E-Learning na Formação Profissional: Situação Nacional
Universidade do Minho
Escola de Engenharia
E-Learning na Formação Profissional: Situação Nacional
Dissertação de Mestrado em Sistemas de Informação
Trabalho realizado sob a orientação do Professor Carlos Miguel Vaz de Carvalho e co-orientação do Professor Pedro Cravo Pimenta.
Junho de 2006
Ana Maria da Silva Vieira
AGRADECIMENTOS
A todos aqueles que contribuíram de alguma forma para que a realização da presente dissertação fosse possível, expresso a minha maior gratidão, agradecendo particularmente às seguintes pessoas:
Ao Professor Doutor Carlos Miguel Vaz de Carvalho, orientador da dissertação, pela dedicação e disponibilidade pelas frequentes revisões e sugestões dos vários capítulos.
Ao Professor Doutor Pedro Cravo Pimenta, co-orientador da dissertação, pela oportunidade de desenvolver este projecto.
Ao meu colega, Horácio Pinto, pela ajuda na elaboração e gestão do curso na plataforma do WebCT.
Aos meus pais, pelo apoio e presença nos momentos mais difíceis.
E ao meu namorado, pela sua compreensão, paciência e incentivo na realização desta dissertação.
RESUMO
Um bom profissional necessita de estar actualizado para continuar a desempenhar as suas tarefas e até melhorar o seu desempenho face à competitividade do mercado de trabalho. O seu empenho no planeamento da sua carreira e no seu desenvolvimento pessoal são vitais. A aplicação das tecnologias da informação e da comunicação à área da formação, levou à criação duma nova modalidade de formação a distância: o e-learning. Este tipo de cursos permitem que uma pessoa possa continuar a aprender mais em menos tempo.
Existem modalidades de e-learning totalmente orientadas para a auto-formação. Estas permitem ao formando seguir um percurso de aprendizagem mais flexível, evoluir ao seu próprio ritmo, com total liberdade de horários, utilizando recursos criados para o efeito, com ou sem o apoio dum tutor. Mas a utilização integral das potencialidades oferecidas pela Internet permite optar por modos de aprendizagem que conciliam as vantagens da autoformação com as da formação presencial, ao possibilitar a organização duma classe virtual e a interacção entre os elementos que nela participam.
Esta dissertação tem como objectivo propor um modelo pedagógico de um curso de e-learning na área da formação profissional. Para podermos atingir este objectivo, fizemos em primeiro lugar o levantamento das empresas que forneciam este tipo de cursos e de plataformas. Depois de termos feito esta análise, construímos e implementamos um curso de e-learning na plataforma do WebCT, onde pudemos analisar o nosso modelo na sua envolvente e operacionalidade. No final, com o objectivo de recolhermos a percepção dos alunos, distribuímos um questionário e com os resultados obtidos realizamos uma análise estatística que resultou bastante positiva.
ABSTRACT
A good professional needs to be up-to-date and to improve his/her performance in order to perform his/her tasks and to deal with the competition of the work market. His/Her commitment in planning his/her career and in developing his/her personality are vital. The information and communication technologies applied to the training, led to the creation of a new distance training modality: e-learning. These types of courses allow that one person can continue to learn more in less time.
There are e-learning modalities totally guided to self-learning. Thus, the student can get a flexible learning, evolving to his/her own rhythm with total freedom of schedules using resources created for that purpose, with or without the support of a tutor. But the sole use of the potentialities offered by the Internet allows choosing for learning methods that conciliate the advantages of the self-training with the ones of the traditional training, by making the organization of a virtual classroom and the interaction between the elements that participate in it possible.
This dissertation intends to consider a pedagogic model of an e-learning course in the vocational training area. To achieve that purpose we studied companies that supplied this type of courses and platforms. Afterwards, we built a course of e-learning and put it in use into the WebCT platform, where we could analyse its design and operationality. With the purpose of adapting the students view, we handed out an inquiry and with the results obtained we calculated a statistic analysis that resulted sufficiently positive.
3.3.4
3.4.2
3.5
4.3.5
5.2.2
5.2.3
5.2.4
5.2.5
5.2.8
5.2.9
LISTA DE QUADROS
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura 9 – Como aceder às aulas (continuação)
Figura 12 – Aula (Lição)
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Idade dos formandos - 84
Gráfico 2 – Formação académica 85
Gráfico 3 – Cursos de Formação Profissional já frequentados 85
Gráfico 4 – Nível de conhecimentos informáticos 86
Gráfico 5 – Satisfação com a tecnologia usada 102
Gráfico 6 – Capacidade do PC do aluno suportar as tecnologias de apoio 102
Gráfico 7 – O aluno frequentaria outro curso que usasse as mesmas tecnologias 103
Gráfico 8 – Interacção aluno – professor 104
Gráfico 9 – Interacção aluno – aluno 104
Gráfico 10 - Apresentação dos objectivos 105
Gráfico 11 - Explicação da metodologia do curso 105
Gráfico 12 - Exposição dos conteúdos 106
Gráfico 13 - Aplicação prática dos exercícios 107
Gráfico 14 - Englobalização do módulo na avaliação 107
Gráfico 15 - Utilidade do fórum na aplicação de conhecimentos 108
Gráfico 16 - Capacidade de comunicação através do chat 108
Gráfico 17 - Apoio através de e-mail 109
Gráfico 18 – O aluno sente-se confortável ao participar em discussões de grupo 109
Gráfico 19 – O aluno faz perguntas quando se sente confuso - 110
Gráfico 20 - As perguntas que o aluno faz são respondidas 110
Gráfico 21 - O professor demonstra interesse pelo que o aluno diz 111
Gráfico 22 – O aluno sente que é reconhecido pelo professor 111
Gráfico 23 – O aluno sente que é reconhecido pelos colegas - 112
Gráfico 24 – O aluno sente que está a aprender os conteúdos - 112
Gráfico 25 – O aluno está satisfeito com o grau de interacção com o professor 113
Gráfico 26 – O aluno está satisfeito com o grau de interacção com os outros alunos 114
Gráfico 27 – O aluno teve mais oportunidade de interagir com o professor do que em situações presenciais 115
Gráfico 28 – O aluno teve mais oportunidade de interagir com os outros alunos do que em situações presenciais 115
Gráfico 29 – O aluno sentiu-se mais confortável ao participar em discussões do que em situações presenciais
116
Gráfico 30 – O aluno sentiu que a aprendizagem foi mais eficaz do que em situações presenciais 117
Gráfico 31 - Existiu uma maior variedade de ferramentas de aprendizagem do que em situações presenciais 117
1. INTRODUÇÃO
O acesso a novas tecnologias, para além da sua vertente mais atraente e convidativa, permite melhorar o desenvolvimento crítico de uma pessoa, facultando-lhe maior responsabilidade, autonomia e aumentando-lhe as suas capacidades para a inovação e a criatividade. (A. Santos, 1997)
Ao longo do tempo, tem vindo a acontecer uma mudança significativa nas mentalidades, com uma enorme apetência para a utilização das novas tecnologias. Esta mudança também se reflecte na utilização da tecnologia ao serviço da formação. (A. Santos e A. Mendes, 1999b) E, com a evolução da Internet, surgiram algumas alterações nos conceitos de difusão e de gestão de informação que suportavam muitos dos conceitos clássicos tradicionais (baseados na interacção professor/aluno). (Arnaldo Santos , 2000)
Desta forma, são necessárias metodologias novas, mentalidades abertas e práticas alternativas para aprender, ensinar e, mais importante ainda, para aprender a aprender. Passa a ser necessário conceber formação que inclua vários métodos, desde formação em sala, formação em ambiente de eLearning e bLearning1. (www.formare.pt)
Nos nossos dias, o e-learning apresenta-se cada vez mais como uma alternativa do que como um complemento aos tradicionais métodos de ensino presenciais. Com este tipo de formação, o aluno tem liberdade de gerir a sua aprendizagem , escolher os conteúdos e a celeridade de estudo. (Arnaldo Santos, 2000)
Neste capítulo iremos apresentar a contextualização e o enquadramento desta dissertação, os objectivos que se pretendem atingir, uma abordagem à metodologia utilizada e o modo como está estruturada esta dissertação.
1 bLearning: estratégia de formação que combina situações de eLearning com momentos de formação presencial.
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E ENQUADRAMENTO
A evolução rápida do mercado e a sua competitividade pressionam as organizações a procurarem sistemas de formação permanente, dinâmicos e eficazes. Por outro lado, é um facto que cada vez mais pessoas têm à sua disposição computador com ligação à Internet. Estão, portanto, criadas as condições para o sucesso do e-learning, caracterizado pela sua acessibilidade; flexibilidade; interactividade; e possibilidade de oferecer formação à medida.
Este tipo de formação tem vindo a revelar-se como uma metodologia fundamental para as empresas e instituições que necessitam garantir, com eficácia e custos reduzidos, a actualização de conhecimentos dos seus activos humanos, respondendo, assim, a uma das exigências dos tempos modernos. O mercado tem evidenciado, por isso, enorme apetência para as soluções de e-learning, com recurso a tecnologias Internet ou Intranet. A base deste tem sido a necessidade de aprendizagem ao longo da vida e de formação permanente, permitindo esta metodologia separar fisicamente, por via do desenvolvimento das telecomunicações e Informática, Aluno / Professor / Entidade formadora, podendo, assim, responder às características da população a formar. (www.ptinovacao.pt)
Contudo, numa cultura ainda muito marcada pela formação presencial, pelo contacto “olhos nos olhos”, a adesão ao e-learning não é óbvia para todos os destinatários. O êxito da aprendizagem por esta via está muito dependente da interacção em tempo real (sessões de chat e de áudio-conferência com data e hora previamente estabelecidos), que contribui para motivar os formandos a participar na formação. Além disso, nem todas as modalidades de elearning são adequadas a qualquer perfil de destinatário ou tipo de conteúdo, pelo que nem sempre se torna possível propor acções de formação com horário totalmente flexível.
Várias empresas e instituições têm apostado no e-learning com uma consequente oferta de cursos. Importa agora saber quais as suas funcionalidades e fazer uma análise comparativa das diversas plataformas apresentadas no mercado.
1.2 OBJECTIVOS
Esta dissertação tem como objectivo propor um modelo pedagógico de um curso de e-learning para uma formação. Em primeiro lugar, será feito um levantamento e uma análise das diversas plataformas e metodologias pedagógicas utilizadas pelas empresas de e-learning em Portugal. Seguidamente, será construído e implementado um curso de formação profissional na plataforma do WebCT. Com os resultados obtidos, através de um questionário distribuído aos alunos e da recolha de informação fornecida pela plataforma, será realizada uma análise estatística, com o intuito de avaliarmos a sua envolvente e operacionalidade e propormos este modelo pedagógico para cursos de e-learning.
Para concretizar este objectivo, apresentamos de seguida as tarefas que foram necessárias realizar para a prossecução desta dissertação:
1. Definição de e-learning e das suas vantagens e desvantagens
2. Apresentação de algumas plataformas de e-learning
3. Descrição de diversas empresas de e-learning
4. Construção de um modelo pedagógico para um curso de e-learning
5. Avaliação dos resultados obtidos
1.3 ABORDAGEM DE INVESTIGAÇÃO
Neste ponto procuramos apresentar e justificar a metodologia de investigação adoptada e que serviu de suporte à condução e realização da dissertação.
O estudo teve em consideração referências bibliográficas, pesquisa na Internet e troca de emails com as empresas e instituições de e-learning. Para esta investigação foi criado um modelo pedagógico para um curso de e-learning, numa plataforma disponibilizada pelo Laboratório de Ensino à Distância do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP). Após a sua implementação, foi elaborado e distribuído aos alunos um questionário para eles avaliarem a sua experiência.
Para a investigação foram analisados estatisticamente estes resultados e apresentadas as suas conclusões.
1.4 ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO
Esta dissertação encontra-se estruturada em cinco capítulos:
No primeiro capítulo é realizado o enquadramento do trabalho, são definidos os seus objectivos, é delineada a sua estrutura, bem como apresentada a metodologia seguida na sua elaboração.
No segundo capítulo define-se o termo e-learning, as suas vantagens e desvantagens e os seus componentes, como forma de justificar o porquê das instituições empresariais e de ensino recorrerem cada vez mais a esta modalidade de formação. Apresentam-se ainda neste capítulo três plataformas de e-learning.
No terceiro capítulo apresentam-se algumas empresas portuguesas que oferecem cursos de elearning. Abordam-se ainda alguns organismos que visam contribuir para a melhoria e eficácia das intervenções formativas.
No quarto capítulo propõe-se uma metodologia para a construção de um curso de e-learning através da plataforma do WebCT.
No quinto capítulo apresentam-se os resultados obtidos, com base num questionário distribuído aos sujeitos participantes.
Finalizamos, na conclusão geral, com uma reflexão sobre as principais ideias recolhidas na investigação realizada, com o objectivo de propor este estudo como um modelo pedagógico de e-learning.
2. E-LEARNING
2.1 INTRODUÇÃO
O sucesso e consequente crescimento da Internet na sociedade deve-se à sua liberdade de acesso, generosidade do sistema e partilha de ideias. Todas em conjunto tornam a Internet um meio de comunicação muito importante, constituindo um poderosíssimo meio de acesso, de troca e de publicitação de informação. (T. Bettencourt, 1997) E, com a eclosão das tecnologias, suportadas por poderosas indústrias culturais, e as potencialidades de interacção através de redes de dados, prefiguram um cenário explosivo de oportunidades de autoeducação e de ensino a distância, não só na idade escolar, mas ao longo de toda a vida (Figueiredo, 1998).
Actualmente, existem cursos e conteúdos acessíveis via World Wide Web (WWW), com possibilidade de aulas colaborativas e interacções síncronas ou assíncronas, utilizando vários tipos de metodologias e de tecnologias que promovem e permitem o ensino e a aprendizagem através da utilização da Internet como dispositivo de mediação entre os vários intervenientes: o e-learning.
Mas nem todas as pessoas são adequadas à frequência de cursos de e-learning: a autodisciplina, que é necessária para obter resultados satisfatórios neste regime, não é típica de camadas mais jovens de estudantes, nas quais se encontram fortemente radicados os hábitos do horário escolar, do local preciso da aula, da presença física do professor, que proporcionam todo um ambiente de dedicação contínua e disciplinada às tarefas lectivas. À exigência de um mínimo de maturidade capaz de assegurar uma eficiente repartição do tempo disponível e a uma autodisciplina necessária para a fazer respeitar, junta-se o pressuposto de motivação. (Arnaldo Santos, 2000)
Este capítulo pretende, em primeiro lugar, apresentar algumas definições que certos autores tentam dar ao termo e-learning. E, de seguida, descrever as vantagens e desvantagens desta modalidade e os seus componentes estratégicos.
2.2 DEFINIÇÃO
De acordo com Desmond Keegan (1996), o ensino à distância caracteriza-se por uma quase permanente separação entre o professor e o aluno durante o processo de aprendizagem, pela influência de uma organização educacional com as respectivas preocupações de planeamento, preparação e divulgação das matérias e dos suportes pedagógicos, pela utilização das tecnologias de informação e de comunicação (TIC)2, de forma a estabelecer a ligação pedagógica entre o aluno e o professor e suportar os conteúdos do curso, pelo estabelecimento de uma comunicação e diálogo bidireccionais (online ou diferido), e pela quase permanente ausência do ambiente de grupo, ao longo do processo de aprendizagem, com a possibilidade de encontros ocasionais presenciais ou virtuais. Para se ultrapassar esta separação entre o professor e o aluno e se poder estabelecer um diálogo entre eles, Ferreira da Silva (1999) refere que o ensino à distância tem procurado responder através da utilização combinada e integrada de duas vertentes principais: a aplicação e utilização das tecnologias da informação e a exploração e adaptação do desenho dos próprios materiais de estudo (conteúdos).
De acordo com F. Litto (2000), identificam-se várias áreas de actuação do ensino à distância, que vão desde o ensino convencional (a todos os níveis), o ensino complementar, a formação profissional, a preparação e formação dos professores ou a formação de indivíduos e de grupos isolados com necessidades especiais (por exemplo, em prisões, em plataformas petrolíferas, pessoas com deficiências motoras ou outras).
Para Arnaldo Santos (2000) o ensino à distância é uma acção educativa onde a aprendizagem é realizada com uma separação física (geográfica e/ou temporal) entre alunos e professores.
Este distanciamento pressupõe que o processo comunicacional seja feito mediante a separação temporal, local ou ambas entre a pessoa que aprende (aluno) e pessoa que ensina (professor).
Pela análise das definições dadas por estes autores, o e-learning pode ser definido, essencialmente, como uma forma de ensino à distância baseada nas tecnologias de informação e comunicação, podendo oferecer a diferentes públicos ensino e formação em diversas áreas.
2 Tecnologias de Informação e de Comunicação são os e-mails, os fóruns de discussão e a difusão de vídeo.
Ou seja, o e-learning é um sistema de formação que, através da Internet, permite ao utilizador aprender em casa ou no trabalho e ao seu próprio ritmo, matérias do seu interesse.
2.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS
São muitas as vantagens e desvantagens apontadas por todos aqueles que utilizam o elearning. É muitas vezes referido como vantagem, que o e-learning permite grande flexibilidade, racionaliza recursos (financeiros e humanos) e alarga a cobertura geográfica. Contudo, o e-learning só pode ser visto como vantajoso se, juntando os argumentos mencionados, obtiver iguais ou melhores resultados pedagógicos comparados com a formação tradicional.
De acordo com Arnaldo Santos (2000), identificam-se de seguida as principais vantagens do e-learning:
1. Permite maior disponibilidade e ritmos de estudo diferenciados.
2. Elimina barreiras de espaço e tempo, abrindo caminhos de formação a pessoas que tenham dificuldades de deslocações ou de agenda para estudarem.
3. Estimula a auto-aprendizagem, permitindo um desenvolvimento pessoal contínuo dos indivíduos, conferindo-lhes maior autonomia.
4. Fomenta a aquisição contínua de novos conhecimentos, de forma a fazer face a novas competências pessoais e profissionais.
5. Dá origem a métodos e formatos de trabalho mais abertos, que envolvem a partilha de experiências.
6. Elimina o problema da dispersão geográfica dos formandos.
7. Optimiza recursos com redução significativa de custos de formação, especialmente em tempo, viagens e estadias.
8. Garante e promove a experimentação e a familiarização com a tecnologia e com os novos serviços telemáticos.
9. Permite repetições sucessivas e necessárias para estudar as matérias.
10. Torna o conteúdo dos cursos mais adequados e atraentes, especialmente os que se apresentam em formato multimédia.
11. Permite conciliar a aprendizagem com a actividade profissional e a vida familiar (incompatibilidade de horário ou outras exigências familiares ou profissionais).
12. Possibilita ao formando a escolha do método de aprendizagem que melhor se adapta ao seu estilo e possibilidades.
13. Igualiza oportunidades de formação adequadas às necessidades de uma determinada população (isolada ou com necessidades especiais).
Segundo Arnado Santos (2000), descrevem-se de seguida as principais desvantagens do elearning:
1. Não proporciona uma relação humana formandos/professor típica de uma sala de aula.
2. Não gere reacções imprevistas e imediatistas.
3. Exige elevados investimentos iniciais, isto é, muitos recursos para a criação dos conteúdos dos cursos, especialmente para produtos/suportes em formato multimédia.
4. Deve ser utilizada para cursos de índole mais generalista e com menor componente prática, isto porque o investimento em simulações é elevado e de morosa amortização.
