Portfolio ana beatriz rodrigues ferreira

2017 a rq u i t e t u ra e urbanismo

portfรณlio

ana be a triz r odrig u es f e rreira

apresentação Ana Beatriz Rodrigues Ferreira 09/12/1994 Estudante de arquitetura e urbanismo da FAUUSP Previsão de conclusão em dezembro de 2018

contato ana.beatriz.ferreira@usp.br (12) 9 9167 7835 Rua Navarro de Andrade, n° 20, ap 11 Pinheiros, São Paulo - SP

Meu nome é Ana Beatriz Rodrigues Ferreira (ou Bia) e atualmente sou estudante de arquitetura e urbanismo na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAUUSP).

Dentre as áreas da arquitetura, interesso-me por projeto arquitetônico, comunicação visual, design gráfico, desenho de mobiliário e patrimônio histórico. A graduação não só proporcionou conhecimentos técnicos e teóricos, como também possibilitou o amadurecimento de um olhar curioso e de uma sensibilidade visual e espacial. Ofereceu experiências com projeto, desenho técnico e representação, além de ter instigado a vontade de aprender pela prática.

Nas próximas páginas, encontra-se uma coletânea de projetos dos quais participei, os quais acredito serem uma síntese do que já produzi. Obrigada pela leitura!

“(...) que os homens são anjos nascidos sem asas, é o que há de mais bonito, nascer sem asas e fazê-las crescer (...)”

José Saramago, em “Memorial do Convento”

currículo experiências 2017 Diagramação de cartazes para o workshop de Yoga Chakra Flow, com instrução de Lygia Lima, em São José dos Campos (SJC).

2015 - 2016 Corpo-editorial da Revista Contraste, revista estudantil independente feita por alunos da graduação da FAUUSP. Participação na quarta edição da publicação, que teve como tema o “Espaço público”.

Trabalhou em todo o processo de produção da revista - definição do tema, escolha de autores, definição do projeto gráfico, diagramação de artigos e organização das atividades realizadas no lançamento.

2013 - 2014 Participação no Coro de Carcarás, grupo de agitação cultural com base no maracatu que realiza intervenções, festas e atividades na cidade e em instituições de ensino.

formação

cursos livres

2013 - presente Graduação em arquitetura e urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP)

2016 Curso de Memória LGBT no Centro Novo de São Paulo, com SP Safari e convidados, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc

2010 - 2012 Ensino Médio completo no Colégio Poliedro, em São José dos Campos (SJC)

Cursos de Danças Brasileiras, com Rosane Almeida e Antônio Meira, no Instituto Brincante

softwares

idiomas

Microsoft Office Autocad Adobe Indesign Adobe Photoshop Adobe Illustrator Sketchup

Português nativo

Inglês

avançado - Ichban Idiomas (SJC)

Francês

intermediário - SCE Fflch USP

revista contraste contraste 4 espaço público

A Revista Contraste é uma publicação estudantil independente surgida na FAUUSP com a proposta de incrementar a discussão coletiva na universidade. Incentivada pela herança de revistas estudantis da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, ela pretende ser um meio de expressão e experimentação por parte dos alunos.

Participei da 4ª edição da Contraste, que teve como tema “Espaço Público”. A escolha do tema foi inspirada pela percepção de que crescia um debate sobre paradigmas urbanos, num momento em que transformações na cidade eram testemunhadas por nós. Viamos o crescimento de um desejo por cidades que cumprissem sua função de sociabilidade, negando o urbanismo regido apenas pela lógica do capital e do individualismo. Crescia a luta pelo valor do que é público, comum, coletivo e os espaços públicos voltavam a ser reivindicados. Resolvemos abraçar essa temática, buscando compreender seus conceitos e expor possibilidades.

Atuei em todo o processo de produção da revista - definição do tema, escolha de autores, definição do projeto gráfico, diagramação de artigos e organização das atividades realizadas no lançamento. Aprendi não só sobre o tema explorado, mas também sobre o processo de produção de uma mídia impressa, com a possibililidade de um mergulho no design editorial e no design gráfico.

Link: https://issuu.com/revcontraste/docs/c4 Corpo editorial: Ana Beatriz Rodrigues Ferreira, Ana Clara Fior, Felipe Lealdini Righi, Luísa Bissoni, Maria Carolina Nassif, Maria Luísa Cardoso, Marília Müller, Renan Prado Ferreira, Sofia Ferreira Toi e Victória Sanches Ferreira da Silva.

Fauusp | 2015 a 2016

Capa da 4ª edição da revista Contraste.

Imagens de artigos da revista.

Imagem para divulgação digital do primeiro evento de lançamento da Contraste 4, em foto de capa do Facebook.

