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COL ETI VO MEMÓRIA E RESISTÊNCIA
memória e resistência LGBT
ARTE E FER vO NA ZL
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Em maio de 2018, os amigos Érica Tiemi Yonamine, Jéssica de Aragão Bezerra, Leonardo da Silva Vieira e Ohana Aparecida da Silva criaram o Coletivo Memória e Resistência. Constituía-se, desta forma, o primeiro passo para a concretização de uma ideia que havia sendo pensada há muitos anos: atuar em conjunto no terreno da cultura.
Meses depois fomos contemplados pela 16ª edição do programa de Valorização de Iniciativas Culturais da prefeitura de São Paulo com o projeto Memória e Resistência LGBT: esta iniciativa visa promover o registro e valorização, por meio de uma exposição, de elementos da memória LGBT relaciona

das ao espaço urbano da zona leste da cidade de São Paulo. Ou seja, trabalhamos com o objetivo de identificar e valorizar as ações desenvolvidas para e pelo público LGBT nos bairros da zona leste da cidade.
A comunidade LGBT é corresponsável pelo desenvolvimento econômico, cultural e social da nação brasileira. Portanto, a identificação e a valorização da memória LGBT, para nós, constitui ação essencial para o fortalecimento desta comunidade tanto no âmbito político quanto cultural. Retomando ao nosso projeto, durante a fase de pesquisa identificamos uma série de iniciativas que atestam a atuação da comunidade LGBT em bairros da zona leste. Dentre estas iniciativas,optamosporabordarnaexposição Memória e Resistência LGBT: Arte e Fervo na ZL a criação do Centro de Cidadania LGBTI Laura Vermont, a atuação dos coletivos Acuenda e Sankofa, a existência da Revista Alternativa L e das festas Sarrada no Brejo, Helipa LGBT, do Guinga’s Bar e do en
contro realizado no Shopping Tatuapé. De modo geral, os empreendimentos acima, em maior ou menor medida, foram responsáveis por promover encontros e espaços de debate, lazer e aprendizado a partir da temática da diversidade sexual, seja em espaços públicos ou privados. Sendo assim, estes grupos e atividades realizaram e foram responsáveis pela produção de peças de teatro para o público adulto e infantil, festivais, espetáculos de dança, festas, shows de drags e divulgação de textos elaborados por LGBT’s, além da possibilidade de socialização e convivência entre diversos grupos LGBT. Por fim, devemos dizer que esperamos que esta exposição –o pontapé inicial de um amplo trabalho que necessita ser executado - chame atenção para a diversidade de manifestações culturais da comunidade LGBT em bairros da zona leste, tão frequentemente caracterizada como desfavorecida econômica e culturalmente. A falta de equipamentos culturais na região da zona leste, quando comparada à outras regiões, fez com que sua comunidade LGBT encontrasse alternativas para expressar e vivenciar sua cultura. Devemos apenas manter os olhos e mentes abertas para podermos enxergá-la.
