimento

O objetivo é tornar a experiência do paciente mais agradável e previsível. Por exemplo, ofereça uma bebida durante o tempo de espera e estabeleça um procedimento de acolhimento que inclua um sorriso e uma breve conversa para aliviar a tensão.

Esses rituais simples podem ajudar a construir uma conexão mais forte e positiva com a clínica.

Aja com autenticidade e transparência

Seja transparente sobre os valores e a missão da clínica. Não prometa resultados irrealistas, mas comunique claramente os benefícios e limitações dos tratamentos oferecidos.

Assim, você transmite uma imagem de confiabilidade e integridade.

4 5

Simplifique a informação médica

Quando comunicar informações médicas, mantenha as simples e diretas. Para tanto, você pode usar infográficos e listas exemplificando procedimentos, diagnósticos e tratamentos com clareza e acessibilidade. Além disso, pode fornecer resumos escritos dos pontos principais discutidos na consulta para que os pacientes revisitem essas informações facilmente.

em equilíbrio Mente e coração

O livro “Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar”, de Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Ciências Econômicas, em 2002, também entra no hall de literaturas que transformaram a forma como entendemos a relação entre racional e emocional.

Nele, o autor disserta sobre dois sistemas de pensamento. O sistema 1 é rápido, intuitivo e emocional, operando automaticamente e com pouco esforço. Já o sistema 2 é lento, lógico e deliberativo, então requer mais esforço e atenção consciente.

Cotidianamente, recorremos a ambos os sistemas para tomar decisões. A chave para sermos mais precisos, portanto, é adequar o modo de pensamento de acordo com a situação.

Ora um julgamento rápido e automático basta, ora devemos ponderar e avaliar com cuidado.

Perante isso, voltamos ao início deste artigo: a importância do autoconhecimento. Conforme temos mais consciência dos nossos desejos, necessidades e sensações, conseguimos priorizar o que é mais importante, encontrar o que realmente nos motiva e aceitar nossas limitações.

Mente e coração se equilibram quando conseguimos ser introspectivos para nos conhecermos, espontâneos em nossas ações e, acima de tudo, verdadeiros conosco e com aqueles ao nosso redor. O poder do autoconhecimento e da ciência do cérebro favorecem tanto você, em sua jornada pessoal e profissional, quanto os seus pacientes.

ROTINAS E PROCESSOS

Sobre caos, gestão e crescimento

Como trazer ordem e aplicabilidade a um ambiente caótico e excessivo

Dra. Ana, conhecida dermatologista e dona de uma clínica, sentava se à sua mesa, rodeada por uma pilha de prontuários e relatórios digitais. O celular vibrava incessantemente ao lado do teclado, com notificações de e mails, mensagens e atualizações de aplicativos.

Entre uma consulta e outra, tentava responder às mensagens urgentes, revisar exames e ainda planejar a agenda do dia seguinte. Ao mesmo tempo, preocupações com a gestão da clínica, das questões financeiras à coordenação da equipe, pesavam em sua mente. Cada vez que pensava estar próxima de concluir uma tarefa, outra demanda surgia.

Sentia-se como uma náufraga em um mar de informações e responsabilidades.

Apesar das ferramentas avançadas ao seu alcance — um software de gestão clínica de última geração e acesso instantâneo a informações médicas — a Dra. se via presa em um ciclo de sobrecarga. Era esmagadora a sensação de estar constantemente ocupada, mas nunca realmente produtiva.

Como, com tanta tecnologia e

recursos disponíveis, estava sempre lutando contra o relógio, sem jamais alcançar a tranquilidade e a eficiência que tanto almejava na prática médica e na gestão de sua clínica?

Encontrar a resposta para tal pergunta demanda investigarmos a própria história humana.

desde sempre Produtivos

A busca pela eficiência é uma constante na história. Desde os primórdios, nossos ancestrais já procuravam meios de otimizar o tempo e recursos disponíveis. Na Idade da Pedra, a invenção de ferramentas rudimentares marcou o início dessa jornada produtiva. Cada avanço, por mais simples que fosse, visava aumentar a produtividade e melhorar a qualidade de vida.

Ao longo do tempo, a humanidade passou por uma série de revoluções que transformaram profundamente a forma como vivemos e trabalhamos. A Revolução Agrícola permitiu que as sociedades nômades se estabelecessem em um único lugar, cultivando alimentos e criando comunidades complexas. A domesticação de animais, o desenvolvimento de técnicas de irrigação e a invenção da roda foram marcos significativos que impulsionaram a produtividade.

No contexto da gestão de clínicas médicas, essas tecnologias oferecem ferramentas poderosas para melhorar a eficiência administrativa e o atendimento aos pacientes. Um único dispositivo pode armazenar mais informações do que bibliotecas inteiras.

No entanto, tais avanços também trouxeram novos desafios. A quantidade massiva de informações disponíveis a qualquer momento pode ser avassaladora.

No século 18, a Revolução Industrial trouxe outra mudança histórica. O motor a vapor e as máquinas industriais substituíram o trabalho manual, acelerando a produção em uma escala sem precedentes. Passamos a medir a produtividade pela capacidade de se produzir em massa, o que levou a novas formas de organização social e econômica.

Hoje, os avanços tecnológicos continuam redefinindo a produtividade. Smartphones, computadores e Internet transformaram radicalmente o modo como trabalhamos e nos comunicamos.

A conectividade global permite a troca e o acesso instantâneo a dados e ideias, facilitando diagnósticos mais rápidos e decisões mais informadas.

Nicholas Carr, no livro “A Geração Superficial: O que a Internet está Fazendo com os Nossos Cérebros”, argumenta que a superabundância está nos tornando mais distraídos e menos capazes de nos concentrar profundamente. Para médicos e gestores de clínicas, essa constante interrupção pode dificultar a concentração em tarefas complexas, como a análise de prontuários ou o planejamento estratégico.

Da mesma forma, Augusto Cury, em “Ansiedade: Como Enfrentar o Mal do Século”, descreve como o excesso de estímulos pode levar ao estresse e à ansiedade.

O fluxo incessante de informações cria uma sensação de urgência e caos, dificultando a diferenciação entre o que é realmente importante e o que é supérfluo.

Essa sobrecarga informacional afeta a saúde mental e compromete a qualidade de vida nos âmbitos pessoal e profissional.

Assim, a dicotomia entre produtividade e sobrecarga se torna evidente. Enquanto a tecnologia oferece ferramentas poderosas para aumentar a eficiência, o excesso de informações e estímulos pode levar a um estado de constante distração e estresse. Perante isso, encontrar o equilíbrio entre aproveitar os avanços tecnológicos e gerenciar esse caos é um dos grandes desafios para médicos e gestores de clínicas.

Posto isso, imersos em tanta tecnologia, que tal buscarmos na natureza uma solução?

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