5. Exige equipas multidisciplinares, conceituadas e muitas vezes caras, quer ao nível pedagógico, quer ao nível tecnológico.
6. Dificulta a auto-motivação.
7. Exige alguns conhecimentos tecnológicos (informática e multimédia).
8. Não elimina as habituais perturbações nos locais de trabalho, por motivos de serviço.
9. Enfrenta alguns obstáculos relacionados com a reduzida confiança neste tipo de estratégias educativas por parte dos mais conservadores e resistentes à inovação e mudança.
10. Pode ser visto como um potencial inimigo das tradicionais deslocações ao centro de formação (especialmente para adultos).
11. Sofre uma síndroma da falta de conhecimentos sobre o potencial do e-learning, comparado muitas vezes ao ensino por correspondência “comercial” e com objectivos educativos pouco credíveis.
12. A maturidade, a autodisciplina, o isolamento e a motivação, especialmente críticos quando se trata de camadas estudantis mais jovens.
Como acabamos de referir, uma desvantagem do e-learning é não ser necessariamente mais barato que a formação presencial para as entidades que oferecem essa modalidade de formação. O lançamento dum programa de e-learning requer investimentos substanciais em:
Infra-estruturas técnicas;
Formação dos novos tutores;
Concepção de materiais didácticos interactivos, implicando conhecimentos especializados na área do design, do multimédia e do próprio desenvolvimento pedagógico dos cursos.
Além disso, se as acções de formação em auto-estudo já envolvem um maior investimento na concepção e produção dos conteúdos, o e-learning com formação síncrona requer ainda maiores investimentos, nomeadamente em tecnologia e monitoria das acções. Por vezes, esta modalidade não é a solução mais rentável nem a mais adequada ao perfil dos destinatários, às suas necessidades e aos conteúdos que se pretende veicular.
Contudo, para os organismos clientes é possível optimizar o seu investimento na formação, já que o e-learning permite reduzir não só os custos inerentes às deslocações dos colaboradores, como também os custos derivados da sua ausência do posto de trabalho.
2.4 COMPONENTES
De acordo com o tipo de enquadramento pedagógico e formativo, cada instituição tem o seu próprio modelo. Apesar de existirem vários modelos de e-learning, esses modelos têm linhas de orientação pedagógicas comuns, definidas para tentar alcançar os objectivos de cada programa e completadas através da utilização de vários componentes que lhe estão associados. (Arnaldo Santos, 2000)
Apesar desta diversidade, e de acordo com Hermano Carmo (1999), definem-se os cinco componentes estratégicos adequados a cada modelo de e-learning:
1. Materiais e Conteúdos
2. Professores e Formadores
3. Sistemas de Interacção
4. Tecnologias (Plataformas)
5. Sistemas de Avaliação
Este autor afirma ainda que um modelo de e-learning agrupa e combina, de acordo com o processo de concepção inicial, muitos dos componentes estratégicos apresentados, dependendo de factores inerentes a cada instituição e das potencialidades e exequibilidade de cada um deles para cada caso em concreto.
2.4.1 Materiais e Conteúdos
Em auto-aprendizagem, o controlo, a organização, a condução e a decisão sobre o método de estudo são efectuados pelo aluno. Cavet (1999) considera necessário providenciar ao aluno um guia de aprendizagem que lhe permita alcançar o conhecimento pretendido. Neste contexto, o conteúdo pedagógico para a auto-aprendizagem revela-se como um dos elementos mais importantes de todo este processo formativo e, por conseguinte, exige especiais cuidados no momento da sua concepção e criação, nomeadamente, muito tempo e diversas competências (Mendes, 1998).
José Reis Lagarto (1994) inumera os principais tipos de conteúdos e materiais para estudo que actuam nos processos de aprendizagem dos formandos:
1. Livros (guias de estudo em papel ou outro material impresso)
2. Áudio (rádio ou difusão da digitalização de áudio na Internet ou Intranet)
3. Vídeo (televisão, registo em banda magnética de imagens, animações e sons)
4. Informática (programas de Ensino Assistido por Computador, baseados em texto e imagens estáticas)
5. Multimédia Interactiva (programas gravados em CD-ROM, DVD ou colocados em formato HTML, que possibilitam uma interactividade entre o formando e o conteúdo)
Para cada um destes suportes pedagógicos utilizados, Cavet (1999) considera importante disponibilizar ao aluno o acesso a informação clara e esclarecedora, no início de cada curso e de cada capítulo.
A utilização de tecnologias multimédia a nível da formação é uma das vertentes mais inovadoras, não só pela sua importância na concepção dos meios pedagógicos e no dinamizar das próprias acções de formação, quer principalmente pela interactividade e estimulação pluri-sensorial que permite em relação aos alunos. Estes tipos de tecnologias fazem surgir um ambiente propício à apreensão e desenvolvimento do conhecimento e da formação assistida por computador. (Sousa, 1999)
Actualmente, exige-se que a estas características se associe a capacidade de interacção. Assim, se ao utilizador é permitido intervir no desenrolar das actividades que os diferentes media possibilitam, estamos perante um recurso multimédia interactivo; a aplicação adoptará a denominação de hipermédia se estiver apoiada numa estrutura de nós e ligações susceptíveis de facultar ao utilizador total liberdade na selecção dos caminhos a seguir e, consequentemente, capazes de controlar o seu ritmo de apreensão da informação (Pinheiro, 1998; Pinto, 1997).
O aluno, depois de se ter familiarizado com o conteúdo, iniciará o seu estudo de uma forma autónoma e o mais activa e livre possível. Nesta fase, ele deverá poder escolher entre: estudar primeiro a teoria e depois fazer os exercícios propostos; tentar fazer os exercícios e depois estudar a teoria ou, simplesmente, navegar entre a teoria e a prática. (Vachey, 1998)
Na maioria dos casos, a produção e criação dos conteúdos e a definição da envolvente para cada curso são processos dispendiosos, exigem talento, criatividade, muita dedicação e empenhamento. Arnaldo Santos (2000) afirma mesmo que a adaptação de um curso de formação tradicional (tipicamente em sala de aulas) para o formato de ensino a distância não é tarefa fácil. Pelo contrário, trata-se de um trabalho delicado, pois, para além do conteúdo pedagógico, é necessário que a equipa que o vai criar saiba que serão necessárias
preocupações inerentes a este processo de formação como, por exemplo: cativar, motivar e estimular remotamente o aluno, minimizar o chamado síndroma de isolamento e combater a ausência da relação humana professor/alunos, típica de uma sala de aulas.
2.4.2 Professores e Formadores
Para José Reis Lagarto (1994) o formador desempenha um papel determinante no ensino à distância. O professor tem vindo cada vez mais a abandonar a posição tradicional de transmissor de conhecimento para se transformar num organizador, orientador e facilitador, isto é, num gestor de informação útil e pedagógica a que os seus alunos têm acesso, por via das diferentes fontes, para estudarem à distância e ao seu ritmo de aprendizagem.
O objectivo do e-learning não é mudar a relação pedagógica nem substituir o professor pela máquina. No entanto, o papel do formador deve ser repensado e as suas funções reavaliadas, porque este desempenha um papel determinante, e, no e-learning será sempre considerado como um dos elementos chave nos processos formativos. (C. Freitas, 1997)
Antigamente, o professor era considerado como o centro vital de todo o processo formativo, a sua função baseava-se em transmitir os seus conhecimentos sobre matérias e conteúdos, utilizando diversos tipos de métodos e meios pedagógicos, tendo sempre como preocupação principal uma correcta aprendizagem por parte dos seus alunos, em sala de formação. Ao longo dos tempos, a evolução tecnológica tem vindo a transformar esta ideia tradicionalista e a centrar grande parte da aprendizagem no próprio aluno. (Ferreira da Silva, 1999)
O formador passará a desempenhar funções que, segundo Arnaldo Santos (2000) podem ser distribuídas em três áreas complementares:
1. Concepção: definição do modelo, do método, do ambiente, dos conteúdos e das actualizações dos cursos.
2. Tutoria: acompanhamento pedagógico, para resposta a dúvidas e para moderação de debates.
3. Avaliação: criação, realização e correcção dos testes de avaliação pedagógica.
Num processo deste género, o formador apresenta as suas respostas por escrito (com clareza e com o mínimo de falhas) que irão ser lidas remotamente por muitos alunos, o que aumenta a sua responsabilidade e também o tempo para preparar a resposta. Resumidamente, a função do formador, para além de garantir a actualização dos conteúdos, a colocação de várias questões sobre a matéria, o cumprimento dos objectivos do curso, as avaliações pedagógicas intermédias e finais, é estar preocupado com o acompanhamento pedagógico, com a moderação de debates e a manutenção da motivação dos participantes remotos.
2.4.3 Sistemas de Interacção
Ao utilizar a metodologia do e-learning, F. Litto (2000) identifica duas formas de comunicação ou interacção:
1. Unidireccional (impressos, rádio, televisão, cassetes audio e vídeo)
2. Bidireccional (correspondência em papel, telefone, audioconferência, videoconferência e interacção em computador)
Refere ainda que é essencial no processo de aprendizagem complementar a comunicação unilateral, estabelecendo-se uma comunicação bilateral entre os formandos, formadores e a instituição de e-learning.
Acerca da comunicação bilateral, José Reis Lagarto (1994) acrescenta que esta tem como objectivos principais manter um grau elevado de motivação no formando, facilitar a sua aprendizagem, informá-lo pedagogicamente ou tecnicamente e dotá-lo de capacidades
cognitivas adequadas à sua progressão no estudo das matérias. Para L. Porter (1997) esta comunicação bilateral é assegurada pelos sistemas de interacção, pois permitem ao formando o acesso à instituição de e-learning a qualquer altura, em qualquer lugar, para recolher materiais de estudo, aceder a actualizações ou trabalhos intermédios, enviar dúvidas para fóruns do curso, ler mensagens dos colegas e dos formadores, entrar em diálogos online com a turma virtual e efectuar uma videotelefonia com o formador ou outro aluno, ou pedir ajuda ao atendimento da formação.
P. Esteves (1999) apresenta no seu modelo de formação à distância a possibilidade de os alunos de e-learning poderem interagir com outro aluno ou com o professor, em diferido, online ou através da conjugação entre ambas. Existe, portanto, um compromisso entre a tecnologia de suporte e a metodologia adoptada para a difusão e interacção entre os intervenientes do processo de ensino a distância. (Ramos, 2000)
Esta interacção entre os elementos que participam numa determinada acção de e-learning pode ocorrer de duas formas:
Assíncrona: o formando não estabelece um contacto simultâneo (em tempo real) com o seu tutor ou com os restantes membros da classe virtual. Trabalha, sem horários pré-definidos, com conteúdos disponibilizados, de forma estruturada, numa plataforma de e-learning e comunica com os outros formandos através de e-mail ou num fórum;
Síncrona: o formando interage em tempo real com o tutor ou com os elementos da classe virtual através duma plataforma de e-learning que simula o ambiente presencial. Nalguns casos, existe um sistema de audioconferência que permite aos formandos e ao tutor falarem entre si. Este pode ainda partilhar aplicações, utilizar e partilhar o quadro branco, criar grupos de trabalho e acompanhar as suas actividades respectivas, circulando dum grupo para o outro.
Nas sessões assíncronas, podem ainda se marcar momentos de chat – síncrono – em horário a combinar entre formandos e tutor, mas quem à hora marcada, não estiver on-line, pode ainda participar quando quiser ou puder, pois o histórico do chat fica gravado e pode ser acrescentado a todo o momento por quem entrar de novo.
Em conclusão, uma acção de formação pode ser assíncrona, síncrona ou mista. Pode igualmente incluir sessões presenciais, cuja duração não ultrapasse uma pequena percentagem da duração total da acção.
2.4.4 Tecnologias (Plataformas)
Basicamente, uma plataforma de e-learning deve congregar os três postulados básicos de um método de ensino – dizer, fazer e discutir – através de uma combinação de tecnologias e métodos de distribuição que suportam cada um deles. O resultado é uma sala de aula virtual com um ambiente tendencialmente síncrono que simula uma sala de aula tradicional. (Guia de e-Business: e-learning, 2001)
É importante que o aluno sinta que não está entregue a si próprio, mas que há uma equipa que o acompanha, o apoia no seu trabalho e tem a capacidade para providenciar respostas a dúvidas específicas que possam surgir ao longo do período de aprendizagem. (Santos, 2000)
Existem, disponíveis no mercado, vários ambientes colaborativos criados especificamente para ensino à distância utilizando tecnologia e serviços web, também conhecidos por Learning Management System (LMS). Este software permite-nos o acesso controlado aos conteúdos formativos e disponibiliza ferramentas de interacção assíncrona e síncrona. Permite ainda a produção de relatórios de gestão (para a administração do sistema) e de progresso na aprendizagem (para o formando). Ainda é possível o formador disponibilizar os conteúdos formativos de acordo com um calendário pré-definido ou de acordo com o progresso do formando.
De seguida, são descritas algumas características do Learning Management System (LMS):
1. Tem um sistema de avaliação de pré-requisitos (pré-avaliação).
2. Tem um sistema de registo automático de participantes.
3. Tem um catálogo online de cursos.
4. Tem monitorização e controlo das actividades dos formandos.
5. Tem a gestão dos conteúdos formativos.
6. Tem um sistema de avaliação.
7. Suporta sistemas colaborativos de aprendizagem.
8. Integra um centro de recursos em gestão do conhecimento.
9. Está integrado com sistemas de gestão de recursos humanos.
10. É compatível com as especificações existentes.
11. É independente de browser, acesso imediato ao sistema.
12. Pode ser personalizado.
Hoje, assiste-se a um envolvimento das grandes empresas das tecnologias de informação nesta área. São exemplos disso a Oracle com o produto Oracle i-Learning e a IBM com o Lotus Learning Space. Existem também sistemas de nível mais baixo em termos de integração, alguns deles de origem portuguesa como o Formare da PT-Inovação e o EDU da Argus.
De seguida, são descritas três plataformas utilizadas no mercado português:
1. WebCT
2. Formare
3. Teleformar
2.4. 4.1 WEBCT
2.4.4.1.1 Descrição da Plataforma
A plataforma do WebCT foi desenvolvida pela University of British Columbia do Canadá, e possibilita a criação de ambientes educacionais na Internet. Ela permite a colocação do conteúdo de um curso na Internet pelo professor e, em seguida, o registo dos alunos que participarão daquele curso. O objectivo principal é possibilitar a interacção entre tais sujeitos através de ferramentas de trabalho em grupo e facilitar a comunicação professor-aluno.
1– Site do WebCT (www.webct.com)
Tanto o professor quanto o aluno precisam, para usar o WebCT, somente de um computador conectado à Internet com recursos de navegação na World Wide Web, isto é, programas como o Internet Explorer e o Netscape Navigator. É importante que seja uma versão recente destes programas, devido ao uso intenso de Java e JavaScript feito pelo WebCT. (www.webct.com)
2.4.4.1.2 Cenário de utilização
O WebCT funciona do seguinte modo: o professor prepara o curso, depois de pronto, ele inscreve os alunos e faz um UPLOAD para o Servidor WebCT, que ficará acessível somente pela Internet. Após o UPLOAD, o servidor coloca o curso do professor na Internet e os alunos inscritos podem aceder às páginas do curso. Estes alunos possuem uma senha e podem estudar, comunicar-se entre eles e com o professor e ainda ver as suas notas e comentários.
Para criar um curso no WebCT é necessário, em primeiro lugar, ser criado o conteúdo do curso e digitado em alguma forma electrónica (um documento do Word por exemplo). Em
Figura
seguida, deve-se converter os arquivos criados para o formato da Internet, o HTML. Pode também ser usado um programa específico para criação de homepages, como o Front Page ou o Netscape Composer. Depois, é preciso pedir para o administrador do servidor WebCT criar a conta do curso.
Feito isso, existem basicamente 3 opções para criar um curso:
1. Template: a partir de um outro curso vazio, mas já configurado quanto ao design. é possível realizar apenas pequenas alterações e enviar ao servidor WebCT os arquivos criados anteriormente.
2. Quick Start: é um assistente do WebCT para criar um curso rapidamente.
3. Manualmente: a mais complexa das opções. O curso pode inclusive ser criado inteiramente no servidor WebCT, desde o princípio, digitando-se directamente o conteúdo.
O aluno, ao entrar no sistema, tem uma página Internet com o título, algum texto e opções de links, normalmente com ícones, que são as diversas ferramentas disponíveis para facilitar o estudo, tais como agenda, fórum, chat, etc.
O ambiente visto pelo designer é diferente da do aluno. O ambiente de trabalho fica dividido em duas partes: uma tem a visão que o aluno terá do curso que está a ser criado. Nesta parte o designer pode mover-se pelas páginas do curso como se fosse um aluno. Na parte inferior da ambiente ficam os comandos para a criação do curso, que alteram o aspecto da visão do aluno. O designer pode se sentir confuso inicialmente pois às vezes os comandos de edição electrónica estão também na parte da visão do aluno.
Além da publicação do conteúdo do curso para estudo on-line, o WebCT é uma ferramenta que facilita a comunicação aluno-professor. Algumas das opções existentes são o Calendário: o professor pode transmitir avisos importantes como data de provas, trabalhos, etc. Basta escolher a opção Calendário na página principal e no calendário, clicar sobre a data especificada, escolher New Entry e preencher o formulário. E o Chat: o programa
disponibiliza 6 salas de chat, as quais se dividem da seguinte forma: as quatro primeiras gravam os diálogos nas sessões e podem, por exemplo, ser usadas para aulas online, em que o professor pode participar entrando no chat num determinado horário acertado previamente ou comunicado com o Calendário; as duas últimas são reservadas para uso geral, uma somente por alunos do curso corrente e outra para alunos de qualquer curso.
O fórum funciona como um quadro de avisos existente para cada página do curso. Assim, se um curso tem 10 páginas no conteúdo, isto quer dizer que ele tem 11 fóruns, um para cada página e um para a página principal. Este número, entretanto, não é definitivo, o designer do curso pode alterá-lo posteriormente. A qualquer momento, um aluno lendo uma página do curso, tendo alguma dúvida ou comentário, pode colocar a sua mensagem no fórum específico da página. Todos os alunos do curso e também o instrutor, ao accionar o ícone Fórum, irão ler todas as novas mensagens enviadas. Assim, se algum aluno ou o próprio instrutor quiserem, poderão responder a dúvida ou o comentário colocado ou ainda incluir uma nova questão. Outros alunos, mesmo sem participar da discussão, podem reforçar a sua aprendizagem apenas lendo as mensagens enviadas e respondidas no fórum, porque muitas dúvidas enviadas podem ser comuns a todos.
O WebCT possui um recurso próprio de backup que compacta todos os arquivos do curso e armazena no servidor WebCT. É recomendável utilizá-lo regularmente para manter um cópia actualizada dos arquivos. Uma vez que ele possui também a opção Download, é mais seguro ainda manter-se duas cópias backup: uma no servidor WebCT e outra no local. (www.webct.com)
2.4.4.2
FORMARE
2.4.4.2.1 Descrição da Plataforma
O Formare é um Sistema de Gestão da Aprendizagem (LMS) que suporta soluções de formação e educação em ambientes de eLearning e bLearning. O Formare permite a uma empresa a criação e gestão do seu próprio ambiente de eLearning e de bLearning, em regime
de hosting (alojamento) ou de colocação (instalado localmente). O Formare concede ainda a integração de conteúdos em conformidade com os standards, o acompanhamento pedagógico remoto, o controlo e registo de dados, a gestão e selecção da informação e serviços de comunicação síncrona e assíncrona.
