Catálogo é o jazz!

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MOSTRA DE CINEMA

CCBB, RIO DE JANEIRO


Ministério da Cultura e Banco do Brasil apresentam É o Jazz!, mostra dedicada à inter-relação do cinema e do gênero musical jazz. Primeiro estilo afro-americano a ser adotado pela corrente central da cena musical do século XX, logo passou a ser grande aliado do cinema, que entendeu as oportunidades que o ritmo lhe oferecia para criar nos filmes uma atmosfera cool e contemporânea. Ganhou espaço nas trilhas sonoras dos filmes e alguns músicos foram convidados a compor partituras originais para filmes, como Duke Ellington em Anatomia de um crime, dirigido por Otto Preminger; e Miles Davis, em Ascensor para o cadafalso, dirigido por Louis Malle. Este último ainda ganhará uma sessão especial em 35mm, homenageando o brilhante compositor que é tema da exposição Queremos Miles, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil. Ao realizar a mostra É o Jazz!, o CCBB oferece ao público a oportunidade de, muito além de apreciar trilhas sonoras, descobrir as várias formas como o cinema pôde dialogar com o Jazz, possibilitando um novo modo de se fazer, ver e ouvir filmes.

Por volta da meia-noite

Centro Cultural Banco do Brasil


É o Jazz! | Julio Cesar de Miranda – Você escutou Jelly Roll no rádio ontem? Tinha um solo de piano fantástico. – Cansei do Jazz antigo, é sempre a mesma coisa. A loja de música tem um lançamento do Charlie Parker. – O disco é ótimo. O Charlie Parker faz um solo com o baterista. A “lixeira louca” o melhorou. – O que é “lixeira louca”? – O manicômio, burro. – Ele é louco? – Colapso nervoso. Muitos músicos de Jazz têm. – Tem razão. Álcool, drogas, mulheres. Com este diálogo entre dois pré-adolescentes trajando uniformes escolares de calças curtas, começa o filme Sopro no coração (Le souffle au coeur, de Louis Malle, 1971). Ao fundo, Charlie Parker toca o seu trompete, que estará presente em todo o filme.

A mostra É o Jazz! é dividida em quatro programas*. 1º ESTÉTICA DO JAZZ, onde o Jazz está presente durante todo o filme: na história, em personagens e mesmo nas locações. Sempre nas sessões das 16h, exceto aos sábados. 2º JAZZ TRACKS, filmes com músicas de Jazz presentes em suas trilhas, ou que mostrem o aparecimento de um conjunto de jazz, ou um clube de jazz. Sempre nas sessões das 19h. 3º JAM SESSIONS, shows de Jazz, que acontecem nos dois primeiros sábados da mostra, na sessão das 16h. 4º SESSÃO CRIANÇA, onde o Jazz é a trilha sonora de desenhos animados, nos dois últimos sábados, na sessão das 16h. O primeiro filme da mostra não podia deixar de ser A história do Jazz (Matthew Seig, 1991), onde aparecem Louis Armstrong, Charlie Parker, Duke Ellington e muitos outros; além de contar como o Jazz foi criado.

Paris vive à noite

No início do século XIX, os escravos negros de Nova Orleans, na Louisiana, faziam reuniões nas tardes de domingo na Praça Congo – essa praça está inserida hoje no Louis Armstrong Park. Em 1830, esse encontro dominical se tornou uma atração popular. Um dia, um casal europeu levou seu filho, Louis Moreau Gottschalk. Ele nunca esqueceu o que ouviu. Na década seguinte, tendo estudado piano e composição em Paris, e se tornado o primeiro pianista internacional, além de favorito da América, Gottschalk emocionou plateias com sons que reproduziam o que havia ouvido na Praça Congo. Uma composição de 1851, “O banjo”, indicou o que viria meio século depois. O banjo alto, instrumento de origem africana, por ser facilmente transportável virou o favorito dos menestréis viajantes. Por ter um estilo sincopado, criou a base para essa mistura do oeste, africana e europeia que chamamos de Jazz. As sementes plantadas na Praça Congo brotaram e voltaram para Nova Orleans prontas para desabrochar.

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Duas notas sobre Jazz A primeira gravação de um disco de Jazz foi feita em 1916 por músicos brancos liderados pelo cornetista Nick La Rocca, o “Livery Stable Blues”. No primeiro filme sonoro, O cantor de Jazz (The Jazz Singer, Alan Crosland, 1927), o ator principal, Al Jolson, também branco, se pintava de preto para representar um homem negro. O fato de homens brancos terem sido os primeiros a difundir a música negra é mera coincidência, ou consequência, por ser os EUA um país extremamente racista. Com toda a discriminação racial existente, o cinema de Hollywood só passou a utilizar atores negros a partir de 1929, quando King Vidor, que já tinha usado o Jazz na trilha sonora do filme A turba (The Crowd, 1928), dirige um filme só com atores negros, o Aleluia! (Hallelujah!,1929). Nomes como Louis Armstrong e Duke Ellington estiveram presentes no cinema sonoro desde o início, ou participando das trilhas sonoras ou em exibições com seus instrumentos ou voz. Na mostra também estão presentes cinco documentários da série “The Blues”, produzida por Martin Scorsese. Sabemos que o Blues é a origem de toda a música americana, não só o Jazz, mas estes filmes estão repletos de Jazz. No filme Godfathers & Sons (Marc Levin, 2003), um dos filmes da série, Pete Cosey, guitarrista que tocou com Miles Davis de 1973 a 1975, faz o seguinte depoimento: Havia uma espécie de divisão entre os músicos de Jazz e os de Blues. Bem, penso que a única diferença é que Muddy Waters era bem magro e Miles Davis, troncudo. Miles falava assim (ele fala com uma voz rouca imitando Miles): - Ei, o que está acontecendo? E Muddy assim: - Não sei o quê, não sei. O quê? O quê? Fora isso, Miles tocava Blues.

O Jazz no cinema não se limitou aos EUA, se espalhou no mundo inteiro. Louis Malle, cineasta francês, usa o Jazz na trilha sonora de quase todos os seus filmes. Michelangelo Antonioni, italiano; Walter Hugo Khouri, brasileiro; Adolfo Aristarain, argentino; Fernando Lopes, português; Pavel Lounguine, russo; Ion Popescu-Gopo, romeno e Basil Dearden, inglês, usam o Jazz em seus filmes. E claro que grandes diretores americanos também, como Billy Wilder, Howard Hawks, Otto Preminger, Elia Kazan, Robert Altman, Samuel Fuller e muitos outros. Woody Allen, além de cineasta, é clarinetista de Jazz; e na mostra selecionamos seu filme, Poucas e boas (Sweet and Lowdown, 1999), sobre o guitarrista de Jazz Emmet Ray, interpretado por Sean Penn. Através dos filmes selecionados para É o Jazz! procuramos apresentar um panorama de seus vários estilos e da importância do Jazz, não só em toda música contemporânea, como também no cinema. *Consultar programação no final do catálogo. Todos os horários às 16 e 19h, exceto no dia 14 de setembro, com sessões às 15 e 17h. 6

Julio Cesar de Miranda foi sócio-gerente da locadora Polytheama, e curador de diversas mostras de cinema e vídeo, no CCBB, Correios, SESC, entre outras.

Nota 1 - Cinema e jazz: um flerte | Amanda Bonan “Cada arte engendra seus fanáticos”, disse Susan Sontag. Mas não há amantes mais fiéis que os do cinema e os do jazz. Amantes estes assombrados pela experiência de terem sido arrebatados por um entusiasmo sem cura. O cinema, atraente, absorve o espectador e o domina através da imagem enorme e sublime que ilumina a sala escura; e o jazz, extasiante, arrasta o sujeito para uma inquietação imprevisível. O cinema e o jazz amadureceram simultaneamente durante o século XX, e assiduamente travaram contato desde seus primórdios. A “Original Dixieland Jazz Band” fez uma rara apresentação num filme mudo de 1917, The Good for Nothing, dirigido por Carlyle Blackwell. Nos anos 1920, o virtuoso guitarrista Roy Smeck demonstrou sua técnica em vários instrumentos de corda em curtas como Stringed Harmony (Lee De Forest, 1923) e His Pastimes (1926). Em 1929, o curta St. Louis Blues, dirigido por Dudley Murphy, registrou a única aparição fílmica da cantora Bessie Smith. O cinema havia iniciado seu duradouro flerte com o jazz. E vice-versa. Fosse em forma de registro documental da música, incorporando-a como trilha, ou até mesmo utilizando-a como elemento narrativo. Em especial, nas colaborações de Duke Ellington e Miles Davis com certos cineastas, podemos dizer que as linguagens atingiram uma notável harmonia entre o áudio e o visual. Ellington em Daybreak Express (1953), dirigido por D. A. Pennebaker, Anatomia de um crime (Anatomy of a Murder, 1959), por Otto Preminger e Paris Blues (1961), por Martin Ritt. Miles Davis em Ascensor para o cadafalso (Ascenseur pour l’echafaud, 1958), dirigido por Louis Malle e Dingo, por Rolf de Heer (1991). Muitos ainda foram os filmes sobre jazz ou sobre músicos de jazz, como Charlie Parker, retratado em Bird (1988) do diretor Clint Eastwood ou Por volta da meia-noite (Round Midnight, 1986), dirigido por Bertrand Tavernier, livremente inspirado nas biografias do pianista Bud Powell e do sax tenor Lester Young, este último interpretado pelo também saxofonista Dexter Gordon. A lista de filmes que registram ou incorporam o jazz é grande e ainda cresce. Bom para os cinéfilos e para os jazzófilos. E para quem curte essa dobradinha: É o Jazz! Nota 2 - Por um encontro do imprevisível | Juliana Cardoso Como se pensar um encontro entre duas artes como o cinema e o jazz? Assumimos aqui, primeiramente, antes de todo o encantamento que este encontro pode provocar, um estranhamento. Se como estilo musical, aliado ao cinema, poderia ser visto ou tratado como trilha sonora, parte documental, ou acompanhamento musical dos filmes, o Jazz parece nos levar a pensar que trilha sonora incidental ou não percebida por aqui parece quase impossível. O Jazz, quando acontece no cinema, parece

