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INTRODUÇÃO
Pensar sobre o espaço escolar, em especial aquele voltado para o ensino da arquitetura, acaba por se tornar, essencialmente, uma discussão da própria profissão. Isto porque é possível afirmar que “a história da arquitetura começa com as edificações” (MOFFETT; FAZIO; WODEHOUSE, [s.d.]) Sendo assim, a necessidade do homem de organizar o espaço para se proteger e sobreviver pode ser considerada um dos motivos para o surgimento da Arquitetura e do arquiteto. No entanto, o espaço construído não se preza apenas ao abrigo, mas também pelo desenvolvimento de funções sociais, como locais de culto à religião, entretenimento, estudos, serviços, entre outras atividades que foram sendo incorporadas à rotina da sociedade, em virtude do desenvolvimento da profissão e da diversi ficação das necessidades humanas. Infelizmente não há muitas comprovações de quando começou a ser exercida a “profissão” do arquiteto, mas pode-se afirmar que, com base na necessidade humana de se assentar em determinado local para sobreviver, caçar e se desenvolver, esse ofício acompanha o surgimento das cidades mais antigas do mundo. Em primeiro lugar, o arquiteto pertencia plenamente ao mundo dos empreendedores, mestres pedreiros e carpinteiros, que trabalhavam nos canteiros de obras. A palavra grega architechtôn designa, aliás, na origem, o mestre-carpinteiro. A profissão transmitia-se em geral pela tradição familiar, frequentemente de pai para filho, que formavam verdadeiras dinastias de técnicos, como as dos arquitetos do grande túmulo de Petra do sécu- lo I d.C. Os pais, segundo Vitruvio, instruíam as suas crianças e seus próximos. A formação fazia-se assim pela iniciação junto a um mestre arquiteto e a aprendizagem, em um canteiro de obras, como todos os ofícios da profissão (BELHOSTE; CORREIA, 2011).
Tendo em vista que a profissão do arquiteto era passada de geração em geração na Antiguidade, é possível afirmar que o conhecimento era adquirido na prática e através da relação entre mestre e discípulo (PAIVA; OLIVEIRA, 2018). Nessa época a figura do arquiteto não era tão valorizada, pois este não recebia o reconhecimento por seus trabalhos. Sendo assim, somente na Idade Média que o arquiteto passou a ser uma figura interdisciplinas ao trabalhar com outros profissionais.
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Com o passar dos anos, a arquitetura muda e com ela o seu ensino. Entre os acontecimentos que tornaram o ensino o que é hoje, pode-se citar a tecnologia, o transporte, os novos sistemas construtivos, a necessidade de pensar na sustentabilidade e a industrialização. Dessa maneira, o local de aprendizado do arquiteto na Antiguidade não deixa de ser o canteiro de obras, mas atrelado a isso, há a necessidade de reflexão... Atualmente há entre 400 e 500 cursos de Arquitetura e Urbanismo em mais de 200 cidades no Brasil, segundo o site do e-MEC, o que mostra como o ensino dessa área foi difundido e como a profissão é indispensável para o desenvolvimento das cidades. Logo, tendo em vista que na cidade de Jundiaí há cerca de três faculdades e/ou universidades que oferecem cursos presenciais de Arquitetura e Urbanismo e que a carreira está entre as mais concorridas em vestibulares, faz-se viável a implementação de uma faculdade específica de Arquitetura e Urbanismo na cidade de Jundiaí.