O Formare abrange os cinco componentes principais de um sistema de e-learning: a interacção eficaz e intuitiva com o utilizador (alunos e professores), o acesso fácil à tecnologia (plataforma), a disponibilização de serviços intuitivos e inovadores para os eprofessores, a difusão de conteúdos pedagógicos em diversos formatos e a avaliação da formação, permitindo desta forma a auto-aprendizagem e a aprendizagem colaborativa.
Figura 2– Site do Formare (www.formare.pt)
3 – Componentes do sistema de e-learning do Formare
Esta plataforma não exige de um professor, gestor ou aluno conhecimentos de linguagens de programação para desenvolver o seu ambiente de ensino e aprendizagem. É certificada pela ADL (Advanced Distance Learning), segue as recomendações do standard SCORM 1.2., e é um sistema de fácil utilização, que permite:
Utilizar o português como língua oficial;
Actualizações à medida, tendo em conta que todo o software de base foi desenvolvido pela PT Inovação;
Uma gestão flexível de recursos para eLearning, para bLearning e para apoio a aulas presenciais;
Uma interacção eficaz e intuitiva com todos os intervenientes do sistema;
Disponibilizar serviços síncronos e assíncronos para ensino a distância;
O carregamento, a gestão e a difusão de conteúdos formativos e informativos em diversos formatos, normalizados e não normalizados;
Figura
A aprendizagem em ambiente de autoformação (auto-aprendizagem) e de turma virtual (aprendizagem colaborativa).
Um parceiro ou um cliente Formare passa a utilizar as novas TIC (Tecnologias de Informação e de Comunicação), em ambiente Internet / Intranet, com a sua identidade própria, o seu marketing e imagem, a sua oferta de formação, os seus próprios alunos e professores, o anúncio e registo dos seus próprios cursos e a gestão do seu próprio ambiente de e-learning.
(PT Inovação S.A., 2005)
2.4.4.2.2 Cenário de Utilização
O acesso à plataforma Formare, é garantido via Internet (para instituições que recorram à utilização dos serviços na plataforma instalada nos servidores da PT Inovação - regime de Alojamento) ou via Intranet/Internet (para instituições que recorram à instalação do Software nos seus próprios servidores – regime de Colocação).
O serviço de Alojamento (Hosting) consiste na utilização Formare por parte do cliente, num ambiente computacional (servidor) disponibilizado pela PT Inovação, especialmente concebido para que o cliente tenha acesso a gestão e fornecimento de e-learning própria, sem
Figura 4– Cenário de utilização da plataforma Formare
ter de investir em hardware e software específicos, concentrando-se apenas nos seus projectos de formação. O serviço Formare permite:
Acesso ao serviço em regime de alojamento (hosting), via Internet (assegurado o acesso ao ISP)
Upgrade de novas funcionalidades da plataforma
Segurança e confidencialidade da informação
Funcionalidades acessíveis através de um browser (optimizado para Microsoft Internet Explorer 6.0 ou superior)
Formação e Helpdesk técnico ao administrador da plataforma (designado pelo Cliente)
Suporte, gestão e manutenção periódicas, com garantia de Backup diário.
O serviço de Colocação consiste na utilização Formare num ambiente computacional (servidor) instalado em servidores próprios do cliente. Caso opte pelo regime de colocação, o cliente deverá:
Assegurar os meios técnicos necessários (hardware e software, suportados por tecnologia Microsoft para acesso ao Formare, via Internet ou Intranet, para todos os utilizadores do seu sistema;
Garantir os procedimentos de OMG dos servidores (hardware e sistema), implementar e garantir a política de segurança e backup da informação alojada nos servidores onde o software Formare é instalado;
Garantir o acesso à plataforma aos técnicos da PT Inovação, devidamente credenciados para o efeito, para efectuar as necessárias intervenções de manutenção
correctiva, suporte ao software Formare e verificação técnica das condições de operação da plataforma.
O Formare implementa um conjunto de mecanismos de segurança e confidencialidade, dos quais se destacam: ambiente multi-utilizador com autenticação; protecção do acesso à informação com mecanismo de permissões, partilha e encriptação de dados; confidencialidade da informação residente nas base de dados do sistema; acesso assegurado em ambientes de redes TCP/IP protegido por Firewall; repositório local num conjunto de Servidores com mecanismo de salvaguarda de informação (em regime de Alojamento); e integração com outros sistemas de informação através de APIs específicas, utilizando o conceito de linguagem XML e Web Services.
Nas páginas web associadas à área de eLearning e de bLearning do Cliente, os Serviços Formare garantem a disponibilização das seguintes funcionalidades:
Definição e gestão de perfis de acesso para administradores, formandos, coordenadores e professores ou tutores com diferentes privilégios
Garantia de confidencialidade e autenticação personalizada
Lista de cursos de formação, de utilizadores e de novidades
Criação e gestão de áreas temáticas, de catálogos de cursos e acções de formação
Gestão on-line de inscrições de formandos
Serviços de mensagens electrónicas em sala virtual
Acesso web com transferência de ficheiros (download e upload)
Fórum de debate e canal de comunicação interactiva síncrono ou assíncrono
Acesso a um serviço de gestão de alertas
Indicadores de utilização (cursos, acções de formação, inscrições, avaliação e actividades de acesso à plataforma), disponíveis on-line e em função do perfil do utilizador
Acesso a uma área de gestão personalizada para cada utilizador
Gestão on-line de uma área de notícias (ou destaques) para a instituição
Acesso on-line ao serviço de Ajuda (Help) em formato Web
Acesso a uma área de lazer (incluindo chat, mensagens e jogos)
Acesso a uma área de biblioteca com partilha de recursos do tipo link, ficheiro ou publicação, organizados por áreas temáticas
Acesso on-line a toda a documentação de suporte (descrição geral, manuais de utilização, notícias, configuração, procedimentos, interfaces, glossários e ajuda)
Os utilizadores com perfil “aluno” ou “formando” têm acesso a um conjunto de funcionalidades necessárias à participação online em cursos de ensino a distância via Internet/Intranet, com acesso a todas as ferramentas necessárias, bem como às tradicionais operações que se realizam na Secretaria, na Biblioteca e no Bar virtual.
Neste contexto, os serviços da plataforma Formare permitem disponibilizar aos alunos/formandos as seguintes funcionalidades:
Fóruns de discussão (on-line ou em diferido, em formato texto ou em áudio/vídeo)
Upload e download de ficheiros
Listagens de participantes por acção de formação
Possibilidade de efectuar a apresentação individual, com a inclusão de texto e de uma fotografia digitalizada
Pesquisa de informação útil, do tipo search
Aplicação de chat de texto e áudio para sessões de estudo on-line
Acesso ao cronograma da acção
Acesso a bibliografia e links de interesse
Acesso à área de depósito de trabalhos por aluno e grupo de alunos
Acesso à área questionários interactivos
Gestão das informações pessoais no sistema (secretaria)
Inscrição on-line nas acções disponibilizadas (secretaria)
Acesso à Biblioteca geral do centro virtual de formação
Acesso à área de bar virtual por turma (incluindo chat, mensagens)
Acesso a indicadores de utilização e histórico de formação
Os utilizadores com perfil “formador” ou “tutor” têm acesso a um conjunto de funcionalidades específicas para dar formação em cursos de ensino a distância via Internet, de uma forma intuitiva e amigável, nomeadamente:
Acesso às funcionalidades dos alunos
Definir, carregar e gerir a calendarização e o cronograma do curso (on-line ou a partir de um ficheiro Excel)
Possibilidade de upload e download de ficheiros
Inclusão de conteúdos multimédia em formatos tradicionais ou normalizados
Inclusão de recursos pedagógicos (links, bibliografia e ficheiros)
Criação on-line de questionários avaliados / não avaliados, de correcção automática ou não
Criação on-line de inquéritos de opinião, com registo e filtragem das respostas
Colocação de trabalhos pedagógicos para grupo de alunos ou individuais
Marcação de sessões síncronas de áudio, vídeo, texto e apresentação de slides
Definição e parametrização dos alertas associados ao curso
Comunicação via e-mail com os alunos
Gestão de avaliação dos alunos
Gestão e parametrização dos menus por curso
Gestão dos fóruns assíncronos por tema e sub-tema
Gestão de certificados de participação ou aproveitamento
Acesso a Indicadores do curso
Os utilizadores com perfil “coordenador” ou “gestor de formação” têm acesso a um conjunto de funcionalidades específicas para a coordenação de cursos de ensino a distância via Internet, nomeadamente:
Acesso às funcionalidades dos alunos e dos professores (referidas anteriormente)
Definição e carregamento on-line de áreas temáticas e de programas de formação
Caracterização do catálogo dos cursos (código, objectivos, destinatários, programa, duração, pré-requisitos, actividades)
Planeamento de acções de formação, com possibilidade de edição e replicação
Definição das características dos cursos e respectivas acções on-line
Gestão das inscrições de participantes on-line
Acesso aos indicadores dos cursos que coordena
Os utilizadores com perfil “administrador” têm acesso à gestão global de todo o ambiente do centro virtual de ensino a distância do Cliente, definido no Formare, nomeadamente:
Acesso a todas as funcionalidades dos alunos, coordenadores e dos professores (referidas anteriormente)
Gestão de toda a informação na plataforma (criação, edição e remoção)
Gestão da área de biblioteca
Gestão global dos utilizadores
Gestão dos parâmetros do sistema integrado de e-learning (layout, logotipo, mensagem, cores)
Gestão de alertas do sistema
Gestão de conteúdos no sistema
Gestão de listas de e-mail dos sistema
Gestão e emissão de certificados de frequência e de avaliação
Gestão do todo o ambiente de e-learning da Instituição
Acesso aos indicadores do centro de formação
O serviço de conferência Web baseia-se na comunicação síncrona entre um conjunto de utilizadores (no máximo 25 utilizadores registados) e permite:
a transmissão bidireccional de áudio, vídeo e texto em tempo real
efectuar apresentações (do tipo powerpoint ou imagens em JPEG) com interacção a pedido por utilizador
a gravação de sessões de texto
a moderação on-line dos participantes da conferência
a visualização do estado da ligação em rede
o acesso rápido a mensagens pré-configuradas
As sessões de conferência Web síncronas deverão ser feitas sequencialmente, para um número aconselhável de 25 utilizadores registados, não sendo necessária qualquer configuração adicional no router ou no firewall.
O Formare possibilita a gestão on-line de conteúdos de aprendizagem, nomeadamente:
A publicação via web de conteúdos em formato electrónico não normalizados
A publicação via web de conteúdos em formato electrónico normalizados em SCORM 1.2
A indexação dos conteúdos existentes no sistema às acções de formação
A visualização de indicadores de actividade pedagógica dos formandos nos conteúdos normalizados
O acesso integrado aos conteúdos de cada acção de formação
A re-utilização de conteúdos e a sua parametrização
O Formare foi a primeira plataforma portuguesa a cumprir todas as especificações da norma SCORM 1.2 (Sharable Contents Object Resource Module), sendo reconhecida como SCORM Adopter / ADL Partner pela ADL (Advanced Distributed Learning). Está preparado para futuras actualizações relativas à normalização em vigor, nomeadamente para a versão 1.3 do SCORM.
O Formare possibilita a gestão on-line de actividades de avaliação formativa, sumativa e da envolvente.
- Questionários para auto-avaliação com os seguintes tipos de pergunta/resposta:
Verdadeiro/Falso
Escolha múltipla
Preenchimento
Associação / relacionamento
Desenvolvimento
Cada questionário poderá ser constituído por perguntas aleatórias, com número de tentativas limitado, ponderação variável, parametrização do período de disponibilização, auto-correcção automática e comentários de feedback.
Com inquéritos de avaliação, o Formare tem a possibilidade de obter a reacção e a opinião dos participantes sobre a qualidade da formação ministrada. A cada inquérito está associado um conjunto de filtros para visualização das respostas dadas e para respectiva impressão em relatório. E tem ainda a possibilidade de gerir grupos de trabalho, elaborar enunciados, criar áreas específicas por grupo, com controlo e registo de entregas, com trabalhos individuais e de grupo. (PT Inovação S.A., 2005)
2.4.4.3
TELEFORMAR
2.4.4.3.1 Descrição da Plataforma
A Teleformar é uma empresa especializada em soluções para formação. Tem como principais produtos e serviços: consultoria para planeamento de formação em regime de e-learning; formação em EAD para preparação da equipa técnica do cliente que ficará responsável pelo desenvolvimento de conteúdos formativos internamente na empresa; concepção, elaboração e implementação de conteúdos formativos adequados para formação a distância; plataforma de e-learning Teleformar.net; plataforma de Vídeoconferência VCS e bolsa de formadores.
A estrutura base da plataforma Teleformar.net foi criada pela ECTEP, Lda durante os anos de 2000 e 2001 e depois cedida para exploração comercial à Teleformar, Lda. Esta está sediada no Instituto Pedro Nunes, uma instituição que promove a criação de novas empresas que tenham uma forte componente de inovação tecnológica.
A plataforma Teleformar.net é uma solução integrada para criação de ambientes de formação a distância personalizados. O ambiente formativo é uma Sala de Formação Virtual onde o formando encontrará os elementos pedagógicos necessários à sua formação. Toda a estrutura da plataforma está assente em bases de dados e uma organização permanente e dinâmica dos conteúdos formativos produzidos pela entidade formadora e pelos seus colaboradores. (www.teleformar.net )
Figura 5 – Site da Teleformar (www.teleformar.net)
2.4.4.3.2
Cenário de Utilização
A plataforma Teleformar.net é uma plataforma de ensino à distância 100% personalizável através de uma interface com o utilizador. Baseia-se na utilização de um web browser (navegador da Internet) para visualizar e interagir com o curso.
Ao contrário das plataformas existentes no mercado, que baseiam-se no modelo de transpor para Internet os cursos presenciais mantendo a mesma dinâmica dos materiais pedagógicos, a plataforma teleformar.net visa promover a transformação dos materiais didáticos convenciais em módulos formativos multimédia, adoptando três formatos: flash, shockwave e QuickTime.
A partir de uma sala de formação virtual, o formando pode aceder aos módulos formativos multimédia dos cursos em que se encontra inscrito, bem como aos respectivos materiais de apoio, quadro negro virtual, chat em tempo real, perguntas frequentes, bibliografia, etc. E ainda um sistema de chat assíncrono que armazena os diálogos numa base de dados, permitindo que os formandos que faltaram a uma aula possam rever a matéria que foi dada e o que foi discutido em qualquer altura.
A Teleformar tem quatro regimes de formação. No auto-estudo o formando pode começar um curso em qualquer altura, controlando o ritmo de estudo de acordo com a sua própria disponibilidade. A formação é efectuada através de módulos formativos multimédia, e exercícios que são enviados para o formador do curso. Pelo menos uma vez por semana, o formador entrará na sala de formação para responder às dúvidas dos formandos e disponibilizar novos materiais na biblioteca virtual.
Ao contrário do regime de Auto-estudo, na Tutoria Online o formando deve obedecer a um calendário. Ou seja, há uma data específica máxima para entrega dos exercícios. Os módulos também têm datas limites. Embora o formando seja livre para escolher o horário que mais lhe convém, ainda assim terá de cumprir as datas de entregas dos trabalhos e de formação em cada módulo.
No regime misto online/presencial existe a combinação da teleformação para alguns módulos formativos com a formação presencial em outros. Ou seja, o curso é apenas em parte à
distância, sendo obrigatória a presença nos módulos presenciais. Mesmo no caso dos módulos presenciais, utiliza-se a mediateca virtual para disponibilizar materiais de apoio, vídeos de interesse, perguntas frequentes, tutoriais, etc.
No regime de acompanhamento de cursos presenciais, a plataforma é utilizada como um complemento da formação presencial. Ou seja, o curso é ministrado presencialmente, mas os formandos podem interagir entre si e com o formador através da plataforma.
O formador pode disponibilizar ainda inúmeros recursos aos formandos através das mediatecas virtuais, como por exemplo, materiais de apoio, vídeos de interesse, glossário, sites de interesse, artigos, notícias, etc. (www.teleformar.net )
2.4.5 Sistemas de Avaliação
Os mecanismos de avaliação constituem outra componente importante. Para Arnaldo Santos (2000) o e-learning deve ser objecto de uma avaliação sistemática dos formandos, da formação e do sistema.
A avaliação dos formandos pretende aferir e comparar os conhecimentos e aptidões adquiridas pelos formandos com os objectivos pedagógicos definidos para o curso. Esta avaliação pode ser feita de acordo com testes ou exames finais, trabalhos intermédios individuais ou em grupo.
A avaliação da formação pretende obter dados sobre a adequação aos objectivos expressos para cada curso, bem como o nível de satisfação individual, a opinião e percepção dos formandos sobre o conteúdo programático, os meios e métodos pedagógicos utilizados, os aspectos mais positivos, os mais negativos e a acção na sua globalidade.
A avaliação do sistema permite avaliar o modelo, as tecnologias, a organização, o tipo de avaliação, o atendimento, os serviços, a duração, o plano de acção, os sistemas de interacção e os processos de gestão da própria formação.
De modo a podermos obter as respectivas melhorias, esta avaliação deve ser validada estatisticamente, através de métodos e técnicas de investigação adequados.
2.5 CONCLUSÃO
Resumidamente, pode-se definir e-learning como um sistema de formação que, através da Internet, permite ao utilizador aprender em casa ou no trabalho e ao seu próprio ritmo, matérias do seu interesse.
Apesar do e-learning ser considerado um método de formação a distância com inúmeras vantagens, há certos factos que conjugados podem condicionar a implementação de soluções deste tipo, e reduzir a taxa de utilização deste sistema por parte de potenciais formandos. Por isso, na sua implementação deve-se seguir uma metodologia que inclua todos os seus componentes.
Os conteúdos, por exemplo, são considerados a parte mais importante de um sistema de elearning. Devem ser desenvolvidos de acordo com a metodologia pedagógica definida na fase de concepção e design e de acordo com as opções tecnológicas assumidas. Os formadores são outra componente essencial do e-learning. Além de tutores devem desempenhar um papel de facilitadores do processo de aprendizagem e acompanharem os formandos nas suas dificuldades, esclarecendo dúvidas e estimulando a sua interacção com o sistema.
Podemos concluir que com o surgimento das plataformas de EAD na Internet foi dado um grande passo a nível de metodologias pedagógicas, reproduzindo-se as condições existentes numa sala de formação presencial, mas com todas as vantagens da Internet.
3. MERCADO EMPRESARIAL DE E-LEARNING
3.1 INTRODUÇÃO
A quantidade de empresas que se calcula deixa desde já antever uma certa confusão e desorganização do mercado da oferta. Na verdade, os potenciais utilizadores não são ainda em tão grande número que permita considerar viável a existência de uma grande parte das instituições a disponibilizar uma oferta formativa com a qualidade mínima exigível. Colocamse claramente problemas relacionados com economias de escala. O tempo e a consequente estruturação do mercado se encarregará de resolver esse e outros problemas inerentes.
Só com instituições poderosas e credíveis, tanto no plano conceptual e pedagógico, como no plano tecnológico, se pode conferir credibilidade aos produtos que se disponibilizam, embora isso não seja uma condição suficiente. Na verdade, a atitude positiva do utilizador face à formação é mais facilmente conseguida se ele souber que por detrás de um produto (de formação) está uma instituição prestigiada e reconhecida, em vez de uma instituição ou empresa, ainda que competente, mas sem peso institucional e quase desconhecida no meio em que se pretende inserir.