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que vem para ficar: para se posicionar, para colocar o dedo na ferida, no coração, nos medos e mistérios daqueles tantos personagens que poderemos encontrar entre as imagens e sons dos filmes. Talvez esta seja uma das importantes razões que levam os fãs de cinema e jazz encontrarem-se aqui, vistos como “aficionados” por ambas as artes. A imagem em movimento do cinema permite, mais do que qualquer uma outra, que a duração do movimento seja também a duração dos corpos, em movimento, em ação, em sons que se criam a partir de uma duração imagética que, no caso de muitos desses filme, é criada a partir de um som específico e não determinado: o do jazz, a ser redescoberto. Talvez por isso mesmo os aficionados realmente venham a se encontrar em É o Jazz!, vibrando cada vez que uma imagem virar um som e um som ultrapassar os limites muitas vezes dinâmico do que pode ou não ser “diegético” no cinema. Para aqueles que não são familiarizados ao termo, a diegese no cinema é todo o som que encontra-se dentro do mundo dos personagens, não necessariamente o dos espectadores. Mas o encontro de gênese que houve entre essas duas artes introduz um encontro que pode ser experienciado para muito além do que uma definição pode conter ou sugerir. Este parece ser um ponto que une os dois ensaios presentes neste livreto-catálogo, “Unidos pela liberdade” e “Cinema, Jazz e mais alguns itens de prateleira”. Onde, então, encontram-se o Jazz de todas essas imagens? O trompete que acompanha cada ficha técnica dos filmes ao longo deste catálogo nos dará algumas pistas, mas as propostas ultrapassam em muito essas identificações.

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E quase todos estarão fora da lei, nas margens, onde a regra não tem vez nem forma, onde a improvisação (e o imprevisto) serão necessários. Porque sim, o Jazz está aí para provocar imagens em todos esses extremos; ausência, faltas que nos movem e paralisam em nosso imaginário cotidiano. A partir de cada um desses filmes, um som ganha uma imagem e, ao mesmo tempo, deixa-se seduzir por ela. Aos aficionados, a exclamação. Amanda Bonan é mestranda em História e Crítica da Arte na UERJ e sócia-diretora da Coletiva Projetos Culturais. Juliana Cardoso é produtora cultural e mestre em comunicação social pela UFRJ.

A mesa do diabo

Assim, seja nos programas “Estética do jazz”, “Jazz Track” ou “Jam Session”, o Jazz parece se impor na imagem. Isso pode acontecer sutilmente ou de modo a tomar todo o plano e a experiência fílmica. Isso pode acontecer através do fio frágil e insistente da voz de Billie Holiday ou do peso da de Armstrong; das músicas incidentais de Alta sociedade ou de uma narrativa jazzística como trazem o clássico Música e lágrimas ou o inventivo Daunbailó; ou ainda, através daqueles filmes que trazem as contagiantes Big Bands ou outros que acompanharão aquele músico solitário que toca em algum apartamento de uma grande cidade, como Nova York, ou em algum lugar da França ou do Brasil. Se Miles Davis compôs uma melodia que pudesse acompanhar os percalços de uma narrativa de atmosfera e suspense (Ascensor para o cadafalso), enquanto a gravação de John Coltrane para “My favorite things” (que data de 1961) provavelmente influenciou Robert Wise a dar a harmonia e alegria necessária para Maria von Trapp combater o tédio dos meninos de quem cuida em Noviça rebelde (1965), é porque o Jazz é trabalhado junto ao cinema como um som repleto de intencionalidades, amores, dores, prazer, desistências, cansaço, submundos, alegrias. Um vaguear imprevisto. Será esse o desassossego? Será essa a liberdade?


Sumário p.12 —Unidos pela liberdade Carlos Prazeres

p.14 —Cinema, Jazz e mais alguns itens de prateleira Hernani Heffner

—Jazz Tracks!

p.16 —Estética do Jazz!

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A história do Jazz, de Matthew Seig

A embriaguez do sucesso, de A. Mackendrick

Celebrating Bird, de Gary Giddins e Kendrick Simmons

A música irresistível de Benny Goodman, de Val. Davies

A mesa do diabo, de Norman Jewison

Lady Day: Os estilos de Billie Holiday, de Matthew Seig

Bird, de Clint Eastwood

A noite, de Michelangelo Antonioni

O mundo segundo John Coltrane, de Matthew Seig

Cotton Club, de Francis Ford Coppola

Aleluia!, de King Vidor

Thelonious Monk – Um compositor americano, de M. Seig

Êxito fugaz, de Michael Curtiz

Alta sociedade, de Charles Walters

Feel Like Going Home, de Martin Scorcese

Anatomia de um crime, de Otto Preminger

p.46 —Sessão Criança!

Mais e melhores Blues, de Spike Lee

Ascensor para o cadafalso, de Louis Malle

A princesa e o sapo (2009), de Ron Clements

Música e lágrimas, de Anthony Mann

Assassinos, de Robert Siodmak

Cowboy Bebop - O filme (1998), de Hajime Yatate

Noite insana, de Basil Dearden

Boneca de carne, de Elia Kazan

O cantor de Jazz, de Alan Crosland

Curva do destino, de Edgar Ulmer

Paris vive à noite, de Martin Ritt

Daunbailó, de Jim Jarmusch

Piano Blues, de Clint Eastwood

Dívida de sangue, de Elliot Silverstein

Por volta da meia-noite, de Bertrand Tavernier

Lua de papel, de Peter Bogdanovich

Quanto mais quente melhor, de Billy Wilder

Noite vazia, de Walter Hugo Khoury

The Road to Memphis, de Richard Pearce

O homem do prego, de Sidney Lumet

The Soul of a Man, de Wim Wenders

O sopro no coração, de Louis Malle

Warming by the Devil’s Fire, de Charles Burnett

Poucas e boas, de Woody Allen Quero viver!, de Robert Wise Roma, um nome de mulher, de A.Aristarain Short Cuts - Cenas da vida, de Robert Altman Uma aventura na Martinica, de Howard Hawks

p.42 —Jam Sessions!

p.48 —Programação p.51 —Ficha técnica


Unidos pela liberdade | Carlos Prazeres

“Numa noite em que Lester enchia de fumo e de chuva a melodia de “Three Little Words”, senti mais do que nunca aquilo que torna tais os grandes do Jazz, aquela invenção que permanece fiel ao tema, enquanto o combate o transforma e o irisa.” Julio Cortázar

A frase acima, do escritor argentino Julio Cortázar, talvez possa sintetizar a essência deste pequeno texto. Nela está presente o que, ao meu ver, une indelevelmente o jazz à sétima arte: a liberdade. Tendo como referência uma harmonia preestabelecida, e esta lhe servindo de ponto de apoio, o jazzista pode passear livre dos rigores de uma partitura tradicional. E assim caminha ele livremente pela diversidade de escalas, timbres, tessituras e dinâmicas. Vejo então uma semelhança com a práxis interpretativa do ator, pois o mesmo também se encontra livre para passear por seus recursos interpretativos, ainda que tenha como referência um roteiro, argumento e narrativa preestabelecidos. Esta “liberdade” que os une é o verdadeiro fator transformador, tornando a arte viva e pulsante! E não por acaso, cinema e jazz foram protagonistas, desde tempos remotos, de grandes e históricas lutas libertadoras, sejam elas de expressão, de combate ao racismo ou até simplesmente do puro desenvolvimento artístico por si só. É neste instante que o cinema se torna o grande palco de glorificação dos jazzistas, finalmente os retirando dos guetos para o mundo. Podemos tomar como exemplo deste “elo” o caso do americano Spike Lee. Filho de um músico de jazz, este polêmico diretor tem sua vida intimamente ligada a estas duas artes. Seu – não menos polêmico – drama Mais e melhores Blues (Mo’ Better Blues, 1990) conta a história de um fictício trompetista, Bleek Gilliam (interpretado por Denzel Washington). A genial trilha do quarteto de Branford Marsalis e Terence Blanchard faz do filme uma verdadeira celebração entre o cinema e o jazz. Além de Spike Lee, não poderia deixar de citar Woody Allen, uma vez que o mesmo é, inclusive, um jazzista atuante, e é muito comum encontrá-lo com sua clarineta nos bares de Manhattan. Seus filmes exploram como poucos a alegria e a leveza deste estilo musical.

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Além do selo da liberdade, pode-se dizer que o século XX foi um fator de semelhança muito determinante entre estas duas formas de expressão. Tanto o cinema quanto o jazz, tendo aí a sua origem, são absolutamente dependentes de seus avanços tecnológicos, e consequentemente são também frutos de suas perspectivas, medos e anseios. O fato de O cantor de Jazz (The Jazz Singer, de Alan Crosland, 1927) ter sido o primeiro longa com falas e canto sincronizados já prenuncia esta grande e íntima ligação. E talvez como reflexo da rapidez, característica marcante deste século, é interessante perceber o quanto estas artes se desenvolveram – desde os irmãos Lumière e Duke Ellington até os dias de hoje – mais do que outras. Na condição de músico, meu olhar para o cinema sempre foi muito particular, e

sempre atribuo à trilha sonora uma espécie de “coautoria” dos filmes. Assim também é o efeito da liberdade do jazz sobre o cinema, pois o mesmo ultrapassa a narrativa, podendo ir além, se tornando fundamental nesta construção estética. O cinema percebe isto e o acolhe prontamente, produzindo pérolas como Bird (de Clint Eastwood, 1988), que conta a história de Charlie Parker – filme de imensa importância histórica. Assim como Por volta da meia noite (Round Midnight, de Bertrand Tavernier, 1986), sobre as carreiras de Bud Powell e Lester Young. O jazz estabelece na tela uma cumplicidade que só os grandes encontros constroem. Uma união frutífera que deixa um imenso legado artístico para a humanidade. Trazer de volta estes deliciosos momentos é contribuir para que a arte permaneça viva e continue em seu caminho de renovação. Que iniciativas como a mostra É o Jazz! se perpetuem e sejam cada vez mais frequentes!