L A N Ç A M E N T O

CONTRASTE 4 E S P A Ç O P Ú B L I C O

09

& POLÍTICA conversa com Fernando Haddad na FAUUSP

11 S E X

& GESTÃO - COLETIVO E PRIVADO roda de conversa com Benjamin Seroussi, Laura Sobral e mediação por Paula Santoro na FAUUSP

13

& APROPRIAÇÃO saída fotográfica no Vale do Anhangabaú com Diego Silveira

20

+ exposição de fotos na Paulista Aberta

Q U A

DOM

Cartaz de divulgação dos eventos de lançamento da Contraste 4.

FOTO: DIEGO SILVEIRA

DOM

Primeiro dia do evento de lançamento da Contraste 4: conversa com o Fernando Haddad na Fauusp. Foto por Luísa Bissoni.

cartazes workshop chakra flow Cartazes realizados para o Workshop de Yoga Chakra Flow, com instrução de Lygia Lima e organização de Ana Teresa de Lima Rodrigues, em São José dos Campos. Deveriam conter informações básicas sobre o evento, como data, horário e local, além de um breve texto convidativo apresentando o evento.

Foram feitos diferentes cartazes: um modelo mais completo para divulgação digital e outro modelo simplificado, para melhor vizualização no formato de foto de capa na rede social Facebook.

Buscou-se uma linguagem limpa, clara e dinâmica, com um contraste divertido e energético entre a cor de fundo e as cores dos textos. A imagem da instrutora destaca-se no centro do cartaz e relaciona-se com os textos principais, criando um certo “flow”.

Como forma de atualizar a divulgação e auxiliar a aproximação do público com o tema do Workshop, também foram feitas diferentes versões do cartaz completo. Foram sete versões que seguiam a linguagem do primeiro, mas variavam a cor de fundo, as cores dos textos e o texto informativo, numa associação a cada Chakra. Esses cartazes foram compartilhados individualmente no evento do Facebook, fazendo uma contagem regressiva para o workshop.

Execução por Ana Beatriz Rodrigues Ferreira Encomendado por Lygia Lima e Ana Teresa de Lima Rodrigues São José dos Campos | Janeiro de 2017

Imagem para divulgação em foto de capa no Facebook.

Imagem do cartaz para divulgação digital.

Cartazes temรกticos para cada Chakra

estúdio pestana edifício habitacional

Para a disciplina “Arquitetura: Projeto 2”, foi desenvolvido durante o semestre o projeto de um edifício típico urbano de habitação, com lojas/serviços no térreo, localizado na rua Nestor Pestana, centro de São Paulo.

A meu ver, projetar um edifício residencial nessa área traz o desafio de pensar novas formas de habitar o centro da cidade e de contribuir para a melhoria da qualidade espacial do local.

Tendo isso em mente, o projeto tinha como objetivo ressaltar a esquina com a Praça Roosevelt, mas sem que a vista dos vizinhos fosse completamente bloqueada. Assim, o edifício foi implantado no limite do lote, voltandose para a rua Nestor Pestana. Um jardim público se abre no interior da quadra, trazendo vegetação para a região que carece de áreas verdes. Esse jardim oferece um espaço de fruição sob a sombra de árvores e permite uma nova paisagem para os moradores da quadra. Um café envidraçado na esquina do lote aumenta a relação entre a rua e o jardim e auxilia no movimento local.

O edifício é organizado em módulos de 5,80 x 7,00 m e possui dois tipos de unidades residenciais, como resposta a plural forma de morar do centro de São Paulo. Um módulo abriga a unidade de 1 dormitório, enquanto dois módulos juntos formam a de 2 dormitórios. A circulação horizontal dos pavimentos é feita por uma passarela, sustentada em balanço sobre o jardim.

A estrutura do edifício segue a modulação e é sustentada por vigas e pilares metálicos com seção de altura estrutral de 30 cm, enquanto as lajes são de steel deck.

Projeto de Ana Beatriz Rodrigues Ferreira Arquitetura: Projeto 2 | Orientação dos professores Milton Braga e Bruno Padovano Fauusp | 2° semestre de 2016

Corte transversal do edifĂ­cio

1

2

3

4

Rua Martinho Prado

Rua Nestor Pestana

Planta de situação

legenda: Terreno do edifício

1

EMEI Caetano de Campos

2

Praça Roosevelt

3

AUP 0162 - Equipamento cultural

4

Teatro Cultura Artística

Corte longitudinal do edifĂ­cio

Planta do térreo do edifício

Planta do pavimento tipo

Vista da rua Martinho Prado

metonímica Para a disciplina optativa “Poéticas da Deriva Urbana”, foi realizado um trabalho de experimentação gráfica com base em percepções da cidade, de modo a criar um mapa de conceitos, uma cartografia sensível.