Temos de reconhecer que também neste mercado, como aliás nos restantes, o marketing do produto oferecido tem importância. Uma boa campanha de divulgação, associada a qualidades intrínsecas do produto, pode ser o começo da credibilização, do ganhar confiança e reconhecimento de qualidade pela generalidade dos utilizadores. (José Reis Lagarto)
Neste capítulo, serão apresentadas algumas empresas portuguesas de e-learning, e ainda serão abordados organismos que visam contribuir para a melhoria e eficácia destas intervenções formativas.
3.2 ENVOLVENTE
O e-learning envolve questões relacionadas com a análise das necessidades, organização e mudança (difusão, adopção e implementação da inovação), orçamento e retorno sobre investimento, parcerias com outras instituições, divulgação dos programas e cursos, marketing e recrutamento, admissões, auxílio financeiro, inscrições e pagamentos, serviços de tecnologia da informação, desenho institucional, históricos e grelhas de avaliação.
Relativamente à análise das necessidades, esta pode auxiliar as instituições a combinarem as necessidades do seu público-alvo com os cursos e programas de e-learning que planeiam lançar. Uma instituição quando investe em e-learning deve conduzir um levantamento das necessidades a fim de descobrir se os "potenciais clientes" (formandos) estão dispostos a se inscreverem nos cursos online. Esta análise além de auxiliar as instituições a curto e longo prazo, é de fundamental importância no desenvolvimento das suas estratégias de e-learning. Além disso, também pode fornecer informações sobre a necessidade de apoio tecnológico e de outros serviços de suporte para as necessidades de e-learning.
Os formandos geralmente presumem que uma instituição que oferece cursos ou programas a distância também fornecerá os serviços inerentes. Tais serviços incluem pré-inscrição, orientação sobre a aprendizagem online, conselhos, serviços de desenvolvimento de capacidades de aprendizagem para formandos com deficiências, apoio bibliográfico, livrarias, serviços de apoio, resolução e mediação de conflitos, rede de apoio social, revistas de formandos, serviços de estágios e empregos, aspectos relacionados aos ex-formandos e outros serviços. Para formandos à distância, as instituições devem levar em consideração o fornecimento desses serviços de apoio de forma eficiente, abrangente e sistémico. Eles valorizam os serviços rápidos e eficazes de uma secretaria. Por isso, as Instituições devem tornar a sua secretaria o mais eficiente possível no que diz respeito às relações humanas e às capacidades técnicas. Devem ainda ter um sistema seguro para aceitar formulários de requerimento para admissão de formandos e fornecer as informações mais precisas e actualizadas sobre os seus cursos e programas. Ou seja, fornecer uma lista completa dos cursos, com duração (ex. 4 semanas, 8 semanas, 12 semanas, etc.), datas de início e término, preços dos cursos e todo o calendário online das actividades síncronas.
Assim como formandos tradicionais, formandos à distância devem receber orientações sobre a carreira ou qualquer outro tipo de serviços de aconselhamento. Orientadores qualificados devem estar disponíveis para assistir os formandos no planeamento dos seus programas, seleccionando cursos apropriados e fornecendo orientações para as capacidades de estudo necessárias, gestão do tempo, do stress e problemas pessoais. Este tipo de instituições, à semelhança dos tradicionais, podem ainda publicar diária, semanal, mensal, trimestral ou semestralmente revistas online com importantes informações para os formandos, tais como: perfis de formandos, notícias ou novas unidades/módulos e alterações que tenham sido feitas nos livros-texto, e também oportunidades para contribuírem e ocasionalmente participarem de competições. E, para que estes formandos possam aceder aos serviços das bibliotecas das instituições parceiras ou conseguir descontos para estudantes, deverão receber da sua instituição um cartão de identificação (igualmente para instrutores e tutores a distância)
Em ambientes de e-learning, assim como em sistemas educacionais tradicionais, quando ocorrem queixas, disputas de notas, conflitos entre instrutor e formando, assédio sexual ou discriminações diversas, a instituição deve estar preparada para garantir que os formandos recebam tratamento adequado da parte administrativa e dos formadores. Deve ainda se preocupar em criar fóruns de discussão, sites de informação on-line, ou sugerir links para estágios e oportunidades de emprego para formandos e ex-formandos on-line. Estes podem não somente ajudar a recrutar novos formandos, mas também ajudá-los nas suas actividades de aprendizado apresentando-se como mentores e indicando formandos para estágios e oportunidades de trabalho.
Na elaboração e desenvolvimento do processo de e-learning, o Desenho Pedagógico é muito importante. Elaborar e formatar e-learning requer sérias análises e pesquisas sobre como utilizar o potencial da Internet de acordo com os princípios de design educativo e questões críticas às várias dimensões de um ambiente de e-learning aberto, flexível e distribuído. Sobre direitos de propriedade intelectual, as instituições devem fornecer informações claras. Algumas incertezas sobre o status da propriedade intelectual podem gerar desentendimentos entre os formadores. Quem é o proprietário do curso? O que ocorre quando os formadores que desenvolveram um curso saem da instituição? Podem levar o curso consigo? Da mesma forma, a instituição possui liberdade total para formatar, licenciar e vender o trabalho dos instrutores?
A eficiência da educação online depende, substancialmente, de facilitadores (instrutores online) que devem manter a visibilidade, dar feedbacks regulares, fornecer materiais de alta qualidade e remover obstáculos à retenção do formando. O instrutor/facilitador deve estar bem preparado, pois poucas pessoas possuem as capacidades (professores excelentes em aulas presenciais, não são, necessariamente, bons instrutores online). Para elaborar e ministrar cursos online, é necessário mais tempo e esforço dos formadores. Anil Aggarwal (2000) refere que na educação via Web, o instrutor tem o papel de facilitador, mentor e técnico. Como facilitador, precisa saber como facilitar a discussão em grupos pequenos, manter os formandos bem orientados nas suas tarefas e conduzi-los a um consenso. No caso da dominância de algum grupo de formandos, o instrutor deve intervir e estimular a participação de formandos mais inibidos. Como mentor e técnico, o instrutor deverá orientar os formandos nos seus progressos, dando a cada um conselhos e feedback construtivo e imediato.
É aconselhável limitar o número de formandos por instrutor. O número deve ser gerido, de modo que a aprendizagem seja verdadeiramente promovida e apoiada pelo instrutor. Para fornecer os melhores e significativos ambientes de aprendizagem para os formandos, os instrutores devem ter tempo suficiente para ocupar-se e interagir com os formandos nos processos de aprendizagem. Instituições que utilizam vários assistentes sobre a supervisão de um instrutor e oferece cursos online para um número ilimitado de formandos pode não atender às necessidades dos formandos da mesma forma que um instrutor que ensina num curso online para um número limitado de formandos. O tamanho das turmas é uma questão importante para o e-learning. 15 Formandos são o número ideal para um curso on-line. Cada formando deve ler os trabalhos dos outros e o instrutor deve manter contacto com cada um deles pelo menos duas vezes na semana, fazendo comentários analíticos e dando orientações, sem contar com outros contactos e questões referentes às notas.
Não há dúvidas que o e-learning precisa de orientações mais detalhadas do que os cursos presenciais. Formandos de e-learning devem ser claramente informados sobre as expectativas e exigências dos cursos. Todos os formandos devem participar numa orientação online pelo menos uma semana antes do primeiro dia de aula. A orientação deve fornecer introdução aos procedimentos de aprendizagem à distância, incluindo regras e responsabilidades de instrutores, formandos, tutores, facilitadores, convidados especiais e todos os outros indivíduos envolvidos no processo. (Rowan Gibson, 1998) Formandos, instrutores e equipa
técnica devem ser estimulados a colocar breves históricos e assim, ajudar a criar uma comunidade virtual de aprendizagem. (Badrul Khan, 1997)
3.3 INICIATIVAS NACIONAIS
Todos os dias surgem novos temas e novas preocupações, a exigirem formação específica adequada não apenas para facilitar um contacto profissional mais eficaz, mas, igualmente, para a criação de competências técnicas indispensáveis ao desenvolvimento de uma pessoa e do seu sector. Algumas iniciativas nacionais que promovem cursos de formação à distância são já direccionadas para profissionais de áreas específicas, que têm de conjugar duas vertentes aparentemente antagónicas, por um lado, serem especialistas e, por outro, polivalentes e bem informados. Além de uma boa base de formação teórica, uma actualização das sucessivas mudanças que vão ocorrendo.
No seguinte quadro apresentam-se várias instituições portuguesas que oferecem cursos de formação profissional à distância, cujo levantamento foi efectuado pela Sociedade Portuguesa de Inovação (2003) num estudo intitulado “empre-Learning”:
Academia Global, S.A http://www.academiaglobal.com/
CESAE - Centro de Serviços e Apoio às Empresas http://www.e-cesae.com/
Companhia Própria - Formação e Consultoria, Lda. http://aula.companhiapropria.pt
Compenditur - Estudos e Formação em Hotelaria e Turismo http://www.compenditur.web.pt/
Conclusão - Estudos e Formação, Lda. http://www.conclusao.com
Depsi – Desenv. de Projectos e Serviços de Informática, Lda http://www.depsi.pt
Edicad - Computação Gráfica e Imagem, Lda http://www.acic.pt/edicad/
Edições de Ensino a Distância - Centro de Estudos CEAC http://www.ceac.pt/
Estrela Digital - Comércio e Serviços Electrónicos, Lda sem registo na Internet
Fundação Bissaya Barreto http://www.fbb.pt/
Global Change - Consultores Internacionais Associados, Ldahttp://www.globalchange.pt/
Idea Factory - Serviços de Apoio às Empresas Unipessoal, Lda sem registo na Internet
IFEA - instituto de Formação Empresarial Avançada http://www.ifea.pt
Instituto de Formação Bancária (Webbanca) http://www.webbanca.pt/
Instituto de Investigação para o Desenvolvimento, Cooperação e Formação Bento de Jesus Caraça http://www.ibjc.pt/
Instituto Virtual - Instituto da Soldadura e Qualidade http://www.institutovirtual.pt/
ITA - Instituto de Tecnologias Avançadas para a Formação http://www.iscte.pt/
MRH - Mudança e Recursos Humanos, SA http://www.edp.pt
Nova Etapa - Consultores em Gestão e Recursos Humanos, Lda http://www.nova-Etapa.pt
Portugal Telecom Inovação, S.A http://www.formare.pt/
SAF - Sistemas Avançados de Formação, SA http://www.saf.pt/
Significado - Consultoria, Formação e Informática, Lda http://www.significado.pt
SPI - Sociedade Portuguesa de Inovação http://spi.academiaglobal.pt
Talentus – Ass. Nac. de Formadores e Técnicos de Formaçãohttp://www.talentus.pt
TecMinho - Associação Universidade http://www.tecminho.uminho.pt/
Tecnoforma - Serviços e Comércio Internacionais, SA http://www.tecnoforma.pt
Universal English - Centro de Estudos de Inglês, Lda www.universal-english.com
Quadro 1 – Iniciativas nacionais de e-learning
Algumas destas empresas são direccionadas para um grupo de pessoas restrito que querem continuar a aprender, aprofundar e actualizar os temas da sua especialidade. Outras empresas oferecem cursos para pessoas que querem alargar os seus conhecimentos a áreas laterais relacionadas com as suas responsabilidades, e prepararem-se para as inovações de amanhã.
Seguidamente iremos descrever algumas iniciativas nacionais de e-learning e apresentar a sua metodologia pedagógica.
3.3.1 Rumos
3.3.1.1
DESCRIÇÃO
DA EMPRESA
A Rumos foi fundada em Janeiro de 1992, e é uma empresa de prestação de serviços de formação e certificação técnica de profissionais de informática. A sua actividade de formação é isenta de canais de distribuição, quer de hardware quer de software.
6– Site da Rumos (www.rumos.pt)
A Rumos explora uma área total afecta à formação de cerca de 4000 m2 . Tem instalado um parque informático que engloba servidores, mais de 500 computadores pessoais e portáteis bem como estações gráficas. O conjunto encontra-se interligado por soluções de rede local. Dispõe ainda de ligações remotas e de produtos software de base e aplicacional.
Figura
Disponibiliza um conjunto de soluções consoante os objectivos a alcançar: Formação Certificada; Formação Especializada; Formação Online, e-Training, e-Learning ou formação ministrada via Internet; Certificação Técnica; Outsourcing e Projectos Especiais.
E, possui actualmente a seguinte carteira de acreditações: Autodesk; Cisco Systems; ECDLEuropean Computing Driving License Foundation; Prosoft Training; Informix; Macromedia; MOUS; Microsoft; Siemens; Red Hat; Sun; SCP; Sylvan; Secretaria de Estado da Administração Pública e da Modernização Administrativa e INOFOR - Instituto para a Inovação na Formação. (www.rumos.pt)
3.3.1.2 METODOLOGIA PEDAGÓGICA
Através do site da Rumos os particulares têm acesso directo à formação na área da Informática e Novas Tecnologias de Informação e Comunicação. Para as organizações a plataforma de Formação Online Rumos pode igualmente ser instalada na Intranet de qualquer Empresa, Organismo Público, Universidade, etc...
Esta opção pode ainda ser personalizada com:
Serviço Prévio de Despiste de Necessidades de Formação
Cursos e Conteúdos Rumos
Acompanhamento de Cursos por Formadores Rumos
Cursos e Conteúdos próprios de cada Organização
A Formação Online Rumos utiliza as potencialidades que a Internet oferece e recorre à seguinte plataforma tecnológica:
Figura 7 – Plataforma da Rumos
Figura 8 – Como aceder às aulas
Figura 9 – Como aceder à aulas (continuação)
Figura 10 - Aula
Figura 11 - Aula (Introdução)
Figura 12 - Aulas (Lição)
Figura 13 – Aula (Teste)
3.3.2 Academia Global
3.3.2.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
A Academia Global foi constituída em Setembro de 2000. É uma empresa que concebe, desenvolve e implementa soluções no âmbito do e-learning ajustadas às necessidades das organizações e das pessoas, nas áreas do ensino e da formação.
Os programas e cursos da Academia Global estão organizados tematicamente em seis grandes grupos: Academia do Ensino; Academia da Gestão e Negócios; Academia das Tecnologias de Informação; Academia do Desenvolvimento Pessoal; Academia da Cidadania e Academia da Cultura e do Lazer. Na Academia do Ensino encontram-se os Cursos de Pós-Graduações e Mestrados que Universidades e Instituições de Ensino, parceiras da Academia Global, pretendem promover. Encontra-se ainda um conjunto de serviços de apoio aos formandos, tais como explicações nas disciplinas dos diversos níveis de escolaridade, gabinetes de orientação escolar e vocacional e o acesso a jogos pedagógicos.
Figura 14 – Aula (Dúvidas)
15 – Site da Academia Global (www.academiaglobal.pt)
Uma das iniciativas da Academia Global foi o desenvolvimento dos estudos para a concepção e implementação de uma solução de e-learning ajustada às necessidades do Centro de Estudos e Formação Autárquica (CEFA). Em parceria com outras empresas iriam proporcionar a construção de ofertas formativas necessárias para o aumento das competências dos quadros das Autarquias Locais. A Academia Global e a CEFA estabeleceram um acordo para a implementação de uma solução de formação à distância, em sistema de e-learning denominada VALORA - Valorizar as Autarquias Locais. Na solução VALORA, um espaço de aprendizagem online, foram disponibilizados vários cursos de formação aos funcionários de Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais, Associações de Municípios e Centros de Coordenação Regional.
Outra iniciativa da Academia Global foi lançar um portal de "e-learning", denominado Contact Institute (http://www.contactinstitute.com/) em parceria com o Centro de Contacto, focalizado na formação para as actividades dos centros de "telemarketing", centros de atendimento, de contacto telefónico e de comunicação integrada. Esta iniciativa pretendeu abranger o mercado português e espanhol, tanto na península ibérica como nas comunidades dos dois países espalhadas pelo planeta.
Figura
Para além de desenvolver conteúdos próprios, a Academia Global mantém ainda parcerias nesta área com outras entidades nos mais variados domínios. (www.academiaglobal.pt)
3.3.2.2 METODOLOGIA PEDAGÓGICA
Para se poder frequentar estes cursos é apenas necessário possuir um computador multimédia, com ligação à Internet.
No caso das soluções formativas da Contact Institute assentam na modalidade de "blended learning", ou seja, acções que combinam a formação à distância com sessões presenciais.
Qualquer entidade pode também ter o seu portal de e-learning, com os seus conteúdos específicos, beneficiando da solução e plataforma de e-learning da Academia Global. (www.academiaglobal.pt)
3.3.3 Evolui
3.3.3.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
O Evolui é um projecto de formação online, com mais de 100 cursos disponíveis através da Internet. Foi criado a partir do site Digito Formação, o primeiro serviço de formação online em Portugal. Tem diversos tutoriais, alguns dos quais gratuitos, e dispõe de um conjunto de cursos de várias áreas temáticas, e, nos cursos assinalados, de formadores especializados. Disponibiliza ainda de cursos intensivos que reúnem vários módulos de temáticas relacionadas com a do curso.
No Evolui o aluno pode frequentar um curso completamente online, aceder em permanência a um fórum de discussão onde poderá esclarecer as suas dúvidas com o formador, e ter maior
economia no processo de aprendizagem. O aluno pode ainda estabelecer o seu programa de formação contínua, ajustar a aprendizagem às suas necessidades e a seu tempo, respeitar o seu ritmo de aprendizagem, e aprender a partir de casa ou do local de trabalho. (www.evolui.com)
3.3.3.2 METODOLOGIA PEDAGÓGICA
O Evolui tem disponíveis cursos com formador e tutoriais.
Nos cursos com formador existe um formador que esclarece as dúvidas dos alunos através de um fórum de discussão. Ao longo do curso, podem colocar mensagens no fórum de discussão a qualquer hora do dia ou da noite. O formador, esclarecerá as dúvidas no prazo de 24 a 48 horas. Através deste fórum podem ainda partilhar experiências e ideias com outras pessoas que estejam a frequentar o curso e apoiarem-se mutuamente na resolução de dúvidas e problemas.
Figura 16 – Site do Evolui (www.evolui.com)
Nestes cursos, as aulas são disponibilizadas online a um determinado ritmo pré-definido (por exemplo de dois em dois dias). A partir da data em que a aula é disponibilizada, os alunos podem frequentá-la quando quiserem e quantas vezes acharem necessárias.
Os tutoriais são organizados de modo a que os possam fazer em regime de autoaprendizagem, sem que seja necessária a ajuda do formador. Para que os alunos possam estudar e consultar as aulas ao seu ritmo, estas estão todas disponíveis online logo na data de início do curso. Os tutoriais não têm apoio do formador e após o seu início os alunos dispõem de 60 dias para os realizar. (www.evolui.com)
3.3.4 UNIWEB
3.3.4.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
A UniWeb é uma entidade formadora acreditada oficialmente pelo IQF (Instituto para a Qualidade na Formação) da Secretaria de Estado do Trabalho do Ministério da Segurança Social e do Trabalho. Cria conteúdos programáticos, trabalha com formadores experientes quer em termos académicos quer em termos profissionais empresariais, e tenta melhorar os seus cursos e o seu serviço com base nas opiniões dos alunos e formadores. (www.uniweb.pt)
17 – Site da Uniweb (www.uniweb.pt)
Os cursos da UniWeb destinam-se a pessoas que possuem ou queiram possuir responsabilidades de gestão, e cobrem diversos temas e diversos níveis de profundidade.