Atual diretor artístico da Orquestra Sinfônica da Bahia, Carlos Prazeres é também assistente do maestro Isaac Karabtchevsky na Orquestra Petrobras Sinfônica do Rio de Janeiro, desde 2005. É convidado frequentemente a dirigir as principais sinfônicas do país, além de desenvolver paralelamente uma carreira no exterior.

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Cinema, Jazz e mais alguns itens de prateleira | Hernani Heffner

“Jazz isn’t a music, it’s what you do to music.” Orrin Evans (Palestra na Haverford College, em 11/6/2003) Um dos mistérios do Jazz é a sua sobrevivência artística, que já ultrapassa um século. Sempre expandindo conceito, criação, repertório, performance, sem ser exatamente meio, forma, gênero, estilo, movimento, tem resistido às diferentes tentativas de enquadramento cultural e de adequação à uma tradição. Parte dessa capacidade se liga à rebeldia diante do conservadorismo estético e à busca por parte do jazzista de algo mais do que a beleza. Mas ao contrário de uma expectativa de imersão no cosmos, prevista na raiz spiritual, sempre houve também um progressivo cultivo da voz própria. Jazz é uma atitude musical diante do mundo. Sua complexidade e sofisticação derivam de uma postura que pode ser classificada como filosófica. Não é o novo pelo novo, como descoberta e diferença, mas estudo e aprofundamento do que já está à volta do jazzista. Expansão de sua presença no mundo e uma tentativa espiritual de interação com ele. Em meio ao moderno, já o ultrapassava, extraindo do artefato, do mecânico, do tecnológico, o som imprevisto, inesperado, particular. Contemporâneo do Jazz, o Cinema em geral trilhou caminhos muito distintos, raramente se abrindo à experiência semelhante. Dono de muitas certezas e poucas dúvidas, propenso a impessoalidade, e moderno por excelência, com sua dinâmica de quadro intocada da lanterna mágica à instalação e à internet, perseguiu muito mais a utopia do que a contingência e a comunhão. Ver e ouvir Jazz é uma experiência radicalmente diferente de ver e ouvir um filme. O que as aproxima é o altíssimo grau de concentração requerido, tendo em vista a profusão de informações, gradações, intensidades e imagens possíveis. Do ponto de vista de um jazzista a melhor forma de ver um filme seria diante de uma tela tão grande que os limites do quadro não pudessem mais ser vistos, provocando a atomização, a revelação das síncopes, acordes, pontes possíveis contidas nas formações visuais da película. Jazz combina com anamorfose em proporção 1:2.55 e com Norman McLaren. Para mim há mais jazz em um filme como Asfalto, de Joe May, com seus estranhos tempos dilatados e retorcidos para uma mesma e recorrente situação amorosa e trágica, do que os Jazzmanias, Jazz singers, Jazz eras dos roaring twenties do século passado, de resto produções caricaturais e por vezes preconceituosas. Duke Ellington não merecia ter estreado no cinema assim.

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Se o silencioso hollywoodiano ficou infenso ao som e ao sentido dos vibratos e surdinas de Bechet, Bix e Sachtmo, o sonoro trouxe apenas a referencialidade da presença chamativa dos músicos e das performances em meio às tramas digestivas e esquecíveis. Não havia espaço na Era do Swing para o retrato empenhado da figura social do jazzista e de sua música ou ainda para a percepção do gesto político de Benny Goodman, ao incorporar músicos negros ao seu conjunto. A percepção das orquestras como catedrais sonoras em estilo gótico flamejante passou ao largo, mesmo de um filme como Jammin’ the Blues, que focou pioneiramente um pouco mais o universo jazzístico em consolidação. Seria preciso esperar a revolução do Bop e mais ainda sua percepção pelos cineastas para se ter um mergulho conjunto nas possibilidades do casamento de uma paleta e de outra. Não por acaso, Louis Malle literalmente colocou Miles Davis em frente à tela que recebia a projeção do seu Ascensor para o cadafalso para obter não a tradução, mas a expansão musical daquele mundo urbano solitário e opressivo. Nada de música psicológica, atmosférica ou rítmica para redundar o caráter global das imagens.

Musicar jazzisticamente um filme; filmar o concerto de jazz: tentar transpor para as telas a arte de um Django, de um Parker, de um Clifford. O mundo desvelado por estes sons não interessava a Hollywood, que passou a usar as orquestras ou os combos mais como timbres e riffs acessórios do que como investigações sonoras das narrativas. Filmes como Uma rua chamada pecado e O homem do braço de ouro, em que pese eventuais qualidades cinéfilas, queriam apenas o clima superficial, o clichê sonoro de uma época. Preminger, que há muito perseguia essa atmosfera asfixiante, desolada e solitária, finalmente entregou a um jazzista – Ellington - a trilha musical de seu Anatomia de um crime. Antônio Carlos Jobim foi ainda mais longe ao transformar a nascente bossa jazzística brasileira e o cello de Nydia Otero na verdadeira voz de um filme como Porto das Caixas. Daí foi um pulo para a incorporação do próprio jazzista em pessoa, as an actor, como fez Shirley Clarke com um dos membros do combo responsável pelo definitivo Kind of Blue, o saxofonista Jackie McLean. Mais feliz nessa apresentação direta e nessa composição do feeling do Jazz foi o famoso e seminal Jazz on a Summer’s Day. Muito antes de Monterey Pop, Woodstock e centenas de outros concertos de rock, a moldura deste tipo de documentário estava construída na alternância entre o palco do Newport Jazz Festival e as ondas do mar. Como qualquer montador ou editor de som poderá indicar, não há situação fílmica mais banal e mais difícil de ser traduzida audiovisualmente de forma estrita: o mar é sempre o mesmo e não se repete nunca. Talvez por isso as águas se prestem tanto à abstração cinematográfica, como no ápice do famoso Limite. São inapreensíveis per si e abrem caminho à formulação do Absoluto, do Om, como queria John Coltrane e suas sheets of sound. Cinema seria mesmo cachoeira? Um cineasta como Jean Rouch não faria o conceitualmente jazzístico A Velha a fiar, mas perguntou junto com Edgar Morin, se as pessoas eram felizes, dando a deixa para a Nouvelle Vague francesa incorporar, fixar e expandir o uso do Jazz junto aos filmes. O rebelde Godard sempre ficou cerimonioso diante da Busca e da Rebeldia do Jazz. Daí em diante, o que fazer: reverenciar ou continuar expandindo? Usar Jazz ou filmar jazzisticamente? Antes de mais nada Música para sempre, perseguir o Blues, encontrar as blue notes cinematográficas. Muitos autores que examinaram a relação entre as duas expressões - por exemplo, David Thomson (The Guardian, 07/11/2008) -, indicam Robert Altman como o mais fiel pesquisador dessa alquimia, mixando no set, movendo a câmara em mínimos reenquadramentos, pedindo aos atores um requebro de corpo, abolindo heróis, instaurando múltiplas tramas bluesy. Até que ponto a câmara e a trilha ótica podem misticamente capturar e recriar o sofrimento e sua expressão musical, como em Round Midnight? Como expressar o temor à morte, motor do mergulho desesperado de um artista na criatividade, e tocar com o morto, como em Bird? Por que não deixar o Jazz ser gravado de forma totalmente independente, correr solto em relação à imagem, e ver o que acontece, como em Kansas City? Ficar quieto ou continuar tentando, mesmo ao risco do grão estourar em excesso ou das frequências distorcerem? Let’s Get Lost? A experiência cinematográfica é mais discreta, mas não menos reveladora. Ao tempo da dispersão, do encerramento de mais um ciclo, da morte de Miles, hora de radicalizar nos palcos e gravações. Quando se pede Mais e melhores Blues e Billy Cross afirma ironicamente que já não existe mais Jazz, o caminho está aberto para os samplers e para as palavras, para Kar Wai Wong e para Norah Jones. É possível lembrar, mas esta palavra, a rigor, não faz parte do vocabulário jazzístico, como pensam Woody Allen e os docs musicais. Como defende Steve Coleman Jazz não é algo já dado, mas uma possibilidade ainda não descoberta. Interagir musicalmente com programas de computadores autônomos, como ele fez, não é o ponto. Filmar a performance também não. É chegado o tempo de Desassossego. Hernani Heffner é pesquisador, Conservador-chefe da Cinemateca do MAM e Professor da PUC-Rio.