Meu percurso ocorreu na Vila Madalena e fui instigada a tratar da minha memória desse local e de como enxergo sua dinâmica e sua identidade. No processo de trabalho, como num brainstorming elenquei atividades, conceitos, atividades e espaços que me lembrassem a região, o que me levou a ideia de produzir pequenos ícones gráficos para essas imagens.

Para isso, experimentei principalmente três técnicas gráficas: o carimbo em placa de linóleo, a serigrafia de recorte e a serigrafia fotosensível. Através dessas técnicas, criei ícones que me contavam uma narrativa visual das cadeiras e bebidas Vila Madalena acima.

Após a experimentação com as técnicas, produzi um pequeno livro sanfonado no qual essa narrativa é ilustrada pelas pequenas imagens, cada uma centralizada em uma página. A meu ver, por essa composição torna-se visível uma percepção do meu percurso: a identificação metonímica de uma região da cidade através da vivência pessoal e da memória de certos lugares.

Projeto de Ana Beatriz Rodrigues Ferreira Poéticas da Deriva Urbana | Professora responsável: Clice de Toledo Sanjar Mazzilli Fauusp | 1° semestre de 2017

Experimentaçþes com os carimbos produzidos

Imagem do livro sanfonado aberto

flashmob construtivo arquitetura modular temporária

De modo repentino, uma estrutura seria erguida na chuva, oferecendo cobertura. Montada orquestradamente por pessoas que carregam consigo partes desse edifício, o espaço irreverente surgiria do nada, como uma tenda de circo. O construir se evidenciaria, o fazer humano seria protagonista e a própria montagem faria parte do espetáculo.

Pronta, a estrutura ofereceria abrigo da chuva aos transeuntes. E dentro dela se daria um pequeno espetáculo, organizado e apresentado pelo mesmo coletivo artístico que carregou e montou o espaço. Ao fim da chuva, a estrutura seria desmontada e a trupe seguiria.

Pensamos que o evento poderia ocorrer em áreas da periferia. Um abrigo, um espetáculo uma possibilidade, uma esperança. Despertar, pelo lúdico, a atenção ao que acontece em torno de nós.

A estrutura seria constituída por módulos, os quais poderiam se juntar para se conformar ao número de pessoas disponíveis para realizar o espetáculo e ao espaço onde seria implantado. Os módulos possuíriam formato hexagonal, permitindo diversas configurações espaciais.

Constituído por partes articuláveis, o flashmob construtivo é rapidamente montado. A cobertura leve se dobra, os pilares telescópicos se recolhem, o piso modulado se desmonta e as vedações possíveis se enrolam para serem carregadas.

Grupo: Ana Beatriz Rodrigues, Andrea Barcelos, Daniel Jhun, Danilo Vinhote e Guilherme Miranda.

Arquitetura e Indústria | Professora orientadora: Lara Barbosa Fauusp | 1° semestre de 2017

Perspectiva explodida do mรณdulo. sem escala

Esquema de estudo: origami da cobertura.

Croquis de possĂ­veis usos sem escala

Planta do piso. sem escala

Vista superior: a cobertura. sem escala

4.34 0.65

2.90

4.20

Elevação do módulo. sem escala

Corte do módulo. sem escala

habitáculo Trabalho realizado na disciplina Design do Objeto. A proposta do exercício era a execução de um objeto partindo de uma superfície matriz de papelão ondulado. Deveria ter dimensões necessárias para permitir a entrada de uma pessoa adulta de porte médio e possuir alguma relação entre dentro e fora.

O grupo escolheu um espaço de transição para a implantação do habitáculo e buscou ressaltar esse aspecto no projeto: ao se fechar o objeto, o contraste entre claro e escuro tornava-se notável em seu interior.

A forma foi definida por um módulo, um triângulo equilátero como face. Esse triângulo se unia a outros, formando duas pirâmides, uma fechada e uma aberta, ligadas por uma parece de transição e uma base. A pirâmide fechada podia ser rotacionada em torno de uma aresta, alterando o formato do objeto. A rotação permitia o fechamento do habitáculo e possibilitava a criação de um espaço interno, no qual se observava o efeito desejado: a diferença entre a luz e o breu.

Grupo: Ana Beatriz Rodrigues, Bruno Laginhas, Laisa Brianti, Maurício Shimao e Renato Arantes.

Exercício 2 | Design do Objeto Fauusp | 2° semestre de 2014

Vista posterior do habitรกculo fechado.

Vista posterior do habitรกculo aberto.