Todos os cursos seguem uma orientação prática, baseados em exemplos e casos concretos, sendo construídos com a tecnologia LINS (Livro Interactivo Não-Sequencial) que se adapta a cada aluno de forma a maximizar a eficiência da aprendizagem e rentabilizar o investimento em tempo e esforço. (www.uniweb.pt)
3.3.4.2 METODOLOGIA PEDAGÓGICA
A frequência dos cursos é exclusivamente na Internet, e não está sujeita a horários nem salas. Cada curso consta de um conjunto de lições interactivas que obrigam a seleccionar as respostas. Cada aluno frequenta o curso quando quer e ao ritmo que quer. E pode também fazer o download de material didáctico adicional, interagir com o Professor ou com os outros alunos.
Figura
O material necessário especificamente para frequentar os cursos é fornecido ao aluno na web e está incluído no preço da matrícula. A matrícula faz-se online no site de cada curso, sendo preciso apenas os dados pessoais e o pagamento por um Cartão de Crédito VISA ou através do envio de cheque por correio. O valor da matrícula varia conforme os cursos e as instruções específicas constam do formulário de matrícula de cada curso. O processo é automático, começando de imediato a estudar. Mais tarde o aluno receberá por carta o comprovativo de cobrança. Para quem prefere, pode fazer a matrícula por carta.
Não são exigidas habilitações específicas e todos os cursos têm um teste prévio opcional de avaliação de conhecimentos que respondem automaticamente ao nível de conhecimentos e aconselham ou não à frequência do curso.
A principal diferença dos cursos da UniWeb face a outros cursos na Internet ou a cursos em sala de aula reside na tecnologia LINS®, desenvolvida pela UniWeb para criar sistemas avançados de aprendizagem que resolvem os quatro principais problemas da formação em sala: horários, turmas, deslocações e centragem no professor em vez de no aluno. A tecnologia LINS® ajusta-se a cada aluno de forma objectiva, isto é, conforme as escolhas e respostas do próprio aluno, o que facilita a aprendizagem, maximiza o retorno do investimento em tempo e recursos e de forma geral faz com que a aprendizagem seja mais eficiente. Cada curso é composto por um LINS® numa rede de lições interactivas. Cada lição apresenta tipicamente alguns parágrafos de texto ou imagens, seguidos de uma pergunta de escolha múltipla. Conforme a escolha do aluno, a lição seguinte ser-lhe-á apresentada por forma a maximizar a eficiência da aprendizagem. É assim possível voltar atrás, se escolher uma resposta declaradamente errada, por exemplo, ou saltar rapidamente para partes mais adiantadas caso já tenha conhecimentos suficientes. De qualquer modo, será necessário percorrer todos os conceitos de forma a ficar, garantidamente, com o panorama global da matéria tratada.
Não há turmas para que nenhum aluno esteja dependente dos outros. No entanto é sempre possível a comunicação com outros alunos, quer mais avançados quer mais atrasados, para troca ideias, colocar questões, etc.
Na UniWeb o conceito de Professor está mais orientado à figura de Tutor, alguém que sabe bem a matéria e tem experiência prática, que aconselha o aluno sobre o que estudar, que o acompanha de forma não intrusiva, fornece apoio e esclarece dúvidas, mas sempre da forma que o aluno necessita e prefere e não da forma típica em que o Professor decide e os alunos fazem. O resultado é similar a cada aluno ter o seu professor e seguir um curso especificamente desenhado às suas necessidades e ambições.
Os cursos são de avaliação contínua. Assim, em qualquer altura o sistema informa o aluno da sua avaliação segundo três parâmetros:
Nota de Concretização. Esta nota percentual diz respeito ao ponto em que o aluno vai no curso. Na primeira lição começa a zero, a meio terá 50% e acaba o curso ao atingir 100%. Trata-se de uma nota que é calculada exclusivamente em função da evolução do aluno no curso e que lhe permite saber o quanto já está realizado.
Nota de Compreensão. Esta nota percentual diz respeito à eficiência da compreensão do aluno. Se escolher sempre as respostas mais acertadas a sua nota tenderá a 100%. O sistema calcula automaticamente o valor médio de todos os alunos e compara com a sua compreensão. Assim, tem sempre acesso à sua capacidade de compreensão relativa aos outros alunos.
Nota de Desempenho. Esta nota percentual diz respeito à velocidade com que o avanço do aluno se processa. O sistema calcula quanto tempo levou a atingir a lição actual e compara esse valor com a média de todos os outros alunos do curso, mesmo os que já o tenham terminado. O seu ritmo será lento ou rápido conforme o tempo que levar a evoluir no curso por comparação com a média do grupo.
Durante a frequência do curso, o aluno terá muitas oportunidades de colocar questões ao Professor ou aos outros alunos, através do e-mail e através do "chat room" do curso. O objectivo é que o curso seja o mais interactivo possível.
Quando o aluno chega ao fim do curso, a UniWeb envia-lhe automaticamente o certificado de frequência. Este certificado terá o nome do curso, o conteúdo programático e, muito mais
importante, as duas notas finais de compreensão e desempenho. O certificado de frequência não contém nota de avaliação de conhecimentos. Para obter um certificado com uma nota de avaliação de conhecimentos poderá pedir um exame presencial. Será então marcada uma data para o exame sobre toda a matéria do curso. O exame será avaliado pelo Professor e ser-lhe-á passado o respectivo certificado de conhecimentos. (www.uniweb.pt)
3.3.5 INSTITUTO DE FORMAÇÃO BANCÁRIA
3.3.5.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
O Instituto de Formação Bancária (IFB), incorporando o Instituto Superior de Gestão Bancária (ISGB), é o órgão da Associação Portuguesa de Bancos (APB) para a formação e o ensino superior especializado, tendo por missão o reforço da cultura da profissão e, através da qualificação dos recursos humanos, o apoio ao desenvolvimento do Sector Financeiro português.
A satisfação das necessidades de formação e desenvolvimento profissional dos colaboradores dos Bancos associados apresenta-se como o principal objectivo institucional, sendo a actividade, subsidiariamente, extensiva a entidades de outros sectores e aberta à iniciativa individual. Os destinatários dos serviços e produtos do IFB são, essencialmente, os colaboradores de Bancos associados da APB. (www.ifb.pt)
O leque de formação oferecido pelo IFB, visando especialmente aquele público-alvo, ajustase à seguinte segmentação:
Formação de Candidatos: Jovens dos 15 aos 21 anos, com o 9.º ano, ou dos 17 aos 24 anos, com o 12.º ano, candidatos à profissão bancária e futuros empregados;
Formação de Base: Novos empregados e colaboradores com alguma experiência, quadros, assistentes comerciais e gestores de conta;
Formação Intermédia: Directores, chefias intermédias e quadros técnicos;
Formação Superior – Instituto Superior de Gestão Bancária: Profissionais do Sector Financeiro ou, eventualmente, de outros sectores, que pretendam desenvolvimento académico; pessoal e jovens com elevado potencial que desejem seguir uma carreira na área da gestão bancária e financeira; elementos altamente qualificados
Figura 18 – Site do Instituto de Formação Bancária (www.ifb.pt)
(administradores, directores, técnicos superiores) que visem aperfeiçoamento em áreas muito especializadas através dos Cursos para Executivos e das Conferências.
Actividade de Formação de "Banda Larga"
Formação Profissional
Formação Académica
Secundária & Pós-Secund.
Alternância
- Nível 3
- Nível 4
Formação
Profissional
Elementar
Intermédia
Avançada
Ensino Superior
Bacharelatos
Licenciaturas
Pós-Grad.
Figura 19 – Actividades de Formação
Formação
Pós-Superior
C. Executivos
Conferências
Seminários
O IFB desenvolve uma significativa actividade editorial, em especial para suporte dos seus Cursos, tais como Manuais, Brochuras e publicações institucionais. Anualmente são impressos cerca de 15 milhões de páginas. Além do conjunto das acções de formação que representam a sua actividade nuclear, o IFB edita trimestralmente a revista INFORBANCA.
A Biblioteca do IFB/ISGB é especializada em temas bancários e financeiros e destina-se, prioritariamente, a servir os alunos, formandos, docentes e formadores do IFB/ISGB, bem como outros colaboradores da instituição.
O Instituto de Formação Bancária é membro de instituições de grande prestígio no âmbito da Formação, tais como ICDE – International Council for Open and Distance Education, EDEN – European Distance and E-learning Network e EBTN – European Bank Training Network, tendo sido membro fundador desta última. Tem Protocolos de Cooperação firmados quer com Institutos Bancários congéneres – europeus e africanos –, quer com universidades portuguesas (Universidade Católica Portuguesa, através da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais, e Universidade Técnica de Lisboa, através do Instituto Superior de Economia e
Gestão) e universidades estrangeiras: no Reino Unido (Manchester Business School) e em França (Insead, Fontainebleau). (www.ifb.pt)
3.3.5.2 METODOLOGIA PEDAGÓGICA
São usadas como metodologias de ensino o Ensino a Distância (WebBanca), a Formação em Alternância e o Ensino Presencial. Desde 1984 que o IFB desenvolve metodologias pedagógicas baseadas no Ensino a Distância, tendo formado alunos em diversas áreas. Ao longo destes anos, a evolução tem passado por aprofundar esta metodologia pedagógica em primeiro lugar através do desenvolvimento de ensino de base telemática e multimedia e, nos últimos anos, ao desenvolvimento do Ensino a Distância, num Sistema de e-Learning.
O IFB, através da WebBanca, oferece uma solução de e-learning, especialmente direccionada para o sector bancário e financeiro, desde Abril de 2002. A WebBanca é um sistema de eLearning que oferece um ambiente de formação que permite ao utilizador gerir o seu próprio trabalho em função dos objectivos que estabelecer e monitorizar sistematicamente a sua actividade. Neste sentido, no decorrer de 2003 o e-learning no IFB e a WebBanca, em particular desenvolveram uma plataforma própria que foi designada por WebBanca LMS, e um programa autor próprio (WebBanca Autor), em observância das regras necessárias à produção de conteúdos normalizados. De facto, a conjugação do LMS e do programa autor do próprio IFB permitiram uma maior flexibilidade, tornando mais fácil a oferta e acesso aos cursos na WebBanca, a sua oferta através de hospedagem noutras plataformas (desde que respeitem as normas) e o alojamento de cursos de outras instituições nesta plataforma, assegurando o IFB a sua gestão.
A solução de e-learning do IFB tem unidades de estudo independentes e conteúdos estruturados. Módulos específicos das áreas bancária e financeira, de nível standard e avançado e ainda a possibilidade de incluir módulos específicos do interesse dos utilizadores. Aprendizagem colaborativa e espírito de comunidade virtual de aprendizagem, promovidos através da comunicação entre os seus utilizadores, podendo tomar decisões e observar o resultado do que se faz, através de actividades interactivas, actividades simuladas e testes de
auto-avaliação, qualquer deles com feedback imediato. Procurar informação quando dela se necessita, utilizando recursos como glossário, bibliotecas, links ou a possibilidade de comunicar com Tutores, especialistas das matérias e um conjunto de materiais e recursos pedagógicos concebidos e adaptados para este tipo de formação.
O conjunto de conteúdos que o IFB dispõe para e-learning estão construídos de forma a permitir a sua reutilização e interoperabilidade. Assim, além da oferta de Módulos completos, é possível escolher, a partir de Módulos já existentes, sub-conjuntos de Módulos breves, que melhor se ajustem às necessidades. A equipa especialista de conteúdos é capaz de desenvolver novos conteúdos das áreas bancárias, financeiras e comportamental / vendas, constituindo Módulos à medida e/ ou customizando Módulos já existentes. A WebBanca confere portanto ao utilizador a possibilidade de, para além de aceder a conteúdos das áreas bancária e financeira, poder recorrer a um conjunto de funcionalidades e recursos pedagógicos, de acordo com os seus interesses e necessidades. Permite ajustar o design da formação da forma que for mais adequada aos objectivos visados, e destina-se a todas as pessoas que tenham interesse em desenvolver competências nas áreas bancária e financeira, estando especialmente dirigida para os profissionais destes sectores. Tem um sistema de exames por módulo que permite atribuir certificados e diplomas, conferindo consistência e credibilidade ao sistema formativo.
Para além de se poder conjugar com outras metodologias, nomeadamente, sessões de apoio presenciais, a formação online está disponível 24h por dia. Este tipo de formação é independente do tempo e do espaço, permitindo-lhe escolher um percurso formativo individual sem perder, por isso, a possibilidade de interactividade com os restantes participantes envolvidos no sistema. O acesso ao sistema pode ser efectuado a partir de qualquer ponto com ligação à Internet (de casa, do banco ou de qualquer outro lugar) mediante inscrição, quer a título individual, quer através da organização em que trabalha.
O IFB avalia as infra-estruturas existentes e as possibilidades de implementar soluções de elearning. Nos casos em que seja necessário, auxilia a organização a identificar as alterações necessárias para permitir a exequibilidade de um sistema de formação em e-learning da forma mais ajustada, utilizando a plataforma de e-learning do IFB ou uma plataforma própria. Podem alojar-se cursos de outras instituições na WebBanca. Desenha com a organização o
modelo pedagógico (e-learning ou blended learning, definindo sistema de avaliação, sistema de Tutoria, etc) mais ajustado às suas necessidades, contingências e realidade, adapta conteúdos específicos, forma equipa interna para acompanhamento do projecto, forma tutores da instituição (se não recorrer a Tutores IFB), entre outros aspectos.
Além da componente central de formação em auto estudo, com apoio tutorial, o sistema pode ser utilizado com as seguintes finalidades: diagnóstico de necessidades de formação; aconselhamento de percursos formativos; auto formação prévia a qualquer curso; consulta de informação profissional just in time; e preparação para exames.
Resumindo, a actividade no âmbito do e-learning através da WebBanca desenvolve-se, nas seguintes vertentes: concepção e produção de conteúdos; disponibilização de cursos, gestão dos mesmos e acompanhamento da aprendizagem; alojamento de cursos de outras entidades na WebBanca e sua gestão; e acesso continuado aos cursos já concluídos, para consulta e actualizações. (www.ifb.pt)
3.3.6 FLAG
3.3.6.1
DESCRIÇÃO DA EMPRESA
A FLAG é um instituto de formação, acreditada pelo INOFOR e reconhecida pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, que prepara especialistas em utilização de software informático para as áreas de Office, design gráfico, Multimedia, Internet, CAD, Desenho e Animação 3D, Programação e Networking. (www.flag.pt)
20 – Site do flag (www.flag.pt)
3.3.6.2 METODOLOGIA PEDAGÓGICA
A Flag tem como métodos de formação a formação presencial nas instalações da Flag, formação presencial nas instalações da empresa e a formação one-to-one. Ainda se poderá escolher entre formação inter-empresa ou intra-empresa – cursos dedicados, desenvolvidos à medida de acordo com as necessidades reais de cada instituição.
Os cursos são constituídos por uma aplicação com o curriculum aprovado pelas marcas de software. Existem em módulos de iniciação, intermédios e avançados. Podem ser complementados por exames de certificação realizados online com o fabricante de software. Os cursos avançados são ministrados com base em exercícios e com o apoio permanente do formador, utilizando as ferramentas de cada aplicação.
Figura
A Flag ainda tem para oferecer Workshops, com o objectivo de formar profissionais com conhecimentos base nestas áreas. Têm a duração máxima de 3 dias em 21 horas em sessões de trabalho práticas com a utilização dos softwares ministrados. Poderão realizar-se nas instalações da Flag ou em auditório dependendo do nº de participantes. Alguns dos Workshops são patrocinados pelas marcas de software representadas. A Flag lançou ainda os Workshops de actualização em novas versões de aplicações. Destinam-se a todos aqueles que já utilizam as aplicações e desejam actualizar os seus conhecimentos. Têm a duração de 1 a 2 dias em horário laboral e 2 a 4 em horário pós-laboral. São ministrados por formadores reconhecidos e certificados pelas marcas de software. (www.flag.pt)
3.3.7 PT Inovação
3.3.7.1 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
A Portugal Telecom Inovação,SA (PT Inovação) foi constituída em 21 de Maio de 1999 e tem como actividade principal garantir o processo de inovação da Portugal Telecom,SA e empresas participadas ("Grupo Portugal Telecom") através da prestação de serviços às mesmas. A Empresa prossegue acções tendentes à aquisição de conhecimentos, desenvolvimento e integração de serviços e soluções, prestação de serviços de engenharia e formação em telecomunicações.
Na sua actividade, a PT Inovação endereça dois importantes sectores: Serviços (Engenharia, Testes e Consultoria, Formação e Divulgação da Inovação) e Projectos (Estudos e Investigação Aplicada - aquisição de conhecimento - Desenvolvimento de Sistemas e Serviços Integração de Soluções).
Na sua missão de integradora de Tecnologias e de criadora de Serviços, a PT Inovação orienta a sua actividade para as áreas de Redes e Serviços (Gestão, Planeamento, Rede Inteligente, Redes Móveis); Tecnologias para as Infra-Estruturas (Rede de Acesso, Banda larga, Interligação, Suportes); e Negocio do Grupo PT (Serviços de Engenharia, Formação Tecnológica e de Serviços, e-commerce). (www.ptinovacao.pt)
Em simultâneo com a Investigação e Desenvolvimento nas áreas tecnológicas associadas ao sector das Telecomunicações, a PT Inovação mantém actividades de formação em domínios de conhecimento para além dos tecnológicos. Cobre as áreas de identificação de necessidades de formação, promoção e execução das acções formativas, e concepção de programas e suportes pedagógicos. Está acreditada desde Fevereiro de 2000 como entidade formadora, pelo INOFOR, nos domínios de planeamento, concepção, organização, promoção, desenvolvimento, acompanhamento e avaliação de intervenções ou actividades formativas.
A difusão dos cursos é feita na Formação Inter-Empresas (através de inscrições em acção de formação planeada); na Formação Intra-Empresas (difundindo os cursos de formação já preparados para grupos da mesma empresa; adaptando os cursos existentes a necessidades específicas das empresas; ou criando novos cursos de acordo com as necessidades das empresas. A oferta de formação abrange 4 domínios principais: Infocomunicações; Engenharia de Software; Gestão e Formação. (www.ptinovacao.pt)
Figura 21 – Site da PT Inovação (www.ptinovacao.pt)
3.3.7.2 METODOLOGIA PEDAGÓGICA
A Formação pode ser Presencial (em sala de aula com recurso a diferentes metodologias com uma elevada componente de demonstração e experimentação); Ensino a Distância (utilizando técnicas de Telecomunicações e Multimédia a partir de um terminal com acesso à Internet) e Mista (utilizando ambas as metodologias indicadas).
As Infra-Estruturas Pedagógicas podem ser: salas de aula equipadas com os meios técnicos e audiovisuais; infra-estruturas laboratoriais para demonstração e experimentação, cobrindo as áreas de instalação e ensaio de equipamentos e de sistemas de telecomunicações e de projecto de soluções; e ambiente de e-learning com acompanhamento tecnico-pedagógico, antes, durante e após a realização dos cursos de formação, através da plataforma Formare. (www.ptinovacao.pt)
22 – Site do Formare (www.formare.pt)
O Formare é um serviço integrado de e-learning e bLearning, desenvolvido pela PT Inovação, que suporta soluções de formação e educação em ambientes Internet/Intranet e difusão de
Figura
conteúdos educacionais multimédia. O Formare permite a uma empresa a criação e gestão do seu próprio ambiente de e-learning e de bLearning, em regime de hosting (alojamento) ou de colocação (instalado localmente). Disponibiliza um conjunto de serviços de gestão de elearning e bLearning, permitindo a integração de conteúdos em conformidade com os standards, o acompanhamento pedagógico remoto, o controlo e registo de dados, a gestão e securização da informação e serviços de comunicação síncrona e assíncrona.