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Jazz! Estética do

A história do Jazz, de Matthew Seig A música irresistível de Benny Goodman, de Val. Davies Bird, de Clint Eastwood Cotton Club, de Francis Ford Coppola Êxito fugaz, de Michael Curtiz Feel Like Going Home, de Martin Scorcese Mais e melhores Blues, de Spike Lee Música e lágrimas, de Anthony Mann Noite insana, de Basil Dearden O cantor de Jazz, de Alan Crosland Paris vive à noite, de Martin Ritt Piano Blues, de Clint Eastwood Por volta da meia-noite, de Bertrand Tavernier Quanto mais quente melhor, de Billy Wilder The Road to Memphis, de Richard Pearce The Soul of a Man, de Wim Wenders

Mais e melhores blues

Warming by the Devil’s Fire, de Charles Burnett

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A história do Jazz The Story of Jazz (episódio da série Masters of American Music, Vol. 4) de Matthew Seig EUA, 1994, 90 min, DVD, cor Classificação indicativa: Livre Roteiro: Chris Albertson, Matthew Seig; Fotografia: Herb Forsberg; Montagem: Faith Jones; Elenco: Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Charlie Parker, Count Basie, Billie Holliday

Documentário sobre o Jazz, contando sua história desde a criação no século XIX, em Nova Orleans, até a cena contemporânea e os músicos dos anos 1990. Imagens de arquivo inéditas e performances históricas de Louis Armstrong, Ella Fitzgerald, Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Charles Mingus, Count Basie, Billie Holiday, Miles Davis, Thelonious Monk, John Coltrane e Sarah Vaughan.

Bird A música irresistível de Benny Goodman

de Clint Eastwood EUA, 1988, 161 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: 18 anos

The Benny Goodman Story de Valentine Davies EUA, 1956, 116 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: 12 anos

Roteiro: Joel Oliansky; Fotografia: Jack N. Green; Montagem: Joel Cox; Música: Lennie Niehaus; Elenco: Forest Whitaker, Diane Venora, Michael Zelniker, Samuel E. Wright, Damon Whitaker

Roteiro: Valentine Davies; Fotografia: William H. Daniels; Montagem: Russell F. Schoengarth; Música: Benny Goodman; Elenco: Steve Allen, Donna Reed, Berta Gersten, Barry Truex, Sammy Davis Jr.

História baseada na vida do jazzista Charlie “Yardbird” Parker, onde passado e futuro revezam-se à medida que o filme explora a habilidade construtiva do saxofonista e seus excessos destrutivos. Vencedor do Oscar de melhor som e do prêmio de melhor ator no Festival de Cannes para Forest Whitaker, que confere à sua interpretação a paixão que Bird exprimia através da música.

Biografia musical do famoso “Rei do Swing”, Benny Goodman, o filme conta a história deste músico inovador, desde a sua infância em Chicago até seu show histórico no Carnegie Hall, em 1938. Todas as músicas de clarineta da trilha sonora foram tocadas pelo próprio Benny Goodman, com exceção da cena em que o jovem Benny tenta tocar pela primeira vez o instrumento.

Bird

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Cotton Club

Cotton Club The Cotton Club de Francis Ford Coppola EUA, 1984, 127 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: 14 anos

Em 1928, época em que os Estados Unidos vivem em plena recessão, impera a lei seca e o racismo, enquanto gângsteres dividem espaço com belas moças, empresários bem-sucedidos e jovens talentos no Cotton Club. É nesse ambiente que a cantora de cabaré Vera Cicero, amante do gângster Owney Madden, se apaixona pelo músico Dixie Dwyer. O filme retrata um dos maiores templos do Jazz, o lendário Cotton Club, no Harlem, Nova York.

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Éxito fugaz Young Man with a Horn de Michael Curtiz EUA, 1977, 112 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: Livre Roteiro: Carl Foreman, Edmund H. North; Fotografia: Ted D. McCord; Montagem: Alan Crosland Jr.; Música: Alex North; Elenco: Doris Day, Kirk Douglas, Lauren Bacall, Hoagy Carmichael, Juano Hernandez

Com um trompete usado nas mãos e os sábios conselhos de um brilhante bluesman, um garoto solitário se torna homem e um soberbo músico de Jazz cujo talento é reconhecido nacionalmente. Mas sua busca desesperada pela perfeição bloqueia sua mente e sua carreira começa a decair. O lendário Harry James dublou Kirk Douglas no trompete e Doris Day interpreta quatro canções.

Éxito fugaz

Roteiro: Francis Ford Coppola, William Kennedy; Fotografia: Stephen Goldblatt; Montagem: Robert Q. Lovett, Barry Malkin; Música: John Barry; Elenco: Richard Gere, Gregory Hines, Nicolas Cage, Diane Lane, Bob Hoskins


Fell Like Going Home

Música e lágrimas

(episódio da série The Blues) de Martin Scorsese EUA, 2003, 110 min, DVD, cor Classificação indicativa: Livre

The Glenn Miller Story de Anthony Mann EUA, 1954, 113 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: Livre

Roteiro: Peter Guralnick; Fotografia: Arthur Jafa; Montagem: David Tedeschi; Elenco: Corey Harris, Sam Carr, Toumani Diabate, Salif Keita, Willie King

Roteiro: Valentine Davies, Oscar Brodney; Fotografia: William H. Daniels; Montagem: Russell F. Schoengarth; Música: Henry Mancini; Elenco: James Stewart, June Allyson, Henry Morgan, Charles Drake, George Tobias, Barton MacLane

Documentário em homenagem ao chamado Delta Blues, música específica da região do delta do rio Mississipi. O músico Corey Harris viaja não apenas pela região como também vai até o oeste da África explorando as raízes do Blues.

A história do músico Glenn Miller, desde seu sofrido início de carreira até o estrelato, seguindo por suas performances durante a 2ª Guerra Mundial. O filme acompanha a carreira do músico e sua vida pessoal e amorosa com a esposa Hellen.

O filme celebra apresentações pioneiras e originais, com performances de Otha Turner, Willie King, Taj Mahal e raríssimas cenas de arquivo de Son House, Muddy Waters e John Lee Hooker.

O filme, que conta com as músicas de Glenn Miller, foi vencedor do Oscar de melhor som, além de indicado a melhor trilha sonora de filme musical e melhor roteiro original.

Mais e melhores Blues Noite insana - O lado obscuro do Jazz

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Roteiro: Spike Lee; Fotografia: Ernest R. Dickerson; Montagem: Samuel D. Pollard; Música: Bill Lee; Elenco: Denzel Washington, Spike Lee, Wesley Snipes, Giancarlo Esposito, John Turturro

Desde pequeno, Bleek Gilliam foi forçado pelos pais a estudar trompete, o que não lhe dava tempo para ser criança. Os anos se passam e Bleek realiza o sonho dos pais, tornando-se trompetista profissional. Porém ele tem que enfrentar a rivalidade com o saxofonista Shadow Henderson, que toma proporções catastróficas. O Jazz permeia todo o filme, principalmente pelas músicas tocadas pelos personagens principais. O som do trompete de Denzel Washington é interpretado por Terence Blanchard, e Branford Marsalis toca o sax de Wesley Snipes.

Música e lágrimas

Mais e melhores Blues

Mo’ Better Blues de Spike Lee EUA, 1990, 129 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: 16 anos

All Night Long de Basil Dearden Reino Unido, 1962, 87 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 16 anos Roteiro: Nel King, Paul Jarrico; Fotografia: Edward Scaife; Montagem: John D. Guthridge; Música: Philip Green; Elenco: Patrick McGoohan, Keith Michell, Betsy Blair, Paul Harris, Marti Stevens, Richard Attenborough, Bernard Braden, Harry Towb, María Velasco

Ambientado na enfumaçada cena do Jazz britânico, esta adaptação de Othello, narra a história de Rod Hamilton, gerente de um clube noturno na East Wend; e do músico Aurelious e sua esposa, uma ex-cantora, que têm suas vidas viradas ao avesso por uma intriga invejosa do baterista Johnny Cousin. O filme conta com aparições especiais e raras de alguns dos maiores nomes do Jazz da época, como Dave Brubeck e Charles Mingus.

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O cantor de Jazz The Jazz Singer de Alan Crosland EUA, 1927, 88 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: Livre Roteiro: Alfred A. Cohn; Fotografia: Hal Mohr; Montagem: Harold McCord; Música: Louis Silvers; Elenco: Al Jolson, May McAvoy, Warner Oland, Eugenie Besserer, Otto Lederer

O jovem Jakie Rabinowitz desafia as tradições de sua tradicional família judia, cantando canções populares numa casa de diversões norte-americana. Punido por seu pai, um Chazan, cantor litúrgico da sinagoga, que quer ver o filho seguir seus passos, Jakie foge de casa. Anos depois Jakie se torna um cantor de Jazz de sucesso, mas sempre em conflito com sua família e a herança cultural judaica. Al Jolson era um importante cantor de Jazz da época. Esse é considerado o primeiro longa-metragem falado da história.

Piano Blues (episódio da série The Blues) de Clint Eastwood EUA, 2003, 85 min, DVD, cor Classificação indicativa: Livre Fotografia: Vic Losick; Montagem: Joel Cox, Gary Roach; Elenco: Marcia Ball, Ray Charles, Pinetop Perkins, Dave Brubeck, Jay McShann, Clint Eastwood

O diretor – e também pianista – Clint Eastwood explora sua paixão pelo Blues. Raríssimas cenas históricas, entrevistas e performances de lendas vivas do Blues como Pinetop Perkins, Jay McShan, Dave Brubeck e Marcia Ball.

Paris vive à noite

Roteiro: Walter Bernstein, Irene Kamp, Lulla Rosenfel, Jack Sher; Fotografia: Christian Matras; Montagem: Roger Dwyre; Música: Duke Ellington; Elenco: Paul Newman, Joanne Woodward, Sidney Poitier, Serge Reggiani, Louis Armtrong, Diahann Carroll

Ram e Eddie são músicos de Jazz que ganham a vida tocando nos clubes da cena alternativa de Paris. A chegada de duas turistas americanas altera a rotina dos amigos, que ficam divididos entre o amor e a música. A antológica trilha sonora de Duke Ellington foi indicada ao Oscar da categoria, além do filme contar com a participação especial de Louis Armstrong em brilhantes números musicais.

