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Acolhimento, Arte e Cultura marcam a gestão do CCLG BT Luana Barbosa
Acolhimento, Arte e Cultura marcam a gestão do CCLGBT Luana Barbosa dos Reis - zona norte de São Paulo.
Os Centros são uma iniciativa da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, por meio da Coordenação de Políticas para LGBT e são de extrema importância para a comunidade LGBT.
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O centro Luana Barbosa, único com nome de uma lésbica (Mulher negra, lésbica, periférica, mãe e não feminilizada, agredida violentamente pela PM - em Ribeirão Preto –SP). É também administrado por mulheres lésbicas. Sensibilizar, educar e mostrar o que é o movimento LGBT são prioridades neste centro, ao longo deste último ano os números são gigantes:
89 UBS sensibilizadas com palestras ou rodas de conversa. Sensibilização com gestores de escolas e da diretoria de ensino estadual da zona Norte de são Paulo. 06 LGBTs empregados na pinacoteca do Estado.
Maúde Salazar preocupa-se com o acolhimento das pessoas atendidas no CCLGBT Luana Barbosa e as práticas do ouvir e compreender as diversas vivências são diária.
Os trabalhos são desenvolvidos com maior ênfase no segmento T da sigla, por representarem normalmente o mais vulnerável às violências. O instituto Omindaré que administra o CCLGBT Luana Barbosa é focado na luta de lésbica e feministas e o centro também tem essas referencias no seu plano de trabalho A administração do CCLGBT LB passou por diversas violências, para manter uma mulher no comando da coordenação, entre elas: misoginia, discriminação profissional e lesbofobia. Pode utilizar a desculpa que quiser mas, nos parece evidente que pelo fato da administração feita por mulheres e ter tanta inovação, recordes e uma nova forma de tratamento e educação diferenciadas às pessoas atendidas pelo CCLGBTLB causou muito desconforto.
Falsas denúncias, perseguição, anulação do trabalho, descasos... Um exemplo de descaso com o trabalho e protagonismo feminino foi a invisibilidade dos grandes meios de comunicação ao divulgarem as matérias sobre os novos contratados pela pinacoteca do Estado, seis LGBTs atendidos pelo programa Transcidadania, em nenhuma das matérias esses veículos de comunicação citaram o CCLGBT LB e muito menos o nome da coordenadora do centro, mesmo sabendo que todos os trabalhadores contratados eram provenientes deste centro de cidadania. Outra tentativa de anulação/perseguição foi o fato do centro ter cuidados de adequação de gênero da voz dos atendidos com exercícios e acompanhamento de um fonoaudiólogo, mas como essa atividade não estava no plano de trabalho foi veemente proibida, mesmo que este diferencial no atendimento tenha colaborado para visibilidade do programa. Atualmente a prática é replicada em outros centros. A administração do Luana Barbosa é corajosamente efetiva e cheia de cuidados com o outro e necessitou dizer vários nãos para resistir. O NÃO de uma mulher para uma “ordem vinda de cima” representa um perigo para a pseudo-soberania masculina e quando essa mulher é lésbica o perigo torna-se ainda maior.