Esta plataforma abrange os cinco componentes principais de um sistema de e-learning: a interacção com o utilizador (alunos e professores), o acesso à tecnologia (plataforma), a disponibilização de serviços para os e-professores, a difusão de conteúdos pedagógicos em diversos formatos e a avaliação da formação, permitindo desta forma a auto-aprendizagem e a aprendizagem colaborativa. Permite ainda a criação de 4 tipos de perfis de utilizadores:
1. Administrador: Gere todo o ambiente de e-learning e bLearning
2. Gestor/Coordenador: Gere os cursos ou disciplinas de acordo com as áreas temáticas definidas
3. Professor: Gere acções de formação (turmas virtuais) que lhe estão designadas
4. Aluno: Participa nas acções de formação onde está inscrito
O acesso à plataforma Formare é garantido via Internet (para instituições que recorram à utilização dos serviços na plataforma instalada nos servidores da PT Inovação - regime de Alojamento) ou via Intranet/Internet (para instituições que recorram à instalação do Software nos seus próprios servidores – regime de Colocação).
O serviço de Alojamento (Hosting) consiste na utilização Formare por parte do cliente, num ambiente computacional (servidor) disponibilizado pela PT Inovação, especialmente concebido para que o cliente tenha acesso a gestão e fornecimento de e-learning própria, sem ter de investir em hardware e software específicos, concentrando-se apenas nos seus projectos de formação. O serviço Formare garante: acesso ao serviço em regime de alojamento (hosting), via Internet (assegurado o acesso ao ISP); upgrade de novas funcionalidades da
plataforma; segurança e confidencialidade da informação; funcionalidades acessíveis através de um browser (optimizado para Microsoft Internet Explorer 6.0 ou superior); formação e Helpdesk técnico ao administrador da plataforma (designado pelo Cliente); suporte, gestão e manutenção periódicas, com garantia de backup diário.
O serviço de Colocação consiste na utilização Formare num ambiente computacional (servidor) instalado em servidores próprios do cliente. Caso opte pelo regime de colocação, o cliente deverá: assegurar os meios técnicos necessários (hardware e software, suportados por tecnologia Microsoft para acesso ao Formare, via Internet ou Intranet, para todos os utilizadores do seu sistema; garantir os procedimentos de OMG dos servidores (hardware e sistema), implementar e garantir a política de segurança e backup da informação alojada nos servidores onde o software Formare é instalado; garantir o acesso à plataforma aos técnicos da PT Inovação, devidamente credenciados para o efeito, para efectuar as necessárias intervenções de manutenção correctiva, suporte ao software Formare e verificação técnica das condições de operação da plataforma.
Nas páginas Web associadas à área de e-learning e de bLearning do Cliente, os Serviços Formare garantem a disponibilização das seguintes funcionalidades: definição e gestão de perfis de acesso para administradores, formandos, coordenadores e professores ou tutores com diferentes privilégios; garantia de confidencialidade e autenticação personalizada; lista de cursos de formação, de utilizadores e de novidades; criação e gestão de áreas temáticas, de catálogos de cursos e acções de formação; gestão on-line de inscrições de formandos; serviços de mensagens electrónicas em sala virtual; acesso Web com transferência de ficheiros (download e upload); fórum de debate e canal de comunicação interactiva síncrono ou assíncrono; acesso a um serviço de gestão de alertas; indicadores de utilização (cursos, acções de formação, inscrições, avaliação e actividades de acesso à plataforma), disponíveis online e em função do perfil do utilizador; acesso a uma área de gestão personalizada para cada utilizador; gestão online de uma área de notícias (ou destaques) para a instituição; acesso online ao serviço de Ajuda (Help) em formato Web; acesso a uma área de lazer (incluindo chat, mensagens e jogos); acesso a uma área de biblioteca com partilha de recursos do tipo link, ficheiro ou publicação, organizados por áreas temáticas; e acesso online a toda a documentação de suporte (descrição geral, manuais de utilização, notícias, configuração, procedimentos, interfaces, glossários e ajuda).
Relativamente à avaliação estão disponíveis:
Questionários para auto-avaliação (com os seguintes tipos de pergunta/resposta: Verdadeiro/Falso; Escolha múltipla; Preenchimento; Associação / relacionamento e Desenvolvimento. Cada questionário poderá ser constituído por perguntas aleatórias, com número de tentativas limitado, ponderação variável, parametrização do período de disponibilização, auto-correcção automática e comentários de feedback).
Inquéritos de avaliação (com possibilidade de obter a reacção e a opinião dos participantes sobre a qualidade da formação ministrada. A cada inquérito está associado um conjunto de filtros para visualização das respostas dadas e para respectiva impressão em relatório).
Trabalhos Individuais e de Grupo (com possibilidade de gestão dos grupos de trabalho, elaboração dos enunciados, criação de áreas específicas por grupo, com controlo e registo de entregas).
Para além de todos estes serviços, um parceiro ou um cliente Formare passa a utilizar as novas TIC (Tecnologias de Informação e de Comunicação), em ambiente Internet / Intranet, com a sua identidade própria; o seu marketing e imagem; a sua oferta de formação; os seus próprios alunos e professores; o anúncio e registo dos seus próprios cursos; a gestão do seu próprio ambiente de e-learning; utiliza o português como língua oficial; possibilita costumizações à medida, tendo em conta que todo o software de base foi desenvolvido pela PT; permite uma gestão flexível de recursos para e-learning, para bLearning e para apoio a aulas presenciais; permite uma interacção com todos os intervenientes do sistema; disponibiliza serviços síncronos e assíncronos para ensino a distância; possibilita o carregamento, a gestão e a difusão de conteúdos formativos e informativos em diversos formatos, normalizados e não normalizados; possibilita a aprendizagem em ambiente de autoformação (auto-aprendizagem) e de turma virtual (aprendizagem colaborativa); é certificado pela ADL (Advanced Distance Learning) e segue as recomendações do standard SCORM 1.2. (www.formare.pt)
3.3.8 Novabase / Saf
3.3.8.1 DESCRIÇÃO
DA EMPRESA
A Novabase surge no ano de 1989 com um posicionamento de software house, especialista em desenvolvimento à medida. Definiu e formalizou o seu processo produtivo, tendo sido a primeira empresa portuguesa, neste mercado, a ser certificada pelo IPQ - Instituto Português da Qualidade, em Dezembro de 1994, segundo a norma NP EN ISO 9001.
Estabeleceu uma actividade de formação nas suas áreas tecnológicas de base, e conseguiu, neste período, os primeiros contratos em domínios fora da Administração Pública. Participou ainda como parceiro e como chefe-de-consórcio em projectos de Investigação e Desenvolvimento (I&D) internacionais.
Figura 23 – Site da Novabase (www.novabase.pt)
A Novabase organiza-se em duas divisões de negócio: Novabase Consulting (Consultoria, Integração de Sistemas e Outsourcing) e Novabase Engineering Solutions (TV Interactiva, Bilhética, Controlo de Acessos, Produtos de Telecomunicações). Cada divisão é responsável pela coordenação das empresas Novabase que actuam nas respectivas áreas de negócio. (www.novabase.pt)
Desde Dezembro de 2000, a SAF- Sistemas Avançados de Formação integra a rede Novabase. É uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções de e-learning em Portugal. Criada em 1991 pelo Instituto de Soldadura e Qualidade, desenvolveu mais de 200 conteúdos para formação com suporte nas tecnologias de informação, desde os CD ROM interactivos para formação offline até portais de e-learning. Ao longo destes anos a SAF também criou diversas plataformas para a gestão da formação online e desenvolveu metodologias para a implementação de sistemas de e-learning e gestão do conhecimento.
Assumindo-se como parceiro na concepção, desenvolvimento e integração de soluções elearning nos seus clientes, a SAF garante desde a concepção, o design e o desenvolvimento de conteúdos, até ao apoio técnico e também apoio na criação de um ambiente de ensino customizado. Os serviços de implementação incluem também o re-aproveitamento de conteúdo, gestão do projecto, serviços de customização e integração, online mentoring e hosting de plataformas.
Disponibiliza ainda uma infra-estrutura tecnológica a medida baseada nas necessidades do cliente garantindo um serviço seguro e disponível 24 horas assegurando a gestão e manutenção de todo o sistema de e-learning. Este serviço numa modalidade de "hosting" poupa aos clientes o investimento em hardware e software disponibilizando a SAF uma equipa técnica responsável por garantir toda a operacionalidade necessária. (www.saf.pt)
A SAF desenvolveu parcerias estratégicas com a IBM Mindspan Solutions, da qual é Business Partner, com a PT-Inovação, com a Blackboard e com a Qarbon. Procura soluções para e-learning, e consulta o mercado na expectativa de obter novas plataformas tecnológicas que vão de encontro às necessidades específicas dos seus parceiros. Desenvolveu parcerias para o desenvolvimento de soluções de e-learning com a SIC, e o InstitutoVirtual. E no decurso das suas actividades, a SAF colaborou com as seguintes empresas, implementando soluções de e-learning:
Figura 24 – Site da Saf (www.saf.pt)
3.3.8.2 METODOLOGIA
PEDAGÓGICA
A Saf permite a implementação ou a conversão de metodologias de ensino para um formato misto (presencial/on-line) ou unicamente com suporte na internet e efectuar mudanças organizacionais.
Em colaboração com vários parceiros tecnológicos, a SAF implementa plataformas de elearning robustas, expansíveis e customizáveis que suportam conteúdo compatível com os standards SCORM e AICC e que permitem a integração com sistemas existentes de ERP e HR. As principais características destas plataformas incluem gestão de conteúdos, colaboração em tempo real, registo e relatórios de interacções dos utilizadores, criação de testes entre muitas outras funcionalidades quer em ambientes Internet como Intranet. (www.saf.pt)
Figura 25 – Empresas clientes
3.4 INSTITUTOS E ASSOCIAÇÕES DE E-LEARNING
3.4.1 IQF (Instituto para a Qualidade na Formação)
O IQF é um instituto público, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, vocacionado para o reforço da qualidade e eficácia do sistema de formação profissional em Portugal. Este organismo de apoio estratégico à profissionalização e desenvolvimento das entidades e profissionais de formação, desenvolve projectos que visam criar um sistema de formação mais estruturado, qualificado e adequado às necessidades das pessoas e das organizações.
O IQF visa contribuir para a melhoria e eficácia das intervenções formativas, concebendo e disponibilizando elementos que reforcem a sua adequação, utilidade e impacto nas pessoas, nas organizações e na própria sociedade. Colocando a pesquisa e a inovação ao serviço do desenvolvimento de competências individuais e colectivas, o IQF pretende contribuir para a modernização da economia, a competitividade das empresas, a equidade social e a racionalização, estruturação e qualidade do sistema de formação. (www.iqf.pt)
Figura 26 – Site do IQF (www.iqf.pt)
A melhoria deste sistema implica a transferência de modelos, metodologias e soluções organizacionais inovadoras. Estes factores de qualidade são estimulados e promovidos pelo IQF no quadro de uma política de parcerias e de trabalho em rede, envolvendo actores nas áreas da educação, da formação e do emprego em contextos de relação interactiva. Utiliza como metodologia a operacionalização e ligação efectiva entre a investigação, as necessidades reais e as práticas formativas; a inserção em redes de conhecimento nacionais e internacionais; e o estímulo à cooperação e à partilha de experiências entre actores públicos, privados e instâncias emergentes da sociedade civil. Os seus destinatários são entidades formadoras; profissionais da formação; entidades públicas; instituições de educação; parceiros sociais; empresas; centros de produção e difusão de conhecimento; associações e organizações não governamentais; consultores e cidadãos interessados.
O IQF propõe-se estudar e difundir a evolução das qualificações e o diagnóstico das necessidades de formação por sector de actividade e disponibilizar informação que permite aos actores dos sistemas de emprego/formação antecipar as competências de futuro e enquadrar a formação como uma das estratégias de resposta à competitividade. Em termos mais específicos, este projecto tem como objectivo responder a uma multiplicidade de actores, principal e prioritariamente àqueles que têm como missão o planeamento da formação, envolvidos na construção das qualificações. Neste sentido, os resultados deste projecto fornecem elementos para:
Identificar as necessidades de formação mais prioritárias
(Re)definir conteúdos de formação coerentes com a evolução dos empregos e das qualificações
Construir módulos de formação
Desenvolver a complementaridade entre os diferentes subsistemas de formação
Intervir na renovação das representações sociais sobre as formações e as profissões
Se os resultados forem positivos é dado título de acreditação ao destinatário, que consiste numa operação de validação técnica e de reconhecimento da capacidade formativa. Constitui uma condição necessária para o acesso aos fundos públicos disponíveis para apoio à formação profissional. Tem como objectivos:
Contribuir para a elevação da qualidade e adequação das intervenções formativas;
Contribuir para um maior rigor e selectividade no acesso e eficácia na aplicação dos fundos públicos disponíveis para apoio à formação profissional;
Contribuir para a clarificação da oferta formativa, mediante a construção de referenciais que possam constituir base de orientação para utilizadores, entidades formadoras, profissionais de formação e cidadãos em geral;
Contribuir para a estruturação do sistema de formação profissional e a profissionalização dos seus actores;
Apoiar as entidades na melhoria gradual e contínua das suas capacidades, das suas competências e dos seus recursos pedagógicos.
A acreditação explícita em diagnóstico, planeamento e acompanhamento e avaliação é reservada às entidades que demonstrem competências específicas nestes domínios de intervenção, sustentadas em metodologias e instrumentos técnicos adequados. Ao nível da formação co-financiada, estas entidades podem assegurar a condução de acções ou projectos cujo objectivo consiste, especificamente, em identificar necessidades de formação, planear e/ou avaliar intervenções formativas, bem como apoiar, neste âmbito de competências, projectos formativos desenvolvidos por outras entidades. (www.iqf.pt)
3.4.2 APDT (Associação de língua Portuguesa para o Desenvolvimento do Teletrabalho)
A APDT é uma associação sem fins lucrativos que se dedica à promoção e desenvolvimento do teletrabalho. As actividades da APDT, a funcionar desde meados de 1997, conseguiram despertar a atenção de muitos potenciais teletrabalhadores.
O interesse dos media, desde os principais jornais e revistas passando pela TV, tem sido estrategicamente importante para despertar a atenção de toda a sociedade para os benefícios do teletrabalho como uma nova forma de trabalhar e melhorar a qualidade de vida. Tudo isto permitiu o consolidação de uma sólida plataforma para o desenvolvimento do teletrabalho em Portugal e tem, ainda, a potencialidade de ligar mais de 200 milhões de falantes de português de todo o mundo. (www.apdt.org)
Figura 27 – Site da APDT (www.apdt.org)
A APDT, trabalhando em conjunto com os governos de Portugal e Brasil, e nomeadamente os seus Ministérios Científicos e Tecnológicos, organizou um conjunto de eventos no Rio de Janeiro, Brasil, denominados de "Redescoberta 2000". Esta é uma das formas com que o teletrabalho português vai cruzar as fronteiras continentais para assumir a sua posição estratégica no mundo e reafirmar a universalidade da cultura e língua portuguesa.
A APDT propõe-se promover o teletrabalho no contexto do crescimento da economia e da criação de empregos; apoiar os seus Associados no processo de criação do respectivo plano de negócio, nomeadamente a nível de pesquisas de mercado e de formas de publicidade e promoção do mesmo; promover e incentivar o contacto entre os Associados e as entidades
que possam fornecer formação específica na área para a qual os seus Associados se encontrem vocacionados; promover a criação de seminários e conferências sobre o teletrabalho, providenciando o suporte para as necessárias trocas de ideias e experiências entre os Associados; proceder à divulgação periódica das diversas iniciativas locais, regionais ou nacionais efectuadas e ou a efectuar no âmbito da promoção e apoio ao teletrabalho; e promover o relacionamento com Associações nacionais e estrangeiras que visem prosseguir as mesmas finalidades. (www.apdt.org)
3.5 CONCLUSÃO
O actual panorama do e-learning em Portugal apresenta-se algo confuso. Para além das empresas tradicionais já instaladas há algum tempo, começam a aparecer inúmeras instituições, públicas e privadas, que lançam programas a distância. Apesar de nenhuma destas empresas estar claramente estabilizada, nota-se a apetência pela exploração de nichos de mercado, tendo em conta a existência de públicos muito específicos, com poder de compra e com características adequadas à venda destes serviços.
Não é pois de estranhar que estas novas empresas tenham começado as suas actividades em áreas relacionadas com as novas tecnologias emergentes da Sociedade da Informação e com a Gestão. Normalmente são cursos especializados e destinados a um público que já tem sólida formação de base, nomeadamente de informática, naturalmente mais motivado e capacitado para efectuar a sua própria auto-formação utilizando metodologias de ensino a distância.
Podemos ainda concluir que o e-learning exige uma metodologia própria que, inclusive, inspira mudanças profundas no modelo de transmissão que prevalece numa sala de aula presencial. Não basta ter o computador conectado em alta velocidade de acesso e ampla disponibilização de conteúdos para assegurar a qualidade na formação. É necessário contar com ferramentas ou interfaces que compõem o ambiente virtual de aprendizagem, onde acontecem a interactividade e aprendizagem (fórum, chat, e-mail e videoconferência).
Neste capítulo ainda pudemos constatar que para as entidades que pretendam beneficiar de apoios públicos à formação profissional ou que reconheçam, contudo, na acreditação um factor distintivo, com valor promocional no mercado, poderão recorrer ao IQF. Assim como à APDT que poderá ajudar a explorar a melhor forma de montar plataformas que favoreçam o trabalho em rede na língua portuguesa.
4. PROPOSTA DE METODOLOGIA DE UM CURSO DE E-LEARNING
4.1 INTRODUÇÃO
Depois de termos analisado algumas empresas de e-learning e a sua metodologia pedagógica, neste capítulo iremos propor um modelo para um curso de e-learning que será construído na plataforma do WebCT.
Criar um curso de e-learning é um processo complexo. Este tipo de cursos destina-se a alunos que não dispõem da presença física de um professor/tutor e que dependem fundamentalmente dos conteúdos, actividades e recursos fornecidos para atingir com sucesso os objectivos de aprendizagem traçados. Por esta razão, consideramos importante para a eficácia e eficiência do processo instrutivo encorajar o contacto entre alunos e professor, desenvolver a colaboração entre alunos, promover a aprendizagem activa, favorecer o feedback e respeitar as capacidades e os estilos de cada aluno. Daí que, para o curso de formação que criamos, a concepção e desenvolvimento de conteúdos foram baseados nos pressupostos dos processos de ensino assentes na auto-aprendizagem.
Entre outras condições, este curso de e-learning teve de criar objectivos de aprendizagem explícitos, realizáveis e que correspondessem às necessidades dos formandos. Os conteúdos tiveram de ser organizados modularmente, com prazos bem definidos para as actividades a desenvolver. As instruções tiveram de ser simples e claras e que não correspondessem a tarefas demasiadamente complicadas. As leituras tiveram de ser reduzidas e complementadas por actividades que promovessem a aplicação dos conceitos, e a tecnologia de apoio teve de ser facilitadora da aprendizagem, amigável e adequada ao nível de conhecimento dos formandos.
4.2 METODOLOGIA
Olhando para as várias metodologias existentes e mais utilizadas (ADDIE, Dick e Carey, Rapid Prototyping Design, Alessi e Trollip), extraí delas os aspectos mais importantes para elaborar o meu modelo.