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Por volta da meia-noite Round Midnight de Bertrand Tavernier EUA, 1986, 131 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: 18 anos Roteiro: David Rayfiel, Bertrand Tavernier; Fotografia: Bruno de Keyzer; Montagem: Armand Psenny; Música: Herbie Hancock; Elenco: Dexter Gordon, François Cluzet, Sandra Reaves-Phillips, Herbie Hancock, Martin Scorsese

Paris, 1959. Dentro do clube Blue Note, um veterano e talentoso músico de Jazz extrai uma melodia de seu sax tenor. Do lado de fora, uma jovem parisiense decide acompanhar aquelas notas. Em breve, eles construirão uma amizade que acenderá a centelha de genialidade final na carreira do músico. Oscar de melhor trilha sonora a Herbie Hancock, o filme é uma ode ao Bebop e aos afro-americanos expatriados que o criaram, o nutriram e viveram dele.

Por volta da meia-noite

Paris Blues de Martin Ritt EUA, 1961, 95 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 14 anos


The Soul of a Man (episódio da série The Blues) de Wim Wenders EUA, 2003, 127 min, DVD, cor Classificação indicativa: Livre

Quanto mais quente melhor Some Like It Hot de Billy Wilder EUA, 1959, 121 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: Livre

Roteiro: Wim Wenders; Fotografia: Lisa Rinzler; Montagem: Mathilde Bonnefoy; Elenco: J. B. Lenoir, James Blood Ulmer, Joy Brashears, Laurence Fishburne, Keith B. Brown, Chris Thomas King

Roteiro: Billy Wilder, I. A. L. Diamond; Fotografia: Charles Lang; Montagem: Arthur P. Schmidt; Música: Adolph Deutsch; Elenco: Marilyn Monroe, Tony Curtis, Jack Lemmon, George Raft, Pat O’Brien, Joe E. Brown

O documentário conta um capítulo dos mais importantes da história da música do século XX ao explorar a biografia de três grandes artistas do Blues: Skip James, Blind Willie Johnson e J. B. Lenoir.

Testemunhas do Massacre de São Valentim entre gângsteres de Chicago, os músicos Joe e Jerry fogem em um trem para a Flórida disfarçados como Josephine e Daphne, as duas mais novas e menos atraentes integrantes de uma banda de Jazz composta só por garotas.

Raras imagens de arquivo e interpretações antológicas dos três músicos, além de versões clássicas interpretadas por grandes nomes contemporâneos, como Bonnie Raitt, Lucinda Williams, Lou Reed, John Mayall, Eagle Eye Cherry, Nick Cave and The Bad Seeds, The Jon Spencer Blues Explosion, Cassandra Wilson, Garland Jeffreys e Los Lobos.

Toda trilha sonora é calcada no Jazz.

Warming by the Devil’s Fire

The Road to Memphis

(episódio da série The Blues) de Charles Burnett EUA, 2003, 106 min, DVD, cor Classificação indicativa: Livre

(episódio da série The Blues) de Richard Pearce e Robert Kenner EUA, 2003, 119 min, DVD, cor Classificação indicativa: Livre

Roteiro: Charles Burnett; Fotografia: John N. Demps; Montagem: Edwin Santiago; Música: Stephen James Taylor; Elenco: Big Bill Broonzy, Elizabeth Cotton, Reverend Gary Davis, Carl Lumbly, Tommy Redmond Hicks, Nathaniel Lee Jr.

Fotografia: Richard Pearce e John L. Demps Jr.; Montagem: Charlton McMillan; Elenco: B. B. King, Rosco Gordon, Jim Dickinson

Uma fábula musical sobre um garoto que vive com sua família no estado americano do Mississipi, no início da década de 1950. O lugar onde mora, assim como grande parte do sul dos EUA, é de maioria negra, conservadora e extremamente religiosa. É exatamente desta tensão entre a paz da música gospel e a efervescência do Blues que nasce uma história de ritmo e de “calor diabólico”, que somente os “possuídos” pelo Blues podem explicar.

Odisseia musical da lenda do Blues B.B. King, em um documentário que faz um tributo à cidade-berço de um novo estilo, Memphis; e busca celebrar uma das últimas e verdadeiras formas de arte americana.

Titulo fotito

Mais e melhores blues

Performances de B.B. King, Bobby Rush, Rosco Gordon e Ike Turner, além de apresentações históricas de Howlin´ Wolf e Rufus Thomas.

Titulo fotito

O filme conta com performances de Big Bill Broonzy, Elizabeth Cotton, Reverend Gary Davis, Ida Cox, Willie Dixon, Lightnin’ Hopkins, Son House, Mississippi John Hurt, Vasti Jackson, Bessie Smith, Mamie Smith, Victoria Spivey, Sister Rosetta Tharpe, Dinah Washington, Muddy Waters e Sonny Boy Williamson.

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Titulo fotito


! Jazz Tracks

A embriaguez do sucesso, de Alexander Mackendrick A mesa do diabo, de Norman Jewison A noite, de Michelangelo Antonioni Aleluia!, de King Vidor Alta sociedade, de Charles Walters Anatomia de um crime, de Otto Preminger Ascensor para o cadafalso, de Louis Malle Assassinos, de Robert Siodmak Boneca de carne, de Elia Kazan Curva do destino, de Edgar Ulmer Daunbailó, de Jim Jarmusch Dívida de sangue, de Elliot Silverstein Lua de papel, de Peter Bogdanovich Noite vazia, de Walter Hugo Khoury O homem do prego, de Sidney Lumet O sopro no coração, de Louis Malle Poucas e boas, de Woody Allen Quero viver!, de Robert Wise Roma, um nome de mulher, de Adolfo Aristarain Boneca de carne

Short Cuts - Cenas da vida, de Robert Altman Uma aventura na Martinica, de Howard Hawks

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A embriaguez do sucesso Sweet Smell of Success de Alexander Mackendrick EUA, 1957, 96 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 12 anos Roteiro: Clifford Odets, Ernest Lehman; Fotografia: James Wong Howe; Montagem: Alan Crosland Jr.; Música: Elmer Bernstein; Elenco: Burt Lancaster, Tony Curtis, Susan Harrison, Marty Milner, Jeff Donnell

Em Nova York, o famoso e temido colunista J. J. Hunsecker tenta impedir o relacionamento da sua irmã Susan com o músico Steve. Para isso, usa o ambicioso assessor de imprensa Sidney Falco para executar seus planos. Um dos personagens principais, Steve Dallas, é guitarrista de uma banda de jazz.

A noite

The Cincinnati Kid de Norman Jewison EUA, 1965, 103 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: 14 anos Roteiro: Ring Lardner Jr., Terry Southern; Fotografia: Philip H. Lathrop; Montagem: Hal Ashby; Música: Lalo Schifrin; Elenco: Steve McQueen, Edward G. Robinson, Ann-Margret, Karl Malden, Tuesday Weld

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Cincinnati Kid, um voraz jogador de pôquer em ascensão que arrisca tudo em altas cartadas, tem sua chance de ouro: o jogador de elite Lancey Howard, conhecido como The Man, aceita seu desafio. Nos bastidores do jogo clandestino, o suspense cresce a cada carta virada. A trilha do filme é de Lalo Schifrin e o filme é passado em Nova Orleans, conhecida como a terra do Jazz. No final, Ray Charles canta “Cincinnati Kid”.

La notte de Michelangelo Antonioni Itália, 1961, 115 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 14 anos Roteiro: Michelangelo Antonioni, Ennio Flaiano, Tonino Guerra; Fotografia: Gianni Di Venanzo; Montagem: Eraldo Da Roma; Música: Giorgio Gaslini; Elenco: Marcello Mastroianni, Jeanne Moreau, Monica Vitti, Bernhard Wicki, Rosy Mazzacurati

Giovanni Pontano e Lídia estão casados há dez anos e o relacionamento está desgastado, especialmente em relação à comunicação. Durante uma festa em uma mansão eles tentam disfarçar suas angústias, ocupando o tempo com os demais convidados. O Jazz está presente no filme em um show de um casal negro em um nightclub e em uma festa para comemorar a primeira vitória de um cavalo da filha de uma senhora burguesa de Milão.

A noite

A mesa do diabo


Aleluia! Hallelujah! de King Vidor EUA, 1929, 100 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: Livre Roteiro: King Vidor; Fotografia: Gordon Avil; Montagem: Hugh Wynn, Anton Stevenson; Música: Eva Jessye; Elenco: Daniel L. Haynes, Nina Mae McKinney, William Fountaine, Harry Gray, Fanny Belle DeKnight, Everett McGarrity

Zeke é um jovem pobre da Carolina do Sul que vai com seu irmão para o norte vender a colheita de algodão. Lá Zeke se apaixona por Chick, sem saber que ela tem um amante, Hot Shot. Numa luta com Hot Shot, seu irmão é atingido fatalmente. Zeke renasce como pastor, e difunde a palavra de Deus pelo país. Porém a cínica Chick vai atrás dele. Um dos primeiros filmes com elenco só de negros, produzido por um grande estúdio de Hollywood. A trilha sonora, meticulosamente pesquisada para este musical, varia entre o Jazz espiritual e a música gospel.

Anatomia de um crime

High Society de Charles Walters EUA, 1956, 111 min, 35mm > DVD, cor/p&b Classificação indicativa: Livre

Anatomy of a Murder de Otto Preminger EUA, 1959, 160 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 12 anos

Roteiro: John Patrick; Fotografia: Paul Vogel; Montagem: Ralph E. Winters; Música: Johnny Green, Conrad Salinger; Elenco: Bing Crosby, Grace Kelly, Frank Sinatra, Celeste Holm, John Lund, Louis Armstrong

Roteiro: Wendell Mayes; Fotografia: Sam Leavitt; Montagem: Louis R. Loeffler; Música: Duke Ellignton; Elenco: James Stewart, Lee Remick, Ben Gazzara, Arthur O’Connell, Eve Arden

Os ricos geralmente são muito excêntricos. Mas quando se trata de problemas de coração não faz qualquer diferença ter ou não dinheiro. Tracy Lord, herdeira de um milionário, está noiva de um homem, atraída por outro e, quem sabe, apaixonada por seu ex-marido!