Vista lateral do habitรกculo fechado.

Vista frontal do habitรกculo aberto.

paisagem joseense zonal sanatorial de são josé dos campos

Na disciplina optativa “História da Paisagem Brasileira” foram discutidas temáticas e fatores históricos para compreensão da configuração e da transformação de nossas paisagens. Para a avaliação cada aluno deveria escolher um documento histórico para análise; escolhi a Planta de 1938 da cidade de São José dos Campos, minha cidade natal, numa investigação da influência da Fase Sanatorial na paisagem e no planejamento urbano da cidade.

Com sua transformação em Estância Climatérica do Estado de São Paulo e em Estância Hidromineral em 1935, a cidade ganhou maiores recursos financeiros e benefícios para seu desenvolvimento. Por se tratar de uma doença contagiosa, a adequação à cidade a um local de tratamento de tuberculosos exigiu uma política de zoneamento que definisse a localização ideal para esse uso. Em 1938, o Ato n° 14 delimita as áreas rural e urbana e subdivide esta em quatro zonas: residencial, comercial, industrial e sanatorial. Tal ato deu origem a planta estudada.

Pela observação da imagem, encontraram-se registrados - além da subdivisão em quatro Zonas - aspectos que ajudam a entender a escolha da cidade como Estância Climatérica e elementos que indicam sobre o cotidiano e sobre a paisagem da cidade.

Monografia de Ana Beatriz Rodrigues Ferreira História da Paisagem Brasileira | Professores responsáveis: Beatriz Bueno e Euler Sandeville Fauusp | 2° semestre de 2014

Imagem do Sanatório Vicentina Aranha, década de 1940. Fonte: Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de São Paulo.

Zonas da cidade segundo o Ato n° 14, de 1938. legenda: zona sanatorial zona residencial zona comercial zona industrial

Estradas principais da cidade, 1938. legenda: Estrada de Ferro Central do Brasil

Estrada de Rodagem São Paulo - Rio de Janeiro

antigo leito da Estrada de Ferro

estrada para Paraibuna

estação ferroviária

indicação de caminho para Campmo do Jordão

Esquema que mostra diferença de tamanho entre os lotes residencial e sanatorial. legenda: lote na zona sanatorial lote na zona residencial

Hidrografia na cidade.

legenda:

1 Rio Paraíba do Sul 2 Ribeirão Vidóca 3 Córrego Lavapés 4 Rio Jaguari Nascente do Córrego Lavapés Estação de captação e elevação Áreas sujeitas à inundação

Localização do Banhado - depressão geográfica, referencial territorial na paisagem joseense legenda: Banhado

Pela análise realizada da Planta de 1938, percebe-se que a Zona Sanatorial ocupa uma área da cidade até então não urbanizada, maior do que a ocupada pelas zonas Residencial e Comercial juntas. Além disso, a Zona Sanatorial era menos densa, com lotes nitidamente maiores do que os residenciais, para isolamento das construções e presença de jardins. Assim, é visível a representação da ideologia sanitarista vigente na época, para a qual era necessário separar a vida urbana e os usos sanatoriais, de modo a erradicar a tuberculose.

No mapa, também estão representados elementos que influenciaram a escolha de São José dos Campos como um Estância Climatérica. Entre eles está a hidrografia da cidade, possibilidade de acesso a águas limpas para os sanatórios. Além disso, têm-se também as principais estradas da cidade, conexões com os grandes centros urbanos: a Estrada de Ferro Central do Brasil e Estrada de Rodagem São Paulo - Rio de Janeiro.

A planta ressalta outro momento de mudança no planejamento da cidade: é a primeira vez que aparece delimitada a Zona Industrial. A demarcação dessa área retrata uma política de atração de atividades fabris, através de concessões fiscais, começada ainda na década de 1920.

A extensa área pretendia atender novas necessidades socioeconômicas e um crescente contigente operário.

Percebe-se que, com a implementação da Zona Sanatorial e da Zona Industrial, o planejamento urbano joseense teve que ser transformado. Ao mesmo tempo higienizando a cidade, impedindo o alastramento da tuberculose e construindo uma imagem de modernidade, foram adotados preceitos da política sanitarista então vigente e abertos espaços para uma crescente atividade econômica.

Desse modo, vê-se na planta a incorporação dos novos elementos, como os sanatórios e as indústrias, os quais passam a fazer parte da paisagem assim como já faziam os corpos d’água, as campinas locais e o Banhado. Conclui-se que a planta retrata um período da cidade, representando as transformações na paisegem decorrentes de novas demandas e ideologias, mas também localiza os pontos referenciais estruturantes e já aponta para um próximo momento.