Da metodologia ADDIE considerei como passos relevantes: definir as metas de aprendizagem para o curso (análise), desenvolver os objectivos de aprendizagem e os seus métodos de avaliação (concepção), listar as actividades que irão ajudar os alunos a atingir os objectivos e desenvolver os materiais formativos (desenvolvimento), conduzir a implementação (implementação), e rever e avaliar cada fase, garantindo que o produto resultante é o que seria de esperar (avaliação).
Das nove etapas do modelo de Dick e Carey, considerei três: a especificação dos objectivos de aprendizagem, onde se traduzem as necessidades e metas, baseadas em objectivos gerais e específicos, de forma a relacionar o processo instrutivo com as metas; a avaliação formativa, de forma a obter dados para rever e melhorar os materiais e o processo formativo; e a avaliação sumativa, onde se pretende avaliar a eficiência do sistema formativo no seu todo.
Considerei ainda o modelo Rapid Prototyping Design (RPD), porque reforça a participação dos alunos, como utilizadores, no processo de desenvolvimento. E, por último, no modelo de Alessi e Trollip, baseado em três fases diferentes, considerei relevante a segunda fase, ou seja, a avaliação formativa ao longo de todo o percurso.
Depois de ter analisado e filtrado os aspectos mais importantes destas metodologias, elaborei o meu modelo.
Na primeira etapa é efectuada uma abordagem aos temas com recurso a uma metodologia baseada em mecanismos de auto-aprendizagem (apresentações de diapositivos, manuais e bibliografia de apoio).
De seguida, para que o formando se aperceba das suas próprias limitações e falhas, através de uma avaliação contínua, é tida em conta a sua participação efectiva em exercícios práticos, trabalhos individuais e de grupo, estudos de casos práticos e simulações de situações concretas da realidade profissional.
Ao longo do curso há um acompanhamento regular por parte do formador, com o objectivo de discutir a evolução do formando e prestar o apoio necessário mediante o contacto por correio electrónico, fórum, chat e grupos de discussão.
E, no final de cada tema o formando é sujeito a uma avaliação sumativa, com a finalidade de o formador saber se ele atingiu os objectivos de aprendizagem traçados.
4.3 CONCEPÇÃO DO CURSO
Construir este tipo de cursos é uma tarefa delicada, dado que para além da componente pedagógica, é preciso saber cativar , motivar e estimular remotamente o aluno. Portanto, antes de se iniciar o processo de criação do software, existem outras fases de concepção.
A primeira reside na escolha do suporte pedagógico de formação. É decidido o tipo de conteúdo a disponibilizar, de acompanhamento remoto e de outros factores, como por exemplo, a população a formar, a plataforma tecnológica, os custos e o contexto do curso.
A fase seguinte consiste em especificar o projecto de formação, na qual o produto final é definido em detalhe, no seu cronograma, planificação e ambiente de aprendizagem.
E, por último, a fase de desenvolvimento do produto final, antes de começar a programar o software, para depois e-formar.
4.3.1 Caracterização dos Sujeitos Participantes
A informação obtida sobre os alunos deve ser o mais completa possível, pois deste modo será melhor a adequação dos materiais e tecnologias utilizadas. Para conhecermos o nosso públicoalvo devemos saber quais são as suas competências culturais, mentais e de leitura, a sua motivação e interesses, a sua familiaridade com a Web, se tem acesso a computadores e à Web, a sua disponibilidade de tempo e se tem deficiências físicas.
No nosso modelo, começamos por caracterizar os 12 sujeitos participantes (formandos) através da distribuição de uma ficha de identificação (Anexo A) onde se pedia alguns dados, como por exemplo, a idade, a formação académica, os cursos de formação profissional já frequentados, o nível de conhecimentos informáticos, a sua situação profissional e os motivos da sua inscrição no curso.
Dos 10 formandos que participaram no curso, como podemos verificar no gráfico 1, as idades compreenderam entre os 21 e os 42 anos, tendo em consideração que 80% dos formandos se encontravam na faixa etária dos 20 anos.
Gráfico 1 – Idade dos Formados
Relativamente à formação académica, a maioria dos sujeitos participantes (60%) tinham o 12º ano, 20% o 11º ano e os restantes o 9º ano (Gráfico 2).
Como podemos verificar no gráfico seguinte, todos os formandos já tinham frequentado cursos de formação profissional: 70% 2 cursos e 30% 3 cursos.
Gráfico 2 – Formação Académica
Gráfico 3 – Cursos de Formação Profissional já frequentados
Para completarmos a nossa caracterização, solicitamos ainda que referissem o nível de conhecimentos informáticos, para deste modo podermos saber se os materiais e tecnologias utilizadas estavam adequados.
Conforme podemos ver no gráfico 4, a maioria dos formandos (70%) classificaram-se com níveis positivos. Daí, podermos concluir que estavam completamente à vontade com o computador. Apenas 30% poderiam encontrar algumas dificuldades e barreiras na sua utilização.
Na caracterização dos formandos ainda podemos referir que 70% estavam empregados e os restantes 30% encontravam-se em situação de desemprego.
Em relação aos motivos que levaram os sujeitos participantes a frequentar este curso, constatamos nas suas respostas que 80% queria adquirir mais conhecimentos e os restantes 20% actualizar os seus conhecimentos na área do secretariado.
Gráfico 4 – Nível de conhecimentos informáticos
4.3.2
Objectivos do Curso
Os objectivos traçados para este curso tiveram em conta que os alunos iam aceder aos materiais do curso de forma independente, e a sua aprendizagem era conseguida pela consulta guiada das fontes de informação. Estas foram variadas, desde a consulta de manuais, diapositivos, fórum e comunicação através do correio electrónico entre colegas e professor.
Para além das metas genéricas da aprendizagem, foram estabelecidos objectivos concretos que permitiram aos alunos saber, em cada passo do curso, o que se esperava que eles aprendessem. Estes objectivos permitiram estabelecer os critérios de desempenho dos alunos e identificar as estratégias educativas e as ferramentas tecnológicas mais adequadas.
Os objectivos foram terminais, correspondentes ao que aluno deveria ser capaz de fazer ou compreender no final de cada módulo. Os objectivos foram apresentados da seguinte forma:
Figura 28 – Objectivos do curso
4.3.3
Documentação Distribuída
Neste curso a documentação acessível aos alunos foi criada em formato de texto, composta por diapositivos, onde a matéria era apresentada de forma mais sintética, por manuais e ainda a possibilidade de consultar bibliografia sobre as matérias abordadas no curso.
Para a produção destes documentos, utilizamos ferramentas de processamento de texto normais, como Microsoft Word e Microsoft Powerpoint, que têm a vantagem de fazer a verificação sintáctica, simplificando o trabalho de revisão. Permitem igualmente a gravação em vários formatos que podem ser reutilizados noutras ferramentas.
Na elaboração dos manuais tivemos o cuidado de complementar os textos com imagens estáticas, permitindo tornar mais rica a informação transmitida. Definimos previamente o estilo do manual para garantir que a qualidade, tipo e consistência das imagens se manteriam coerentes ao longo de todo o curso, utilizando uma metáfora comum. Ao definirmos o estilo tivemos obviamente em conta o curso e o público a que se destina.
Figura 29 – Diapositivos
Figura 30 – Manual do curso
Figura 31 – Bibliografia do curso
4.3.4 Atendimento Remoto
Neste curso pudemos efectuar o atendimento remoto de diversas formas: através de grupos de discussão, de e-mail ou do chat do WebCT. Este último permitia que houvessem discussões síncronas online entre dois ou mais participantes.
Uma sessão de chat periódica tem como benefícios ser um complemento de um curso, poder fornecer um fórum mais interactivo para os participantes, e o professor poder marcar horas para que os alunos disponham de feedback imediato.
Como inconvenientes, esta ferramenta com mais de duas pessoas no chat, pode tornar-se confuso seguir diversos fios de pensamento, e ser difícil coordenar uma sessão onde todos os alunos podem participar (diferentes fusos horários, etc.).
Através do e-mail os alunos podem comunicar com o formador, no caso de quererem tirar dúvidas ou então enviar a resolução de alguns exercícios. O formador também pode utilizar
Figura 32 – Chat
esta ferramenta para enviar comunicados aos alunos, como por exemplo uma carta de boas vindas.
Também durante este curso os alunos podiam aceder a grupos de discussão para discutir ou ler textos relacionados com o conteúdo do curso.
Figura 33 – E-mail
Figura 34 – Grupos de discussão
4.3.5 Apresentação Gráfica das Matérias
Num curso, tal como num livro, procura-se informação fiável e actual. Para que essa procura seja rápida e eficaz é necessário existir ordem e estrutura. A forma como a informação é apresentada ao aluno, isto é, a organização dos gráficos e do texto, permite criar um impacto inicial, chamar a atenção e tornar a interacção mais agradável e eficiente.
A apresentação gráfica das matérias pode influenciar o desenvolvimento do sistema de ensino à distância. Neste curso não existem imagens de alta resolução com o intuito de demonstrar as matérias a ensinar, mas apenas imagens para ilustrar o seu conteúdo.
Contudo, para ensinar eficazmente alguns tipos de matérias, já é necessário recorrer a imagens de alta resolução, para melhor ilustrar os seus conceitos, logo este tipo de imagens necessita de tecnologia adequada, sem a qual o conteúdo pode perder-se.
O desenho gráfico deve criar uma lógica visual e um equilíbrio entre o conforto visual e a informação textual e gráfica. Sem o impacto visual da forma, da cor e dos contrastes, as páginas tornam-se aborrecidas e desinteressantes. Documentos com demasiado texto ou gráficos, que não tenham equilíbrio na apresentação, na quantidade de texto, nos tipos de letra, etc., foram evitados.
A chave para o sucesso do design visual de conteúdos multimédia está no bom senso e na manutenção do sentido de proporção. A aplicação prática destes factores depende, no entanto, dos conteúdos a transmitir e do público-alvo (maturidade, formação, expectativas, etc.). Regra geral, a forma de apresentar a informação induz a sequência de visualização dos conteúdos.
Deve existir liberdade de navegação, isto é, o estudante deve ser livre de seguir o caminho de aprendizagem que escolher, podendo partir para temas que mais lhe interessem. Claro que existem excepções em que o acesso a parte da matéria pode ser limitado. Por exemplo, quem não passou por capítulos obrigatórios não poderá aceder aos finais, ou quem não se submeteu a um exame de avaliação não pode passar à parte seguinte do curso.
4.3.6 Navegação nos Programas
A aprendizagem deste curso na plataforma WebCT passa por várias etapas. Quando o aluno começa a navegar nos programas deve aceder, numa primeira fase de preparação, ao programa do curso, onde para além de ficar a saber algo mais sobre o curso, também fica a conhecer o formador, os objectivos do curso, a metodologia adoptada, a bibliografia requerida, a quem se destina este curso, e o que se pretende em cada uma das sessões.
Neste modelo, quando os formandos acedem ao curso “Técnicas de Secretariado” na plataforma WebCT, a primeira coisa que vêem é a Página Inicial. Esta é a porta de entrada para o curso.
A segunda etapa centra-se no processo de aquisição. Nesta altura o formando desenvolve dois tipos de actividades: informação e produção. Na primeira categoria estão compreendidos os
Figura 35 – Homepage
conteúdos teóricos, os quais além de pertencerem ao curso, também referem links a outros conteúdos auxiliares.
Por sua vez, nas actividades de produção, o formando realiza trabalho activo na matéria estudada através de questionários em que poderá ver em simultâneo a sua pontuação de acordo com as suas respostas dadas. Também poderá mostrar trabalho através de exercícios, cujos resultados poderão ser enviados por e-mail para o formador.
Ainda nas actividades de produção, estão disponíveis textos e casos práticos para os formandos discutirem em grupo no fórum. Na discussão de cada tema entre os elementos do grupo e também para outras situações, os formandos podem entre eles trocar opiniões e ideias através do Correio e do Chat do curso.
Figura 36 – Conteúdos do curso
4.3.7 Progressão nos Materiais de Ensino
Na elaboração deste modelo as ferramentas que utilizamos para avaliar a progressão do formando nos materiais de ensino apresentados na plataforma do WebCT foram os questionários de escolha múltipla, os exercícios, os testes de avaliação e a participação em discussões.
Nesta última fase o professor atribui uma nota final depois de corrigir todos os exercícios, testes de avaliação e de analisar a participação dos formandos nos temas de discussão.
O único inconveniente encontrado na escolha das ferramentas de avaliação dos alunos neste modelo de curso de e-learning foi a possível falta de autenticidade, segurança e confidencialidade. Para prevenirmos este problema de os alunos terem «ajuda», descobrimos que o WebCT consegue colmatar este tipo de situações e reduzir a tentação dos alunos
Figura 37 – Questionário de escolha múltipla
copiarem, através da utilização do sistema de verificação de utilizador (login/password) que limita o acesso ao sistema.
Figura 38 – Exercícios
Figura 39 – Testes de Avaliação
Através de uma tela especial no WebCT chamada Gestão de Alunos, pudemos ver onde são colocados os dados a respeito dos alunos, a sua identificação no sistema e as suas notas. Ainda com esta ferramenta, antes de registarmos os alunos, pudemos definir o número de provas e trabalhos assim como as notas de cada uma das avaliações, pois é mais fácil para registar os alunos e notas desta maneira.
O plano com as notas é muito semelhante a um plano de cálculo e pudemos criar, alterar, renomear e excluir as colunas, de acordo com a barra de comandos disponível e da mesma forma que na Gestão de Ficheiros, isto é, primeiro selecciona-se a coluna e depois executa-se a operação.
Com esta ferramenta, Gestão de Alunos, pudemos ainda adicionar ou eliminar uma coluna do plano. Ao adicionar uma nova coluna, devemos especificar o tipo, se alfanumérico, texto (se as notas forem graduadas de A a E), numérico (notas em geral) ou calculado, como a média final, por exemplo.
Figura 40 – Gestão de Alunos
Se quiséssemos criar um plano para cálculo de notas, bastava adicionarmos colunas do tipo numérico para as notas de provas e trabalhos e uma coluna do tipo calculado, que iria efectuar operações com as outras colunas, para cálculo da média final.
4.3.8 Clareza do seu Conteúdo
Neste modelo de curso de e-learning, primeiro definimos quem (destinatários) vai aprender o quê (objectivos), quando, onde e como (metodologia).
A forma como apresentamos a informação no curso induz a uma sequência de visualização dos conteúdos. Tendo em conta esta apresentação, motivação para o uso e coerência, elaboramos conteúdos bastante claros e bem organizados.
Figura 41 – Mapa do Curso
Posteriormente, foram estabelecidas metas de aprendizagem, ou seja, aspectos que permitirão verificar se os alunos obtiveram ou não sucesso no final de cada módulo.
5. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO CURSO DE E-LEARNING
5.1 INTRODUÇÃO
No seguimento do capítulo anterior, onde foi proposta uma metodologia de um curso de elearning, iremos agora avaliar os resultados da sua implementação.
De acordo com Arnaldo Santos, a avaliação de um sistema de e-learning deve ser sistemática e baseada em três tipos de variáveis. A primeira é a avaliação pedagógica, a qual deve aferir e comparar os conhecimentos e aptidões adquiridos pelos alunos com os objectivos definidos para o curso. Esta avaliação pode ser realizada de acordo com testes ou exames finais –presenciais ou não -, trabalhos intermédios individuais ou em grupo, com interactividade do aluno ao longo do curso ou com todos eles.
De seguida, há a avaliação da formação, cujo objectivo é a recolha de dados sobre a adequação às metas expressas para cada curso, o nível de satisfação individual, a opinião e a percepção dos formandos e dos tutores sobre o conteúdo programático, os meios e métodos pedagógicos utilizados, os aspectos mais positivos e negativos e a acção na sua globalidade.
Em terceiro lugar, existe a avaliação do sistema de formação à distância, o qual permite avaliar o modelo, as tecnologias, a organização, o tipo de avaliação, o atendimento, os serviços, a duração, o plano de acção, os sistemas de interacção e os processos de gestão da própria formação. E para obter “re-alimentação” nos processos e respectivas melhorias, a avaliação deve ter validade estatisticamente, através de métodos e técnicas de investigação adequados.
Para definirmos os indicadores pertinentes ao processo de avaliação, estes devem ser achados a partir dos critérios de desempenho observáveis e mensuráveis pelo referencial de análise. No entanto, o quotidiano das empresas portuguesas mostra que a avaliação é na maior parte das vezes descurada, penalizando o aperfeiçoamento do sistema de formação.
5.2 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
Neste capítulo, iremos proceder à recolha de dados que irão permitir reunir evidências fiáveis e válidas e sustentar as respostas às questões formuladas. De entre várias ferramentas como por exemplo: entrevistas, questionários, registo de dados, etc., escolhemos como método de recolha de dados o questionário. Este foi elaborado e distribuído no final do curso. Nele os alunos puderam exprimir a sua opinião em relação a vários itens.
Os questionários embora pudessem incluir questões abertas, que obrigavam a maior reflexão por parte do respondente e, como tal, menos susceptíveis de serem respondidas (opiniões e descrições, por exemplo), optamos por obter dados muito concretos. Por isso, usamos as questões fechadas, que apresentam um número limitado de hipóteses de resposta, e que obrigam a antecipar as respostas prováveis não permitindo que o utilizador expresse a sua própria opinião.
Dos 12 alunos obtivemos 10 respostas e cada uma delas estava classificada numa escala de 1 a 5, nível de satisfação crescente e ainda com a possibilidade de o aluno poder optar por “sem opinião”.
5.2.1 Tecnologia e Metodologia de Ensino
Relativamente à primeira pergunta do questionário, acerca da satisfação do aluno com a tecnologia usada, como podemos observar no gráfico 5, todos os alunos estiveram globalmente satisfeitos. E a maioria (70%) podemos considerar muito satisfeita, porque atribuíram classificação 4 na sua resposta.
Em relação à capacidade do computador do aluno poder suportar as tecnologias de apoio, como podemos verificar no gráfico 6, a frequência de respostas obtidas foi bastante positiva.
Daí podermos concluir que as condições de suporte para frequentar este curso eram adequadas.
Gráfico 5 – Satisfação com a tecnologia usada
Gráfico 6 – Capacidade do PC do aluno suportar as tecnologias de apoio
Quanto à terceira pergunta do primeiro grupo do questionário, como podemos reparar no gráfico 7, a maioria dos alunos frequentaria outro curso que usasse as mesmas tecnologias, e apenas 10% classificou a questão com 2 pontos.
Gráfico 7 – O aluno frequentaria outro curso que usasse as mesmas tecnologias
5.2.2 Importância da Interacção na Aprendizagem
Neste segundo grupo do questionário pedia-se aos alunos que avaliassem a importância da interacção na sua aprendizagem. Como podemos verificar no gráfico 8, a maioria dos alunos considerou importante a interacção entre o aluno e o professor.
Relativamente à interacção entre alunos, podemos notar no gráfico 9 que apenas 60% a classificou positiva, atribuindo 3 pontos à questão. Os restantes 40% foram divididos entre 2 pontos e “sem opinião”.
Podemos concluir que os alunos consideraram mais importante para a sua aprendizagem a interacção entre professor-aluno do que aluno-aluno.
Gráfico 8 – Interacção aluno – professor
Gráfico 9 – Interacção aluno – aluno
5.2.3
Organização dos Materiais
O terceiro grupo apresenta 17 questões, e indaga ao aluno a sua percepção quanto à qualidade de diversos aspectos apresentados neste curso de e-learning. De acordo com as suas experiências ao frequentarem este curso, podemos verificar que a maioria dos alunos (60% a 70%) classificou com 5 pontos, nota máxima, as primeiras 3 questões do terceiro grupo.