Frederick Manion é um tenente acusado de assassinato de um homem que supostamente teria estuprado sua esposa Laura. O promotor afirma que a alegação é falsa, que o homem fora assassinado porque estava tendo um caso com Laura, e o militar o matara num acesso de ciúmes. Inicialmente, o advogado Paul Biegler se recusa a defendê-lo, mas acaba mudando de ideia.

Trilha sonora de Cole Porter e números musicais estelares: Sinatra e Celeste Holm cantam “Who Wants to Be a Millionaire?”, Crosby e Kelly se enlaçam ao som de “True Love”, Bing e Frank com “Well, Did You Evah?” e Crosby e Louis Armstrong trazem “Now You Has Jazz”.

Alta sociedade

Alta sociedade

O filme apresenta trilha sonora de Duke Ellington. 33


Ascensor para o cadafalso

Boneca de carne

Ascenseur pour l’echafaud de Louis Malle França, 1958, 88 min, 35mm > 35mm, cor/p&b Classificação indicativa: Livre

Baby Doll de Elia Kazan EUA, 1956, 114 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 14 anos

Roteiro: Louis Malle, Roger Nimier; Fotografia: Henri Decaë; Montagem: Léonide Azar; Música: Miles Davis; Elenco: Maurice Ronet, Jeanne Moreau, Georges Poujouly, Yori Bertin, Jean Wall

Roteiro: Tennessee Williams; Fotografia: Boris Kaufman; Montagem: Gene Milford; Música: Kenyon Hopkins; Elenco: Karl Malden, Carroll Baker, Eli Wallach, Mildred Dunnock, Rip Torn

Florence Carala é casada com o milionário Simon e tem um caso com Julien Tavernier. Apaixonados, os amantes decidem matar o marido dela, fazendo o crime parecer suicídio. Porém, na fuga, Julien fica preso no elevador.

Mal podendo esperar pelo vigésimo aniversário da esposa, quando finalmente poderá ter seu casamento consumado, um homem de meiaidade é acusado por seu concorrente nos negócios de algodão de provocar um incêndio. Na tentativa de incriminá-lo, o rival usa sua jovem mulher para conseguir provas.

Começa o letreiro com o nome Jeanne Moreau e surge a música do trompete de Miles Davis, presente em todo o filme.

A trilha sonora de Kenyon Hopkins é toda calcada em cima do Jazz.

Boneca de carne

Assassinos The Killers de Robert Siodmak EUA, 1946, 102 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 12 anos

Ascensor para o cadafalso

Roteiro: Anthony Veiller; Fotografia: Elwood Bredell; Montagem: Arthur Hilton; Música: Miklós Rózsa; Elenco: Ava Gardner, Burt Lancaster, Edmond O’Brien, Sam Levene, Albert Dekker

O ex-campeão de boxe, Sueco, espera escondido num velho quarto de hotel pelos dois matadores que acabaram de chegar na cidade para matá-lo. Contra as ordens de seu chefe, o investigador Reardon decide pesquisar o caso de Sueco e descobre uma rede de traição e crime ligada à máfia e à bela e dissimulada Kitty Collins. O Jazz está presente na trilha em várias sequências do filme, como a do café do Lou Tingle.

Curva do destino Detour de Edgar G. Ulmer EUA, 1945, 67 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 12 anos Roteiro: Martin Goldsmith; Fotografia: Benjamin H. Kline; Montagem: George McGuire; Música: Leo Erdody; Elenco: Tom Neal, Ann Savage, Claudia Drake, Edmund MacDonald, Tim Ryan

O filme conta a história de Al Roberts, um pianista de jazz de clubes noturnos de Nova York. Ao se mudar para Hollywood, ele cruza o país de leste a oeste de carro. Numa noite chuvosa, um homem de quem Roberts se tornou amigo morre. Com medo de ser acusado de assassinato, ele assume a identidade do morto.

O personagem principal do filme é um pianista de jazz.

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Dívida de sangue Cat Ballou de Elliot Silverstein EUA, 1965, 96 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: 12 anos Roteiro: Walter Newman, Frank Pierson; Fotografia: Jack A. Marta; Montagem: Charles Nelson; Música: Frank De Vol; Elenco: Jane Fonda, Lee Marvin, Michael Callan, Stubby Kaye, Nat King Cole

Uma grande corporação deseja se apossar do rancho de Frankie, que acaba morrendo nas mãos do pistoleiro Tim Strawn. Sua filha Catherine Ballou e seus companheiros procuram o famoso Kid Shelleen para ajudá-los a se vingarem, sem saber que o antigo cowboy agora é um alcoólatra. O cantor Nat King Cole e o comediante Stubby Kaye participam interpretando a canção-título, o jazz “A balada de Cat Ballou”.

Lua de papel

Daunbailó

Paper Moon de Peter Bogdanovich EUA, 1973, 102 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 14 anos

Down by Law de Jim Jarmusch EUA, 1986, 105 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 14 anos

Roteiro: Alvin Sargent; Fotografia: László Kovácz; Montagem: Verna Fields; Elenco: Ryan O’Neal, Madeline Kahn, Tatum O’Neil, John Hillerman, P. J. Johnson

Daunbailó

Roteiro: Jim Jarmusch; Fotografia: Robby Müller; Montagem: Melody London; Música: John Lurie; Elenco: Tom Waits, John Lurie, Roberto Benigni, Nicoletta Braschi, Ellen Barkin

Três desajustados se encontram em uma cadeia de Nova Orleans e têm que aprender a conviver. Um dos mais importantes filmes do cinema independente americano dos anos 1980, o filme mostra seres que vivem nos limites da sociedade, longe dos ideais do sonho americano. A trilha sonora de John Lurie e Tom Waits é o mais puro jazz.

Lua de papel

O vigarista Moses Pray viaja pelo Kansas com um carro cheio de bíblias de luxo, tem um dente de ouro em seu convincente sorriso, e uma lista de pretendentes que ficaram viúvas recentemente. Addie é uma órfã de 9 anos que já fuma e se junta a Moses, ensinando ao mestre alguns truquezinhos. Trixie Delight vai no embalo dos dois, até que Addie percebe que ela pode atrapalhar a dupla.

O Jazz está presente em toda a trilha sonora.

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O sopro no coração Le souffle au coeur de Louis Malle França, 1971, 118 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: 14 anos

Noite vazia

Roteiro: Louis Malle; Fotografia: Ricardo Aronovich; Montagem: Suzanne Baron; Elenco: Lea Massari, Benoit Ferreux, Daniel Gélin, Michael Lonsdale, Ave Ninchi

de Walter Hugo Khouri Brasil, 1964, 98 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 14 anos

Laurent é um adolescente revoltado que vive no seio de uma família burguesa de tradições rígidas. Não se dá bem com o pai e os irmãos. É apaixonado pela mãe, mulher muito livre que está cansada do marido. Após uma escarlatina, Laurent contrai um problema no coração, e vai se tratar numa clínica, acompanhado da mãe. Longe de casa, eles aprofundam a relação que os une.

Roteiro: Walter Hugo Khouri; Fotografia: Rudolf Icsey; Montagem: Mauro Alice; Música: Rogério Duprat; Elenco: Odete Lara, Norma Bengell, Mario Benvenutti, Gabriele Tinti, Wilfred Khouri

Dois amigos contratam os serviços de uma dupla de prostitutas. O que seria uma noite de prazer acaba se transformando em um embate entre os quatro, revelando, pouco a pouco, suas angústias e ressentimentos, aflorando seus sentimentos mais íntimos e profundos.

Os letreiros iniciais do filme têm como fundo a música de Charlie Parker, e os meninos que coletam dinheiro para a Cruz Vermelha conversam sobre Jazz, entram em uma loja de discos e roubam um vinil do mesmo autor da trilha.

Noite vazia

O Jazz está presente em todo o filme, inicialmente em um bar e depois com o Zimbo Trio tocando a trilha de Rogério Duprat entre o Jazz e o Bossa Jazz.

Poucas e boas Sweet and Lowdown de Woody Allen EUA, 1999, 96 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: 14 anos

O homem do prego The Pawnbroker de Sidney Lumet EUA, 1964, 114 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 14 anos

Roteiro: Woody Allen; Fotografia: Fei Zhao; Montagem: Alisa Lepselter; Música: Dick Hyman; Elenco: Sean Penn, Samantha Morton, Uma Thurman, Anthony LaPaglia, John Waters

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Sol Nazerman é um sobrevivente do holocausto e vive como operador de uma casa de penhores em Nova York. Ainda sob o trauma da guerra, tem lembranças constantes de seus terríveis momentos no campo de concentração. Trilha sonora de Quincy Jones, com o Jazz sempre presente. Inicialmente a música é tocada com poucos instrumentos que se revezam até entrar uma completa orquestra de Jazz.

O sopro no coração

Roteiro: Morton S. Fine, David Friedkin; Fotografia: Boris Kaufman; Montagem: Ralph Rosenblum; Música: Quincy Jones; Elenco: Rod Steiger, Geraldine Fitzgerald, Brock Peters, Jaime Sánchez, Thelma Oliver

Emmet Ray foi o maior guitarrista de Jazz dos anos 1920 e 30. Pelo menos em Nova York. Dono de um estilo próprio e de grande habilidade melódica, muitos que o conheceram admitem que era mais conhecido por seus papéis extramusicais, como o alcoviteiro e o mulherengo. Em suas loucuras desmedidas, Ray criava situações engraçadíssimas e até mesmo perigosas. O filme costuma ser caracterizado como um falso documentário, que apresenta o segundo maior violonista de Jazz do mundo depois de Django Reinhardt. A guitarra que Sean Penn toca no filme é do mesmo tipo que a usada por Django.


Quero viver!

Short Cuts - Cenas da vida

I Want to Live! de Robert Wise EUA, 1958, 120 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 12 anos

Short Cuts de Robert Altman EUA, 1993, 187 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: 14 anos

Roteiro: Nelson Gidding, Don Mankiewicz; Fotografia: Lionel Lindon; Montagem: William Hornbeck; Música: Johnny Mandel; Elenco: Susan Hayward, Simon Oakland, Virginia Vincent, Theodore Bikel, Wesley Lau

Roteiro: Robert Altman, Frank Barhydt; Fotografia: Walt Lloyd; Montagem: Suzy Elmiger, Geraldine Peroni; Música: Mark Isham; Elenco: Anne Archer, Peter Gallagher, Frances McDormand, Jack Lemmon, Andie MacDowell

Presa pelo assassinato de uma velha viúva, a prostituta e criminosa Barbara Graham recusa-se a responder à polícia. Mas quando um “alegado” cúmplice torna-se evidência policial, Barbara insiste que é inocente. Condenada e sentenciada à morte, à medida que sua execução se aproxima ela desesperadamente tenta expor a verdade e salvar a sua vida.

Um painel de Los Angeles no início dos anos 1990 a partir do atropelamento de uma criança, filha de um apresentador de TV, por uma garçonete. Casais que não se entendem, pais e filhos que não se comunicam e amantes que não conseguem se integrar fazem parte da narrativa costurada a partir de oito contos de Raymond Carver.

O Jazz está presente em todo o filme, desde a banda de Gerry Mulligan com seu sax barítono até na trilha brilhante de Johnny Mandel.

O Jazz está presente na trilha sonora e no clube Low Note, cenário do filme.

Roma, um nome de mulher Roma de Adolfo Aristarain Argentina, 2006, 146 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: 14 anos

Um jornalista iniciante é contratado para digitar a autobiografia de um famoso escritor, que vê no jovem traços da sua própria juventude: das lembranças dos amigos, do gosto do primeiro amor, de um estilo de vida intenso, sonhador e das mulheres. Mas fica claro que uma única mulher foi responsável por toda sua história: sua mãe, Roma. Um novo capítulo pode ter início em sua vida. O Jazz aparece quando o escritor, ainda criança, ouve um vinil de Louis Armstrong numa loja de discos. Mais tarde, em uma livraria, está tocando o disco Soultrane com John Coltrane. 40

Uma aventura na Martinica To Have and Have Not de Howard Hawks EUA, 1944, 100 min, 35mm > DVD, p&b Classificação indicativa: 14 anos Roteiro: Jules Furthman, William Faulkner; Fotografia: Sidney Hickox; Montagem: Christian Nyby; Música: William Lava, Franz Waxman; Elenco: Humphrey Bogart, Lauren Bacall, Walter Brennan, Dolores Moran, Hoagy Carmichael

Um capitão americano se mete numa grande confusão ao conhecer uma jovem trapaceira americana. Após levar um cano de um cliente que acaba morrendo, se sente obrigado a alugar seu barco para membros da Resistência Francesa. O cenário do Café Americaine tem um conjunto de Jazz com um piano, bateria, baixo e guitarra.

Uma aventura na Martinica

Roteiro: Adolfo Aristarain, Mario Camus, Kathy Saavedra; Fotografia: José Luis Alcaine; Montagem: Fernando Pardo; Elenco: Juan Diego Botto, Susú Pecoraro, José Sacristán, Agustín Garvie, Vando Villamil


ns! Jam Sessio

Celebrating Bird, de Gary Giddins e Kendrick Simmons Lady Day: Os estilos de Billie Holiday, de Matthew Seig O mundo segundo John Coltrane, de Matthew Seig

Lady Day: Os estilos de Billie Holiday

Thelonious Monk – Um compositor americano, de Matthew Seig

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O mundo segundo John Coltrane The World According to John Coltrane (episódio da coleção Masters of American Music) de Matthew Seig EUA, 1991, 60 min, DVD, cor/p&b Classificação indicativa: Livre

Celebrating Bird: The Triumph of Charlie Parker (episódio da coleção Masters of American Music) de Gary Giddins e Kendrick Simmons EUA, 1987, 59 min, DVD, p&b Classificação indicativa: Livre

Roteiro: Matthew Seig; Música: John Coltrane; Elenco: John Coltrane, Rashied Ali, Tommy Flanagan, Jimmy Heath, Wayne Shorter, La Monte Young, Alice Coltrane

Roteiro: Gary Giddins; Montagem: Kendrick Simmons; Música: Charlie Parker; Elenco: Ted Ross (narrador), Dizzi Gillespie, Louis Armstrong, Thelonious Monk, Frank Morgan, Charlie Parker

Uma das grandes lendas da música americana, o virtuoso saxofonista Charlie Parker – apelidado de Bird – criou um novo estilo de Jazz, que lhe conferiu fama como um artista descompromissado e intelectual, tornando-se um ícone para a geração Beat. Um retrato revelador deste homem enigmático e infinitamente atraente, que experimentou extrema liberdade criativa, mas não conseguiu vencer o vício da heroína.

O filme traz raras cenas de arquivo, entrevistas com os saxofonistas Wayne Shorter e Jimmy Heath, e com Alice Coltrane, esposa do músico; além de performances históricas de várias de suas músicas. Como, por exemplo, o encontro entre o saxofonista do grupo Art Ensemble of Chicago, Roscoe Mitchell, e músicos dervixes (monges mulçumanos) no deserto do Saara, em Marrocos, em 1990.

Lady Day - Os estilos de Billie Holiday (episódio da coleção Masters of American Music) Lady Day: The Many Faces of Billie Holiday de Matthew Seig EUA, 1991, 60 min, DVD, cor Classificação indicativa: Livre Roteiro: Robert O’Meally; Fotografia: Herb Forsberg; Montagem: Susan Peehl; Música: Billie Holiday; Elenco: Billie Holiday, Buck Clayton, Harry Edison, Milton Gabler, Ruby Dee

Através de raras cenas de arquivos e depoimentos de estrelas do Jazz, este fascinante documentário nos faz ouvir e ver o mito Billie Holiday. Entre os entrevistados, destaque para as grandes cantoras Carmen McRae e Annie Ross, Buck Clayton, Harry “Sweets” Edison e o pianista Mal Waldron, o último parceiro de Holiday.

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Performances históricas de Billie Holiday cantando seus maiores sucessos, incluindo “Strange Fruit”, “What a Little Moonlight Can Do”, “Please Don’t Talk About Me When I’m Gone” e “Fine and Mellow”.

Thelonious Monk - Um compositor americano

Inclui a única imagem existente de Parker na TV, tocando “Hot House”, e conta com as participações de Dizzy Gillespie, Roy Haynes, Jay McShann, Frank Morgan, Chan Parker e outros.

O mundo segundo John Coltrane

Inovador, influente e reverenciado, John Coltrane foi certamente o mais revolucionário e imitado saxofonista de Jazz. O filme celebra este músico extraordinário e apaixonado, que lutou com uma curiosidade incansável por um ideal musical. Um retrato completo da música e da vida do saxofonista mais cultuado do Jazz.

Thelonious Monk - Um compositor americano Thelonious Monk – American Composer (episódio da coleção Masters of American Music) de Matthew Seig EUA, 1991, 60 min, DVD, p&b Classificação indicativa: Livre Roteiro: Quincy Troupe; Música: Thelonious Monk; Elenco: Thelonious Monk, Randy Weston, Barry Harris, Billy Taylor, Bud Powell, Orrin Keepnews

Um retrato do genial músico Thelonious Monk, que revolucionou a história do Jazz com seu modo inovador de tocar piano. O filme conta a história de através de cenas de arquivo de performances históricas e entrevistas com músicos que conviveram com ele. O fime traz cenas raras de Thelonious tocando “Well, You Needn´t”, “Blue Monk” e “Epistrophy”, além da participação de Randy Weston, Barry Harris, Billy Taylor, Bud Powell e do produtor Orrin Keepnews.

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A princesa e o sapo The Princess and the Frog de Ron Clements e John Musker EUA, 2009, 98 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: Livre Roteiro: Ron Clements, John Musker, Rob Edwards; Montagem: Jeff Draheim; Música: Randy Newman; Elenco (vozes): Anika Noni Rose, John Goodman, Terrence Howard, Keith David, Bruno Campos, Michael-Leon Wooley, Jennifer Cody, Jim Cummings

nça! Sessão Cria

Animação. Tiana é uma moça que sonha em abrir um restaurante, e para realizá-lo trabalha arduamente. Porém, sua maneira de ver a vida muda depois de uma grande confusão que a tranforma em sapo, e acaba vivendo muitas aventuras ao lado do príncipe Naveen, do crocodilo Louis e do vagalume Ray. A história é passada em Nova Orleans, berço do Jazz. O filme ganhou o Oscar de melhor música original.