Gráfico 10 - Apresentação dos objectivos
Gráfico 11 - Explicação da metodologia do curso
Como pudemos reparar nestes 3 gráficos, a maioria dos alunos atribuiu uma pontuação máxima relativamente à qualidade na apresentação dos objectivos do curso, na explicação da metodologia e na exposição dos conteúdos.
5.2.4 Aplicação dos Conhecimentos Adquiridos
Em relação às questões que abordavam a aplicação prática dos exercícios e a englobalização do módulo na avaliação, conforme podemos ver nos gráficos 13 e 14, entre 50% e 60% dos alunos classificou com 4 pontos estas questões. Os restantes 50% e 40% foram distribuídos pelos pontos 3 e 5, ambos positivos.
Gráfico 12 - Exposição dos conteúdos
5.2.5 Ferramentas de Comunicação
Nas questões 3.6, 3.7 e 3.8 pede-se aos alunos que avaliem as ferramentas de comunicação disponíveis neste curso de e-learning.
Gráfico 13 - Aplicação prática dos exercícios
Gráfico 14 - Englobalização do módulo na avaliação
Quanto à utilidade do fórum na aplicação de conhecimentos (gráfico 15) e à capacidade de comunicação através do chat (gráfico 16), podemos notar que 30% e 40% respectivamente não tiveram opinião para responder. Podemos deduzir que esta percentagem de alunos não utilizou este tipo de ferramentas durante a sua frequência no curso.
15 - Utilidade do fórum na aplicação de conhecimentos
Gráfico 16 - Capacidade de comunicação através do chat
Em relação ao apoio através de e-mail, como podemos ver no gráfico 17, os alunos já se sentem mais à vontade para usar esta ferramenta, porque 90% das respostas foram positivas e apenas 10 % dos alunos respondeu “sem opinião”.
Gráfico
5.2.6 Participação no Curso
As questões 3.9, 3.10 e 3.11 indagam os alunos se se sentem confortáveis ao participar em discussões de grupo, se fazem perguntas quando se sentem confusos e se as perguntas que fazem são respondidas. Conforme podemos ver nos gráficos 18, 19 e 20, as respostas foram bastante positivas, variando entre os 90% e os 100%, com uma classificação entre os 3 e os 4 pontos.
Gráfico 17 - Apoio através de e-mail
Gráfico 18 – O aluno sente-se confortável ao participar em discussões de grupo
5.2.7 Feedback Do Curso
As próximas 4 questões tentam apurar dos alunos se ao longo do curso sentiram que o professor demonstrou interesse pelo que o aluno dizia, se sentiram que eram reconhecidos pelo professor e pelos colegas e se sentiram que estavam a aprender os conteúdos.
Gráfico 19 – O aluno faz perguntas quando se sente confuso
Gráfico 20 - As perguntas que o aluno faz são respondidas
Como podemos ver nos gráficos 21 e 22, nas questões 3.12 e 3.13, 100% das respostas foram positivas. Podemos concluir que o papel do professor foi desempenhado com sucesso e que demonstrou interesse e reconhecimento pelos alunos.
Gráfico 21 - O professor demonstra interesse pelo que o aluno diz
Gráfico 22 – O aluno sente que é reconhecido pelo professor
Relativamente à questão 3.14 apenas 10 % dos alunos respondeu “sem opinião”, e a restante classificação foi dividida entre os pontos 3 e 4. Constatamos que é uma classificação positiva, apesar de não ter havido muita interacção entre os colegas.
Em relação à questão 3.15, além de termos obtido 100% de respostas positivas, ainda podemos referir que 40% dos alunos atribuiu 5 pontos à questão, classificação máxima.
Gráfico 23 – O aluno sente que é reconhecido pelos colegas
Gráfico 24 – O aluno sente que está a aprender os conteúdos
5.2.8 Grau de Interacção
As questões 3.16 e 3.17 interrogam o aluno se está satisfeito com o grau de interacção com o professor e com os outros alunos. Conforme podemos ver nos gráficos 25 e 26, as respostas foram positivas em ambas as questões. Apenas podemos referir que há uma diferença entre ambas.
Relativamente à primeira questão 80% dos alunos atribuiu 5 pontos (pontuação máxima), enquanto que na segunda questão a maioria dos alunos (70%) classificou-a com apenas 3 pontos e 10% “sem opinião”.
Gráfico 25 – O aluno está satisfeito com o grau de interacção com o professor
Podemos concluir que os alunos ficaram mais satisfeitos com o grau de interacção com o professor do que com os outros alunos.
5.2.9 Oportunidade de Interagir
O quarto grupo apresenta 5 questões que têm como objectivo comparar este curso de elearning com cursos presenciais que os alunos já tenham frequentado.
Relativamente às duas primeiras questões verificámos que apesar de 60% dos alunos terem classificado ambas as questões com 3 pontos, existe uma diferença entre elas. Enquanto que na primeira questão apenas subsiste 10% de respostas negativas, na segunda questão 30% dos alunos respondeu negativamente.
Gráfico 26 – O aluno está satisfeito com o grau de interacção com os outros alunos
Gráfico 27 – O aluno teve mais oportunidade de interagir com o professor do que em situações presenciais
Gráfico 28 – O aluno teve mais oportunidade de interagir com os outros alunos do que em situações presenciais
Podemos concluir que 90% dos alunos teve mais oportunidade de interagir com o professor neste curso de e-learning do que em situações presenciais. Contudo, como podemos ver nos gráficos seguintes, em relação à interacção com os outros alunos apenas 70% teve mais oportunidade de interagir do que em situações presenciais.
5.2.10
Avaliação da Envolvente
A questão 4.3 indaga o aluno se se sentiu mais confortável ao participar em discussões do que em situações presenciais. Como podemos ver no gráfico 29, a maioria dos alunos (60%) não respondeu a esta questão. Concluímos, por isso, que os alunos não se sentiram confortáveis para utilizar esta ferramenta.
Gráfico 29 – O aluno sentiu-se mais confortável ao participar em discussões do que em situações presenciais
Relativamente às questões 4.4 e 4.5, conforme podemos ver nos gráficos 30 e 31 respectivamente, 90% das respostas foram positivas. Podemos concluir que o aluno sentiu que a aprendizagem foi mais eficaz do que em situações presenciais e que existiu uma maior variedade de ferramentas de aprendizagem do que em situações presenciais.
Gráfico 30 – O aluno sentiu que a aprendizagem foi mais eficaz do que em situações presenciais
Gráfico 31 - Existiu uma maior variedade de ferramentas de aprendizagem do que em situações presenciais
5.3 CONCLUSÃO
Neste capítulo procedemos à avaliação dos resultados de um curso de e-learning. Escolhemos como método de recolha de dados o questionário, que foi elaborado e distribuído por e-mail aos formandos no final do curso. Com esta ferramenta demos a possibilidade aos alunos de exprimirem a sua opinião em relação à operacionalidade e envolvente do curso, e simultaneamente podermos demonstrar o nosso modelo de um curso de e-learning..
Da análise estatística obtida dos resultados deste questionário, pudemos apresentar neste capítulo algumas conclusões relativamente à tecnologia e metodologia de ensino utilizada, importância da interacção na aprendizagem, organização dos materiais, aplicação dos conhecimentos adquiridos, englobalização do módulo na avaliação, utilidade do fórum na aplicação dos conhecimentos, capacidade de comunicação através do chat e do e-mail, feedback do curso, grau de interacção, oportunidade de interagir e avaliação da envolvente.
De um modo geral, podemos concluir que os sujeitos participantes poucas vezes acederam à plataforma, e o motivo deveu-se ao facto de este tipo de modalidade de ensino ser novidade para a sua maioria. Apesar dos alunos não participarem tão intensamente como se esperava neste curso de e-learning, podemos concluir que os resultados obtidos foram bastante positivos.
CONCLUSÃO GERAL
Na abordagem teórica realizada procuramos descrever o conceito de e-learning através da junção de várias definições dadas por diversos autores. Enunciamos algumas das vantagens e desvantagens do e-learning, e definimos os cinco componentes estratégicos adequados a cada modelo de e-learning.
Num segundo momento, procedemos ao levantamento e descrição de algumas iniciativas nacionais. Abordamos organismos que visavam contribuir para a melhoria e eficácia das intervenções formativas, e que ajudavam a explorar a melhor forma de montar plataformas que favorecessem o trabalho em rede na língua portuguesa.
Em função da análise efectuada propusemos um modelo de formação baseado no e-learning e construímos na plataforma do WebCT um curso de e-learning. Com a sua implementação, pudemos caracterizar vários aspectos importantes, entre eles, a operacionalidade da plataforma, a documentação distribuída, o atendimento remoto, a apresentação gráfica das matérias, a facilidade de navegação nos programas, a progressão nos materiais de ensino e a clareza do seu conteúdo.
A última fase consistiu na avaliação dos resultados obtidos da implementação do curso de elearning. Dos factores analisados: tecnologia e metodologia de ensino; importância da interacção; organização dos materiais; aplicação dos conhecimentos adquiridos; ferramentas de comunicação; participação no curso; feedback do curso; grau de interacção; oportunidade de interagir e avaliação da envolvente, defendidos por autores como condicionantes essenciais para o sucesso da modalidade e-learning, foram, neste estudo, bastante relevantes para podermos propor este modelo pedagógico de e-learning.
Salientamos dos dados obtidos que:
a) Todos os sujeitos participantes, tendo as condições de suporte para frequentar este curso, estiveram globalmente satisfeitos com a tecnologia usada e a maioria deles frequentaria outro curso que usasse as mesmas tecnologias (ver gráficos 5, 6 e 7);
b) A interacção entre alunos não foi considerada muito relevante, porém, a interacção entre aluno e professor já se revelou bastante importante para a aprendizagem (ver gráficos 8 e 9);
c) A apresentação dos objectivos do curso, a explicação da metodologia e a exposição dos conteúdos foram classificados com bastante qualidade, assim como a aplicação prática dos exercícios e a englobalização do módulo na avaliação. Daí o aluno sentir que ao longo do curso estava a aprender os conteúdos e considerar que o papel do professor foi desempenhado com sucesso (ver gráficos 10, 11, 12, 13, 14, 21, 22 e 24);
d) Relativamente às ferramentas de comunicação disponíveis neste curso de e-learning, os alunos sentiram-se à vontade para pedir apoio através de e-mail, porém, o mesmo não sucedeu com o fórum e o chat (ver gráficos 15, 16 e 17);
e) Verificamos que os alunos em situações presenciais sentem-se mais confortáveis ao participar em discussões de grupo, apesar de considerarem que nesta modalidade de ensino têm mais oportunidade de interagir com o professor (ver gráficos 27 e 29);
f) Comparativamente com situações presenciais os alunos sentiram que a aprendizagem fora mais eficaz, existindo uma maior variedade de ferramentas de aprendizagem (ver gráficos 30 e 31).
Este estudo validou a eficácia do nosso modelo pedagógico para um curso de e-learning.
Acreditamos que esta experiência foi satisfatória, pelo facto de todos os participantes se mostrarem muito satisfeitos com os resultados que obtiveram, com a possibilidade de receberem formação de fácil acesso, e declararem que participariam novamente noutro curso semelhante.
Em estudos futuros seria útil promover a validação deste modelo com outros grupos e confrontar os seus resultados de interacção, para sabermos se esta será necessária para uma aprendizagem em comunidade virtual.
BIBLIOGRAFIA
“Estudo empre-Learning – Promoção de estruturas de e-learning inovadoras, em língua portuguesa, que permitam o aumento das competências e promovam a empregabilidade.” (2003) Sociedade Portuguesa de Inovação.
Aggarwal, Anil (2000). Web-based learning and teaching technologies : opportunities and challenges. Hershey. Idea Group Publishing
Bettencourt, T. (1997). Possíveis Razões para uma Utilização Educativa da Internet. 2º Simpósio I&D de Software Educativo. Coimbra.
Boettcher, Judith V. (1997). Distance learning: the shift to interactivity. Boulder. CAUSE
Cadernos Nov@ Formação 2002: o futuro da formação a distância em Portugal.
Cadernos Nov@ Formação 2003: sociedade de informação - novas aprendizagens
Campbell, Katy (2004). E-ffective writing for e-learning environments. Hershey. Information Science Publishing
Carmo, H. (1999). “A Formação da Universidade Aberta, Balanço e Perspectivas”, comunicação e apresentação durante o Encontro Nacional de Ensino à Distância, organizado pelo INOFOR em 25 e 26 de Novembro de 1999, em Lisboa.
Carvalho, Carlos Miguel Miranda Vaz de (2001). Uma proposta de ambiente de ensino distribuído. Guimarães. Dissertação: Doutor em Sistemas de Informação, Universidade do Minho.
Carvalho, Margarida Maria Vicente (2003). Dissertação para o Mestrado em Sistemas de Informação, apresentada à Universidade do Minho “Caracterização da receptividade do elearning para um determinado público alvo”.
Carvalho, Carlos Vaz de (2003). Conceitos Básicos para o Desenvolvimento de Cursos Multimédia. Sociedade Portuguesa de Inovação.
Cavet, C. (1999). “Pédagogie Indiviodualisée et Formation d’Adultes”. Ingéniere de la Formation. CAFOC, Délégation Académique à la Formation Continue, Lyon.
E-Learning - o papel dos sistemas de gestão da aprendizagem na Europa. (2002)
Esteves, P. (1999). Novos Desafios à Concepção, Produção e Distribuição de Conteúdos.
Comunicação e apresentação durante o Encontro Nacional de Ensino à Distância, organizado pelo INOFOR em 25 e 26 de Novembro de 1999, em Lisboa.
Fernandes, Carina Alexandra Araújo (2003). Dissertação para o Mestrado em Sistemas de Informação, apresentada à Universidade do Minho “Projecto-piloto de e-learning numa instituição de ensino superior: a perspectiva dos pontos críticos”.
Ferreira da Silva, A. (1999).O Controlo do Aluno no Ensino a distância. Apresentação e publicação durante o Encontro Nacional de Ensino a Distância, organizado pelo INOFOR em 25 e 26 de Novembro de 1999, em Lisboa.
Figueiredo, A. D. (1998) “O Futuro da Educação perante as Novas Tecnologias”. Revista Fórum Estuande. Julho, 1998.
“Formare 3.0 – Soluções Globais de eLearning e bLearning”: Descrição Técnica. PT Inovação S.A.. Janeiro 2005.
Freitas C. (1997). A integração das TIC no processo de ensino-aprendizagem. Colecção a Escola e os Média, Instituto de Inovação Educacional. Lisboa.
Garrison, D. R. (2003). E-learning in the 21st century: a framework for research and practice. London. Routledge Falmer
Gibson, Rowan (1998). Repensar o futuro : repensar os negócios e as empresas, os princípios, a concorrência, o controlo e a complexidade, a liderança, os mercados e o mundo. Lisboa. Editorial Presença.
Gillani, Bijan B. (2003). Learning theories and the design of e-learning environments. Lanham. University Press of America
Guia de e-Business: e-learning (2001). Dossiers Especiais n.º 6. Grupo Sol-S. 24 de Novembro de 2001.
Hasebrook, Joachim (2003). Perspectives for european e-learning businesses: markets, technologies and strategies. Luxembourg. Office for Official Publications of the European Communities
International journal on e-learning: corporate, government, healthcare, & higher education. Norfolk, 2002. Association for the Advancement of Computing in Education.
Jochems, Wim; Merriënboer, Jeroen van e Koper, Rob (2004). Integrated elearning: implications for pedagogy, technology and organization. London. Routledge Falmer.
Kearsley, Greg (2000). Online education : learning and teaching in cyberspace. Australia. Wadsworth
Keegan, Desmond (1996). Theoretical principles of distance education. London. Routledge
Keegan, Desmond; coord. Carina Baptista, Ana Dias; trad. Teresa Amado (2002). E-learning: o papel dos sistemas de gestão da aprendizagem na Europa. Lisboa. INOFOR.
Khan, Badrul H. (1997). Web-based instruction. Englewood Cliffs, N.J.. Educational Technology Publications
Lagarto, José Reis (1994). Formação profissional à distância. Lisboa. Universidade Aberta
Lagarto, José Reis (2002). Ensino a Distância e Formação Contínua.
Lima, Jorge Reis (2003). E-learning e E-conteúdos: aplicações das teorias tradicionais e modernas de ensino e aprendizagem à organização e estruturação de e-cursos . 1ª ed. Lisboa.
Editor Centro Atlântico.
Littlejohn, Allison (2003). Reusing online resources: a sustainable approach to e-learning. 1st ed. London. Kogan Page
Litto, F. (2000). “O Ensino à distância e as suas implicações no futuro”, no âmbito de um ciclo de palestras na Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) em 13/01/2000, Coimbra, Portugal.
Machado, José (2001). E-learning em Portugal. Lisboa. FCA - Editora de Informática.
Mendes, A. (1998). “Ensino e Formação Assistidos por Computador”. Mestrado em Engenharia Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra. Coimbra.
Nov@ formação: revista semestral sobre formação a distância e-learning. Lisboa, 2002. Universidade de Aveiro. Departamento de Comunicação e Arte Portugal. Instituto para a Inovação na Formação.
Pinheiro, M. (1998) “Impacto do Multimédia na Comunidade Educativa”. Trabalho realizado na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra. Coimbra.
Pinto, J. S. (1997) “Arquitectura para um Sistema Colaborativo Baseado em Ferramentas Hipermédia”. Tese de Doutoramento em Engenharia Electrotécnica da Universidade de Aveiro.
Porter, L. (1997). Creating the Virtual Classroom. John Wiley & Sons, Inc.
Ramos, F. Caixinha, H. (2000). “Concepção e Gestão de Sistemas de e-Learning/e-Training”. Seminário realizado em Aveiro, Setembro 2000.
Revista Nov@ Formação nº 0 (2002)
Revista Nov@ Formação nº 1 (2003)
Revista Nov@ Formação nº 2 (2003)
Revista Nov@ Formação nº 3 (2004)
Revista Nov@ Formação nº 4 (2004)
Rosa, Eugénio (2002). Modelos de Aprendizagem a Distância para Adultos.
Rosenberg, Marc Jeffrey; trad. Luciana Penteado Miquelino (2002). E-learning: [estratégias para a transmissão do conhecimento na era digital]. São Paulo. Editor Markoon Books.
Santos, A. (1997). A Formação Tecnológica e de Serviços à Distância na PT – Relatório de 1997, publicação interna na PT Inovação.
Santos, A. e Mendes, A.. (1999b). Concepção do conteúdo multimédia de um curso sobre Redes LAN e WAN para a Auto-formação. 1º Simpósio Ibérico de Informática Educativa. Aveiro. Setembro.
Santos, Arnaldo (2000). Ensino à distância & tecnologias de informação: e-learning . Lisboa.
FCA - Editora de Informática
Silva, Ferreira (1999). “O Controlo do Aluno no Ensino à distância”, apresentação e publicação durante o Encontro Nacional de Ensino a Distância, organizado pelo INOFOR em 25 e 26 de Novembro de 1999, em Lisboa.
Sousa, S. (1999). “Recursos Humanos & Tecnologias de Informação”, LIDEL, FCA Editora de Informática, Lisboa
Vachey, D. (1998). “Création de Ressources pour Autoformation”. Publicação interna do Centre Permanent Informatique (CPI). Lyon.
Veiga, Francisco José Miranda (2001). Dissertação para o Mestrado em Sistemas de Informação, apresentada à Universidade do Minho " Ensino, tecnologias, E-learning e publicidade”.