Cowboy Bebop - O filme Kaubôi bibappu: Cowboy Bebop de Shinichirô Watanabe e Hiroyuki Okiura Japão/EUA, 2001, 116 min, 35mm > DVD, cor Classificação indicativa: Livre Roteiro: Keiko Nobumoto; Montagem: Shûichi Kakesu; Música: Yôko Kanno; Elenco (vozes): Steve Blum, Kôichi Yamadera, Beau Billingslea, Unshô Ishizuka, Megumi Hayashibara

A princesa e o sapo

Animação. Em Marte, dias antes da Festa do Dia das Bruxas de 2071, vilões explodem um caminhão na Highway One, espalhando um vírus que mata centenas de vítimas. Temendo um ataque bioquímico ainda mais devastador, uma recompensa astronômica é oferecida pela captura da pessoa responsável pela destruição. Na espaçonave “BEBOP”, Spike e sua tripulação de mercenários estão entediados e sem dinheiro. Mas tudo muda com a notícia da recompensa, e Spike e companhia enfrentam seu adversário mais mortal. O filme tem grande influência musical, da liberdade do Jazz americano da década de 1940 à paixão do personagem Watanabe pela Bossa Nova brasileira – durante o filme aparecem três simpáticos velhinhos com os nomes de Antônio, Carlos e Jobim.


CCBB RIO >SALA DE VÍDEO – CINEMA 2 16h > Estética do Jazz 19h > Jazz Tracks *exceto dia 14 set Sábados, 10 e 17 set, 16h > Jam Session Sábados, 24 set e 1º out, 16h > Sessão Criança Quinta, 29 set, 20h > Bate papo com o público: “Diálogos entre o cinema e o jazz” >SALA CINEMA 1 Quarta, 28 set, 19h > Sessão Especial

SEXTA, 9 SET 16h A história do Jazz The Story of Jazz (1994), de Matthew Seig EUA, 90 min, DVD, cor, livre 19h Assassinos The Killers (1946), de Robert Siodmak EUA, 102 min, 35mm > DVD, p&b, 12 anos SÁBADO, 10 SET 16h O mundo segundo John Coltrane The World According to John Coltrane (1991), de Matthew Seig EUA, 60 min, DVD, cor/p&b, livre Thelonious Monk - Um compositor americano Thelonious Monk – American Composer (1991), de Matthew Seig EUA, 60 min, DVD, p&b, livre 19h A embriaguez do sucesso Sweet Smell of Success (1957), de Alexander Mackendrick EUA, 96 min, 35mm > DVD, p&b, 12 anos DOMINGO, 11 SET 16h Por volta da meia-noite Round Midnight (1986), de Bertrand Tavernier EUA, 131 min, 35mm > DVD, cor, 18 anos 19h Anatomia de um crime Anatomy of a Murder (1959), de Otto Preminger EUA, 160 min, 35mm > DVD, p&b, 12 anos TERÇA, 13 SET 16h O cantor de Jazz The Jazz Singer (1927), de Alan Crosland EUA, 88 min, 35mm > DVD, p&b, livre 19h Aleluia! Hallelujah! (1929), de King Vidor EUA, 100 min, 35mm > DVD, p&b, livre

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QUARTA, 14 SET 15h Música e lágrimas The Glenn Miller Story (1954), de Anthony Mann EUA, 113 min, 35mm > DVD, cor, livre

17h Quero viver! I Want to Live! (1958), de Robert Wise EUA, 120 min, 35mm > DVD, p&b, 12 anos QUINTA, 15 SET 16h Noite insana - O lado obscuro do Jazz All Night Long (1962), de Basil Dearden Reino Unido, 87 min, 35mm > DVD, p&b, 16 anos 19h Dívida de sangue Cat Ballou (1965), de Elliot Silverstein EUA, 96 min, 35mm > DVD, cor, 12 anos SEXTA, 16 SET 16h A música irresistível de Benny Goodman The Benny Goodman Story (1956), de Valentine Davies EUA, 116 min, 35mm > DVD, cor, 12 anos 19h Lua de papel Paper Moon (1973), de Peter Bogdanovich EUA, 102 min, 35mm > DVD, p&b, 14 anos SÁBADO, 17 SET 16h Lady Day - Os estilos de Billie Holiday Lady Day: The Many Faces of Billie Holiday (1991), de Matthew Seig EUA, 60 min, DVD, cor, livre Celebrating Bird: The Triumph of Charlie Parker Celebrating Bird: The Triumph of Charlie Parker (1987), de Gary Giddins, Kendrick Simmons EUA, 59 min, DVD, p&b, livre 19h Short Cuts - Cenas da vida Short Cuts (1993), de Robert Altman EUA, 187 min, 35mm > DVD, cor, 14 anos DOMINGO, 18 SET 16h Paris vive à noite Paris Blues (1961), de Martin Ritt EUA, 95 min, 35mm > DVD, p&b, 14 anos 19h O sopro no coração Le souffle au coeur (1971), de Louis Malle França, 118 min, 35mm > DVD, cor, 14 anos TERÇA, 20 SET TERÇA, 20 SET 16h Mais e melhores Blues Mo’ Better Blues (1990), de Spike Lee EUA, 129 min, 35mm > DVD, cor, 16 anos 19h A mesa do diabo The Cincinnati Kid (1965), de Norman Jewison EUA, 103 min, 35mm > DVD, cor, 14 anos QUARTA, 21 SET

Programaçã

16h Cotton Club The Cotton Club (1984), de Francis Ford Coppola EUA, 127 min, 35mm > DVD, cor, 14 anos

16h Piano Blues Piano Blues (2003), de Clint Eastwood EUA, 85 min, DVD, cor, livre

19h Uma aventura na Martinica To Have and Have Not (1944), de Howard Hawks EUA, 100 min, 35mm > DVD, p&b, 14 anos

SESSÃO ESPECIAL – Sala 1

QUINTA, 22 SET 16h Êxito fugaz Young Man with a Horn (1977), de Michael Curtiz EUA, 112 min, 35mm > DVD, p&b, livre 19h Noite vazia Noite vazia (1964), de Walter Hugo Khouri Brasil, 98 min, 35mm > DVD, p&b, 14 anos SEXTA, 23 SET 16h The Soul of a Man The Soul of a Man (2003), de Wim Wenders EUA, 127 min, DVD, cor, livre 19h Roma, um nome de mulher Roma (2006), de Adolfo Aristarain Argentina, 146 min, 35mm > DVD, cor, 14 anos

19h Ascensor para o cadafalso Ascenseur pour l’echafaud (1958), de Louis Malle França, 88 min, 35mm > 35mm, cor/p&b, livre QUINTA, 29 SET 16h Feel Like Going Home Feel Like Going Home (2003), de Martin Scorsese EUA, 110 min, DVD, cor, livre 19h Curva do destino Detour (1945), de Edgar G. Ulmer EUA, 67 min, 35mm > DVD, p&b, 12 anos Após a sessão, bate papo com o público: “Diálogos entre o cinema e o jazz”, com Julio Miranda (curadoria), os pesquisadores Hernani Heffner e Carlos Prazeres, Amanda Bonan (idealização do projeto), e mediação de Juliana Cardoso (coordenação do projeto e edição do livreto-catálogo da mostra).

SÁBADO, 24 SET

SEXTA, 30 SET

16h A princesa e o sapo The Princess and the Frog (2009), de Ron Clements, John Musker EUA, 98 min, 35mm > DVD, cor, livre

16h The Road to Memphis The Road to Memphis (2003), de Richard Pearce e Robert Kenner EUA, 119 min, DVD, cor, livre

19h A noite La notte (1961), de Michelangelo Antonioni Itália, 115 min, 35mm > DVD, p&b, 14 anos

19h O homem do prego The Pawnbroker (1964), de Sidney Lumet EUA, 114 min, 35mm > DVD, p&b, 14 anos

DOMINGO, 25 SET

SÁBADO, 1º OUT

16h Bird Bird (1988), de Clint Eastwood EUA, 161 min, 35mm > DVD, cor, 18 anos

16h Cowboy Bebop – O filme Kaubôi bibappu: Cowboy Bebop (2001), de Shinichirô Watanabe e Hiroyuki Okiura Japão/EUA, 116 min, 35mm > DVD, cor, livre

19h Daunbailó Down by Law (1986), de Jim Jarmusch EUA, 105 min, 35mm > DVD, p&b, 14 anos TERÇA, 27 SET 16h Warming by the Devil’s Fire Warming by the Devil’s Fire (2003), de Charles Burnett EUA, 106 min, DVD, cor, livre 19h Boneca de carne Baby Doll (1956), de Elia Kazan EUA, 114 min, 35mm > DVD, p&b, 14 anos QUARTA, 28 SET

o!

19h Alta sociedade High Society (1956), de Charles Walters EUA, 111 min, 35mm > DVD, cor/p&b, livre DOMINGO, 2 OUT 16h Quanto mais quente melhor Some Like It Hot (1959), de Billy Wilder EUA, 121 min, 35mm > DVD, p&b, livre 19h Poucas e boas Sweet and Lowdown (1999), de Woody Allen EUA, 96 min, 35mm > DVD, cor, 14 anos

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PROJETO Amanda Bonan Coletiva Projetos Culturais CURADORIA Julio Miranda EDIÇÃO DO CATÁLOGO Amanda Bonan e Juliana Cardoso COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO Juliana Cardoso ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO Maria Clara Leal PROGRAMAÇÃO VISUAL Catalina Chlapowski ASSESSORIA DE IMPRENSA Raquel Silva PESQUISA Mariana Pinheiro REVISÃO Rachel Ades PRODUÇÃO EXECUTIVA Nara Reis Coletiva Projetos Culturais IMAGENS Cortesia: Lower Fifith Distribution e Cinemateca do MAM Disney, Paramount, Versátil

AGRADECIMENTOS Música e lágrimas

Carolina Benevides, Toby Byron, Gisella Cardoso, Ducha & Nina Chlapowski, Monique Cruz, Fabrício Felice, Lucas Ferreira Lemos, Hernani Heffner, Cinemateca do MAM, Geraldo Marcolini, Maria Amélia Mello, Yolanda Monteiro, Rubens Motonaga, Martha Niklaus, Gilberto Santeiro, Ricardo Soneto.

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Realização


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